Revista abril

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ENTREVISTA - JESNER ESCANDOLHERO - DIRETOR REGIONAL DO SENAI

Cana S.A.

EDIÇÃO 16 | ABRIL 2014 - R$ 10,00

A ENERGIA DA INFORMAÇÃO

na internet

BR-163:

CAMINHO ABERTO PARA O DESENVOLVIMENTO MS

BUSCA SAÍDA PELO PARAGUAI PÁG. 20

PRESIDENTE

DA UNICA CONTESTA DECLARAÇÃO DE GRAÇA FOSTER PÁG. 44

SEGURANÇA DO TRABALHO NO CAMPO PÁG. 14





ENTREVISTA • 16 JASNER ESCANDOLHERO, DIRETOR REGIONAL DO SENAI

GENTE QUE FAZ • 10 Instrutores do Senai de MS enviados a Angola iniciam qualificação de 770 africanos

OPINIÃO • 28 RETROSPECTIVA 2013 E O AGRO

SAFRA DE CANA • 34

safra 2014/2015 é uma oportunidade de recuperação

GESTÃO E GOVERNANÇA • 36

Longen apresenta projeto Campo Grande Mais Indústria ao prefeito Gilmar Olarte

CAPA

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PRIVATIZAÇÃO BR-163

AGROBUSSINES • 38 Parceria entre governo e prefeitura garante instalação de indústria da borracha em Cassilândia

AGROBUSSINES • 38

TECNOSHOW COMIGO EDIÇÃO 2014 COM RECORDES DE VOLUME DE NEGÓCIOS E PÚBLICO

BENEFÍCIOS DO BIODIESEL

CIÊNCIA & PESQUISA • 48

Odebrecht Agroindustrial e CTC implantam novos polos de melhoramento genético

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EDITORIAL Edição nº 16, março/abril 2014 www.canaldacana.com.br Cana S.A. é uma publicação do Canal da Cana Jornais e Revistas Ltda-ME

Editorial

CNPJ: 10.939.324/0001-43

Inscrição estadual: Isenta Inscr. municipal: 137.361.000

N

esta revista vamos abordar um pouco sobre os planos e os projetos da concessão da BR 163 (concedidas a CCRMSVia durante 30 anos), diante a falas de algumas autoridades do Estado (MS). Aproveitamos a presença do Presidente da empresa (CCRMSVia) Maurício Soares, juntamente com Diretor Juvêncio Pires, que estiveram presentes em Campo Grande para uma coletiva especifica a imprensa sobre a concessão. Hoje o estado de Mato Grosso do Sul prepara uma boa parcela dos municípios para trabalhar em diversas ações dentro do setor sucroenergético. Alcinópolis, Figueirão e Camapuã pleiteiam receber usinas de açúcar e álcool como alternativas econômicas para alavancar a geração de empregos e renda. Chapadão do Sul pode ser escolhida para receber uma fábrica de processamento de milho para produção de etanol. Em nossa entrevista conversamos com o Diretor Regional do Senai, Jesner Escandolheiro, mostrando a indústria de Mato Grosso do Sul como uma grande fonte de serviço. Segundo Jesner serão necessários cerca de 4,3 mil profissionais por ano, para atender à demanda por vagas industriais entre 2014 e 2015 no Estado. Conheça também nesta edição o novo ministro da Agricultura Neri Geller. Esta edição mostra aos nossos leitores que o setor segue firme em ações que fortaleçam o economia do estado, onde o produtor tem espaço e incentivos do governo para continuar suas apostas no seguimento. Tenha todos uma proveitosa leitura!

Junior Cordeiros Redator chefe Revista Cana S.A.

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Tiragem: 8 mil exemplares Circulação: Bancas, Mailing List Vip e Feiras. Críticas, sugestões, elogios e artigos podem ser enviados para: redacao@canaldacana.com.br


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- ROBERT ENTREVISTA

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tiva 2013 Retrospec vra certa para Uma pala 3 a ano de 201 se resumir izagem”. seria “Aprend

Espaço doleitor

“Poucos sabem da importância das industrias do setor sucroenergético nos municípios. As empresas contribuem para a geração de empregos, melhoram a renda dos trabalhadores e aumentam a arrecadação das cidades. Muito mais que trabalho, as usinas criam oportunidades abrem as portas para o desenvolvimento, seja tanto econômico como humano”.

Fabiane Sato

Diretora do Grupo Sato

MS Agro pág. 48

Seprotur: ento lisa crescim anos pág. 55 7 Secretária ana nos últimos da indústria

Opinião pág. 28

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Desenvolvimento regional

Região Norte do Estado pleiteia usinas de açúcar e álcool

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s municípios de Alcinópolis, Figueirão e Camapuã pleiteiam receber usinas de açúcar e álcool como alternativas econômicas para alavancar a geração de empregos e renda. Dependentes economicamente da pecuária, essas cidades não estão conseguindo acompanhar o desenvolvimento do Estado nas regiões em que as indústrias se instalaram nos últimos anos. Nesse sentido, os vereadores de Figueirão (um dos mais jovens municípios de Mato Grosso do Sul), fazem um apelo ao governo do Estado no sentido de criar condições favoráveis

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para a atração de usinas de açúcar e álcool à região. O deputado Felipe Orro recebeu o pleito encaminhado pelo vereador Edegar José Lima, de Figueirão, e abraçou a causa na sessão Assembleia Legislativa, apresentando a indicação ao governador André Puccinelli e à secretária de Estado de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo, Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias, pedindo que seja realizado com a máxima urgência um estudo que viabilize a implantação de usinas de álcool e açúcar nos municípios citados. O que reforça o pedido é

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a qualidade do solo arenoso dos três municípios, propício ao cultivo da cana-de-açucar. Outro ponto favorável é a malha viária já implantada, que facilita o escoamento de toda produção. O cultivo e a instalação das indústrias na região não causará danos ao meio ambiente com o emprego adequado da tecnologia e de técnicas de produção que priorizam a prevenção e conservação dos recursos naturais, alega o parlamentar. Junior Cordeiros Fonte: João Preste



Gente que faz

Instrutores do Senai de MS enviados a Angola iniciam qualificação de 770 africanos Ao todo são 9 instrutores da unidade de Dourados (MS), que vão permanecer no país africano até setembro deste ano

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onge da família desde o dia 15 de janeiro deste ano, os nove instrutores do Senai de Dourados enviados a Angola para qualificar 770 trabalhadores de uma indústria sucroenergética do Grupo Odebrechet naquele país já iniciaram os cursos e estão considerando a experiência enriquecedora. O grupo é o primeiro do Senai de Mato Grosso do Sul a deslocar-se para outro país para capacitar trabalhadores, o que só foi possível por meio de contrato firmado com o Grupo Odebrecht, que está instalando a primeira usina de açúcar e álcool do país africano. Os instrutores são unânimes em destacar a vontade de apreender dos alunos africanos e não deixam de elogiar a receptividade e a atenção dos anfitriões. “Os alunos são extremamente educados e focados. As aulas estão a todo vapor e a produtividade deles é consideravelmente alta. O melhor é ver a fome de conhecimento que eles têm. Isto é realmente animador”, declarou Daniel Diego Reynolds, instrutor da área de controle e automação da FatecSenai Dourados.

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Já o instrutor da área química da FatecSenai Dourados, Patriqui Giordani, reforça a alegria dos angolanos. “Mesmo tendo desigualdades, nada entristece esse povo. As diferenças culturais são evidentes em gestos e expressões, mas a alegria e o calor humano se assemelham aos do brasileiro. Está sendo ímpar a oportunidade que o Senai está me proporcionando”, disse, acrescentando que em 2010, quando teve o primeiro contato com os angolanos em Mato Grosso do Sul, já imaginava que a equipe do Senai seria bem recebida na África. “Estou revisando os meus conceitos e valores de vida”, garantiu. Fome de conhecimento Para o instrutor da área de açúcar e álcool da FatecSenai Dourados, Neldson Mattos Shinjo, o primeiro contado com os alunos angolanos serviu para reforçar tudo aquilo que já havia escutado sobre eles. “A educação, a simplicidade e a vontade de aprender são impressionantes. Quando dominam um determinado assunto, fazem questão de demonstrar, quando não sabem, prestam aten-

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ção redobrada”, avaliou. A também instrutora da área química da FatecSenai Dourados, Hellenicy Vitor Rezende, acrescenta que está recebendo importantes lições de vida. “Cada dia aprendo com os angolanos a ser mais prestativa, simpática e alegre”, destacou, destacando que os alunos africanos são totalmente diferentes dos brasileiros. “Aqui eles têm fome de conhecimento e ouvir um aluno dizer que nunca tinha conseguido resolver uma divisão e, minutos depois da orientação, está no quadro solucionando a operação que antes era impossível. Isso é o maior pagamento que um professor pode receber. Então agradeço ao Senai e ao Grupo Odebrecht pela oportunidade”, declarou. Blog O ineditismo da experiência motivou Hellenicy Rezende a fazer um blog sobre o período em que passará em Angola atuando na capacitação da mão de obra local para trabalhar na usina do Grupo Odebrecht. No endereço eletrônico http://cacuso.blogspot. com.br/?spref=fb, ela relata um


pouco do dia a dia em um país tão distante e com uma realidade totalmente diferente da qual estava acostuma no interior de Mato Grosso do Sul. “Queridos familiares e amigos, só hoje arrumei um horário para escrever no blog, cheguei aqui no domingo (19/01). Fomos muito bem recebidos pelo povo africano e também por todos os colegas brasileiros que se encontram aqui em Cacuso. A primeira coisa que percebi no caminho entre Luanda a Cacuso foi a diferença econômica, existem pessoas muito ricas, mas também existem pessoas muito pobres”, conta a instrutora da FatecSenai Dourados. Ainda em seu relato, ela fala que tem muitos brasileiros na cidade e, por isso, o cardápio sempre tem arroz, feijão, carnes (frango, peixe e boi) e saladas. Com relação à qualificação dos alunos, a instrutora destaca que todos estão sendo capacitados para trabalhar na usina. “Eles me encantaram já no primeiro dia quando entrei na sala de aula e todos se encontravam em pé e disseram em uma só voz bom dia senho-

ra professora. Aquilo me emocionou, me disseram que eu era muito bem vinda ao país deles, pois que iríamos ajudá-los a aprender novas tecnologias”, contou Hellenicy Rezende em seu blog. Trabalho Segundo o diretor-regional do Senai, Jesner Escandolhero, os profissionais da unidade de Dourados estão reproduzindo em Angola a experiência bem sucedida já obtida na realização de cursos em Mato Grosso do Sul em 2010 para atender a indústria sucroenergética do mesmo grupo, quando foram capacitados, em Deodápolis (MS), 60 angolanos. “O trabalho reforça a parceria do Senai e a Odebreccht por meio da experiência que se desenvolveu no atendimento à empresa desde que se instalou no Estado”, reforçou. De janeiro a setembro deste ano são realizados na cidade de Cacuso, localizada a 350 quilômetros de Luanda, capital de Angola, os cursos de operador de processo da indústria sucroalcooleira, analista de laboratório industrial, mecânico industrial, eletricista industrial, instrumentista industrial,

caldeiraria, soldador (MAG/MIG e TIG) e torneiro mecânico, além das NRs (Normas Regulamentadoras) 10, 11, 12, 13, 20, 23, 31 e 35. “É grande a satisfação de executarmos um projeto desse nível com inúmeras qualificações e grande número de alunos sendo atendidos em outro país. Estamos levando a qualificação de qualidade do Senai”, declarou o gerente da FatecSenai Dourados, Guilherme Branco. Daniel Pedra

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Você sabia?

Indústria estadual precisa contratar mais 9 mil trabalhadores qualificados até 2015

Os três segmentos com maior demanda por formação profissional em Mato Grosso do Sul são construção civil, sucroenergético e alimentos e bebidas

indústria de Mato Grosso do Sul precisará contratar cerca de 4,3 mil profissionais por ano para atender à demanda por vagas industriais entre 2014 e 2015 no Estado, o que corresponderia a quase 9 mil trabalhadores no período, segundo estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O levantamento revela ainda que os três segmentos industriais sul-mato-grossenses que concentram a demanda por formação para novos empregos são construção civil, sucroenergético e alimentos e bebidas. Segundo a projeção do Mapa do Trabalho Industrial, juntos, esses segmentos respondem por 58,7% da demanda por formação para atender a novos empregos industriais nesses dois anos, ou seja, 2,5 mil trabalhadores. Ainda conforme o estudo, esses trabalhadores deverão ser contratados não apenas na indústria, mas também em outros segmentos da economia, como serviços, que também exigem profissionais com formação industrial, incluindo todos os tipos de ocupações (baixa e média qualificação, técnicos e profissionais de nível superior). De acordo com o levantamento da CNI, apenas o segmento da indústria de alimentos e bebidas deve abrir 1,5 mil vagas em dois anos, enquanto a indústria da construção civil oferecerá outras

pregos são construção, alimentos e bebidas, indústria automotiva, indústria de máquinas e equipamentos e indústria de produtos de minerais não-metálicos. Juntos, esses segmentos industriais devem responder por 53% da demanda por formação para atender a novos empregos na indústria. Se considerarmos o crescimento médio anual relativo projetado no emprego na indústria para os próximos anos destacam-se os seguintes segmentos: extração de petróleo e serviços relacionados, montagem de veículos automotores, extração de minerais metálicos, sucroenergética e celulose e papel. A falta de profissionais qualificados é uma reclamação generalizada na indústria, porém é mais intensa entre trabalhadores de menor qualificação, que respondem pela maior parte do emprego na indústria. As queixas sobre a dificuldade em encontrar técnicos qualificados também são elevadas. Logo, os segmentos com maior proporção de trabalhadores de nível qualificado e técnicos, como construção civil e alimentação, são os que têm mais problemas de qualificação. Por Daniel Pedra

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757 vagas e o sucroenergético mais 297 postos de trabalho. Para atender essa demanda do setor industrial, o Senai vai oferecer somente neste ano de 2014 mais de 80 mil vagas e outras cerca de 80 mil para o próximo ano, totalizando mais de 160 mil vagas, a maioria gratuita, em diversos cursos de educação profissional distribuídos nas modalidades de nível superior, técnica, de qualificação, de aperfeiçoamento, de treinamento e de aprendizagem industrial. “Nossa intenção, como entidade de formação profissional voltada para a indústria, é atender a demanda do setor em Mato Grosso do Sul por mão de obra qualificada”, pontuou o diretor-regional do Senai, Jesner Escandolhero. Ele acrescenta que esse esforço vai ao encontro das necessidades das indústrias instaladas no Estado, que ressentem da falta de mão de obra qualificada para ampliar sua produção. Dados nacionais No Brasil, segundo as projeções do Mapa do Trabalho Industrial, em 2014 e 2015 a necessidade é pela formação de 570 mil novos trabalhadores por ano para atender a novos postos gerados na indústria. Os cinco segmentos que concentram a maior demanda por formação para novos em-

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Quadros Comparativos Demanda por formação industrial na Região Centro-Oeste - 2014/15

Estado 1º Goiás 2º Mato Grosso

Trabalhadores 21.958 14.148

8.682

3º Mato Grosso do Sul 4º Distrito Federal Total

768 45.556

Demanda por formação industrial no Brasil - 2014/15

Estado 1º São Paulo 2º Minas Gerais 3º Rio Grande do Sul 4º Rio de Janeiro 5º Paraná 6º Santa Catarina 7º Bahia 8º Pernambuco 9º Pará 10º Espírito Santo 11º Ceará 12º Goiás 13º Amazonas 14º Alagoas 15º Mato Grosso 16º Rio Grande do Norte 17º Paraíba

18º Mato Grosso do Sul 19º Sergipe 20º Piauí 21º Maranhão 22º Rondônia 23º Tocantins 24º Amapá 25º Distrito Federal 26º Acre 27º Roraima Total

Trabalhadores 386.902 120.642 111.742 92.138 86.012 77.486 37.762 28.264 25.238 23.442 23.132 21.958 21.380 17.498 14.148 10.462 9.608

8.682 8.614 3.888 3.720 3.448 1.666 1.500 768 712 208 1.141.020 ABRIL 2014 | CANA S.A. | A energia da informação

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Trabalho & Emprego

A importância da segurança do trabalho no campo

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ivemos em uma geração onde uma empresa que se preze, procura o bem-estar dos seus funcionários. Cada segmento tem suas características e riscos específicos, e exatamente por isso, cada ambiente precisa ser visto com um olhar particular. No meio Rural não é diferente, as atividades não se limitam ao campo e ambientes abertos, pois o trabalhador do setor também fica exposto a locais onde são necessários cuidados para garantir o desempenho com segurança e qualidade. Hoje a segurança do trabalho é indispensável, pois são medidas preventivas contra todo tipo de imprevisto, como acidentes de trabalho, perturbação funcional ou até doenças ocupacionais. Por lei o empregador tem que proteger o trabalhador fornecendo equipamentos de proteção individual, além de treinar, fiscalizar e capacitar este funcionário. Os empregadores que conhecem as normas regulamentadoras percebem que além da obrigação, a segurança do trabalho é um investimento, pois para cada real investido em segurança do trabalho deixa-se de gastar R$4,00 em acidentes, afastamentos e ações trabalhistas. “Na atualidade estima-se que mais de 50% dos acidentes de trabalho acontecem no meio rural. A maioria deles ocorrem devido a carência de informações” afirma o Engenheiro Miguel Catharini Neto.

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DEZEMBRO 2013/JANEIRO 2014 | CANA S.A. | A energia da informação

Um empresário que se diz atualizado e comprometido promove condições melhores de trabalho para obter profissionais mais produtivos e satisfeitos. Assim também é super importante que os trabalhadores procurem uma empresa que preza pela sua segurança, pois isso interfere diretamente na vida saudável no ambiente corporativo. Sentido-se seguros os funcionários ficam menos expostos aos riscos e não demandam altos investimentos se algo não sair como o planejado. Para uma melhor manutenção na qualidade de serviços para o trabalhador, existem cursos que promovem a educação deste funcionário para agir com cautela e cuidado diante de serviços de riscos. Medidas rápidas e simples, como palestras, folhetos, cartazes, e-mails e dinâmicas que promovam um ambiente organizado e seguro são boas alternativas para conscientizar todos aqueles que dividem o mesmo local de trabalho. Miguel que também é Instrutor do SENAR e Perito da justiça do trabalho de Dourados-MS nos explica “Existem 36 normas regulamentadoras criadas pelo Ministério do Trabalho, no intuito de proteger o trabalhador (conter e diminuir o número de acidentes com trabalhadores em serviço” e reafirma que “Essas normas , caminham juntas para um melhor desempenho das funções por parte dos que as cumprem.” Entre os acidentes mais frequentes no meio rural, estão os acidentes com quedas de al-


tura, Intoxicação por agrotóxicos, acidentes com maquinários agrícolas e em espaços confinados. O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/MS - Sistema Famasul) inovou mais uma vez e inseriu em seu portfólio de capacitações o curso NR 33 (Norma Regulamentadora) para Trabalhadores em Espaços Confinados, cujo o objetivo é estabelecer os requisitos mínimos para identificação de espaços confinados e o monitoramento e controle dos riscos para a garantia permanentemente da segurança e saúde dos trabalhadores, que atuam direta ou indiretamente neste espaços. É classificado como local confinado todo espaço não projetado para permanência contínua de pessoas, cujas as entradas e saídas são limitadas e pode haver formação e gases ou queda de oxigênio. No campo podemos citar como exemplo os silos, tanques de combustíveis, determinados setores de usinas ou poços de elevadores. A capacitação é de grande importância, pois, colabora para a garantia de maior segurança no ambiente de trabalho, principalmente diante da constante fiscalização do Ministério do Trabalho quanto às normas de segurança e o fato do Senar ter disponibilizado gratuitamente uma capacitação que em geral tem custo elevado. O quadro dentro das usinas é totalmente diferente “Em geral elas mantém um bom quadro em relação as atividade de segurança no trabalho através do SESMT (Serviços Especializados de Saúde e Medicina do Trabalho), composto de Engenheiros de Segurança do Trabalho, Médicos do Trabalho, Enfermeiros do Trabalho e Auxiliar de enfermagem, orienta Catharini” Infelizmente não existe uma estatística correta sobre os acidentes no meio trabalhista, muito menos no cenário rural. No setor não há escassez na mão de obra qualificada dos profissionais de segurança no trabalho, o que falta é a conscientização do produtores, fornecedores entre outros. O que existe são escolas e instituições capacitadas para cobrir esta demanda por cursos no setor. Junior Cordeiros ABRIL 2014 | CANA S.A. | A energia da informação

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Entrevista

Jesner Escandolhero

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Diretor regional do Senai

esta edição conversamos com o Diretor Regional do Senai, Jesner Escandolheiro. A indústria de Mato Grosso do Sul precisará contratar cerca de 4,3 mil profissionais por ano para atender à demanda por vagas industriais entre 2014 e 2015 no Estado, o que corresponderia a quase 9 mil trabalhadores no período, segundo estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

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Com a missão de promover a educação profissional e tecnológica, a inovação e a transferência de tecnologias industriais, o Senai MS contribui para elevar a competitividade da Indústria Brasileira, além Consolidar-se como o líder nacional em educação profissional e tecnológica e ser reconhecido como indutor da inovação e da transferência de tecnologias para a Indústria Brasileira, atuando com padrão internacional de excelência.


Cana S.A. - No cenário atual o Senai é responsável pela formação de diversos cursos, a fim de preparar trabalhadores para a Indústria Nacional. Sabendo hoje da demanda por mão de obra qualificada em diversos seguimentos, como são escolhidos os cursos e as cidades? Jesner E. A demanda da indústria por mão de obra qualificada é estimada a partir do Mapa do Trabalho Industrial, elaborado pelo SENAI em 2012 e utilizado para subsidiar o planejamento da oferta de formação profissional. Além do Mapa da Indústria, o SENAI MS recebe a demanda de sindicatos patronais de diversos segmentos industriais do Estado de Mato Grosso do Sul e também de forma pontual a partir das necessidades específicas das indústrias. Cana S.A. - Como são avaliadas as ações de qualificação voltada para o setor sucroenergético? Jesner E. O SENAI MS avalia de forma positiva, pois vem atuando na qualificação de profissionais ligados diretamente ao processo produtivo e também na qualificação de mão de obra em áreas transversais, como por exemplo, segurança do trabalho, metalmecânica, energia, eletroeletrônica, dentre outras. Os resultados destas qualificações devem ser evidenciados ou pela inserção do concluinte do curso nas empresas, ou pela melhoria de sua atuação na empresa caso já seja empregado. Cana S.A. - Entende-se que a qualificação de mão de obra para o setor é necessário, como será realizado essa formação dentro do Grupo Adecoagro? Jesner E. O SENAI MS já atende o Gru-

po ADECOAGRO há algum tempo. Muitas ações de formação profissional estão em andamento, principalmente em nossa Agência em Ivinhema. Recentemente foram iniciados dois cursos: 1) Introdução a Transbordo e Máquinas Agrícolas; e, 2) Introdução à Colhedora de Cana de Açúcar. São 4 turmas iniciadas no dia 05/02/2014 e mais 6 turmas em 20/02/2014. Cana S.A. - Sabendo que Grupo Odebrechet tem instalando a primeira usina de açúcar e álcool do país africano, como está sendo feita a qualificação dos trabalhadores 770 trabalhadores da indústria? Jesner E. A qualificação do trabalhadores está sendo realizada por uma equipe de 10 instrutores do SENAI MS que ministram cursos de: Operador de Processos Industriais, Assistente de Laboratório, Mecânica Industrial, Eletricista Industrial, Instrumentista, Soldador, Torneiro Mecânico e ainda alguns cursos na área de Segurança do Trabalho com aplicação das Normas Regulamentadoras, como por exemplo, NR 10, NR 13, NR 33. Cana S.A. - Quais as principais entraves hoje dentro da qualificação da mão de obra setorizada? Jesner E. A deficiência na formação educacional básica daquele que demanda qualificação ofertada pelo SENAI é um dos entraves. A baixa escolaridade do trabalhador é um dificultador, uma vez que as tecnologias estão muito presentes nos processos produtivos e a mecanização ocorrida no campo exige capacidades e habilidades que são muitas vezes desenvolvidas durante a

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Entrevista educação básica. O aprendizado básico da matemática e do português, por exemplo, tornou-se um entrave para qualificarmos mais e melhor o trabalhador que vai lidar com novas tecnologias. Cana S.A. - Qual o melhor caminho para promover a educação de qualidade, com inovação e transferência, contribuindo para elevar a competitividade da Indústria Brasileira? Jesner E. O SENAI busca a partir da oferta de seus cursos o alinhamento da formação de competências do trabalhador com as tecnologias disponíveis, tanto relacionadas com o mundo trabalho, como também as tecnologias educacionais e que permitem maior aprendizado. Cana S.A. - Como podemos medir a força do setor sucroenergético no estado? Jesner E. O Estado possui 22 usinas. Na safra 2013/2014 Mato Grosso do Sul moeu 41,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. O volume é 11,28% maior quando comparado à safra anterior, quando MS produziu 37,30 milhões de toneladas. A produção de etanol registrou um total de 2,23 bilhões de litros, crescimento de 16,45%. O setor sucroenergético deve ser o terceiro setor industrial com o maior número de contratações, ficando atrás apenas dos setores de alimentos e bebidas e construção civil. Cana S.A. - Como é feita a formação de um instrutor, que precisa formar pessoas qualificadas para o Setor? Jesner E. O SENAI MS realiza capacita-

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ções pedagógicas ao longo do ano a partir da disponibilização gratuita e contínua de cursos para seus instrutores do quadro em diversas áreas do conhecimento. Cana S.A. - Quais as ferramentas utilizadas hoje pelo Senai para atingir o maior número possível de cidades? Jesner E. O SENAI MS conta com 12 unidades fixas. Outras duas estão em construção, respectivamente, no município de Aparecida do Taboado e Maracaju e devem entrar em operação ainda este ano. O SENAI também atua com suas Unidades Flexíveis por meio de salas de aula móveis distribuídas por outras 25 cidades do Estado. Como tais salas podem ser deslocadas, temos a capacidade de chegar a todos os municípios do Estado. Cana S.A. - Quantas vagas o Senai disponibiliza hoje para a qualificação profissional no Estado e quantas delas são para o setor sucroenergético? Jesner E. O SENAI MS possui o maior programa de formação profissional de Mato Grosso do Sul: o SENAI Educa. Em 2014 serão ofertadas 81.399 vagas em 269 cursos das modalidades de educação profissional técnica de nível médio, qualificação profissional, iniciação profissional, especialização profissional, superior, pós-graduação distribuídos pelos 79 municípios, sendo 73.457 vagas gratuitas (90,3%) para os alunos. Em relação ao setor específico, o SENAI disponibilizará vagas para curso técnico em açúcar e álcool e técnico em química, bem como em áreas transversais na eletroeletrônica, mecânica de manutenção, operação de processos, dentre


outras, possibilitando o atendimento às necessidades de forma abrangente. Cana S.A. - Quem pode procurar a parceria com o Senai? Jesner E. A parceria com o SENAI MS está aberta a todos os interessados e alinha-

dos com a sua missão: “Promover a educação profissional e tecnológica, a inovação e a transferência de tecnologias industriais, contribuindo para elevar a competitividade da Indústria de Mato Grosso do Sul”. Junior Cordeiros

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Logística

Transportadores de MS buscam saída pelo Paraguai

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segmento do transporte em Mato Grosso do Sul conta hoje com mais de 1.700 empresas que juntas somam uma frota que supera os 50 mil caminhões, gerando mais de 150 mil empregos diretos. A fim de buscar esforços de novas rotas para escoar a produção de Mato Grosso do Sul, a diretoria do Sindicato das Empresas de Transporte e Logística de Mato Grosso do Sul (SetLog-MS) embarcou para uma importante missão no Paraguai. Junto com o governador André Puccinelli, os secretários estaduais Tereza Cristina (Desenvolvimento, Produção, Comércio e Turismo), Carlos Alberto Negreiros (Meio Ambiente, Planejamento e Tecnologia), Edson Giroto (Obras e Transportes), presidente da Fiems (Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul), Sérgio Longen, e da Famasul (Federação da Agricultura do Estado de MS), Eduardo Riedel, entre outras autoridades, os representantes do SetLog-MS se reunirão com o presidente do Paraguai, Horácio Manuel Cartes Jara, para, entre outros assuntos, tratar do transporte dos produtos de nosso estado, em especial a soja, pelo porto de Concepcion, que dá acesso fluvial aos portos da Argentina, por onde os produtos seriam exportados com maior agilidade e economia.

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“Depois que fizemos a Rota da Integração Latino Americana (RILA), no fim de setembro do ano passado, expedição que levou 90 pessoas entre empresários e políticos a bordo de 30 caminhonetes até os portos do Chile, temos trabalhado incansavelmente para que o transporte de nossa produção encontre uma saída mais econômica, rápida e viável. Hoje temos um colapso nos portos brasileiros, que já não suportam mais o volume de produtos que chegam. Ter uma alternativa é vital para o desenvolvimento de Mato Grosso do Sul”, afirma Cláudio Cavol, presidente do SetLog-MS, que comporá a comitiva que vai ao Paraguai. Praticamente todos os produtos que entram ou saem do estado são transportados por esse caminhões. “Nosso segmento precisa andar de mãos dadas com as autoridades estaduais e federais. Temos que juntar forças para melhorar a logística em nossas estradas e também na ponta final do transporte de exportação, que são os portos. A expedição que fizemos em 2013 mostrou que não estamos passivos diante da perda de competitividade e da falta de estrutura. Precisamos de ações a curto prazo para crescer economicamente”, finalizou Cláudio Cavol. Junior Cordeiros Fonte: Setlog


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NERI GELLER é novo ministro da Agricultura

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novo ministro da Agricultura, Neri Geller, assumiu efetivamente a pasta em cerimônia de transmissão do cargo, pelo ex-ministro Antônio Andrade (PMDB-MG), que deixou o ministério para disputar uma vaga na Câmara dos Deputados nas eleições deste ano. Neri Gueller disse durante cerimônia de transmissão do cargo, que sua atuação será pautada na lealdade, transparência e ética e focada no bem-estar da sociedade, a partir do fortalecimento econômico da atividade agropecuária do país. Ainda ressaltou que pretende reestruturar alguns setores críticos do ministério, como o Departamento de Logística e a Secretaria de Defesa Agropecuária e ter um vínculo forte com os fiscais agropecuários, reforçando a área. Nascido no Rio Grande do Sul, de uma família de produtores rurais, o futuro titular da Agricultura já atuou como produtor rural e empresário no Mato Grosso, estado em que fez carreira. O ministro citou os pilares que devem nortear sua atuação à frente do Ministério da Agricultura. Além das restruturações de determinadas áreas, ele citou a discussão e o fortalecimento do Plano Safra

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2014/2015, além da ampliação e abertura de mercados para a agroindústria, ou seja, produtos industrializados com valor agregado, “para que o mundo possa, efetivamente, sentir confiança no Brasil e sentir que a grande segurança alimentar passa necessariamente pela produção nacional. Ela [a agricultura] vai agregar valor, gerar emprego e vai fortalecer a economia do nosso país”. Gueller criticou a demora na liberação, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), da comercialização de defensivos agrícolas necessários para a proteção da safra e disse que dará atenção especial ao tema. “Não é possível alguns registros que podem ser liberados com mais eficiência e rapidez levarem de dois a quatro anos para serem liberados”, disse o ministro, enfatizando sua disposição para enfrentar o problema internamente, dentro do governo. O ministro, que recebeu apoio da bancada parlamentar de Mato Grosso e da maior parte das entidades ligadas ao agronegócio, assumiu no lugar do ex-ministro Antônio Andrade (PMDB-MG), que deixou o cargo para se candidatar às eleições de outubro deste ano.


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Opinião Opinião

RETROSPECTIVA 2013 E O AGRO Por José Otavio Menten, Presidente do Conselho Científico para Agricultura Sustentável (CCAS), vice-presidente da Associação Brasileira de Educação Agrícola Superior (ABEAS), Eng. Agrônomo, Mestre e Doutor em Agronomia, Pós-Doutorados em Manejo de Pragas e Biotecnologia, Professor Associado da USP/ESALQ.

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relevância de um assunto ou fato pode ser mensurado pelo destaque alcançado na mídia. O agro é um dos setores mais importantes do Brasil, sob os pontos de vista econômico, social e ambiental. O agro brasileiro foi responsável por cerca de 23% do PIB nacional, por 36% dos empregos e pelo saldo positivo de nossa balança comercial; o produtor rural é o maior ambientalista em ação. Entretanto, a análise de diversas retrospectivas sobre 2013 mostra que pouco destaque foi dado ao setor. Os “balanços” publicados no final de 2013 e início de 2014, que destacam as notícias relevantes do ano passado, mostraram que diversos outros temas prevaleceram. Relacionada ao agro foi destacada a responsabilização da inflação pelo custo do tomate; o fato do valor da cesta básica vir se reduzindo ao longo dos últimos anos, graças à tecnologia incorporada nos processos produtivos, que vem possibilitando o acesso a alimentos de qualidade à população, não foi discutido. Também foi amplamente divulgada a fila de caminhões na chegada ao litoral paulista, atrapalhando o trânsito de turistas. Carregados de grãos, tiveram que aguardar vários dias para despejar a carga no Porto de Santos, trazendo dívidas para o Brasil. Um dos assuntos que mais chamaram a atenção em 2013 no Brasil foram as manifestações de rua, reivindicando melhores

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serviços a população e indicando que “o gigante acordou”. O movimento incluiu ações de black blocks e vandalismo, que influenciaram a popularidade de governos e de pré-candidatos nas eleições de 2014. Outro tema que polarizou as atenções foi o julgamento dos mensaleiros, que culminou com a prisão de personalidades da política nacio-


nal e o surgimento de nova liderança representada por Joaquim Barbosa, Presidente do STJ. A campanha “onde está o Amarildo?”, envolvendo a polícia do Rio de Janeiro; a derrocada de Eike Batista, um dos homens mais ricos do mundo e a vitória do Brasil na Copa das Confederações receberam muita atenção. O incêndio na Boate Kiss, em Santa Maria/RS, que matou 242 jovens, dominou o noticiário por muito tempo, assim como a discussão sobre a publicação de biografias não autorizadas de famosos, principalmente de cantores muito populares e a depredação do Instituto Royal, em São Roque/SP, com a liberação de 178 cães da raça Beagle, utilizados no desenvolvimento de remédios que salvam vidas humanas. Em nível internacional, tiveram grande destaque a renúncia do Papa Bento XVI e a escolha do jesuíta argentino, Jorge Mario Bergolio como Papa Francisco, e a morte de um dos maiores líderes dos últimos tempos, o sul-africano Nelson Mandela. Ainda mereceram destaque as mortes do venezuelano Hugo Chávez e de Margaret Thatcher, ex-premier britânica. A morte do menino boliviano Kevin Espada em jogo envolvendo o Corinthians foi destaque no mundo esportivo internacional. Ainda foram considerados relevantes fatos como a espionagem dos EUA, revelada por Edward Snowden, culminando com seu asilo na Rússia; a crise síria e a liberação da maconha no Uruguai. Também tiveram ampla cobertura a diminuição do poder dos Estados Unidos; o fortalecimento da primeira ministra da Alemanha, Angela Merkel; o atentado durante a Maratona de Boston e a morte de 366 imigrantes ilegais da Somália e Eritréia perto da Ilha de Lampedusa, na Itália, em naufrágio. Fatos relevantes para a qualidade de vida das pessoas, como o agro continuar sendo o

“carro chefe” da economia brasileira, não tiveram o merecido destaque. O PIB do agro cresceu quase 3,5% em 2013 em relação a 2012. O VBP (Valor Bruto da Produção) agropecuária (“dentro da porteira”) foi de R$ 430 bilhões, 10% superior ao de 2012. A safra de grãos em 2012/13 foi de 195,9 milhões de toneladas, 15% superior a de 2011/12, com destaque para soja, milho e arroz; a área cultivada aumentou apenas 3,6%. O agro brasileiro exportou em 2013 cerca de US$ 100 bilhões (4,3% a mais que em 2012), possibilitando saldo positivo de US$ 83 bilhões (4,4% maior que em 2012). O agro foi responsável por mais de 41% das nossas exportações, com destaque para o complexo soja, carnes, açúcar/álcool, produtos florestais, milho, café e couro. O principal destino das exportações do agro foi a China, seguida pela União Europeia. O ano de 2013 serviu, também, para mostrar os problemas do agro e a necessidade de investimentos em ensino, pesquisa, extensão e fiscalização, para que continue sendo a nossa “âncora verde” da economia. O caso Helicoverpa armigera, praga quarentenária que se estabeleceu e causou danos de cerca de R$ 3 bilhões, mostrou a fragilidade da defesa agropecuária e a morosidade em tomar decisões adequadas para possibilitar o manejo de problema novo. O assunto foi tema em programas muito populares, como o “Mais Você” da Ana Maria Braga. Também foram pouco evidenciados os problemas da legislação trabalhista rural, das terras indígenas e do licenciamento ambiental para o agro. O mundo considera o agro brasileiro como sendo o que mais vem contribuindo para atender à demanda mundial de alimentos. É necessário que as realizações e problemas do agro brasileiro sejam incluídos nas grandes discussões nacionais, alcançando a relevância que o setor representa.

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Cana EM FOCO

Foto: DHE Produções

O prefeito de Dourados Murilo Zauith-PSB no lançamentoda 50 Expoagro

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50ª Feira Agropecuária Internacional de Dourados acontece de 23 de maio a 1 de junho no parque de exposições João Humberto Andrade de Carvalho. Através desses 50 anos de Feira as pessoas puderam acompanhar o crescimento econômico de Dourados. A novidade deste ano é a interação com as redes sociais. Enquetes, informações e promoções serão divulgada nas páginas e perfis oficiais da feira. A tag #expoagro50 servirá para identificar as postagens sobre a 50ª Expoagro e para a participação nas promoções divulgada nos perfis.

Os ingressos já podem ser comprados (Pista Inteira: R$ 30,00 Pista Meia: R$ 15,00), e também conta com um passaporte pista para todos os dias(Inteira: 1º Lote: R$ 150,00/2º Lote: R$ 160,00/ Meia: 1º Lote: R$ 75,00/2º Lote: R$ 80,00).

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PRIVATIZAÇÃO

BR-163

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BR-163 é uma das principais vias de escoamento da produção de grão do centro-oeste e norte do Brasil, responsável pelo crescimento do PIB de Mato Grosso do Sul. Além de ser grande canal de exportação, com a rodovia duplicada e os pedágios baixos, a via será um impulso à competitividade do Estado. O objetivo principal da concessão é recuperar as vias através da manutenção, conservação, operação e implantação de melhorias na BR 163. A tarifa proposta pela empresa será de 4,38 por 100km com um deságio de 52,7%. Acredita-se que com a privatização da BR haja mais agilidade no momento das viagens, nas condições das estradas, durabilidade das condições do veículo, economia da gasolina e na queda de acidentes nas estradas. A BR-163 é a principal artéria de transporte, integração social, troca de mercadorias e crescimento do nosso estado, temos o dever de trata-la bem, porque ela cumpriu o seu papel há 10 anos atrás. A Rodovia foi construída há mais de 35 anos atrás, e a região do nosso Estado se desenvolveu, mas a BR não acompanha este desenvolvimento que trouxe o aumento do fluxo de carros e caminhões na Rodovia, que antes não chegava há 5% do movimento que é hoje. Segundo as pesquisas o trecho da BR-163 em

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Mato Grosso do Sul após a privatização da rodovia, custará R$ 37,10 com pedágio. Ao todo serão nove postos de pedágio instalados, num trecho de 847,2 km entre a fronteira com o Paraná (Mundo Novo) e a fronteira com Mato Grosso (Sonora), abrangendo em torno de vinte cidades no trajeto. No final de 2013, a Companhia de Participações em Concessões (CPC), que faz parte do Grupo CCRMSVia, venceu a disputa pelo trecho sul da BR-163 no Mato Grosso do Sul, no quarto leilão do programa de concessões de rodovias do governo deste ano. A concessão foi ganha quando a CCRMSVia ofereceu 0,04381 por quilômetro, deságio de 52,74% sobre a tarifa teto de pedágio fixada pelo governo de R$ R$ 0,0927 por quilômetro. A Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Famasul) acredita que a privatização da BR 163 irá dar mais segurança aos motoristas, independente dos números dos valores fixados, não pode ser visto como um preço elevado, caro é ter que pagar pelos prejuízos causados pela via má conservada e deficiente de infraestrutura. Na análise positiva, a duplicação vai resolver um gargalo logístico, proporcionar maior segurança e reduzir gastos (como combustível e pneu). Porém, a mesma cobrança de pedágio (R$ 4,38 a cada 100 quilômetros) deve encarecer o frete em até 20%, com reflexo direto no bolso dos consumidores.


Questionamentos a respeito das obras de duplicação de 847 quilômetros da BR-163 foram feitos também na Assembleia Legislativa. Os parlamentares têm a grande responsabilidade de fiscalizar todo esse processo, que também consiste da implantação de pedágios ao longo da rodovia, além de averiguar se a população está satisfeita com essa cobrança no Estado. Em Mato Grosso do Sul já existe o Fundersul (Fundo de Desenvolvimento do Sistema Rodoviário de Mato Grosso do Sul), que tem por objetivo melhorar a malha viária estadual. Se apenas 10% das obras estiverem prontas e já forem colocados os pedágios, o dinheiro arrecadado será realmente investido apenas na duplicação da rodovia ou em mais alguma coisa?”, questionou o parlamentar Cabo Almi, frisando que é necessário agir com muita responsabilidade nestas obras. A Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul foi palco da audiência pública “Impactos sociais e econômicos causados pela duplicação da BR-163 para os municípios de MS”, com previsão de ser realizada dia 10 de março no plenário Júlio Maia. Conforme o Deputado Junior Mochi, 22 municípios sul-mato-grossenses possuem grande parte de seu território às margens da BR-163 e por isso, segundo o deputado, é importante que sejam informados pela CCR sobre os impactos que serão causados a essas cidades. “Temos que saber como ficará a distribuição do ISS (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza) para as cidades diretamente margeadas pela rodovia. Também é preciso esclarecer quais serão os impactos ambientais e de que forma será feita essa duplicação”, explicou Mochi. Presidente do Setlog/MS (Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística), Claudio

Cavol, avalia que o pedágio somente seria competitivo se tivesse teto de R$ 3,00 “Encarece o transporte, com reflexo para o produtor como também para os consumidores”, afirma. Muitos temem que os caminhoneiros que seguem do Mato Grosso para o Porto de Paranaguá, no Paraná, cortem caminho por Goiás, fugindo da cobrança em Mato Grosso do Sul. O presidente do Setlog exemplifica que um “rodotrem”, veículo com nove eixos, pagará R$ 39,42 a cada praça de pedágio, que, ao todo, vão chegar a nove pontos de cobrança. “Serão R$ 355,00 para


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atravessar o Estado. Lembrando que a carga do agronegócio não tem grande valor agregado”, salienta. Ainda para demonstrar como a cobrança onera o frete, Claudio Cavol explica que o transporte de 37 toneladas de soja, com valor de R$ 150 a tonelada, é de R$ 5.550. Caso o caminhão parta da região Sul do Estado em direção ao Paraná, deve gastar R$ 200 em pedágio. Ou seja, 4% do valor do frete será consumidor pela cobrança para utilizar a via. Para a Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul), a duplicação da rodovia torna Mato Grosso do Sul mais competitivo. A previsão é que o

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contrato seja assinado em 6 de março de 2014. O estudo Centro-Oeste competitivo verificou que o fluxo de veículos na BR-163 chega a sete mil por dia, sendo 4.500 caminhões. “Em quatro anos, colocamos mais 20 milhões de toneladas circulando na rodovia, com supersafra de soja, milho, exportação de celulose”, afirma o diretor executivo e coordenador do Centro-Oeste Competitivo, Jaime Verruck. A duplicação será de 10% do trecho arrematado (de 846 quilômetros) já nos primeiros 18 meses da concessão. Depois de cinco anos, toda a rodovia já precisa estar duplicada, de acordo com regras previstas no edital. A CCR é lídera 15% das rodovias concedidas no Brasil. O trecho da BR-163 em MS será a vigésima primeira rodovia administrada pela empresa e a primeira fora da região Sudeste. A cobrança da tarifa só poderá ter início após a conclusão dos trabalhos no sistema rodoviário e a execução de 10% das obras de duplicação. A estimativa de investimento soma cerca de R$ 6 bilhões em 30 anos de concessão. A Duplicação esta prevista para iniciar agora em maio, com uma programação de neste 1º plano se duplicar cerca de 82 Km, picados em 8 trechos diferentes. A empresa terá que fazer 81,3 km até setembro deste ano. Ao final de 5 anos a mesma terá que duplicar 806,3 Km para continuar com a concessão da BR. Serão investidos 3,4 bilhões neste 5 primeiros anos, e 5,5 bilhões durante os 30 anos de concessão. A CCR promete 3 mil empregos entre os cargos de administração e operação nos primeiros cinco anos e 1 mil empregos durante os 30 de concessão. São 5 Bilhões em impostos em toda a concessão sendo que 1 bilhão em ISSQN destinado as cidades lindeiras.


A cobrança do pedágio só iniciará após a implantação de 10% da extensão total das obras de duplicação, serão construídas 17 bases operacionais do Sistema de Atendimento ao Usuário (SAU), além da instalação de câmeras de monitoramento e um serviço telefônico exclusivo, administrados por um moderno Centro de Controle Operacional (CCO). Infelizmente o Governo Federal não faz nada para mudar isso, é um genocídio que ele permite ao desenvolvimento da rodovia. A alguns anos foi criado o IPVA para a manutenção da estrada, onde a população acreditou realmente que esse dinheiro mudaria a situação das BR, o que não aconteceu. Usa-se o dinheiro do IPVA pra que? Já que temos este tipo de governo, a privatização vem pra para os números de acidentes e agraves nas rodovias, o número de mortes ainda é muito grande. Acredita-se que a privatização possa acalmar e diminuir esses índices. João que é Caminhoneiro a 5 anos e trabalha para um empresa particular afirma “A privatização vai ser boa sim, ela vai trazer mais segurança para

nós motoristas, não se compara, vai existir assistência para nós e isso vai fazer a diferença”. Quando se começa a cobrar pedágio nas vias, é normal que se procura rotas alternativas para fugir dos gastos, como aconteceu em São Paulo e Paraná. O que se pode fazer quando não se foge dos pedágios é saber que tipo de privatização vai acontecer em nossas estradas. É dever dos nossos governantes informar a população do tipo de serviço que será oferecido. Privatização não é apenas colocar uma chancela lá, tapar buracos e pagar o pedágio. A população tem obrigação de ficar atenta aos serviços que serão oferecidos. A privatização tem seus benefícios sim. Há os gastos com pedágios, mas se diminui o gasto com a manutenção dos transportes: Gasta-se menos pneu, o caminhão de carga faz menos esforço; Menos combustível, Menos óleo. O que se critica é o porque no mato Grosso do Sul vamos pagar o dobro da taxa cobrado no Mato Grosso? Os valores vão começar se refletir no frete, ou seja, todos vamos pagar por este serviço. Nos resta cobrar nosso representantes, para que o serviço cobrado faça juízo a população.

O presidente da CCRMSVia Maurício Soares juntamente com Diretor Juvêncio Pires, anunciaram, os planos e os projetos da Concessão da BR 163 durante os 30 anos em uma coletiva especifica a imprensa em Campo Grande. Segundo a empresa, seu principal objetivo com a concessão é recuperar as vias através da manutenção, conservação, operação e implantação de melhorias na BR 163, com uma tarifa proposta de 4,38 por 100km com um deságio de 52,7%. A Duplicação esta prevista para iniciar agora em maio, com uma programação de neste 1º plano se duplicar cerca de 82 Km, picados em 8 trechos diferentes. A empresa terá que fazer 81,3 km até setembro deste ano. Ao final de 5 anos a mesma terá que duplicar 806,3 Km para continuar com a concessão da BR.

Serão investidos 3,4 bilhões neste 5 primeiros anos, e 5,5 bilhões durante os 30 anos de concessão. A CCR promete 3 mil empregos entre os cargos de administração e operação nos primeiros cinco anos e 1 mil empregos durante os 30 de concessão. São 5 Bilhões em impostos em toda a concessão sendo que 1 bilhão em ISSQN destinado as cidades lindeiras. A cobrança do pedágio só iniciará após a implantação de 10% da extensão total das obras de duplicação, serão construídas 17 bases operacionais do Sistema de Atendimento ao Usuário (SAU), além da instalação de câmeras de monitoramento e um serviço telefônico exclusivo, administrados por um moderno Centro de Controle Operacional (CCO). Junior Cordeiros

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Safra de Cana

Safra 2014/2015 é uma oportunidade de recuperação Por Leandro Abreu/Grupo Sato

Mato Grosso do Sul deve moer na safra 2014/2015, 6,76% a mais de cana-de-açúcar do que na anterior, com expectativa de colheita de 44,3 milhões de toneladas de cana.

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Safra iniciou na primeira quinzena de março de 2014, com 22 unidades operantes, sendo 100% das usinas do estado associadas á Biosul. O levantamento desta safra foi calculado e coordenado pela Federação, dada através do estudos de dados da Embrapa, CTC, IBGE e Associadas. Hoje podemos afirmar que das 22 usinas operantes, 22 trabalham com o Etanol Hidratado, 11 com o Anidro, 12 com VPH, 6 com o açúcar cristal, 1 com o açúcar refinado e 12 com Bioeletrecidade. Nesta primeira estimativa da safra, quatro unidades conseguiram antecipar o início da safra já na primeira quinzena de março. 14 unidades já estão em operação, com a capacidade de 58% da produção da moagem. O que pode-se afirmar é que o clima teve impacto na safra do MS. A quatro anos que o clima

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se comporta de forma atípico. As geadas do ano passado afetaram sua safra, refletindo seus impactos na safra atual. As chuvas em janeiros conseguiram minimizar os efeitos da estiagem, trazendo alguns aspectos positivos, diminuindo os estragos que prejudicaram o desenvolvimento dos canaviais. Há uma previsão de El niño para este ano, com um possível risco de atrapalhar a atual safra. A safra teve um aumento de 11,6% da área usada para a cana-de-açúcar no Estado, o setor sucroenergético usa 808 mil hectares para o cultivo da cana que é moída nas usinas do MS. Desse território 682 mil hectares serão colhidos nesta safra. Os outros hectares são dividos em viveiros de mudas áreas de plantio e etc. A produtividade agrícola deve ser de 65 toneladas por hectare. Na safra passada, a produti-


vidade ficou em 66 toneladas por hectare. A Biosul considera um índice baixo, comparado à média do próprio estado e da Região Centro/ Sul, que chega a 85 toneladas por hectare. A entidade explica que a perda é reflexo de uma sequência de quatro safras com prejuízos causados por fatores climáticos. Os dados apontam um freio na expansão do setor, onde não se fala em criação de novos empregos, mas continua investindo em melhorias na qualificação e na mão de obra especializada. Etanol A produção de etanol deve registrar um total de 2,44 bilhões de litros, o que representa um novo recorde para o Estado, com aumento de 9,74% sobre os 2,23 bilhões da safra passada. O Etanol

Anidro, que é misturado à gasolina, na proporção de 25%, deve crescer 13,9%, saindo de 587 milhões de litros para 668 milhões. O Etanol Hidratado, utilizado nos veículos flex e dedicados a etanol deve registrar produção de 1,77 bilhão de litros, o que representa um crescimento de 8,26% sobre os 1,64 bilhões de litros. Açúcar A produção de açúcar, prejudicada na safra passada pelo baixo teor de sacarose deve apresentar recuperação, com um aumento de 19,12% atingindo 1,63 milhões de toneladas. Na safra passada foram produzidas 1,36 milhões de toneladas. Bioeletricidade O excedente de bioeletricidade gerado pelas usinas do MS e

exportado para o Sistema Integrado Nacional poderá chegar a 2.182,7 GWh , com aumento de 35% sobre os 1.609 GWh, da safra passada. Junior Cordeiros

Recorde em início de safra não garante boa previsão para próxima safra

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egundo dados da UNICA o acumulado da safra 2013/2014 até 1º de janeiro de 2014, a moagem das unidades produtoras da região Centro-Sul do Brasil alcançou o recorde histórico de 594,10 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. Este volume é 11,82% maior comparativamente aquele observado no mesmo período da safra 2012/2013. Em dezembro, a quantidade moída somou 23,99 milhões de toneladas (dos quais 18,05 milhões de toneladas processadas na primeira metade do mês e 5,94 milhões de toneladas na quinzena seguinte), crescimento de 15,79% sobre aquela verificada no mesmo mês de 2012. Segundo o diretor Técnico da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Antonio de Padua Rodrigues, “a safra atual está praticamente concluída, já que poucas unidades permanecerão em atividade nas próximas quinzenas, com produção marginal.” Nos últimos 15 dias de dezembro, 115 usinas registraram moagem, contra 70 computadas na mesma quinzena do ano anterior. Destas 115 unidades, 12 devem continuar em operação em janeiro. Em relação à produtividade agrícola, esta totalizou 73

toneladas de cana-de-açúcar por hectare em dezembro, segundo dados do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC). Mas segundo a Copersucar maior comercializadora de açúcar e etanol do mundo, a safra de cana-de-açúcar do centro-sul do Brasil em 2014/15 foi estimada em 570 milhões de toneladas, sendo afetada pela seca e pelo calor intenso em janeiro, disse nesta segunda-feira O que indica uma queda na comparação com a moagem de cana registrada no centro-sul na temporada anterior. O número da Copersucar indica também uma forte queda ante a previsão anterior de uma safra de 610 milhões de toneladas, para a temporada que começa a ser colhida oficialmente em abril. A redução foi atribuída a uma clima seco na região, segundo a assessoria de imprensa da Copersucar. A Unica, associação que reúne as principais empresas do setor sucroenergético, avaliou na semana passada que a nova safra deve ficar estável ante a temporada 2013/14, quando foram processadas 596 milhões de toneladas, devido à seca que reduziu o potencial de crescimento de moagem. Junior Cordeiros ABRIL 2014 | CANA S.A. | A energia da informação

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Gestão e Governança

Longen apresenta projeto Campo Grande Mais Indústria ao prefeito Gilmar Olarte O presidente da Fiems reuniuse com o prefeito da Capital nesta quinta-feira (24/04)

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urante reunião realizada nesta quinta-feira (24/04), no Edifício Casa da Indústria, em Campo Grande (MS), o presidente da Fiems, Sérgio Longen, apresentou ao prefeito Gilmar Olarte o Projeto “Campo Grande Mais Indústria”, que busca permitir o desenvolvimento sustentável dos empreendimentos instalados no município e melhorar a logística urbana, aumentando a competitividade das empresas da Capital. Na prática, o Projeto consiste na elaboração do perfil industrial da cidade, comprometimento da Prefeitura com a transparência e discussão de programas e projetos que afetam o desenvolvimento industrial local e ampliação da capacidade de atração de novos investimentos para a cidade. Segundo Sérgio Longen, o prefeito Gilmar Olarte demonstrou

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vontade política para a implantação do Projeto e comprometeu-se em buscar o apoio dos vereadores para que se possa criar uma agenda positiva para Campo Grande. “A reunião foi muito positiva e agora precisamos viabilizar as condições para a execução do Campo Grande Mais Indústria. O prefeito assumiu o compromisso de colocar toda a equipe à disposição da Fiems e vamos solicitar também o auxilio dos vereadores nesse processo, explicando a eles a importância do setor industrial para o desenvolvimento do município”, pontuou, explicando que o Projeto deve avançar tecnicamente de agora em diante e ser implantado já a partir deste primeiro semestre. Já o prefeito Gilmar Olarte reforçou que o Campo Grande Mais Indústria vem ao encontro com as intenções da Prefeitura de


estabelecer parcerias com entidades preparadas e estruturadas para que possam ser executados projetos de desenvolvimento para o município. “Nós não temos nenhuma dificuldade em viabilizar tudo aquilo que for de responsabilidade da Prefeitura, mas vamos precisar do apoio de Câmara de Vereadores para que possamos executar esse Projeto. Com relação à disponibilização dos Cras (Centros de Referência de Assistência Social) para a realização de cursos de formação profissional pelo Senai, sem dúvida nenhuma vamos agilizar esse pedido, pois entendemos que projetos como esse são de fundamental importância para desafogar algumas setores da Prefeitura que atuam na busca de investimentos para a cidade”, declarou, entregando ao presidente da Fiems o alvará de autorização para a obra de reforma e ampliação do Sesi e da Incubadora Sindical da Fiems na Avenida Afonso Pena, que receberá investimento de R$ 3,1 milhões. Principais pontos O “Campo Grande Mais Indústria” tem seis pontos principais: estruturação dos núcleos industriais e polos empresariais; educação profissional; logística; prorrogação dos incentivos fiscais; alteração da estrutura do Codecon (Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico); e viabilização para a construção da Nova Escola do Sesi. No caso do primeiro ponto, a

Fiems reivindica a implantação de infraestrutura com asfaltamento e iluminação de todos os núcleos industriais e polos empresariais, instalação de creche em parceria com as indústrias, ampliação e replanejamento do transporte coletivo para atendimento dos polos, adequando-se aos turnos de trabalho das empresas, criação de distritos industriais planejados com infraestrutura vocacionada, de forma a permitir licenciamento ambiental coletivo, gestão de resíduos sólidos e serviços comuns às empresas. Já na parte de educação profissional o “Campo Grande Mais Indústria” estabelecer parcerias entre a Prefeitura e o Sistema Fiems para ampliar a qualificação profissional nos bairros da cidade. Nesse ponto, a Prefeitura compromete-se com a doação de áreas para implantação de Centros de Formação Profissional e Escolas do Sesi e Senai em áreas de interesse, criação de programas de qualificação profissional nos bairros de Campo Grande voltados às demandas do setor industrial, enquanto o Sistema Fiems, por meio do Senai articulado com a Secretaria Municipal de Assistência Social, vai disponibilizar, ao longo deste ano, 11 mil vagas em 20 cursos de qualificação profissional, tendo como público alvo os integrantes do Bolsa Família e utilizando como estrutura os Cras, as salas de aula móveis e as unidades fixas do Senai.

No caso da logística, a Fiems reivindica a criação e implantação do Terminal Intermodal de Cargas com gestão privada, implantação de área alfandegada pela Receita Federal e definição de regras do modelo de concessão com Parcerias Pública Privadas (PPPs). A parte de prorrogação de incentivos fiscais consiste na garantia da concessão do benefício relativo ao IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) às empresas em instalação, ampliação ou reativação na Capital e, no caso dos investimentos que demandarem a construção ou reforma, será garantido o benefício relativo ao ISSQN (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza) sobre a obra, seja para empresas já beneficiadas ou em processo de instalação ou reativação no município. Incentivos A Fiems propõe ainda que para as empresas já instaladas e que tenham novos planos de investimentos a Prefeitura estabeleça um marco zero na concessão do benefício relativo ao IPTU e ISS. Para tanto, a Fiems elaborou um quadro que poderá ser utilizado como parâmetro para a concessão de benefícios para empresas em processo de instalação na Capital. No caso do IPTU, o benefício a ser concedido para as empresas vai depender da pontuação obtida e do investimento fixo mínimo exigido, com os descontos podendo variar de 30% a 100%, no período de 5 a 10 anos. No ISSQN sobre a obra (construção ou reforma, quando tiver), a isenção também vai variar de 30% a 100%, dependendo da pontuação obtida e do investimento fixo mínimo. Uma empresa com 10 pontos e investimento mínimo de R$ 100 mil, por exemplo, o desconto do IPTU será de 30% por 5 anos, podendo chegar a 100% por 10 anos para estabelecimentos com mais de 50 pontos e com investimento superior a R$ 500 mil.

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Agrobussines

Parceria entre governo e prefeitura garante instalação de indústria da borracha em Cassilândia Foto: Edemir Rodrigues

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governo do Estado, através da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo (Seprotur), firmou parceria com a Prefeitura de Cassilândia para aquisição de uma área de 100 hectares para ampliar o núcleo industrial do município e viabilizar a instalação de quatro indústrias beneficiadoras de borracha, totalizando investimento de aproximadamente R$ 1,3 milhão. Com o objetivo de fomentar a industrialização e diversificar a matriz econômica de Mato Grosso do Sul, o governo do Estado garantiu R$ 1,05 milhão para a aquisição da área onde serão instaladas as indústrias que vão gerar cerca de 250 empregos diretos.

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“Esses empregos serão gerados somente nas indústrias. Quando começarem a extrair a matéria prima das seringueiras, para a produção da borracha, a criação de empregos passará de três mil vagas”, disse o secretário de produção, Paulo Engel. O secretário afirmou ainda que a administração pública não mede esforços para atrair empresas dos mais diversos segmentos industriais para o Estado, de forma a garantir o crescimento continuado da economia. “Além da parceria na aquisição da área, o governo vai conceder todos os incentivos fiscais e tributários cabíveis para que a implantação das empresas dê certo”, finalizou. Tania Barata Sother



Inovação & Tecnologia

Benefícios

do

Biodiesel

C

ada vez mais o preço da gasolina, diesel e derivados de petróleo tendem a subir. A cada ano o consumo aumenta e as reservas diminuem. Além do problema físico, há o problema político: a cada ameaça de guerra ou crise internacional, o preço do barril de petróleo dispara. Derivado do petróleo, o Biodiesel chega como uma nova alternativa aos veículos. Fabricado a partir de fontes renováveis (girassol, soja, mamona), é um combustível que emite menos poluentes que o diesel. Dados apontam uma redução de 70% nas emissões de Gases do Efeito Estufa com o uso do biodiesel em detrimento ao diesel mineral no Brasil, além de reduzir as emissões de substâncias maléficas à saúde. No Brasil se explora menos de um terço de sua área agricultável, o que constitui a maior fronteira para expansão agrícola do mundo. O potencial é de cerca de 150 milhões de hectares, sendo 90 milhões referentes à novas fronteiras, e outros 60 referentes a terras de pastagens que podem ser convertidas em exploração agrícola a curto prazo. O grande mercado energético brasileiro e mundial poderá dar sustentação a um imenso programa de geração de emprego e renda a partir da produção do biodiesel. Estudos desenvolvidos pelos Ministério

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do Desenvolvimento Agrário, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ministério da Integração Nacional e Ministério das Cidades mostram que a cada 1% de substituição de óleo diesel por biodiesel produzido com a participação da agricultura familiar podem ser gerados cerca de 45 mil empregos no campo, com uma renda média anual de aproximadamente R$4.900,00 por emprego. Admitindo-se que para 1 emprego no campo são gerados 3 empregos na cidade, seriam criados, então, 180 mil empregos. Vários testes com biocombustíveis, dentre os quais com o biodiesel puro e com uma mistura de 70% de óleo diesel e de 30% de biodiesel (B30), cujos resultados constataram a viabilidade técnica da utilização do biodiesel como combustível, os elevados custos de produção, em relação ao óleo diesel, impediram seu uso em escala comercial. Em 1975 surgiu a ideia do uso energético de óleos vegetais no Brasil através do Pró-óleo (Plano de Produção de Óleos Vegetais para Fins Energéticos). Seu objetivo era gerar um excedente de óleo vegetal capaz de tornar seus custos de produção competitivos com os do petróleo. Previase uma mistura de 30% de óleo vegetal no óleo diesel, com perspectivas para sua substituição integral em longo prazo. A importância de se introduzir o biodiesel na


nossa matriz energética é baseada em fatores econômicos, sociais e ambientais. O fator econômico é uma alternativa concreta para o consumo interno e diminuição da nossa dependência do mercado de petróleo, além de possibilidades de exportação para o mundo. O fator social tem importância pela sua geração de empregos e manutenção do homem no campo. Por fim, ambientalmente temos um sistema que devolve à atmosfera aquilo que a planta retirou no momento do seu crescimento. A planta absorve o CO2 enquanto cresce, e este é liberado quando ocorre a queima do biodiesel no motor. A produção de oleaginosas também em lavouras familiares faz com que o biodiesel seja uma alternativa importante para a erradicação da miséria no país, ela possibilita a ocupação de enormes contingentes de pessoas. A inclusão social e o desenvolvimento regional, especialmente via geração de emprego e renda, devem ser os principais orientadores básicos das ações direcionadas ao biodiesel, o que implica dizer que sua produção e consumo devem ser promovidos de forma descentralizada e nãoexcludente em termos de rotas tecnológicas e matérias-primas utilizadas. Junior Cordeiros Fonte: Biodieselbr

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A verdade sobre a Bioeletricidade contada no dia da mentira

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ioeletricidade - Ela é gerada a partir da cana- de-açúcar e é desconhecida pela maior parte da sociedade Brasileira, isso de acordo com a presidente da União de Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Elizabeth Farina, e por esse motivo, em abril de 2014 a bioeletricidade foi tema de um seminário na Câmara dos Deputados em Brasília. De acordo com a presidente da UNICA o setor sucroenergético não é muito conhecido, por esse motivo poucos sabem sobre essa forma limpa, renovável, abundante e viável de energia, por isso no dia da mentira conta-se uma verdade com o seminário “1ºde abril: Dia da Verdade Sobre a Bioeletricidade” onde mais de 15 especialistas representantes de empresas do setor sucroenergético e elétrico vão integrar a Frente Parlamentar pela valorização do Setor Sucro Energético “A nova safra de cana está começando agora no Centro-Sul do Brasil, e poderíamos estar oferecendo volumes muito mais significativos de uma eletricidade limpa e renovável. É justamente para tornar isso mais conhecido e explorar formas de alavancar essa opção energética que foi organizado este evento em Brasília. São questões de interesse de todos os brasileiros”, concluiu Farina. Duas Usinas de Itaipu, esse seria o equivalente acrescentado a rede de distribuição

de energia se todo o potencial disponível nos canaviais voltados para bioeletricidade fossem utilizados de acordo com um estudo da EPE (empresa de pesquisa Energética) Dezoito empresas e entidades são parceiras do “Projeto AGORA” que que já conta com o apoio das empresas Basf, Bayer, Dedini, FMC, Monsanto e Syngenta, além das entidades ALCOPAR (Associação dos Produtores de Bioenergia no Estado do Paraná); BIOSUL (Associação dos Produtores de Bioenergia do Mato Grosso do Sul); SIAMIG (Sindicato da Indústria de Fabricação do Etanol no Estado de Minas Gerais); SIFAEG (Sindicato da Indústria dos Fabricantes de Etanol do Estado de Goiás); SINDALCOOL/MT (Sindicato das Indústrias Sucroalcooleiras de Mato Grosso); SINDALCOOL/ PB (Sindicato da Indústria de Fabricação de Álcool do Estado da Paraíba); SINDAÇÚCAR/PE (Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de Pernambuco); SINDAÇÚCAR/AL (Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de Alagoas); Sindicanácool ( Sindicato de Produtores de Cana, Açúcar e Álcool do Maranhão e do Para); ORPLANA (Organização dos Plantadores de Cana da Região Centro-Sul); e a UNICA. Sendo assim a maior iniciativa de comunicação institucional integrada já implantada no Brasil. Maria Izabel Costa ABRIL 2014 | CANA S.A. | A energia da informação

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Aconteceu

Presitente da unica contesta declaração de Graça Foster SETOR SUCROENERGÉTICO BRASILEIRO É PENALIZADO POR POLÍTICAS PÚBLICAS EQUIVOCADAS, NÃO POR AUSÊNCIA DE INVESTIMENTOS COMO AFIRMA A PRESIDENTE DA PETROBRAS Elizabeth farina Presidente da unica

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m “artifício de linguagem, utilizado para inverter a ordem dos acontecimentos e justificar os danos causados ao setor sucroenergético.” Assim a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) interpretou os comentários apresentados no ultimo dia 15 de abril em Brasília pela presidente da Petrobras, Graça Foster, em audiência pública no Senado Federal. No depoimento, Foster atribuiu as dificuldades que vem sendo enfrentadas pelo setor sucroenergético a uma suposta falta de investimentos por parte das empresas do setor. Para a presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Elizabeth Farina, a verdadeira pergunta é por quê um setor que investiu pesadamente e construiu mais de 100 novas usinas entre 2002 e 2010 parou de investir? “A resposta está na decisão do governo de utilizar a Petrobras e o preço dos combustíveis como ferramentas de sua política econômica para controle da inflação. É

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incompreensível e surpreendente que a Petrobras, tão vítima quanto o etanol dessa política, se manifeste dessa forma,” afirmou. A conjuntura que resultou dessas políticas está levando ao fechamento de usinas em todo o Brasil e a um grau de endividamento que tira a viabilidade de boa parte das empresas do setor sucroenergético. É uma conjuntura que vem pressionando o setor há pelo menos sete anos, descapitalizando as empresas, produzindo desemprego e repercussões negativas para toda a cadeia produtiva da cana-de-açúcar, que impacta mais de mil municípios em 20 estados, 70 mil fornecedores de cana e emprega diretamente mais de um milhão de pessoas. Dados compilados pela UNICA a partir de informações da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), do Banco Central e do Centro de Estudos Avançados em Economia (CEPEA) da Universidade de São Paulo, ilustram


Foto: Antonio Cruz

Não é aceitável que se queira transferir para o setor sucroenergético a culpa pela situação que estamos assistindo

a enorme vantagem concedida à gasolina em relação ao etanol. Os números mostram que enquanto o preço bruto da gasolina praticado pela Petrobras em suas refinarias subiu cerca de 8% entre 2007 e 2014, o valor líquido por litro recebido pela empresa cresceu mais de 40%. O artifício que viabilizou essa transferência de recursos do Tesouro diretamente para o caixa da Petrobras foi a eliminação da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE), que removeu R$0,28 em tributo federal de cada litro de gasolina vendida. Com isto, cerca de R$23 bilhões deixaram de ser arrecadados pelo governo desde 2007 e atenuaram as perdas da Petrobras com a venda de gasolina a preços reduzidos. Enquanto a Petrobras foi fortemente beneficiada com tributos federais eliminados, a produção de etanol enfrentou aumentos elevados de custo de produção. Como atenuante, apenas em 2013 o governo federal anunciou a desoneração do PIS/Cofins sobre o etanol, removendo R$0,12 por litro do etanol hidratado e R$0,048 por litro do anidro. Porém, essa medida, que recupera somente uma pequena parte do que foi concedido para a gasolina, não surtiu o efeito desejado já que um ano depois de anunciada, ainda não foi devidamente regulamentada. “Não é aceitável que se queira transferir para o setor sucroenergético a culpa pela situação que estamos assistindo. O setor vem sendo altamente penalizado por esse conjunto de decisões e

pelo tratamento vantajoso dado à gasolina em detrimento do etanol. O mundo inteiro hoje aponta para a questão das emissões como fundamental para a luta contra as mudanças climáticas, mas o governo brasileiro vai sistematicamente na contra mão, dificultando a própria existência do combustível limpo e renovável que o mundo considera exemplar,” frisou Farina. Mesmo com parcela significativa do setor sucroenergético enfrentando dificuldades financeiras, o setor avançou nos últimos anos, não havendo como concluir que houve perda de competitividade devido a uma suposta falta de investimentos. Enquanto não há um só projeto de nova usina encomendado devido à falta de rentabilidade, as empresas que ainda podem investir e tem acesso a crédito vem aplicando pesados recursos na otimização do parque industrial existente, envolvendo desde a compra de milhares de máquinas e implementos para a mecanização da lavoura, à renovação e expansão de canaviais, infraestrutura logística envolvendo ferrovias, terminais portuários e armazéns. “É importante frisar que, conforme anunciado recentemente pela ANP, a capacidade instalada para produção de etanol no Brasil supera com folga o volume produzido na safra 2013/2014, que foi um novo recorde do setor. Portanto, o real problema não tem a ver com ausência de investimentos ou estrutura para produzir, e sim com a conjuntura criada pelo governo, que ao limitar a competitividade do etanol, faz com que qualquer aumento na produção signifique maiores perdas,” concluiu a presidente da UNICA.

Fonte: Unica Graça Foster - Presidente da Petrobras ABRIL 2014 | CANA S.A. | A energia da informação

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Encerrou no ultimo dia 11 a TECNOSHOW COMIGO edição 2014 com recordes de volume de negócios e público

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eira de tecnologia rural em Rio Verde (GO) movimenta mais de R$ 1,4 bilhão em negócios, durante cinco dias, e registra a presença de mais de 520 expositores. Evento já tem data marcada para 2015 Com mais de 100 mil visitantes, a TECNOSHOW COMIGO 2014 registrou novos recordes de público, de presença de expositores e de volume de negócios. Em cinco dias de feira (7 a 11 de abril), a movimentação foi superior a R$ 1,4 bilhão em negócios, número que é 56% maior que a edição anterior, que registrou R$ 900 milhões. A quantidade de expositores presentes no evento foi de 520 empresas e instituições de diversos segmentos. Com esses números - e consolidada como uma das principais feiras de tecnologia rural do Brasil, sendo a maior do Centro-Oeste -, a TECNOSHOW já recebe solicitações das atuais marcas e de novas empresas para participar da edição de 2015, que está com data marcada: entre 13 e 17 de abril, no Centro Tecnológico COMIGO (CTC). O tema será ‘Rio Verde, palco das inovações energizantes do agronegócio brasileiro’. Espaço de conhecimento e difusão de

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tecnologia para o meio rural, a feira esteve repleta de novidades e lançamentos em máquinas, implementos e equipamentos agrícolas; insumos para pecuária e área agrícola; além de informação por meio de palestras, dinâmicas, plots agrícolas, entre outros. O objetivo foi oferecer ao produtor rural e ao visitante a possibilidade de ampliar o conhecimento e conhecer o que há de mais moderno em técnicas e tecnologias para o agronegócio. Segundo o presidente da COMIGO, Antonio Chavaglia, a feira superou todas as expectativas. “Foi uma surpresa agradável e isso é gratificante em todos os sentidos. Mostra que o produtor, o visitante e o expositor valorizam o evento. Cumprimos com o nosso objetivo em disponibilizar tecnologias e técnicas. em diversas áreas da agricultura e pecuária”, reforça. Para a próxima edição, as expectativas são ainda mais favoráveis. “Já anunciamos a data da feira de 2015 para que todos, principalmente os expositores, possam se programar”, confirma.



Ciência & Pesquisa

Odebrecht Agroindustrial e CTC implantam novos polos de melhoramento genético

“ Projeto inédito desenvolverá

variedades de cana mais adaptadas às novas regiões da cana-de-açúcar e faz parte do projeto do CTC de duplicar seu o número de polos regionais

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Odebrecht Agroindustrial, empresa que atua na produção de etanol, açúcar e energia elétrica a partir da biomassa de cana-deaçúcar, e o CTC - Centro de Tecnologia Canavieira acabam de celebrar um acordo inédito para a implantação de polos de melhoramento genético da cana-de-açúcar em duas Unidades da empresa: Rio Claro e Morro Vermelho, ambas no estado de Goiás. A parceria prevê a implantação de campos experimentais com 25 hectares cada, dentro das duas Unidades. Cada um deles receberá um conjunto de variedades não comerciais (clones) já pré-selecionadas para as condições regionais. A Unidade Morro Vermelho receberá ainda um outro campo para organismos geneticamente modificados para a realização de estudos agronômicos de cana transgênica, um importante diferencial em termos de evolução em pesquisa de cana-de-açúcar visando ganhos de produtividade e sustentabilidade. A Odebrecht Agroindustrial cultiva atualmente mais de 80 variedades da matéria-prima, sendo que na safra 2013/2014 apenas seis delas representaram 83% dos canaviais, condição explicada pelo desafio de rápida expansão de canavial para suprimento de matéria-prima para as Unidades da Odebrecht Agroindustrial. “A expectativa do trabalho com o CTC é que se tenha o censo varietal das unidades mais equilibrado, o que maximiza as toneladas de açúcares produzidos por hectare, diversifica o nosso portfólio e garante maior produtividade à empresa”, afirma Américo Ferraz, responsável por Tecnologia Agrícola na Odebrecht Agroindustrial. As duas Unidades fazem parte do novo modelo de polos regionais para desenvolvimento de variedades do CTC, que foi duplicado, passando de 12 para 24 unidades. Os polos estão estrategicamente

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distribuídos em diferentes usinas de forma a abranger praticamente a totalidade dos ambientes onde se cultiva de cana-de-açúcar no País. “O novo modelo de polos do CTC tem como foco o desenvolvimento de variedades adaptadas às condições de solo e clima específicos de cada região produtora e que atendam às necessidades e expectativas dos produtores”, explica William Lee Burnquist, diretor de Melhoramento Genético do CTC. “Outro diferencial é o fato de que os polos já estão sendo preparados e certificados para os estudos de cana-de-açúcar transgênica”. Sobre a Odebrecht Agroindustrial Controlada pela Organização Odebrecht, a empresa atua de forma integrada na produção e comercialização de etanol, açúcar e energia elétrica. Com investimento de mais de R$ 10 bilhões, a Odebrecht Agroindustrial tem capacidade de produzir 3 bilhões de litros de etanol e 3,1 mil Gwh/ ano de energia elétrica a partir da cana-de-açúcar. Consolida seis polos produtivos, localizados nos estados de São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, e emprega hoje mais de 16 mil pessoas. Sobre o CTC O CTC - Centro de Tecnologia Canavieira atua há mais de 40 anos no desenvolvimento de tecnologias inovadoras para o setor canavieiro. As pesquisas abrangem todos os elos da cadeia produtiva de cana-de-açúcar, álcool, açúcar e bioenergia, permitindo agregar valor às diversas etapas do processo e contribuindo com a evolução equilibrada do setor.



Cana Net

Foto: Divulgação

Grupo americano vêm debater fábrica de etanol em MS O município de Chapadão do Sul foi o escolhido pode receber grande investimento

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epresentantes de grupo americano que vai construir a primeira fábrica de processamento de milho para produção de etanol em Mato Grosso do Sul, participam de reunião com o Governo no Estado, para acertar os detalhes da instalação. O município de Chapadão do Sul foi o escolhido para receber o investimento, que deve chegar a US$ 300 milhões, segundo o prefeito Luiz Felipe Barreto de Magalhães. Só após a liberação da licença é que será possível ter certeza sobre a instalação da fábrica. O resultado ainda não tem data para ser publicado, mas pode demorar cerca de dois meses. A indústria será construída em área cedida pela Prefeitura de 50 hectares. De acordo com o prefeito, o projeto prevê que a empresa utilize cerca de 40 hectares e o restante seja destinado a empresas atraídas pelo empreendimento. A capacidade inicial do processamento deve ser de 350 mil toneladas de milho anualmente, segundo a Prefeitura. Estimase produzir 50 milhões de litros de etanol, além de ração animal feita a partir do grão. Serão criados cerca de 150 empregos diretos e outros 600 indiretos. O cronograma inicial previa o início das atividades até o fim de 2015. Junior Cordeiros

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BNDS e Finep

lançam programa de inovação a

cana-de-açúcar

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BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) juntamente a Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, desenvolveram um novo programa de incentivo à inovação no setor sucroenergético lançado oficialmente em fevereiro, na sede da UNICA (União da Indústria de Cana-de-Açúcar). O objetivo é o aumento da produtividade agrícola do setor canavieiro. Lançado em 2012 pelo banco de fomento e a Finep, o programa deve ter seus últimos detalhes concluídos nos próximos meses. O PAISS (Apoio à Inovação Tecnológica Industrial dos Setores Sucroenergético e Sucroquímico), aprovou recursos para projetos que utilizam a cana-de-açúcar como matéria-prima tendo como foco a inovação. O programa aprovou recursos de R$ 3 bilhões para projetos inovadores na área etanol celulósico e outras tecnologias que usassem a cana-de-açúcar como matéria-prima. Junior Cordeiros

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Economia & Mercado

EXPECTATIVAS SAFRA Recorde em inicio de safra não garante boa previsão para próxima safra

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egundo dados da UNICA o acumulado da safra 2013/2014 até 1º de janeiro de 2014, a moagem das unidades produtoras da região Centro-Sul do Brasil alcançou o recorde histórico de 594,10 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. Este volume é 11,82% maior comparativamente aquele observado no mesmo período da safra 2012/2013. Em dezembro, a quantidade moída somou 23,99 milhões de toneladas (dos quais 18,05 milhões de toneladas processadas na primeira metade do mês e 5,94 milhões de toneladas na quinzena seguinte), crescimento de 15,79% sobre aquela verificada no mesmo mês de 2012. Segundo o diretor Técnico da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Antonio de Padua Rodrigues, “a safra atual está praticamente concluída, já que poucas unidades permanecerão em atividade nas próximas quinzenas, com produção marginal.” Nos últimos 15 dias de dezembro, 115 usinas registraram moagem, contra 70 computadas na mesma quinzena do ano anterior. Destas 115 unidades, 12 devem continuar em operação em janeiro. Em relação à produtividade agrícola, esta totalizou 73 toneladas de cana-de-açúcar por hectare em dezembro, segundo dados do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC). Mas segundo a Copersucar maior comercializadora de açúcar e etanol do mundo, a safra de cana-de-açúcar do centro-sul do Brasil em 2014/15 foi estimada em 570 milhões de tone-

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ladas, sendo afetada pela seca e pelo calor intenso em janeiro, disse nesta segunda-feira O que indica uma queda na comparação com a moagem de cana registrada no centro-sul na temporada anterior. O número da Copersucar indica também uma forte queda ante a previsão anterior de uma safra de 610 milhões de toneladas, para a temporada que começa a ser colhida oficialmente em abril. A redução foi atribuída a uma clima seco na região, segundo a assessoria de imprensa da Copersucar. A Unica, associação que reúne as principais empresas do setor sucroenergético, avaliou na semana passada que a nova safra deve ficar estável ante a temporada 2013/14, quando foram processadas 596 milhões de toneladas, devido à seca que reduziu o potencial de crescimento de moagem. Junior Cordeiros




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