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INFLAMATÓRIOS E ANTI-INFLAMATÓRIOS

Entenda as classificações desses alimentos

Frequentemente usado para falar sobre medicações, o termo anti-inflamatório também pode estar relacionado aos alimentos. Sim, existem alimentos que são capazes de evitar a inflamação das células e, assim, atuam na redução da produção de substâncias no corpo que estimulam essa ação. Por outro lado, também existem aqueles que aceleram esse processo. Mas o que caracteriza o processo inflamatório? A inflamação é uma reação do organismo a uma infecção ou lesão dos tecidos ou órgãos, causadas por diversas doenças. E quando se trata de degenerativas ou próprias do envelhecimento, essa inflamação pode ter aliados tanto para o bem, quanto para o mal.

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Um estudo da revista “Time” revela que uma resposta inflamatória crônica do corpo pode causar danos a células, tecidos e órgãos saudáveis e, posteriormente, acarretar danos no DNA e o desenvolvimento de doenças crônicas. Por isso, buscar mudanças no equilíbrio da dieta e nos hábitos são formas eficazes de reduzir e até mesmo remover os gatilhos da inflamação. De acordo com a médica cardiologista com formação em Lifestyle Medicine pela Universidade de Harvard, Danielle Salaorni de Resende, fundadora do Instituto Ellos de Medicina, existem diversos alimentos anti-inflamatórios que são bem-vindos na dieta. Entenda!

Danielle Salaorni de Resende

Fotos: Divulgação

O que é a inflamação?

Considerado um mecanismo de defesa do corpo, a inflamação estimula o sistema imunológico a reconhecer e remover estímulos prejudiciais, além de iniciar um processo de cicatrização no organismo. Dentre os fatores que podem desencadear a inflamação estão: causas não tratadas de inflamação agudar (infecção ou lesão) e exposição a longo prazo a substâncias irritantes e hábitos de vida prejudiciais, como fumo, obesidade, sedentarismo, estresse e sono não reparador.

Alimentos anti-inflamatórios

Os alimentos anti-inflamatórios são capazes, justamente, de minimizar alguns desequilíbrios que ocorrem no organismo e são provocados por estes processos. Segundo a médica, existem cinco potentes antiinflamatórios que podem e devem entrar no cardápio do dia a dia. Anote: 1 - Frutas vermelhas Além de super saborosas, frutas como morango, amora e framboesa são ricas em antioxidantes, conhecidos como antocianinas, que têm efeitos anti-inflamatórios e podem reduzir o risco de doenças crônicas e manter o sistema imunológico funcionando corretamente.

2 - Gengibre Essa raiz é poderosa e indicada para atuar em diversas frentes da saúde e do bem-estar. Os xaropes, por exemplo, em sua maioria levam o gengibre na composição. Além de aliviar dores decorrentes da artrite, dores musculares, infecções do trato respiratório, tosse, asma e bronquite, ele estimula olfato e paladar, o que contribui com a diminuição do consumo de sal e possui efeito diurético.

Fotos: Divulgação 3 - Peixes ricos em ômega-3 Outro poderoso anti-inflamatório natural é o ômega-3, presente em peixes como o salmão. Além de reduzir a inflamação crônica, que pode contribuir com doenças cardíacas, câncer e várias outras doenças, o ômega-3 também ajuda a prevenir ou contrariar a arritmia cardíaca, além de ser antitrombótico, antiaterosclerótico e reduzir os níveis de triglicerídeos e colesterol. 4 - Cúrcuma Outro aliado da ação anti-inflamatória é a cúrcuma, conhecida também como açafrão-da-terra. Além dessa propriedade, a planta herbácea da família do gengibre também tem poder e antioxidante, antibacteriano e digestivo. A curcumina, ingredien-

5 - Própolis Esse material produzido cuidadosamente pelas abelhas, a partir da sua própria cera e de resinas de diferentes plantas, é usado desde o Egito antigo como antisséptico, em especial, na cicatrização de ferimentos. E sim, sempre teve ótimos resultados. Isso porque a própolis possui um alto poder antioxidante. Ela também contribui para regular o sistema imune e tem efeito antimicrobiano. A própolis vermelha, por exemplo, encontrada com mais facilidade no Nordeste, é rica em componentes anti-inflamatórios e pode ser consumida em

forma de extrato ou cápsula diariamente. te ativo presente no açafrão, é quem dá esse caráter anti-inflamatório e preventivo ao câncer. Para incluir na dieta, prefira o pó da sua raiz para temperar comidas ou suas folhas também podem ser utilizadas no preparo de chás.

Alimentos inflamatórios

Por outro lado, existem aqueles que você pode evitar. De acordo com a médica de estilo de vida, o ideal é manter uma dieta o mais natural possível e evitar alimentos ultraprocessados, fritos, excesso de carne vermelha, embutidos e açúcar refinado.

SAÚDE ALIMENTAÇÃO E DEPRESSÃO

Como a refeição certa pode te ajudar

Estima-se que, na América Latina, 24 milhões de pessoas sofrem com a depressão, segundo dados do Ministério da Saúde. A redação da revista Campinas Cafe conversou com a nutricionista do Hospital e Maternidade Fotos: Sofia Garza no PEXELS Santa Tereza, Karina de Carvalho Ferrero, para saber mais. “Certos alimentos podem ajudar a produzir mais serotonina, o que aumenta o bom humor e ajuda no combate da depressão”, explica. Cereais integrais - Milho, trigo e arroz ajudam a produzir serotonina, além de conferir energia ao organismo. A proteína do milho, chamada de zeína, atua no sistema nervoso, evitando a depressão.

Espinafre - Conhecido como fonte de inúmeros nutrientes, como folato, betacaroteno, vitaminas A e C, potássio, cálcio e ferro, o espinafre atua para o bom funcionamento do cérebro e do sistema nervoso. Também concentra magnésio, que atua na estabilização do metabolismo cerebral, ajudando a modular o humor.

Frutas vermelhas - Poderosas como antioxidante, as amoras, morangos e cerejas são ricas em antocianidina, responsáveis por defender o organismo contra os ataques dos radicais livres, e modular o humor. Além disso, são ricas em vitamina B6, que ajuda a regular o ânimo.

Peixes - Salmão, sardinha e atum são exemplos de peixes com ômega-3, gordura de ação anti-inflamatória. Chá-verde - Contém antioxidantes, como polifenóis e catequinas, que ajudam a reduzir o estresse e diminuem os radicais livres no cérebro. Apesar dos benefícios, doses exageradas podem favorecer irritabilidade e ansiedade, por conter cafeína, uma substância estimulante.

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