A Previdência Portuguesa | 85 Anos

ESTA REVISTA FAZ PARTE INTEGRANTE DA EDIÇÃO DE 16 JANEIRO DE 2014 DO CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS E NÃO PODE SER VENDIDA SEPARADAMENTE

DIRECTOR LINO VINHAL | Janeiro 2014

O associado em primeiro lugar

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A Previdência Portuguesa, as mutualidades e o futuro A Previdência Portuguesa – Associação Mutualista celebra o 85.º aniversário no dia 11 de Janeiro de 2014, tendo sido criada em 1929. Um grupo de comerciantes, de profissionais liberais e militares reuniram-se e constituíram uma Associação de Socorros Mútuos com a finalidade de criar legados para as famílias dos sócios tendo em vista assegurar a sua estabilidade no futuro. De facto, garantir o próprio futuro e dos familiares foi o que motivou o nascimento das Mutualidades em Portugal a partir de finais do século XIII. Nestes 85 anos, A Previdência Portuguesa foi crescendo chegando ao presente com um património imobiliário localizado nos concelhos de Coimbra, Figueira da Foz, Vila Franca de Xira, Feira, Ovar e Amadora e cujo valor, calculado em 2013 por avaliador oficial, ascende a 14 559 000 euros. O rendimento proveniente dos prédios arrendados constitui uma parte importante das receitas anuais da Instituição. Estes mesmos prédios constituem um valor forte para segurança financeira dos associados.

O livro “A Previdência Portuguesa – Associação Mutualista – 75 anos ao Serviço do Mutualismo”, escrito pelo Dr. Mário Nunes, resume o percurso da Instituição desde 1929. Sem esse percurso longo, de 85 anos não teria sido possível chegar ao nível em que A Previdência Portuguesa se encontra actualmente.

No presente, com as incertezas, os problemas sócio-económicos e a dependência de decisores externos a vida dos Portugueses atravessa uma fase penosa que se materializa em desemprego, pressões orçamentais sobre os rendimentos dos portugueses, redução de regalias sociais e laborais, endividamento do Estado e das famílias e em dificuldades no sistema bancário. Assim, as incertezas em que vivemos incentivam à prática do mutualismo e a pensar o futuro enquanto cidadãos jovens.

Tem de haver uma resposta às necessidades actuais dos Portugueses que passa por constituir poupanças (salvaguardar financeiramente o futuro mais ou menos longínquo), segurar a vida dos associados (para salvaguardar a subsistência das famílias), satisfazer a assistência na saúde (deter serviços médicos), assegurar a educação das crianças e jovens (creches e jardins de infância e outros), prestar serviços à terceira idade (lares de terceira idade, parques residenciais seniores e serviços de apoios a idosos), apoio financeiro (empréstimos para habitação e outros empréstimos pontuais), farmácias sociais (para satisfação dos associados) e obter todo um número de benefícios em aquisições de bens e serviços diversos.

Por que não criar um banco, uma seguradora e/ou outras entidades que permitam satisfazer as necessidades dos mutualista e das suas famílias?

A Previdência Portuguesa e as restantes Mutualidades portuguesas têm pela frente um esforço enorme, face ao contexto actual, para ajudar os cidadãos seus associados e para se darem a conhecer ao exterior e transmitir-lhes a sua mensagem com vista a massificar as actividades que desenvolvem. Temos de ser realistas, pois, sem aumentar o números de associados as Mutualidades não se conseguirão afirmar no panorama sócio-económico português.

Grande parte das Mutualidades apresentam problemas de organização que urge ultrapassar para se poderem satisfazer as necessidades actuais e futuras dos seus associados. Essa situação ocorre também n’A Previdência Portuguesa, pelo que a Direcção aprovou em 2012 um programa de reestruturação de serviços que irá implementar no primeiro trimestre de 2014 e que será complementado com um outro trabalho em parceria com a UMP – União das Mutualidades Portuguesas que irá permitir modernizar a Instituição e obter a certificação de qualidade de todas as valências.

As Mutualidades têm de melhorar os níveis dos seus serviços e disponibilizar outros novos para aproveitar as oportunidades que estão a surgir, cativando os Portugueses para a família mutualista. Isto terá êxito se as

mutualidades conseguirem transmitir a mensagem para o exterior no sentido de contrariar as dificuldades actuais das reformas penalizadas, do desemprego, da criação de novos empregos, do acesso à saúde, do apoio à terceira idade e outras que afectam grande parte da população.

Os próximos anos serão da máxima importância para A Previdência Portuguesa e para todas as outras Mutualidades que não podem esquecer que a realidade social e económica muda muito rapidamente. Teremos de estar preparados para acompanhar essas alterações sob pena de todos ficarmos ultrapassados e deixarmos de dominar os acontecimentos.

Assim a vida futura d’A Previdência Portuguesa e das Mutualidades deve ser planeada com muito cuidado e acção tendo sempre em vista: – A evolução constante da Gestão da Mutualidade; – Satisfazer as necessidades dos associados com outros benefícios quer financeiros, quer no campo da saúde ou em outros que sejam importantes hoje ou no futuro; – Definir Planos de Acção para prazos mais longos (até 10 anos) ou seja, projectar uma visão de futuro; – Adaptar os projectos às realidades actuais e perspectivá-los no futuro; – Implementar a Formação contínua dos funcionários para os dotar das competências exigidas pelas funções a desempenhar; – Definir um plano de marketing adequado aos objectivos d’A Previdência Portuguesa e a criação de uma rede de agentes eficiente; – Criar serviços de proximidade para os associados (de saúde e outros). É certo que A Previdência Portuguesa e as restantes Mutualidades irão ultrapassar os obstáculos que enfrentam no momento presente e irão dando continuidade às suas inúmeras actividades sabendo percorrer os caminhos que levam ao cumprimento do ideal mutualista.

E os Portugueses deverão olhar para as Mutualidades como entidades de proximidade que desenvolvem todo um conjunto de actividades que visam contribuir para melhorar as suas vidas e das famílias no presente e no futuro.

A Previdência Portuguesa irá desenvolver um conjunto de acções tendo em vista dar a conhecer as suas realidades e objectivos para que a mensagem seja ouvida e entendida e possa conduzir a motivar os cidadãos a entrar na família Mutualista.

António Martins de Oliveira

Presidente da Direcção d'A Previdência Portuguesa – Associação Mutualista

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A Previdência Portuguesa foi fundada em 1929

85 anos na defesa do movimento mutualista O querer e a vontade que move montanhas levou um grupo de homens bons a lançar-se ao caminho, criando, a 11 de Janeiro de 1929, a Associação de Socorros Mútuos, instituição que viria a ser a génese d'A Previdência Portuguesa, como hoje a conhecemos.

O projecto mutualista, que assim dava os primeiros passos, mereceu a confiança de médicos, advogados, comerciantes, funcionários públicos e bancários que, entre outros, expressaram a vontade de salvaguardar o futuro das suas famílias mediante a constituição de uma associação que lhes deixasse um legado.

“A cidade de Coimbra foi, desde sempre, (...) um espaço tradicional de associativismo. (...) Há um espírito comunitário, filantrópico, cultural e social, enraizado nas gentes conimbricenses, que tem contribuído para a fundação das mais diferentes associações”, escreve Mário Nunes, autor do livro “A Previdência Portuguesa – Associação Mutualista: 75 Anos ao Serviço do Mutualismo”, editado por ocasião das Bodas de Diamante da Instituição.

Apesar da boa vontade, o primeiro ano de vida não foi fácil. Sem sede própria e um serviço eficaz de secretaria e cobrança, os sócios não abundavam. Contudo, a edição de um Boletim mensal – que ainda hoje persiste –, a partir de 1931, permitiu à associação mutualista afirmar-se, chegar a mais pessoas, estreitar os laços entre os associados.

Contando, naquela altura, com cerca de 1 200 sócios, a aprovação de novos estatutos, em 1932, correspondeu a um período de crescimento. A aquisição de uma sede própria, a primeira d'A Previdência Portuguesa, chegou em 1935. Situado na praça de 8 de Maio, em Coimbra, o edifício custou, à época, 400 contos, incluindo mobiliário e equipamento.

Entretanto, a Instituição ponderou construir um bairro de casas económicas, intenção que esbarrou no Governo que, ao mesmo tempo, de forma repressiva, condicionava a actividade da associação mutualista e, através da Comissão de Censura, amputava o Boletim que, em 1938, acabou mesmo por ser suspenso, temporariamente.

Para além de vetar o projecto, a tutela acabou por impôr a conversão do dinheiro

A primeira sede própria da Instituição, em 1935, na praça de 8 de Maio

em títulos do Estado. Segue-se, porém, um melhor momento que permitiria, em 1957, avançar com a compra do terreno destinado à construção da nova sede da Instituição mutualista, na rua da Sofia, inaugurada uma década depois, em 1967.

A vitalidade d'A Previdência Portuguesa é reforçada, nos anos que se seguem, com a criação de novas modalidades de subsídio e, em 1973, é patente a força da associação mutualista no I Encontro de Agentes e Correspondentes. Já em 1975, a Instituição organiza um plenário nacional de Associações de Socorros Mútuos, congregando 27 congéneres de todo o país, uma reunião que acabou por dar origem ao Secretariado Nacional de Associações de Socorros Mútuos e, mais tarde, à União das Mutualidades Portuguesas.

Aquela que é, actualmente, uma das mais importantes valências d'A Previdência Portuguesa, o Jardim-de-infância, surgiu em 1987, graças à aquisição do imóvel e terreno, alguns anos antes.

A Previdência Portuguesa completou, em 2004, Bodas de Diamante, um momento que culminou uma década de grande fulgor e dinâmica. Essa força, que faz as sociedades modernas avançar e caminhar em direcção ao futuro, pulsa com maior pujança em 2014, ano em que a Instituição completa 85 anos e enceta novos capítulos de inovação, com a requalificação dos seus serviços, aumento do número de associados e ampliação da sua rede de influência, a nível nacional.

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António Martins de Oliveira

Os associados são a razão de ser d’A Previdência Portuguesa António Martins de Oliveira preside à Direcção d'A Previdência Portuguesa desde Julho de 2013. Empresário, 58 anos de idade, ascendeu à liderança da associação mutualista após o falecimento de Mário Nunes, figura de referência da Instituição. A requalificação de serviços e o alargamento de parcerias e de associados são assumidos como fundamentais para dotar A Previdência Portuguesa de capacidade para comemorar os 85 anos com confiança no futuro. Antigo responsável pela Divisão do Património e Aprovisionamento da Câmara Municipal de Coimbra, Martins de Oliveira afirma-se empenhado na causa mutualista e crente no seu progresso. Os associados, afirma, são a razão de ser desta associação.

de um património imóvel significativo, avaliado, recentemente, num valor superior a 14 milhões de euros. Estes são instrumentos que nos permitem dar segurança aos nossos associados e àqueles que investem n'A Previdência Portuguesa.

Actualmente, temos cerca de 5 000 associados, espalhados pelo país. A maior parte está localizada em Coimbra, Santa Maria da Feira e Gondomar.

No âmbito da reestruturação de serviços que estamos a implementar, pretendemos diversificar os agentes pelo território nacional. O objectivo é que seja uma instituição mais alargada e menos localizada nesses três pontos. É um projecto ambicioso, que leva o seu tempo, mas estamos a trabalhar nesse sentido. Começamos há pouco tempo mas estou convicto de que, no espaço de três anos, conseguiremos ter outra perspectiva daquilo que é o papel, a intervenção e a missão d'A Previdência Portuguesa.

parte 14 mutualidades – vem trazer este conjunto de produtos a instituições que não as tinham. A Previdência Portuguesa faz parte desta rede, sobretudo, com o intuito de contribuir com a sua experiência e modalidades mutualistas. Entendemos que era importante participar neste esforço, para que todas as instituições mutualistas passem a dispor de uma oferta diversificada. O Montepio é um dos melhores exemplos do desenvolvimento a que pode aspirar uma mutualidade. Tem, a seu favor, o longo historial e a rede bancária, que lhe permite um crescimento mais apoiado.

Quais são os desafios que se apresentam às associações mutualistas?

MO – Verificamos que houve associações mutualistas que não conseguiram acompanhar a evolução dos tempos. Actualmente, as mudanças Qual é o papel d'A Previdência que ocorrem na sociedade, a nível do Portuguesa na sociedade actual? contexto social, económico Martins de Oliveira (MO) e político, são muito rápidas.

– A Previdência Portuguesa é Muitas das instituições não uma associação mutualista “O associado está no centro estavam preparadas para alcom 85 anos, portanto, com gumas destas alterações nem uma idade significativa. Temos das nossas preocupações para a rapidez com que elas várias valências que servem e procuramos servi-lo cada ocorreram. Para responder a a comunidade. Para se tornavez melhor” estes desafios, A Previdência rem nossos associados basta Portuguesa avançou com uma aderirem a uma modalidade reestruturação interna que mutualista. Além disso, dispotem o objectivo de dar uma resposta mos de serviços médicos próprios e de O que distingue A Previdência actual àquilo que são as expectativas uma rede convencionada com diversos especialistas. Pertencemos, também, Portuguesa de outras instituições dos nossos associados. Esta Instituição pertence aos associados e só faz sentia uma rede de mutualidades que tem mutualistas?

MO – Em Portugal, há muitas asso- do que se desenvolva indo ao encontro serviços em todo o país. A RedeMut, gerida pela Associação Portuguesa de ciações mutualistas que não têm um das suas necessidades e anseios.

Outro dos desafios que nos é apreMutualidades, tem em vista essa diver- âmbito alargado de modalidades, ou seja, restringem a sua acção àquilo sentado passa por conseguir cativar os sificação e trabalho em cooperação.

O objectivo é proporcionarmos que é vulgarmente conhecido como associados e envolvê-los naquilo que é cada vez mais oportunidades e serviços subsídio de funeral. É uma questão a vida desta Associação. Queremos que aos nossos associados, diversificando histórica. Antigamente, as pessoas estejam ao nosso lado quando decidia nossa área de actuação. O associado aderiam a uma solução mutualista mos o presente e escolhemos o futuro está no centro das nossas preocupa- que lhes permitia ter uma quantia para d'A Previdência Portuguesa. A criação ções e procuramos servi-lo cada vez suportar o custo de um funeral digno. de novos serviços e a realização de O caso d'A Previdência Portuguesa é eventos lúdicos ou de carácter cultural melhor.

Para além dos empréstimos para diferente. Temos outras modalidades são acções que temos vindo a promohabitação ou sobre reservas matemá- que constituem vantagens alargadas. ver, com o objectivo de motivar os nosticas, A Previdência Portuguesa dispõe A criação da Mutuália – de que fazem sos associados a participar mais. Este CONTINUA

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é um trabalho intenso e prolongado, mas que começa a mostrar resultados.

Nos dias que correm, marcados pela incerteza, cativar as pessoas é o maior desafio. Porque os tempos são de dificuldades, falta-lhes motivação.

Infelizmente, há uma procura daquilo que dá resultados imediatos. O problema é que o imediato não dá garantias de futuro. Não podemos pensar só no presente e a curto prazo. Para assegurarmos um futuro, devemos pensar nele e planeá-lo hoje. Actualmente, as interrogações são tantas que, se não tivermos uma base estruturada, não há qualquer perspectiva de futuro. A Previdência Portuguesa fornece um conjunto de soluções que apoiam os associados na construção de um futuro melhor.

Dos 85 anos de história d'A Previdência Portuguesa fazem parte muitas pessoas. Os colaboradores são parte fundamental deste projecto?

MO – Sem dúvida. As pessoas são, sempre, o mais importante. Temos uma equipa com mais de 30 colaboradores – 21 no jardim-de-infância e 10 nos serviços centrais – que acreditam no projecto d'A Previdência Portuguesa. Há pessoas que já fazem parte desta casa há muitos anos e que acompanharam o seu crescimento.

Contamos com o empenho de todos e estamos a dar-lhes formação para que seja mais fácil encararem os desafios e lidarem com novas realidades, inerentes à reestruturação dos serviços.

No futuro, vamos ter de dar diferentes respostas aos nossos associados. A Previdência Portuguesa de hoje não é a mesma de quando foi criada, há 85 anos. O desafio maior é fazer esta transição aproveitando o capital humano e a experiência e, ao mesmo tempo, inovar a capacidade de resposta e de procurar novas soluções.

Temos de ser uma Instituição aberta e virada para os associados. Estamos a caminhar nesse sentido pois essa é a razão de ser d'A Previdência Portuguesa.

O conjunto de acções e iniciativas que estamos a desenvolver tem o pressuposto da colaboração e participação de todos os colaboradores. Tentamos motivá-los, ao máximo, para que consigamos atingir os objectivos a que nos propomos. É provável que, a curto ou médio-prazo, de forma gradual, CONTINUA

Martins de Oliveira preside à Direcção d’A Previdência Portuguesa desde Julho de 2013, sucedendo a Mário Nunes na liderança da Associação Mutualista

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a Instituição venha a ter necessidade de reforçar o seu quadro de pessoal.

Precisamos de aumentar a nossa capacidade de proporcionar mais serviços e vantagens aos associados.

Quais são os planos para o futuro próximo d'A Previdência Portuguesa?

MO– Vamos procurar aumentar o património, por via da aquisição de imóveis novos em locais que possam constituir mais-valia para os associados. Por outro lado, criamos uma nova modalidade – que está em fase de aprovação pela tutela – e que permitirá a qualquer pessoa tornar-se associado d'A Previdência Portuguesa com uma entrega mínima de cinco euros.

Trata-se de uma poupança que está disponível, a qualquer momento, e com remuneração de juros muito atractiva.

Pretendemos, também, aumentar o número de associados e criar uma rede de agentes d'A Previdência Portuguesa, Martins de Oliveira defende o aumento do número de associados a nível nacional, para diversificar e e a criação de uma rede de agentes d’A Previdência Portuguesa, a nível nacional ampliar áreas de actuação.

Um dos projectos em que estamos a apostar é a melhoria dos nossos ser- Este processo passa por termos um a uma ideia que ele já acalentava. O viços médicos. As pessoas têm, cada colaborador com formação nesta área, nosso objectivo é que, durante todo o vez mais, necessidade de ter apoio que possa trazer mais-valias para este ano, os artistas e associações artísticas adequado e competente na área da espaço. Às exposições, pretendemos portuguesas tenham ali um local privisaúde. Procuram, sobretudo, serviços juntar a promoção de seminários, co- legiado para expor e divulgar os seus de qualidade e que funcionem quando lóquios e outras iniciativas que possam trabalhos. É um projecto que arranca contribuir para a valorização da Institui- em 2014 e para o qual temos grandes são necessários.

A partir do mês de Fevereiro, os ção e dos seus associados. Ao darmos expectativas.

Para valorizarmos o patriserviços médicos d'A Previmónio imóvel d'A Previdência dência Portuguesa vão passar Portuguesa pretendemos fazer a ter um espaço moderno e “Dentro de três anos, obras nos vários prédios de especialidades alargadas. As conseguiremos ter outra que somos proprietários.

A obras estão ainda a decorrer. beneficiação, requalificação e perspectiva daquilo que Contudo, à oferta na área de conservação dos imóveis é imClínica Geral, serão acrescené o papel, a intervenção prescindível. É algo que temos tadas as de Estomatologia e de e a missão d’A Previdência vindo a fazer, desde 2011, após Ginecologia. Os serviços médio levantamento que foi feito.

Portuguesa” cos vão funcionar no primeiro Estamos a falar de cerca de 120 piso. Trata-se de uma interveninquilinos que vão passar a ter ção necessária, por força das melhores condições de habitaimposições legais e, também, bilidade.

Além de querermos aumentar mais vida à galeria de arte é uma forma visando criar um ambiente moderno o património – por via de aquisição de atrairmos mais visitantes.

Como e de maior qualidade. A requalificade novos imóveis –, também estamos forma de assinalar os 85 anos, a sala ção das instalações para este serviço focados em levar a cabo acções que de exposições é baptizada com o nome implica um investimento que ronda permitam manter e estimar o que já do Dr. Mário Nunes. É uma forma de os 60 000 euros, ao qual acrescerá o temos. É uma forma de garantirmos o homenagearmos, uma vez que foi montante necessário para equipar todo a segurança futura dos nossos assoele que idealizou aquele espaço e o o espaço. Estas obras foram iniciadas ciados.

O património é sempre uma dinamizou.

Entendemos que devemos no mês de Dezembro e devem ser garantia e uma segurança. perpetuar a sua memória e o contriconcluídas em breve.

No que diz respeito à vertente buto que ele deu para termos uma cultural, pretendemos desenvolver a galeria de arte de elevada qualidade.

Galeria de Arte d'A Previdência Portu- O alargamento e a diversificação de guesa e dar-lhe uma outra estrutura. serviços e oferta cultural corresponde

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Homenagear A Previdência Portuguesa é dignificar e glorificar o próprio mutualismo cedidos foi objecto de censura, acabando suspenso em 1938.

Na década de 40 foi nomeada pelo Governo uma comissão administrativa e a Associação atravessou momentos difíceis, mas soube, mais uma vez, ultrapassar as dificuldades consolidando o seu capital financeiro e ampliando o seu património imobiliário. Ao longo dos anos foi reforçando as suas modalidades de segurança social e na década de 90, antecipando dificuldades no sistema de segurança social, introduziu de forma pioneira a concessão de modalidades de benefícios LUÍS ALBERTO SILVA* complementares de reforma.

Esta pequena resenha histórica da luta d’A Previdência Portuguesa pelo enraizamento do movimento mutualista na É um enorme privilégio poder felicitar A Previdência Portuguesa pelo trabalho desenvolvido ao longo dos últimos 85 sociedade portuguesa faz-me, hoje, afirmar com grande orgulho, que esta instituição é, seguramente, um dos maiores anos na construção da protecção social em Portugal.

Sustenta-se que o mutualismo, enquanto movimento, é o exemplos que o mutualismo português tem.

Esta associação mutualista tem estado sempre activa e sistema de protecção social mais antigo do mundo. Porém, em Portugal, este movimento só começou a ganhar expres- presente nos momentos mais significativos do movimento.

A Previdência Portuguesa tem estado sempre na primeira são a partir do século XIX, face à necessidade crescente da linha das acções renovadoras do movimento. São exemplos população no que respeita à assistência social.

Desde então, o movimento mutualista Português tem tido paradigmáticos dessa acção proactiva “a arrancada de Coimuma acção importante na implementação e desenvolvimento bra” que de forma decisiva este na origem do ressurgimento da protecção social, assente no auxílio mútuo entre os seus da solidariedade mutualista, quando no ano de 1975, na semembros, que em conjunto promovem esquemas de cobertura quência da organização do Plenário Nacional de Associações de Socorros Mútuos, composto de riscos na doença, invalidez, por 27 associações mutualistas velhice, desemprego e morte, asde todo o País, se constituiu o sentes nos princípios estruturanSecretariado Nacional de Astes do movimento: Democracia, “A actividade d’A Previdência Portuguesa sociações de Socorros Mútuos Liberdade, Responsabilidade e é um exemplo de grande perseverança (SNASM), que veio dar origem Solidariedade. e esforço na preservação do mutualismo” à Federação Nacional de AssoFoi precisamente esse espírito ciações de Socorros Mútuos e, de comunhão e partilha que levou posteriormente, à União das a que, um conjunto de homens Mutualidades Portuguesas, bons, oriundos das mais diversas instituição que corporiza a exprofissões, médicos, advogados, funcionários públicos, comerciantes, oficiais do exército, pressão máxima de um movimento organizado que coopera empregados bancários, concretizassem um sonho comum e entre si.

Instituição na qual A Previdência Portuguesa assumiu se organizassem socialmente numa associação de socorros mútuos, fundando assim, em Coimbra, no dia 11 de Janeiro funções de gestão, contribuindo para reforçar e desenvolver o movimento mutualista e para promover o associativismo e de 1929, A Previdência Portuguesa.

Os primeiros tempos desta Instituição, à semelhança de a modernização das associações mutualistas.

Mais recentemente, com o mesmo objectivo de consolidar outras da mesma natureza que surgiram no mesmo período fortemente marcado pela suspeição que impendia sobre a cooperação institucional, A Previdência Portuguesa liderou o as organizações de pessoas, foram bastante difíceis, sem processo de constituição da Mutuália – Federação Mutualista, grandes recursos materiais, sem sede própria e com poucos consciente de que o ciclo económico e social actual impõe a necessidade de realizar acções conjuntas para melhor potenassociados.

Contudo, a actividade d’A Previdência Portuguesa é um ciar os nossos resultados.

Por todas as razões já mencionadas é um prazer homeexemplo de grande perseverança e esforço na preservação do nagear esta Instituição, porque homenageá-la é dignificar e mutualismo. Certamente por dedicação dos seus dirigentes e dos seus trabalhadores, mas também, porque os objectivos glorificar o próprio mutualismo.

Parabéns a todos os que, ao longo dos 85 anos, souberam prosseguidos correspondem às necessidades das pessoas, esta Instituição foi progredindo e evoluindo enquanto insti- construir A Previdência Portuguesa contribuindo para o reforço do mutualismo e dos sistemas de protecção social. tuição de Previdência.

Face à conjuntura política existente nos primeiros anos de (*) Presidente do Conselho de Administração vida da Instituição, nem sempre foi fácil a respectiva gestão. da União das Mutualidades Portuguesas Foi obrigada a converter os seus capitais em títulos do Estado.

O boletim informativo da instituição, criado em 1931 com o objectivo de divulgar os benefícios de protecção social con-

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Soluções mutualista de poupança, investimento e segurança

Acautelar presente e futuro com modalidades A Previdência Previdência conta com cerca de 5 000 associados aos quais a associação mutualista proporciona protecção social, através de 10 modalidades de benefícios, enquadradas naquilo que é o regulamento da Instituição e da tutela. Orientadas para a pessoa, todas as opções têm associada uma componente de seguro de vida.

A subscrição de qualquer uma das modalidades de benefício confere, de imediato, o estatuto de associado d'A Previdência Portuguesa. Trata-se de um conjunto de soluções procuradas, sobretudo, por pessoas que buscam a poupança, o investimento e uma segurança para o futuro.

conjunto de situações que podem ser vantajosas para os associados, ao longo da sua vida. É, também, a demonstração da evolução do conjunto de modalidades de benefícios mutualistas, desde a sua génese.

Conforme o perfil do associado e o que este pretende, “A Previdência Portuguesa é como há modalidades de subsídio uma árvore, que tem na sua base de sobrevivência, a prazo, os associados, os quais procuramos planos de poupança, capitais proteger, com o apoio de todos” diferidos, de reforma e rendas vitalícias, com diferentes características, objectivos e que esse é o factor diferenciador do calendarização de pagamentos.

Segundo Paulo Martins, esta fleximovimento mutualista.

A oferta proporcionada é diversifi- bilidade permite acompanhar as necada, por forma a alcançar um amplo cessidades do associado, ao longo da “A Previdência Portuguesa é como uma árvore, que tem na sua base os associados, os quais procuramos proteger, com o apoio de todos”, explica Paulo Martins, colaborador d'A Previdência Portuguesa, em Coimbra, acentuando

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Modalidades de benefícios A Previdência Portuguesa Subsídio de Sobrevivência É o produto mutualista mais antigo e aquele que menos custos acarreta ao associado, criado, única e exclusivamente, a pensar no bem-estar da sua família. Trata-se de um subsídio a receber pelos herdeiros ou legatários por morte do associado. Os montantes mensais a pagar são calculados tendo em conta a idade do subscritor, o plano da subscrição e o capital a subscrever.

Subsídio a Prazo (com opções) Com prazos a convencionar de 15, 20 ou 25 anos, esta modalidade permite ao associado receber o subsídio formado no final do mesmo ou optar por transformar, parte ou a totalidade do capital, num subsídio de sobrevivência ficando, nestes casos, isento do pagamento de quotização associativa.

Plano Poupança Juventude Trata-se de um plano de poupança ideal que permitirá ao jovem melhorar significativamente o início deste novo ciclo de vida. Ao atingir os 18, 21 ou 25 anos, o beneficiário pode receber um capital, de imediato ou em prestações mensais e com duração compreendidas entre dois e cinco anos.

Plano Poupança Educação Tendo presente que a educação é a base de uma sociedade moderna e competitiva, esta modalidade pode ser subscrita por qualquer indivíduo com idade compreendida entre os 14 e os 60 anos, o qual indicará um jovem a beneficiar com idade nunca superior a 13 anos. Aos subscritores deste produto

é garantido o pagamento de 12 semestralidades ao jovem indicado, a partir da data em que este completa 18 anos, custeando, assim, despesas com um curso médio ou superior.

Subsídio Duplo de Sobrevivência e Prazo Este é um subsídio misto de sobrevivência e prazos de 15, 20 ou 25 anos. Contempla o recebimento imediato no final do prazo e continuidade de associado com vertente de subsídio de sobrevivência do mesmo valor, sem qualquer pagamento de quotização.

Subsídio a Prazo (com pagamentos antecipados) Com recebimentos faseados tripartidos, permite fazer uma calendarização exacta de encargos. Os prazos podem variar entre os 15 e os 30 anos, sempre em múltiplos de três. Os pagamentos são feitos ao associado, 25 por cento do subsídio formado, respectivamente, no final do primeiro e segundo terços do prazo convencionado, e os restantes 50 por cento no final do contrato.

Capitais Diferidos (com opção) Mediante a subscrição desta modalidade, acautela-se um imprevisto indesejável e, também, uma poupança para mais tarde.

Este produto mutualista, cujos prazos a determinar são de 15 ou 20 anos, vincendos de cinco em cinco, pode ser subscrito por indivíduos com idade compreendida entre os três e os 60 anos. Permite, ainda, a reaplicação das fracções de modo a que se vençam na data referente à subscrição inicial.

Subsídio Periódico (com opções) Contempla os riscos de morte ou invalidez permanente, quer estes factos ocorram por acidente ou de forma natural. É um subsídio com prazo de 10, 15 ou 20 anos, com pagamentos a cada cinco anos, até perfazer o prazo escolhido e com escolha de um factor de multiplicação que vai de um a três.

Capital de Reforma Atingir a idade da reforma depois de uma vida de trabalho e desfrutar de uma situação financeira capaz de suportar os encargos planeados para mais uma etapa da vida é o desejo de qualquer cidadão. Esta é uma subscrição para indivíduos entre os três e os 60 anos que prevê o recebimento de um capital pré-determinado ao ser atingida uma idade que pode ser de 55, 60, 65 ou 70 anos.

Rendas Vitalícias Constitui preocupação fundamental da maioria dos cidadãos a consolidação de fontes de rendimento fiáveis e duradouras, por forma a assegurar uma desejável estabilidade económica. Mediante a entrega de um valor, que poderá ser em numerário, imóveis ou títulos de crédito, é atribuída uma renda mensal e vitalícia, proporcional ao valor entregue. Este é o único produto disponível, em simultâneo, para associados e não associados d’A Previdência Portuguesa.

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de benefícios CONTINUAÇÃO

vida, oferecendo, também, diferentes soluções de subscrição, conforme a disponibilidade financeira de cada pessoa.

A Previdência Portuguesa pretende criar, em breve, uma nova modalidade, sob a designação de “Poupança Crescente”, tendo como característica a possibilidade de subscrição com entregas mensais a partir de apenas cinco euros e podendo ser levantada ou transformada em pensão vitalícia de reforma. Este novo produto mutualista, equiparado a um depósito a prazo, foi já aprovado em Assembleia-Geral da Instituição e aguarda ratificação pela tutela.

A Previdência Portuguesa e o actuário em Londres, sendo que, nessa altura, a ciência actuarial já se baseava na Matemática, Estatística e Cálculo Financeiro.

Finalmente, no último quarto do século passado, o rápido desenvolvimento dos meios informáticos vieram dotar o actuário da ferramenta necessária a estudos mais complexos, permitindo-lhe, entre outras coisas, trabalhar com todo o rigor os seguros sobre mais de uma vida. Hoje, nenhuma instituição que se dedique à comercialização de seguros (sociais ou não) pode dispensar os serviços deste profissional.

NUNO RODRIGUES* Usando a linguagem mutualista, ele é responsável, entre outras coisas, pela segurança técnica da mutualidade, pelas A palavra actuário vem do latim actuarius que, na época operações sobre modalidades de previdência por ela prossedo Império Romano, escrevia as actas do Senado. No entanto, guidas e pela previsão e cálculo das reservas matemáticas. só no fim do século XV o actuariado começou a ser tomado Deve, ainda, funcionar como auditor e consultor da mutualidade para assuntos em que envolvam o factor risco. como ciência.

A Previdência Portuguesa dispõe de actuário, praticamente, Todavia, antes de serem estabelecidos os fundamentos desde a sua fundação, estando do actuariado, começaram os o signatário ao seu serviço há seguros de vida, incêndio e “Hoje, nenhuma instituição que se dedique pouco mais de 25 anos. Oporoutros; por falta de técnica era à comercialização de seguros (sociais tunamente, foram introduzidas comum as empresas falirem em ou não) pode dispensar os serviços deste modalidades de capitais e quotas pouco tempo. profissional. A Previdência Portuguesa crescentes, algumas delas sobre Este problema levou a que dispõe de actuário, praticamente, duas vidas. Os capitais crescenalguns matemáticos se dedidesde a sua fundação” tes eram uma necessidade impecassem ao estudo e compilação riosa em modalidades de prazo de óbitos, tendo sido, à época, longo ou indeterminado, devido chamados de actuários. O ano de 1760 foi um marco na história dos seguros de vida e do aos efeitos da inflação durante os largos anos de duração do actuariado, pois foi efectuado o primeiro cálculo de prémio contrato. anual num seguro de vida inteira de capital constante baseado (*) Actuário d'A Previdência Portuguesa na experiência da mortalidade.

Em Julho de 1848, foi fundado o Instituto dos Actuários

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Jardim-de-infância proporciona valências de creche e pré-escolar

A formar os cidadãos do futuro Dotado de instalações de excelência, com capacidade para acolher 120 crianças, o Jardim-de-infância d'A Previdência Portuguesa proporciona valências de creche (dos quatro aos 36 meses) e pré-escolar (dos três aos seis anos).

Afirmando-se como uma unidade de referência, “reconhecida pela qualidade dos seus serviços, pelo carinho e amor prestados às crianças e às suas famílias”, o Jardim-de-infância da associação mutualista de Coimbra, localizado na rua da Fonte do Castanheiro, foi criado em 1987 e visa prestar uma resposta social, no âmbito da educação, sustentada numa equipa sólida, “empenhada num futuro mais risonho dos nossos pequenos cidadãos”.

A funcionarem desde Setembro de 2010, as novas instalações, adjacentes à casa-mãe, vieram reforçar a capacidade do Jardim-de-infância d'A Previdência Portuguesa. Inaugurado em Janeiro de 2012, o edifício, construído de raiz num terreno com uma área total de 2 600 metros quadrados, representou um investimento de um milhão de euros, pela associação mutualista.

Além de várias salas, adequadas às crianças de diferentes idades, as instalações dispõem de um berçário, um refeitório e uma cozinha que serve as duas

Jardim-de-infância d’A Previdência Portuguesa Rua da Fonte do Castanheiro 3030-246 Coimbra (Telefone) 239 713 397 (Fax) 239 406 388 jipp@aprevidenciaportuguesa.pt

“Quem nos procura, pretende qualidade e um serviço com características muito familiares”

valências. Actualmente, há quatro vagas na creche e 32 no pré-escolar. A equipa de colaboradores do Jardim-de-infância é composta por 21 elementos, entre os quais, seis educadoras.

“Quem nos procura, pretende qualidade e um serviço com características muito familiares. Tratamos cada criança e a família de forma personalizada. Pelo que nos é dito, isso é o mais importante e é valorizado pelos pais”, explica Cristina Rodrigues, directora do Jardim-de-infância d'A Previdência Portuguesa.

Felicidade, desenvolvimento harmonioso, confiança e integração são valores partilhados e defendidos pela Instituição, a que acresce a igualdade e a solidariedade, características mutualistas de relevo.

O actual projecto educativo, vigente durante um triénio, até 2016, baseia-se na descoberta da multiculturalidade, ten-

do como ponto de partida a lusofonia e, posteriormente, a Europa e os restantes continentes.

Para além de passeios, visitas de estudo e outras acções, a música, a motricidade e o inglês são actividades que ajudam a complementar o projecto educativo.

Como actividades extra-curriculares, a partir dos três anos, as crianças podem usufruir de aulas de judo, natação e yoga.

“Estamos a formar os cidadãos do futuro”, sublinha Cristina Rodrigues. A estabilidade, o equilíbrio emocional e a estimulação cognitiva das crianças são apontados como fundamentais pela responsável do Jardim-de-infância.

“Chegam ao nosso cuidado ainda muito pequeninos, por isso somos parceiros das famílias neste longo caminhar”, aponta a educadora.

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Instituição de Coimbra completou 85 anos

Movimento mutualista bem representado na festa de aniversário d’A Previdência Na opinião de Luís Alberto Silva, presidente do Conselho de Administração da União das Mutualidades Portuguesas (UMP), A Previdência Portuguesa “é um exemplo que serve e devia de servir de inspiração a outras instituições vocacionadas para a previdência social”.

Aludindo ao trabalho levado a cabo nos últimos 85 anos pela Associação Mutualista de Coimbra, o líder da UMP sublinhou que “é possível persistir e inovar, mesmo quando o país parece caminhou em outro sentido”.

Luís Alberto Silva, um dos intervenientes na sessão comemorativa dos 85 anos d'A Previdência Portuguesa, que decorreu a 11 de Janeiro, em Coimbra, defendeu um papel mais interventivo para as instituições mutualistas, tendo por base aquilo que afirmou ser “um modelo de solidariedade organizada”.

“A UMP tem feito um esforço de difusão do mutualismo junto da tutela, valorizando este movimento enquanto sistema de protecção social”, explicou Luís Alberto Silva.

“Só um movimento mutualista coeso e forte pode conseguir responder às expectativas das pessoas e afirmar-se como importante parceiro na resolução das questões sociais”, sublinhou o presidente da UMP. “A Previdência de Coimbra – como é mais conhecida no seio do movimento mutualista – é uma instituição cujo respeito e desempenho está acima da média das restantes associações mutualistas”, reconheceu Albano Loureiro, presidente da Mutuália.

“Os seus dirigentes, colaboradores e associados têm motivos para se sentirem orgulhos e motivados”, afirmou o representante da Federação Mutualista.

Albano Loureiro reconheceu que 85 anos é pouco tempo para tudo o que A Previdência Portuguesa já conseguiu alcançar e afirmou que a Instituição Mutualista de Coimbra “tem um papel preponderante

Carlos Salgueiral, Jorge Alves, Martins de Oliveira, Luís Alberto Silva e Albano Loureiro

na valorização da imagem do movimento mutualista, em Portugal”.

O presidente do Conselho de Administração da RedeMut – Associação Portuguesa de Mutualidades, Carlos Salgueiral, disse, em Coimbra, que “A Previdência Portuguesa tem uma importância vital na sociedade actual, na defesa das pessoas e do movimento mutualista, apoiado nos valores da Democracia, da Liberdade, da Responsabilidade e da Solidariedade”.

Membro fundador da RedeMut, um projecto orientado para a prestação de cuidados de saúde aos associados, A Previdência Portuguesa “é um referência para o movimento mutualista”, assumiu Carlos Salgueiral.

A Previdência Portuguesa assume, hoje, uma dimensão de resposta a novos desafios, procurando soluções ajustadas às necessidades dos associados e das famílias, que não sejam satisfeitas pelo Estado ou outras instituições.

“Pretendemos que o mutualismo ajude o actual e futuro associado a enfrentar a crise financeira, económica e social que atravessa Portugal, no sentido de promo-

ver sistemas de protecção social”, explicou Martins de Oliveira, presidente da Direcção d'A Previdência Portuguesa.

Segundo o dirigente mutualista, “a actual crise económica, financeira e orçamental, na Europa e em Portugal, tem impacto negativo na sustentabilidade dos sistemas públicos de protecção social, tornando imperativa a mobilização conjugada e empenhada de todas as organizações com matriz de valores ligadas à protecção e justiça social”.

“As associações mutualistas têm complementado e colmatado as falhas e limitações da protecção social pública e das respostas das entidades privadas com fins lucrativos”, sublinhou Martins de Oliveira, lembrando que todo o movimento mutualista tem por base os valores da Liberdade, Democraticidade e Solidariedade, patentes no apoio ao associado e às suas famílias.

“O mutualismo não é nada mais do que um sistema de auxílio mútuo entre os seus membros e quanto maior for o número de associados, maior será o leque de modalidades e benefícios de que estes podem usufruir”, afirmou Martins de Oliveira.

Marketing e Publicidade Adelaide Pinto E-mail adelaide.pinto@mail.telepac.pt Contactos Tel. 239 497 750 Fax 239 497 759

Site www.campeaoprovincias.pt Paginação e Maquetagem Nuno Miguel Peres Impressão FIG Coimbra

FICHA TÉCNICA Director Lino Vinhal Coordenador desta Revista Geraldo Barros E-mail jornalcp@mail.telepac.pt

Esta Revista faz parte integrante da edição de 16 de Janeiro de 2014 do “Campeão das Províncias” e não pode ser vendida separadamente.

Os lapsos que possam ter sido cometidos serão devidamente rectificados nas páginas do “Campeão das Províncias”.

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Galeria de arte tem o nome do historiador

Espaço dedicado à Cultura evoca memória de Mário Nunes Em homenagem ao homem que, durante mais de 25 anos, foi força viva e empenhado defensor do mutualismo, em Coimbra e em Portugal, a galeria de arte instalada na Casa da Mutualidade d'A Previdência Portuguesa passa a ter a designação de “Sala Mário Nunes”.

Trata-se de um gesto simples mas de grande significado, com que a Associação Mutualista pretende honrar o antigo presidente da Direcção e, sobretudo, “o trabalho e a dedicação desenvolvidos por Mário Nunes, em benefício da cultura e da divulgação do mutualismo”, explicou António Martins de Oliveira, presidente da Instituição.

“Esta é, para mim, uma casa de afectos.

Quero-vos muito e agradeço-vos do fundo do coração”, disse, emocionada, Maria de Lurdes, esposa de Mário Nunes, falecido em Junho do último ano.

“O Mário era uma pessoa muito inteligente, trabalhadora e empenhada, que deu muito da sua vida à Previdência Portuguesa”, acrescentou, pedindo a todos que o recordem pelo contributo de desenvolvimento e mudança que trouxe à vida de muitas pessoas e instituições.

“Devemos-lhe muito pelo que fez em prol da Cultura. Não gostaria que essa memória se apagasse”, afirmou Isabel Garcia, proprietária da MinervaCoimbra Editora.

Victor Costa, pintor e amigo de Mário Nunes, lembrou-o como “um homem simples, em que a enorme capacidade de trabalho e disponibilidade permanente, ensinou a todos que ser povo e sentir povo e viver povo é uma mais-valia cultural inigualável”.

O artista plástico, que em inúmeras

Placa foi descerrada por Maria de Lurdes, esposa de Mário Nunes

ocasiões privou com o ex-vereador da Cultura do Município de Coimbra e antigo presidente d'A Previdência Portuguesa, sublinhou que “é apanágio, apenas dos grandes, ser genuinamente simples, numa dimensão de vida reconhecidamente superior”.

“Fomos e somos felizes, porque parti-

“Um homem simples, em que a enorme capacidade de trabalho e disponibilidade permanente, ensinou a todos”

lhamos a vida com o doutor Mário Nunes e porque dele recebemos a imensa lição de humildade e sabedoria que nos mostrou a Cultura como a capacidade de olhar, sentir, reflectir e compreender, rigorosamente da mesma forma aberta e abrangente, a his-

tória e os seus registos, na mais complexa e erudita expressão artística ou na mais elementar e rude actuação genuinamente popular”, afirmou Victor Costa, fazendo referência ao sorriso e riso estridente de Mário Nunes, “o espelho que reflectia uma verdade crua e inimitável, uma disponibilidade sem limites numa franqueza imensa com a vida e com os outros”.

O pintor, natural de Almalaguês, agradeceu a Mário Nunes o empenho na criação de um espaço artístico de referência, em Coimbra, inserido na Casa da Mutualidade e Centro de Mutualismo d'A Previdência Portuguesa.

“Nessa inigualável gargalhada, recordar-te-emos sempre! Em nome dos artistas e da arte, pela cultura sempre, obrigado, Mário Nunes”, afirmou Victor Costa.

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A Previdência Portuguesa é uma jovem na flor da idade implementação do ideal mutualista.

Digo que 85 anos é pouco tempo para conseguir tudo isto. E só é possível como consequência do enorme empenho, profissionalismo, dedicação e rigor de todos os que têm passado pela orientação dos desígnios da Instituição. Verdadeiros visionários que, com espírito inovador associado à ambição de quem quer chegar sempre mais longe, foram capazes de tanto em tão pouco e com tão pouco.

ALBANO LOUREIRO* Disso tem também tirado proveito a Mutuália, instituição que me honro de presidir, podendo aqui dar o meu testemuNa passagem de mais um aniversário, cumpre sempre nho do esforço e determinação da nossa associada A Previfazer balanço de vida e avaliação de desempenho. Qualquer dência Portuguesa na implementação do projecto que esta federação representa. Ciente de outro princípio importante que seja o aniversário. Qualquer que seja o aniversariante.

Mas há sempre aqueles, aniversários ou aniversariantes no mutualismo qual é, o da União, A Previdência é dos princique pela sua dimensão, importância e notoriedade, implicam pais motores deste projecto, ambicionando como todos o seu sucesso e que esse contribua para maior bem-estar de todos. também reconhecimento e congratulação mais profundos.

Em época de tanto sacrifício e desespero para tantos que Desenganem-se aqueles a quem 85 anos podem parecer de tanto necessitam, o Mutuamuito tempo. Para uma instilismo afirma-se, cada vez mais, tuição mutualista em Portugal, como última porta de esperanonde a esmagadora maioria é ça. Aos 85 anos, A Previdência centenária e, até bicentenária, “Verdadeiros visionários que, com espírito Portuguesa apresenta-se tão sã A Previdência Portuguesa de inovador associado à ambição de quem e revigorada como sempre para Coimbra é uma jovem na flor da quer chegar sempre mais longe, foram dar essa esperança a quem dela idade. E é muito pouco tempo capazes de tanto em tão pouco necessita. E o que ressalta é a para alcançar tudo o que já ree com tão pouco” sua constante renovação na dealizou, imbuída de uma dinâmiterminação de a concretizar para ca invejável que ultrapassa em os seus associados e para o mumuito a média do movimento tualismo português, constituindo mutualista português. contribuição exemplar para a Estar no Mutualismo tem múltiplos significados, todos eles de igual importância e di- dignificação e excelência desse movimento. Desejo que, para mensão e sempre com o mesmo objectivo de ajudar o próximo o futuro, comungamos, a Mutuália e eu próprio.

Finalmente, ficaria incompleto este meu testemunho e mais desfavorecido. A Previdência Portuguesa tem sabido constituiria expressão de profunda injustiça se não tivesse interpretar essas necessidades de forma exemplar.

Desde logo pela solidariedade que demonstra nas suas aqui uma palavra para quem dá corpo À Previdência de Coiminiciativas de apoio aos seus associados e às suas congéne- bra, porque assim é conhecida no movimento mutualista. Os res mutualistas. Os produtos, bens e serviços que coloca ao seus dirigentes, os seus colaboradores e os seus associados dispor dos seus associados reflectem essa preocupação de, que com denodo e empenho, no passado e presente, tudo em condições muito mais vantajosas, proporcionar aos que a têm feito para que ela seja o que é hoje, um exemplo pujante ela se associam, uma gama de soluções a que não poderiam e a seguir no Mutualismo em Portugal.

Por tudo isto, os parabéns não são só pelo 85.º aniversário aceder em circunstâncias normais. Pode isto parecer um lugar-comum no momento em que, muitos dos que haviam mas sim por uma vida perene de sucessos que todos queremos esquecido a sua vocação mutualista, parecem agora querer ver repetidos no futuro. regressar às origens. Mas esta ilustre Instituição já cá estava (*) Presidente do Conselho de Administração e nunca deixou de estar. Os produtos de economia social da Mutuália – Federação Mutualista que tem à disposição dos seus associados, os serviços de qualidade a preço reduzido como o jardim-de-infância, assistência médica e protocolos de parceria com as mais diversas entidades, são expressão do princípio solidário que motiva a Instituição. Mas não se fica por aqui. Quer interagir com a sociedade civil nesse espírito solidário. E disso é imagem de marca a Casa da Mutualidade, estrutura que põe à disposição da cidade e da região e das restantes instituições mutualistas, um espaço de divulgação cultural, associada à divulgação e

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Assistência Médica d’A Previdência Portuguesa

Um serviço de saúde (mais) próximo do associado O Serviço de Assistência Médica d'A Previdência Portuguesa foi lançado em 1986. Trata-se de uma vantagem que está ao alcance de todos os associados da Instituição mutualista e dos seus familiares, mediante uma inscrição no valor de dois euros mensais por agregado familiar (filhos até aos 18 anos de idade). A taxa moderadora aplicável, por consulta, é de 2,20 euros, até aos 65 anos de idade, sendo depois reduzida para 1,50 euros.

Por estes valores, a Assistência Médica d'A Previdência Portuguesa proporciona consultas de Medicina Geral, serviços de Enfermagem e prescrição de medicamentos e exames complementares de diagnóstico aos utentes do Serviço Nacional de Saúde (mercê de um acordo com a Administração Regional de Saúde do Centro) e aos de todos os outros subsistemas de saúde existentes (ADSE e SAMS, entre outros).

Dotado de um corpo clínico e de enfermagem, o Serviço de Assistência Médica d'A Previdência Portuguesa distingue-se por dar uma resposta às solicitações no próprio dia, podendo as consultas ser marcadas presencialmente, através de telefone ou mensagem de correio electrónico, meio que pode ser usado para qualquer contacto com a equipa de saúde.

Para além dos serviços assegurados pelo corpo clínico e de enfermagem, esta valência d'A Previdência Portuguesa

tem acordos com especialistas médicos, uma mais-valia que permite proporcionar preços de consulta reduzidos aos associados inscritos, quando tal seja necessário para uma melhor avaliação ou tratamento de saúde.

Articulação com a RedeMut Através do seu Serviço de Assistência Médica, a Associação Mutualista, sediada em Coimbra, proporciona aos seus associados um meio economicamente vantajoso de dispor de cuidados básicos de saúde, sem limite de idade. Para tal, basta inscrever-se n'A Previdência Portuguesa,

Serviço de Assistência Médica d’A Previdência Portuguesa Rua da Sofia, 193 - 3000-901 Coimbra Marcações pelo telefone 239 828 055 ou correio electrónico para ams@aprevidenciaportuguesa.pt (até às 12h00 de cada dia útil) Consultas de medicina geral: À segunda, quarta e sexta-feira (14h30 às 16h30) e à terça e quinta-feira (10h30 às 12h30) Enfermagem: Diária (no horário da consulta).

Inscrição: 2 euros/mês + quota associativa.

Consultas: 2,20 euros + 1,50 euros (mais de 65 anos).

Médicos: Dr. João Jorge Mendes e Dr. Alípio Carvalho

subscrevendo uma das suas diversas modalidades mutualistas.

“Este é um serviço que funciona em articulação com a RedeMut”, explica João Jorge Mendes, especialista em Medicina Geral e Familiar e Medicina do Trabalho, médico que colabora com A Previdência Portuguesa há uma década.

Esta interacção permite que um associado de uma mutualidade de Lisboa que integre esta rede possa receber assistência em Coimbra. E o mesmo sucede, por exemplo, com os muitos associados d'A Previdência Portuguesa na região Norte do país que, neste âmbito, podem recorrer aos serviços médicos de associações mutualistas mais próximas da sua área de residência.

“Há claras vantagens no atendimento personalizado que proporcionamos, sem listas de espera ou demoras. É feita a marcação e as pessoas são atendidas logo nesse dia. Procuramos, sempre, dar uma CONTINUA

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e Medicina Dentária e outro de resposta atempada”, sublinha “Há claras vantagens no atendimento ginecologia. “São as especialiJoão Jorge Mendes. personalizado que proporcionamos. dades mais procuradas e esta é A breve prazo, mercê das É feita a marcação e as pessoas uma forma de darmos resposta obras que estão a decorrer, o são atendidas logo nesse dia. às solicitações dos associados”, Serviço de Assistência Médica da Procuramos, sempre, refere o coordenador do Serviço Associação Mutualista vai passar dar uma resposta atempada” de Assistência Médica. a dispor de condições de excepEsta renovação de instalações ção. “São instalações mais modere alargamento da oferta médica nas, atraentes e confortáveis quer meiro piso do edifício d'A Previdência para o corpo clínico e de enfermagem Portuguesa, em Coimbra, permitirá am- implica, anda, o reforço do corpo clínico. quer para quem é atendido”, sublinha pliar a oferta de especialidades, com a in- A entrada em funcionamento do novo o médico. clusão de dois novos gabinetes médicos, espaço deverá ocorrer a partir do mês A requalificação do espaço no pri- respectivamente, um de Estomatologia de Fevereiro.

Estrutura integra 13 associações mutualistas

RedeMut é solução inovadora e orientada para os cuidados de saúde A Previdência Portuguesa é um dos membros da RedeMut, um projecto inovador, nascido por iniciativa de um conjunto de associações mutualistas portuguesas que decidiram unir esforços com o objectivo comum de prestar cuidados de saúde à comunidade de associados que as integram.

Através desta estrutura, disseminada por todo o território nacional, através de 13 associações mutualistas, a RedeMut proporciona um amplo conjunto de serviços e cuidados de saúde aos associados, sem encargos suplementares, independentemente da mutualidade a que pertencem ou do local onde vivem.

Apoiada num fortalecido espírito de entreajuda orientado para uma vida melhor, esta rede reforça a protecção social garantida a todos os associados e assegura a prestação de cuidados de saúde primários, diferenciados e continuados, para além de serviços de apoio domiciliário e acção social.

Os responsáveis pelas várias associações mutualistas que integram a RedeMut consideram que esta se caracteriza como “um projecto histórico para o mutualismo português”.

Dirigida aos mutualistas e aos seus familiares, a RedeMut desempenha um papel preponderante na promoção de uma protecção social responsável, eficiente e solidária.

Ao contribuir para a prevenção da saúde, para a acessibilidade e humanização de cuidados e para a difusão e expansão do mutualismo em Portugal, a RedeMut constitui uma alternativa à medicina privada e um complemento ao Serviço Nacional de Saúde (SNS), gerando maior oferta ao nível dos serviços e da cobertura territorial.

Numa primeira fase, a RedeMut beneficia entre 600 000 a 700 000 associados das mutualidades que integram o projecto, estando já a ser delineados esforços para que

esta estrutura seja alargada às restantes associações.

A criação de RedeMut foi anunciada em Outubro de 2013, por ocasião das comemorações do Dia Nacional do Mutualismo.

“A RedeMut nasceu por vontade de um conjunto de associações mutualistas localizadas em várias regiões do país, que decidiram assinar um protocolo de cooperação com o objectivo de criar uma rede para prestação de serviços de saúde aos seus associados”, explica Carlos Salgueiral, presidente do Conselho de Administração da RedeMut – Associação Portuguesa de Mutualidades.

Para além d'A Previdência Portuguesa, sediada em Coimbra, fazem parte da RedeMut as mutualidades A Benéfica e Previdente (Porto), A Beneficência Familiar (Porto), A Lacobrigense (Lagos), A Mutualidade da Moita, A Vilanovense (Gaia), Associação de Socorros Mútuos dos Empregados do Estado (Lisboa), Associação de Socorros Mútuos de Ponta Delgada, Associação de Socorros Mútuos de Nossa Senhora da Nazaré (Torres Novas), Associação de Socorros Mútuos de João de Deus (Silves), CSC – Associação de Socorros Mútuos de Empregados do Comércio de Lisboa, Montepio Abrantino “Soares Mendes” (Abrantes) e Montepio Geral – Associação Mutualista (Lisboa).

RedeMut | Associação Portuguesa de Mutualidades Rua de Júlio Dinis, n.º 143 A, 2.º 4050-323 Porto (Telefone) 220 004 510 geral@redemutapm.pt www.redemut.pt Linha de atendimento 808 500 300 Atendimento personalizado nos dias úteis, das 09h00 às 20h00

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Casa da Mutualidade e Galeria de Arte

A cultura num espaço privilegiado da cidade de Coimbra e da região Criada por ocasião dos 75 anos d'A Previdência Portuguesa, em 2004, a Casa da Mutualidade está localizada junto à sede da Instituição, em Coimbra.

Espaço privilegiado de divulgação da informação, promovendo a interactividade entre os associados e a sociedade civil, corresponde à demonstração da vontade de modernização e qualidade, sublinhando, ao mesmo tempo, a imagem de credibilidade e solidez da corrente mutualista.

Capaz de proporcionar uma zona ampla ou uma plateia, através de bancos retráteis, a Casa da Mutualidade é um espaço polivalente, preparado para acolher os mais variados tipos de iniciativas.

“Espera-se que dele se tire um forte contributo para a divulgação de um mutualismo de vanguarda, através do qual já não se trata apenas de defender os mais fracos, objectivo primordial de outros tempos, mas de conferir uma efectiva melhoria da qualidade de vida para todos”, afirma A Previdência Portuguesa, em informação distribuídas aos seus associados.

Como exemplo desse carácter inovador e vanguardista, destaca-se a Galeria de Arte, instalada na Casa da Mutualidade.

Este espaço, dedicado à fruição artística, foi inaugurado em Março de 2010, por iniciativa de Mário Nunes, enquanto presidente da Instituição, que foi seu impulsionador e defensor aguerrido.

Ponto de referência no contexto cultural, a Galeria de Arte da Associação Mutualista de Coimbra tem sido local de exposição para as obras de centenas de artistas plásticos, pintores e escultores, “Forte contributo d’A Previdência nacionais e estrangeiPortuguesa para a divulgação de um ros, merecendo amplo mutualismo de vanguarda” número de visitantes e as melhores apreciações.

Na cidade do Mondego e com reconhecida pujança e dinâmica na região Centro, este é um local de excelência para a promoção das artes e da cultura, tendo sido essa mais-valia reconhecida pelo Prémio Nacional de Mutalismo – Inovar para Melhorar, atribuído à Previdência Portuguesa, em 2012, destacando-a, por este projecto, entre as 101 associações mutualistas existentes em Portugal.

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Um espaço onde se respira cultura Talvez por isso mesmo, Coimbra o recordará sempre, verdadeiro, culto, honrado, simples e disponível, como sempre são os homens de dimensão superior.

Foi a sua vontade férrea que uma sala belíssima, propriedade d’A Previdência Portuguesa, situada na “Baixa” de Coimbra, fosse superiormente transformada na mais bela e funcional Galeria de Arte da região Centro do país. Aqui expuseram nestes quatro anos uma centena de artistas em exposições individuais e colectivas, aqui partilharam com o público as suas ideias, as suas opções, as suas VICTOR COSTA* propostas de intervenção cultural. Uma diversidade abrangente e transversal que integra sempre, a partilha da verdade cultural e Coimbra ganhou um espaço onde se respira cultura, onde se artística como essência.

Este espaço que ganhou força cultural e vida artística próprias, sente a arte, onde as raízes da nossa voz se fazem ouvir, na simplicidade intrínseca da verdade, na pureza singela do douto olhar não pode nem deve, sob qualquer pretexto por maior justificação de Mário Nunes sempre vivo, na Casa da Mutualidade – Galeria de que se encontre, afastar-se deste caminho único.

A forma mais sublime de honrar a memória do Dr. Mário Arte e Centro de Mutualismo d’A Previdência Portuguesa.

Quatro anos de intenso e constante dinamismo cultural, mar- Nunes, passará pela responsabilidade de nunca se permitir que o seu sonho, tornado realidade aqui em defesa da cultura, alguma cam ininterruptamente, o espaço e a cidade.

Predominantemente com pintura, mas também a fotografia, a vez possa ser esquecido ou adulterado. Esta sala deve, de forma escultura, a cerâmica, a tapeçaria, a tecelagem manual, a poesia, a sistemática, garantir uma programação cultural anual, de qualidade artística superior. Aqui, se devem música, têm sido alimento cultural encontrar pintores e pintura, esque nos satisfaz a fome e a sede cultores e escultura, ceramistas e de viver, aqui, na cidade da saúde, “Este espaço que ganhou força cultural e cerâmica, músicos e música, poetas do conhecimento e da sabedoria. vida artística próprias, não pode nem deve, e poesia, tecelões e tecelagem, ouFomos e somos felizes, porque sob qualquer pretexto por maior tros escritores, outros contadores partilhamos a vida com o Dr. Mário justificação que se encontre, afastar-se de histórias populares ou eruditas, Nunes e porque dele recebemos a deste caminho único” outros artistas, outros artesãos, imensa lição de humildade e sabeoutras formas de arte, respeitando doria que nos mostrou a Cultura sempre o direito de todos, ao acescomo a capacidade de olhar, sentir, reflectir e compreender, rigorosamente da mesma forma aberta e so à qualidade e diversidade de outras mensagens.

A Casa da Mutualidade – Galeria de Arte e Centro de Mutuaabrangente, a história e os seus percursos, na mais complexa e erudita expressão artística ou na mais elementar e rude actuação lismo d’A Previdência Portuguesa, a meu ver, reflecte e reflectirá, rigorosamente esse espírito amplo, simples e aberto à cultura. popular.

Amigo Mário Nunes, estou a ouvir agora e aqui, a força imensa O seu sorriso sempre, ou o seu estridente riso em felizes gargalhadas, eram o espelho que reflectia uma verdade crua e inimitável, e intensa, do teu sorriso motivador. (*) Pintor e artista plástico uma disponibilidade sem limites numa franqueza imensa com a vida e com os outros.

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A árvore frondosa Lisboa, deriva do conceito monte de piedade, onde eram depositadas as contribuições dos associados e de onde provinha o socorro quando necessário.

A tradicional gestão das associações mutualistas, sofreu alguma mutação no que concerne ao afastamento de algum conservadorismo registado em muitas delas, fruto de significativo esforço por parte das que apresentavam um perfil mais progressista e da União das Mutualidades. Participámos, há vários anos, numa acção de formação para dirigentes, conduzida pelo Dr. Paulo trindade, JOSÉ A.C. PAUZEIRO* exímio condutor de ideias e vontades, expressas na área da formação onde, com a colaboração de técnicos da Segurança Social, A árvore frondosa que protege a família era, nos anos 60, o lema se procurou alargar o campo de visão e imprimir algum sentido de para divulgação da acção mutualista d’A Previdência Portuguesa, inovação a pessoas, cujo mérito, dedicação e voluntarismo eram também conhecida pela Associação Mutualista de Coimbra, pro- inquestionáveis, mas resistentes à necessária mudança. Ilustrativa cedente de outros que existiram desde o seu início, como a frase desta realidade foi a questão colocada a determinado presidente do-ut-des (dou para que dês). Espelhavam os princípios norteadores de direcção relativamente à implementação, pela sua associação, da acção mutualista e divulgavam a sua filosofia de entreajuda de um negócio que permitisse criar receita. Respondeu que tal era impossível. Questionado, novamente, como procederia se os centralizada no elemento humano, na família e na sociedade.

Com fundação no ano de 1929, completam-se 85 anos de seus colegas de direcção aderissem a tal projecto, respondeu que benefícios concedidos a milhares de associados de Norte a Sul do continuava a ser impossível, pois se os seus colegas o desejassem, país, ou às suas famílias, o que torna indubitável a forte contribui- ele próprio não o permitiria.

Decorreram, entretanto, mais de 20 anos e o padrão redutor ção desta Instituição para consolidação do movimento mutualista.

Reconhecemos com alguma apreensão que, numa vertente global , que era comum encontrar-se, diluiu-se, o que se encontra plasmacampeia, ainda, algum desconhecimento do movimento mutualista do no intercâmbio de acções, no esforço conjunto da associações no nosso país. Exemplificando, se questionarmos, aleatoriamen- que abraçaram objectivos comuns e que, inclusivamente, deram origem à Mutuália, uma federação te, alguns cidadãos franceses no mutualista voltada para o futuro. que respeita à mutualité, a sua Actualmente, as associações maioria sabe do que se trata, pois “Esta Associação é um exemplo de dinâmica, mutualistas desenvolvem actividao sistema previdencial francês com uma acção fundamentada des e praticam modalidades que assenta, na sua quase totalidade, na necessária divulgação e expansão objectivam a promoção da qualidaem instituições mutualistas, o que mutualista no nosso país” de de vida, a complementaridade à ainda se encontra longe de ser a Segurança Social e, também, pois nossa realidade. Todavia, estamos convictos de que se caminha com alguma eficácia no sentido do que se trata da sua primeira razão de existência, a protecção famaior conhecimento das vantagens inequívocas de se ser mutualis- miliar. Grande parte possui carácter regional. Promovem, na sua ta, mérito do esforço que algumas associações, fazendo com que acção, princípios como a Igualdade, Liberdade e Solidariedade, pois a complementaridade à segurança social presente no mutualismo não distinguem credos ou raças, os associados são livres de aderir ou de sair, e prosseguem finalidades onde o esforço e o benefício seja uma bandeira em todos os sectores sociais.

As associações mutualistas, ou associações de socorros mútu- mútuo são palavra de ordem.

A Previdência Portuguesa desenvolve a sua acção no âmbito os, são instituições privadas, mas tuteladas pelo Estado. Pela sua natureza social, integram-se na designação de instituições parti- nacional e caracteriza-se por ser uma associação pioneira em várias culares de solidariedade social e quando devidamente registadas iniciativas implementadas ao longo das últimas décadas, desde a podem ser consideradas Pessoas Colectivas de Utilidade Pública. criação do Secretariado Nacional das Associações de Socorros MúBeneficiam do apoio do Estado na forma de isenção de vários im- tuos, o SNASM, que começou por funcionar nas suas instalações, postos, o que lhes impõe a dupla responsabilidade de zelar pelos em Coimbra, e que deu origem a actual União das Mutualidades interesses dos associados assim como, pugnando pela legalidade, Portuguesas, com sede em Lisboa, até à RedeMut, um projecto que visa prestar cuidados de saúde aos associados das mutualidades observar, os interesses do erário público.

A sua origem perde-se no tempo. Quando não existiam as aderentes que possuem serviços de assistência médica, tendo caixas de previdência , constituíam o único auxílio a que as famí- sido criado um call center para conferir agilidade a este serviço lias podiam recorrer. A designação de socorro mútuo era aplicado que se tem revelado oportuno, pois proporciona uma capacidade no sentido literal do termo, sendo que esse auxílio se centrava de resposta em tempo útil, indispensável num serviço de âmbito nos cuidados de saúde e no pagamento das despesas do funeral. nacional. Estamos perante o verdadeiro empreendedorismo social.

Não tenhamos dúvidas de que esta associação é um exemplo de A própria designação de Montepio, que algumas associações ostentam, exemplo do Montepio Egitaniense, na Guarda, como dinâmica, com uma acção fundamentada na necessária divulgação o próprio nome indica, e o Montepio Comercial e Industrial, em e expansão mutualista no nosso país. É, também, um motivo de CONTINUA

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“Inovar para crescer, foi a frase que A Previdência Portuguesa adoptou recentemente para o caminho da qualidade mutualista”

orgulho para a nossa cidade, da qual já recebeu merecido reconhecimento, através da entrega da Medalha de Ouro pela edilidade de Coimbra.

Inovar para crescer, foi a frase que adoptou recentemente para o caminho da qualidade mutualista. As modalidades de benefício em vigor e que se traduzem no entrega de capitais a partir do pagamento de quotização, abrangem variados aspectos, desde a reforma à juventude. Não obstante, a inquietude dos seus dirigentes e trabalhadores é permanente. Criam-se novas modalidades, reformulam-se condições de apoio à habitação própria através de novas condições de empréstimos, efectuam-se acordos e protocolos que permitam aos associados acesso a serviços e descontos, caso dos descontos nos combustíveis. Em simultâneo mantém-se e renova-se o Boletim Associativo, publicação periódica que tem constituído, praticamente desde a fundação, o elo de ligação privilegiada com os seus associados e com organismos públicos e privados, promovendo, além da informação, uma efectiva divulgação mutualista. Como as restantes associações mutualistas, é uma instituição não lucrativa e integra o Terceiro Sector, onde se incluem outras instituições sociais, como as fundações ou as misericórdias.

Apesar de não possuir intuitos lucrativos, não deixa de ser gerida como uma grande empresa, almejando a obtenção de resultados, pois sem meios económicos não é possível praticar solidariedade.

Aos longo dos seus 85 anos, a rigorosa gestão implementada permitiu a solidez que hoje patenteia, assente em património imobiliário, distribuído pelas cidades de Coimbra, Figueira da foz, Queluz, Santa Maria da Feira e Vila Franca de Xira e também em empréstimos para habitação, empréstimos sobre reservas matemáticas e várias aplicações financeiras.

Acreditamos que os próximos anos lhe serão promissores, na

perspectiva de que aumentará o conhecimento mutualista por parte da população, pessoas que irão perceber as vantagens em ser mutualista, em aderir à prevenção do futuro com o compromisso de um esforço financeiro adequado a cada carteira que se traduzirá em tranquilidade e desafogo económico num quadro de planificação do estudo dos filhos, de uma reforma onde se inclua, por exemplo, o turismo, ou da troca periódica da viatura, pois é possível programar recebimentos ao longo dos anos, podendo beneficiar de apoio à infância, através da creche e do jardim de infância, apoio à habitação e apoio à saúde.

Também o aspecto cultural não foi descurado. No espaço recentemente criado, designado de Casa da Mutualidade, decorreram inúmeros eventos desde lançamento de livros a exposições de pintura, escultura ou artesanato. Este espaço encontra-se numa zona privilegiada da “Baixa” de Coimbra, junto ao Palácio da Justiça, e da sede social da Associação, totalmente equipado com sistema de áudio visual, climatizado e com uma fantástica área de montras que permite uma eficaz exposição ao público. Para aquilatarmos do interesse neste espaço, basta constatar que a sua ocupação é permanente, normalmente com exposições de pintura.

Por todos estes factos, não se entende o futuro sem mutualismo. Nesta efeméride comemorativa dos 85 anos d’A Previdência Portuguesa, à Associação Mutualista de Coimbra, desejamos-lhe as maiores venturas e progresso. (*) Trabalhador d'A Previdência Portuguesa desde 1967 e secretário da Mesa da Assembleia Geral

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Mário Nunes esteve ligado à Previdência Portuguesa durante 25 anos

Um bom exemplo dos ideais mutualistas Sempre pautada por uma grande intensidade e dedicação, a ligação de Mário Nunes à associação mutualista A Previdência Portuguesa perdurou por mais de um quarto de século. Ao 75 anos, consternando todos aqueles que com ele se relacionaram, extinguiu-se a chama de um homem que todos recordam com carinho e admiração.

Deixando saudade, Mário Nunes faleceu a 29 de Junho de 2013.

Historiador, conferencista, promotor incansável da arte e da divulgação da cultura, este ilustre espinhalense, presidiu à Direcção d'A Previdência Portuguesa, desde Janeiro de 2009 e até ao momento da sua morte, tendo sido diligente impulsionador e director do Boletim da Instituição, desde Junho de 1983.

Dotado de uma visão cultural abrangente, fundamentada e defensora da cultura popular e da etnografia, foi sócio-fundador do Grupo de Arqueologia e Arte do Centro (GAAC) e do Movimento Artístico de Coimbra, vereador da Cultura na Câmara Municipal de Coimbra e deu o seu inestimável contributo a numerosas associações e instituições de Coimbra e da região.

De palavra fácil mas, sobretudo, um homem de acção, Mário Nunes foi o impulsionador da criação da Galeria de Arte na Casa da Mutualidade, em Coimbra. Autor de várias obras literárias, entre as quais, o livro “A Previdência Portuguesa – Associação Mutualista: 75 anos ao Serviço do Mutualismo”, editado em 2004, foi galardoado, a 11 de Janeiro de 2013, com o Emblema de Ouro d'A Previdência Portuguesa, pelos seus 25 anos de serviço à Instituição.

Sempre envolvido, sempre disponível, sempre amigo tura, radiante e entusiasmadíssimo com o desafio, iniciámos uma relação institucional que, contudo, nunca descurou a estima pessoal. Foram dois mandatos plenos de actividades!

O termo dessas funções conduziria, naturalmente, a uma vida mais calma, dedicada à família e amigos, a desfrutar os prazeres de uma reforma tranquila, passada entre Coimbra BERTA DUARTE e o Espinhal! Qual quê! Quase de imediato se lança em novo projecto, com o mesmo entusiasmo e dedicação que sempre Tenho que recuar muito no tempo para relembrar as cir- o caracterizaram, na Direcção da Associação Mutualista A Previdência Portuguesa e avança com o projecto de abertura cunstâncias em que nos conhecemos! de uma Galeria de Arte.

Corria o ano de 1976.

Recordo, com grande nitidez, o dia de inauguração do Éramos, na altura, ambos caloiros na Faculdade de Letras, novo espaço, na rua de Dr. Manuel Rodrigues. Ninguém quis Curso de História.

Nunca mais perdemos o contacto. Quer através do Gru- faltar! O Dr. Mário Nunes partilhava, em euforia, com todos po de Arqueologia e Arte do Centro (GAAC) de que fomos os convidados e artistas, a felicidade daquele convívio, brindando ao êxito de muitas outras sócios, quer pela regular partiinaugurações, antecipando-lhes cipação em eventos em defesa idêntico sucesso. do Património e da Cultura, eram “Ninguém quis faltar! O Dr. Mário É assim que o recordo! frequentes os nossos encontros.

Nunes partilhava, em euforia, Sempre envolvido, sempre Quando, em finais de 2001, com todos os convidados e artistas, disponível, sempre amigo! passou a integrar o Executivo a felicidade daquele convívio” Municipal, com o Pelouro da Cul-

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Mário Nunes, um homem bom a merecer o reconhecimento de Coimbra Coimbra, o Clube da Comunicação Social de Coimbra e as “suas” associações do Espinhal, por quem nutria um natural carinho.

Com uma sólida formação adquirida não só nos bancos da vetusta Universidade de Coimbra, mas do trabalho quotidiano onde se desdobrava de uma forma acrobática entre as obrigações bancárias, os escritos e a participação activa na vida da sua cidade, com especial incidência nas áreas cultural e social, procurava sempre que a sua presença tivesse significado e o seu sorriso transmitisse BRAGA DA CRUZ confiança e estimulo aos que o rodeavam, sem nunca precisar de se colocar em “bicos dos pés”.

Incutia confiança sendo de expressão simples, afável e cuja paDizem que recordar é viver. Direi que em determinados momentos recordar é sofrer. É recordar momentos de difícil e complexa lavra era sagrada. Alguém em quem os amigos sabiam que podiam narração. É acender a imagem de alguém que inesperadamente se confiar pois nunca soube dizer não a uma causa que julgasse justa.

Por isso deduzimos que muito terá prejudicado a sua vida apagou, esfumou, desapareceu nesse lugar longínquo sem retorno.

Recordo hoje com um profundo sentimento de grande amizade familiar pois seria impensável não cumprir com um compromisso o Dr. Mário Nunes, com quem ao longo de muitos anos me habituei assumido, um convite que estivesse ou não escrito na sua agenda.

Sou testemunha de atitudes de grande nobreza e apego à lea conviver e a viver intensamente jornadas inolvidáveis e que se aldade, amizade, cumprimento dos materializavam através de fortes compromissos assumidos. amarras feitas de lealdade, afecto Deixou-nos só fisicamente, pois e entrega ao próximo. “[Mário Nunes] deixou-nos só fisicamente, continuo a evocar muitas vezes o seu Foi assim no seu Movimento pois continuo a evocar muitas vezes o seu nome como exemplo de alguém que Artístico de Coimbra (MAC). Foi nome como exemplo de alguém que tudo tudo deu a muitos sem nada lhes peassim, como homem da Cultura deu a muitos sem nada lhes pedir em troca” dir em troca. Nem mesmo na política da Câmara Municipal de Coimbra, onde também cumpriu, com grande onde as coisas do povo mais genuespírito de participação cívica, muito ínas (bandas, ranchos, teatro, etc) encontravam sempre um forte pilar de apoio. Foi como dirigente para além do que que lhe era exigível e donde saiu com a certeza associativo de diversas associações de que cito, porque me ocor- do dever cumprido e um certo sentimento de frustração pela obra re, os Bombeiros Voluntários de Coimbra, a Casa dos Pobres de inacabada por ditames incompreensíveis de ocultos interesses .

Profundamente humanista e conhecedor do movimento mutualista

CARLOS SALGUEIRAL*

presidência da Direcção d’A Previdência Portuguesa, partilhamos caminhos em projectos comuns, reforçando a opinião que tinha acerca da sua personalidade. Homem e cidadão de convicções, solidário e de grande dedicação às causas em que se envolvia.

Estávamos envolvidos em novo projecto mutualista, participando activamente com empenhamento e entusiasmo, tendo assumido a presidência da Mesa da Assembleia Geral em representação d’A Previdência Portuguesa.

Fica a mágoa de ter terminado ao fim de três meses e com a convicção de que o Dr. Mário Nunes deixa um vasto legado cultural, solidário, humanista nas gentes que o conheceram.

Eu tive esse privilégio!

Bem Haja.

Conheci o Dr. Mário Nunes através do Boletim d’A Previdência Portuguesa, onde era responsável e colaborador da Associação.

Desde logo percebi que estava perante uma personalidade profundamente humanista, conhecedor do movimento mutualista e de uma intensa participação no movimento associativo cultural da sua região, sendo reconhecido o mérito com “Homem e cidadão de convicções, a eleição para a vereação do Município solidário e de grande dedicação de Coimbra. às causas em que se envolvia” Mais tarde, após ter assumido a

(*) Presidente do Conselho de Administração da RedeMut – Associação Portuguesa de Mutualidades

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