Edição 512_25_02_2010

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Fim-de-semana dedicado ao ciclĂłstomo

TrĂŞs milhĂľes de euros para ajudar a lampreia a chegar a Penacova

Ano Internacional da Biodiversidade, 2010

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PREÇO 0,75\ | 2ª SÉRIE | ANO 10 | Nº 512 | 25 DE FEVEREIRO DE 2010 DIRECTOR LINO VINHAL | www.campeaoprovincias.com | telef. 239 497 750 | fax 239 497 759

AudiĂŞncia de Linhares Furtado Ă mercĂŞ de eventual acordo com Francisco de Castro e Sousa

PressĂŁo mediĂĄtica pode cancelar julgamento A pressĂŁo mediĂĄtica suscitada pelo julgamento do pioneiro dos transplantes abdominais, Linhares Furtado – acusado de difamação por outro cirurgiĂŁo, Francisco de Castro e Sousa – poderĂĄ vir a ditar o cancelamento da audiĂŞncia, apurou o “CampeĂŁoâ€?. O inĂ­cio do julgamento estava previsto para anteontem, o que fez deslocar ao PalĂĄcio de Justiça de Coimbra muitas pessoas envolvidas ou nĂŁo no diferendo. Por sobrecarga de trabalho do Tribunal e, porque nĂŁo dizĂŞ-lo, a expectativa de um entendimento entre as partes, foi o inĂ­cio da audiĂŞncia adiado para o prĂłximo dia 2 de Março. PĂĄgina 10

Livro repĂľe contributo de Coimbra na histĂłria dos transplantes

Entrevista / Teresa Alegre

Espero que o PS não faça outra grande asneira > "

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Lamenta o cirurgiĂŁo Manuel Antunes

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A Freguesia de Sazes do LorvĂŁo congratula os Bombeiros VoluntĂĄrios de Penacova pela passagem do seu 80.Âş AniversĂĄrio www.freguesia-sazesdolorvao.sapoadsl.pt geral-jfsazes@sapo.pt

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Primeiro candidato presidencial jantou em Coimbra com apoiantes

Cavaco, SĂłcrates e Soares sob a mira de Manuel Alegre Cavaco Silva, JosĂŠ SĂłcrates e MĂĄrio Soares foram visados no discurso proferido por Manuel Alegre, em Coimbra, perante mais de meio milhar de apoiantes. Autor de crĂ­ticas ao sistema financeiro e ao calculismo, o poeta afirmou que se candidata para “inspirar o cumprimento de um projecto inscrito na Constituiçãoâ€?. R.A.

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Arganil

Palavras de AntĂłnio Arnaut

“A esperança tem sempre tempoâ€? Cabe-me dirigir a Manuel Alegre breves palavras de saudação em nome dos seus amigos e apoiantes de Coimbra. Faço-o com o gosto de quem transmite uma mensagem de solidariedade fraterna a um velho camarada, e com o jĂşbilo de quem partilha um momento alto das nossas vidas. SĂŁo difĂ­ceis e conturbados os tempos que correm. No ano do centenĂĄrio da implantação da RepĂşblica ainda nĂŁo realizĂĄmos os seus grandes valores: liberdade, igualdade, fraternidade, cidadania e justiça. DĂłi-nos esta resignação fatalista, esta surdez ao clamor dos excluĂ­dos, este adiamento do futuro. DĂłi-nos este horizonte nublado, este “Portugal a entristecerâ€?. Mas sentimo-nos reconfortados por sabermos que “a esperança tem sempre tempoâ€?. Parafraseei, como jĂĄ compreenderam, dois grandes poetas portugueses: Fernando Pessoa e Miguel Torga. Vou citar um terceiro, que ombreia com aqueles, vou citar Alegre. Um verso apenas, que ĂŠ a proclamação de uma verdade urgente: “Cada paĂ­s tem o tamanho dos seus homensâ€?. Façamos, pois, de Portugal um paĂ­s Ă medida da sua HistĂłria e Ă medida da nossa esperança: o paĂ­s livre, justo e solidĂĄrio com que sonhĂĄmos desde a juventude e que Manuel Alegre personificou com o seu exemplo, com a sua coragem, com a sua coerĂŞncia, antes e depois de Abril [de 1974]. Poucos, como ele – que foi e continua a ser a “voz da liberdadeâ€?, que nos encorajou com os seus poemas a enfrentar a ditadura, que sempre nos mobilizou para as grandes lutas – podem falar, tĂŁo apropriadamente, de repĂşblica e democracia. E tambĂŠm da PĂĄtria, essa ideia-força, essa palavra-cifra, que ĂŠ um compromisso entre a HistĂłria e o povo que a escreveu, entre a cultura e a lĂ­ngua que a expressa, entre o presente e o futuro a haver. Nos tempos difĂ­ceis que vivemos, precisamos de um homem com a estatura ĂŠtica, polĂ­tica e cultural de Manuel Alegre na PresidĂŞncia da RepĂşblica, que tenha autoridade moral, a auctoritas romana, para, no desempenho da sua magistratura, e no cumprimento das suas atribuiçþes, contribuir para a resolução dos graves problemas que nos atormentam, para a consolidação da democracia, para a dignificação da polĂ­tica, para o harmonioso funcionamento dos ĂłrgĂŁos de soberania, defendendo a Constituição da RepĂşblica e, consequentemente, o Estado social de Direito. AlguĂŠm que saiba pensar Portugal e que, como nĂłs, viveu “a vida toda em sonho e a esperar sempreâ€?. Que nos faça reencontrar e redimir a esperança de Abril. É com essa esperança que o saudamos, agradecendo-lhe a disponibilidade patriĂłtica para mais este combate, garantindo-lhe o nosso activo e indefectĂ­vel apoio. Um combate que nĂŁo tem inimigos, porque ĂŠ feito pelo povo, com o povo e para o povo. E porque nele cabem todos aqueles que querem, como dizia AntĂłnio SĂŠrgio, criar as condiçþes concretas para que a liberdade seja de todos; quer isto dizer, para que todos sejam cidadĂŁos de parte inteira. A sua (e nossa) candidatura, Manuel Alegre, ĂŠ, pois, um imperativo moral irrenunciĂĄvel. Portugal nĂŁo pode esperar. Perguntaste um dia num poema: E agora, Portugal, / o que serĂĄ de ti / se nĂŁo formos capazes / de chegar aqui? NĂłs respondemos: ChegĂĄmos aqui / e chegaremos mais alĂŠm: chegaremos a BelĂŠm!

Câmara quer possuir rubricas e assinaturas dos funcionårios R.A.

A Câmara Municipal de Arganil (CMA), atravĂŠs do Serviço de Recursos Humanos, irĂĄ proceder Ă recolha das assinaturas e rubricas dos seus funcionĂĄrios, medida que a dirigente sindical Rosa Pita (SINTAP) reputa de “violadora da privacidade e dos direitos individuais dos trabalhadoresâ€?, soube o “CampeĂŁoâ€?. Numa circular a que o

nosso Jornal teve acesso, a + “a necessidade de identificarâ€? os colaboradores subscritores de documentos municipais. O presidente da autarquia, Ricardo Alves (PSD), deixou sem resposta meia dĂşzia de questĂľes que lhe foram postas pela Redacção do “CampeĂŁoâ€?. As seis perguntas sĂŁo: a) por que hĂŁo-de os trabalhadores caucionar o uso

que a CMA der às assinaturas e rubricas se Ê ela a duvidar deles?, b) que garantias de controlo acerca da adequada utilização faculta a edilidade?, c) por que razão adopta ela esta medida?, d) se ela Ê extensiva aos edis, e) qual o efeito / alcance útil da medida? e f) se não poderia ela ser substituída, com vantagem, pela redacção do nome (por extenso) de cada funcionårio.

Rui Silva, vereador independente (eleito pelo movimento “Por Arganil, concelho com futuroâ€?), considera que tal medida configura “uma prepotĂŞncia, Ă semelhança de outras do actual e do anterior executivo camarĂĄrioâ€?. EugĂŠnio FrĂłis, lĂ­der concelhio do PS/Arganil, prometeu para mais tarde uma tomada de posição sobre o assunto.

Câmara de Coimbra

Limitação Ă cobertura de reuniĂľes chega Ă AR O facto de a actual Câmara Municipal de Coimbra (CMC) ter vedado aos jornalistas o acesso Ă s reuniĂľes sem carĂĄcter pĂşblico levou o ex-autarca JoĂŁo Silva (PS) a dirigir uma carta ao presidente da ComissĂŁo de Ética da Assembleia da RepĂşblica. O antigo vereador, responsĂĄvel por uma petição em prol do regresso dos

jornalistas a todas as sessĂľes camarĂĄrias (disponĂ­vel em http://www.peticao. com.pt/ver-assinaturas. html?peticao=1397), disse ao “CampeĂŁoâ€? que reputa o seu gesto como uma “atitude de mera participação cĂ­vicaâ€?. Na carta enviada a LuĂ­s Marques Guedes, JoĂŁo Sil

CMC como tratando-se de

“um processo exemplar de retrocesso no que toca Ă limitação do acesso Ă informaçãoâ€?, fazendo notar que durante 30 anos os jornalistas puderam assistir a todas as reuniĂľes efectuadas na praça de 08 de Maio. “NĂŁo se pĂľe em causa nem se contesta a legitimidade da decisĂŁo, o que se nota e sublinha ĂŠ que uma instituição que, nos termos

da Constituição da RepĂşblica, integra a organização democrĂĄtica do Estado tenha acabado com a saudĂĄvel prĂĄtica de permitir que a comunicação social procedesse ao seu trabalho de recolha de informação de forma presencial e livre sobre decisĂľes de interesse colectivo e as desse a conhecer aos cidadĂŁosâ€?, assinala o ex-autarca.

“Directas� fazem mossa

DemissĂŁo na Concelhia do PSD/Coimbra Maria JoĂŁo PassĂŁo demitiu-se, esta semana, da ComissĂŁo PolĂ­tica Concelhia (CPC) de Coimbra do PSD, sendo que a eleição do sucessor de Manuela Ferreira Leite funcionou como causa prĂłxima da renĂşncia, soube o “CampeĂŁoâ€?. A jurista ĂŠ apoiante de Pedro Passos Coelho e aquela estrutura partidĂĄria

divulgou, entretanto, um comunicado a dar conta da existĂŞncia entre os seus membros de uma “manifesta maioriaâ€? favorĂĄvel a Paulo Rangel. Na Ăşltima reuniĂŁo da CPC social-democrata conimbricense, Maria JoĂŁo demarcou-se da inclinação da estrutura em prol do eurodeputado, tendo

alegado que a prestação institucional de apoio a um dos candidatos devia ser caucionada pelo plenårio local de militantes. Neste contexto, segundo fontes partidårias, a jurista, que coordena o Núcleo de Mulheres Socialdemocratas do concelho de Coimbra, foi acusada de usar contactos do PSD

para apoio a Passos Coelho. “Houve quem chegasse ao ponto de me questionar por ter jantado, em minha casa, com trĂŞs amigasâ€? [e correlegionĂĄrias], disse ao nosso Jornal Maria JoĂŁo PassĂŁo, que lamenta ter sido alvo de uma “tentativa de condicionamento do direito Ă liberdade de expressĂŁo e do direito de reuniĂŁoâ€?.

Granja do Ulmeiro

“Mercearia solidĂĄriaâ€? aperfeiçoa a cidadania “Mercearia solidĂĄriaâ€? ĂŠ a designação dada pela Acção para a Justiça e Paz (AJP) a um projecto posto em marcha na Granja do Ulmeiro, cujo objectivo consiste no aperfeiçoamento do exercĂ­cio da cidadania. A abertura do evento, que conta com o apoio da Fundação EDP e de entidades pĂşblicas e privadas

dos concelhos de Soure e Coimbra, coincidiu com o “Dia Mundial da Justiça socialâ€? (20 de Fevereiro). Segundo Ana LeĂŁo, da AJP, o projecto conjuga a dimensĂŁo da economia solidĂĄria com actividades complementares (de carĂĄcter lĂşdico, formativo, informativo, educativo e de fomento do empreendedorismo, empregabilidade,

tolerância e igualdade de gĂŠnero). Para esse efeito, a “Mercearia solidĂĄriaâ€? (enquanto espaço de trocas) articulase com a “Lojita da Pessoa CidadĂŁâ€? e com um “Centro de convĂ­vio para o bem comumâ€?. O projecto contempla a troca de quaisquer produtos e/ou bens, sendo que quem nada possuir pode fazer uso

do seu tempo disponĂ­vel. O acesso Ă â€œMercearia solidĂĄriaâ€? pressupĂľe a qualidade de “prossumidor(a)â€?, conceito concebido para signi ( ( ( simultaneamente, produtora e consumidora. O instrumento-padrĂŁo por que se pautam as trocas ĂŠ a “moeda solidĂĄriaâ€? (a que foi dada a designação de “granjaâ€?).


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Teresa Portugal

HĂĄ um mau ambiente polĂ­tico “Bem ou mal, este governo tem legitimidade para estar lĂĄâ€?. A convicção ĂŠ da ex-deputada socialista, Teresa Portugal, que, no entanto, reconhece que “hĂĄ uma degradação da vida polĂ­ticaâ€?. O mau ambiente polĂ­tico, critica, estĂĄ a desviar as atençþes do essencial do paĂ­s. Governo e oposição debatem-se, salienta, com problemas ĂŠticos e internos ao invĂŠs de se preocuparem em resolver os problemas das pessoas. BENEDITA OLIVEIRA

CampeĂŁo das ProvĂ­ncias (CP) – Pode-se se considerar que a candidatura do seu irmĂŁo, o dr. Manuel Alegre, conta, entre outras forças polĂ­ticas, com o apoio do PS de Coimbra. Acha que o partido se definirĂĄ em breve sobre esta candidatura? Teresa Portugal (TP) – NĂŁo sei o que o partido vai fazer, porque estĂĄ muito silencioso sobre essa questĂŁo. De facto, no jantar [de sexta-feira] estiveram maioritariamente socialistas de Coimbra, alĂŠm de independentes e de pessoas de outros partidos, inclusive do PSD, mas daĂ­ nĂŁo se pode concluir que o PS de Coimbra esteja com esta candidatura. SĂŁo socialistas que decidiram apoiar. Agora, o partido nĂŁo sei o que vai fazer. Aguardamos. Espero que nĂŁo faça, mais uma vez, uma grande asneira, para bem do paĂ­s. NĂŁo estou nisto apenas por uma razĂŁo familiar! Porque seria a primeira pessoa que em caso de achar que tivesse um irmĂŁo que nĂŁo tivesse capacidade para ser Presidente da RepĂşblica lhe diria. Ao contrĂĄrio! É minha profundĂ­ssima convicção

de que se hĂĄ um papel, para alĂŠm de poeta, que ele pode fazer bem na vida ĂŠ esse. Acho ( e as qualidades do Manuel se ajustam muito a ele poder vir a ser um bom Presidente. NĂŁo ' D ( ele serĂĄ um bom Presidente da RepĂşblica. Ele ĂŠ uma pessoa extraordinariamente culta e isso ajuda muito a decidir, a pensar politicamente, a saber escolher. As referĂŞncias culturais sĂŁo, talvez, a questĂŁo de fundo da nossa democracia actual. HĂĄ alguma falta de referĂŞncias culturais na vida polĂ­tica portuguesa. Isso faz muitĂ­ssima falta! É preciso conhecer a HistĂłria para perceber o momento presente. NĂŁo se pode apenas viver o presente, ser-se muito pragmĂĄtico e encontrar-se as medidas que os burocratas da Europa nos querem impingir. NĂŁo, a polĂ­tica ĂŠ muito mais do que isso. Tem de se conhecer bem a HistĂłria, a cultura de cada paĂ­s para poder, de facto, chegar Ă quilo que a gente acha que falta. Digo isto com base em Mandela (que faz agora 20 anos sobre a sua libertação) tem uma humanidade, uma cultura... nĂŁo foi por acaso que ele foi o que foi. Ele tinha uma experiĂŞncia pessoal profundĂ­ssima, um sentido humanitĂĄrio da vida, era quase um santo. O que aquele homem leu na prisĂŁo, o que ele prĂłprio procurou conhecer, deu-lhe uma dimensĂŁo humana Ă­mpar. Assim como o Ghandi, antes dele, ou > V

o Churchill. Isto hoje em dia estĂĄ muito ausente nos nossos governantes actuais e atĂŠ na Europa. SĂŁo pessoas, de facto, muito pequeninas e nĂŁo estou a ser presunçosa. CP – A candidatura de Fernando Nobre enfraquece a de Manuel Alegre ou nĂŁo? TP – Sabia que havia

É minha profundĂ­ssima convicção de que se hĂĄ um papel, para alĂŠm de poeta, que ele [Manuel Alegre] pode fazer bem na vida ĂŠ esse

movimentaçþes, mas o entendimento que tinha da ligação do Fernando Nobre ao seu papel, como mĂŠdico que se dedica ao voluntariado, nĂŁo me deixava pensar que ele pudesse vir a tomar esta resolução. Eu sobrevalorizava esse seu outro lado, para nĂŁo se deixar cair nesta situação. CP – Acha que o trabalho humanitĂĄrio tem de ser apartidĂĄrio? TP – Tem de ser. Aos meus olhos, ele diminuiu-se um bocadinho, porque eu valorizava muito esse lado humanitĂĄrio na sua vida. NĂŁo posso concluir nada, estamos cĂĄ para ver. O que sei ĂŠ que nĂŁo ĂŠ qualquer pessoa que pode fazer uma campanha. Eu tenho a experiĂŞncia de grande voluntarismo da anterior campanha do Manuel. As circunstâncias polĂ­ticas que havia na altura tinham que resultar num fenĂłmeno que foi aquele que

5 ( ' um grande descontentamento e uma vontade de que aparecesse qualquer coisa para onde as pessoas se pudessem virar. Espontaneamente as pessoas organizaram-se, mas nessa espontaneidade havia gente que jĂĄ tinha experiĂŞncia polĂ­tica muito forte, de muitas campanhas e vida polĂ­tica, a começar por ele prĂłprio. Vamos ver para onde ĂŠ que isto vai. CP – Acha que JosĂŠ SĂłcrates tem condiçþes para se manter Ă frente do Governo? TP – Ele diz que tem. É um homem muito determinado e nĂŁo ĂŠ pessoa para virar as costas. Isso percebe-se. Acho ĂŠ que as circunstâncias sĂŁo, de facto, muito mĂĄs. HĂĄ uma degradação da vida polĂ­tica, genericamente falando, que vem aumentando. EntĂŁo, os Ăşltimos acontecimentos sĂŁo piores que maus! Mas resultam do facto de este paĂ­s estar nas mĂŁos de pessoas que se calhar deviam estar a fazer outra coisa. Esta ĂŠ a minha opiniĂŁo. CP – NĂŁo se encara a actividade polĂ­tica como a uma u causa pĂşblica... TP – EstĂĄ-se a ver que nĂŁo. n CP – Pacheco Pereira e

Aguiar Branco defenderam que pode haver um novo governo sem se realizar eleiçþes. Acha que ĂŠ uma hipĂłtese viĂĄvel? TP – Acho que essas soluçþes sĂŁo sempre mĂĄs, porque a democracia, apesar de tudo, funciona e a legitimidade do voto ĂŠ muito importante. Bem ou mal, este governo tem legitimidade para estar lĂĄ e a Assembleia da RepĂşblica tambĂŠm tem meios para resolver as questĂľes. Ă€s vezes, os partidos nĂŁo querem usar os meios que tĂŞm ao dispor. TambĂŠm ĂŠ mais fĂĄcil estar sempre a criticar, mas sem depois sofrer as consequĂŞncias dessa crĂ­tica, porque os partidos da oposição se, de facto, acham que isto nĂŁo tem condiçþes tĂŞm meios parlamentares, entre os quais a moção de censura, mas tambĂŠm nĂŁo os usam porque percebem que isso criava uma situação muito complicada. Essas soluçþes nĂŁo me parecem boas soluçþes, normalmente sĂŁo soluçþes a prazo e qualquer coisa. CP – Mas este inĂ­cio do mandato nĂŁo ĂŠ muito promissor... TP – NĂŁo, nĂŁo ĂŠ promissor e nota-se, aliĂĄs, que hĂĄ um ritmo que parece que prĂŠ-anuncia qualquer coisa. Estamos todos um pouco suspensos do mau ambiente polĂ­tico que se vive. CP – A prĂłpria crise nĂŁo ajuda... TP – HĂĄ muita coisa. A crise mundial, a nacional, com todas as consequĂŞncias e questĂľes sociais, com o desemprego Ă cabeça. CP – E o aumento da criminalidade... TP – É uma das consequĂŞncias da degradação das condiçþes de vida. CP – Por isso, ĂŠ que devĂ­amos ter um

Os Ăşltimos acontecimentos sĂŁo piores que maus! Mas resultam do facto de este paĂ­s estar nas mĂŁos de pessoas que se calhar deviam estar a fazer outra coisa

governo fforte e empenhado hd nos problemas para ajudar o paĂ­s a ultrapassar esta fase. TP – LĂĄ estĂĄ, no meio desta questĂŁo sobrepuseramse questĂľes de natureza ĂŠtica. E tudo isto ĂŠ dificilmente conciliĂĄvel para que acabe bem. NĂŁo sou futurologista. NĂŁo sei como ĂŠ que isto vai resolver-se. CP – NĂŁo lhe parece que as intervençþes do procurador geral da RepĂşblica tĂŞm pecado por excesso? TP – O que acho ĂŠ que nĂŁo hĂĄ clareza. NĂŁo hĂĄ clareza por parte de quem acusa, mas que nĂŁo leva as acusaçþes atĂŠ Ă s Ăşltimas consequĂŞncias. NĂŁo hĂĄ clareza por parte do governo que se defende das acusaçþes, mas tambĂŠm nunca as explicita convenientemente, levando essas explica-

çþes atĂŠĂŠĂ Ă s Ăşltimas consequĂŞnĂşl i ĂŞ cias. NĂŁo hĂĄ sobretudo clareza daqueles que estĂŁo no papel da exemplo o procurador geral da RepĂşblica. Ele embrulha as questĂľes, contradiz-se ou, pelo menos, leva-nos que pensemos que ele se estĂĄ a contradizer. Ă€s vezes, parece que estĂĄ a ajudar a embrulhar os assuntos em vez de os tornar mais claros. Por outro lado, a Justiça nĂŁo ajuda nada. A Justiça, que ĂŠ uma questĂŁo essencial para o Estado de Direito, estĂĄ paralisada. E depois hĂĄ sectores do MinistĂŠrio da Justiça

Convida-o(a) para a comemoração do seu 10.º Aniversårio.

Dia 28 de Fevereiro de 2010 pelas 15:00h, na Quinta do MourĂŁo (Rua da Igreja Matriz | 3140-552 TentĂşgal | Montemor-o-Velho)

SĂŁo Martinho do Bispo, Quinta das Relvas, Lote 7, Loja B | Telef.: 239 444 389 | Telem.: 966 594 392

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país precisa de Estado que lhe garanta determinados serviços que parecem que são muito públicos. Se tudo isto tem de

" ( ser feito só à custa dos fundepois parece que aquela pres- cionårios públicos, parece-me sa incomoda alguÊm e aquela uma må solução, porque me

parece que vai dar uma grande situação nĂŁo ĂŠ nada brilhante. convulsĂŁo social. Creio que CP – Por outro lado, o aquilo que assistimos na verPSD tambĂŠm estĂĄ em crise. sĂŁo professores, vamos agora TP – O PSD estĂĄ a viver assistir na versĂŁo funcionĂĄrios um perĂ­odo muito mau. Tam- pĂşblicos relativamente ao seu bĂŠm tem acontecido na nossa ministĂŠrio. Tudo isso comanda democracia que quando um os outros salĂĄrios, mesmo do partido nĂŁo ĂŠ poder começa a privado, e, por isso, isso pode deteriorar-se por dentro. Isto ser uma bola de neve que jĂĄ aconteceu ao PS, aconteceu acarrete mais problemas de outras vezes ao PSD, mas o natureza social. Tem de haver estado a que as coisas che- algum rasgo da parte de quem garam no PDS, nunca como ĂŠ governante para nos dar agora isso aconteceu. EstĂĄ alguma esperança. CP – Se fosse primeiraem fazer o seu papel; em ser ministra, qual seria a sua o partido que tem uma alter- prioridade? nativa a apresentar ao paĂ­s (a TP – Nunca seria, porque democracia tambĂŠm nĂŁo pode nĂŁo tenho qualidades nem viver sem alternativas fortes). formação para ser primeiraO PSD estĂĄ muito dominado ministra. NĂŁo ĂŠ qualquer pespor problemas internos, que soa que pode chegar a esses tardam em resolver, e ĂŠ mais lugares. Tem-se de ter muitas um dos factores que nĂŁo qualidades de gestĂŁo, muito ajuda nada o paĂ­s. Os partidos conhecimento da polĂ­tica, das estĂŁo muito concentrados nos medidas, estratĂŠgias... tem de seus problemas e o governo, se conhecer muito a ciĂŞncia fruto das circunstâncias, em polĂ­tica. quase faits-divers. Parece que as CP – E se fosse ministra atençþes estĂŁo todas desviadas da Educação? do ponto essencial: o paĂ­s, as TP – A questĂŁo da Edupessoas, a possibilidade de, aos cação ĂŠ-me muito prĂłxima poucos, haver um compro- porque fui professora, sempre misso nacional em que todos acompanhei estas questĂľes e nos empenhemos outra vez. atĂŠ tive um papel activo como CP – Para Março jĂĄ estĂĄ dirigente sindical na regiĂŁo agendada uma greve geral. Centro (estive na origem do Perspectivam-se quatro Sindicato de Professores aqui, anos de contestação social? na altura chamava-se Zona TP – HĂĄ quem advogue Centro). A questĂŁo da Educaque nĂŁo sĂł nĂŁo se aumen- ção ĂŠ uma espĂŠcie de triângulo te, como se diminuam os (no centro estĂŁo os alunos, salĂĄrios. Estas soluçþes tĂŞm de um lado os professores e consequĂŞncias terrĂ­veis. O no outro a sociedade). Isto funcionalismo pĂşblico ĂŠ uma tem de ser pensado no seu questĂŁo de grande peso para conjunto e isso foi uma das qualquer governação, mas incapacidades que a anterior um Estado tem de ter funcio- ministra teve, porque pensou nalismo pĂşblico! Esta ĂŠ uma que os professores ĂŠ que tiquestĂŁo difĂ­cil de resolver. Um nham contribuĂ­do para todos CONTINUAĂ‡ĂƒO

Do ponto de vista do que deve fazer uma autarquia, tenho visto muito pouco trabalho [em Coimbra]

Ă€s vezes, parece que [o PGR] estĂĄ a ajudar a embrulhar os assuntos em vez de os tornar mais claros

os males l da d Educação. Ed ĂŁ Foi F i um olhar errado do meu ponto de vista, porque acho que hĂĄ que melhorar as condiçþes dos professores para eles serem melhores professores, hĂĄ que exigir mais dos professores... tem de se fazer coisas nesse domĂ­nio, mas nĂŁo apenas burocrĂĄticas nem na ĂĄrea da organização e foi ai que ela se centrou e abandonou por completo o essencial da questĂŁo que ĂŠ saber por que ĂŠ que sendo nĂłs dos paĂ­ses que mais dinheiro gasta na educação nĂŁo conseguimos dar o salto para aquilo que ĂŠ necessĂĄrio para que os nossos alunos sejam alunos de sucesso. NĂŁo ĂŠ nas estatĂ­sticas! Foi tambĂŠm outro erro. Pensou-se que se se tivesse mais matrĂ­culas, cursos, numericamente isso bastava. E nĂŁo houve nenhum trabalho sobre a questĂŁo do conhecimento. A escola tem de nos dar a garantia que os meninos estĂŁo lĂĄ para aprender. É preciso pensar nos programas e depois ir lĂĄ dentro ver o que eles aprendem, o que nĂŁo faz sentido e o que falta. Mas ninguĂŠm ainda fez esse trabalho. CP – Como observa o desempenho do executivo liderado por Carlos Encarnação? TP – NĂŁo ĂŠ uma apreciação muito positiva. Sou amiga pessoal do dr. Carlos Encarnação, mas o meu sentido de amizade leva-me a que separe essa amizade e nĂŁo prescinda de lhe fazer as minhas crĂ­ticas como cidadĂŁ. Do ponto de vista do que deve fazer uma autarquia, tenho visto muito pouco trabalho. TambĂŠm nĂłs todos sentimos que a cidade nĂŁo estĂĄ bem. NĂŁo vejo trabalhos nem meios, porque sei ( Q ( estĂĄ e mal. Acho que o prĂłprio dr. Carlos Encarnação parece C que q nos transmite a ideia de que q talvez nĂŁo fosse aquele o

seu llugar ideal. Na polĂ­tica id l N lĂ­ i isso i tambĂŠm acontece. As pessoas acabam por chegar aos sĂ­tios sem estar muito vocacionados para eles. Ele relaciona-se bem com os cidadĂŁos, mas ser autarca e governante de uma cidade ĂŠ muito mais do que isso. QuestĂľes que partam da vida interna da Câmara vejo muito pouco. Uma Câmara tem ela prĂłpria de ter um programa e ter o seu papel. A cidade estĂĄ muito morta do ponto de vista cultural, a prĂłpria cidade estĂĄ mal-tratada, as ruas nĂŁo estĂŁo pavimentadas... hĂĄ muitos aspectos da cidade que jĂĄ deviam estar resolvidos e nĂŁo estĂŁo. Custa-me atĂŠ dizer isso, mas acho que ele nĂŁo tem sido um presidente brilhante. Por exemplo, acho que o Mosteiro de Santa Clara-a-Velha (a par do Museu Machado de Castro e do prĂłprio financiamento no âmbito do Coimbra PatrimĂłnio Mundial, pode-se dizer que o MinistĂŠrio da Cultura investiu em Coimbra como nunca tinha investido) que ĂŠ a jĂłia da coroa de momento (tirando a Universidade, claro) nĂŁo tem arranjos exteriores nem uma entrada condignos. O que falta aqui ĂŠ uma visĂŁo de conjunto e ver quais sĂŁo as mais-valias de Coimbra e depois puxar por elas. Acho que ninguĂŠm estĂĄ a puxar por elas. NĂŁo gosto de falar disto, porque tenho a minha quota de responsabilidade uma vez que fui autarca, mas a verdade ĂŠ ( — J vezes diz-se que ĂŠ a capital do conhecimento, outras da saĂşde e nĂŁo ĂŠ capital de coisa nenhuma. Ă€s vezes, sou confrontada comigo a comparar o que se estĂĄ a passar em Cantanhede e o que se estĂĄ a passar em isto. Falta aqui qualquer coisa. CP – Falta estratĂŠgia. TP – É isso mesmo.

P E R F I L

Republicana convicta Nasceu no Porto, mas as raízes familiares estão em à gueda. Irmã do político e poeta Manuel Alegre, um dos dois candidatos jå assumidos ao cargo de Presidente da República, Maria Teresa Alegre de Melo Duarte Portugal cresceu com os valores republicanos e em Coimbra, cidade para onde veio estudar, envolveu-se nas lutas estudantis e actividade política. Militante do PS, esta professora reformada exerceu ainda as funçþes de dirigente sindical assim como vårios cargos políticos. Teresa Alegre Portugal foi membro da Assembleia

Municipal de Coimbra, vereadora da Câmara Municipal de Coimbra e vĂĄrias vezes eleita deputada Ă Assembleia da RepĂşblica pelo cĂ­rculo eleitoral de Coimbra. Bateu-se pela democracia e continua acĂŠrrima defensora da liberdade de expressĂŁo. Aos 70 anos, Teresa Alegre Portugal mantĂŠm-se uma voz livre entre a classe polĂ­tica. & ' ( D ; Portugal – cĂŠlebre guitarrista da Canção de Coimbra – foi condecorada com a Ordem da Liberdade em 2005, durante a presidĂŞncia de Jorge Sampaio.

E

A I N D A

“Vim com 15 anos para Coimbra para estudar. Era quase um destino dos jovens portugueses.â€? “Vim fazer o velho e assustador 5.Âş ano do liceu, que Â’ “ / ( agarrada Ă cidade. O que nĂŁo ĂŠ muito vulgar. Penso que um dos problemas da cidade decorre do facto de as pessoas se sentirem pouco agarradas Ă cidade. Fica um nĂşmero reduzido de pessoas que se interessam e tĂŞm aquilo que habitualmente se chama de bairrismo. E acho que as cidades precisam disso; de ter pessoas que cuidem delas e se interessem por elas.â€? “Parece que as pessoas nĂŁo se sentem comprometidas com o local onde vivem. Isso ĂŠ uma coisa que os romanos nos ensinaram e acho que isso ĂŠ uma das coisas boas da democracia. NĂłs devemos aproximarmos dos problemas do sĂ­tio onde vivemos e tentar tornar as coisas melhores.â€? “Faço parte de uma geração que apanhou as mudanças todas. Apanhei as coisas boas, mas tambĂŠm o peso das heranças. Assisti Ă transformação de muita coisa, desde logo de natureza polĂ­tica e social. Transportei a herança sobretudo da minha avĂł – porque a minha mĂŁe era uma mulher muito aberta; transpirava liberdade por todos os poros – e assisti Ă mudança na vida das mulheres que foi absolutamente marcante.â€? “Acho que uma das grandes revoluçþes culturais ĂŠ a das mulheres. As mulheres dominam nĂŁo sĂł numericamente como imprimiram Ă vida um outro ritmo.â€? “[A ausĂŞncia de mulheres nos lugares cimeiros] nĂŁo tem muito a ver com as questĂľes do feminismo. Acho que as mulheres competentes nĂŁo estĂŁo nesses cargos, como nĂŁo estĂŁo os homens. Acha que os homens competentes e certos estĂŁo nos lugares certos? NĂŁo estĂŁo. Acho que a democracia estĂĄ um bocadinho rasca. HĂĄ um certo entendimento da democracia que levou as pessoas muito oportunistas, os fura-vidas, a destacarem-se e a subirem. Esse ĂŠ o lado mau da democracia e isso faz muita pena.â€? “As pessoas podem nĂŁo estar muito activas, mas indiferentes acho que nĂŁo estĂŁo.â€? “A minha participação polĂ­tica foi mais fruto das circunstâncias. Eu cresci muito com ideais democrĂĄticos. Tive a sorte de crescer numa famĂ­lia republicana; tive um avĂł que era carbonĂĄrio. Cresci com certos valores e por isso nĂŁo foi nada difĂ­cil adquirir certas ideias, portanto foi tudo muito natural desse ponto de vista.â€? “A minha vinda para Coimbra politizou muito as coisas, porque fui caloira em 1958 e uma das primeiras coisas a que assisti foram as eleiçþes do Humberto Delgado. Acho que tudo começou ai. A minha casa funcionava como o centro da vida universitĂĄria em Coimbra. O meu irmĂŁo mais velho tambĂŠm estava muito aberto Ă s coisas da polĂ­tica, escrevia, e todo aquele ambiente era muito estimulante. Todos os poetas, escritores, cantores por lĂĄ passavam. Muitas das pessoas de que hoje em dia se fala passaram pela minha casa e isso foi uma outra universidade.â€? “Na minha vida entrou esse lado de participar, lutar pela liberdade e contra a ditadura. Depois as coisas foram tornando-se mais complicadas, havia a questĂŁo do meu irmĂŁo e dos amigos que iam para a guerra; uns morriam, outros ( ; 3 um tempo muito difĂ­cil.â€? “Teimosamente tentei viver a polĂ­tica por essa escola e eu dou-me conta que essa escola nĂŁo ĂŠ a escola de hoje. A polĂ­tica hoje ĂŠ uma outra coisa. NĂłs vivemos em democracia e as estruturas partidĂĄrias criaram os seus vĂ­cios... portanto ĂŠ uma outra coisa. Chega-se a deputado, porque a mĂĄquina partidĂĄria entende que aquelas pessoas devem ir para lĂĄ, muitas vezes, por boas razĂľes e outras pelas mĂĄs razĂľes. Isso estĂĄ a estragar a qualidade da democracia, o que faz muita pena.â€?


FIGURAS DA SEMANA

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A S C E N S O R A

S U B I R

Manuel Alegre – O jantar do poeta com apoiantes de Coimbra, “cidade dos sonhosâ€?, foi uma manifestação de pujança da sua (re)candidatura presidencial. Alegre teve muita (e boa) gente a incentivĂĄ-lo. Nobre ĂŠ o candidato que nĂŁo se esconde atrĂĄs de atitudes calculistas e ousa chamar as coisas pelos respectivos nomes, num discurso proferido perante mais de meio milhar de pessoas. Augusto InĂĄcio – A Naval cometeu, domingo, a proeza T ; = D / U

! ( D = ! L 4 N EstĂĄ de parabĂŠns o tĂŠcnico Augusto InĂĄcio, que, disputados dois terços da prova, parece ter garantido a permanĂŞncia do clube da Figueira da Foz no principal campeonato. AntĂłnio Rendas – O reitor da Universidade Nova de 4

' Reitores das Universidades Portuguesas. António Rendas tomarå posse a partir de 09 de Março. Conhecidos que são os

( ! / = 8 ( teimam em nĂŁo aparecer –, pede-se ao sucessor de Fernando Seabra Santos, reitor da Universidade de Coimbra, que tenha melhor sorte na resolução dos casos complicados. A

D E S C E R

Carlos Carvalhal – À mediocridade como treinador alia o tÊcnico do Sporting o estatuto de marreta autista e de mau condutor de futebolistas. Posto isto, não espanta que

( H ; ˜

™ uma das piores sÊries de jogos (oito) sem o clube conhecer o sabor do triunfo. Se isso acontecer, hoje à noite, frente ao / = ( ( ( ( L= % 5 % 4 % J/3 N ? ; (

prĂłprio um tĂŠcnico que, apesar de nĂŁo ganhar, nem sequer

' T š 5 5 ' ( ' ' ( ! ( R / Bettencourt lamentou, hĂĄ dias, a falta de um treinador que partilhe com o presidente do clube a entrega do “corpo Ă s balasâ€?. Fernando Nobre 8 4 & ? @ cional (AMI), aspira a tornar-se inquilino do PalĂĄcio de BelĂŠm, mas nem por isso evita a mesquinhez de se referir a advertĂŞncias de Manuel Alegre como “picadelas de mosquitosâ€?. / > U L5=>N

de 2002 (coisa de que diz ter-se arrependido), da candidatura presidencial de MĂĄrio Soares (PS) em 2006, da do Bloco de Esquerda ao Parlamento Europeu em 2009 e da Ăşltima do social-democrata AntĂłnio Capucho Ă presidĂŞncia da Câmara " 3 < " dedicar-se ao trabalho que tem desenvolvido Ă frente da AMI. LuĂ­s Figo 8 G + + ( R =; 5= ! se livra de ver o seu nome arrastado para mais um processo envolvendo o primeiro-ministro e empresas tuteladas pelo / 4 3 ! > @ 5 4 ; ( % š Âœ9* *** promoção da imagem desta empresa que tem como um dos 5 %

! arguido neste processo, contudo, escutas realizadas no âmbito do processo “Face Ocultaâ€? referem conversas que aludiam Ă participação do jogador ao lado do PS como contrapartida para o contrato de publicidade. PUBLICIDADE

EugÊnia Cunha A antropóloga forense, de Coimbra, lidera uma equipa que parte amanhã para a GuinÊU ! mação dos corpos dos combatentes envolvidos num dos mais traumåticos acontecimento da guerra colonial: o desastre de Cheche, ocorrido a 6 de Fevereiro de 1969, durante a travessia do rio Corubal, com o acidente a provocar a morte a ( 9* ( 3 & % J L3 %J N mortais dos antigos combatentes portugueses sepultados 5

4 de Portugal, no âmbito do programa “Conservação de MemĂłriasâ€?, esta ĂŠ a quinta missĂŁo de resgate dos restos mortais de soldados portugueses mortos no campo de batalha. Para / ' 6

' prende-se com o facto de os soldados estarem numa vala comum e nĂŁo em sepulturas individualizadasâ€?. “Vamos en . (

7 ; ( conseguiu ver aprovado um pedido para analisar o interior do tĂşmulo do primeiro rei de Portugal, que se encontra na Igreja de Santa Cruz, em Coimbra.

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( ! > ! T@ R ? 3 5 de Quental, bem como o seu respectivo diagnĂłstico clĂ­nico Ă luz dos conceitos de psicologia e psiquiatria actuais. Nesta viagem ao universo mental de portugue

R > ( ; com que estes foram marcados e os tratamentos a que foram sujeitos. O livro “ManĂ­acos de Qualidadeâ€?, que chega Ă s livrarias com a chancela da editora Esfera de 4 !

! como, ao longo dos tempos, a sociedade encarou a doença mental e as alianças que a psiquiatria estabeleceu com o poder e a prĂłpria loucura. LuĂ­s Mendes e Alexis Fontes – Os atletas da Aca R ( + nas categorias de -60 quilogramas e de -90 quilogramas. Na prova realizada no EstĂĄdio UniversitĂĄrio de 4 obteve seis medalhas, incluindo o tĂ­tulo nacional 4 ? des, no primeiro ano de jĂşnior, R < LÂĄÂ’* š N vice-campeĂŁo e R L  * š N C ? L 9: š N % L $$ š N V L $* š N ' bronze. A AcadĂŠmica teve um resultado histĂłrico nesta R < espĂ­rito competitivo de toda a comitiva da AAC, revelando caracterĂ­sticas que fazem acreditar num futuro promissor.

Luís NazarÊ 8 G 4 < " presidente dos Correios, foi o orador convidado pela associação cívica Clube de Coimbra para intervir, ontem, num debate sobre o Orçamento do Estado para 2010. O Clube de Coimbra, constituído por militantes do PS e por cidadãos independentes, visa ! !

e filosĂłficos, alĂŠm de “promover o relacionamento VĂ­tor Costa - O artista plĂĄstico conimbricense fraterno e democrĂĄticoâ€?. VĂ­tor Costa estreia a nova Galeria de Arte e Centro ? ; : ? . #ž'** Carlos Encarnação – “Por dentro do paĂ­sâ€? ĂŠ o ( :9 tema que o presidente da Câmara de Coimbra aborda, reira artĂ­stica. O novo espaço cultural, situado junto hoje, no jantar “Quinta Ă s Quintasâ€?, promovida pela 5 R ! Fundação InĂŞs de Castro e que decorre, pelas 20h00, esta quarta-feira Ă comunicação social, pelo presiden H

Â? 4 G

> 5 & 5 ? um terceiro mandato, jĂĄ foi deputado, vice-presidente < R 5 < 5=> de Freguesia de AlmalaguĂŞs, esteve jĂĄ patente na Casa civil de Coimbra, secretĂĄrio de Estado da Adminis- Municipal da Cultura, em finais do ano passado. tração Interna e tambĂŠm dos Assuntos Parlamentares. TomĂĄs Veloso e Beatriz Craveiro – Os dois Joana Ramos – A judoca da Associação CristĂŁ jovens nadadores do Clube NĂĄutico AcadĂŠmico da Mocidade (ACM) de Coimbra alcançou a medalha Matobra foram as grande figura dos Campeonatos V 5 >

! :*#* Regionais Infantis que decorreram, no passado fim ! R C de-semana, na Piscina Municipal da Mealhada, com a #ž Â&#x; # Â&#x; š Âœ9 ( :Â’$

(

R 4 % T

G 4 :*#: / ( venceu as cinco provas individuais nadadas e contri ; R C ' bui, ainda, para a vitória nas três estafetas em que % ? T ; participou. No sector feminino a atleta em destaque a qual estå convocada pela Federação Portuguesa de foi Beatriz Craveiro, que venceu quatro provas indiR viduais e participou nas três vitórias alcançadas pelas estafetas do clube. Com a maior delegação presente, Joana Amaral Dias 8 ; o CNAC-Matobra obteve 29 vitórias nas 60 provas deputada do Bloco de Esquerda apresenta hoje, no que compunham o programa, o triunfo em nove das 3

#ž'Âœ* 6? 12 estafetas realizadas e, ainda, 16 segundos e 21 ter Â? 7 < R > ceiros lugares de pĂłdio. O Clube NĂĄutico AcadĂŠmico ; H ;- assegurou 66 lugares de pĂłdio, seguindo-se a Columria de Portugal sob o denominador comum dos seus ;! ' Âœ# 3 U " distĂşrbios psicolĂłgicos e psiquiĂĄtricos. Baseada numa = #) > 4 investigação histĂłrica cuidada e na leitura de escritos GinĂĄsio Figueirense, ambos com 16, a AAC com 14, e registos biogrĂĄficos e autobiogrĂĄficos, designada- ? R mente, cartas e diĂĄrios, entre outros documentos, a Freguesia do PaiĂŁo com um.


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FACTOS DA SEMANA

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www.ca m p e a o p r o vin cia s.co m

Manifesto nacional divulgado em Coimbra O “Manifesto Nacional de SaĂşde RespiratĂłriaâ€? serĂĄ divulgado em Coimbra, amanhĂŁ, por iniciativa da Delegação distrital da Fundação Portuguesa do PulmĂŁo (FPP). O presidente e o vice-presidente da FPP, Telles de AraĂşjo e Jaime Pina, respectivamente, tomarĂŁo parte numa conferĂŞncia de Imprensa convocada para o efeito. Na ocasiĂŁo, a Fundação irĂĄ proceder Ă entrega do prĂŠmio nacional da Portugal-China joga-se dia 3 O EstĂĄdio Cidade de Coimbra acolherĂĄ o encontro de preparação para o Campeonato do Mundo de Futebol da Selecção Nacional diante da China. O jogo estĂĄ agendado para as 20h45 da prĂłxima quarta-feira, dia 3 de Março. Com o jogo Portugal-China serĂĄ a quarta vez que o EstĂĄdio Cidade Coimbra, um dos palcos que acolheu o Euro 2004, irĂĄ receber um encontro da equipa das Quinas. O recinto, que acolhe os jogos da AcadĂŠmica, tem capacidade para cerca de 30 000 espectadores e foi inaugurado a 27 de Setembro de 2003, num concerto dos Rolling Stones. O primeiro jogo de futebol realizou-se dois dias depois, :Â’ G L U N Livro denuncia campanhas de manipulação informativa “HĂĄ silĂŞncios comprometedores, verdadeiros apagĂľes noticiosos, e hĂĄ desvirtuaçþes graves merecendo lugar de destaque no pelourinho das falhas deontolĂłgicasâ€?, eis o que conclui Dinis Manuel Alves, apĂłs ter passado Ă lupa centenas de telejornais dos canais de televisĂŁo portugueses. Esta e outras frases polĂŠmicas, que apontam para uma “guerra sujaâ€? entre as estaçþes de televisĂŁo, onde “o cidadĂŁo-telespectador perde, mas perde muito mais com outras prĂĄticas, muito mais condenĂĄveis tambĂŠmâ€?, sĂŁo dadas Ă estampa no livro “A informação ao serviço da estaçãoâ€? (com o antetĂ­tulo “Promoçþes, silĂŞncios e desvirtuaçþes na TVâ€?), que serĂĄ apresentado pelo professor Francisco Rui CĂĄdima, a 03 de Março, pelas 18h00, na Casa Municipal da Cultura. Editada pela Mar da Palavra, a obra, da autoria de Dinis Manuel Alves, ĂŠ quinto livro do autor e o primeiro de quatro integrados no projecto de investigação da tese de doutoramento defendida pelo investigador na Universidade de Coimbra, em Abril de 2005. Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra e em Jornalismo pela Faculdade de Letras, Dinis Manuel Alves ĂŠ doutorado em CiĂŞncias da Comunicação/Discurso dos Media. Jornalista, ; ! Comunicação Social, ĂŠ docente e director da licenciatura em Comunicação Social do Instituto Superior Miguel Torga, desde 2005.

TragĂŠdia na Madeira SĂĄbado, 20 de Fevereiro de 2010, ĂŠ uma nova data a acrescentar Ă lista de aluviĂľes e outras tragĂŠdias que ocorreram jĂĄ na ilha da Madeira. O balanço, de acordo com os dados disponĂ­veis atĂŠ Ă hora de fecho desta edição, ĂŠ o mais trĂĄgico de sempre e aponta para 42 mortos. Uma queda de chuva em quantidade fora do normal, ao arrastou terra, calhaus, entulho e colheu vidas, causando o caos na zona baixa do Funchal. Situaçþes semelhantes ocorreram noutras localidades na zona Sul, como Ribeira Brava, Calheta e Ponta do Sol, onde tambĂŠm hĂĄ famĂ­lias desfeitas e estragos para contabilizar. O Presidente da RepĂşblica e o Primeiro-ministro jĂĄ estiveram no local e uma onda de solidariedade perpassa os portugueses, para que a normalidade seja reposta rapidamente. Ainda que o Governo Regional nĂŁo queira que seja decretada situação de calamidade, para nĂŁo prejudicar a imagem turĂ­stica do destino Madeira, a verdade ĂŠ que a notĂ­cia correu o Mundo e de todos os lados sĂŁo enviadas mensagens de pesar. Alberto JoĂŁo Jardim diz-se empenhado em pĂ´r tudo “bonitinhoâ€? e jĂĄ pensa na Festa da Flor, em Abril, um dos principais cartazes promocionais da ilha. Que assim seja, especialmente para bem dos que perderam casas e estabelecimentos comerciais. Os que perderam os seus familiares jamais esquecerĂŁo aquele fatĂ­dico dia. É tambĂŠm tempo de tirar liçþes para o futuro, dedicando maior atenção Ă s caracterĂ­sticas naturais da ilha. do Cearte, LuĂ­s Rocha, este acto pĂşblico integrou-se num conjunto alargado de cerimĂłnias que o Centro tem vindo a realizar, no Ameal, em Santa Clara, em Cantanhede, em ? ( cados a cerca de 500 adultos. O Cearte disponibiliza os . ' ' ( & electricista.

“do monĂłlogo, coisa pĂşblicaâ€? com artistas de luxo AntĂłnio Pinho Vargas, CustĂłdia Gallego, CĂĄndido PazĂł, Ana Bustorff e Denise Stoklos sĂŁo os artistas convidados pela reitoria da Universidade de Coimbra (UC) e pela companhia de teatro A Escola da Noite, no âmbito do ciclo “do monĂłlogo, coisa pĂşblicaâ€?, integrado no programa da XII Semana Cultural da Universidade. Entre os dias 01 e 06 de Março, sĂŁo seis os espectĂĄculos que vĂŁo decorrer no Teatro AcadĂŠmico de Gil Vicente e no Teatro da Cerca de SĂŁo Bernardo, preenchendo as noites, de segunda a sĂĄbado, sempre Ă s 21h30. O ciclo “do monĂłlogo, coisa pĂşblicaâ€?, concebido pel’A Escola da Noite para a Semana Cultural da UC – da qual fazem parte mais de 70 iniciativas promovidas pela prĂłpria co 8 ' sobre o tema “A oralidade no actorâ€?, dirigido por CĂĄndido PazĂł (co-organizado com o Teatro dos Estudantes da Universidade de Coimbra) e um conjunto de dois G 3 5 debates, que reunirĂŁo especialistas em artes cĂŠnicas e os 8 ( & artistas presentes na semana, numa iniciativa conjunta da a 36 adultos de Coimbra, que concluĂ­ram o 9.Âş ano, e a Reitoria e do Curso de Estudos ArtĂ­sticos da Faculdade de 42 que completaram o 12.Âş ano, no âmbito do Centro Letras. Os bilhetes para os vĂĄrios espectĂĄculos podem ser Novas Oportunidades. O presidente do Conselho de reservados ou adquiridos com antecedĂŞncia nas prĂłprias Administração do Cearte, Alberto Costa, salientou que salas, jĂĄ a partir da prĂłxima semana. 6 (

" ( " ! 6< ! 5?/7 nais e de empregoâ€?. “Os diplomas entregues vĂŞm repor tema da 2.ÂŞ conferĂŞncia de estratĂŠgia INVEST/ISLA que justiça social, ao dar mais oportunidades Ă quelas pessoas decorre hoje, pelas 18h30 no auditĂłrio da Faculdade de que, por diversas circunstâncias, nĂŁo completaram os seus Economia da Universidade de Coimbra. Miguel Athayestudosâ€?, referiu, desejando que “sirvam de exemplo, de de Marques, presidente da Euronext Lisbon, Francisco inspiração e de motivação para outros que abandonaram Banha, presidente da Federação Nacional de Business cedo de mais os bancos da escola e a quem, por esse Angels, e Pedro Vaz Serra, presidente do Clube de Emmotivo, a vida tem custado a sorrirâ€?. Segundo o director presĂĄrios de Coimbra sĂŁo os oradores convidados.

Junta de Arzila jĂĄ tem novos vogais Os novos vogais da Junta de Arzila (Coimbra) foram eleitos, anteontem, tangencialmente, pela Assembleia de freguesia, apurou o “CampeĂŁoâ€?. JoĂŁo Seiça (PS) e Carlos Pocinho (coligação “Por Coimbraâ€?) irĂŁo coadjuvar o presidente socialista Nuno Silva, vencedor das eleiçþes autĂĄrquicas de 11 de Outubro de 2009. A eleição dos vogais do ĂłrgĂŁo executivo esteve comprometida durante quatro meses, na medida em que o PS possui apenas trĂŞs assentos num universo de sete da Assembleia de freguesia. Nuno Silva, que sucedeu a Filipe Vaz (igualmente eleito pelo PS), foi coadjuvado nos Ăşltimos meses pelos vogais da anterior Junta. Adelino VilĂŁo, Ăşnico autarca de Arzila eleito pela CDU, irĂĄ presidir Ă Assembleia de freguesia, cabendo a Manuela Taborda (PS) as funçþes de primeira secretĂĄria e a Teresa Fernandes (“Por Coimbraâ€?) as de segunda secretĂĄria. A lista de vogais da Junta, constituĂ­da sob proposta do presidente, foi sufragada com quatro votos favorĂĄveis e trĂŞs contra, a da Mesa da Assembleia foi eleita por unanimidade. Nuno Silva regozijou-se com a “solução de compromissoâ€?, na expectativa de que ela “acautele os interesses da freguesiaâ€?, considerando que a plataforma alcançada traduz a expressĂŁo do voto popular. Os atletas do FBS Clube destacaram-se no Campeonato Regional de Piscina Curta em Infantis, que decorreu no ? ' Francisco Gonçalves (campeĂŁo regional dos 200m Estilos) e Beatriz Matos, para alĂŠm de conseguirem subir ao pĂłdio por cinco vezes cada um, obtiveram excelentes tempos, que lhes permitiram desde jĂĄ o acesso aos campeonatos nacionais em todas as provas em que participaram. Em destaque esteve tambĂŠm a atleta Catarina Oliveira que conquistou o 1.Âş lugar do pĂłdio na prova de 200 metros de mariposa. Em termos colectivos, a equipa de estafetas foi a que revelou estar em melhor forma, garantindo o acesso aos campeonatos nacionais em 4x100m Livres e 4x200m Livres. A equipa da FBS Clube esteve representada pelos atletas Ricardo Agostinho, Francisco Gonçalves, LuĂ­s Neves, Nuno Caridade, JosĂŠ Ventura, Beatriz Matos, = C G com a presença de atletas provenientes das Associaçþes de Natação de Aveiro, Coimbra e Leiria, num total de cerca de 300 atletas em representação de 35 equipas.

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“DOIS DEDOS DE CONVERSA� esta semana com:

Paulo Neto Director Geral da CJR Motors Apresenta:

Domingo das 12 às 13 horas - Ouça em 96.2 ou www.radioregionalcentro.com


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ACTUALIDADE w w w . campeao p r o vin cia s.co m

Palåcio de São Marcos foi o palco escolhido para a gravação

Alma de Coimbra prepara lançamento de primeiro disco

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Parceria entre a FLUC e a TCP

Mestrado em Alimentação vai ter bolsa de estudo

3 4 da investigação e do saber da Universidade de Coimbra A criação de uma bolsa L34J N Turismo do Centro de Por- de estudo ĂŠ um dos compro– nomeadamente, atravĂŠs de G. B. tugal (TCP) acabam de cele-

% 5 espectĂĄculos quer em Portugal brar um protocolo atinente Ă bolsa serĂĄ destinada ao estuO grupo Alma de Coimquer no estrangeiro – este criação de um mestrado em dante do segundo ano que, na bra deverĂĄ lançar, dentro de ĂŠ, efectivamente, o primeiro parte escolar, obtenha melhor dois meses, o seu primeiro disco do grupo Alma de CoimIntervieram na subscrição + do documento o director da disciplinas e de seminĂĄrios e Coro de vozes masculinas Mesquita ĂŠ de que, “enquanto 34J cuja dissertação ou relatĂłrio e solistas fundado em Maio de parte mais visĂ­vel do trabalho, presidente da referida entidade verse sobre assunto de âmbi2006, ĂŠ composto por cerca de actividade e capacidade de to regional sob jurisdição da 5 ? ' 40 elementos, antigos estudaninovaçãoâ€?, o disco surge na Denominado “Alimenta- % tes de Coimbra, que se dedicam O premiado usufruirĂĄ ção: fontes cultura e sociedaĂ interpretação de temas de O ĂĄlbum estĂĄ neste modeâ€?, o mestrado inscreve-se do pagamento de propina poetas e intĂŠrpretes da lĂ­ngua mento na fase de pĂłs-produção no desejo de conferir Ă gas- equivalente ao segundo ano O disco deverĂĄ ser lançado dentro portuguesa, harmonizados

+ para coro, solistas e instrumen- de dois meses e incluirĂĄ mais de uma dezena ser lançado antes das duas tronomia o estatuto de objecto L# :9* N tos pelo professor e maestro de temas gravados pelo coro digressĂľes que o grupo tem Apelo Ă solidariedade marcou 46.Âş aniversĂĄrio ? ( agendadas pelo Oriente (SingaO PalĂĄcio de SĂŁo Marcos pelo maestro Augusto Mesqui- pura, MalĂĄsia, Kuala Lumpur e Ao afirmar a actividade musical deste coro como um foi, recentemente, transforma- ta pelas “boas experiĂŞnciasâ€? de Banguecoque) e Mediterrâneo, “hino Ă lusofoniaâ€?, o novo do em palco para a gravação gravação que jĂĄ teve naquele R ' ĂĄlbum reveste-se de extrema dos dezassete temas, a partir espaço, proporcionadas quer Nos Ăşltimos trĂŞs anos, da acção foi a entrega de B.O. importância para chegar a dos quais deverĂŁo ser selec- pelo ambiente calmo do palĂĄ- assumindo a aposta na divuldonativos, recolhidos nos D / cionadas as faixas para o novo cio, quer pelo piano aĂ­ existente gação da mĂşsica portuguesa e A governadora do Dis- Ăşltimos meses, a favor das e a acĂşstica que sĂŁo, segundo o da lusofonia, o coro Alma de corresponde, igualmente, Ă trito a que pertence o Lions ACAPO, Associação PortuA escolha deste edifĂ­cio necessidade de atender aos Coimbra deslocou-se a Macau, Apesar da intensa activi- Timor, Bali e, em vĂĄrias oca- Clube de Coimbra, Gracie- guesa de Pais e Amigos do pedidos de muitas pessoas, inte- histĂłrico, localizado em SĂŁo Sil vestre e propriedade da Univer- dade que o grupo tem vindo a / J ta Santos Costa, apelou no > ? + desenvolver desde a sua criação domingo Ă solidariedade (APPACDM) de Coimbra com as vĂ­timas do temporal e Associação de Defesa e que assolou a Madeira no T L > TN Seabra Santos na evocação do reitorado de JosĂŠ Gouveia Monteiro O ex-presidente do Clube, Ă€ margem das co- JoĂŁo Ramos de Carvalho,  $ “ - foi ainda agraciado com versĂĄrio do Clube, que ' R.A. H

> Reivindicando o estatuto “Somos depositĂĄrios A criação de uma “nova de representante da UC junto LuĂ­s, Gracieta Santos Costa de um legado de valores Universidadeâ€?, preconizada do Governo de Marcelo Cae ( - que nos orientam e nos por JosĂŠ Gouveia Monteiro, ĂŠ tano (sucessor de Oliveira Sato vai canalizar donativos indicam o rumo a seguir de um combate diĂĄrio e de todos, lazar), JosĂŠ Gouveia Monteiro para o clube congĂŠnere maneira a desenvolvermos ! 3 " madeirense, com vista a uma maior cooperação e Seabra Santos durante uma " J apoiar financeiramente a compreensĂŁo entre as pes ;  *“ Com isto o entĂŁo reitor quis, reconstrução de casas das soasâ€?, referiu Raul Amado, aniversĂĄrio da tomada de posse ! ! presidente do Lions Clube 63 de Coimbra, acrescentando que fosse interdito falar de Segundo Seabra Santos, chegar ao Haiti com comi- que os membros deste moreitor cessante da Universidade da e agasalhos e no passado vimento estĂŁo empenhaJosĂŠ Dias, dirigente da Asde Coimbra (UC), a evocação sociação AcadĂŠmica (AAC) na tambĂŠm actuĂĄmos no caso dos em “prosseguir como representou uma justa home- dĂŠcada de 70 [do sĂŠculo XX], das vĂ­timas do terramoto obreiros na construção de nagem ao mĂŠdico e professor situou o reitorado de Gouveia nos Açoresâ€?, comentou a um mundo melhor, mais Segundo JosĂŠ Dias, ladeado por Veiga SimĂŁo e !

#Â’Â’ dirigente associativa, refe- ! 7 Monteiro na “fase da perda do Jorge Gouveia Monteiro, era impossĂ­vel exigir [JosĂŠ Gouveia Monteiro] monolitismo salazarista por rindo que esta organização “Como governadora mais do reitorado do mĂŠdico “desatou nĂłs e preconceitos e 7 de âmbito mundial, atravĂŠs estou muito orgulhosa desfomentou o progressoâ€?, consiConciliador de ideais de Monteiro nĂŁo foi alheio um de 300 “activistas antifascistasâ€? da mobilização da boa von- te clube, porque nĂŁo houve 3 = = / ( episĂłdio de violĂŞncia ocorrido contestaram duramente os tade, presta apoio aos mais nada que tivesse pedido JosĂŠ Veiga SimĂŁo, ministro dirigente do Centro AcadĂŠ- a 09 de Maio de 1970, no Tea- convidados da Oficina de necessitados, nĂŁo sĂł a nĂ­vel que ele nĂŁo concretizasseâ€?, / - mico de Democracia CristĂŁ tro AcadĂŠmico de Gil Vicente Teatro e houve escaramuças material, como facultando salientou no seu discursidente do Conselho Marcelo (CADC), Dias admitiu andar (TAGV), por ocasiĂŁo da subida 5 - so Gracieta Santos Costa, Caetano, disse que Gouveia “com um olho no Vaticano II Ă cena da peça “O livro de Os referidos activistas ciando intervençþes mĂŠdi- Monteiro entendeu dever go- ¨ ? 7 CristĂłvĂŁo Colomboâ€? (de Paul ameaçaram tomar de assalto - “lionsâ€? como “uma misvernar a UC ao abrigo do “espĂ­o TAGV caso o reitor nĂŁo bes no territĂłrio nacional, 7 = ! 6/

N rito de Coimbra�, pautado pela 7 (

A representação foi viabi- ordenasse a interrupção do este movimento, continuou tura do Clube de Coimbra Ă

Q

' mou JosĂŠ Dias, que louvou lizada poucas semanas depois espectĂĄculo, coisa que Gou- Gracieta Santos Costa, faz sociedade, Gracieta Santos Maria Helena da Rocha “a acção de JosĂŠ Gouveia . G veia Monteiro acabou por “cada vez mais sentidoâ€? Costa agradeceu a Raul Pereira, que foi vice-reitora de Monteiro como humanista, de Teatro da Universidade de ! " G - atĂŠ porque, defendeu, os Amado o envolvimento Monteiro (1970/71), lembrou 7 Coimbra (OTUC, conotada nalistas encararam a atitude nesta causa, destacando que ter sido apreendida uma edição Com o lema “NĂłs ser- a visibilidade do clube “dĂĄ a Investido em funçþes a 19 com a extrema-Direita) auto- do reitor como sintoma de do DiĂĄrio de Lisboa cuja man- 3 #Â’)* " ! / fraqueza da classe politica virmosâ€?, o Lions Clube de oportunidade a que outros ' 6/ sucessor de Andrade Gouveia, de 1970, a Direcção da AAC

 $ “ conheçam o trabalho meri 7 Segundo Marchi, os nacio- aniversĂĄrio reunindo cerca ; Š ÂŹ7 Monteiro passou o testemu- tinha decidido fechar a sede Segundo Jorge Gouveia nho a Cotelo Neiva volvidos da OTUC na rua de Padre nalistas radicais recusaram-se a de uma centena de memPor Ăşltimo, Gracieta ? ' :* abandonar o TAGV e respon- bros de vĂĄrios clubes do Santos Costa fez votos para ; T ele fez saber que demitir-se-ia Segundo Riccardo Marchi, deram Ă advertĂŞncia do reitor = Ă€ escassez da duração que o prĂłximo governador de imediato caso fosse censura- do mandato de JosĂŠ Gouveia na noite da representação, cerca H < Um dos pontos altos

Lions Clube mobiliza movimento em prol da Madeira

Criação de “nova Universidadeâ€? ĂŠ um combate diĂĄrio e de todos


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QUINTA-FEIRA

ACTUALIDADE

DE FEVEREIRO DE 2010 CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS

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Linhares Furtado sublinha carácter multidisciplinar e pluri-hospitalar deste tipo de tratamento

Livro enfatiza contributo de Coimbra na história dos transplantes de órgãos Ao lançar o livro “Transplantação de Órgão Abdominais em Coimbra” perante uma sala cheia de admiradores, o cirurgião Linhares Furtado recusou a ideia de estar a ser homenageado e canalizou todas as suas atenções para a Hepaturix - Associação das Crianças e Jovens Transplantados ou com Doença Crónica Hepática, sedeada em Coimbra. IOLANDA CHAVES

O recente livro de Linhares Furtado é um testemunho na primeira pessoa dos primeiros tempos dos transplantes abdominais de que foi pioneiro, ao realizar, em 1969, nos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC), o primeiro transplante renal. Como diz o próprio, trata-se de “um livro de memórias e exposição do que foi o contributo de Coimbra, e da região, para a implantação e o prog resso deste tratamento”. A iniciativa tem um cunho solidário, pois a venda da obra reverte, integralmente, a favor da Hepaturix - Associação das Crianças e Jovens Transplantados ou com Doença Crónica Hepática, sedeada em Coimbra. O lançamento da obra “Transplantação de Órgão Abdominais em Coimbra” foi um acontecimento que teve como palco o Pavilhão Centro Portugal, actual sede da Orquestra Clássica do Centro, que deste modo se associou também à causa e homenageou o r e s p e c t ivo p r e s i d e n t e da Assembleia Geral, Linhares Furtado, pelo pioneirismo e dedicação na área dos transplantes. Pe r a n t e u m s a l ã o cheio, marcado pela presença de médicos e de muitos outros cidadãos que também quiseram manifestar a sua admiração pelo cirurgião, este

Linhares Furtado, na foto a autografar o livro comprado por José Manuel Silva, direccionou os holofotes para a Hepaturix

recusou-se a ser alvo de qualquer homenag em, preferindo canalizar todas as atenções para o trabalho que a Hepaturix realiza em prol das crianças e das famílias que apoia. Dirigindo-se à presidente da associação, Tereza Larish, o professor elogiou a associação pelo contributo que dá na amenização o sofrimento das famílias ao p r o p o r c i o n a r- l h e s a l guns meios (financeiros e logísticos) para fazerem face às dificuldades materiais que todo o processo de tratamento acarreta. Lembrou, por exemplo, que muitas vezes um dos pais tem de abandonar a profissão para acompanhar o filho doente e que tudo piora se se trata de famílias carenciadas, daí que considere a Hepatourix “um apoio humanitário extremamente importante”. Tereza Larish retribuiu o elogio apelidando o cirurgião de “homem generoso”, graças ao q u a l mu i t o s p a i s p o dem agradecer o facto de terem os seus filhos v ivo s. A d i r i g e n t e d a Hepaturix (autora de um texto que serviu de base a um vídeo mostrado na ocasião) falou da actividade da associação e da forma como ajuda os seus associados. Segundo disse, a He paturix tem um apartamento

arrendado aonde são alojadas as crianças em tratamento e, recentemente, começou a atribuir uma verba mensal a uma família cuja mãe deixou o emprego para cuidar do filho. Centelha de génio

O livro, escrito em três anos, entre os múltiplos afazeres de cirurgião, é,como foi dito também, uma pequena par te de uma vida profissional intensa, de 40 anos, que Linhares Fur tado par tilha com as equipas que o acompanharam. Como fez questão de realçar, os transplantes implicam trabalho de equipa, são um tratamento multidisciplinar e também plurihospitalar. No prefácio, Dinis da Gama descreve o autor da obra como “um pioneiro”, que “criou doutrina e prática e deixou escola”. Na apresentação, o pediatra Carmona da Mota destacou a “centelha de génio” evidenciada por Linhares Furtado, sobretudo na chamada “estratégia do dominó” que permite ao cirurgião tratar doentes com órgãos doentes de outros doentes. Car mona da Mota disse que leu a obra como quem lê um livro d e ave n t u r a s. Re p o rtando-se ao início da “aventura” de Linhares

F u r t a d o, r e c o r d o u a s resistências que o cirurgião teve de enfrentar numa época em que os transplantes eram encarados quase como “um sacrilégio biológico”. Também o presidente da Secção Regional da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, marcou presença na mesa de honra que presidiu à sessão. Segundo disse, quando pela primeira vez ouviu falar de transplantes pensou em “algo miraculoso”. Revelou-se um admirador do cirurgião, admiração que, veio a saber-se na sessão, é recíproca, pois Linhares Furtado será o mandatário de José Manuel Silva na candidatura a bastonário da Ordem dos Médicos. O livro custa 20 euros e a sua edição foi toda custeada pela Astellas Far ma. Recordese que este é o segundo livro publicado que tem por objectivo apoiar a Hepaturix. O primeiro é da autoria de Vítor Raimundo Martins, um pai que descreve todo o percurso de sofrimento e de esperança por que a família passou até o transplante do filho ser realidade. O livro volta a ser apresentado hoje, às 12h00, no Centro de Cong ressos de Lisboa (antiga FIL), com a presença do autor, em sessão, enquadrada numas jornadas médicas.

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QUINTA-FEIRA

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AudiĂŞncia de Linhares Furtado Ă mercĂŞ de eventual acordo com Francisco de Castro e Sousa

PressĂŁo mediĂĄtica pode cancelar julgamento Uma audiĂŞncia cujo inĂ­cio estava previsto para anteontem, em que o catedrĂĄtico jubilado de Medicina Linhares Furtado começaria a ser julgado por alegada difamação de outro cirurgiĂŁo, Francisco de Castro e Sousa, poderĂĄ nĂŁo se realizar devido ao interesse jornalĂ­stico por ela suscitado, apurou o “CampeĂŁoâ€?. Auscultadas pelo nosso Jornal, fontes conhecedoras do processo e com relevante experiĂŞncia profissional acerca deste tipo de casos vaticinaram que a pressĂŁo mediĂĄtica poderĂĄ vir a estar na base da celebração de um entendimento. O começo do julgamento estĂĄ, agora, previsto para a prĂłxima terça-feira (02 de Março), caso atĂŠ lĂĄ os dois cirurgiĂľes nĂŁo alcancem uma plataforma de acordo

que dispense a realização da audiĂŞncia. Anterior director da Faculdade de Medicina de Coimbra, Castro e Sousa, inconformado com o teor de uma peça jornalĂ­stica publicada pelo Expresso a 30 de Julho de 2005, apresentou uma queixa-crime visando o pioneiro dos transplantes renais, hepĂĄticos, intestinais e de pâncreas em Portugal. Os advogados Gomes Costa e Guerra Pratas – representantes, respectivamente, de Linhares Furtado e Francisco de Castro e Sousa – dispĂľem de uma semana para proporem a eventual formalização de uma composição de interesses. Embora Castro e Sousa, que foi aluno de Furtado, impute ao arguido uma “actividade continuada no sentido

de pĂ´r em causaâ€? a sua “honra pessoal, competĂŞncia tĂŠcnica, 7 o caso nĂŁo deixa de poder ser rando uma bagatela penal. Em prol de Linhares Furtado, que nega ter prestado declaraçþes ao referido semanĂĄrio, avultam a respectiva idoneidade, o prestĂ­gio de que desfruta, a inexistĂŞncia de antecedentes criminais e os seus 76 anos de idade. Neste contexto, ĂŠ admissĂ­vel que a desistĂŞncia de queixa por parte de Castro e Sousa constitua a melhor forma de preservar a reputação dos dois cirurgiĂľes (vide a nossa edição de 11 de Fevereiro de 2010). dimento deverĂĄ consistir nos termos do acordo, cujo teor terĂĄ de salvaguardar a posição

de Francisco de Castro e Sousa sem macular a dignidade de Linhares Furtado. Em declaraçþes aos jornalistas, o arguido manifestou-se “aberto a um acordo, com respeito pela dignidade pessoalâ€?. Entre as testemunhas indicadas pelo arguido contamse o antigo presidente dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC) Norberto Canha, o ex-director clĂ­nico Ă vila Costa e as jornalistas Graça Rosendo e MĂłnica Contreras. Do rol de testemunhas apresentado por Castro e Sousa tambĂŠm fazem parte um outrora presidente dos HUC, Nascimento Costa; uma antiga directora clĂ­nica, Helena SĂĄ, e um ex-director do Serviço de UrgĂŞncia, Carlos Mesquita.

Agostinho Almeida Santos acarinhado com um jantar “CampeĂŁoâ€?, nĂŁo serĂĄ propriamente uma homenagem, mas “um encontro de amigos que querem transmitir ao professor o calor humano que ele acabou carreira acadĂŠmicaâ€?. Pedro Vaz Serra recorda que o mĂŠdico Agostinho Almeida Santos foi durante dois mandatos presidente

da Assembleia Geral do CEC, cargo este que desempenha, actualmente, na ACEG (presidida por JoĂŁo Paulo Craveiro). O conhecido ginecologista conimbricense, que fez histĂłria no paĂ­s no domĂ­nio da fertilidade, decidiu, no inĂ­cio deste ano, abandonar a carreira acadĂŠmica e hospitalar, recu-

JosÊ Coimbra reeleito para a direcção da União das Misericórdias O provedor da Santa Casa da Misericórdia de Arganil, JosÊ Coimbra, mantÊm-se à frente dos destinos da União das Misericórdias. As Santas Casas da Misericórdia do distrito de Coimbra reelegeram no såbado passado, em Pereira do Campo, a equipa liderada pelo provedor da Santa Casa da Misericórdia de Arganil para o Secretariado Regional de Coimbra da União das Misericórdias Portuguesas. JosÊ Coimbra Ê coadjuvado por Manuel Carraco e Reinaldo Ramos, respectivamente das Misericórdias de Montemoro-Velho e Soure. A equipa, que, entre outras iniciativas, se propþe realizar no próximo ano o Congresso Nacional das Misericórdias Portuguesas, foi eleita com 97 por cento dos votos expressos. O acto eleitoral Ê revelador de um amplo consenso entre as Santas Casas, que, aliås, subscreveram previamente um

documento de apoio e estĂ­mulo Ă manutenção da equipa agora reconduzida. Do programa de acção para o triĂŠnio 2010/2012 destacam-se as medidas inerentes Ă coesĂŁo e articulação entre as misericĂłrdias, assim como a anĂĄlise das polĂ­ticas sociais no distrito de Coimbra. Segundo um comunicado, o Secretariado Regional estĂĄ ainda disponĂ­vel para aprofundar as parcerias com o Estado, “nomeadamente com os ministĂŠrios do Trabalho e Solidariedade Social e SaĂşde, atravĂŠs de uma estreita articulação com o Centro Distrital de Segurança Social e a Administração Regional de SaĂşde do Centro, tendo como enfoque a melhoria das respostas sociais no âmbito do apoio aos idosos, crianças e jovens, cidadĂŁos portadores & C < nal de Cuidados Continuados Integradosâ€?.

Numa extensĂŁo de 8 quilĂłmetros

Dia 12 de Março, no Hotel Quinta das Lågrimas

O Clube de Empresårios de Coimbra, a ACEG (Associação Cristã de Empresårios e Gestores) e o jornalista Jorge Castilho vão acarinhar o professor Agostinho Almeida Santos com um jantar, no próximo dia 12 de Março, no Hotel Quinta das Lågrimas. Segundo o presidente do CEC, ouvido pelo

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sando-se, assim, a aguardar pelo momento da jubilação, em que era esperada a sua última lição. Desagradou-o o facto de, depois de deixar a presidência do Conselho de Administração dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC), ter sido nomeadado chefe de um serviço que dirigira anteriormente.

! " # de Condeixa a Coimbra A Estradas de Portugal anunciou, ontem, a adjudi ção do IC2 entre Condeixa e Coimbra. Este projecto, que abrange uma extensão de cerca de oito quilómetros e representa um investimento de 2,4 milhþes de euros, tem um prazo de execução de 120 dias (quatro meses). Segundo a Estradas de Portugal, esta obra oferece aos utentes uma ligação

directamente cerca de 400 000 residentes nos concelhos de Coimbra, Vila Nova de Poiares, Lousã, Miranda do Corvo, Soure, Condeixa-a-Nova e Penela, do distrito de Coimbra, e Ansião, Pombal e Leiria, do distrito de Leiria. Para a ligação Condeixa-Coimbra estå previsto um tråfego mÊdio diårio na ordem dos 25 000 veículos.

Lamenta o cirurgiĂŁo Manuel Antunes

Transplantes pulmonares ainda adiados em Coimbra Continuação da påg. 1 I.C.

De acordo com o mĂŠdico, para alĂŠm daquele tipo de tratamento ser “uma te mais exigenteâ€?, nĂŁo ĂŠ tambĂŠm “comportĂĄvel para a actual estrutura de pessoal do Centroâ€?. 6 crutamento de mĂŠdicos das especialidades de pneumologia e de anestesiologia, resultantes dos actuais padrĂľes de agressividade de contratação por parte de hospitais mais perifĂŠricos,

tem originado a saĂ­da de muitos especialistas do nosso Hospital, nĂŁo se vislumbrando que a situação possa melhorar no futuro prĂłximo, a nĂŁo ser que o poder central tome medidas que permitam contrabalançar alguns aspectos ÂŤselvĂĄticosÂť destas contrataçþesâ€?, refere Manuel Antunes, na introdução ao relatĂłrio de 2009. Apesar dos entraves evocados, o director sublinha que continuam “a trabalhar no sentido de iniciar o programa logo que alguns destes problemas possam ser, ainda que parcialmente, resolvidosâ€?.

No mesmo texto, o cirurgiĂŁo adianta que “nĂŁo ĂŠ sĂł na ĂĄrea da transplantação ( notadasâ€?. Relativamente Ă anestesiologia, salienta que “toda a actividade de cirurgia cardĂ­aca assentou, quase exclusivamente, no esforço pessoal dos dois Ăşnicos anestesistas que pertencem ao quadro do Serviçoâ€?. “Claramente, pelo menos neste aspecto, o Centro de Cirurgia CardiotorĂĄcica nĂŁo tem sido parte das prioridades da instituição hospitalar, um aspecto que ĂŠ imperioso e urgente corrigirâ€?, vinca.

Relativamente ao actual panorama da contratação de mĂŠdicos, a Revista VisĂŁo, na edição de 4 de Fevereiro, dedicou uma reportagem (tema de capa), sobre a “fugaâ€? de mĂŠdicos do pĂşblico para o privado referindo-se a esta realidade como um problema que afecta os hospitais pĂşblicos. Referindo-se Ă â€œsĂşbita alteração de posicionamento do MinistĂŠrio da SaĂşde e de muitas administraçþes hospitalares em relação aos centros de responsabilidadeâ€?, Manuel Antunes congratula-se com o facto de o centro que dirige ser

6 exemploâ€?. Por outro lado, teme que “as consequĂŞncias da adopção apressada de uma medida que, devendo ser generalizada, deve ser aplicada de uma forma programada, com uma escolha inicialmente selectiva dos Serviços que dĂŞem garantias de que o modelo continuarĂĄ a progredir, de modo a evitar que o insucesso de alguns possa causar o descrĂŠdito do conceitoâ€?. “O nosso Centro tem 11 anos de experiĂŞncia nesta forma intermĂŠdia de gestĂŁo, ! ## -

dade, com muitas alteraçþes do comportamento e atitude que em relação a ele tiveram as vĂĄrias equipes ministeriais e as diferentes administraçþes do nosso Hospital. Sempre mantivemos que esta forma de gestĂŁo constituĂ­a um vector fundamental na resolução dos problemas de gestĂŁo hospitalarâ€?, considera. No que diz respeito a transplantaçþes cardĂ­acas, Manuel Antunes revela que em 2009 “foram efectuadas 28 transplantaçþes cardĂ­acas, o que constitui aproximadamente 60 por cento desta actividade no PaĂ­sâ€?.


SABORES DA ÉPOCA

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Onde comer boa lampreia

Barreiras impedem ciclo reprodutivo

ResponsĂĄvel por vĂĄrios estudos sobre a lampreiamarinha e o impacto dos açudes e outras construçþes artificiais no ciclo reprodutivo das espĂŠcies G da Universidade de Évora, Pedro Raposo de Almeida, considera que a construção da escada de peixes permitirĂĄ “devolver ao Mondego aquilo que lhe pertence, por direitoâ€?. No âmbito das investigaçþes que desenvolveu na regiĂŁo Centro, desde 1998, o investigador admite que Formoselha, Rebordosa e

Investimento com mais-valias para a regiĂŁo

Para o investigador da Universidade de Évora, o investimento na construção da escada de peixes no rio Mondego ĂŠ, apesar de considerĂĄvel, “recuperĂĄvel ao longo do tempoâ€? e com vantagens para a economia da regiĂŁo, sobretudo nas ĂĄreas da gastronomia e turismo. A ministra do Ambiente e do Ordenamento

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do TerritĂłrio considera que “o dinheiro gasto serĂĄ recuperado atravĂŠs ! ; cos resultantes [da construção]â€?. Dulce PĂĄssaro, presente na cerimĂłnia de consignação da obra, em Coimbra, afirmou ainda que “a preser vação da biodiversidade ĂŠ um valor maiorâ€? e, por isso, se jus ( vai ser feito. Consignada Ă empresa Tecnovia Açores, S. A., a nova escada de peixes do açude-ponte de Coimbra ĂŠ um projecto que, durante largos anos, tem vindo a ser reclamado por autarcas e populaçþes. Presidente da Câmara Municipal de Penacova, Humberto Oliveira, vĂŞ com bons olhos a decisĂŁo da tutela em fazer avançar um obra que “permitirĂĄ salvaguardar, para o futuro, um valor gastronĂłmico importante para a economia localâ€?, uma opiniĂŁo partilhada pela confrade-mor da Confraria da Lampreia de Penacova, Fernanda Pimentel, que vĂŞ na concretização deste projecto “a garantia de que, no futuro, vai ser pos

a lampreia� apanhada no rio Mondego.

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Penacova sĂŁo trĂŞs outros locais, no rio Mondego, onde presentam uma barreira ao curso normal da natureza. Apesar de reconhecer que uma passagem para peixes nunca ĂŠ totalmente

" + ( nas alteraçþes que visam potenciar a sua eficĂĄcia, Pedro Raposo de Almeida recomenda que os 16 meses de construção da nova escada de peixes, em Coimbra, devem ser aproveitados para assegurar que “nĂŁo hĂĄ outras barreiras intrans 7 mente, iniciar o processo de monitorização que permita aferir, posteriormente, da

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Ano após ano, são vårias as vozes que, aproveitando a Êpoca da lampreia, fazem questão de lembrar o quanto os açudes e outras barreiras artificiais prejudicam o normal ciclo reprodutivo do ciclóstomo, que teima em subir o rio mas esbarra nos obståculos que o homem construiu ao longo dos anos, alterando o normal curso da natureza. Todos reconhecem que, colocando em risco a sobrevivência da lampreia,

apanhar peixe e continuar a confeccionar um iguaria que tantos apreciam e que serve, inclusivamente, de cartão-de-visita gastronómico da região Centro. No Ano Internacional da Biodiversidade, que se assinala em 2010, acaba de ser anunciado um investimento superior a três milhþes de euros, que viabilizarå a construção da nova escada de peixes do açude-ponte de Coimbra, projectada para a margem esquerda do Mondego. A obra, com um prazo de execução de 16 meses, foi consignada na última semana e permitirå, depois de (

que ĂŠ um dos maiores obs-

tåculos ao ciclo reprodutivo da lampreia-marinha, såvel e savelha. Para alÊm de corrigir os erros de concepção da actual escada de peixe, cons )* ( veio a revelar-se ineficaz no objectivo de permitir à s

cial criada pelo homem, a nova construção permitirå

para os peixes se reproduzirem, composta, no futuro, por mais de 40 quilĂłmetros dos rios Mondego e Alva.

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FESTIVAL DA LAMPREIA

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QUINTA-FEIRA

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DE FEVEREIRO DE 2010 CAMPEĂƒO DAS PROVĂ?NCIAS

Pedro Machado, presidente do Turismo do Centro

Depois da “rainhaâ€?, o sĂĄvel, as enguias e os peixinhos do rio, os mĂ­scaros e o sarrabulho

Penacova ĂŠ destino que se recomenda

Mais trĂŞs festivais gastronĂłmicos na agenda

Para Pedro Machado, presidente da Entidade Regional de Turismo do Centro, Penacova corresponde aos trĂŞs eixos essenciais que sustentam um bom destino turĂ­stico: qualidade, sustentabilidade e competitividade. Desde logo, a pretexto o Festival da Lampreia, Pedro Machado diz que “Penacova tem qualidade na sua gastronomia, nĂŁo apenas na lampreia, mas tambĂŠm na sua doçaria conventualâ€?. No domĂ­nio da sustentabilidade, evocou a escada de peixe em construção no açude-ponte, em Coimbra, como uma garantia â€œĂ s geraçþes vindourasâ€? de que

poderão contar com o importante recurso económico que Ê a lampreia, entre outros peixes, igualmente marcantes na economia local. Quanto à competitividade, o tambÊm vereador da Câmara Municipal de Montemor-o-Velho, destaca a associação existente entre os vårios municípios que, nesta Êpoca, estão a promover festivais dedicados à lampreia. Ainda neste eixo, destaca a segurança como uma das mais-valias para a promoção de um destino turístico e aplaude o envolvimento e atitude pedagógica dos Bombeiros Voluntårios no âmbito do Festival da Lampreia.

Pedro Machado exorta a autarquia a apostar na marca Penacova

visitar alguns dos pontos de interesse do concelho. Faz votos para que estes sejam, efectivamente, momentos de promoção do concelho, do seu patrimĂłnio, das suas gentes e da sua cultura, evocando, entre outros o Mosteiro de LorvĂŁo (um monumento histĂłrico) e a Livraria do Mondego (uma beleza natural). A propĂłsito da Livraria do Mondego, candidata ao concurso das Sete MaIOLLANDA CHAVES ravilhas Naturais de PorHumberto Oliveira, tugal, Humberto Oliveira naquele que ĂŠ o seu pri- lamenta que nĂŁo tenha meiro Festival da Lam- sido seleccionada para a preia como presidente da autarquia penacovense, xa os braços, mantendo revelou ao “CampeĂŁoâ€? que a aposta no projecto de este ano haverĂĄ mais trĂŞs " festivais gastronĂłmicos. Ă€ jacente Ă escarpa (que se lampreia, seguem-se o sĂĄ- assemelha a um conjunto vel (outra espĂŠcie piscĂ­cola de livros alinhados numa do rio muito procurada), as prateleira), nomeadamente enguias e os peixinhos do a criação de um recinto de rio e, por volta do mĂŞs de merendas. O autarca, formado Novembro, os mĂ­scaros e em Economia pela Unio sarrabulho. Ă€ semelhança do que versidade de Coimbra, ĂŠ esperado no prĂłximo destaca ainda no âmbito da gastronomia, o facto acredita que, a pretexto de se tratar de um ĂĄrea imdos vĂĄrios apelos Ă degus- portante para a economia tação dos sabores tĂ­picos, local no que respeita Ă acos milhares de forasteiros tividade dos restaurantes. que este tipo de iniciativa G ( conquista aproveitam para a ganhar, sĂŁo tambĂŠm os

A Câmara Municipal de Penacova estå decidida a reforçar a gastronomia no cartaz turístico do concelho. Ao Festival da Lampreia seguir-seão, ao longo do ano, mais três, dedicados a outros pratos típicos, tambÊm muito apreciados por forasteiros.

Humberto Oliveira aposta na gastronomia como cartaz promocional do destino turĂ­stico Penacova

doces conventuais, como a nevada e o pastel de Lor vĂŁo, que, dizemos nĂłs, podem sempre ser-

vir de sobremesa ou de pretexto para uma doce reuniĂŁo em famĂ­lia ou com os amigos.

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Natural de Penacova, onde nasceu hĂĄ 37 anos, Humberto Oliveira ĂŠ assumidamente um apreciador de lampreia. Diz que quando provou o ciclĂłstomo PUBLICIDADE

taâ€?, o actual presidente da autarquia penacovense, ĂŠ peremptĂłrio, e dĂĄ-se como exemplo: “Aprendese a gostar!â€? Pensando assim, pode ser que muitas outras pessoas ganhem corag em e comecem, Pintor de garfada da Construção Civil em garfada, a educar o g osto pela afamada Paio do Mondego iguaria...

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Arroz de lampreia com pastéis conventuais a coroar a refeição

Certame solidário a preço de oportunidade O Festival da Lampreia de Penacova tem, a partir deste ano, um

carácter solidário. Por cada refeição servida, os restaurantes vão doar 1 euro aos Bombeiros Voluntários locais (ver texto

VII Capítulo realiza-se este sábado

Confraria homenageia Fernando Vale Como é hábito, o Capítulo da Confraria da Lampreia realiza-se por estes dias. É o sétimo e decorre no sábado, com início às 09h30, no salão nobre do Município, onde tem lugar a recepção das confrarias convidadas. Às 12h00, na Casa do Povo, realiza-se a cerimónia de entronização de novos confrades. Este momento terá como particularidade a entronização a título póstumo do médico Fernando Vale, que será representado pelo filho. Prevê-se a presença de Almeida Santos, Manuel Alegre e Barbosa de Melo, amigos do homenageado. O convívio entre todas as confrarias (nacionais e estrangeiras), iniciado com um almoço em que a lampreia é prato único, realiza-se pela tarde fora, na Quinta da Nora, em Miro. Agora com Fernanda Pimentel, como confreiramor, em substituição de Manuel Flórido, que deixou o cargo por razões que se prendem com a sua vida pessoal, a confraria tem este ano uma razão especial para celebrar “a rainha da gastronomia penacovense”. A construção da escada de peixe no açude-ponte, iniciada recentemente, com direito à presença da mi-

noutra página). O controlo é feito através do preenchimento de cupões que depois serão utilizados num sor teio, com prémios, nomeadamente refeições de lampreia. Na próxima edição, outra instituição concelhia poderá ser beneficiada. Outras novidades, são o aumento do número de

restaurantes aderentes, que no ano passado foi 12 e este ano soma mais dois, e a passagem da designação Fim-de-Semana da Lampreia a Festival da Lampreia. No essencial, são três dias dedicados à promoção do arroz de lampreia, o prato que nesta época do ano leva milhares de visitantes a Penacova.

A vantagem de apreciar a chamada “rainha” da gastronomia penacovense durante o festival está sobretudo no preço, que nestes dias está fixado (nos restaurantes aderentes) em 55 euros a lampreia e 20 euros a dose. Os doces típicos conventuais, nevadas e pastéis de Lorvão, servidos como sobremesa, são

oferta do município. Segundo os dois empresários de restauração presentes na conferência de imprensa em que foi divulgado o certame, a chamada época da lampreia, iniciada há cerca de um mês, está a ser por si só um sucesso, tal o número de visitantes que tem passado pelos respectivos restaurantes.

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nistra do Ambiente, é esse motivo de regozijo e de felicidade, expressado por Fernanda Pimentel. A confreira-mor recordou o empenho da confraria na reivindicação pela obra (ver texto página 9). O “Campeão” recorda-se, por exemplo, de no primeiro capítulo Manuel Flórido e o então presidente da autarquia, Maurício Marques, terem atirado uma garrafa ao rio, num gesto simbólico, com uma mensagem a pedir a escada de peixe com urgência (lá vão sete anos). Na conferência de imprensa em que foi divulgado o Festival da Lampreia, a confreira-mor expressou toda a solidariedade da confraria para com a congénere madeirense das Carnes da Madeira, devido à tragédia ocorrida no passado sábado. Fernanda Pimentel, disse que, embora o momento seja de festa em Penacova, a confraria está solidária com a dor dos madeirenses, pelos mortos e pelo rasto de destruição. A Confraria das Carnes da Madeira é presença habitual no capítulo da Confraria da Lampreia de Penacova, fazendo-se representar no evento com um grupo de confrades.

Fernanda Pimentel é a nova confreira-mor da Confraria da Lampreia. Substituiu Manuel Flórido que pediu demissão

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ENTREVISTA

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Gonçalo Amaral, ex-inspe

$ & + Gonçalo Amaral estĂĄ amanhĂŁ Ă noite em Coimbra, a convite do “CampeĂŁo das ProvĂ­nciasâ€?. O exinspector da PolĂ­cia JudiciĂĄria protagoniza a segunda tertĂşlia do ciclo “SerĂľes da ProvĂ­nciaâ€?, que decorre no restaurante do parque de campismo de Coimbra, Ă Portela. Em entrevista ao nosso jornal, Gonçalo Amaral lamenta que a “realização da justiça se encontra, de forma perigosa, a resvalar para o mediatismoâ€? e que cada vez mais se verifique uma “influĂŞncia nefasta do poder executivo face ao poder judicialâ€?. PUBLICIDADE

BENEDITA OLIVEIRA

CampeĂŁo das ProvĂ­ncias (CP) – Pode-se dizer que ĂŠ um beirĂŁo impelido pela determinação? Gonçalo Amaral (GA) – Quanto a isso nĂŁo restam dĂşvidas. Nasci na Beira Alta (Tor redeita - Viseu), cedo vim para Lisboa, num movimento migratĂłrio que povoou a capital. No entanto, nĂŁo perdi as minhas origens e raĂ­zes, nem deixei de contactar com a terra e as gentes beirĂŁs. Tenho orgulho em ter nascido na Beira e apreender a sua cultura e forma de estar na vida, uma forma muito

determinada que nada tem a ver com a obsessĂŁo. CP – Apostou sempre na formação ao longo da sua carreira. É um homem dos? GA – Sou um homem simples e humilde com convicçþes fortes. Defendo princĂ­pios e valores que devem enformar a nossa sociedade como a busca da verdade material e a realização da justiça. Os meus interesses, apesar de diversificados, assentam no respeito e solidariedade pelos outros com uma boa dose de bom senso. CP – Como caracteriza o perĂ­odo em que foi inspector da PJ?

[Os pais de Maddie] Não estão interessados na reabertura do processo ou da investigação (...). Estarão apenas interessados na defesa da sua imagem

GA – Foi um perĂ­odo de aprendizagem e um grande contributo para a concretização e realização dos princĂ­pios acima indicados. Temos a consciĂŞncia que servimos o Estado e a sociedade. CP – Tem algum sonho por realizar? GA – Tenho o sonho de contribuir activamente para o bem-estar e a realização dos sonhos das crianças indefesas, abandonadas, maltratadas e abusadas. Entendo ter, ainda, uma forte contribuição a dar nesse aspecto o que pode passar pela criação de uma fundação de apoio a tais crianças, e, porventura, a jovens do nosso paĂ­s. CP – Sente-se penalizado ou injustiçado com z toda a exposição mediĂĄtit ca c do caso Maddie? GA – NĂŁo! Começo, infelizmente, a comprei ender que a realização da e justiça se encontra, de forma j

O ex-inspector da PolĂ­cia JudiciĂĄria aposentou-se com o fim de readquirir a plenitude da sua liberdade de expressĂŁo sobre o caso Maddie

perigosa, a resvalar para o mediatismo. O que nĂŁo ĂŠ bom para a justiça. CP – Ficou surpreendido com o empenhamento casal McCann em retirar de circulação o seu livro sobre o caso? GA – O timing em que

foi interposta a providência cautelar surpreendeu. Recordo-lhe que em Agosto :**ž ( o meu livro era inócuo, nada trazia de novo e que não pensavam processar ninCONTINUA


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ENTREVISTA

ector da PolĂ­cia JudiciĂĄria

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CP – Ainda considera que Portugal ĂŠ um paĂ­s guĂŠm. É legĂ­timo perguntar com liberdade de expres ( " sĂŁo? depois, quando o livro jĂĄ GA – Portugal ĂŠ um nĂŁo se vendia. paĂ­s com liberdade de exCP – Os pais da crian- pressĂŁo, nos termos em que ça alegam que existem nĂŁo existirĂĄ censura prĂŠvia vĂĄrias pistas que nĂŁo fo- ou proibiçþes editoriais ram seguidas. Acha que oriundas do aparelho exehĂĄ possibilidade de rea- cutivo do Estado, ou seja, bertura do processo? os nossos Governos, pĂłs GA – Os pais da criança 25 de Abril, nĂŁo recriaram falam em pseudo pistas, sem- instituiçþes que limitassem pre relacionadas com a tese o exercĂ­cio da liberdade de do rapto. Recordo-lhe que expressĂŁo. No entanto, o “exigiramâ€? o arquivamento sistema judicial, atravĂŠs de do processo, em 2008, quan- providĂŞncias cautelares, tem do eram arguidos, apenas vindo a ser alvo de tentativas para defesa da sua imagem. de limitaçþes da liberdaNĂŁo estĂŁo interessados na de de expressĂŁo, atravĂŠs reabertura do processo ou do instituto tenebroso da da investigação, onde se providĂŞncia cautelar. Este encontram em aberto todas instituto jurĂ­dico permite a as hipĂłteses, desde o desa- limitação de direitos fundaparecimento voluntĂĄrio atĂŠ mentais sem a possibilidade ao homicĂ­dio, conforme re- de contraditĂłrio, o que se fere o MinistĂŠrio PĂşblico no torna nefasto para a nossa despacho de arquivamento. democracia. EstarĂŁo apenas interessados CP – Qual ĂŠ a sua na defesa da sua imagem. opiniĂŁo sobre o sistema CONTINUAĂ‡ĂƒO

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de Justiça portuguĂŞs? GA – O sistema de justiça tem sĂŠrios problemas de & 5 outro lado, dentro do modelo da separação de poderes, nota-se um crescendo de — & ! executivo face ao poder judicial. A independĂŞncia e irresponsabilidade da magistratura judicial estĂĄ em causa, por força de alguns casos mediĂĄticos, com alteraçþes prematuras das leis penais e processuais penais. CP – Portugal tem os meios necessĂĄrios para rupção? GA – Entendo que sim! Nas Ăşltimas dĂŠcadas

deram-se grandes avanços na legislação anti-corrupção. O problema nĂŁo estĂĄ na criação de novos tipos criminais, como seja o caso do enriquecimento ilĂ­cito. A questĂŁo coloca-se relativamente ao mĂŠtodo de investigação. A investigação criminal da corrupção deve ser pro-activa, nĂŁo se pode esperar pela concretização do acto criminoso e mais tarde “ir Ă busca de quilos e quilĂłmetros de papĂŠisâ€? para anĂĄlise. SerĂĄ eficaz e eficiente iniciar a investigação antes do tal investigação com uma

— grante delito.

Este instituto jurídico [a providência cautelar] permite a limitação de direitos fundamentais sem a possibilidade de contraditório, o que se torna nefasto para a nossa democracia

Gonçalo Amaral vai recorrer da decisĂŁo O antigo inspector da PolĂ­cia JudiciĂĄria vai recorrer da sentença que mantĂŠm a proibição de venda do livro “Maddie – A Verdade da Mentiraâ€?. Gonçalo Amaral classificou a decisĂŁo como “completamente desenquadradaâ€? e considerou que a sentença reflecte “o estado em que a liberdade de expressĂŁo estĂĄ em Portugalâ€?. A obra defende a tese de envolvimento de Kate e Gerry McCann no desaparecimento da filha Madeleine, no Algarve, em Maio de 2007. O ex-inspector da PolĂ­cia JudiciĂĄria desvalorizou a decisĂŁo, observando que o julgamento foi “mais um passoâ€? na luta que estĂĄ a travar na Justiça com o casal McCann. Admitindo que estĂĄ a sofrer “uma perseguiçãoâ€? por parte do casal britânico, que tem outros processos contra si, Gonçalo Amaral adiantou que estĂĄ disposto a ir atĂŠ ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos. Com o afastamento da investigação, Gonçalo Amaral colocou um ponto final na sua carreira policial, com o fim de readquirir a plenitude da sua liberdade de expressĂŁo sobre o caso. O livro “Maddie – A Verdade da Mentiraâ€? foi retirado do mercado cerca de um ano depois de ser lançado devido Ă providĂŞncia cautelar interposta pelo casal McCann e decretada provisoriamente a 9 de Setembro de 2009. A editora Guerra & Paz, a TVI e a Valentim de Carvalho, que comercializou o vĂ­deo exibido num documentĂĄrio na estação televisiva, tambĂŠm vĂŁo recorrer da sentença.

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MARINHA DAS ONDAS

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Celbi e Lusiaves são das maiores empresas

Pasta de papel e produção de aves põem em destaque a freguesia L.S.

A fábrica de celulose Celbi, do grupo Altri, e a Lusiaves, de produção e distribuição de aves, colocam em destaque a freguesia da Marinha das Ondas, pois ali estão sediadas duas das maiores empresas do concelho da Figueira da Foz, do distrito de Coimbra e com grande relevância a nível nacional. A Celbi foi inaugurada na Leirosa, em 6 de Junho de 1967, indo este ano completar 43 anos, cheios de vitalidade. Um grande projecto de expansão da celulose decorreu entre 2007 e 2009, com a adaptação, em cada fase do ciclo produtivo, das melhores tecnologias disponíveis e a construção de um ra-

mal ferroviário interno para ser vir o ar mazém de pasta. A empresa traçou o objectivo de aumentar a sua capacidade de produção de pasta de 300 000 para 550 000 toneladas por ano, tendo aplicado um investimento é de 350 milhões de euros, a que acresceu mais 75 milhões de euros da central a biomassa. E a Celbi vai reduzir em 10 por cento as emissões específicas directas de CO fóssil até 2012. A Celbi produz uma pasta de fibra curta, a partir de eucalipto, reconhecida no mercado como sendo de elevada qualidade, o que aliada a um excelente serviço ao cliente faz da empresa, no panorama europeu, um produtor de refe-

rência. Na freguesia de Marinha das Ondas encontra-se, igualmente, um dos maiores empregadores do concelho da Figueira da Foz - o grupo Lusiaves -, onde estão 800 dos cerca de 2 000 trabalhadores e onde foram investidos mais de 25 milhões de euros, de um total de 127 milhões de euros que abrangeram também as unidades situadas nos concelhos de Pombal, Cantanhede, Mangualde, Nelas, Tondela, Estarreja, Abrantes, Mafra, Torres Vedras, Santarém e Lourinhã. A empresa está no s e c t o r d e s d e 1 9 8 6 e, desde sempre, desenvolveu a sua actividade na produção, abate, transformação e comerciali-

zação de aves e produtos alimentares, fabrico e comercialização de alimentos compostos para animais. A Lusiaves, Indústria e Comércio AgroA l i m e n t a r S. A . , f o i a primeira empresa do sector avícola certificada com a nova nor ma NP EN ISO 22000, atribuída pela SGS ICS, Sistema de Gestão da Segurança Alimentar. Mármores e construção

Com menor dimensão em relação às anteriores, mas muito sign i f i c a t i va e m t e r m o s empresariais, existe em Matos, na freguesia da Marinha das Ondas, a Decor mar - Sociedade Transfor madora de

Már mores e Granitos, Lda, que cheg ou ao final do milénio com uma facturação anual a ultrapassar 1,5 milhões de euros. Dos produtos que inicialmente produzia - cantarias, for ros de p i s o s e p a r e d e s, a r t e sacra - alargou o leque para lareiras, em calcário e granito, e artigos decorativos, passando a trabalhar com mais de 120 qualidades de pedras naturais para o mercado nacional e estrangeiro. Está também sediada na Marinha das Ondas a empresa Ruijocar, Sociedade de Construções, Lda, fundada em 1991 e que se tor nou uma das mais conhecidas do distrito de Coimbra, distinguindo-se na construção de edifícios

multifamiliares, moradias, instalações industriais e em obras públicas, abrangendo um vasto mercado, quer o da construção própria, quer como empreiteiro geral. Curiosamente, a relativa pouca distância do mar, produz-se na freguesia de Marinha das Ondas um vinho de g rande qualidade e já consag rado no mercado. Trata-se da Quinta dos Cozinheiros, com um total de 12 hectares de vinha. Nos vinhos brancos há a Quinta dos Cozinheiros e a Quinta dos Cozinheiros Maria Gomes, enquanto nos tintos existe a Quinta dos Cozinheiros Lagar, a Quinta dos Cozinheiros Poeirinho e o Utopia.

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Freguesia do concelho da Figueira da Foz vive tempos difĂ­ceis

Junta herdou penhora, mas nĂŁo baixa os braços Para continuar como presidente da Junta contribuiu, igualmente, a provação de uma moção de apoio, por unanimidade, na Assembleia de Freguesia, e a compreensĂŁo manifestada pelos habitantes em relação Ă situação herdada. O executivo da freguesia aguarda o resultado de uma auditoria, solicitada Ă Câmara, e vai enviar uma exposição Ă Direcção-Geral das Autarquias Locais, explicando o que se passa e por entender que o valor das LUĂ?S SANTOS obras em dĂ­vida parece Ao tomar posse, Ma- ser algo excessivo. A isto nuel Rodrigues Nada viu, acresce que as contas da preto no branco, que a Junta relativas a 2008 Junta de Freguesia tinha foram chumbadas na Asas contas penhoradas, por sembleia de Freguesia. Perante as dificuldadecisĂŁo judicial, nos bancos / U5< des, tem valido, segundo penhora de 20 por cento do o autarca, a compreensĂŁo Fundo de Financiamento e o apoio da Câmara da Figueira da Foz, atravĂŠs das Freguesias. O primeiro impulso, da vereadora com o peapĂłs ter ganho as eleiçþes, louro das Finanças, e do liderando uma lista do PS, pelouro das Obras Mue vendo que nĂŁo podia nicipais. Dada a falta de fundos concretizar quase nada do que se propĂ´s, defraudando para concretizar obra, a assim as expectativas da Junta tem apostado em população, foi o de “bater nĂŁo descurar o campo com a portaâ€?. Contudo, social e cultural, assim Manuel Rodrigues Nada como o apoio logĂ­stico Ă s confessa que ĂŠ “um opti- colectividades da freguemista e nĂŁo vira a cara a sia e as pequenas reparasituaçþes difĂ­ceisâ€?, porque çþes nas escolas. Depois do apoio lotambĂŠm “quem faz o que gĂ­stico a uma importante pode, faz o que deveâ€?.

des, o presidente da Junta não se furta ao contacto directo com a população e atende, pessoalmente, às segundas-feiras, das 09h00 às 11h00, e às quintasfeiras, das 17h00 às 20h00.

A Junta de Freguesia de Marinha das Ondas, agora presidida por Manuel Rodrigues Nada, estĂĄ “amarradaâ€? a uma dĂ­vida de 301.582 euros deixada pelo anterior executivo. Sem meios financeiros para executar o que se propĂ´s, a palavra de ordem do autarca ĂŠ “poupar muitoâ€? e apoiar no que for possĂ­vel.

Assinalar 82 anos

Manuel Rodrigues Nada, presidente da Junta, não perde a esperança, apesar das grandes dificuldades

prova de orientação, do protocolo celebrado com a Magenta para a realização de exposição no edifĂ­cio da Junta, virĂĄ o apoio Ă apresentação de uma peça de teatro para crianças, a 5 de Março, na Praia da Leirosa, assim como a colaboração, a 20 de Março, com a iniciativa “Limpar Portugalâ€?. Se tivesse verbas, Manuel Rodrigues Nada queria pĂ´r as ruas sem buracos, alcatroar as vias ainda em terra, assim como recuperar fontes e lavadouros da

freguesia. O saneamento tambĂŠm o inquieta, porque esta infraestrutura bĂĄsica ainda ĂŠ uma miragem nas localidade das Matas, Cipreste, Moinho das Figueiras, Canto das Pinas, Casal de Seiça, e na prĂłpria Marinha das Ondas em S. Jorge, Gigante, no Bairro da Estação e na Rua dos Atoleiros. TambĂŠm um dos seus “maiores desconfortosâ€? ĂŠ nĂŁo haver ĂĄgua canalizada em Moinho das Figueiras e nĂŁo ver a substituição do colector principal na

antiga EN109, sempre com rupturas. Uma necessidade premente Ê resolver a falta de mÊdico no posto da Leirosa, que serve uma grande população idosa e obriga a uma deslocação de 14 quilómetros (sete para cada lado). Se tivesse dinheiro, a Junta mandava fazer uma rÊplica de um moinho de vento, em Sampaio, que foi terra de moleiros, e promovia uma homenagem ao boieiros, em Matos, que ajudavam na arte xåvega. Apesar das dificulda-

A Junta de Marinha das Ondas vai promover a comemoração dos 82 anos da criação da freguesia, que ocorreu a 23 de Março de 1928, com um programa que decorrerå no próximo dia 28 de Março, constituído por uma arruada, uma missa solene, um almoçoconvívio e uma sessão solene. Na sessão serå descerrada uma placa, na sede da Junta, de homenagem, a título póstumo, aos fundadores da freguesia: JosÊ Pedrosa Vieira, Domingos Pedrosa Vieira, JosÊ Gomes Gaspar, Joaquim Gonçalves Carvalho, Valentim Marques, Alfredo Fernandes Delgado. TambÊm não serå esquecida a comissão instaladora da freguesia, que era constituída por JosÊ Pedrosa Vieira, JosÊ Gomes Gaspar e Joaquim Gonçalves de Carvalho, tendo como suplentes Valentim Marques, Manuel Maria da Silva Pinto e Joaquim Gonçalves da Cruz.

Praia da Leirosa

Saborear o peixe e o mar um barco da arte xåvega numa rotunda da povoação, homenageando todos quantos se dedicam a esta actividade, que se desenrola entre Maio e Setembro. A lembrar a actividade piscatória - e hå muitos que tambÊm se fazem ao mar nos arrastþes e nas trainei 8 estå perpetuada numa eståtua, à beira da praia. TambÊm não falta a

estĂĄtua de homenagem Ă s mulheres da Praia da Leirosa, que em terra esperam os homens e depois tratam de vender o peixe de porta em porta. Mas na praça onde estĂĄ o monumento da “peixeiraâ€?, encontra-se igualmente uma rampa de skate, abrindo assim espaço a actividades lĂşdicas e mais radicais para os jovens. Aqui, o turismo ĂŠ uma

via a explorar no sentido do desenvolvimento da localidade e da freguesia, na busca de captação de riqueza e alternativas de emprego que combatam o decrÊscimo da actividade piscatória. Nesse sentido seria bem-vinda a construção, por parte da iniciativa privada, de unidades hoteleiras que proporcionassem alojamento, uma das lacunas sentidas.

A terra de pescadores tem o mar e um vasto areal para oferecer aos que desejam repousar

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Padaria e Pastelaria

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A vertente mais turística da freguesia da Marinha das Ondas estå na Praia da Leirosa, que em anos sucessivos tem obtido a U " a qualidade das åguas do mar, o extenso areal com dunas e boas infraestruturas de apoio com passadeiras de madeira, chuveiros e parques de estacionamento. Perto da localidade, um parque de merendas, bem cuidado, oferece sombra, mesas, bancos e espaços próprios para um churrasco, ou um peixe grelhado bem adequado a uma terra de grande tradição piscatória. A construção de um mercado Ê um dos anseios do presidente da Junta de Freguesia de Marinha das Ondas, assim como colocar


REPORTAGEM

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Em 2009, triplicou o nĂşmero de pedidos

Integração e apoio em Coimbra

Uma ajuda que nĂŁo conhece nacionalidades HĂĄ mais imigrantes a recorrer Ă ajuda do Centro Local de Apoio Ă Integração de Imigrantes de Coimbra (CLAII), organismo associado, em Coimbra, ao Centro de Acolhimento JoĂŁo Paulo II (CAJP II). Antes do agravamento da situação econĂłmica, apareciam neste centro casos pontuais de pedidos de ajuda. Armando Garcia, responsĂĄvel por esta instituição de apoio social, constata que o nĂşmero tem vindo a aumentar, com os imigrantes a representarem jĂĄ um terço das famĂ­lias que sĂŁo auxiliadas pelo centro nas mais variadas vertentes. Entre os 270 agregados familiares de imigrantes que sĂŁo apoiados, sĂŁo sobretudo do Brasil, GuinĂŠ Bissau, Ucrânia e RomĂŠnia. A ajuda estende-se Ă s mais diversas ĂĄreas. Desde as despesas da casa ao acompanhamento a uma simples consulta no mĂŠdico, quando o nĂŁo domĂ­nio da lĂ­ngua pode ser um problema, o CAJP II estĂĄ presente. “Coloquem-se no lugar de um imigrante e ( que eles sentem. Quando eles precisam nĂłs estamos presentes,apoiando todas essas vertentesâ€?, explica Armando Garcia. :**9 R5 @@ ga o trabalho que jĂĄ era desenvolvido na parĂłquia de S. JosĂŠ, em Coimbra, por trĂŞs conferĂŞncias associadas ao movimento de S. Vicente de Paulo. Atenta Ă s questĂľes da pobreza e da exclusĂŁo social, a parĂłquia disponibilizou-se a construir o espaço onde hoje a instituição funciona. Foi a preocupação com as questĂľes sociais e o aumento dos pedidos de ajuda de cidadĂŁos estrangeiros que esteve

DE FEVEREIRO DE 2010 CAMPEĂƒO DAS PROVĂ?NCIAS

na origem, mais recente, na criação do CLAII, um gabinete cuja acção se estende a todo o distrito de Coimbra, Ă excepção dos concelhos da LousĂŁ e Figueira da Foz, onde existem entidades que asseguram este tipo de apoio aos imigrantes. “Admito que a nossa sensibilidade para as matĂŠrias relacionadas com a imigração advĂŠm do facto de sermos um paĂ­s de emigrantes. Todos nĂłs sabemos o quanto os nossos sofreram em alguns paĂ­ses, o esforço que tiveram de fazer para se adaptarem Ă lĂ­ngua, aos costumes, Ă culturaâ€?, declara Armando Garcia, explicando que da problemĂĄtica da pobreza e da exclusĂŁo social Ă integração e ao apoio ao imigrante foi um passo natural. De inĂ­cio, serviço meramente informativo, orientado para os aspectos formais e processuais da legalização, o CLAII de Coimbra passou a ser visto pelas estruturas centrais como um parceiro privilegiado no contacto e auxĂ­lio aos imigrantes, proporcionando um acolhimento humanizado e tentando perceber, desde logo, quais sĂŁo os seus problemas e necessidades. Aqui sĂŁo tratados assuntos relacionados com questĂľes laborais e legalização, autorizaçþes de residĂŞncia, reagrupamento familiar, saĂşde e, por razĂľes de maior proximidade com os imigrantes, as entrevistas e a preparação das candidaturas tendentes ao retorno voluntĂĄrio. Apesar de estar presente em todas as situaçþes em que ĂŠ necessĂĄrio ajudar, Armando Garcia sublinha que “o centro nĂŁo retira ao imigrante a responsabilidade de gerir o seu casoâ€?.

Ventos da crise levam Coimbra, foram apresentadas pelo Centro Local A crise econĂłmica, o de Apoio Ă Integração aumento do desemprego de Imigrantes (CLAII) Ă e a precaridade laboral OIM sete candidaturas afecta, de igual for ma, ao Programa de Retorportugueses e estrangeiros. no VoluntĂĄrio, a maioria, Mas, no caso dos imigran- de imigrantes brasileiros. tes, a situação ĂŠ agravada, Muitos processos nĂŁo sĂŁo na maior parte das vezes, contabilizados por este orpelo obstĂĄculo da lĂ­ngua ganismo porque sĂŁo tratae por nĂŁo conhecerem o dos por outras instituiçþes sistema portuguĂŞs. Com ou directamente junto do facilidade, sĂŁo enredados Serviço de Estrangeiros e na teia burocrĂĄtica, falham Fronteiras. inadvertidamente os praAtĂŠ aqui, poucos rezos legais para tratar da corriam a esta ajuda mas documentação que lhes a instabilidade laboral, permite estar em Portugal sobretudo em sectores em situação legal e acabam como a construção civil ou por ter complicada uma a restauração, surge como vida que, por si, jĂĄ pouco a razĂŁo mais comum para tem de fĂĄcil. os imigrantes decidirem A Organização Inter- colocar termo Ă sua pernacional para as Migraçþes manĂŞncia em Portugal e (OIM) registou, atĂŠ ao encararem o regresso aos Ăşltimo trimestre de 2009, seus paĂ­ses. mais de 800 pedidos de HĂĄ tambĂŠm casos de imigrantes que pretendem cidadĂŁos estrangeiros que o retorno voluntĂĄrio Ă sua entram em Portugal apenas terra natal, o triplo do nĂş- com visto de turista e que, :**$ perante a impossibilidade Constata-se ainda que mais em arranjar emprego que de um terço, o equivalente lhes permita a legalização e $9Âœ - meios de subsistĂŞncia, sĂŁo dadĂŁos de nacionalidade obrigados a regressar. brasileira. Uma nova realidade ĂŠ, SĂł no Ăşltimo ano, em tambĂŠm, constatada pelo GERALDO BARROS

responsĂĄvel pelo CLAII de Coimbra, Ar mando Garcia. “Embora aqui pudessem estar bem, perante as novas oportunidades no seu paĂ­s e o apelo do coração, igual por igual, preferem regressar. HĂĄ sempre um vĂ­nculo afectivo, que os leva a querer ajudar no desenvolvimento do seu paĂ­sâ€?, declara. A nĂ­vel nacional, a adesĂŁo de cidadĂŁos estrangeiros ao Programa de Retorno VoluntĂĄrio da OIM, :**Âœ tem sido mais notĂłria nos Ăşltimos trĂŞs anos. Os brasileiros, que atĂŠ aqui representavam cerca de metade dos imigrantes interessados em regressar ao seu paĂ­s, correspondem )$ nĂşmero total de pedidos registados pela organização na sua representação em Lisboa. Para o responsĂĄvel pelo CLAII de Coimbra, ĂŠ natural que se a população imigrante ĂŠ, em maioria, de nacionalidade brasileira, o seu regresso ao paĂ­s de origem seja tambĂŠm mais perceptĂ­vel. CONTINUA

Jovem casal brasileiro

Casal brasileiro escolheu a vida Numa altura em que muitos dos seus compatriotas optam por regressar ao Brasil, Alex Porcel de Souza, 28 anos, ! 5 Foi em Lisboa, junto ao PadrĂŁo dos Descobrimentos,

de onde hå muitos sÊculos partiram as caravelas portuguesas rumo ao Brasil e a tantos outros destinos longínquos, que este imigrante brasileiro reforçou a sua intenção de permanecer no país que o aco-

A viver em Coimbra, Veviele e Alex pensam em construir um futuro no paĂ­s de onde, hĂĄ sĂŠculos, partiram as caravelas Ă descoberta do Brasil

lheu hĂĄ pouco mais de um ano. “VĂŁo-se criando afectos. Nessa altura sĂł me veio Ă cabeça que a nossa histĂłria ĂŠ comum e que tinha começado ali. É nesses momentos que uma pessoa começa a encontrar as suas raĂ­zesâ€?, confessa. Natural do interior do ParanĂĄ, Alex residia em Curitiba, a capital daquele estado do sul do Brasil. Sete anos na tropa, onde ganhou o gosto pela cozinha, abriram-lhe o apetite pela vertente da culinĂĄria. O curso de cozinha numa das melhoras

U '

' os sabores do mundo, con tacho e panelas, ganhar a vida. A Europa, apresentada como base da arte de bem confeccionar os alimentos, despertou neste brasileiro a vontade de partir Ă descoberta. Portugal foi, em 2008, um destino que surgiu de forma natural. Ao dinheiro e Ă possibilidade de ajudar a sua famĂ­lia,

a oportunidade de adquirir experiĂŞncia e conhecimento sobre a cozinha fez com que Alex Porcel decidisse avançar, apesar de trabalhar numa unidade hoteleira de cinco estrelas. Bem o pensou, melhor o fez. / :**$ começa a preparar a sua vinda para Portugal. A ideia de “um dia, voltar para o Brasil reconhecido como um chef com prĂĄtica na Europaâ€? tornou a decisĂŁo de largar o seu paĂ­s ainda mais apetecĂ­vel, diz. Pesquisouempresas,cidades, o clima e veio para Portugal jĂĄ com um contacto, em Coimbra, que lhe permitiria arranjar trabalho na ĂĄrea da restauração, como cozinheiro. Mas sete meses depois, falhou a adaptação Ă forma como se trabalha por cĂĄ. “Cozinheiro no Brasil tem dois ou trĂŞs auxiliares. Aqui, o cozinheiro tem de fazer de tudo e sozinho. Foi nessa altura que resolvi sairâ€?, explica o jovem brasileiro. Nem tudo se perdeu. Ga-

nhou experiĂŞncia, passou a conhecer melhor a gastronomia portuguesa e a forma de confecção de alguns dos pratos mais tĂ­picos, no seu registo mais tradicional. A sua formação especializada permitiu-lhe arranjar emprego sem grandes problemas, estando hoje a trabalhar num restaurante brasileiro, em Coimbra. Legalização quase “mataâ€? o sonho

Mas nem tudo sĂŁo alegrias. De um paĂ­s irmĂŁo mas num paĂ­s estranho, onde a lĂ­ngua de CamĂľes nĂŁo se fala num sĂł portuguĂŞs, na azĂĄfama de quem deixou tudo para trĂĄs e passava os dias a trabalhar, Alex esqueceu-se dos prazos legais para comunicar o inĂ­cio de actividade laboral. “NĂŁo entendia da lei e acabei por receber ordem para deixar o paĂ­sâ€?, lembra. O brasileiro nĂŁo desistiu e inicia-se entĂŁo um longo

processo tendente Ă legalização da sua situação. Regressar ao Brasil nĂŁo era opção. LĂĄ, o pai tem uma doença oncolĂłgica, a mĂŁe uma depressĂŁo e o salĂĄrio mĂ­nimo ronda os 240 euros. Por cĂĄ, fazendo o que gosta, apesar de ser trabalho duro, despesa e ajudar os pais. Pelo meio de nove difĂ­ceis meses, o tempo que foi necessĂĄrio atĂŠ estar concluĂ­do o seu processo de legalização, na impossibilidade de arranjar um meio de sustento em Portugal, trabalhou algum tempo em Espanha, tambĂŠm como cozinheiro. “NĂŁo desejo para ninguĂŠm aquilo que passei quando estava ilegal. A pessoa nĂŁo tem vidaâ€?, recorda. Alex Porcel de Souza ĂŠ um dos muitos imigrantes brasileiros cujo processo de legalização foi conduzido pelo Centro Local de Apoio Ă Integração de Imigrantes (CLAII) de CoimCONTINUA


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QUINTA-FEIRA

REPORTAGEM

DE FEVEREIRO DE 2010 CAMPEĂƒO DAS PROVĂ?NCIAS

O regresso depois de 10 anos em Portugal

de retorno voluntĂĄrio aos paĂ­ses de origem

imigrantes a deixar Portugal CONTINUAĂ‡ĂƒO

Regressam Ă sua terra natal, sobretudo, por nĂŁo estarem a conseguir alcançar os objectivos que os trouxeram a Portug al. “Se a vida lhes corre bem, tentam trazer os seus familiares para cĂĄ. Quando isso nĂŁo acontece, tĂŞm o bom senso de nĂŁo se deixarem afundar e procurar reg ressar ao seu paĂ­sâ€?, explica Armando Garcia. Muitos, perante a possibilidade de um regresso sem terem que custear as despesas inerentes, aproveitam essa oportunidade. O pedido de retorno voluntĂĄrio ĂŠ avaliado caso a caso e inclui um plano de reintegração. Para alĂŠm das custas do bilhete de aviĂŁo, segundo a rota mais directa e econĂłmica que permita o regresso das pessoas ao seu paĂ­s de origem ou a um terceiro paĂ­s onde a sua admissĂŁo seja garantida, o imigrante recebe ainda 50 euros para fazer face a despesas que possam surgir durante a viagem. Perante casos mais vul-

Bruno Mateus e Armando Garcia, do Centro Local de Apoio à Integração de Imigrantes de Coimbra, travam, diariamente, a batalha pela integração dos cidadãos estrangeiros

neråveis ou para aqueles que pretendam iniciar um pequeno negócio no seu país de origem, mediante a apresentação de

um plano empresarial, Ê possível a atribuição de um subsídio que pode chegar atÊ aos 800 euros, dependendo do projecto.

No entanto, quem adere ao retorno voluntĂĄrio fica impedido de regressar a Portugal durante cinco anos.

nĂŁo pensa em regressar

a dois no paĂ­s irmĂŁo CONTINUAĂ‡ĂƒO

bra. Em Agosto de 2009 viu reconhecido o direito a ganhar a vida em Portugal. “Foram tempos muito difĂ­ceis, mas as bocas que estavam no Brasil tinham de comer e eu tinha de pagar o meu processo. NĂŁo 7 imigrante. “SaĂ­ do meu paĂ­s, vendi a minha mota, o meu negĂłcio, para vir para Portugal. E agora Ă­a voltar pior do que de lĂĄ saĂ­? Nem pensarâ€?. É assim que, com justo orgulho, Alex conta um pouco da sua histĂłria, uma aventura feita de vĂĄrias “estĂłriasâ€?. A intenção de permanecer em Portugal ĂŠ reforçada com a vinda da sua esposa, um processo de reagrupamento familiar que tambĂŠm teve a intervenção do CLAII. Veviele, 28 anos, natural do estado de Santa Catarina, chegou a Portugal no ano passado, no feriado que assinala o dia da Implantação da RepĂşblica. Bom com datas,

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" ( 6 memĂłriaâ€?. Juntos hĂĄ nove anos, conheceram-se no tempo em que Porcel era recruta. Viviele veio para Portugal trazendo na bagagem boa parte da documentação que lhe permitiria agilizar o processo de legalização, incluindo o documento que comprovava a sua uniĂŁo de facto, no Brasil. Contudo, o papel que deveria ajudar mas que em Portugal nĂŁo tem absoluto valor e implica mais uma complicação burocrĂĄtica, foi rapidamente substituĂ­do por um casamento pelo civil. “A gente jĂĄ estava junto hĂĄ nove anos e assim foi mais fĂĄcil tratar da legalização. Mas mais tarde quero casar pela igreja, na nossa terra natalâ€?, esclarece Alex Porcel. Projectos para o futuro

O vida dos dois passa por Portugal. O futuro tambĂŠm. Por agora, Veviele, formada em radiologia (trabalhava numa

clĂ­nica pediĂĄtrica de referĂŞncia no Brasil), arranjou emprego a tempo parcial numa loja de pronto-a-vestir de uma conhecida marca de roupa. A experiĂŞncia de dez anos como cozinheiro leva Alex a estar convicto de que ĂŠ possĂ­vel singrar em Portugal na ĂĄrea da restauração, com um projecto prĂłprio, que pretende desenvolver a longo prazo. Mas nem todos os imigrantes brasileiros comungam da confiança que este jovem tem no paĂ­s que o acolheu hĂĄ pouco mais de um ano. “Os meus amigos querem voltar, juntar um pĂŠ de meia e abrir o seu negĂłcio. Eu jĂĄ nĂŁo penso assim. Eu vi que em Portugal tambĂŠm ĂŠ possĂ­vel ser um empresĂĄrio bem sucedido. HĂĄ mercado, hĂĄ oportunidades, hĂĄ ĂĄreas de negĂłcio que ainda nĂŁo estĂŁo exploradas. No Brasil estĂĄ tudo ocupado e nĂŁo hĂĄ margem para o pequeno empresĂĄrioâ€?, explica. O pedido de equivalĂŞncia da sua formação na ĂĄrea da culi-

nåria e atÊ a aposta em formação complementar em Portugal, nesta vertente, estava atÊ hå bem pouco tempo dependente da legalização. Hoje, o futuro Ê encarado com mais optimismo. A presença da esposa a seu lado Ê, tambÊm, fundamental. A maior parte dos seus amigos brasileiros quer voltar. Só uma pequena parte pensa

5 tuir famĂ­lia e por cĂĄ viver. Alex compreende e justifica: â€œĂ‰ ! A saudade tambĂŠm ĂŠ brasileira. Chega uma hora em que nĂŁo dĂĄ mais para ignorar a vontade de voltarâ€?. Pela altura do Carnaval, o jovem imigrante brasileiro foi atĂŠ ao Brasil, algo que, quando estava em situação ilegal, seria impensĂĄvel. Voltou, por estes dias, a Portugal, onde pretende construir um futuro melhor para ele, para a sua esposa e para outros imigrantes que, um dia, pensem em partir Ă descoberta de terras lusas.

Quando o sonho vira pesadelo MaurĂ­cio Gomes, 33 anos, veio para Portugal hĂĄ mais de dez anos. O irmĂŁo, JoĂŁo, seguiu-lhe as pisadas, do nordeste do Brasil, deixando para trĂĄs a vida no campo e a actividade agrĂ­cola. A necessidade de força de trabalho, sobretudo no sector da construção civil, promessa de vida melhor, acalmou-lhes durante vĂĄrios anos a saudade da famĂ­lia, que deixaram para trĂĄs sem grandes hesitaçþes. Enquanto houve grandes obras a reclamar mĂŁo-de ( " ? JoĂŁo percorreram o paĂ­s ao serviço de duas empresas ligadas a obras pĂşblicas. Primeiro Lisboa, depois o Algarve e ainda uma breve passagem pelo Porto. “Naquela altura nĂŁo faltava trabalho para quem queria trabalharâ€?, recorda MaurĂ­cio. Hoje, o cenĂĄrio ĂŠ bem diferente. Ao abrandamento do volume de grandes obras no sector da construção em Portugal, juntou-se, nos Ăşltimos anos, uma crise econĂłmica que obriga a reduzir postos de trabalho. A possibilidade de manterem o trabalho que lhes garantia o envio mensal de algum dinheiro para os familiares que deixaram no Brasil, acaba por trazer os dois irmĂŁos atĂŠ Coimbra, ao serviço de uma empresa subcontratada. HĂĄ cerca de um ano, terminou a obra e, com ela, veio o desemprego. â€œĂ‰ caso para dizer que o sonho virou mesmo pesadeloâ€?, admite MaurĂ­cio. Sem fonte de rendimento certa, vive na LousĂŁ, com pequenos biscates aqui e ali a servirem apenas para aguentar o mĂŞs. Antes que se visse enredado em dĂ­vidas, o irmĂŁo mais novo, JoĂŁo, decide regressar ao Brasil. MaurĂ­cio confessa que “o pouco dinheiro que EstĂĄ na hora de voltar e procurar endireitar a minha vida

ainda sobrava na carteira dos dois, deu para pagar a passagem de aviĂŁo para ele voltar para casaâ€?. NĂŁo quer ! D A tristeza embarga-lhe a voz. A ajuda de instituiçþes de solidariedade social e de alguns amigos, portugueses e brasileiros, tem-lhe permitido aguentar-se sozinho em Portugal. JĂĄ sem o irmĂŁo a seu lado, ainda desempregado e sem expectativas de melhor situação, o regresso Ă sua terra natal ĂŠ encarado com maior seriedade a cada dia que passa. Ă€ vontade de endireitar a sua vida no Brasil, junta-se “a saudade de que os portugueses tanto falamâ€?, explica ? < ' ' esperam o seu regresso e dizem-lhe, pelo telefone, que “tudo vai se endireitarâ€?. O jovem brasileiro mantĂŠm a esperança. O pouco dinheiro que sobrou depois de ajudar a pagar o bilhete do irmĂŁo nĂŁo chega para ele fazer o mesmo. AtravĂŠs 5 C VoluntĂĄrio da Organização Internacional para as Migraçþes (OIM). HĂĄ cerca de um mĂŞs, numa ida a Lisboa, derradeira tentativa de arranjar trabalho, levou consigo os papĂŠis necessĂĄrios para pedir ajuda para regressar. Com expectativa, os dias vĂŁo-se passando Ă procura de mais um biscate, atĂŠ que o chamem para embarcar no aviĂŁo. “Portugal foi bom para mim e para o meu irmĂŁo. Juntei um dinheiro que enviei para a minha famĂ­lia e deu

' "

no coração mais bons momentos do que maus. EstĂĄ na hora de voltar e procurar endireitar a minha vida junto ' ' ' ' ! 7 MaurĂ­cio Gomes, 33 anos, brasileiro, despede-se assim de Portugal, na esperança de que, amanhĂŁ, “as coisas sejam mais folgadasâ€? para os portugueses e para os milhares de imigrantes que, um dia, decidiram rumar a terras lusas em busca de uma vida melhor.


EMPRESAS & NEGĂ“CIOS

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Mobipeople – Tecnologia e Inovação

FUNDAĂ‡ĂƒO 6 de Fevereiro de 2008 RAMO IndĂşstria MORADA Rua do Olheiro, 15, AdĂŠmia, 3025 – 318 Coimbra

BENEDITA OLIVEIRA

AntĂłnio Catarino, Paula Matos e Alexandre Meireles sĂŁo trĂŞs dos quatro mentores da Mobipeople

instalaçþes prĂłprias para “dar melhores condiçþes de trabalho aos funcionĂĄrios e aumentar a capacidade de produçãoâ€?. “ContactĂĄmos a Câmara de Coimbra assim como outras limĂ­trofes e dĂŞmos-lhes conta do nosso plano. GostarĂ­amos de nĂŁo responder, teremos de optar por outro concelhoâ€?, avança a responsĂĄvel. A motivação dos recursos humanos ĂŠ uma das preocupaçþes centrais dos empresĂĄrios, atĂŠ porque, nota Paula Matos, esta ĂŠ uma actividade pouco dada Ă automação. Depois da realização de rastreios auditivos – abertos Ă comunidade local –, a Mobipeople estĂĄ agora apostada em contribuir para a progressĂŁo escolar dos seus colaboradores.

O apoio ao CEARTE foi solicitado e onze funcionĂĄrios jĂĄ se inscreveram no Programa Novas Oportunidades. “Temos aqui 16 pessoas que nĂŁo tĂŞm ou o 9.Âş ou o 11.Âş ano de escolaridade e penso que ' " ' ( este diplomaâ€?. A Mobipeople dedicase Ă transformação de carroçarias de autocarros, Ă assistĂŞncia assistĂŞncia e Ă produção de carroçarias especiais (desde logo para Angola). A empresa desenvolveu nomeadamente trĂŞs carroçarias prĂłprias (a “Tropicâ€?, a “Escolarâ€? e a “JĂşniorâ€?), assegurando todas as fases do processo (desde o design, passando pela fase de engenharia atĂŠ Ă produção). Em Ou-

tubro passado, a empresa apresentou a “JĂşniorâ€? na principal feira europeia do sector, que decorreu na BĂŠlgica. Entretanto, o nĂşmero de encomendas do modelo situa-se nas dez unidades, sendo que metade destina-se a exportação para o mercado de Benelux e Inglaterra. Um desafio per manente, diĂĄrio, ĂŠ como os responsĂĄveis encaram este projecto empresarial que o ano passado ofereceu a pintura do autocarro cedido pela Câmara Ă Junta de Freguesia de Trouxemil. Em 2010, a Mobipeople conta produzir 35 carroçarias e duplicar o volume de facturação, sendo que cerca de 35 por cento da produção destina-se a exportação.

Supermercado funciona das 09h00 Ă s 22h00

Lojas PÊrola abriram no Atrium Solum As Lojas PÊrola abriram um novo supermercado no centro comercial Atrium Solum, em Coimbra, o qual funciona todos os dias, ininterruptamente, das 09h00 às 22h00, apostando num serviço de proximidade a esta grande årea residencial. Esta Ê a mais recente aposta da empresa de distribuição alimentar Pereira & Santos, com sede na AdÊmia, que possui 42 colaboradores e teve um crescimento de 28

por cento nos Ăşltimos anos, e ĂŠ considerada das melhores PME do ramo a nĂ­vel nacional. Segundo Manuel Augusto, gerente da loja, trata-se de “um comĂŠrcio tradicional, de proximidade, que cativa o consumidor cansado de ir Ă s grandes superfĂ­ciesâ€?. “Os produtos respondem mais Ă s necessidades do dia-adia e o estabelecimento, inserido num centro comercial, e pelo horĂĄrio praticado, serve tambĂŠm

como loja de conveniĂŞnciaâ€?, acrescenta. “Com uma oferta mais objectiva, as Lojas PĂŠrola privilegiam os produtos frescos, as verdura e a fruta, assim como os alimentos mais fĂĄceis de confeccionar, tendo uma gama alargada de congeladosâ€?, refere o gerente. O supermercado, que abriu na passada sextafeira, tem atĂŠ 28 de Fevereiro uma campanha com produtos a preços reduzidos.

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B R E V E S

Crescimento alicerçado na exportação “NĂłs trabalhamos em nichos de mercadoâ€?, por Criada hĂĄ apenas dois isso, defende a responsĂĄvel anos, a Mobipeople jĂĄ dĂĄ pelos recursos humanos, cartas na ĂĄrea da inovação. “enquanto existiu a MarEm parceria com dois in- copolo nunca nos consivestigadores do Instituto derĂĄmos concorrĂŞnciaâ€?. Pedro Nunes e a Critical “Uma empresa com pouca Software, a empresa criou a histĂłria nĂŁo podia obviaCritical Move que em breve mente competir com uma apresentarĂĄ um veĂ­culo multinacionalâ€?, justifica, elĂŠctrico sem condutor, ( que tem como potenciais empresa mantĂŠm-se inalteclientes as grandes estru- rada. “A nossa oportunituras industriais e aeropor- dade de crescimento passa tos, por exemplo. Trata-se por nichos de mercado, de mais um importante onde nĂŁo estĂŁo as grandes passo na afir mação do empresasâ€?. paĂ­s na ĂĄrea dos veĂ­culos A Mobipeople, que arelĂŠctricos. A empresa se- rancou com apenas sete diada em Coimbra resulta trabalhadores e sob a lidedo empreendedorismo de rança de AntĂłnio Catarino quatro ex-trabalhadores da e Alexandre Meireles – PauMarcopolo que, como que la Matos e Nuno Mendes antecipando o desfecho prosseguiram entretanto a da multinacional, optaram por criar o seu prĂłprio noutras empresas –, regisemprego. tou no segundo ano um A Mobipeople asse- crescimento de 20 por cengura actualmente o posto to, passando de um volume de trabalho a 25 pessoas, de facturação da ordem dos sendo que apenas duas de- 900 mil euros para os 1,2 las nĂŁo estiveram ligadas Ă milhĂľes de euros. multinacional que fechou a A pequena unidade ! do ano passado. Um era um paulatinamente no merdesempregado de longa cado internacional, sendo duração, com 50 anos, “mas que atĂŠ ao final do ano nĂŁo podĂ­amos estar mais deverĂĄ alargar os postos contentes com eleâ€?, obser- de trabalho ao ritmo de va Paula Matos, adiantando dois elementos por mĂŞs, que o outro elemento, sem atĂŠ perfazer os 35 colaboexperiĂŞncia no ramo, ĂŠ um radores. jovem oriundo do Curso Agora com dois armade Educação e Formação zĂŠns alugados, a Mobipeda Escola D. Dinis. ople perspectiva adquirir

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QUINTA-FEIRA

Manuel Teixeira, da empresa Pereira & Santos, e Manuel Augusto, gerente da loja

Desemprego agravado 6,9 por cento no Centro A região Centro regista uma agravamento da taxa de desemprego em 2009 da ordem dos 6,9 por cento, segundo dados avançados pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE). De acordo com o relatório do INE, o Norte, o Algarve e o Alentejo foram as regiþes mais atingidas pelo desemprego em 2009, com taxas acima dos 10 por cento, tendo o número de desempregados em Portugal aumentado 23,8 por cento. De resto, todas as regiþes do país registaram um agravamento, tendo o Norte e o Sul sido os mais fustigados. O Norte apresentou uma taxa de desemprego de 11 por cento, enquanto o Alentejo e o Algarve registaram 10,5 por cento e 10,3 por cento, respectivamente. Em Lisboa, a taxa de desemprego teve agravamento de 9,8 por cento e as Regiþes Autónomas da Madeira (7,6 por cento) e dos Açores (6,7 por cento) tambÊm viram o desemprego aumentar.

Dolce Vita promove “Stockletâ€? O Dolce Vita Coimbra ĂŠ um dos quatro centros comerciais do grupo que aderiu Ă iniciativa “Stockletâ€?, uma campanha que visa escoar AtĂŠ domingo ĂŠ possĂ­vel comprar a preços mais reduzidos artigos de vestuĂĄrio, electrĂłnica, utilidades e acessĂłrios, entre outros.

Adecco cria 250 postos de trabalho na Guarda A multinacional Adecco criou 250 postos de trabalho directos na Guarda, com a abertura do Centro de Suporte a Clientes e NegĂłcios. A empresa especializada na prestação de serviços de gestĂŁo de recursos humanos investiu 800.000 euros naquela estrutura de apoio aos seus clientes. A abertura decorreu na sextafeira passada e contou com a presença dos responsĂĄveis autĂĄrquicos. O director geral da multinacional Suíça congratulou-se por o centro ter aberto num “tempo recordeâ€? e adiantou que a prĂłxima estrutura do grupo serĂĄ instalada na cidade de Alcobaça. A empresa presta serviços a empresas nacionais e multinacionais, dando emprego na ĂĄrea dos recursos humanos a mais de 2.000 pessoas em Portugal e em mais de 25.000 em todo o mundo.


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QUINTA-FEIRA

DE FEVEREIRO DE 2010 CAMPEĂƒO DAS PROVĂ?NCIAS

CLASSIFICADOS

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com que a rentabilidade nĂŁo entre no vermelhoâ€?, referiu Os transportes pĂşblicos Ricardo Afonso, salientando rodoviĂĄrios tĂŞm registado o papel das câmaras, que uma quebra do nĂşmero de “tĂŞm procurado atenuar passageiros nos percursos os custos com as carreiras interurbanas, reflectindo a 7 diminuição da população nas Como exemplo, o admialdeias, assim como o encerra- nistrador da RodoviĂĄria da mento de empresas. Beira Litoral destaca o sucesso As dificuldades acresci- da parceria com a Câmara das em manter as carreiras Municipal de Penela, que de autocarro foram dadas a permitiu ajustes nos horĂĄrios conhecer por Ricardo Afonso, e na circulação directa para administrador da RodoviĂĄria Coimbra, fazendo com que da Beira Litoral, do grupo de um mini-autocarro inicial Transdev, no programa “Dois o percurso tenha passado a ser dedos de conversaâ€?, realizado feito por um autocarro com na GĂłis Joalheiro e trans- 50 lugares. mitido, domingo, na RĂĄdio Para alĂŠm desta autarquia Regional do Centro (96.2 FM). a transportadora tem proto“O nosso compromisso colos com o municĂ­pio de tem sido servir todas as lo- Arganil, no sentido de servir as aldeias e os alunos para as esda concessĂŁo, que abrange os colas, com o de Santa Comba distritos de Coimbra, Aveiro, DĂŁo, de forma a abranger as Viseu, Leiria e Castelo Branco, zonas industriais do concelho, reajustando horĂĄrios e fazendo e de Cantanhede e Oliveira L.S.

E S P A Ç O

Ricardo Afonso

do Bairro com um serviço de minibus. Dando conta do “esforço de melhoria da frota, para atrair pessoas ao transporte pĂşblicoâ€?, Ricardo Afonso disse que houve, pontualmente, um acrĂŠscimo de

passageiros, mas “a quebra voltou a acentuar-se e tem sido constanteâ€?. Em contraponto ao serviço interurbano, a ĂĄrea de aluguer de autocarros (excursĂľes) e de expressos tem registado um crescimento. A RodoviĂĄria da Beira Litoral tem cerca de 450 trabalhadores e 380 autocarros, sendo uma empresa do grupo francĂŞs Transdev, que em Portugal tem vĂĄrias transportadoras, entre as quais a Joalto, num corredor desde Coimbra atĂŠ Braga e que opera com o Metro do Porto. Segundo Ricardo Afonso, “as concentraçþes visam gerar sinergias e economias de escala, com o futuro a passar pelo aproveitamento de conhecimentos atravĂŠs das fusĂľes e, assim, permitir que as empresas subsistam num mercado cada vez mais difĂ­cilâ€?.

G O L F E

Tacadas no dia dos Namorados A Quinta das LĂĄgrimas Clube de Golfe fez de 14 de Fevereiro nĂŁo sĂł um dia de namoro, mas tambĂŠm de convĂ­vio e amizade entre aqueles que fazem do seu clube um local para os momentos de lazer. Na prova realizada foram disputados os 18 buracos, no bem mantido campo de Pitch and Put, onde tambĂŠm

reinou o indispensĂĄvel bom humor, com o ponto alto nos dois “hole in oneâ€? que trouxeram as palmas e a vontade de imitar tal feito, devido ao apurado treino e entrega dos associados. Desta vez foi num green difĂ­cil de trabalhar, como ĂŠ o buraco 5. Depois de um espumante na academia, realizou-se um almoço-bufete no Hotel

Quinta das LĂĄgrimas, que deixou relaxados os participantes para assistirem a uma divertida entrega de prĂŠmios. Na sessĂŁo, o presidente do clube, JoĂŁo Serpa Oliva, destacou o esforço para que, em cada dia, “se consiga subir o Ă­ndice de satisfação dos que frequentam a academia e dos que, tendo pouco tempo para este fantĂĄstico desporto,

fazem um esforço, para uma visita mais frequenteâ€?. A Academia da Quinta das LĂĄgrimas tem jĂĄ 18 novos sĂłcios, desde o inĂ­cio do ano, o que “enche de orgulho e dĂĄ inspiração para trazer novos contactos com conimbricenses e todos aqueles que visitem Coimbra, com grande cariz turĂ­sticoâ€?, refere Tiago Oliva.


OPINIĂƒO

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QUINTA-FEIRA

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DE FEVEREIRO DE 2010 CAMPEĂƒO DAS PROVĂ?NCIAS

C A L H A B É

Escola Brotero: Pedaços da histĂłria (8) O novo edifĂ­cio da Escola Brotero, inaugurado em 1958, na Quinta do @ K W X Y * agruras e vicissitudes com que se debateu ao longo da vidaâ€? desta Escola, segundo o director de entĂŁo, Z \ ^ ocupação do refeitĂłrio do antigo convento de Santa Cruz, Ă do edifĂ­cio do Jardim da Manga, do exHospĂ­cio da Maternidade frente ao Mercado D. Pedro Z \ _ avista, do edifĂ­cio do Museu UniversitĂĄrio, da Escola PrimĂĄria de Almedina. Agruras a Brotero de crescer e se transformar numa escola de referĂŞncia na regiĂŁo, ao longo de 74 anos. No 50.Âş aniversĂĄrio, em 2008, da inauguração do actual edifĂ­cio, iniciouse a sua requalificação, vĂĄrios sectores, mas ditada sobretudo pelo novos

meios de comunicação e inovação tecnológica, nomeadamente os quadros interactivos, os videoprojectores e a vasta rede de programas informåticos. Hoje, as telecomunicaçþes e toda a comunicação interna e externa da Escola passam pelo novo sistema ` do mês de Setembro, data prevista para a conclusão das obras, todos os serviços de secretaria, portaria, " e refeitório estarão interli" facilitada a vida diåria dos seus utentes. & k y cação começou nas antigas % _ _ as vårias e tradicionais valências da Brotero e que constituem a sua verdadei { Electricidade, Electrónica, Mecânica, Mecânica-Auto, @ } K " res, Carpintaria e respec <

É Tempo! Do primado da PolĂ­tica! Na exacta medida da sua expressĂŁo, regressar ao convĂ­vio da sociedade portuguesa. Porque, estamos convictos! Que sem as “sinergiasâ€? cilmente, ultrapassaremos a crise – que nĂŁo estĂĄ “adormecidaâ€?. Pelo contrĂĄrio! Segundo os dados dos, o “assustadorâ€? nĂşmero de compatriotas, sem um indicador indesmentĂ­vel. entrar em “pânicoâ€?. Compete – “em primeira mĂŁoâ€? – aos responsĂĄveis polĂ­ticos (estejam no poder ou na oposição) curar das “chagasâ€? que atormentam os nossos concidadĂŁos. Os valores ideolĂłgicos que os diferenciados partidos polĂ­ticos (a sua maioria) defendem, pa-

recem “esquecidosâ€?. O pragmatismo – que nĂŁo enjeitamos - “engoliuâ€? esses valores. Para tudo, como os nossos progenitores um equilĂ­brio. A prĂĄtica polĂ­tica deveria assentar nos ideĂĄrios. NĂŁo pode “valer tudoâ€?! Urge restaurar a credibilidade. De quem faz polĂ­tica. Para que os eleitores participem. Os Ă­ndices de participação nos actos eleitorais nĂŁo “mentemâ€?! tibiezas – existem polĂ­ticos credĂ­veis, “aos olhosâ€? dos portugueses. Como em todos os sectores de actividade – consabidamente – “hĂĄ de tudoâ€?. Quer na “res publicaâ€? , quer na privada. NĂŁo somos “advogadosâ€? sionais da polĂ­tica.

de HidrĂĄulica/PneumĂĄtica, CAD, CNC e os laboratĂłrios de Construção Civil, ~ € Automação e ElectrĂłnica. De notar que os novos as salas de InformĂĄtica e os laboratĂłrios de FĂ­sica, QuĂ­mica e Biologia fazem parte da ampliação do antigo edifĂ­cio, dado que este recebeu um novo corpo virado a norte, com uma li ` e toda envidraçada. Estas instalaçþes entraram em funcionamento em Setembro, no inĂ­cio do ano lectivo 2009/10. meses que a construção e $  y Bloco C (salas de professo " das Ă reas Curriculares e arquivo), Bloco D (novo ginĂĄsio, balneĂĄrios, parque desportivo coberto e posto + ‚

iniciado. SĂŁo dois blocos novos, contĂ­guos, situados no lado poente dos terrenos centrais entre as " ‚ principal, agora Bloco A, e que terĂŁo ligação directa ao bloco central, onde se situavam o antigo bar dos alunos, o ginĂĄsio e o refeitĂłrio. No inĂ­cio do 2.Âş perĂ­odo lectivo, em Janeiro de 2010, iniciaram-se as actividades lectivas nestas novas instalaçþes, com mobiliĂĄrio e um excelente sistema acĂşstico. ApĂłs a mudança para as novas instalaçþes, teve inĂ­cio a 3.ÂŞ fase de requali $ parte nascente do Bloco A e do referido Bloco central. O Bloco A fica destinado sĂł a salas de aula, espaçomemĂłria, na entrada principal, agora piso -1, e Ă antiga biblioteca, que irĂĄ manter a sua traça original. Os trĂŞs " moderno elevador, como

JOSÉ ARMANDO SARAIVA

acontece jå no Bloco B, destinado essencialmente a cargas e transporte de O bloco central estå destinado à nova entrada da Escola que se farå pelo lado nascente, virada à praça Heróis do Ultramar, espaço bastante aberto e sem degraus e a comunicar com uma rua de trânsito reduzido e num só sentido. O situado no antigo ginåsio pequeno e respectivos bal ^ piso 0, ter-se-å acesso facilitado à secretaria e demais serviços, aos vårios blocos e recreios ajardinados que comunicarão, ao fundo, com as novas instalaçþes desportivas. O espaço do " " à nova biblioteca, que re-

% * % responder aos novos desafios da educação. Da ampliação deste bloco central consta a construção de um novo refeitório construído sobre o anterior, passando este a bar dos alunos, e um auditório com mais de duzentos lugares, sobre as antigas ao novo piso do refeitório, ladeando a moderníssima biblioteca. Os espaços exteriores serão ajardinados, os canto, do lado nascente, do recreio frente ao antigo bar dos alunos serå construído actividades culturais ao ar livre.

Chamem a polĂ­tica!

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Mas, nĂŁo generalizemos! NĂŁo “enxerguemos a uma corâ€?! saudĂĄvel! E, “passou de modaâ€?! A crise polĂ­tica que atravessamos sĂł serĂĄ “extintaâ€?, quando a fidĂşcia seja “interiorizadaâ€? pelas alterar “comportamentosâ€?. Os “reprovĂĄveisâ€?. Essa tarefa compete aos titulares de cargos pĂşblicos e privados. As disparidades sociais com que nos confrontamos, tĂŞm de paulatina, mas continuadamente, ser “amenizadasâ€?. E, de “supetĂŁoâ€?! Porque, “mais cedo do esperadoâ€?, seremos brindados com convulsĂľes " aproveitam. # " $ “pareceâ€? Enquanto essa “cha-

Telefone 239 497 750 | Fax 239 497 759 | E-mail jornalcp@mail.telepac.pt Editor/Propriedade REGIVOZ, Empresa de Comunicação, Lda. Rua Adriano Lucas, 216 Az. D - Eiras 3020-430 Coimbra | NIPC: 504 753 711 Director-Adjunto Rui Avelar | Gerente da Redacção W ~ "  Â‡Âˆ ‰ˆŠ 750 (ext. 38) Coordenador de Edição LuĂ­s Santos | Redacção LuĂ­s Santos (C.P. 722), Rui Avelar (C.P. 613), Benedita Oliveira (C.P. 6622), Geraldo Barros >@ ‹ŒŒŒ+ Â? @ >@  ÂŒÂ?‘+ Â’ ‚ @ € >@  ÂŒÂŒÂŒ+ Â’ino Z >@ kˆÂ?+  Â‡Âˆ ‰ˆŠ ŠŒÂ? > “ ŒŒ Œ‹ ŒŠ+ ~ “  Â‡Âˆ ‰ˆŠ ŠŒˆ

gaâ€? nĂŁo for extinta pelas autoridades – judiciais e policiais – competentes, % “equidade socialâ€?. Sendo certo, que existe um visĂ­vel e factual traba ao crime. Em particular, ao apelidado de “colarinhos brancosâ€?. & ' “nossasâ€? polĂ­cias e das autoridades judiciais, merecerĂĄ – estamos certos – mais apoios logĂ­sticos ao dispor, da parte dos responsĂĄveis governamentais. E, a polĂ­tica? Obviamente, que os processos em curso, no que concerne * da, “ofuscamâ€? a actividade polĂ­tica. Pelo “mediatismoâ€?! É da vida‌! Lamentavelmente! ImpĂľe-se – por parte da classe polĂ­tica – uma

PEDRO SOUSA LOPES

atenção redobrada, entre mĂşltiplas, a saber: - apoio Ă economia familiar (mais desfavorecidos +< - incentivos Ă s micro e PME (traduzirĂĄ o aumento " +< = " $ > +< - “tratamentoâ€? igualitĂĄrio dos trabalhadores ( Função PĂşblica) e - a credibilização da actividade polĂ­tica ( os eleitores, exigem)! Os portugueses – por $ “servi-losâ€?. E, deixaram o ar taciturno que as suas faces traduzem.

Permitam que vos confidenciemos uma “SMSâ€? viou (e, que ele nos perdoe) â€œâ€Ś acima de tudo pĂľe um sorriso na cara, que a vida sĂł corre bem a quem sabe sorrir. Se nĂŁo estamos bem com a vida, ela, tambĂŠm, nĂŁo estarĂĄ bem para nĂłs! Força PaizĂŁo! Abr.â€?! Força Portugueses! Que faça “escolaâ€? nos agentes polĂ­ticos portugueses “a uniĂŁo – unidade na diversidadeâ€?! “Acordem senhores do mundoâ€?! REGISTO: & " na RegiĂŁo AutĂłnoma da Madeira.

Sede/Redacção: Rua Adriano Lucas, 216 Az. D - Eiras 3020-430 Coimbra Director Comercial Carlos Gaspar Directora de Marketing e Publicidade Adelaide Pinto 239 497 750 (ext. 27), adelaide.pinto@mail.telepac.pt Paginação e Maquetagem Nuno Miguel Peres | ImpressĂŁo ~Â?” = Â? • ” K & < Rua Adriano Lucas, 3020-265 Coimbra | Distribuição VASP - Sociedade de Transportes e Distribuição, Lda. R. da Tascoa, n.Âş 16 - 4.Âş Piso, 2745-003 Queluz, Telef. 214 398 500, Fax 214 302 499 Registo K\Â? –    ÂŒÂ‹ÂŠ< Â?KK—{ Â?‘Š‰ = ‡‹  < Â?@K{ k  ÂŒÂ‹Â‘ ˜ DepĂłsito Legal n.Âş 127443/98 Preço de cada nĂşmero 0,75\ Assinatura anual 29,93\ | Tiragem mĂŠdia: 9.000 exemplares


DE FEVEREIRO DE 2010 CAMPEĂƒO DAS PROVĂ?NCIAS

A CAMINHO DO MUNDIAL

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Selecção holandesa em grande no pós-fracassado Euro2008

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Holandeses seguem invencĂ­veis a caminho do sonho

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mecânicaâ€?. O melhor que os holandeses conseguiram nos Ăşltimos 25 anos foi a conquista do Europeu em 1988 e o quarto

? 3 em 1998. G W! do Sul ĂŠ voltar a colocar a Holanda no “mapa do futebolâ€? e aposta passa por uma defesa sĂłlida e um ataque criativo. A Holanda, que encabeça o Grupo E, joga com a Dinamarca (dia 14 de Junho), JapĂŁo (19 de Junho) e CamarĂľes (24 de Junho). TrĂŞs jogos, trĂŞs vitĂłrias?!

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com sucesso, uma vez cada. Em Junho chega a prova de fogo para treinador e jogadores Ă procura de reconhecimento. O seleccionador, pela primeira vez num cargo desta natureza, conquistou em 2002 a Taça UEFA ao serviço do Feyenoord, onde voltaria antes de assumir a selecção e depois de uma passagem pelos alemĂŁes do Borussia Dortmund. Agora vai tentar restituir o sorriso ao rosto dos holandeses, que melancĂłlicos, por certo, recordam os tempos longĂ­nquos da cĂŠlebre “laranja

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? Ž +š equipa na rota do êxito, não perdendo qualquer jogo e permitindo ainda o brilho de outras estrelas, então, menores, casos de Robin van Persie e Sneijder. Despacharam-se cedo na ( < / ; @ Q ? ; permitindo grandes veleidades aos adversårios. Com uma mÊdia superior a dois golos + " ! muro quase intransponível, onde apenas islandeses e macedónios conseguiram passar

EstĂĄdios do Mundial

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Free State livre para o futebol Capital da provĂ­ncia de 3

= ? SU emfontein ĂŠ a sexta maior cidade da Ă frica do Sul. É conhecida como a “capital da justiçaâ€?, onde estĂĄ instalado o Tribunal de Recurso. ? dial, prepara-se para acolher no EstĂĄdio Free State seis jogos da competição. Remodelado, o equipamento desportivo acolhe agora 45 mil espectadores, apĂłs um aumento de sete mil lugares. Utilizado para a prĂĄtica do râguebi (a paixĂŁo sul-africana) e do futebol, o Free State foi palco de jogos da recente Taça das Confederaçþes da FIFA, entre eles o encontro de mĂĄ

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EstĂĄdio Free State foi remodelado para o Mundial

memória para os espanhóis diante dos Estados Unidos, que terminou com a eliminação de nuestros hermanos.

O EstĂĄdio Free State ĂŠ utilizado Bloemfontein Celtic, a equipa mais popular da cidade e aquela

que despertou um pouco mais o gosto dos habitantes locais por esse desporto chamado‌ futebol.

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O histĂłrico Frank de Boer, ex-jogador e actual treinadoradjunto da selecção avisa que a Holanda vai Ă Ă frica do Sul para ser campeĂŁ do mundo. Pode parecer sobranceria a mais para quem tem feito tĂŁo pouco nas Ăşltimas grandes competiçþes onde tem participado, mas a recente colheita tem mostrado uma “laranjaâ€? mais “mecânicaâ€?. Atente-se ( ? 2010: oito jogos, oito vitĂłrias. 17 golos marcados e apenas 2(!) sofridos. Depois do desaire que foi a participação no Europeu de :**ž U ? ÂŽ +š miu o comando tĂŠcnico da

' ? Van Basten um conjunto de bons jogadores, a praticar um futebol, por vezes, agradĂĄvel AlĂŠm de se deparar com a falta de vitĂłrias, o antigo tĂŠcnico do Feyenoord viu-se privado de dois dos lĂ­deres ! / ÂŽ Saar e Ruud van Nistelrooy – que disseram adeus Ă representação do seu paĂ­s. Pelos vistos nada que preocupasse em demasia o treinador de 57 anos. Apoiado em nomes como sĂŁo Robben, Dirk Kuyt e Huntelaar, van

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CULTURA

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QUINTA-FEIRA

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Exposição marca arranque de tertĂşlia tauromĂĄquica “A Mantilhaâ€? É sob o tĂ­tulo “Arenasâ€? que uma exposição reĂşne na galeria Minerva, em Coimbra, pinturas de Élia Rama ' ! 5 ao pĂşblico atĂŠ ao dia 04 de Março, pode ser visitada de segunda a sĂĄbado, entre as 10h00 e as 13h00 e das 14h30 Ă s 20h00 e marca o inĂ­cio de actividade da tertĂşlia ( ! 6 ? ' 7 < % L#Â’)$N ° = C ' 5

ARCA-EUAC e tem uma pós-graduação em Comuni / ? 5 & C D H > % 3 ¹&" 3

+

5 ! ? R

:**Â’ ' U 5 = 5 4 L#Â’$9N 4 R

3 4 da Universidade de Coimbra e pós-graduada em Estudos sobre a Europa, desempenhou as ! + R U G 5 R 5 G > + ° " < ?

( " G > (

“Lugaresâ€? vistos pelo gĂŠnio criativo de AntĂłnio Menano Inaugurada na Ăşltima semana, estĂĄ patente ao pĂşblico na Casa Museu Bissaya Barreto uma exposição de pintura da autoria de AntĂłnio Menano, intitulada 64 7 > a mostra dĂĄ a conhecer “o mundo, todos os tempos do tempo, todos os espaços do espaço que coexistem em cada tela, na individualidade do ÂŤtemaÂť de cada tela, na singularidade da solução pictĂłrica de cada telaâ€?, segundo ; 5 5

/ posição pode ser visitada atÊ *9 ? / e pintor, António Augusto Menano nasceu em Coimbra a 6 de Maio de 1937 e viveu 3 3 " salvo breves períodos, que o

4 e Macau,mas tambĂŠm a viagens pela Ă sia, Europa, Brasil, ColĂ´mbia, Cuba, Estados J % Enquanto escritor, conta com #$ #9

! + < tor, não menos importante e ² 5 ? 3 / ' Estados Unidos da AmÊrica, estando representado no = % R fundaçþes Bissaya Barreto e Cupertino de Miranda, = 5 Autores, Instituto 5 & G Q

Eunice MuĂąoz no CAE da Figueira da Foz 5 % < > ? @@ a interpretação de Eunice ? Âł " 6G 5 samento MĂĄgicoâ€? sobe ao palco do Centro de Artes

/ 3 3 " *$ ?

:#'Âœ* R > da nas suas memĂłrias, com encenação de Diogo Infante, conta-se a histĂłria de uma famĂ­lia que, a dado momento, & ( ' / R > ( + ' Quintana, internada com ! " e com poucas hipĂłteses de & R ' ( G ' 6G 5 ? 7 #9 . ' do CAE e na Internet, em ÂŽÂŽÂŽ

de iniciativas em que serĂĄ abordada a temĂĄtica da conservação e sustentabilidade % 5 das oficinas pedagĂłgicas diĂĄrias, entre as 10h00 e as 18h00, subordinadas ao tema “Um Mundo mais SustentĂĄvelâ€?, no dia 06 de Março, 6T % O ! " co pode mudar muitoâ€?, da autoria de Anabela Marisa " = ' š C

H

3

/ 3 cional da Universidade de LJ N > crianças e professores, esta obra Ê a primeira da colecção 6> & 7

@ J

Ceira Rock Fest dĂĄ oportunidade a novas bandas

As criaçþes dos alunos das escolas båsicas de An ' ! 5 '

T

Q a criação do logotipo das Actividades de Enriquecimento Curricular (AEC) desenvolvidas pela associação Integrar, podem ser apre 5 ' 5 exposição reĂşne cerca de 160 desenhos sobre o tema “Integrar implementa Bitoque C ´ / 7 > a cerimĂłnia de inauguração, que decorreu no Ăşltimo sĂĄbado, foram entregues os prĂŠmios aos vencedores do concurso e assinado um protocolo de colaboração a associação Integrar e o ComitĂŠ Regional de Rugby do Centro, um acordo que vai permitir a implementação do “Bitoque Rugbyâ€? nas quatro escolas onde a associação ĂŠ a

/ A inauguração da mostra culminou com a actuação do grupo “HerĂłis da MĂşsicaâ€?,

T

6< ' 7 L? N 6%' > 7 L= D N 6 7 L5 N 6T 5 dise� (Coimbra) são as bandas que participam na quinta

C š 3 ( " no prĂłximo sĂĄbado, dia 27 3 da Associação Recreativa e ? > " cultural da regiĂŁo e, simultaneamente, dar oportunidade de divulgarem o seu trabalho quer a novas bandas quer a formaçþes musicais com & festival contou, em anos anteriores, com a presença das 6 Âœ 7 6C š 4 7 6@ — ÂŽ7 6%' ´ 7 63 7 6U ' 7

Natureza e pedagogia no Museu da CiĂŞncia A propĂłsito da XII Semana Cultural da Universidade de Coimbra, o Museu & ? +

PavilhĂŁo Centro de Portugal com obras de pequenos artistas

DE FEVEREIRO DE 2010 CAMPEĂƒO DAS PROVĂ?NCIAS

V I N A G R E T A S

DĂĄ com uma mĂŁo... – Ă€ margem da cerimĂłnia que assinalou o arranque das obras de construção da escada de peixes do Açude5 > 5 + ( questĂŁo da queima de resĂ­duos industriais perigosos na cimenteira de Souselas 6 7 Segundo a governante, o processo de co-incineração 6 " 7 . " & + " = % / este assunto, nem mais uma ! @ do destino, sensivelmente Ă ' Q ? nicipal de Coimbra decorria uma reuniĂŁo entre um grupo de cidadĂŁos que contesta a co-incineração, liderado pelo advogado Castanheira Barros, e a vereadora com

+ ? R U Ausente deste encontro, o presidente da edilidade, Carlos Encarnação, que se encontrava naquele momento a ' + 5 > ' > 5 apreciadora de lampreia mas, ( . " + ( alinha pelo mesmo diapasão nados pela batuta de governo R =; portanto, que, no que toca a Coimbra, as preocupaçþes ambientais da ministra quedam-se apenas por assegurar que nenhum obståculo impeça o ciclóstomo de subir ¾ o Mondego não passar por =

Quinzena de assessores 8 G > C D deu à estampa, na semana passada, os nomes de 14 Q ? / " 3 = ² +

T > L + R C

N R ? Barroca e Ricardo Rodrigues ! " + ! G ? R 5 U ?

+

?

? 5

Â? " / ! 5 R V 4 + ? R " = G +

5 4 + C / 5 3 4 G 3 Â? ; R V ? + T = L + N U L N 3 ( ( 3 5 R ? ! " +

4 5 & / 5 ĂŠ a secretĂĄria da vereadora ? R

U

rar “factos relevantes� sobre os seus dois administradores envolvidos nas escutas do 3 G G +

( G ( ficar em â€œĂĄguas de bacalhauâ€?, como ĂŠ, aliĂĄs, prĂĄtica = num caso estĂĄ em causa a segurança dos automobilistas, no outro nĂŁo se trata de ° ( alegado envolvimento num atentado contra o Estado de Direito nĂŁo ĂŠ um caso de Q

Concertação – É tĂŁo recorrente a suspeita de

" tĂ­veis como ĂŠ recorrente a tese de que nĂŁo existem + G Ă guas de bacalhau – A insurgem-se frequentemen ! " ! - te contra o que parece ser / ( preços concertados de um % ´ - produto que quando sobe blicamente um pedido de nos mercados externos tem desculpa por recolher vĂĄrios — milhĂľes de modelos apĂłs um sos dos automobilistas, mas problema com o pedal do + + acelerador, os responsĂĄveis inverso nĂŁo ĂŠ nem tĂŁo cĂŠlere

5% G comunicado, que a empresa, tem dos combustĂ­veis mais que, diga-se, estĂĄ cotada em caros a nĂ­vel europeu – pese Bolsa, vai desencadear “me- embora os fracos salĂĄrios canismos internosâ€? para apu- auferidos pelos portugueses

Teoria da conspiração 8 < ! ( + 3 ? 6 7 6G = 7 R = R 3 = ' + . ; 5 Certo e sabido que um e outro são pessoas que apreciam uma 8 &

melhor – quem os viu chegar notou o ar de cumplicidade, quase, 7 T 7 ( que os dois sĂŁo pessoas de bem e nĂŁo fariam tal desfeita Ă ministra 4 6 7 ' ( 6 ' 7 / R SimĂŁo a ponderar formas de “tomar posse administrativaâ€? da

( " ( ? Âś % = &


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QUINTA-FEIRA

VINAGRETAS

DE FEVEREIRO DE 2010 CAMPEĂƒO DAS PROVĂ?NCIAS

S E A R A

V I N A G R E T A S

8 ( ; + uma anĂĄlise aprofundada sobre o assunto (que tem Ăłbvias repercussĂľes na tĂŁo apregoada competitividade nacional), mas o facto ĂŠ que a Autoridade da ConcorrĂŞncia tem mais do que fazer do que colocar em causa uma das principais fontes de receitas do Estado. Palavras para quĂŞ. Machadadas – Pedro Machado (PSD) disse, na semana passada, segundo um Jornal diĂĄrio, que o encerramento do escritĂłrio da Delegação do Centro da AgĂŞncia Lusa representa

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“mais uma machadada em Coimbraâ€?. A avaliar pelos dicionĂĄrios, machadada sig ' do ou de machada. Logo, o acto de desferir um golpe, politicamente falando, tem uma conotação pejorativa. Se, como ele admite, sĂŁo nocivas as machadadas infligidas a Coimbra, o melhor mesmo ĂŠ evitĂĄlas. Posto isto, devido ao apelido, o lĂ­der distrital do PSD/Coimbra deverĂĄ ter um pouco mais de cuidado com os golpes que desfere. Mesmo quando Pedro tem a ventura de ser citado acriticamente.

A L H E I A

“Uma das coisas mais escandalosas que a ÂŤFace OcultaÂť tem revelado ĂŠ a ligeireza com que se multiplicam os insultos de dirigentes do PS aos investigadores e magistrados do caso. (...) Uns mais desinteressados, outros puramente empenhados em defender umas migalhas, todos muito encandeados com a luminosidade da propaganda governamentalâ€?. Eduardo Dâmaso, no Correio da ManhĂŁ de 17/02/2010 “Alguns dos prestimosos guardiĂľes da honra de SĂłcrates sĂŁo sĂł patetas, mas outros tĂŞm responsabilidades pĂşblicas e polĂ­ticas sĂŠrias. Mais valia que soubessem estar calados quando nĂŁo sabem conciliar a defesa de amigos com o respeito pelo trabalho dos outrosâ€?. Idem, Ibidem Desacerto – A Estradas de Portugal, sociedade anĂłnima de capitais pĂşblicos, tarde em acertar com a sinalização em redor da nova rotunda adjacente Ă ponte-açude de Coimbra. Primeiro, esteve colocado num arruamento paralelo Ă via rĂĄpida Taveiro - Bencanta um sinal de proibição de virar Ă esquerda apesar de os automobilistas se confrontarem com um panorama incongruente (vide a nossa edição de 21 de Janeiro de 2010). Posteriormente, foi implantado um sinal de interdição de acesso Ă tal rotunda a partir da extremidade oriental do arruamento contĂ­guo Ă Escola Superior AgrĂĄria (ESAC), sendo que escapam . =?%J ! imprĂłprio sinal de proibição de virar Ă esquerda. Acresce que faltam mais dois adereços: quem desce de Vale Gemil para o açude-ponte devia deparar com um sinal de proibição de virar Ă direita e quem sai do polĂ­gono da ESAC com destino Ă ponteaçude devia encontrar sinalĂŠtica a indicar que o acesso Ă rotunda se faz passando sob a vida rĂĄpida e subindo por um arruamento paralelo Ă Linha do Norte.

CARTOON

Zaug

“As simples escutas nĂŁo chegam, de forma alguma, para indiciar o cometimento do ilĂ­cito que era apontadoâ€?. Pinto Monteiro, procurador-geral da RepĂşblica, em entrevista Ă VisĂŁo de 18/02/2010 “SerĂŁo sempre diferentes os tempos da Justiça e os tempos da Comunicação Social. É, contudo, necessĂĄrio impedir os julgamentos na praça pĂşblica e necessĂĄrio criar um sistema de responsabilização de todos os que violarem as normas estabelecidasâ€?. Idem, Ibidem “(...) o chamado caso das escutas, no processo Face Oculta, ĂŠ neste momento meramente polĂ­tico. Pretende-se conseguir determinados fins polĂ­ticos utilizando para tal processos judiciĂĄrios e as instituiçþes competentes. É velho o esquema. (...) poucos polĂ­ticos relevantes ÂŤescaparamÂť a esta armadilha polĂ­ticaâ€?. Idem, Ibidem “Era importante seguir e adaptar o Evangelho: aos polĂ­ticos o que ĂŠ da polĂ­tica, aos tribunais o que ĂŠ da justiçaâ€?. Idem, Ibidem

Desmazelo – As obras de construção da variante ao IC2 a Poente de Coimbra deixaram a zona da margem esquerda do rio Mondego adjacente Ă ponte-açude comparĂĄvel a um cenĂĄrio de guerra (a imagem “falaâ€? por si). AtĂŠ quando se conformarĂĄ a Câmara Municipal conimbricense com a existĂŞncia deste ÂŤcartĂŁo de visitaÂť numa das entradas mais movimentadas da cidade? SerĂĄ que, como o prefeito estĂĄ legalmente impedido de se recandidatar, sĂł lĂĄ para meados de 2013 ĂŠ que alguĂŠm irĂĄ apressar-se a conferir dignidade a estar parcela de territĂłrio de Coimbra?

“AtĂŠ agora, o primeiro-ministro tem respondido poucas vezes aos ataques de que ĂŠ alvo. Responde, certamente, menos do que as vezes que ĂŠ atacado. Seguramente, nĂŁo serĂĄ atĂŠ possĂ­vel responder igual nĂşmero de vezes. Mas ĂŠ assim que se tem esvaĂ­do a credibilidade de JosĂŠ SĂłcratesâ€?. Editorial do Jornal de NotĂ­cias de 18/02/2010 “Se os dirigentes partidĂĄrios nĂŁo interiorizarem que o paĂ­s tambĂŠm precisa de bons exemplos e que a vida pĂşblica carece de enorme moralização, a qualidade da nossa democracia descerĂĄ ainda mais. Estamos, como tem sido dito, a bater no fundo, mas estaremos certamente a tempo de arrepiar caminhoâ€?. Idem, Ibidem

IncompreensĂ­vel – Tarde e a mĂĄs horas, a empresa incumbida da construção da variante ao ItinerĂĄrio Complementar nÂş. 2 a Poente de Coimbra (ou a Estradas de Portugal) lĂĄ vai supri & + . HĂĄ dias, foram postos dois sinais que estavam em falta no termo da faixa da via rĂĄpida Taveiro - Bencanta, mas, estranhamente, ninguĂŠm levantou da orla da rotunda o de aproximação a estrada com prioridade que tinha sido derrubado. PUBLICIDADE

Intervalo

“SĂłcrates nĂŁo serĂĄ demitido pelo presidente da RepĂşblica, que tem uma eleição pela frente; nem pelo Parlamento, porque o PSD nĂŁo tem lĂ­der; nem pelo Povo, que acabou de o reeleger e tem melhores coisas que fazer. Se nĂŁo me engano, ĂŠ mais ou menos desta amĂĄlgama que se faz um pântanoâ€?. Rafael Barbosa, no Jornal de NotĂ­cias de 15/02/2010


PASSATEMPOS

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QUINTA-FEIRA

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PALAVRAS CRUZADAS – Problema n.º 160

SETE SINĂ“NIMOS DE DINHEIRO

Tema de hoje – DINHEIRO (sinónimos de)

HORIZONTAIS 1 – Dinheiro. Dinheiro. 2 – Instituto Florestal (abr). Acompanhara. Dinheiro. 3 – Dinheiro. Vandalismo. Dinheiro. 4 – CĂłlera. Pateta. Porco. Czar. 5 – Dinheiro. Chuva. 6 – Organização Internacional do Trabalho (abr). Tempo. 7 – Dinheiro. Ermos. Dinheiro. 8 – SĂ­mbolo de alumĂ­nio. Dinheiro. Escavam. K “ " ˆ ^ ^ ^ VERTICAIS 1 – Dinheiro. Produto AgrĂ­cola Bruto (abr). 2 – Para o exterior. Levante. 3 – Pedaços de qualquer coisa (sobretudo de pĂŁo). 4 – Oitavos. 5 – Centro de SaĂşde (abr). Letra do alfabeto hebraico. 6 – DistraĂ­do. SĂ­mbolo de rĂĄdio. 7 – SĂ­mbolo de " ‘ ^ ˆ ^ > • + Estou. 10 – Dinheiro. SĂ­mbolo de centĂ­metro. 11 – Barbatana. Nome prĂłprio feminino. 12 – Dinheiro. 13 – Trejeito. 14 – Dinheiro. Composto Orgânico VolĂĄtil (abr). 15 – Ousara. Onda.

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PROBLEMA N.Âş 160/A

HORIZONTAIS k Â? #  Â— " " @ de Portugal. Completo. 3 – Criada. Rio de Portugal. IntrĂ­nseco. 4 – AltĂ­ssimo. Espiral. 5 – Mangue. Pavorosos. Sua. ‹ \ Š & ‘ š ~ ˆ \ de Portugal. Marcar. Portanto. 10 – Aqueles. Namoro. Elas. 11 – Mulheres. Alegra-se. VERTICAIS 1 – PrisĂŁo. UniĂľes. 2 – Nome prĂłprio masculino. Nome prĂłprio feminino. 3 – SĂ­mbolo de ouro. Datas. 4 – Base. Perceber. Nota musical. 5 – Nome prĂłprio feminino. ExpressĂŁo. Tocas. 6 – Cidade de Portugal. Pechincha. 7 – Soldo. JĂĄ. & ‘ K‚ & & ˆ “ negação. Mariola. 10 – Fios. Contemplar. 11 – Apoquentar. OĂĄsis.

Utilizando todas as sĂ­labas constantes do quadro, formar sete sinĂłnimos de dinheiro. PRÉMIOS – Obra literĂĄria, oferta da PORTO EDITORA; ™”šÂ?&< ' um prĂŠmio especial – DicionĂĄrio de Verbos Portugueses, valiosa e Ăştil oferta da PORTO EDITORA. PRAZO PARA REMESSA DE SOLUÇÕES – AtĂŠ ao dia kÂŒ `“ ' ENVIO DE SOLUÇÕES – Ernesto Lopes Nunes, Beco dos Unidos, n.Âş 3, Espadaneira, 3045 – 162 Coimbra. PREMIADOS Passatempos n.Âş 152: ClĂĄudia Costa, de Coimbra, com livro da PORTO EDITORA; JoĂŁo de Jesus Duarte, de Runa, com prĂŠmio surpresa, oferta de Ă GUIA; e Carlos Alberto de Brito AntĂŁo, de Sintra, com “Teatro Nacional de S. JoĂŁoâ€?, valiosa oferta da PORTO EDITORA.

SOLUÇÕES Palavras Cruzadas – Problema n.Âş 152: Horizontais – 1 – caracol, secador. 2 – adir, modas, tudo. 3 – sapal, gel,moral. 4 – p, aral, bila, o. 5 – era, ca, is, sas. 6 – l, GAV, gel, e. 7 – sisa, ânimo, asna. 8 – oso, ado ˆ Â? Verticais – 1 – caspa, soc. 2 – Ada, Elisa. 3 – ripar, sob. 4 – arar, ga, e. 5 – c, laca, al. 6 – OM, lavado. 7 – LOG, nĂł. ‘ ˆ kÂ? " kk k 13 – duras, sin. 14 – oda, pente. 15 – rolos, aos. Problema n.Âş 152/A: Horizontais – 1 – crĂŠdito, mĂłs. 2 – l, todo, vara. 3 – aleta, tirar. 4 – rara, errata. 5 – ar, duro, de. 6 – s, domĂ­nio, a. Š \ ‘ \ ˆ • kÂ? 11 – asa, agalega. Verticais – 1 – claras, rala. 2 – r, lar, cavas. 3 – ĂŠter, demita. 4 – dotado, Isa. 5 – ida, Ăşmero, a. 6 – to, Erico, ag. 7 – o, trono, ‘ Â? ˆ kÂ? " kk K Seis palavras relacionadas com cabeleireiro: Escova, tesoura, champĂ´, espelho, frisar, madeixa. W X* X Y $ Homem sem cabelo ĂŠ um careca.

ENIGMA FIGURADO

Interpretando correctamente todos os símbolos e operaçþes apresentadas, encontrar-se-à uma conhecida expressão popular.

PALPITANDO Aposta geral na recuperação da AcadÊmica Depois da vitória da AcadÊmica no campo do Belenenses (1-2), o painel de prognósticos dos resultados dos jogos da Liga de futebol aposta maioritariamente em

PALPITANDO

a classificação no “Palpitandoâ€? sĂł sofreu uma alteração, com a troca de lugares entre MĂĄrio Campos e JosĂŠ Manuel Canavarro. Marta Brinca foi a Ăşnica que acertou

novo triunfo da Briosa, na recepção ao Rio Ave. Jå quanto ao desafio entre o Sporting e o Porto, os vaticínios cobrem todas as hipóteses de desfecho. Após a jornada anterior,

(SportTv); sĂĄbado, dia 27 – Naval-MarĂ­timo, Ă s 16h00, Braga-Olhanense, Ă s 19h15 (SportTv), LeixĂľes-Benfica, Ă s 21h15 (RTP1); domingo, dia 28 – Paços de Ferreira-

num resultado (Setúbal, 0 – Naval, 1). O calendårio da 21.ª jornada da Liga principal de futebol Ê o seguinte: sexta-feira, dia 26 – Leiria-Guimarães, às 20h15

MĂ RIO CAMPOS

JOSÉ M. PUREZA

SetĂşbal e AcadĂŠmica-Rio Ave, ambos Ă s 16h00, Sporting-Porto, Ă s 20h15 (SportTv); segunda-feira, dia 1 de Março – Nacional-Belenenses, Ă s 20h15 (SportTv).

MIGUEL CORREIA

MARTA BRINCA

JOSÉ ALBERTO COELHO

FRANCISCO ANDRADE

ACADÉMICA X RIO AVE

1-0

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0-1

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2-0

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NAVAL X MARĂ?TIMO

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0-0

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0-0

1-1

1-1

1-0

SPORTING X FC PORTO

0-1 164

1-2 165

0-1 174

0-1 175

1-1 178

0-0 179

0-1 181

1-0 186

1-1 187

1-3 192

2-1 199

1-0 208

PONTOS

Ă LVARO AMARO

CARLOS ENCARNAĂ‡ĂƒO

JOSÉ M. CANAVARRO

MĂ RIO NOGUEIRA

HELENA FREITAS

FĂ TIMA RAMOS

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FUTEBOL

Jogada a jogada, golo a golo, a Briosa joga nesta rĂĄdio...

ACADÉMICA - RIO AVE DOMINGO, DIA 28, ÀS 16H Comentårios: Francisco Andrade

Relato: LuĂ­s Carlos Melo

ABC

Ouça na Internet em www.radioregionalcentro.com


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PENACOVA

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Corporação fundada hå 80 anos

Bombeiros despertam os mais novos para a segurança D.R.

Os Bombeiros Voluntårios de Penacova, actualmente com 105 efectivos e mais uma dezena em formação, estão a comemorar 80 anos. Partindo do pressuposto que muitas ocorrências podem ser evitadas, desenvolvem um trabalho paralelo de formação e prevenção nas escolas e junto dos cidadãos. IOLANDA CHAVES

É de lei que uma das missĂľes atribuĂ­das aos bombeiros “consiste no exercĂ­cio de actividades de formação e sensibilização, com especial incidĂŞncia para a prevenção do risco de incĂŞndio e acidentes junto das populaçþesâ€?. Neste capĂ­tulo, a corporação de Penacova tem jĂĄ currĂ­culo e, no dia do aniversĂĄrio, celebrado ontem Ă noite, pĂ´s preto-no-branco, em protocolo celebrado com os agrupamentos de escolas de Penacova e de S. Pedro de Alva, a colaboração com vista Ă continuação das acçþes de formação, simulacros e outras iniciativas de foro pedagĂłgico. Segundo o comandante AntĂłnio SimĂľes, este ĂŠ um tipo de intervenção igualmente importante que aposta no

futuro do concelho. Embora reconheça que os perigos de ontem nĂŁo sĂŁo os mesmos de hoje, recorda que hĂĄ alguns anos atrĂĄs nĂŁo havia a preocupação de sensibilizar os mais novos para questĂľes de segurança. E nĂŁo sĂŁo apenas as crian ( iniciativas. TambĂŠm os adultos que tĂŞm o dever de zelar pelos mais novos sĂŁo ensinados, nomeadamente a manusearem os extintores que tĂŞm ao serviço, e que muitas vezes nĂŁo sabem como utilizĂĄ-los. No dia os anos, os bombeiros celebraram tambĂŠm um protocolo com a Câmara Municipal e com os restauran ( participam no 7.Âş Festival da Lampreia. Conforme foi anunciado, como sendo uma das novidades da edição deste ano , por cada dose de lampreia consumida nos 14 restaurantes participantes, um euro serĂĄ direccionado para a corporação. Agradecendo o dinheiro, que sempre ĂŠ bem-vindo, o comandante adiantou que esta iniciativa vai valer sobretudo pela campanha de sensibilização para a segurança rodoviĂĄria que os bombeiros vĂŁo realizar nos trĂŞs dias de festival. Defendendo que â€œĂŠ preciso pĂ´r a segurança na or-

dem do diaâ€?, AntĂłnio SimĂľes anunciou que os bombeiros vĂŁo distribuir um panfleto com conselhos rodoviĂĄrios, com o objectivo de sensibilizar os visitantes, que tambĂŠm sĂŁo condutores, a circularem nas estradas (nĂŁo sĂł nas dos concelho) com precaução, respeitando as regras, entre as quais os limites de velocidade. Acidentes rodoviĂĄrios no topo das preocupaçþes

Normalmente, liga-se os bombeiros aos incĂŞndios, mas no caso da corporação de Penacova, os acidentes rodoviĂĄrios estĂŁo no topo das preocupaçþes, com o IP-3 e o IC-6 Ă â€œcabeçaâ€?. De acordo com o relatĂłrio da actividade da corporação em 2009, naquelas vias acorreram a 125 acidentes, dos quais resultaram 126 feridos e uma vĂ­tima mortal, enquanto nas restantes estradas do concelho acorreram a 32 acidentes, responsĂĄveis por 42 feridos. No total, registaram 157 saĂ­das para acidentes (mais 32 do que em 2008), dos quais resultaram um morto e 168 feridos (mais 40 do que em 2008). De referir que, pela primeira vez, desde 1991, nĂŁo

Crianças disfarçadas de bombeiros no Carnaval deste ano. O sonho de ser bombeiro começa, muitas vezes, na infância

foi registada qualquer vítima mortal no IP-3. O comandante António Simþes atribui a diminuição da gravidade dos acidentes ao separador central colocado na årea de intervenção da corporação. Contudo, o número de feridos voltou a ultrapassar a centena, o que jå não acontecia desde 2004. De acordo com os dados estatísticos disponibilizados, entre 1991 e 2009, entre os quilómetros 49 e 70, a corporação acudiu a 1.366 acidentes, dos quais resultaram 104 mortos e 1.413 feridos. Relativamente ao IP-3, o comandante sublinha ainda, com preocupação, o elevado número de acidentes envolvendo camiþes. Para melhor acudir a este tipo de sinistros,

o comandante diz que a corporação precisa de uma nova viatura de salvamento e desencarceramento de pesados. A única que têm estå ao serviço desde 1991. O investimento necessårio Ê da ordem dos 200 mil euros. O transporte de doentes para consultas das mais diver L quimioterapia, hemodiålise, etc.) Ê a actividade que mais ocupa a corporação. No ano passado foi atingido o recorde de 7.745 serviços, mais 856 do que em 2008. Ano após ano, este Ê um número que tem vindo a aumentar. António Simþes aponta como principal explicação, o envelhecimento da população.

Ainda que num conce ' — 80 por cento da sua ĂĄrea, os fogos florestais representam apenas uma pequena percentagem da sua actividade, sendo de assinalar uma diminuição do nĂşmero de incĂŞndio deste tipo em relação a 2008; neste ano foram registados 76 fogos e em 2009 foram 39. Acçþes de formação, desobstrução de estradas, corte de ĂĄrvores e lavagem de pavimentos, acçþes de patrulhamento e de vigilância da floresta, apoio a provas desportivas, abertura de portas, entre outras ocorrĂŞncias, sĂŁo serviços que mantĂŞm os bombeiros em alerta 24 horas por dia.

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Parque de NĂłmadas

Sete famĂ­lias foram reintegradas em seis anos B.O.

Em meia dúzia de anos, o Centro de Estågio Habitacional, mais conhecido por Parque de Nómadas, jå permitiu a (re)integração social de sete famílias de etnia cigana, num total de 37 pessoas. Criado pela CâmaPUBLICIDADE

ra de Coimbra ao abrigo do programa Equal, o Parque de Nómadas constitui um exemplo de sucesso a nível nacional no que respeita à integração de minorias Êtnicas, sendo visitado amiúde por outros municípios (o último dos quais foi o de Viana do Castelo).

ConstituĂ­do por onze casas prĂŠ-fabricadas e um Centro de Apoio Social, o parque funciona como um espaço de realojamento transitĂłrio no qual as famĂ­lias adquirem variadas competĂŞncias pessoais e domĂŠsticas. “O balanço do Parque de NĂłmadas ĂŠ extrema-

mente positivo, pois jĂĄ permitiu que muitas pessoas que viviam em condiçþes muito degradadas se integrassem convenientemente na sociedadeâ€?, referiu ao “CampeĂŁoâ€? o vereador com o pelouro da Habitação, Francisco QueirĂłs, durante o convĂ­vio que

assinalou, na quarta-feira da semana passada, o 6.Âş aniversĂĄrio do parque que prossegue no prĂłximo dia 17 com a visita de Laborinho LĂşcio, ex-ministro da Justiça. A autarquia, continuou, “tem feito um grande esforçoâ€? no sentido de contribuir para a integração desta comunidade, sendo que, adiantou, a prĂłxima famĂ­lia a ser realojada deverĂĄ ser a de FĂĄtima Afonso. Sem saber ler nem es ' FĂĄtima Afonso, de 32 anos, aguarda com esperança renovada a hora de sair dos Campos do BolĂŁo com a famĂ­lia. Manifestando-se grata pela oportunidade de ' esta mulher, tĂ­mida e de olhar meigo, acredita que os seus descendentes terĂŁo um futuro melhor. Este projecto representa uma “inovação em termos de integração social e nomeadamente em matĂŠria de habitação socialâ€?, defendeu Marta Santos da Associação Mendes Pinto, reconhecendo que “naturalmente nem todas as famĂ­lias aproveitam da melhor formaâ€? esta oportunidade. “Queremos continuar

a trabalhar, acreditando que ĂŠ possĂ­vel uma integração mais ajustadaâ€? Ă comunidade em questĂŁo, disse convicta. As famĂ­lias sĂŁo avaliadas por tĂŠcnicos, no âmbito do protocolo estabelecido entre a autarquia e a Associação Mendes Pinto, que as acompanham ao longo de todo o processo de integração, dinamizando as mais variadas acçþes sĂłcio-pedagĂłgicas, desde os cuidados domĂŠsticos atĂŠ Ă confecção de alimentos. A frequĂŞncia da escola e a ida regular ao mĂŠdico por parte dos mais novos sĂŁo igualmente critĂŠrios preponderantes para as famĂ­lias poderem vir a be ' O Parque de NĂłmadas tem actualmente quatro habitaçþes devolutas – uma devido a um incĂŞndio e a outra devido a uso “menos adequadoâ€? –, que em breve deverĂŁo ser sujeitas a obras ( G do de estadia das famĂ­lias no espaço varia entre um e cinco anos. ConstruĂ­do em 2004, o parque foi a solução encontrada pela Câmara para acabar com as barracas junto Ă Estação Velha.

OctĂĄvio Alexandrino lidera a Ăşnica lista candidata ao Centro

Ordem dos Engenheiros elege novos corpos sociais amanhĂŁ A Ordem dos Engenheiros elege amanhĂŁ, dia 26, os ĂłrgĂŁos nacionais, regionais e distritais para o prĂłximo triĂŠnio. Os candidatos que se perfilam para suceder a Fernando Santo, bastonĂĄrio desde Abril de 2004, sĂŁo Carlos Matias Ramos (Lista A), Fernando Silveira Ramos (Lista B) e LuĂ­s Malheiro da Silva (Lista C). Aos cargos directivo s d a r e g i ĂŁ o C e n t r o candidata-se apenas uma lista, encabeçada por OctĂĄvio MagalhĂŁes Borges Alexandrino. Esta lista tem a designação de RA (o prefixo “Râ€? identifica o seu carĂĄcter regional). Engenheiro GeogrĂĄfico, OctĂĄvio Borges Alexandrino tem 65 anos e ĂŠ consultor da Tetratopos - TĂŠcnicas Topog rĂĄficas, Lda. O candidato exerceu nomeadamente

vĂĄrias funçþes na Câmara Municipal de Coimbra, foi professor no Instituto Superior de Engenharia de Coimbra e chefiou a equipa de topografia na Barragem de Gargar, ArgĂŠlia. A eleição vai determinar quem vai ocupar de 2010 a 2013 os ĂłrgĂŁos nacionais (o bastonĂĄrio e vice presidentes, Assembleia de Representantes, Conselho de AdmissĂŁo e Qualificação, Conselhos Nacionais de ColĂŠgio – presidentes e vogais) e regionais (Mesa de Assembleia Regional, Conselho Directivo, Conselho Fiscal, Conselho Disciplinar, Conselhos Regionais de ColĂŠgio), assim como exercer os cargos de delegados distritais (delegado e adjuntos do distrito de Braga, Bragança, Viana do Castelo e Vila Real).


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