ENTREVISTA -
OSVALDO FLEITAS CENTURION, PRESIDENTE DO SIMME
EDIÇÃO 13 | AGSOTO 2013 | R$ 10,00
Na Internet
Região Sul
Dourados rumo ao desenvolvimento Prefeito Murilo Zauith investiu em 2013 mais de R$700 milhões em obras e ações.
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Audiência discute sucroenergia
Um rumo para o combústivel brasileiro
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Balanço da 21ª edição da Fenasucro
ÍNDICE Capa - Região Sul
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Dourados rumo ao desenvolvimento industrial
André Bento
AGOSTO 2013 REGIONAL
25 Audiência discute sucroenergia ESPECIAL
38 Um rumo para o combústivel
6 EDITORIAL 7 ESPAÇO DO LEITOR 29 CANA EM FOCO 50 CANA NET
brasileiro
40 Novo reajuste da gasolina e diesel cada vez mais perto de ser efetivado
42 Devo consumir Etanol? AGROBUSINESS
46 21ª Edição da Fenasucro movimentou
INOVAÇÃO & TECNOLOGIA
08 Gás Xisto verdade ou consequência? 22 Setor sucroenergético ganha primeiro espaço Coworking
TRABALHO & EMPREGO
12 Sistema Fiems investe na qualificação profissional
mais de R$ 2 Bilhões em negócios
ENTREVISTA
20 Simme aposta no crescimento da categoria - Osvaldo Fleitas Centurion, Presidente do Simme
LAVOURA & INDÚSTRIA
16 Educação Ambiental na agricultura famíliar
OPINIÃO
30 Os índios querem produzir? A custa de quem?
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EDITORIAL
Investimentos refletem um setor forte!
I
niciando seu segundo ano, a revista Cana S.A. aposta e acredita no desenvolvimento da região, através de um setor cada vez mais forte e potente. O segmento trouxe políticas colaborativas não só para o crescimento regional, mas para um avanço nacional das atividades agroeconômicas. No mês de agosto tivemos audiências que discutiram as condições sociais e ambientais da cana, do açúcar e do bicombustível, Iinvestimentos de R$ 11 bilhões na ampliação da ferrovia EF-267 e R$ 3,6 bilhões no programa MS Forte 2. Programas diversos como o Senai, que oferece capacitações profissionais voltadas as demandas das insdústrias do estado de MS, e a Ecycle que trás os estudos sobre fertilizantes nitrogenados na produção de álcool, além dos estudos da ANP sobre as possibilidades do uso do gás xisto com fonte de energia renovável. Apresentaremos também o Programa de Educação Ambiental (PEAAF) baseado em ações educativas que buscam a construção coletiva de estratégias para o enfrentamento da problemática sócio ambiental rural. Que tal um novo espaço de trabalho compartilhado, networking e sustentável? A dinâmica do mundo corporativo atual e os novos perfis de profissionais pedem inovações a todo o momento, inclusive no ambiente de trabalho, conheça o COWORKING. Entrando no mundo das grandes feiras vamos conhecer a maior feira agrobussines de São Paulo, a Fenasucro. Esta edição é uma prévia da sétima edição do Canasul, através da posse do presidente do Sindicato das Indústrias Metal mecânicas e de Material Elétrico da Região da Grande Dourados (Simme), Osvaldo Fleitas Centurion entrevistado desta edição. Além de trazer o prefeito de Dourados, Murilo Zauith (PSB) contando um pouco da sua trajetória, com uma administração transparente, responsável e que respeite as pessoas, mostrando que é possível acreditar no trabalho do poder público. A Cana S.A. quer um leitor satisfeito com as inovações do segmento. Boa Leitura! Junior Cordeiros Redator-chefe Revista Cana S.A.
Edição nº 13, agosto de 2013 www.canaldacana.com.br Cana S.A. é uma publicação do Canal da Cana Jornais e Revistas Ltda-ME CNPJ: 10.939.324/0001-43 Inscrição estadual: Isenta Inscr. municipal: 137.361.000 Tiragem: 5 mil exemplares Circulação: Bancas, Mailing List Vip e Feiras. Diretor-Executivo Wilson Nascimento wilson.nascimento@canaldacana.com.br
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Espaço do leitor Edição Anterior
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“
A Revista Cana S.A potencializa e dissemina importantes informações do agronegócio e do setor sucroenergético, principalmente sobre o Estado de Mato Grosso do Sul, onde o segmento é forte e impulsionador da economia local e nacional. Os conteúdos expostos contribuem tanto com empresários do setor, como para trabalhadores, interessados e população em geral. Apesar de temas específicos, o veículo é interessante para qualquer leitor que queira adquirir conhecimento. Parabéns e sucesso para a revista e seus colaboradores! Marcele Aroca - Jornalista Campo Grande - MS
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INOVAÇÃO & TECNOLOGIA
Gás Xisto Verdade ou Consequência?
O
xisto é uma camada de mineral situada a três ou quatro quilômetros abaixo da superfície do solo, onde se encontra gás aprisionado. Para libertar este gás é necessário “fraturar” o xisto, o que é feito por meio de explosões com o uso de substâncias químicas e jatos de água a alta pressão ocasionando a subida do gás. Esse tipo de gás não convencional extraído do xisto, o shale gás mudou nos últimos anos a matriz está localizada nos Estados Unidos e dá os primeiros passos no Brasil. Levantamento da consultoria KPMG mostra que o País tem potencial para ser o segundo maior produtor nas Américas deste recurso abundante e barato, mas com risco ambiental. O estudo ressalva ter havido até agora pouco investimento nesta técnica de exploração no Brasil, mas as empresas já 8 10
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se debruçam sobre o tema e a Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) estuda uma regulação para o setor. Apesar de ser relativamente barato, o shale gás tem uma extração extremamente polêmica. Teme-se que o processo de fraturamento hidráulico da rocha, necessário para a retirada do gás não convencional, possa gerar contaminação do lençol freático e até provocar terremotos. “A energia do xisto é um desafio enorme para todas as energias renováveis do mundo, e não apenas para Brasil e o etanol. E também grande ameaça para o mundo”, sintetiza Beth Farina presidente da Unica (União da Indústria da Cana-de-açúcar). Segundo o engenheiro Márcio Zimmermann, secretário executivo do Ministério de Minas e Energia,
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explica que o Brasil tem um plano bem definido voltado às fontes limpas. Prevê-se o crescimento da atual produção do etanol para o patamar de quase 70 milhões de litros de etanol. Isso é praticamente três vezes a atual produção. Isso significa que os produtos da cana vão continuar dando participação renovável à matriz. A oferta vai triplicar. As principais áreas de exploração no País são as bacias do São Francisco, Parnaíba, dos Parecis, do Paraná e o Recôncavo Baiano. Nessas áreas, segundo ele, o gás pode ser utilizado para produção de energia ou, conforme a viabilidade pode ser transportado via gasoduto. Os órgãos internacionais fazem estimativas promissoras sobre essa fonte energética. Seria como multiplicar por 15 vezes as reservas atuais. Junior Cordeiros
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TRABALHO & EMPREGO
Sistema Fiems investe na qualificação profissional
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O investimento foi aplicado em todos os setores produtivos de Mato Grosso do Sul
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o mês de agosto, o Serviço N a c i o n a l da Indústria (Senai) ofereceu às indústrias oportunidade de sugerir demandas de qualificações profissionais das quais necessitavam e que seriam disponibilizadas por meio do projeto Aprendizes Industriais, oferecidos nos municípios de Campo Grande, Dourados, Ivinhema, Naviraí, Nova Alvorada do Sul, Nova Andradina, Sidrolândia e Três Lagoas. No total serão oferecidos nove cursos gratuitos nas
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seguintes áreas de atuação: assistente administrativo industrial, assistente de produção industrial, assistente de controle de qualidade, confeccionador industrial de calçados, eletricista de manutenção industrial, mecânico de manutenção industrial, mecânico de manutenção de máquinas agrícolas, operador de processos na indústria sucroenergética e operador de telemarketing. Segundo o diretor-regional do Senai, Jesner Escandolhero, o processo seletivo foi destinado exclusivamente para
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atender as necessidades das empresas contribuintes quanto à admissão de aprendizes industriais, em conformidade com os dispositivos legais vigentes. “As indústrias tem a opção de delegar ao Senai a inscrição de candidatos para a seleção de aprendizes, de acordo com a quantidade de vagas por elas indicadas e cursos pretendidos, e elas se comprometem a admiti-los posteriormente”, informou. Após o período de recebimento das demandas de empresas participantes, o Senai abriu o período de inscrições (29 de agosto) para
os candidatos da comunidade em geral, participarem da seleção de aprendizes. As provas serão realizadas entre 9 e 11 de setembro, mediante acesso ao mesmo endereço eletrônico. O candidato que optar pela realização da prova no dia 11 de setembro, por exemplo, terá até as 20h (horário local) para acessar o link e dar início ao exame. As listas com os nomes dos candidatos aprovados serão afixadas nas unidades do Senai e também divulgadas pela Internet no dia 16 de setembro. Os aprovados terão de 16 a 20 de setembro para realizar a matricula das 7h30 às 11h e das 13h30 às 17h. As aulas terão início no dia 23 de setembro. Cursos à Distância – Atuando também na habilitação profissional técnica de nível médio, na modalidade à distância, o Senai disponibilizou em agosto, inscrições para três cursos: automação industrial, logística e segurança do trabalho, com 1.190 vagas distribuídas nas cidades de Campo Grande, Corumbá, Dourados, Naviraí, Nova Alvorada do Sul, Sidrolândia e Três Lagoas. No curso de automação industrial foram oferecidas 365 vagas, sendo 160 em Campo Grande, 105 em Dourados e 100 em Naviraí.
Já o curso de Logística disponibilizou 260 vagas, das quais 160 em Campo Grande e 100 em Corumbá. E as outras
profissional para ingressar no mercado de trabalho do setor industrial. “Apesar de os cursos serem à distância, os alunos terão de participar de aulas presenciais obrigatórias aos sábados”, informou, completando que as provas serão online e devem ser agendadas no ato da inscrição para os períodos de 2 a 5 de setembro. “A divulgação dos resultados será no dia 9 de setembro”, reforçou. O período de matrículas dos aprovados em 1ª chamada no processo seletivo unificado de cursos de habilitação educação profissional técnica de nível médio, na modalidade à distância, será de 9 a 11 de setembro, enquanto para os aprovados em 2ª chamada será nos dias 12 e 13 de setembro. “As aulas terão início no dia 21 de setembro
O Senai tem se preocupado em oferecer capacitações profissionais voltadas as demandas das insdústrias do estado de MS 493 vagas foram direcionadas para o curso de segurança do trabalho. Com 160 vagas para Campo Grande, 105 para Dourados, 100 para Três lagoas, 80 em Sidrolândia e 40 em Nova Alvorada do Sul. Segundo a coordenadora do NEAD (Núcleo de Educação a Distância) do Senai, Maise Rodrigues Sá Giacomeli, a formação técnica tem duração de até 2 anos e oferece conhecimentos teóricos e práticos para preparar o
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com a realização de uma certificou 939 estudantes em aula inaugural presencial”, 11 cursos do Senai: costureiro destacou a coordenadora do industrial, eletricista predial NEAD do Senai, informando de baixa tensão, encanador, que o material didático será instalador de forro PVC, disponibilizado por meio instalador de linhas e de tablets a serem entregues, sem custo, Os interessados terão até o aos alunos no início dia 8 de setembro para fazer dos respectivos cursos. a inscrição, exclusivamente pela Ampliação no Internet, por meio do endereço atendimento – No último dia 23 agosto, eletrônico www.psu.ms.senai.br. o Senai promoveu a formatura de 1.452 alunos do Ação Fiems Campo equipamentos telefônicos, Grande. O programa leva mecânico de manutenção cursos gratuitos de inclusão em motocicletas, mecânico digital do Sesi e de qualificação de motores de automóveis, profissional aos bairros da montador de móveis, operador Capital. O evento realizado de máquina de corte, pedreiro no Centro de Convenções e e pinto de obras. Pelo Sesi, 513 Exposições Albano Franco jovens receberam certificação Divulgação
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em dois cursos: informática básica e avançada. Segundo o coordenador do Ação Fiems Campo Grande, Artur Quintella, de janeiro a julho deste ano, o Programa já recebeu 3.479 matrículas, das quais 2.436 em cursos do Senai e 1.043 em cursos do Sesi. “A nossa meta é encerrar o ano com 7.500 matrículas em 19 cursos do Sesi e Senai distribuídos por 6 regiões de Campo Grande – Imbirussu, Segredo, Lagoa, Anhanduizinho, Prosa e Bandeira”, informou, completando que desde a criação do Ação Fiems até julho deste ano já foram beneficiados 8.713 pessoas em 20 cursos. Aline Oliveira
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LAVOURA & INDÚSTRIA
Educação Ambiental na Agricultura Familiar
B
aseado em ações educativas, que buscam a construção coletiva de estratégias para o enfrentamento da problemática socioambiental rural o PEAAF é um Programa de Educação Ambiental elaborado especificamente para o público envolvido com a agricultura familiar. Nascido dos movimentos de agricultores familiares, o PEAAF mostrou a necessidade da Educação Ambiental no contexto rural, e se consolidou através do conjunto de instituições governamentais e não-governamentais ligadas a essa temática, com vistas à adoção de práticas sustentáveis na agricultura familiar e no manejo dos territórios rurais O PEAAF é nada mais que a materialização da contribuição da Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA) com a demanda socioambiental, que vem para colaborar com um conjunto de ações que o Governo Federal programa para melhorar a qualidade de vida no campo. O programa tem como foco, Agricultores e agricultoras familiares, jovens, adultos e idosos; Assentados e acampados da reforma agrária; Comunidades tradicionais, extrativistas e pescadores; Membros de sindicatos, cooperativas e organizações; Movimentos sociais do campo; Agentes de ATER; Professores e estudantes de instituições de ensino superior e educação básica; Membros de conselhos, comissões e colegiados públicos. A produção sustentável, muitas vezes 16
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em bases agroecológicas, é orientadora das transformações almejadas. E para que essa transição se torne realidade, é imprescindível o trabalho articulado entre os órgãos e entidades da administração pública e as organizações da sociedade civil para o fomento de processos educativos que estimule “o fortalecimento de uma consciência crítica sobre a problemática ambiental e social”, tal como preconiza a Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA). Ao assumir esse objetivo da PNEA, o PEEAF busca suprir a necessidade de formação, capacitação, comunicação e mobilização social dos sujeitos e organizações envolvidas com a agricultura familiar e o desenvolvimento rural sustentável.
Importância da Ação No Brasil, o modelo de desenvolvimento rural predominante ainda é baseado no uso extensivo de terras; na monocultura; na exportação; no uso intensivo de máquinas, adubos químicos e agrotóxicos; no poder
de grandes empresas sobre a produção e distribuição de sementes e a manipulação de recursos genéticos; no emprego de mão de obra com baixa capacitação, remuneração e, muitas vezes, precárias condições de trabalho.
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Essa situação é agravada pela forma de inserção dos agricultores familiares na economia de mercado, pela ação de grande parte da mídia e de instituições de ensino e extensão rural que ainda consideram esse padrão de produção como a solução capaz de enfrentar a fome no mundo. As políticas agrícola e fundiária ainda enfrentam dificuldades para efetivar mudanças significativas nesse contexto produtivo que, na maioria das situações, é insustentável tanto no campo ambiental como nas relações de trabalho. Esse quadro não permite o acesso de todos aos bens comuns, gerando insegurança alimentar e levando a dificuldades econômicas que corroboram
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para êxodo das famílias de agricultores no campo, especialmente os jovens. Segundo dados do último Censo Agropecuário (2006), a agricultura familiar - com 4.367.902 estabelecimentos e 12,3 milhões de pessoas vinculadas - representa 84,4% dos estabelecimentos rurais brasileiros e ocupa 24,3% das áreas agrícolas, respondendo por 74,4% da mão de obra. Parcela significativa dos alimentos que chegam à mesa dos brasileiros - 86,7% da mandioca; 70,0% do feijão; 59,04% dos suínos; 58,16% do leite; 50,01% das aves; 45,94% do milho; 38,31% do café; 33,97% do arroz; 30,30% dos bovinos, 21,23% do trigo e 15,73% da soja, conforme visualizado no gráfico abaixo.
O gráfico ao lado compara a agricultura familiar e não familiar, nos critérios referentes ao número de estabelecimentos rurais, ocupação de mão de obra, receita obtida e área ocupada. Esses dados revelam a concentração de terras e de receita existente. Junior Cordeiros Gráficos de divulgação
Diretrizes: 1) Adotar a agroecologia, o agroextrativismo, os sistemas agroflorestais e demais práticas produtivas sustentáveis como referências para uma economia rural mais integrada, envolvendo a produção agrosilvopastoril e a recuperação de áreas de Preservação Permanente (APPs), Reservas Legais e outras áreas degradadas, difundindo o uso de tecnologias sociais no âmbito da agricultura familiar;
de educação ambiental não-formal em projetos e políticas públicas voltadas para o desenvolvimento rural e inserindo os espaços formais de educação nos processos pedagógicos a serem propostos;
5) Garantir o diálogo intergeracional e o equilíbrio de gênero nas ações do Programa, buscando fortalecer as pautas dos movimentos sociais de juventude e de mulheres do campo e trabalhar questões geracionais e de gênero nas 2) Articular órgãos e entidades governamentais políticas públicas de meio ambiente, educação e e organizações da sociedade civil relacionadas às desenvolvimento rural; pautas do desenvolvimento rural, meio ambiente e educação, para promover ações integradas e em 6) Incorporar às suas ações as estratégias, rede; programas, plano e políticas traçados para temas correlatos, como mudanças climáticas, 3) Promover a reflexão crítica sobre as atuais conservação da biodiversidade, conservação de articulações campo-cidade, e entre as dimensões solo e água, segurança alimentar, saneamento, local e global, favorecendo dinâmicas de resíduos sólidos, alternativas ao uso de agrotóxicos; corresponsabilidade e solidariedade; educação do campo, assistência técnica, produção e consumo sustentável. 4) Articular a educação ambiental em seu caráter formal e não-formal, incorporando o componente
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ECONOMIA & MERCADO ENTREVISTA OSVALDO FLEITAS CENTURION, PRESIDENTE DO SIMME
Simme aposta no crescimento da categoria Presidente do Simme afirma que objetivo do sindicato é fortalecer o setor e ampliar as parcerias.
N
o, dia 5 de agosto, por ocasião do lançamento do 7º Canasul e 3º Agrometal, no centro de exposições em Dourados, foi realizada a posse do presidente do Sindicato das Indústrias Metalmecânicas e de Material Elétrico da Região da Grande Dourados (Simme), Osvaldo Fleitas Centurion. O empresário campo-grandense se estabeleceu na cidade desde 1976 e é proprietário de uma empresa que atua no segmento de retifica de motores desde 1990 (Bras-Soldas). Segundo Centurion, a empresa familiar começou as atividades na recuperação de peças de motores, mas analisando a demanda por serviços de retificação, passou a oferecer também esta opção. Na entrevista concedida a revista Cana S.A., o presidente do Simme fala sobre metas do sindicato e o desenvolvimento do setor na região sul do Estado. 20
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Revista Cana S.A. : Quando foi criado o sindicato e com que objetivo? Osvaldo Centurion: O Simme está em funcionamento há 22 anos e tem a missão de proteger os empresários do setor, oferecendo amparo legal. Assumi esta gestão para o triênio 2013 a 2016 e o objetivo de nossa diretoria é fortalecer a categoria e procurar parcerias e envolvimento com outras entidades, como a Prefeitura e a Fiems. Revista Cana S.A.: Enquanto empresário como o senhor avalia o crescimento do setor sucroalcooleiro?
pode ser estimulado? Osvaldo Centurion: São animadoras, porém temos que oferecer estímulo aos empresários. Na forma de parcerias importantes como o Sistema S, que oferece excelentes cursos técnicos e gratuitos para formação de mão de obra especializada. O setor sucroalcooleiro vive um “boom” na atualidade, mas temos que ter cautela em atender algumas empresas porque o setor também passa por algumas dificuldades, seja pelo momento econômico ou por causa do clima, com as fortes geadas ocorridas este ano. Observamos que muitos empresários têm encontrado dificuldade em honrar seus compromissos em razão dos prejuízos, aumentando assim a inadimplência. Revista Cana S.A.:Como estão os preparativos do sindicato para participar no 7º Canasul e 3º Agrometal? Osvaldo Centurion: Em relação ao Canasul estamos fazendo uma parceria com a Prefeitura, Fiems e Banco do Brasil a fim de realizarmos um evento grandioso em todo Estado e os convidados de outras regiões brasileiras.
Osvaldo Centurion: O setor está em franco desenvolvimento em Mato Grosso do Sul, mesmo passando por inúmeras dificuldades que vão desde a falta de mão de obra especializada, altas cargas tributárias até um alto número de inadimplência. No entanto, acredito que devido ao fortalecimento do mercado sucroalcooleiro, teremos um crescimento significativo, já que precisamos de todos os tipos de serviços, em função da grande frota de tratores e caminhões que as usinas possuem. Revista Cana S.A. : Quais as perspectivas de crescimento para o setor? E de que forma
Revista Cana S.A. : O senhor conta com novos projetos em fase de elaboração ou desenvolvimento no sindicato? Osvaldo Centurion: Estamos investindo em um projeto estratégico para apresentar aos associados, dando ênfase as propostas que objetivem inovar o setor de metalmecânica. Atualmente contamos com 42 empresas filiadas, apesar de termos mais de 80 estabelecimentos em operação na região. Por isso, pretendemos desenvolver ações para atrair mais associados, como o trabalho de conscientização nas cidades próximas de Dourados. Outra ação do sindicato será de contribuir na consolidação do projeto de implantação do polo de serviços no setor sucroenergético, cujo objetivo é transformar a cidade no centro de manutenção industrial do Estado. Acredito que essa iniciativa da Prefeitura de Dourados irá alavancar a demanda de serviços oferecidos pelas indústrias de metalmecânica. Aline Oliveira AGOSTO 2013 | CANA S.A. | A energia da informação
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INOVAÇÃO & TECNOLOGIA
Setor sucroenergético ganha primeiro espaço de Coworking Divulgação
Espaço de trabalho compartilhado favorece networking e é sustentável
J
á imaginou diversos profissionais, de empresas diferentes do ramo sucroenergético, trabalhando em um mesmo escritório? Foi pensando na sinergia que esse local de trabalho compartilhado, ou coworking, traria, que a empresária Adriana Silva desenvolveu o CanaTec Coworking. O local, projetado para receber mais de 80 pessoas durante o mês, tem foco em toda a cadeia produtiva do setor sucroenergético. “Qualquer um que cansou do isolamento e precise de um espaço profissional para trabalhar e tenha sinergia com 22 36
esse assunto é bem-vindo”, explica Adriana. O novo modelo de escritório se adequou perfeitamente para a doutora em Energia na Agricultura e professora da UNIMEP (Universidade Metodista de Piracicaba) Taís Lacerda, que sentia a necessidade de ter um ambiente para desenvolver seus trabalhos em consultoria, mas sem investir em uma sala comercial individual. “Aqui tenho toda a facilidade de um escritório completo a um preço acessível e ainda potencializo meu trabalho interagindo com outros coworkers”, como são chamados os novos colegas de
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escritório. Segundo dados do CCAS – Conselho Científico para Agricultura Sustentável, o agronegócio brasileiro é responsável por quase 25% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional, por 33% dos empregos e 36% das exportações. “Dentro deste cenário, o setor sucroenergético, está em expansão, inclusive com recentes incentivos por parte do governo. É uma área de constante pesquisa e inovação, o que justifica o crescimento de serviços voltados para o segmento”, comenta Adriana.
TENDÊNCIA DE MERCADO A dinâmica do mundo corporativo atual e os novos perfis de profissionais pedem inovações a todo o momento, inclusive no ambiente de trabalho. Por isso, os espaços de trabalho compartilhados, ou coworkings, dobram a cada ano. Segundo a pesquisa do site Movebla (2012), já são 1779 ambientes nesse sentido no mundo todo. No Brasil, já são cerca de 70 espaços ativos. Segundo a diretora da KDP Kepler, consultoria em treinamento e desenvolvimento, Paula Falcão, essa é uma tendência de mercado. “Aqui em São Paulo conheço algumas iniciativas nesse sentido e elas vêm sendo cada vez mais representativas também para empreendedores que querem trabalhar com essa possibilidade de troca de ideias e experiências”, comenta. Já para Michelle da Rosa Lopes, Professora no curso de Administração da Universidade AnhangueraUniderp, muitas empresas também têm se beneficiado desse modelo de trabalho. “Muitas vezes a empresa precisa manter um funcionário em home office, ou em outra cidade e prefere o investimento em um espaço de coworking que sai muito mais barato do que montar um escritório para eles”.
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RELACIONAMENTO E NEGÓCIOS Além da flexibilidade de contratos, a facilidade que o ambiente promove traz a interação entre vários profissionais e o networking de alto nível do setor. “Como estamos localizados em um dos principais polos de canade-açúcar do Centro Sul, não é difícil que essa sinergia entre os profissionais ajude inclusive no fechamento de novos negócios”, exemplifica Adriana. Segundo o site Coworking Brasil (2012), escritórios compartilhados são uma tendência mundial, uma vez que são sustentáveis, proporcionam economia financeira e promovem a troca de ideias entre diversos profissionais das mais diversas áreas. Para Taís, a oportunidade de obter troca de experiências com profissionais do setor, mas de empresas e segmentos diferentes pode contribuir e muito com seu dia-a-dia.
LANÇAMENTO O CanaTec – coworking foi lançado na quarta-feira, 14 de agosto, mas os interessados podem se inscrever pelo site http://www.canatec.com.br/. O valor de investimento é a partir de R$ 100,00. SOBRE A CANATEC COWORKING Criada em 2013, a CanaTec Coworking é um dos projetos da plataforma de negócios Biorrefinaria Brasil, e segue seu propósito de conectar para inovar. Seu principal objetivo é promover um ambiente de livre troca de ideias e oportunidades que agreguem valor à cadeia da cana-de-açúcar, bem como assegurar o bem estar de seus coworkers. Junior Cordeiros Fonte: Gabriela Amaral
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REGIONAL
Audiência discute sucroenergia
Junior Cordeiros
Mesa-redonda debate as condições sociais e ambientais no setor da cana
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fim de discutir a Sucroenergia com desenvolvimento sustentável e ético no Estado, foi realizada no dia 12 de agosto, uma audiência pública na Assembléia Legislativa proposta pelo Deputado Estadual Laerte Tetila. Em forma de mesa redonda, comandada pela ONG Açúcar Ético juntamente a Imasul (Instituto do Meio Ambiente de Dourados), reuniu diversas autoridades do seguimento, para melhorar as condições
sociais e ambientais no setor da cana, do açúcar e do bicombustível, estabelecendo uma relação sustentável dentro de uma economia globalizada. O Deputado Laerte Tetila alertou na visão de que a União precisar viabilizar espaços focando na produção e na sustentabilidade, onde as empresas privadas juntamente ao governo pensassem em maneiras de ajudar, sem deixar de lado o desenvolvimento das comunidades indígenas. A reunião defendeu a boa gestão das empresas na cadeia
da cana e a preocupação com as soluções, impactos sociais, ambientais, sem deixar de lado a situação das comunidades indígenas. O presidente da Biosul Roberto Hollanda afirmou que o Estado de MS tem sido olhado nacionalmente, pela conduta e por suas condições de solo, clima e mecanizações, que contribuem para elevar o padrão de vida da população. Junior Cordeiros
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CANA EM FOCO O 7º Canasul e 3ª Feira Agrometal O 7º Canasul e 3ª Feira Agrometal acontecem de 2 a 4 de outubro, no Pavilhão de Eventos Dom Teodardo Leitz, que fica na rua Coronel Ponciano, ao lado do Douradão. A área do pavilhão e uma estrutura móvel montada ao lado vão abrigar aproximadamente 60 estandes. O evento já é considerado um dos maiores do setor no Centro Oeste brasileiro. O congresso reúne grandes especialistas do setor sucroenergético em cursos, palestras, workshops e simpósios e a Agrometal é uma feira de máquinas, serviços e equipamentos para a indústria e o campo. 13ª Conf. Internacional Datagro Em sua 13ª edição, a Conferência terá como tema principal “Diversificação, Biotecnologia e Logística – na rota do futuro”. Composto por palestras de elevado teor técnico, ministradas pelos mais renomados especialistas brasileiros e internacionais do setor sucroenergético mundial. O principal objetivo da Conferência é reunir autoridades da indústria para debater perspectivas de mercado, planejamento estratégico, comércio internacional, produção e outras questões atuais dos segmentos de açúcar e etanol. A Conferência Internacional DATAGRO sobre Açúcar e Etanol acontece nos dias 21 e 22 de outubro de 2013, com início a partir das 14h00 do dia 21 de outubro no Grand Hyatt Hotel, em São Paulo. VIII SIMPEC O Simpósio de Pecuária de Corte será realizada durante os dias 24, 25 e 26 de outubro de 2013, em Lavras – MG. O tema central do evento será “A tecnologia a serviço da bovinocultura de corte”. Simultaneamente será desenvolvido o III Simpósio Internacional de Pecuária de Corte A fim de promover o intercambio entre os participantes, também trás a difusão de temas importantes para a bovinocultura de corte, dado os grandes desafios vividos pelo setor no cenário mundial, discutindo as alternativas tecnológicas para o setor produtivo, que possibilitem a condução de sistemas de produção animais tecnicamente viáveis, economicamente rentáveis, e lucrativos, além de ecologicamente sustentáveis.
II Simpósio Nacional de Biorrefinarias o II SNBr será realizado nos dias 24, 25 e 26 de setembro de 2013, no Centro de Convenções Brasil 21, em Brasília. O evento conta também com o apoio institucional da Internacional Union of Pure and Applied Chemistry (IUPAC), a Sociedade Ibero-americana para o Desenvolvimento das Biorrefinarias (Siadeb), a Associação Brasileira das Indústrias de Química Fina, Biotecnologia e suas Especialidades (Abifina), a Associação Brasileira da Indústria da Cana-deaçúcar (Unica) e o Conselho Regional de Química do Estado de São Paulo (CRQ IV Região).
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OPINIÃO
Os índios querem produzir?
À custa de quem?
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ltimamente temos visto inúmeras batalhas campais por terras no Brasil. Quem tem razão? Os índios ou os produtores? Muitos acreditam fielmente em discursos carregados de ideologia e poucas informações. Os aficionados gritam: “As terras são deles e não dos produtores”. Será que as nossas casas e terrenos um dia não foram de índios ou camponeses? E agora, devolvemos? Não entendemos como podemos simplesmente retirar terras hoje agricultáveis e transformálas em terras indígenas. Será que os índios não possuem grandes áreas? Se fizermos um simples exemplo com áreas que hoje no Brasil são destinadas aos indígenas, vemos que cada índio é dono de 200 hectares. Não seria o suficiente? Possuem tantos benefícios do governo! O respeito deve ser mutuo e não deve ter lado. Alguns dados mostram que as
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terras agricultáveis estão diminuindo ano a ano. E de fato estão! Se temos quase 300 milhões de terras agricultáveis, em poucos anos teremos no máximo 200 milhões. Para se ter uma ideia hoje temos mais de 60% do território do Brasil preservado. Até onde iremos com isso? Os discursos inflamados de que hoje um produtor deve preservar de 50% a 80% de sua área, sem receber nada por isso, inclusive pagar ao governo, é correto? Não dá mais para aceitar, já está na hora de uma bancada ruralista, de entidades do setor, dos produtores, das pessoas que vivem nos campos, todos se levantarem e exigir o que é de direito e respeito! Não podemos deixar que a situação fique semelhante a nossa vizinha Argentina. Imaginem se o produtor brasileiro acordasse, fizesse uma reserva de dividendos e parasse por pelo menos três meses? O que aconteceria? Certamente estes que hoje defendem o tudo pelo todo, iriam suplicar para que produzirmos alimentos. O fato é que muitos dizem para desapropriar terras antes compradas e registradas conforme a lei para que coloquemos índios e sem terras (MST) nestas propriedades. Para que? Para
continuar produzindo ou para ver muitos venderem e até mesmo arrendarem estas terras? Onde está o controle destes assentamentos? Acredito que muitos têm vontade de fazer o bem, mas muitos são oportunistas de carteirinha e se aproveitam da fragilidade do processo. Bom, de tudo isso temos que tirar alguma lição: nossos maiores heróis estão frágeis, sem segurança jurídica, acuados, poucos os defendem. Por mais erros que já tenham cometido, não podemos compactuar com essas barbaridades que estão ocorrendo em muitos locais do Brasil – de Norte a Sul. Uma nova onda deve ser vista por líderes do setor agro, talvez um novo tratoração, talvez uma greve no campo. Enfim, o que não podemos continuar vendo é injustiça sendo feita para quem sustenta o Brasil e ainda mantém este país sem fome! Líderes do agro: pensem nisso! O Brasil não é terra de índio, mas sim de todos os brasileiros.
melhores recursos para adoção de boas práticas agrícolas na agricultura. Por esse trabalho de cooperação e a constante busca por melhores técnicas, a ANDEF e suas associadas se encontram em lugar de destaque no meio rural e acadêmico. Seu pioneirismo, sua criatividade, seu ímpeto, possibilitam diversos e excelentes resultados ao empresário rural do Brasil: novas tecnologias, responsabilidade socioambiental, conhecimento, informação, produtos altamente eficazes e, acima de tudo, educação à família rural.
Por José Annes Marinho, Engenheiro Agrônomo, Gerente de Educação da Associação Nacional de Defesa Vegetal – Andef
Sobre a ANDEFedu A ANDEFedu é a área da ANDEF (Associação Nacional de Defesa Vegetal) destinada à educação, que se dedica a planejar, organizar, inovar, desenvolver novas formas de educar e levar a responsabilidade socioambiental e as boas práticas agrícolas aos campos brasileiros. Sua missão é atingir, incentivar e ser referência ao empresário rural, a pesquisadores e à sociedade brasileira, por meio de métodos que formem multiplicadores da sustentabilidade, visando a uma agricultura forte e sustentável para o país. Para isso, a ANDEFedu produz há mais de 39 anos conhecimento técnico-científico e
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CAPA
Dourados rumo ao desenvolvimento Industrial Divulgação
Desde o início de 2013, a Prefeitura de Dourados já investiu R$ 700 milhões em obras de infraestrutura e ações sociais
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município de D o u r a d o s , localizado a 220 km de Campo Grande, no sul do Estado de Mato Grosso do Sul completa este ano 78 anos de emancipação política e conta com uma história marcada pela guerra do Paraguai e a existência de importantes comunidades indígenas brasileiras. 32
Além destes pontos peculiares, a cidade recebeu um grande número de imigrantes brasileiros e estrangeiros que se dedicaram a agricultura, setor que inicialmente deu destaque a região. No entanto, de lá para cá o crescimento tem sido continuo com a instalação de empresas, crescimento na prestação de serviços e mais recentemente se tornando um importante polo do setor
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sucroalcooleiro do Estado. O prefeito de Dourados, Murilo Zauith (PSB) está em seu segundo mandato, porém possui uma longa trajetória com a população já que foi deputado estadual por dois mandatos, deputado federal e vice-governador de Mato Grosso do Sul. Já naquela época, o chefe do Executivo municipal sempre trabalhou para angariar recursos
que foram aplicados em saneamento básico, construção de escolas e praças, duplicação e melhorias de rodovias e infraestrutura da segurança pública. No dia 23 de agosto, Zauith completou dois anos e meio de administração e ressaltou que tem como objetivo promover uma administração transparente, responsável e que respeite as pessoas, mostrando que é possível acreditar no trabalho do poder público. “Estamos trabalhando pelo desenvolvimento do município e queremos a participação da população. Nossa intenção é mostrar que a vida está melhorando, que todos estão crescendo como seres humanos e profissionais, com acesso a oportunidades de trabalho e renda, consolidando suas vidas com os projetos desenvolvidos por nossa administração”, analisou. Infraestrutura A prefeitura de Dourados investiu no início de 2013 mais de R$ 70 milhões em obras de infraestrutura e uma das prioridades da administração diz respeito a pavimentação asfáltica. “Nosso objetivo é terminar o mandato com 100% da cidade asfaltada. Além disso, estão previstas a construção de nove Centros
de Educação Infantil (Ceinf) para acabar com o problema das famílias que hoje não tem onde deixar os filhos para trabalhar”, destacou o prefeito. No setor de habitação foi identificado pela administração um déficit de 10 mil pessoas inscritas esperando para adquirir uma casa própria. Zauith detalhou que desde o primeiro mandato iniciado em 2011 já foram entregues duas mil moradias e no planejamento atual, entre habitações construções e contratadas pretende atingir a marca de cinco mil unidades habitacionais entregues aos moradores. “Com estes números esperamos atender o desejo das pessoas que aguardam a oportunidade de adquirir o imóvel próprio”, afirmou. Desenvolvimento local – Outro foco da administração pública diz respeito ao desenvolvimento local do município e a prefeitura anunciou no mês de agosto, a elaboração do plano de perfil
socioeconômico de Dourados (versão 2012/2013) em parceria com Instituto Pesquisa Fecomércio de Mato Grosso do Sul (IPF), Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), Centro Universitário da Grande Dourados (Unigran), Anhanguera/Uniderp, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), Embrapa Agropecuária Oeste e Sebrae/MS. Cabe destacar que o perfil é um instrumento de consulta importante para o planejamento público e privado do município, facilitando análise das empresas que estudam investir em Dourados. A prefeitura ficará responsável pela formatação, criação, diagramação e editoração do material que será disponibilizado em DVD. “Dourados é uma cidade prestadora de serviços por excelência, na área de saúde, educação e, além disso, conta com um comércio
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CAPA atacadista e varejista que atende todo o cone sul do Estado, fazendo com que aqui seja um grande empório da região. Aliado a isso, temos os serviços do setor rural e industrial e temos trabalhado arduamente para que a cidade seja o maior e melhor centro de serviços do setor sucroenergético”, detalhou Murilo. Com esta visão, a administração tem atuado constantemente em parceria com entidades como a Biosul e o Sistema Famasul, no intuito de fomentar o setor de lavoura e indústria das usinas existentes na região. Tanto que assumiu a
responsabilidade de promover a sétima edição do Canasul e a Feira do Agrometal, pelo terceiro ano. Murilo considera de grande importância o fortalecimento do setor metalmecânico, visto que o mesmo é responsável por toda a manutenção operacional do setor sucroenergético. “Estamos trabalhando para que estas empresas venham se consolidar aqui na região e para dar manutenção aos bilhões de investimentos realizados pelas usinas aqui instaladas”, afirmou o prefeito. Sobre o Evento – O 7º Canasul e a 3ª Feira de
Agrometal serão realizados entre 2 e 4 de outubro e a expectativa para o evento são a participação de mais 70 empresas nas palestras, debates e workshops, enquanto que 43 empresários já confirmaram participação com suas marcas. No dia 5 agosto foi promovido o lançamento oficial do evento, no centro de eventos da Unigran com a presença de empresários, representantes industriais e autoridades políticas. O objetivo da prefeitura com os eventos conjuntos é incentivar o setor e criar condições para que Dourados se transforme em um centro regional de
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UBS Dourados 34
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prestação de serviços para as usinas. Com apoio da Biosul, Banco do Brasil, Ceise Br, Sistema Famasul, Ação Fiems, Gegis, Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, Oca Ambiental, Sebrae, Embrapa Agropecuária Oeste, Simme e Stimmmder, as feiras terão ainda patrocínio oficial da Mecat. Depoimentos – Por ocasião do lançamento do Canasul o presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems), Sérgio Longen destacou que o desenvolvimento só é possível por meio da união de pessoas com o mesmo objetivo e para ele, o Sistema S tem contribuído, por meio da qualificação de mão de obra. “O sucesso passa pela relação dos parceiros, que se juntam para criar oportunidades e as condições de crescimento. Acredito que o trabalho desenvolvido atualmente pelo prefeito Murilo vai trazer mais investidores, renda e emprego para Dourados”, avaliou. Já o presidente do Sindicato Rural de Dourados, Marisvaldo Zeuli acredita que eventos como o Canasul e Agrometal impulsionam o setor sucroenergético. “Dourados entendeu a importância do setor sucroenergético
Usina Unialcool Dourados
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para Mato Grosso do Sul e respondeu com esse projeto de apoio”. O presidente da Associação dos Produtores de Bionergia de Mato Grosso do Sul (Biosul), Roberto Hollanda Filho reforçou que esta edição do Canasul e Agrometal mostra que Dourados está caminho certo. “O momento é de aproveitar o potencial existente na cidade, com solos férteis para a produção; discutir com os investidores o que se precisa e movimentar ainda mais o setor no município”, diz, lembrando que “não existe dúvida que mais estas edições do Canasul e Agrometal serão um grande sucesso, como todos os eventos que acontecem em Dourados”. Na avaliação do diretor-
superintendente da Usina São Fernando Paulo Escobar os eventos são uma forma de movimentar o setor sucroenergético e também incentivar mais empresas que atendem as indústrias a se instalarem no município. “O projeto pioneiro em incentivar o setor gera redução de custos às indústrias, pois contribui para a manutenção de forma mais rápida e barata, além de gerar empregos em Dourados. É um grande projeto do prefeito Murilo, que teve essa visão em implantar o polo sucroenergético. Ainda é pequeno, mas tende a prosperar a cada ano, por isso a importância de eventos como esses”. Com relação ao setor de metalmecânica, Murilo
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CAPA Usina São Fernando Dourados
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ressaltou que é um mercado nacional que oscila de acordo com a situação financeira do país. Os produtos são tabelados internacionalmente e variam de acordo com as cotações. Tanto que para estimular o estabelecimento de novas empresas e fortalecer o envolvimento dos empresários, foi realizada uma reunião este mês entre a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Sustentável e a nova diretoria do Sindicato das Indústrias Metalmecânicas e de Material Elétrico da Região da Grande Dourados (Simme). O objetivo da reunião foi discutir estratégias de ações conjuntas para o Canasul e o Agrometal, além de iniciar o estudo de uma parceria com 36 36
a Prefeitura e o sindicato, buscando alternativas que fomentem o número de associados. Entre os assuntos pautados foram discutidos temas como promoção e crescimento do setor metalmecânico em Dourados e a formação de um consórcio de pequenas empresas para atender a manutenção das grandes indústrias. A proposta do prefeito Murilo é criar em Dourados o pólo de manutenção das indústrias de Mato Grosso do Sul e uma das ações estabelecidas foi o projeto “Polo de Serviços do Setor Sucroenergético de Dourados e Região” que vem atraindo a atenção nacional para a cidade. Para tanto, administrador
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tem trabalhado com a atenção voltada em primeiro lugar ao empresariado local, estabelecendo parcerias e criando projetos para atender as empresas. Outra ação importante foi a criação do projeto Qualifica Dourados para formar mão de obra que atenda a demanda da indústria, comércio e serviços. “Estamos trabalhando para evitar que as empresas busquem manutenção em outros Estados. Para isso investimos em projetos e ações que fortalecerão o atendimento da região, de forma com que estas empresas permaneçam aqui”, analisou Murilo. Aline Oliveira
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ESPECIAL
Um rumo para
brasile
o combustĂvel
eiro...
Arquivo
ESPECIAL
Novo reajuste da gasolina e diesel cada vez mais perto de ser efetivado
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o ultimo dia 21 de agosto, a presidente Dilma Roussef, ministros e a diretoria da Petrobras estiveram reunidos para estudar o pedido da companhia que solicitou ao governo brasileiro um novo reajuste na gasolina e diesel, previsto ainda para 2013. O último reajuste de preços entrou em vigor em 30 de janeiro e foi de 6,6% para o preço na refinaria, sendo que até março os preços apresentados nos postos acumularam aumento de 4,48%. Desde então, todos os meses a concorrência e a
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influência do preço do etanol na gasolina ajudaram a baixar este percentual. Após quatro meses seguidos de queda nos preços, a inflação da gasolina atingiu em julho, alta de 2,32%. Segundo avaliação governamental, a desvalorização cambial não deixa muitas alternativas para adiar o aumento, no entanto, fontes ligadas ao governo afirmam que ainda nao há data ou percentual definido para ser informado. Enquanto isso, a Petrobras segue comprando combustível em dólar e vendendo em real no Brasil, amargando prejuizos. A situação de caixa que já não
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era confortável agravou-se com a desvalorização cambial verificada no ano até agora, em cerca de 20%. O Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE) divulgou que a defasagem do preço da gasolia na média do mês de agosto alcançou 25,3% em relação aos preços praticados na região do Golfo do México americano. O cálculo foi realizado com base no valor do dólar do dia em R$ 2,43. A marca chegou a 28,2% na gasolina e 28% no diesel. Cabe destacar que a defasagem está afetando as contas da estatal, já que a alta do dólar elevou a diferença entre os preços de importação
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e de venda de derivados no Brasil. A situação dificultou ainda mais a saúde financeira da empresa que precisa atender ao aumento do consumo de combustíveis no país. A demanda atual supera a capacidade de produção das refinarias instaladas no país. Outro ponto que deve ser analisado é a diferença entre os preços de importação e de venda no mercado doméstico, que tem provocado perdas mensais entre R$ 600 milhões e R$ 800 milhões para a Petrobras. No entanto, os consumidores vem pagando preços elevados do produto nos postos de gasolina, que custa em média R$ 2,83, conforme o último levantamento feito pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). Do valor divulgado, somente R$ 1,0089 fica com a Petrobras, já que os impostos federais representam 7% desse custo, enquanto que o ICMS representa em média 25% . Somada as margens de revenda e distribuição ficam com 18,5% do preço da gasolina na bomba.
Comparativo Brasil X EUA - Um levantamento do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE) com preços no Brasil e Estados Unidos, praticados nos últimos cinco anos e meio, mostra que a maior defasagem aconteceu em setembro de 2008, quando a gasolina vendida no Brasil custou 27,5% menos que no mercado americano. Em abril de 2012 a defasagem média foi de 26,5% e a situação de agora é similar. O único período em que o país praticou preços equiparados aos do mercado internacional foi entre julho de 1998 e dezembro de 2001. Em 2002, ainda no governo Fernando Henrique Cardoso, a Petrobras deixou de ajustar os preços do gás de cozinha (GLP). Com a redução do percentual da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), a partir de 2003 o produto obteve queda de R$ 0,28 para R$ 0,23. Em 2010, o governo optou por reduzir a Cide para reduzir o preço dos combustíveis sem prejudicar demais a estatal.
Depois, a alíquota foi zerada em junho de 2012, não havendo mais como usar esse recurso. Na falta de novos reajustes, a Petrobras está enfrentando o problema de uma forma que preocupa analistas, ja que vem vendendo ativos de produção no Brasil e exterior. O ideal seria se desfazer de algumas refinarias menos importantes, como a de Pasadena (Texas) e Okinawa (Japão) ou campos com pequena produção. Aline Oliveira
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ESPECIAL
Devo consumir
Etanol?
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oje os preços b a i x o s do etanol hidratado têm estimulado muitos consumidores a optar por este combustível, uma vez que a gasolina é extremamente mais poluente que o etanol, e pode complicar a questão ambiental. Segundo o técnico da Unica Antônio de Padua Rodrigues, o incremento na produção de cana desta safra esta em cerca de 60 milhões de toneladas, e será destinado totalmente ao etanol. Grande parte para
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atender ao aumento do etanol na própria mistura da gasolina. Em maio a mistura foi ampliada de 20% para 25%, o que demanda 2,3 bilhões de litros por safra. Apesar de muitos acreditarem em um novo reajuste na gasolina, Padua afirma que não haverá a necessidade de incremento da oferta de gasolina, porque toda a demanda a mais neste ano vai ser suprida pelo etanol, tanto na mistura como na bomba, bom para o ambiente e para o consumidor. Dados da ANP (Agência
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Nacional de Petróleo) mostram que, em junho, as distribuidoras venderam a mais de etanol hidratado para a rede varejista, em relação a maio, enquanto que a gasolina C teve queda de 9% no mesmo período. Foi também o maior volume mensal de hidratado registrado em 2013. De acordo com pesquisadores do Cepea, as cotações menores do etanol, reflexo do período de safra e da estimativa de aumento na produção, explicam a preferência pelo combustível nos últimos
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meses. Para o hidratado, a quantidade produzida nesta safra (2013/14) – de janeiro até a segunda quinzena de abril –, está 25,7% maior que a registrada em igual intervalo da temporada passada, conforme dados da Unica (União da Indústria de Canade-açúcar). A produção de anidro, por sua vez, cresceu ainda mais, 60,6% na mesma comparação. O aumento nas cotações da gasolina se trata de uma reivindicação da Petrobras, no sentido de alinhar os preços internos aos externos. Por conta da valorização do dólar frente ao Real, a estatal alega ter anulado os efeitos dos aumentos dos combustíveis registrados entre o ano passado e início deste. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse na última sexta-feira que os reajustes dos combustíveis serão periódicos e sem anúncio antecipado. O problema do mercado da
cana é que a sua capacidade instalada já não dá conta da procura. Basta qualquer elevação na demanda por álcool, de produção 100% nacional e renovável, para que o preço do combustível suba e, na sequência, o consumidor retorne para o derivado de petróleo, altamente poluente e em boa parte importado. O bom resultado da safra de cana-de-açúcar e a adoção de novas estratégias de estocagem de etanol ajudam o governo a empurrar um pouco mais para o fim do ano o reajuste da gasolina, uma vez que a maior oferta do biocombustível reduz a necessidade de importação do derivado de petróleo. O percentual de gasolina importada à venda no mercado nacional despencou de 22% no início do ano para 3,9% em junho, segundo o Ministério de Minas e Energia, e deve ter chegado a quase zero em julho. Isso ocorreu principalmente porque há
mais oferta de etanol. A principal pressão para o aumento da gasolina vem da necessidade de importação para suprir a escassez de oferta interna. Essa gasolina é importada por valor que segue a variação do barril de petróleo no exterior, mas é vendida nas refinarias com preço controlado. Quem paga essa defasagem — que já está entre 25% e 30% — é a Petrobras, que cobra do governo o reajuste no preço do combustível para aliviar o seu caixa. Junior Cordeiros Fonte: Cepea
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AGROBUSINESS
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21ª edição da Fenasucro movimentou mais de R$ 2 bilhões em negócios
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e 27 a 30 de agosto, foi realizado em Sertãozinho (SP), a 21ª Feira Internacional de Tecnologia Sucroenergética (Fenasucro 2013), no centro de Eventos Zanini. A organização divulgou que estiveram presentes 550 expositores e mais de 35 mil visitantes de vários Estados brasileiros e foram movimentados R$ 2,2 bilhões em negócios. Paralelo ao evento foi promovida a conferência Datagro, com programação dividida em painéis e discussão de temas como: as Perspectivas do Mercado Mundial e Avaliação da Safra 203/2014 no Brasil, Desenvolvimento Econômico com a Diversificação do Setor Sucroenergético, Visão e Atuação do Setor Produtor, Política Industrial para o Setor Sucroenergético e Financiamentos para o setor. Estiveram presentes na abertura, o presidente da CEISE-Br, Antonio EduardoTonielo Filho,o prefeito de Sertãozinho, José Alberto Gimenez, a presidente da UNICA, Elizabeth Farina e o presidente executivo da Abimaq, José Velloso, o diretor da Fenasucro, Fernando Barbosa e a secretária estadual de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Mônika Bergamaschi. AGOSTO 2013 | CANA S.A. | A energia da informação
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Segundo o diretor do evento, Fernando Barbosa, “a Fenasucro sempre foi plataforma para disseminação de novas informações e para fomentar novas negociações no setor sucroenergético e isso foi o que aconteceu ao longo das últimas décadas. Independente das crises, a feira nunca deixou de crescer e continuar a ser uma ferramenta para impulsionar o segmento”, avaliou. Sobre a feira - A Fenasucro é o maior evento mundial em tecnologia e intercâmbio comercial para usinas e profissionais do setor sucroenergético. O principal encontro entre produtores, profissionais e os principais fabricantes de equipamentos, produtos e serviços para a agroindústria da cana-deaçúcar, um evento completo que oferece aos visitantes a oportunidade de explorar toda a cadeia de produção: preparo do solo, plantio, tratos culturais, colheita, industrialização, mecanização, aproveitamento dos derivados transporte e logística do produto e subprodutos da cana-de-açúcar. O setor sucroenergético do Brasil, já esta estabelecido e tem o reconhecimento internacional de sua grandeza e importância no cenário mundial. Dentro desse contexto, a Fenasucro é um dos eventos de grande referência em tecnologia e intercâmbio comercial para as usinas e profissionais, no Brasil e em 40 diferentes países. Focado em negócios, o evento é aprovado pelos seus participantes. É um importante encontro entre os principais fabricantes de equipamentos, produtos e serviços para a agroindústria da cana, e os milhares de visitantes técnicos e qualificados, e sempre apresenta as maiores novidades do setor.
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A versão on-line da Cana S.A. www.canaldacana.com.br
MS Forte 2 investirá R$ 3,6 bilhões Segundo o Governador André Puccinelli as ações foram definidas e pensadas de acordo com a realidade dos municípios para atender a prioridade de cada localidade. O MS Forte 2 será um pacote, em que nós ouvimos todos os prefeitos da gestão passada, e os que se reelegeram, para saber se as prioridades continuam as mesmas. Os novos prefeitos, de primeiro mandato, foram chamados, foram ouvidos, as câmaras de vereadores foram ouvidas para que nos soubéssemos quais eram as reivindicações dos municípios.
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O MS Forte 2 vai investir R$ 3,6 bilhões em obras e ações para o desenvolvimento de Mato Grosso do Sul, garantindo a melhoria da qualidade de vida dos sul-mato-grossenses. O planejamento dos investimentos vai abranger três grandes áreas: desenvolvimento social (R$ 1,44 bilhão); produção, através do desenvolvimento sustentável (R$ 706 milhões) e infraestrutura e logística (R$ 1,48 bilhão). O montante representa 69% de recursos próprios e 31% de recursos vindos do governo federal.
MS receberá do governo federal R$ 11 bilhões para construção da Ferrovia EF-267 Os recursos disponibilizados pelo governo federal são do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2). A Ferrovia EF-267 terá prioridade na lista de execuções e ligará a região do Bolsão e da Grande Dourados (MS) aos municípios de São Paulo. Os trilhos passarão por Brasilândia, Santa Rita do Pardo, Bataguassu, Nova Andradina, Angélica, Deodápolis, Dourados e Maracajus. Cabe destacar que os ramais serão integrados à malha ferroviária do Paraná, permitindo assim o escoamento da produção pelo município de Mundo Novo para Guaíra, Cascavel, Guarapuava, Irati, Iguaçu e Paranaguá, onde está localizado um dos mais importantes portos do país. Segundo o presidente da EPL, o edital para a licitação da obra será lançado ainda em 2013, com previsão para outubro e a contratação da empresa construtora até dezembro. Desde o ano passado estão sendo discutidos com o Ibama os licenciamentos para que tudo seja feito dentro da lei, no intuito de que a obra inicie em 2014 e a tenha conclusão no prazo máximo de cinco anos.
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