ENTREVISTA:
EDIL AFONSO ALBUQUERQUE
Ex-Secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Turismo e do Agronegócio
Cana S.A.
EDIÇÃO 19 | NOVEMBRO/DEZEMBRO 2014 - R$ 10,00
na internet
A ENERGIA DA INFORMAÇÃO
A VITÓRIA DO AGRONEGÓCIO
“NÃO APOIAR O SETOR SUCROENERGÉTICO É IMPOR AO BRASIL UM RETROCESSO”. AFIRMA GOVERNADOR ELEITO DO MS.
RIVESA
APRESENTA NOVA LINHA DE CAMINHÕES DA VOLVO EM CAMPO GRANDE.
PÁG. 48
AGROMETAL
A MAIOR FEIRA SUCROENERGÉTICA DO CENTR0-OESTE FOI REALIZADA EM DOURADOS. PAG. 26
ENTREVISTA • 16
EDIL AFONSO ALBUQUERQUE, EX-SECRETÁRIO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA, TURISMO E DO AGRONGÓCIO (SEDESC)
GENTE QUE FAZ • 11 EDUARDO RIEDEL É HOMENAGEADO POR MURILO NA 4ª FEIRA AGROMETAL
OPINIÃO • 24 MATURIDADE E MUSCULATURA
SAFRA DE CANA • 36
ETANOL É A MELHOR OPÇÃO PARA MOTORISTA QUE SE PREOCUPA COM O MEIO AMBIENTE
QUALIFICAÇÃO • 43
EM QUATRO ANOS, MURILO QUALIFICOU MAIS DE 5 MIL TRABALHADORES
CAPA
A VITÓRIA DO AGRONEGÓCIO
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SUSTENTABILIDADE • 44 SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL ADOTADO POR USINA REDUZIU 42% DO CONSUMO DE ÁGUA
ENERGIA • 46
QUEDA NA PRODUÇÃO DE ENERGIA EÓLICA E DE BIOMASSA PRESSIONA SETOR ELÉTRICO
DESENVOLVIMENTO REGIONAL • 08
TRABALHO DA SEDESC ESTIMULA INVESTIMENTO DE NOVAS EMPRESAS NA CAPITAL
TRABALHO & EMPREGO • 54 SENAI E ESPM DIPLOMAM 1ª TURMA DO MBA EM GESTÃO DE NEGÓCIOS
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EDITORIAL
2015 traz novas expectativas para agronegócio em MS
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ecentemente milhares de pessoas foram às urnas para escolherem seus representantes políticos pelos próximos quatro anos. Em Mato Grosso do Sul o candidato do PSDB, Reinaldo Azumbuja, foi eleito para governar o Estado. A edição da revista cana desse mês traz uma entrevista exclusiva com Azambuja que falou da importância do setor sucroenergetico e lamentou a atual falta de investimentos. Junto a entrevista o leitor encontrara uma matéria sobre as boas expectativas que a vitória do tucano trouxe para o agronegócio e o seu plano de governo para o setor. Na campanha eleitoral o candidato mostrou-se comprometido com o setor e ganhou a confiança dos agropecuaristas. Mas as urnas das eleições 2015 mostram que não foram apenas os produtores rurais que confiaram em Azambuja, a vitória conquistada com mais de 720 mil votos mostrou que pessoas de todos os setores e classes sociais querem viver a mudança prometida pelo “tucano”. Na entrevista Reinaldo destacou que as prioridades da população serão suas prioridades de governo, a saúde ocupa o primeiro lugar da lista. A revista também traz informações sobre tudo que aconteceu na 4ª Feira Agrometal, maior evento do setor sucroenergetico do Centro-Oeste. Embora o setor esteja enfrentando um período de crises, que vem se agravando
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nos últimos dois anos, vários representantes e empresas ligadas ao setor estiveram presentes em Dourados para prestigiarem a feira e fazerem negócios. Nessa edição o leitor também encontra os grandes lançamentos da volvo para 2015, e a maior atualização da linha de caminhões em sua história no Brasil. Uma das grandes novidades e o VM CANAVIEIRO um veículo 100% produzido na Volvo do Brasil e preparado para aplicações de cana-de-açúcar. Já em novas tecnologias, o leitor encontrara as informações sobre uma técnica desenvolvida por pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) que pode aumentar em até 25% a produção de etanol em usinas. Nesta edição o leitor terá informações sobre o destaque do setor industrial de Mato Grosso do Sul no Centro-Oeste. A matéria mostra que o Estado ocupa o primeiro lugar na produção industrial da região. A secção opinião é assinada por Coriolano Xavier, vice presidente de comunicação do Conselho Científico para Agricultura Sustentável (CCAS), que faz uma reflexão sobre os desafios da suinocultura brasileira. Além dessas importantes informações, o leitor vai encontrar colunas de entrevista, eventos, inovações, e ficara por dentro das expectativas para a safra de cana-de-açúcar 2015. Boa leitura! Cristina Nunes
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Edição nº 18, Agosto/2014 www.canaldacana.com.br Cana S.A. é uma publicação do Canal da Jornais e Revistas Ltda-ME CNPJ:10.939.324/0001-43 Inscrição estadual: Isenta Inscr. municipal: 137.361.000 Diretor-Executivo Wilson Nascimento wilson.nascimento@canaldacana.com.br (67) 9125-6062/2109-8919/3029-9754 Reportagem Cristina Nunes Aline Oliveira redacao@canaldacana.com.br (67) 9926-9361 Comercial Edcéia Gonçalves comercial@canaldacana.com.br (67) 9907-3730 / 8115-2049 Finanças Marlon Medeiros financeiro@canaldacana.com.br (67) 9962-7882 Departamento Jurídico Dr. Antonio Carlos Menegassi OAB/PR 7.400 Dra. Rafaella do Nascimento Pereira Menegassi OAB/PR 66.635 Projeto gráfico Claudemir Paes 67 9995-8162 Colaboradores Renée Pereira O Estado de São Paulo A Frota Assessoria Famato Eslaq Única Assecom Fotografia de capa Fotos reprodução Redação e Publicidade Rua Albert Sabin, 1713 Bairro Taveirópolis CEP 79.090-160 | Tel.: (67) 3211-2030 Campo Grande-MS Tiragem: 10 mil exemplares Circulação: Bancas, Mailing List Vip e Feiras. Críticas, sugestões, elogios e artigos podem ser enviados para: redacao@canaldacana.com.br
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Espaço do leitor
Por mais que alguns números tentam encobrir e desviar o foco, o setor sucroalcooleiro brasileiro está passando por sérias dificuldades. A crise pegou de jeito, produtores arrendatários, usinas e empregados. Muitas portas de unidades no Centro-Sul do país estão fechando. Quem arrenda suas terras, teme não receber. Os índices de produtividade dos canaviais não superaram as expectativas e não tem viabilizado a cultura economicamente. Penso ser relevante o papel da imprensa nesse contexto, noticiando que nem tudo está a mil maravilhas? - expressão muito presente na política, ou melhor, politicagem. E a Revista Cana S.A. cumpre esse papel. Além de noticiar as potencialidades do setor, o periódico tem conseguido, ao longo de sua existência, traçar o cenário da realidade enfrentada pela área e trazer para o leitor, tudo numa maneira muito objetiva, com uma linguagem fácil, no entanto crítica e que gera uma reflexão.
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Deividi Lira Jornalista
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Desenvolvimento regional
Trabalho da Sedesc estimula investimento de novas empresas na Capital
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Prefeitura de Campo Grande, por intermédio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Turismo e do Agronegócio (Sedesc) está trabalhando em ritmo intenso para encaminhar ao Legislativo, projetos de Lei de concessão de incentivos ficais apresentados por empresas locais e de outros estados brasileiros. As reuniões retomadas pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico (Codecon), a partir de março deste ano possibilitaram investimentos que ultrapassam R$ 1 bilhão em investimentos de empresas que desejam construir ou ampliar as atividades em Campo Grande, trazendo desenvolvimento, empregos e geração de renda para grande parcela da população. Até setembro, foram aprovados incentivos ficais para 35 empresas, que juntas investirão mais
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de R$ 1,5 bilhão. “Tão importante quanto oferecer condições para que aos empresários se instalem ou ampliem as atividades é garantir a geração de emprego e renda para a população. As pautas aprovadas nos últimos três meses tiveram desdobramentos muito importantes, e a prova real disso são os 3.257 empregos diretos a serem criados”, avaliou o secretário de desenvolvimento econômico, Edil Albuquerque. Tecnologia e Inovação - O destaque da pauta de setembro ficou para a ADM do Brasil, uma empresa do grupo ADM Agri Industries Company, que atua com derivados da soja, como óleos vegetais brutos e refinados e que com a aprovação de incentivos fiscais deve lançar uma nova linha de produção que é a proteína vegetal da soja para consumo
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humano. Inovador, o projeto investirá inicialmente R$ 455.800.000,00 e criará 80 empregos diretos. “O funcionamento da nova linha proposta pela ADM será muito positivo para Campo Grande e todo o estado, já que a empresa é reconhecida internacionalmente. Será um verdadeiro cartão de visita que iremos apresentar a novos investidores”, avaliou o titular da Sedesc. Edil explicou ainda que existem 21 novos projetos prontos para apreciação, com investimento previstos de R$ 124,3 milhões e geração de 1.371 empregos diretos. “O prefeito Gilmar Olarte nos orientou a dar uma atenção especial aos 110 processos que estavam parados na secretaria. Então unimos esforços para atender os representantes das empresas interessadas e o resultado foi bastante positivo. De abril a agosto realizamos mais de 400 atendimen-
tos e retomamos o andamento de 57 processos paralisados há mais de um ano”, reforçou o secretário. Estímulo ao empresariado– Um exemplo de empresa que resolveu investir na Capital em razão dos incentivos oferecidos foi a MGR, criada para suprir a alta demanda tecnológica de sistemas hidráulicos, em plena expansão no mercado global. O empresário Gilberto Muniz se uniu aos irmãos Marcelo e Roger Mascarós para suprir um serviço deficiente no Estado, que é a manutenção de equipamentos hidráulicos. “O sistema hidráulico está presente desde as peças de automóveis populares, até colheitadeiras, passando ainda por máquinas de compactação e de transporte coletivo. Percebemos que os empresáriosque atuam nestes setores em Mato Grosso do Sul encontravam dificuldade para revisar os equipamentos, já que conseguiam assistência somente em outras localidades. Então inovamos em tecnologia e iniciamos as atividades oferecendo serviço de manutenção, porém, em breve pretendemos ampliar nossos serviços, investindo em peças de reposição”, relatou Muniz.
Na avaliação do empresário, que trabalha há 40 anos no setor, o fator decisivo para implantar a empresa em Campo Grande, foi o crescimento apresentado pela cidade na última década. “Estamos sempre em contato com empresários de outros estados e países, e Mato Grosso do Sul é muito bem visto. No caso da Capital, a evolução nos últimos 10 anos foi ainda maior, já que superou a média nacional. Todos com quem converso são unânimes em afirmar que a cidade mudou a ‘cara’, está mais dinâmica e moderna”, acrescentou. Já o sócio Roger Mascarós, na-
tural de Araçatuba (SP) reforça que os incentivos fiscais oferecidos pela Prefeitura também pesaram na escolha para instalação da empresa. “Nosso público alvo inicial são as empresas do setor agrícola, principalmente as usinas sucroalcooleiras da região sul do Estado. Contudo, preferimos nos instalar na Capital para atendermos também transportadoras, empresas de ônibus, máquinas de pavimentação e concreteiras. Nosso interesse é solicitar incentivo fiscal, a fim de ampliar nossas atividades o mais breve possível”, finalizou. Aline Oliveira
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Gente que faz
Eduardo Riedel é homenageado por Murilo na 4ª Feira Agrometal
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prefeito Murilo fez uma homenagem a Eduardo Corrêa Riedel, presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae/MS e diretor vice-presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil). A solenidade ocorreu dentro da 4ª Feira Agrometal, no Pavilhão de Eventos Dom TeodardoLeitz. O prefeito decidiu homenagear Riedel na Agrometal pela atuação dele na representação de Mato Grosso do Sul no Brasil e por ter se dedicado a atrair para o Estado dois centros de excelência em educação profissional e assistência técnica rural, um deles, na área de cana-de-açúcar para Dourados. O outro, na área de bovinocultura de corte será
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em Campo Grande. “A palavra gratidão eu carrego sempre comigo. Riedel, dos 10 centros de excelências definidos pela CNA para o Brasil, você trouxe dois para MS, ou seja, 20%, sobrando 8 para os outros Estados. Com isso você pôde mostrar carinho que tem para MS”, afirmou o prefeito na solenidade. “Este centro vem contribuir de forma fundamental no ambiente que estamos criando para desenvolver o setor sucroenergético em Dourados”, disse. Ao agradecer as pessoas presentes na feira, Murilo lembrou que o centro garante um reforço especial no processo da qualificação da mão de obra para as indústrias e negócios que estão se instalando na re-
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gião. “Nosso jovem já vai concluir o ensino médio e sair com uma profissão”, disse Murilo.” Já qualificamos 4 mil pessoas e encaminhamos para o mercado de trabalho. Não é só dar o que a pessoa precisa no momento; mas é dar um emprego para que ela possa melhorar de vida e sua auto estima”, ressaltou. O prefeito ainda destacou o desenvolvimento de Dourados. “Todos os índices mostram que Dourados é a cidade que está melhor no Estado. Estamos investindo em infraestrutura para garantir a qualidade de vida à nossa População”, afirmou. Ele citou o caso dos investimentos para que a cidade tenha 100% de água tratada e 95% de esgotamento sanitário. Lembrou ainda que a cida-
de é a que tem mais contratos com a Caixa no Estado. Riedel destacou a satisfação por estar recebendo a homenagem. “Compartilho esta homenagem com todo o setor produtivo porque o Estado tem conseguindo uma articulação muito grande, criando o ambiente para o desenvolvimento, assim como Murilo está criando em Dourados”, disse. Sobre o centro, ele disse que ao escolher Dourados para a implantação se cria estrutura para atender a região inteira. “Esse centro foi muito disputado, a gente concorreu com São Paulo e o argumento foi simples: investir onde o Brasil mais cresce”, afirmou. O presidente da Fiems (Federação das Indústrias de MS), Sérgio Longen, afirmou que a homenagem é muito justa. Para ele, o setor sucroenergético é o que tem mais condições de crescer no Estado. Também falou da importância da construção do polo de manutenção de Dourados para dar suporte à indústria. “Estamos fazendo a nossa parte investindo na ampliação do Senai e do Sesi”, ressaltou. Ele classificou a Agrometal como uma feira muito bonita que mostra a pujança da economia de Mato Grosso do Sul. “Vamos continuar trabalhando por este setor crescer e continuar produzindo o combustível ideal, o limpo”, disse. O deputado estadual Zé Teixeira parabenizou a Riedel por trabalhar na defesa das causas do Estado, deixando inclusive seus afazeres particulares. O presidente da Câmara de Vereadores Idenor Machado, ao parabenizar o dirigente, lembrou que se hoje não escolher as pessoas com vocação e qualificá-las para a área rural logo haverá dificuldade em mão de obra para o campo. Participaram da solenidade também o deputado federal Geraldo Resende, o diretor-superintendente do Sebrae/MS, Cláudio Mendonça,
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o chefe-geral da Embrapa Agropecuária Oeste, Guilherme Asmus, a gerente Regional do Sebrae, Flávia Rosa, o presidente do Sindicato Rural de Dourados, Marisvaldo Zeuli, o reitor da Uems, Fábio Edir dos Santos, o presidente do Simmme, Osvaldo Centurion, o deputado estadual eleito José Carlos Barbosa, os vereadores Sérgio Nogueira, Pedro Pepa, Rafael Matos, Alan Guedes e Cirilo. Centro de Excelência O Centros de Excelência em Educação Profissional e Assistência Técnica Rural de Cana-de-Açúcar de Dourados tem por meta oferecer um curso técnico de nível médio até 2016. Serão formados pelo menos 100 técnicos por ano. Além disso, o centro vai qualificar produtores e trabalhadores rurais. Em Dourados a obra será erguida na área do Parque de Exposições João Humberto de Carvalho. Serão investidos R$ 8,5 milhões no centro. Serão R$ 5 milhões em infraestrutura, R$ 2,5 milhões em equipamentos máquinas e R$ 1 milhão em capital de giro. O projeto está em fase de licitação para o início da obra em janeiro.
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Currículo Riedel é graduado em ciências biológicas (genética) pela UFRJ, com mestrado em zootecnia (melhoramento genético animal) pela Unesp/Jaboticabal, MBA em gestão empresarial pela Fundação Getúlio Vargas e participou do curso de gestão estratégica para dirigentes empresariais pela Insead, em Fontainebleau, na França. O currículo de Riedel inclui gestões muito bem sucedidas, começando na direção da Sapé Agropastoril, em Maracaju. A empresa dele adota hoje um modelo de excelência de gestão, baseado nos critérios da FNQ (Fundação Nacional de Qualidade). Em 2002 assumiu a presidência do Sindicato Rural de Maracaju. Em 2006 foi eleito vice-presidente da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de MS), se tornando presidente em janeiro de 2010.Em junho de 2012 foi eleito presidente da entidade. Riedel também foi presidente do MS Competitivo até o início de 2011. Em Fevereiro de 2011 foi empossado presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae/MS e em janeiro de 2012 assumiu como diretor vice-presidente do Senar. Assessoria
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Você sabia?
Petrobras estuda etanol a partir de resíduos de palma A
Petrobras informou na primeira quinzena de novembro que seus pesquisadores estão avaliando o uso de resíduos na produção do óleo de palma (dendê) para obtenção de etanol, estudos para obtenção do combustível a partir do bagaço de cana-de-açúcar também estão sendo desenvolvidos. O projeto identificou que um cacho vazio de palma tem 40% de celulose e 20% de hemicelulose - indicativos da concentração de açúcares -, teores bem similares aos do bagaço da cana. O projeto está sendo desenvolvido no Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes), com participação da Petrobras Biocombustível e da Belém Bioenergia Brasil, joint venture da Petrobras Biocombustível com a Galp.
A nova alternativa para produção de etanol a partir de celulose pesquisada pela companhia já foi testada nos laboratórios no Rio de Janeiro e utiliza processo similar ao aplicado com o bagaço de cana. Segundo a Petrobras estão programados novos ensaios laboratoriais no processo de pré-tratamento do cacho de palma para potencializar a obtenção de açúcares da matéria-prima. Os testes em escala piloto estão previstos para 2015. As pesquisas para a adoção de novas matérias-primas para a produção de etanol contribuem para a ampliação e diversificação da produção de combustíveis renováveis no Brasil. Da redação
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Ciência & Tenologia
UFSCar descobre técnica que aumenta em até 25% a produção de etanol em usinas
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ecentemente um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos(UFSCar) divulgou uma pesquisa que já existe há quatro anos e pode trazer muitas vantagens ao setor sucroalcooleiro. Eles descobriram uma forma de aumentar a produção de etanol em até 25% usando a mesma área plantada. Atualmente, as usinas utilizam quatro tipos de leveduras, mas os pesquisadores da universidade descobriram outras cinco que têm maior produtividade, pois eles suportam uma maior concentração de açúcar. Outra vantagem desses fungos em relação aos outros é que eles são mais resistentes a temperaturas altas, chegando a 42 graus, ao invés dos 30, isso ajuda a eliminar bactérias que atrapalham a fabricação do etanol. O pesquisador da UFSCar Anderson Ferreira da Cunha, afirmou que esse processo é mais rápido. “Aqui
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no laboratório temos experimentos que mostram que se pode ter uma redução de até duas horas no processo fermentativo utilizando essas leveduras em relação às já adaptadas ao processo”, disse. De acordo com Cunha a pesquisa já está sendo testada por uma usina e as expectativas são boas. “Pode representar um passo significativo, pois se há aumento na produção, vamos conseguir reduzir o preço do álcool, que é uma demanda grande da sociedade, inclusive na bomba para colocar nos carros”, ressaltou Cunha. Testes em maior escala ainda vão ser feito pelos pesquisadores, com o objetivo de observar melhor os resultados da pesquisa. Da redação
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Entrevista
EDIL AFONSO ALBUQUERQUE Ex-Secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Turismo e do Agronegócio (Sedesc)
Sedesc busca parcerias para promover fomento da Agricultura Familiar na Capital O
titular da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Turismo e do Agronegócio (Sedesc) Edil Afonso Albuquerque reassumiu em março a pasta com desafio de retomar importantes projetos e parcerias que possibilitarão o crescimento da Capital. Com mais de 30 anos de experiência na administração pública, o secretário pretende fomentar a agricultura familiar de Campo Grande, ampliar a adesão de produtores aos orgânicos e estimular o aumento da produção de hortifrutigranjeiros. Acompanhe a entrevista. Revista Cana S.A.: Quais os projetos de agronegócios que foram retomados ou iniciados quando o senhor assumiu a pasta da Sedesc? Edil Albuquerque: Quando entregamos a secretaria em 2012, deixamos estabelecida a feira de orgânicos, 62 produtores certificados nacionalmente e formalizadas importantes parcerias com o Ministério da Agricultura, Sebrae/MS e Fundação Banco do Brasil. Infelizmente os projetos ficaram parados e não tiveram andamento. Em razão disso, quando reassumimos a pasta em março deste ano restaram apenas quatro produtores produzindo ativamente. Foi muito difícil, já que um ciclo
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foi interrompido e a primeira ação de nossa equipe foi procurar os produtores para convencê-los que o trabalho seria retomado. Com a dedicação de nossa superintendente de agronegócios, Karla Betânia Nadai e sua equipe técnica estamos mostrando aos trabalhadores nosso compromisso em apoiar e aproximar os parceiros. A prova disso é que estamos recadastrando os produtores para receber a certificação. Para que isso aconteça, nossos técnicos realizam visitas quinzenalmente levando material didático, orientações de novos cultivares e promovendo dias de campo nas associações. Um dos mais importantes projetos que é a feira de orgânicos completou cinco anos e estamos trabalhando para que as 15 famílias participantes trabalhem a partir de um planejamento que proporcione a diversificação dos produtos oferecidos. Atualmente, vivemos em um mundo com muitas opções, já que o consumidor tem a oportunidade de encontrar nos grandes supermercados vários produtos em um só lugar. Então nosso desafio para a feira de orgânicos é apresentar diversidade e interferir na cultura de facilidade assimilada pelo consumidor. Desde que foi iniciada a feira já apresentou um excelente crescimento, com mais diversidade de produtos e com preços semelhantes aos dos convencionais. Então é uma questão de tempo e de trabalho. Nossos técnicos acompanham os produtores, dão dicas e orientam as culturas para cada período do ano. Estamos mostrando o quanto a diversificação de culturas é rentável e nosso próximo passo é buscar opções para aumentar a produção de frutas que ainda é pequena em todo Estado. O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) que possibilita aos agricultores familiares a venda da produção para entidades assistenciais do município também ficou prejudicado. Verificamos que um grande número de produtores (65%) era proveniente de outros municípios e isso não pode acontecer, podendo configurar até improbidade administrativa. Tivemos que verificar todos os inscritos e recadastrá-los. As exigências do programa que é de ordem federal aumentaram e os participantes terão que apresentar o planejamento de trabalho para todo o ano, detalhando tudo o que irão plantar. Para auxiliar nesta etapa apresentaremos uma planilha de preços praticados e quais culturas oferecerão maior produção, de
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acordo com o clima. Um projeto novo que estamos experimentando é a plasticultura que é um método moderno de cultivar os mais diversos tipos de vegetais. É uma opção para contornar os problemas causados pelas variações climáticas, principalmente nos períodos de muita chuva ou frio. O processo já é utilizado nos Estados Unidos, Canadá e algumas regiões brasileiras, como sul e sudeste. Nosso objetivo é implantar a metodologia para oferecer produção no período de entressafra e manter a estabilidade dos preços praticados na Capital. Revista Cana S.A.: O senhor já declarou que a Sedesc conta com importantes parcerias para executar os projetos voltados à Agricultura Familiar. Pode elencar alguns? Edil Albuquerque: A nossa secretaria possui um orçamento baixo, menos de 1% do montante da administração pública, por isso, focamos nossos projetos para serem desenvolvidos em parcerias estaduais e federais. Nossos grandes parceiros sempre foram o MAPA, o Sebrae/MS e a Fundação Banco do Brasil. No final do mês de setembro tivemos uma notícia excelente, que foi a devolutiva positiva da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em participar da administração municipal, cedendo um prédio na cidade para funcionamento da Organocop (Cooperativa dos Produtores Orgânicos da Agricultura Familiar de Campo Grande), em funcionamento desde 2011. Além disso, o compromisso da instituição será apoiar a criação de um entreposto da agricultura familiar para atender Campo Grande e todo o Estado. Esta notícia com certeza atrairá muito mais produtores, já que atu-
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Entrevista
Revista Cana S.A.: Qual a situação atual da produção de hortifrutigranjeiros na Capital e o que a secretaria pretende fazer para estimular e aumentar a produção local? Edil Albuquerque: Ainda temos muito que melhorar, já que atualmente Mato Grosso do Sul só consegue atender a demanda de verduras, mas ainda carecemos de aumentar a produção de legumes e frutas (85% da produção provêm de outros estados). Para que isso aconteça queremos investir também na produção convencional, apesar do orgânico ser nosso carro-chefe. Como nosso foco é atender a agricultura familiar de forma geral, temos que atender as demandas de produção existentes no município e muitas famílias ainda investem somente na forma convencional de culturas. Se oferecermos apoio necessário, conseguiremos gradativamente inserir a alternativa da prática orgânica com estes produtores. Um exemplo claro, foi o último dia de campo realizado no distrito de Rochedinho. Tivemos a participação de 250 produtores interessados em aprender técnicas da agricultura orgânica, mas, também em investir em produções que não são habituais como o alho e a cebola. Nossa intenção é levar as duas opções de cultura para a região de Anhandui, a pedido do prefeito Gilmar Olarte, a fim de auxiliar os produtores a encontrar sua aptidão. É importante lembrar que em breve a BR-163 será duplicada e as famílias que promovem
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venda na beira da rodovia terão que encontrar outras alternativas de renda, que não somente conservas. Podemos trabalhar então com a orientação na produção de alho, cebola e pimenta, como início de cultivo. A maior ferramenta que temos provém da Agricultura Familiar, visto que segundo dados do Ministério da Agricultura é responsável por 65% da produção de alimentos, entre eles: suínos, ovos, leite, hortifrutigranjeiros. Nosso Estado é novo e ainda está começando a investir no setor, mas, temos que avaliar que o público de pequenos produtores rurais não possui uma tradição de agricultura. A maior parte destas famílias descendem de trabalhadores da pecuária, por isso, eles não estão acostumados a investir na produção de hortaliças, verduras e legumes como fonte de renda. Pelo menos em Campo Grande estamos começando o trabalho do zero, ensinando tudo. Revista Cana S.A.: O Serviço de Inspeção Municipal (SIM) foi implementado na sua administração. O senhor pode explicar como funciona? Edil Albuquerque: O Serviço de Inspeção Municipal já existia, porém, era ligado a Secretaria Municipal de Saúde Pública (Sesau), por intermédio da Vigilância Sanitária. Acontece que o órgão que inspeciona na origem (frigorífico, por exemplo) não pode fiscalizar na ponta (comércio). Além disso, o serviço de inspeção deve estar ligado à secretaria de agricultura ou equivalente no município.
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almente estão cooperados 78 produtores, mas, nem todos estão certificados pelos programas Sebraetec e OCS que avalizam a produção de orgânicos. Outra grande conquista foi a adesão da Embrapa, que após participar da 4ª edição do Dia de Campo da Produção Orgânica se propôs a participar das capacitações, por intermédio do centro de agroecologia existente em Campo Grande. A instituição participará com espaço e capacitações que serão oferecidas aos nossos técnicos e posteriormente serão multiplicadores das técnicas de ponta oferecidas. É importante lembrar que estamos buscando parcerias que cheguem ao homem e mulher do campo. Até o final do mês participaremos de uma reunião para definir como será feita esta parceria, inédita na Prefeitura de Campo Grande.
A nossa secretaria possui um orçamento baixo, menos de 1% do montante da administração pública, por isso, focamos nossos projetos para serem desenvolvidos em parcerias estaduais e federais. Nossos grandes parceiros sempre foram o MAPA, o Sebrae/MS e a Fundação Banco do Brasil
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Então, o serviço foi vinculado à Sedesc e os técnicos que realizam a fiscalização conferem autorização para comercialização de produtos processados. O trabalho vai muito, além disso, já que os produtores recebem acompanhamento e orientações que vão desde a estrutura do local até cursos de manipulação e higienização de alimentos, para então receberem o registro para autorização de venda. A abrangência do serviço de Inspeção funciona da seguinte maneira: a comercialização dos serviços inspecionados pelos SIM de Campo Grande só podem ser comercializados dentro do município. Enquanto que para comercialização intermunicipal há necessidade do serviço passar pelo crivo da Inspeção Estadual (SIE). Já para comercialização entre estados ou exportação, os produtos devem atender as normas do serviço de inspeção federal (SIF). Estamos nos organizando para que futuramente o SIM se adeque ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos (SISBI), que objetiva a padronização dos procedimentos de inspeção de produtos de origem animal. É válido dizer que esta é uma tendência natural e todos os municípios terão que se adequar, porém,
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ainda estamos começando e temos que investir em estrutura para um funcionamento satisfatório. Revista Cana S.A.: No último dia 19 de setembro foi realizado o 4º Dia de Campo dos Orgânicos, em uma propriedade de Rochedinho. Qual o objetivo do evento e vocês pretendem estender para outras localidades? Edil Albuquerque: Estamos satisfeitos com o resultado deste trabalho e pretendemos ampliar, pois a vantagem do dia de campo é que possui uma metodologia rápida e instiga os participantes a aprender novas técnicas. É importante destacar que estes encontros não capacitam, mas tiram dúvidas e dão dicas para que o próprio produtor escolha em qual produção pretende investir. Nosso objetivo com estes eventos maiores é desenvolver a experimentação, a pesquisa e estamos confiantes com a participação da Embrapa daqui para frente, pois, teremos um respaldo maior perante o setor produtivo. No entanto, continuaremos com os pequenos dias de campo que serão destinados à aptidão de cada região, isso já é uma rotina para equipe de agro da Sedesc.
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Legislação
Lei que proíbe queimadas em Franca é aprovada por Câmara de vereadores
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om o objetivo de proteger o meio ambiente a Câmara de Franca (a 400 km de São Paulo) aprovou no dia 4 de novembro o projeto de lei que proíbe queimada em canaviais localizados no município. O projeto de autoria da vereadora Valéria Marson (PSDB) diz que além das causas ambientais visa evitar danos à saúde das pessoas, já que o fogo aumenta os casos de doenças respiratórias por causa da poluição do ar. De acordo com a vereadora, apesar de já existir um acordo ambiental entre usinas e o governo do Estado que prevê fim da queima da cana neste ano, é preciso
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haver regulamentação. “Não existe adesão ao protocolo de 100%. Só há respeito com o meio ambiente quando há fiscalização”, disse. Quem descumprir a legislação pode pagar multa de R$ 1.475,76 na primeira infração, R$ 4.472 na reincidência e R$ 15.025,92 em caso de novo descumprimento. Uma lei similar existe em Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo) e já ocasionou a aplicação de três multas, que somam quase R$ 200 mil. O projeto ainda depende de sanção do prefeito Alexandre Ferreira (PSDB) para entrar em vigor. Da redação
Cana Net
Começa a 25ª SIPAT e 15ª SIPATR da Usina Barralcool
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eve início, na manhã desta segunda-feira (8), a 25ª Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho (SIPAT) e a 15ª Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho Rural (SIPATR). Estiveram presentes na solenidade de abertura o presidente da Câmara de Barra do Bugres, Gustavo Abi Rached Cruz, o gerente de Recursos Humanos, Roberto Romas Gomes dos Santos, o diretor financeiro, Wilson Carlos Galera, o assessor da diretoria, Silvio Rangel, e o coordenador de segurança ocupacional, Luiz Felipe Vasques. Romas agradeceu o constante apoio da diretoria para a prevenção de acidentes de trabalho. “Sempre que levamos uma demanda e discutimos eles prontamemte atendem porque sabem que é para o bem-estar dos colaborados e da empresa.” Já Silvio Rangel destacou a importância da SIPAT/SIPATR. “Temos uma semana para reforçarmos os conhecimentos em segurança pessoal no trabalho e a questão da saúde”, afirmou, em discurso.
A solenidade contou com a apresentação de parte da Orquestra Doce Vida. Os alunos do projeto da Barralcool apresentaram canções no violão e também em instrumentos de sopro e emocionaram os presentes. SURPRESA –O evento também foi marcado pela apresentação da Brigada de Incêndio, que além de mostrar sua atuação na prevenção fez uma intervenção surpresa. Logo após o término da exibição no combate ao fogo, outra parte da Brigada criou um cenário de atropelamento, que causou susto nos presentes. Nessa intervenção, os brigadistas mostram técnicas de imobilização e de controle de situação de crise. Na terça-feira (9), haverá a mini maratona, ginástica laboral, palestra, sorteios de brindes e uma apresentação do Projeto Doce Vida. A 25ª SIPAT e a 15ª SIPATR são uma realização do Grupo Barralcool, através do Departamento de Segurança do Trabalho.
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Máquinas e Equipamentos
Instalação de redutores planetários na Granelli aumenta eficiência e reduz custos de manutenção
Claudinei Rodrigues (gerente industrial) e José Valdir Granelli (sócio gerente) acompanham de perto o funcionamento pleno dos planetários TGM
Unidades de pequeno e médio porte seguem o caminho de grandes usinas e aplicam tecnologias eficientes: “Saímos de um Fusca para andar em uma Mercedes”, comentou o executivo 22
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uitas unidades produtoras de açúcar, etanol e energia no Brasil processam até 800 mil toneladas de cana por safra. O maior desafio no tocante avanço do setor é quanto aos aspectos econômicos e sua eficiência operacional. Que as turbulências econômicas e a estiagem desértica vêm afetando o setor sucroenergético, isso é fato. Mesmo diante das dificuldades do setor, é possível encontrar aplicações tecnológicas e rentáveis em pequenos municípios que dependem do açúcar e do etanol. Unidades de pequeno e médio porte seguem o caminho de grandes usinas, ainda mais quando o assunto é eficiência. É o caso da Usina Granelli, situada em Charqueada, região oeste do Estado de São Paulo.
Fundada em 1987, a primeira moagem da Usina Granelli aconteceu em 90 e, atualmente, tem capacidade de produzir 600 mil toneladas de cana. De olho nas inovações tecnológicas, os executivos da Usina renunciaram das convencionais volandeiras e passaram a utilizar os planetários TGM. Em 2008, início da crise financeira internacional, quando 65 unidades produtivas interromperam a produção, José Valdir Granelli, sócio gerente da Unidade, decidiu investir em inovação, principalmente na moagem. O primeiro redutor planetário TGM, modelo RPZ 3.300 P foi comprado para acionar um terno de moenda de 48 polegadas. Ao trocar as moendas em 2010, a Granelli adquiriu mais quatro planetários TGM, totalizando cinco equipamentos modelos RPZ 3.300, os quais estão operando ininterruptamente há cinco anos, sem manutenção. Segundo Zezinho, como é chamado na Usina, os equipamentos nunca interromperam a moagem por qualquer defeito ou peça danificada. Somente houve troca de óleo ou aditivo, conforme indicado pelo fabricante como ação preventiva; e que, assim mesmo, todas as análises de óleo realizadas não apresentaram desgastes do equipamento ou alguma anormalidade. Em 2012, o executivo comprou mais um planetário TGM, modelo 385 para acionamento central de uma moenda de 54 polegadas, que já opera em sua terceira safra. “Até hoje o redutor não parou nem para apertar um parafuso. Nossos redutores foram muito bem dimensionados quanto ao torque dos equipamentos em relação ao torque consumido pela moenda”, salientou. “Saímos de um Fusca para andar em uma Mercedes. Foi uma mudança radical que trouxe redução de custos com manutenção, redução de mão de obra, insumo, baixo consumo de óleo e, principalmente, elevou a eficiência”, disse. “A eficiência do equipamento mudou, significativamente, o cenário da Granelli, assim como a facilidade de operação”, afirmou o gerente industrial da Usina, Claudinei Rodrigues. Ele também destacou outras vantagens como base simples e compacta que resultam em menor espaço físico utilizado na indústria e tranquilidade para operar a moenda. Na opinião de Luiz Wagner Sicchieri, responsável pelo Departamento Técnico da Copacesp, apensar das dificuldades de muitas indústrias de pequeno e médio porte captar recursos e investimentos ao longo prazo, existem unidades que dominaram ao longo do tempo e se tornaram especialistas, pois buscaram novas tecnologias com eficiência; e isso é um caminho sem volta. “Ser eficiente, ter baixo custo de manutenção e baixo custo operacional, se faz necessário neste mercado para sobreviver, afinal, eficiência é a palavra chave. Outro
Conjunto de cinco redutores planetários TGM instalados na Granelli, em Charqueada, SP
fator é buscar mercado e produtos diferenciados, pois o importante é saber o tamanho da estrutura e extrair o máximo de sua capacidade”, lembrou Sicchieri. Zezinho finalizou a conversa dizendo “indico a TGM para qualquer amigo do setor, pois além de fabricarem super máquinas, sempre fui bem atendido pelo departamento técnico e sempre fiz bons negócios. Confesso que já obtive retorno sobre o capital investido, ainda mais se pensarmos na economia de óleo e manutenção”. A Usina Granelli irá moer nesta safra 450 mil toneladas, em decorrência da seca. Para driblar as dificuldades climáticas e a crise, o uso de tecnologias com alta eficiência foi o caminho sem volta, pois trouxe facilidades operacionais e rentabilidade. Sobre a TGM Com 23 anos de experiência no mercado, a TGM está sediada em Sertãozinho, SP e possui outras três unidades sendo: Maceió, no nordeste brasileiro, São José dos Campos, próxima a capital de São Paulo e em Nuremberg, na Alemanha, bem como está presente em mais de 40 países e mais de 550 clientes atendidos anualmente. Considerada a maior empresa da América latina no segmento, a TGM é uma multinacional genuinamente brasileira que adquiriu o respeito e a confiança de seus clientes na fabricação de mais de 1.000 turbinas a vapor que totalizam 10.2 GW de energia, 1.330 redutores planetários, 460 redutores paralelos, 28 redutores especiais e 550 turbinas repotenciadas. Realiza também serviços de repotenciamento, revisão, modernização em turbinas e redutores de qualquer marca. Além da tecnologia 100% brasileira, outro diferencial é o Atendimento 24hs da Assistência Técnica, realizando o atendimento de forma ágil, eficaz e precisa.
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Opinião
Maturidade e musculatura
Por Coriolano Xavier, vicepresidente de comunicação do Conselho Científico para Agricultura Sustentável (CCAS); Professor do Núcleo de Estudos do Agronegócio da ESPM.
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onversando recentemente com o presidente do Grupo Agroceres, Fernando Pereira, tive uma aula sobre os desafios da suinocultura brasileira. O grupo atua com genética e nutrição animal, e ele falou sobre os focos estratégicos que vão marcar o setor, na perspectiva de uma década. Opiniões de respeito, chanceladas por mais de 30 anos de vivência bem sucedida em gestão de pesquisa, tecnologia e negócios na cadeia da carne suína – e que tento reproduzir e resumir, a seguir. O suinocultor precisa responder melhor às demandas da sociedade, pois no mundo da mídia vale a percepção que construímos para os nossos pro-
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dutos e atividades. Hoje, por exemplo, criamos animais em condições infinitamente melhores do que tempos atrás, mas isso ainda não foi percebido pela sociedade e recebemos uma pressão crescente pelo bem estar animal. A suinocultura é uma atividade atrativa e por isso vai estimular a entrada de novos players ou a expansão de quem já está no negócio. Com isso, aumenta o risco estratégico de sanidade e não podemos ter ilusões: temos que agir desde já para prevenir a entrada ou impacto de doenças e o mais importante: temos conhecimento para isso. O mercado de commodities continuará clássico na sua essência cíclica de preços, oscilando conforme as pressões de oferta e demanda. Tanto que hoje assistimos a uma recuperação de rentabilidade da carne suína, após um estrangulamento perverso de suas margens. Os recursos tecnológicos disponíveis crescerão exponencialmente e daí virá um grande desafio: incorporar tecnologia sob o signo de uma estratégia definida de negócios, sabendo claramente aonde se quer chegar, o que é muito diferente de atitudes reativas de sobrevivente. Muito se fala do déficit educacional e seus reflexos sobre a eficiência do campo. Mas vamos ser claros: a mão de obra vai pio-
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rar. O dinamismo da tecnologia vai acentuar o descompasso de nossos recursos humanos e a solução vai depender do próprio setor. Com um detalhe: essa solução não virá com os mesmos processos e visões de qualidade que temos hoje. A tecnologia não para. A suinocultura brasileira, enfim, já entrou na maturidade, adquiriu musculatura e mostra claras manifestações de competitividade. Agora tem pela frente uma fase de bons desafios, também ótimas oportunidades e precisará aprimorar sua autocrítica, trazendo para si a responsabilidade de resolver os problemas de um modo estruturado e organizado. Quanto aos focos estratégicos para o setor, seleciono os seguintes: total prioridade para modernização de gestão, esquecendo tudo do passado; atualização tecnológica constante; reduzir riscos financeiros e de sanidade; máxima eficiência, fazendo mais e melhor com o que se tem; e inovar a nossa comunicação com a sociedade. Falou com autoridade e eu (simples colunista afeito a ter um olhar mais panorâmico das coisas) assino embaixo, com aplauso. Temos aí uma agenda estratégica de peso, e mais do que isso, talvez seja ilusório; afinal, quem tem muitas prioridades na verdade não tem nenhuma.
Setor sucroenergético em 2015
Arnaldo Jardim, Deputado Federal e presidente da Frente Parlamentar pela Valorização do Setor Sucroenergético (Frente do Etanol)
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ano termina com muita frustração no setor sucroenergético. O grande desafio que se impõe para 2015 é a superação da grave crise que o acometeu ainda em 2008 os produtores de açúcar, de etanol e prejudicou os plantadores e fornecedores de cana e causando grande desemprego entre os trabalhadores da área industrial agrícola e de serviços vinculados ao segmento. As dificuldades da indústria canavieira são inúmeras e cumulativas: perda de produtividade provocada pelas intempéries climáticas; fechamento de 60 usinas e ao menos 74 unidades em recuperação judicial; demissão de aproximadamente 100 mil trabalhadores; perda da competividade do etanol com o fim da Cide da gasolina; fechamento de indústrias de máquinas e equipamentos evidencias dos equívocos e desatenção do governo federal. Os produtores não esmoreceram e foram à luta e no primeiro semestre deste ano iniciaram uma mobilização nacional para chamar atenção da sociedade sobre o desmonte do Etanol. A Frente Parlamentar em Defesa do Setor Sucroenergético (Frente do Etanol),
colegiado que tenho a honra de presidir no Congresso Nacional, organizou mobilizações no interior de São Paulo que reuniram produtores rurais, sindicalistas, empresários e parlamentares para cobrar a implementação de políticas públicas visando a recuperação do combustível verde-amarelo. Em maio, realizamos na Câmara audiência pública para debater estudos feitos por especialistas e pesquisadores que comprovam os efeitos positivos do uso do etanol à economia, ao meio ambiente e à saúde da população. Os resultados dos estudos mostrando a viabilidade do nosso combustível verde-amarelo e foram apresentados pelos professores Marcos Fava Neves-mapeamento da cadeia produtiva da cana-de-açúcar-; Paulo Saldiva-responsável pela avaliação dos benefícios do etanol na saúde da população nas principais regiões metropolitanas do país-; e Isaías Macedo-pesquisa dos benefícios do etanol como redutor do efeito estufa. O Movimento Pró-etanol conseguiu avanços legislativos bastante significativos. Um deles foi a elevação do teto da mistura de álcool anidro à gasolina dos atuais 25% para 27,5%, conforme emenda por mim apresentada na Medida Provisória 647, que foi aprovada pelo Congresso Nacional e se transformou na Lei 13.033, depois de sanção da Presidência da República. Em fase de regulamentação pelo governo, o aumento da mistura adicionará ao mercado 1,3 bilhão de litros de etanol, o que vai provocar um impacto altamente positivo não apenas no setor sucroenergético, mas também ao meio ambiente e consumidores. O estudo de viabilidade técnica mostra que os motores suportam a nova composição em perda de eficiência. Conseguimos ainda a deso-
neração do PIS/COFINS até então incidente sobre a produção da cana de açúcar. Outra conquista alcançada foi a redução de IPI para os carros com motores flex movidos a etanol com maior eficiência energética. A proposta que apresentei na MP 638 está agora inserida no Inovar-Auto (Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores), e aguarda o sinal verde do governo para ser implementada. De acordo com o dispositivo que introduzimos no projeto de conversão da MP (Lei 12.996), a redução de impostos incluirá os carros com motores flex cuja relação de consumo entre etanol e gasolina seja superior a 75%. Em 2015, o compromisso da Frente do Etanol é reforçar a luta pela reversão do atual cenário de dificuldade econômica enfrentada pelo setor sucroenergético, buscando a adoção de uma política de longo prazo consistente que valorize uma matriz energética diversificada e que reconheça as contribuições ambientais do etanol e da bioeletricidade gerada a partir do bagaço e da palha da cana. Neste sentido, vamos continuar atuando no Congresso com toda cadeia produtiva do etanol pela regulamentação do ressarcimento e compensação dos créditos de PIS/Cofins das indústrias sucroenergéticas; desoneração de pagamento, com redução da alíquota do INSS incidente sobre a receita da produção de cana, açúcar, etanol e bioeletricidade, para 1%; estímulos aos ganhos de eficiência técnica no Inovar-Auto; política tributária para resgatar a competitividade do etanol; leilões regionalizados ou por fonte de energia e a retomada da Cide da gasolina. Esse será o nosso compromisso em 2015! Por Aline Oliveira
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Agrometal
Agrometal, a maior feira sucroenergética do centro-oeste é realizada em Dourados O evento que acontece todos os anos no município do sul do Estado chega a sua 4° edição com novidades
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esmo com o cenário de crises enfrentado pelo setor sucroenergético a quarta edição da Feira Agrometal recebeu a visita de 3.700 pessoas e movimentou R$ 89,372 milhões em negócios fechados e perspectivas. A feira é realizada todos os anos em Dourados, município localizado em um pólo de desenvolvimento que engloba 16 usinas que produzem açúcar, etanol e bionergia. oi Nesta edição participaram 76 expositores, que durante os dias 22, 23 e 24 de outubro tiveram a oportunidade de mostrar seus produtos e serviços em estandes no pavilhão de eventos Dom Teodardo Leitz. Os produtores e empresários encontraram na feira fabricantes de equipamentos, produtos e serviços para a agroindústria da cana e as maiores novidades do setor, desde preparo de solo, plantio, colheita, industrialização, mecanização e aproveitamento dos derivados da cana. Além disso, empresas do setor de irrigação, logística e transporte, também estavam presentes na feira. Na abertura oficial do evento estiveram presentes autoridades políticos e lideranças do setor, assim como empresários, produtores e representantes de instituições. O prefeito de Dourados, Murilo Zauith, lembrou
o inicio da Agrometal e aproveitou a oportunidade para realçar a magnitude da feira hoje, o quanto ela cresceu e se desenvolveu. “A Agrometal é uma vitrine que mostra o desenvolvimento que o setor sucroenergético trouxe para Mato Grosso do Sul, hoje temos 24 usinas em operação, 15 delas no entorno de Dourados. São investimentos de mais de R$ 1 bilhão em cada usina, gerando milhares de empregos, o desafio é fazer a manutenção dessas imensas indústrias, por isso criamos esta feira, para trazer as empresas de manutenção para cá, para ajudar a desenvolver este setor”, ressaltou Murilo. O ministro de agricultura e Pecuária do Paraguai, Jorge Gattini, atendeu o convite do prefeito Zauith e ressaltou em seu discurso a beleza do setor em Mato Grosso do Sul. “A Agrometal reúne investidores de todos os lugares e da fronteira também, nós nos beneficiamos com a troca de conhecimento e com as parcerias empresariais construídas aqui. A força da pecuária e do setor sucroenergético em MS é algo lindo de se ver”, enfatizou. Na ocasião, o secretário de Estado de Produção, do Desenvolvimento Agrário e do Turismo, Paulo Engel, representou o governador do Estado, André Puccinelli, e fez um discurso otimista sobre o setor. Já o deputado estadual Zé Teixeira (DEM) reclamou que o setor da produção rural no setor não está indo muito bem, devido a falta de apoio do governo. Além da exposição de inovações e tecnologias, os visitantes foram atraídos também pelos eventos paralelos que agregam cada vez mais conteúdo ao principal evento do setor sucroenergético do centro-oeste. Durante a Agrometal aconteceram palestras, mini-cursos e rodadas de negócios.
Etanol da segunda geração é discutido durante Agrometal
Uma das palestras mais comentadas da 4 ª Feira Agrometal abordou um tema muito importante e atual‘Etanol de segunda geração’. O assunto foi discutido no segundo dia do evento e apresentado por Ivan Coelho, diretor da Biochemtex Brasil. Ivan explicou que o etanol de segunda geração é produzido com a sobra da primeira moagem da cana, o palestrante destacou que uma das principais vantagens é o aumento da produção do bicombustível sem a ampliação da área de plantio de cana-de-açúcar. Outra vantagem, é que a produção desse tipo de etanol emite 87% a menos de gases de efeito estuda que a gasolina. “Normalmente uma propriedade consegue produzir 7 mil litros de etanol por hectare, com a tecnologia do etanol segunda geração você soma mais 3 mil litros nessa conta, sem precisar plantar absolutamente nada, então a gente maximiliza a utilização da terra”, afirmou Ivan. No Brasil, o bagaço da cana já é utilizado há muito tempo para produzir eletricidade e é a segunda maior fonte energética do país, depois das hidrelétricas, porém, de acordo com o palestrante, o chamado etanol de segunda geração precisa de muito investimento e incentivo para a produção. Em setembro, nos Estados Unidos na cidade de Emmetsburg, foi aberta a primeira usina focada na produção do etanol da segunda geração. A previsão é de que a segunda planta de última geração do país seja inaugurada até 2015.
Embrapa inova e avança em pesquisas no setor sucroenergetico
O chefe-geral da Embrapa Agropecuária Oeste de Dourados, Guilherme Lafourcade Asmus, afirmou durante a abertura da Feira Agrometal que a empresa inovou e começou a investir em pesquisas voltadas para o setor sucroalcooleiro. “Antes estávamos focados somente na pesquisa agropecuária, agora passamos a fazer pesquiNOVEMBRO/DEZEMBRO 2014 | CANA S.A. | A energia da informação
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sas também neste setor, que tanto tem crescido e se desenvolvido”, destacou. Guilherme explicou que a empresa reuniu um portfólio de pesquisa sólido para o setor, com ênfase em diversas frentes, como a expansão da cana-de-açúcar para a região Centro-Oeste e o desenvolvimento de cultivos complementares como fonte de álcool. De acordo com Asmus a meta é fortalecer pesquisas em cana-de-açúcar, que é o principal pilar do setor e também desenvolver alternativas que garantam mais flexibilidade à atividade e aumentem a capacidade de superação de problemas.
Metalúrgica de Douradina participa pela terceira vez da Agrometal e exalta resultados positivos
Pelo terceiro ano consecutivo a Metalúrgica Nieri, marca presença na Feira Agrometal em Dourados, e deixa sua ‘marca registrada’ entre as maiores empresas do setor sucroenergético de Mato Grosso do Sul. A empresa é destaque no ramo de roletes, só no Estado, ela atende aproximadamente 80% das usinas. Na noite que deu início ao evento, o estande da empresa recebeu visita e elogios de diversas autoridades, entre elas o prefeito Murilo Zauith, o ministro de agricultura e Pecuária do Paraguai Jorge Gattini, o deputado Zé Teixeira e o Presidente do Sindicato Rural de Dourados Lúcio Damália. O diretor da Metalúrgica, Djalma Nieri, vê no evento uma oportunidade para conhecer e criar laços com pessoas ligadas ao negócio. “A feira é um lugar propício para se fazer amizades e firmar parcerias com pessoas ligadas as usinas e empresas da área, pois isso
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nos dá sempre um bom resultado posteriormente. Desde nossa primeira participação, aumentamos em quatro vezes o número de clientes e isso nos deixa realizado”, destacou o empresário. Além de sua loja matriz em Douradina, a Metalúrgica Nieri tem filial no município de Corumbá (MS). Entre seus principais produtos e serviços oferecidos estão: confecção de mangueiras hidráulicas (baixa, média e extrema pressão), conjuntos de roletes (rolos montados nas bases de suportes ou cavaletes) fabricação de balsas para sustentação de bombas d’água, fabricação de bicas de descargas e shuts de alimentação, de acordo com a solicitação do cliente e fabricação de correia transportadora. De acordo com Djalma, todo o trabalho desenvolvido pela metalúrgica é visando a qualidade e a satisfação dos clientes. “Nossa empresa busca cada vez mais o aperfeiçoamento e melhoria no seu processo produtivo. Nosso objetivo é reconhecer nossa marca plenamente no mercado, juntando nossa excelência e qualidade nos serviços já prestados.Vale destacar que o diferencial da empresa está sempre focado no melhor atendimento ao cliente”, enaltece o diretor.
Taurus divulga ações de conscientização ecológica na Agrometal
A Taurus distribuidora de Petróleo marcou presença na 4ª edição da feira Agrometal e chamou atenção pelas suas ações de conscientização ecológica realizadas durante o ano de 2014. No estande da empresa os visitantes assistiram reportagens de todas as ações desenvolvidas. Durante o ano a Taurus focou na conscientização
ecológica das crianças e adolescentes, em uma parceria com a TV Morena a empresa realizou concursos de desenhos e redação com vários temas ligados a sustentabilidade, os vencedores recebiam prêmios como forma de incentivo. Para o diretor da Taurus em Dourados, Jorge Luiz Zenatti Filho, o balanço da campanha feito é muito positivo, Jorge Filho destacou que o objetivo não é só incentivá-los a estudar mais e a se apropriarem mais dos temas socioambientais, mas incentivá-los para que sejam multiplicadores para os colegas, mãe, pai, vizinhos. “Isso é muito importante pra nós. Este é o resultado que procuramos”, finalizou. Os representantes da empresa afirmaram que apresentar essas ações durante a feira Agrometal foi estratégico e oportuno, porque a maioria das pessoas que frequentam esse evento estão ligados ao setor “verde” e terão a oportunidade de ampliar sua visão em relação ao meio ambiente.
TGL supera expectativas de negócios na Agrometal
A empresa TGL (Transportes, Guindastes e Locações) expôs seus produtos e serviços na Feira Agrometal. Na quarta edição do evento além das máquinas a empresa trouxe miniaturas para despertar a curiosidade das pessoas e consequentemente atrair mais visitantes para seu estande.
O consultor comercial da TGL Pesados, Guilherme Augusto Leal, destacou o volume de negócios que a empresa conquistou na feira. “A média que fazemos é sempre de dois a três negócios por feira, aqui fizemos quatro então foi bom em relação as expectativas que tínhamos”, afirmou. A empresa oferece soluções nos segmentos de transportes pesados, locação de máquinas, veículos, equipamentos e guindastes para obras de infra-estrutura, remoção industrial e movimentação de grandes cargas. De acordo com Guilherme, a participação na feira abre grandes portas de negócios. “Nosso ramo é bem segmentado, então todas as indústrias que buscávamos para parcerias estavam aqui”, destacou.
Estande da Case IH é sucesso na Feira
Na quarta edição da Agrometal a Case IH participou da feira com o objetivo de estreitar o relacionamento entre os visitantes e a empresa, durante os três dias do evento milhares de pessoas visitaram o estande que nesta edição tinha como atrativo um simulador piloto automático. O especialista de Marketing de produto da Case IH, Fabio Balaban, foi um dos palestrantes da feira, ele falou sobre soluções tecnológicas para redução de custos no mercado sucroenergético. Segundo Balaban os constantes investimentos feitos pela marca nos últimos anos estão focados no desenvolvimento das soluções completas de produtos e serviços, alinhados aos interesses do setor: redução dos custos, treinamentos de mão de obra e o desenvolvimento de novas tecnologias”. Com mais de 70 anos de história no setor sucroenergético, a Case IH carrega em seu DNA a característica de desenvolver as melhores soluções para colheita mecanizada de cana-de-açúcar, e participa ativamente do protagonismo do Brasil como referência mundial do setor. A marca conta com modelos de colhedoras de cana, sendo que dois desses modelos somente a Case IH disponibiliza ao mercado. Eles são: colhedoras séries A8000 com sistema rodante de pneus; colhedoras A8800 com sistema rodante de esteiras; a série A8800 Multi Row de espaçamento variável, tecnologia exclusiva da marca; colhedoras A4000, a única de cana desenvolvida para atender os pequenos e os médios produtores. Esta faz parte do programa federal Mais Alimentos e é o mais compacto e leve da categoria, colhendo 20 toneladas por hora, com facilidade de manobra. Da redação
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Capa
A Vitória do agronegócio “Não apoiar o setor sucroenergético é nadar contra a corrente e impor ao Brasil um retrocesso”. Afirma Azambuja.
Governador eleito de MS traz boas expectativas para o agronegócio Na entrevista o tucano destacou seu comprometimento com o agronegócio
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o dia 26 de outubro o “tucano” Reinaldo Azambuja (PSDB) foi eleito governador de Mato Grosso do Sul para exercer o mandato 2015-2018. Com uma vantagem de 11 pontos percentuais na frente de seu adversário Delcídio do Amaral (PT), Reinaldo teve 741.516 votos, o que corresponde a 55,34% dos votos válidos. A eleição de Azambuja foi um marco para MS, pela primeira vez depois de 20 anos, nem PMDB nem PT assumirão o governo de Mato Grosso do Sul. Outro marco da eleição do tucano foi à representatividade para o agronegócio, pois mesmo com uma trajetória política de mais de 17 anos, na qual ao longo dos anos exerceu mandato de prefeito, deputado estadual e deputado federal, Reinaldo nunca deixou suas atividades agropecuárias. O fato de ter como governador alguém que conhece o dia-a-dia e sente na pele os problemas e desafios vividos por um produtor rural trouxeram animo e esperança para as pessoas ligadas ao agronegócio. Quando foi prefeito de Maracaju, Reinaldo conseguiu elevar o município da 12ª para 5ª maior economia, que tornou-se o maior produtor de grãos do Estado e recebeu grande destaque como sendo o município que mais empregou com carteira assinada. Durante a sua campanha eleitoral para o governo de MS, Reinaldo firmou o compromisso de criar a Secretaria de Estado do Agronegócio e da Agricultura Familiar
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para promover uma “economia dinâmica” no Estado, durante um evento realizado na Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul). “Vamos ser um governo parceiro de quem produz”, afirmou Reinaldo na ocasião. Durante uma entrevista para a Revista Cana o governador eleito reforçou seu comprometimento com o agronegócio e afirmou que os incentivos ao setor sucroenergético devem compor a estratégia do País para resolver as questões relativas aos gargalos da matriz energética. Mesmo com o forte comprometimento que terá com o agronegócio, Reinaldo garantiu que os outros setores não serão esquecidos em seu governo e que a prioridade será a saúde. Azambuja afirmou que o principal desafio de seu governo é transformar em prioridade do governo o que já é prioridade da população. Ele espera ter uma boa relação com a presidente Dilma Rousseft para conseguir investimentos para Mato Grosso do Sul e argumentou que o compromisso dela é com o País e não apenas com os eleitores que votaram nela. O tucano falou ainda sobre três pilares na sua administração: planejamento, transparência e participação. A meta e remodelar a estrutura administrativa para tornar o governo mais eficiente e dinâmico. Azambuja pretende enxugar os gastos com a máquina pública, reduzir cargos comissionados e investir em ferramentas tecnológica para agilizar os processos em todas as esferas.
Entrevista
Revista Cana S.A. - Qual será a prioridade de seu governo? Azambuja- As nossas prioridades são aquelas que a população escolheu. Primeiro a Saúde, fazer os mutirões de saúde para reduzir a fila de espera por consultas e cirurgias, fazer com que a regionalização da saúde funcione para que reduza a demanda por atendimento na Capital. Em segundo lugar, investir em Segurança Pública, na qualificação, em tecnologia, integrar as polícias e principalmente buscar com o governo federal a parceria para proteger nossas fronteiras e barra a entrada de drogas e de armas. Nós precisamos ter realmente a presença federal nas fronteiras do MS com Bolívia e Paraguai. Educação também está entre as nossas prioridades - escola em tempo integral nas áreas de maior violência, valorizar o professor e melhorar o desempenho dos alunos. Revista Cana S.A.- Em sua campanha, o senhor falou muito sobre mudança, o que pretende fazer para garantir que o Estado viva essa mudança? Azambuja - A mudança a que me referi é a mudança na forma de administrar, no trato com o dinheiro público, no relacionamento com o cidadão. Nosso desafio é transformar em prioridade do governo o que já é prioridade da população: saúde mais próxima das pessoas, segurança, educação de qualidade. E administrar com base em três pilares: planejamento, transparência e participação. Vamos remodelar a estrutura administrativa para tornar o governo mais eficiente e dinâmico. Vamos enxugar os gastos com a máquina pública, reduzir cargos comissionados e investir em ferramentas tecnológica para agilizar os processos em todas as esferas. Todo
esse esforço só dará resultado se enfrentarmos a corrupção. Para isso, vamos implantar transparência em tempo real, ou seja, vamos divulgar as receitas e despesas do governo para que as pessoas saibam onde e como está sendo aplicado o dinheiro público e fazer auditorias para prevenir desvios. Revista Cana S.A. - Segundo a Presidente da (Unica) União da indústria de cana-de-açúcar - Elizabeth Farina, a Presidenta Dilma abandonou o setor sucroenergético. E o então candidato Aécio Neves quando esteve em Campo Grande disse que se fosse eleito daria incentivos para que o setor voltasse a crescer. Aqui no Estado, o Sr. pretende dar algum incentivo para atrair novas usinas? E o que pode ser feito para o setor voltar a crescer? Azambuja - No nosso entendimento os incentivos ao setor sucroenergético devem compor a estratégia do País para resolver as questões relativas aos gargalos da matriz energética. O mundo já está se movimentando nessa direção. Existe toda uma crítica sobre o uso dos combustíveis fósseis e seus impactos sobre o meio ambiente. O etanol é considerado um combustível “verde” e representa uma tendência mundial na direção de uma matriz energética mais sustentável. Isso, inclusive, foi reconhecido pela FAO em um dos seus estudos e o modelo brasileiro foi citado como referência. Não apoiar o setor é nadar contra a corrente e impor ao Brasil um retrocesso desnecessário além de minar a nossa competitividade, pois o custo de produção de etanol no Brasil é um dos menores se comparados com nossos concorrentes mundiais diretos.
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Revista Cana S.A. - agronegócio movimenta a economia do nosso Estado, e os produtores reclamam muito dos custos do transporte, e a falta de logística, para o escoamento da produção. Umas das soluções apontadas pela Famasul é a vinda da Ferroeste que ligará Mato Grosso do sul ao Paraná. O que o senhor pretende fazer para que essa ferrovia tão sonhada saia do papel? Azambuja - Há um estudo sobre a competitividade do Centro-Oeste em termos logísticos que mostra uma série de investimentos na matriz de transportes que poderia alavancar as nossas principais cadeias produtivas. A Ferroeste é uma delas. Em reunião com a bancada federal de Mato Grosso do Sul na Câmara e no Senado, pedi como prioridade para as emendas parlamentares e emendas ao Projeto da lei de Diretrizes Orçamentária o investimento em infraestrutura de transporte, especialmente para Ferroeste e a Estrada de Ferro 267 (Norte-Sul), além dos portos de Corumbá e Porto Murtinho. São duas ferrovias essenciais para o nosso Estado e o governo federal precisa não apenas investir, mas cobrar a manutenção das estradas de ferro. Também vamos buscar parcerias e diálogo com os estados vizinhos para que possamos fazer investimentos inteligentes, que integrem a região economicamente e elevem a competitividade de novos setores produtivos e Mas não adianta pensar na ferrovia de forma isolada. Se não forem feitos investimentos para eliminar os gargalos nos portos de Santos e Paranaguá as cargas continuarão dias esperando para serem embarcadas e os custos não se reduzirão. O que faremos é dialogar com o setor produtivo para avaliar a situação e encontrar as melhores soluções. Os nossos principais produtos de exportação estão indo na direção da Europa e Ásia. Se refletirmos mais atentamente, levar a nossa produção para esses portos aumenta a distância dos nossos destinos e, conseqüentemente, aumentam os custos. Precisamos pensar em alternativas. O escoamento da produção para o norte e para o pacífico pode representar soluções também plausíveis além da ferrovia. Revista Cana S.A. - Quais serão suas outras ações para o agronegócio? Azambuja - De acordo com estudo do Ministério da Agricultura, em termos internacionais as nossas cadeias mais competitivas continuam sendo a de grãos (soja e milho) e carne. Praticamente é a mesma situação desde o início dos anos 1980 quando o Estado nasceu. Precisamos mudar isso. Temos que continuar apoiando essas cadeias, mas temos que incentivar que as demais também passem a ser competitivas internacionalmente, como por exemplo, a do algodão e a de papel e celulose. Além disso, precisamos criar estímulos para que possamos avançar na agro industrialização das commodities que produzimos no Estado. Isso aumenta nossa capacidade de produção e potencializa a geração de tra-
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balho, emprego e renda nas regiões onde o agronegócio assume protagonismo produtivo. Revista Cana S.A.-Além da agropecuária, pretende investir em quais outros setores para o desenvolvimento e geração de emprego em MS? Azambuja - Temos que alinhar os investimentos de acordo com o potencial produtivo e vocações de cada região. É um erro atrair empresas a qualquer custo, porque com o tempo elas perdem competitividade e vão embora do Estado. Nesse sentido, vamos repensar a lei de incentivos fiscais buscando promover esse alinhamento. Acreditamos que dessa forma poderemos desencadear um processo de desenvolvimento mais duradouro em cada região do Estado. Portanto, os setores a serem incentivados serão definidos a partir da análise de quais são os que, em cada região, aumentam a competitividade do setor produtivo e geram melhoria na qualidade de vida, no nível de emprego e de renda da população local. Revista Cana S.A.- O senhor acredita que terá dificuldades em governar o Estado, pelo fato da presidente eleita ser de partido de oposição ao seu? Azambuja - Espero ter uma boa relação institucional com a presidenta Dilma Rousseff, porque Mato Grosso do Sul precisa de investimentos em ferrovias, portos, modernização dos aeroportos e em segurança, principalmente na fronteira. Acredito que a disputa política deve ser encerrada com o fim da eleição. Agora, o compromisso dela é com o País e não apenas com os eleitores que votaram nela, tampouco somente com os governadores e prefeitos do PT e aliados.
Propostas de Reinaldo para o agronegocio Em seu plano de Governo elaborado através de um projeto denominado “Pensando MS”, Reinaldo ouviu mais de 200 mil pessoas em todos os municípios do Estado e propôs os seguintes tópicos como forma fortalecer o agronegócio sul-mato-grossense:
1 - Política Agrícola: - Criação de um Programa de Subvenção Estadual ao Seguro Rural, cujo objetivo é proteger propriedades de riscos causados pelas adversidades climáticas. - Estudar mecanismos de paridade do ICMS incidente sobre os grãos, que possibilite a redução deste, levando em consideração a Lei Kandir, e que garanta a sua competitividade. - Investir na Defesa Sanitária Estadual, Animal e Vegetal, aumentando o número de equipes que trabalham nos 79 municípios, com ampliação do número de postos de fiscalização fixos e volantes, para garantir o controle de trânsito agropecuários. - Cumprir legislação vigente que determina que 100% dos recursos financeiros arrecadados em cobrança de taxas, preços e multas pela Agência Sanitária de Defesa Animal e Vegetal (Iagro) sejam destinados para ações de defesa sanitária animal. 2 - Fundersul: - Rever a legislação do Fundersul, adotando sua aplicação de forma justa, levando em consideração a proporcionalidade da malha viária. 3 - Meio Ambiente: -Criar programa de concessão de incentivos fiscais e financeiros: (a) aos municípios, para a descentralização do sistema de licenciamento, inclusive com a participação dos consórcios públicos intermunicipais; (b) aos produtores rurais que mantêm áreas nativas superiores às exigidas pela lei. 4 - Segurança Jurídica: - Mediar todo e qualquer conflito e trabalhar para uma resolução definitiva dos conflitos agrários. Resgatar a cidadania do indígena atuando de forma ativa nas aldeias do Estado oferecendo educação, assistência à saúde, saneamento, habitação e assistência
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técnica às comunidades indígenas. 5 - Logística: - Remodelagem de modais ferroviários e construção de terminais de grãos em cidades estratégicas para o escoamento da safra. Em relação aos modais hidroviários, incentivar, por meio de incentivos fiscais, a utilização dos portos estaduais. Melhorar a infraestrutura dos modais rodoviários, substituindo pontes de madeira por concreto e criando pontos de descanso em rodovias. 6 - Qualificação e Educação: - Equipar escolas estaduais rurais, valorizar professores, oferecendo cursos de pós-graduação e outros. - Modernizar as escolas rurais permitindo o acesso da comunidade escolar à telefonia móvel e internet. 7 - Qualidade de Vida no Campo: - Criar programas habitacionais para as comunidades rurais, adequar programas de saneamento básico e oferecer serviços de saúde às comunidades rurais. 8 - Produção Agrícola: - Manter ambiente favorável para a expansão das diversas culturas (soja, milho, cana-de-açúcar e outras), criando programas específicos para incentivos ao plantio de cada uma delas, tais como recuperação de terras degradadas, irrigação, além de incentivo à produção de culturas que estão em retração, como algodão, arroz e trigo. 9 - Produção Animal: - Criar incentivos aos programas de apoio à produção da bovinocultura de corte e de leite, além da ovinocultura, suinocultura, avicultura e piscicultura. Cristina Nunes
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Aconteceu
Mais de 1,3 mil congressistas participaram do 7º Congresso Nacional da Bioenergia D urante os dias 12 e 13 de novembro, Araçatuba foi sede de um dos maiores e mais tradicionais eventos da cadeia bioenergética. O 7º Congresso Nacional da Bioenergia foi realizado no campus do Unisalesiano, que acolheu mais de 1,3 mil participantes, entre congressistas, palestrantes e moderadores, que dividiram-se nas 12 salas temáticas desta edição. Mais uma vez, o evento da UDOP em parceria com a STAB, comprovou o potencial que este setor tem e a importância de unir forças e superar os desafios cotidianos que os profissionais enfrentam. Fica claro que, no momento em que o setor atravessa uma de suas piores crises, as soluções propostas em cada palestra geram esperanças e expectativas para um futuro melhor. A prova disso se aplica na novida-
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de desta sétima edição: a sala temática de Etanol 2G/Bioprodutos. Sucesso absoluto de participantes nos dois dias, as informações apresentadas nesta sala mostram uma alternativa que o setor tem para superar os problemas e que, hoje, já é uma realidade próxima. O debate realizado pela sala de Comunicação em conjunto com a sala de Mercado, Comercialização e Logística, também foi um ponto importante. O tema escolhido “O governo eleito e o futuro do Setor da Bioenergia”, reuniu lideranças do setor, com propriedade no assunto, e mostrou o quanto o setor deve somar forças para alcançar melhores resultados. Sorteio As atividades do Congresso UDOP/ STAB terminaram com um sorteio para os congressistas presentes. O momento foi muito esperado e causou grande alegria
aos sorteados. Os prêmios desta edição foram duas motocicletas Yamaha modelo Crosser 150 cilindradas, flex, zero quilômetro e nove tablets Samsung Galaxy Tab 3 Lite. As motos foram sorteadas para o gerente agrícola da Usina São José da Estiva, Júlio Vieira de Araújo e o Heraldo de Souza Vacelli, Supervisor de Orçamento, Custos e Controles Gerenciais da Agroterenas. Jantar Ainda durante o evento, um tradicional jantar foi realizado na noite do dia 12, para celebrar o sucesso dos cursos UniUDOP ao longo do ano e do próprio Congresso. Aproveitando este momento de confraternização, a UDOP, realizou a entrega da Medalha da Agroenergia, maior honraria concedida pela entidade. Neste ano, o homenageado foi o presidente da Abag e conselheiro da UDOP, Luiz Carlos Correa Carvalho, o Caio, pelo brilhante desempenho exercido no setor e por todas suas realizações. Apoio cultural O 7º Congresso Nacional da Bioenergia é realizado pela UniUDOP. O êxito da organização deste evento contou também com o apoio cultural das empresas: Azamoto; Beta Renewables; Bayer CropScience; CanaVialis; Case IH; Ceres; CTC; Deloitte; Ecom Energia; FMC; GE; Novozymes; São Francisco Saúde; Syngenta e Yamaha. Também atuaram mídias parceiras, como CanaMix; CanaOnline; Canal - Jornal da Bioenergia e Revista STAB. O Unisalesiano e a Siamig apoiam institucionalmente o evento. Camila Lemos Fonte: Agência UDOP de Notícias
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Safra de Cana
Etanol é a melhor opção para Motorista que se preocupa com o Meio Ambiente Além de emitir até 90% menos gases poluentes que a gasolina, e reduzir expressivamente o número de doenças respiratórias e cardiovasculares nas grandes metrópoles, biocombustível é economicamente mais vantajoso para o proprietário de carro flex.
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longo período de estiagem registrado este ano, que afetou severamente a produção da cana-de-açúcar, contribuiu também para a piora na qualidade do ar no Estado de São Paulo, que atingiu seu pior índice desde 2007, segundo dados recentemente divulgados pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo). O grande vilão que agravou ainda mais o quadro de poluição no Estado foi a emissão de dióxido de carbono (CO2) e outras partículas por veículos automotores. Desde que a Cide (Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico) foi zerada no preço da gasolina, em 2011, houve um aumento no consumo do combustível fóssil e o etanol, uma fonte de energia mais limpa e renovável, perdeu competitividade e a prefe-
rência dos consumidores na hora de abastecer. Produzido a partir de fonte limpa e renovável, a cana-de-açúcar, as vantagens ambientais do etanol sobre a gasolina com ganhos inclusive à saúde pública são amplamente reconhecidas como a melhora na qualidade do ar, particularmente em regiões metropolitanas. Diversos estudos comprovam que o etanol de cana reduz as emissões de gases causadores das mudanças climáticas em até 90% quando comparado com a gasolina. Graças a esse índice, o biocombustível brasileiro é o único etanol produzido em larga escala do mundo considerado ‘avançado’ pela Environmental Protection Agency (EPA), a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos. Segundo o consultor em Emissões e Tecnologia da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Alfred Szwarc, de março de 2003, quando os veículos bicombustíveis foram introduzidos no Brasil, até hoje, o uso do etanol nos veículos flex da frota brasileira já evitou a emissão de aproximadamente 240 milhões de toneladas de CO2, o que corresponde a três anos de emissão deste gás por um país do porte do Chile. Trabalho desenvolvido por equipe de médicos e especialistas da Universidade de São Paulo (USP), liderado pelo professor Paulo Saldiva, concluiu que o uso do etanol combustível nas oito principais regiões metropolitanas do Brasil tem sido responsável pela redução de quase 1.400 mortes e mais de 9.000 internações anuais ocasionadas por problemas respiratórios e cardiovasculares associados somente ao uso de combustíveis fósseis. Trata-se de uma economia de R$ 430 milhões por ano para o sistema de saúde pública e privada. Mais vantagem para o consumidor Além disso, o etanol hidratado está economicamente interessante para os consumidores de diversos municípios do Estado de São Paulo, segundo dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP) compilados pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), no período de 9 a 15 de novembro. O preço do litro do etanol nos postos do Estado
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pode variar de R$ 1,47 (mínimo) até R$ 2,90 (máximo), enquanto o litro da gasolina pode ser encontrado de R$ 2,45 (mínimo) a R$ 2,80 (máximo). O que mais chama atenção é a paridade entre os combustíveis, que é obtida a partir da divisão do preço do etanol hidratado pelo preço da gasolina ao consumidor. Se este resultado ficar em até 70%, pode-se considerar que o consumo de etanol é economicamente mais viável em relação à gasolina. Na cidade de São Paulo, por exemplo, a paridade entre o preço médio dos combustíveis está em torno de 64%. Apesar desta competitividade em relação à gasolina, aproximadamente 40% da frota flex do Estado ainda não está abastecendo com etanol hidratado. Segundo o diretor técnico da União da Indústria de Cana-de-Açúcar, Antonio de Padua Rodrigues, a melhoria na qualidade do ar está também nas mãos dos proprietários de carros flex que hoje não utilizam o etanol. “Se todos abastecessem com o biocombustível, haveria uma grande redução nas emissões de CO2 e outras partículas, fato que só traria melhoras ao meio ambiente e à saúde pública. Campanha incentiva o consumo Há dois meses, a União da Indústria da Cana-de-Açúcar (UNICA) lançou uma nova fase da campanha publicitária do Etanol. “Com o slogan “Coloca Etanol, o combustível completão”, já utilizado nas fases anteriores da campanha e que intensifica o posicionamento do biocombustível e seus inúmeros benefícios, a estratégia de comunicação é composta por um filme de 30” para TV aberta e a cabo, patrocínio de programas de televisão e rádio jingle marcante, ações online e presença em redes sociais. Focada principalmente no Estado de São Paulo, a campanha tem como objetivo reforçar os impactos positivos do etanol para a economia e o meio ambiente, incentivar seu consumo e relembrar aos consumidores as vantagens e os benefícios do biocombustível. Mariana Anauate Única
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MS colhe mais de 2 milhões de toneladas de cana na última quinzena de outubro
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Biosul – Associação dos Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul, apresentou os dados da safra 2014/2015 com moagem até 31 de outubro. O acompanhamento da safra de cana-de-açúcar no MS é informado quinzenalmente, a safra começou em abril e deve seguir até janeiro/2015. Na segunda quinzena de outubro foram processadas 2,71 milhões de toneladas de cana, volume 20% maior que na mesma quinzena da safra passada. O volume acumulado de cana-de-açúcar processada foi de 34,89 milhões de toneladas, 1,16% menor em relação ao ano passado. O índice que mede a qualidade da matéria prima, o ATR/TC (Açúcares Totais Recuperáveis por tonelada de cana) atingiu 138,94 kg na quinzena, volume 20,62% maior ao da safra passada, no acumulado atingiu 130,49kg. Até agora foram produzidas 1,11 milhão de toneladas de açúcar, quantidade 8% menor que a produção re-
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gistrada anteriormente, que foi de 1,21 milhão de toneladas. Dados referentes à produção de etanol registram que o acumulado até a segunda quinzena de outubro foi de 499 milhões de litros de etanol anidro e 1,49 bilhão de litros de etanol hidratado, resultando 1,99 bilhão de litros de biocombustível produzido, volume 5% maior que na safra 2013/2014. Segundo o Presidente da Biosul, Roberto Hollanda, “Em outubro tivemos duas quinzenas com números positivos no processamento da cana. A chuva abaixo da média ajudou, continuamos com ATR/tc acima da média da safra passada e estamos com volume de cana processada próximo ao da safra anterior, esperamos que nas próximas quinzenas possamos ultrapassar esse número e atingir a previsão feita para essa safra.” Ana Paula Ostapenko Biosul
Novembro fecha com qualidade da cana em alta, no Mato Grosso do Sul
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Biosul – Associação dos Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul, apresentou os dados da safra 2014/2015 com moagem até 30 de novembro. O acompanhamento da safra de cana-de-açúcar no MS é informado quinzenalmente, a safra começou em abril/2014 e deve seguir até janeiro/2015. Na segunda quinzena de novembro foram processadas 1, 862 milhão de toneladas de cana, volume praticamente igual ao do mesmo período na safra passada. O volume acumulado de cana-de-açúcar processada até o momento é de 38,75 milhões de toneladas, 1, 92% menor em relação ao ano passado. O índice que mede a qualidade da matéria prima, o ATR/TC (Açúcares Totais Recuperáveis por tonelada de cana) atingiu 127,58 kg na quinzena, volume 10% maior que o da safra passada e no acumulado atingiu130 ,14kg, também maior em dois pontos percentuais que o ano anterior.
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Até agora foram produzidas 1,24 milhão de toneladas de açúcar, quantidade 6% menor que a produção registrada anteriormente, que foi de 1,32 milhões de toneladas. Dados referentes à produção de etanol registram que o acumulado até a segunda quinzena de novembro foi de 566 milhões de litros de etanol anidro e 1,63 bilhões de litros de etanol hidratado, resultando 2,20 bilhões de litros de biocombustível produzido, volume 4,33% maior que na safra 2013/2014. Segundo o Presidente da Biosul, Roberto Hollanda, “A chuva tem atrapalhado um pouco as operações, o que já era esperado nesta época do ano. O ATR está em recuperação, com o acumulado já acima do previsto e a quinzena foi bem melhor que a passada. A novidade é que nesse dezembro teremos mais unidades moendo. Na primeira quinzena serão 21 unidades contra 18 que estavam operando ano passado e na segunda serão 21 contra 11”. Ana Paula Ostepenko Biosul
Economia & Mercado
Juros de linhas de crédito para renovação de canaviais são definidos pelo CMN A
s instituições financeiras credenciadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) agora vão fixar a taxa efetiva de juros dos empréstimos de acordo com as datas de início dos projetos de plantio. Isso aconteceu devido as alterações nas normas dos programas ProRenova-Rural e ProRenova-Industrial, destinados à renovação de canaviais e ampliação da área plantada, aprovadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Diferente dos projetos implementados em 2013, na qual os mutuários pagarão taxa efetiva de 5,5% de juros ao ano, nos projetos implementados em 2014, os juros efetivos equivalerão à Taxa de Juros de Longo Prazo (hoje em 5% ao ano) mais 2,7 pontos percentuais – o que resulta em 7,7% de juros ao ano. Poderão ser contratados até o final deste ano os empréstimos para os canaviais renovados em 2013. Já as linhas para os projetos execu-
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tados em 2014 podem ser contratadas até o fim de 2015. Em todos os casos, o prazo para o produtor quitar o empréstimo é de até 6 anos, podendo depois de 18 meses fazer o pagamento da primeira parcela. Essa medida integra o conjunto de outras adotadas pelo governo federal, desde 2012, para fortalecer o setor sucroalcooleiro, que tem enfrentado uma forte crise nesses últimos dois anos. De acordo com o Ministério da Fazenda, o objetivo desses programas é fomentar a produção de cana-de-açúcar por meio de financiamentos à renovação dos canaviais antigos e à ampliação da área plantada, atendendo à crescente demanda por etanol combustível. Da Redação
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Qualificação
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lém de investir em educação, saúde, infraestrutura e programas de atração e promoção de investimentos, o prefeito Murilo criou um programa de qualificação de pessoas para dar suporte ao desenvolvimento de Dourados. É o Qualifica Dourados/ Pronatec, que já capacitou 5.268 trabalhadores desde meados de 2011, quando Murilo assumiu a Prefeitura. Este ano estão sendo formados 1.240 trabalhadores. Nesta quinta-feira, dia 11, de dezembro às 19h, no auditório da Aced (Associação Comercial e Industrial de Dourados), Murilo, Ledi Ferla, secretária de Assistência Social e os parceiros do programa fazem a entrega dos certificados às 696 pessoas que realizaram os cursos no segundo semestre. Os 544 do primeiro semestre já foram certificados. A solenidade faz parte da programação do “Dourados Brilha”. Dos 1.240 trabalhadores capacitados, 595 foram em cursos ministrados pelo Senac e Senai, através do Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego). 451 foram capacitados pelo Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) e Sindicato Rural. As outras 194 pessoas foram capacitadas em oficinas artesanais, também de parceria entre a Prefeitura e o Governo Federal. Em 2011, quando entrou em
Foto: A. Frota
Em quatro anos, Murilo qualificou mais de 5 mil trabalhadores
Em setembro deste ano o prefeito Murilo fez a entrega de certificados para mais de 600 novos profissionais
vigor, o Qualifica Dourados formou 674 trabalhadores. Em 2012 foram 1.499, em 2013 mais 1.855. Com os 1.240 de 2014 chega-se à 5.268. Para 2015, a Secretaria e o Ciat já pediram ao Ministério do Trabalho e Emprego mais 29 cursos, totalizando 596 vagas. Desenvolvimento – Ao mesmo tempo em que criou o projeto “Pólo de Serviços do Setor Sucroenergético de Dourados e Região” para fazer da cidade o pólo de manutenção industrial do Estado, Murilo criou o Qualifica Dourados para dar suporte à implantação dos novos negócios. Também desburocratizou a tramitação de processos para a instalação de empresas. Esses mecanismos, somados à credibilidade que a nova administração deu ao município, fez de Dourados um celeiro de empregos. “Não conseguimos medir exatamente o índice de empregabilidade dos formandos do Qualifica Dourados, mas em torno de 80% ficam empregados logo após a conclusão dos cursos”, afirma a secretária Ledi Ferla. “Outra parte faz a opção por abrir o seu próprio negócio, se formalizando no MEI (Micro Empreendedor Individual)”, diz a secretária. É o caso dos cursos na área de serviços, como as cabeleiras, por exemplo. “Todas as cabeleireiras formadas pelo Senac este ano, em setembro, já estão empregadas ou
abriram seus próprios salões”, ressalta Ledi. No caso, são cursos técnicos de 560 horas. Todas as capacitações do Pronatec são acima de 160 horas. Além do de cabeleireira já citado, são cursos como de os cursos de mecânico de máquinas agrícolas, padeiro, costureiro industrial do vestuário, eletricista industrial, operador de processos químicos, desenhista da construção civil, confeccionador de lingerie moda praia, mecânico de motores ciclo otto, operador de computador, magarefe e vendedor, entre outros. 2015 – A Secretaria de Assistência Social e o Ciat (Centro Integrado de Atendimento ao Trabalhador) já fizeram a solicitação ao MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) dos cursos para o primeiro semestre de 2015. Estão sendo solicitadas 596 vagas para várias áreas, definidas, conforme pesquisa de demanda de mercado de emprego em Dourados. As matrículas para os cursos serão abertas assim que o MTE confirmar e autorizar o número de vagas solicitadas. As matrículas serão feitas na sede do programa Qualifica Dourados, na Rua Firmino Vieira de Matos, 301, no centro. O Telefone 3411-7718. Informações também podem ser obtidas nos CRAS (Centros de Referência de Assistência Social). Assecom
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Sustentabilidade
Sistema de Gestão ambiental adotado por usina reduziu 42% do consumo de água O
monitoramento da qualidade da água realizado de hora em hora com o objetivo de estabelecer metas de redução de consumo, implantado através do Sistema de Gestão ambiental adotado pelas Usinas Itamarati desde 2006, obteve êxito. O trabalho deu tanto resultado que em apenas quatro safras, a empresa conseguiu reduzir 42% do consumo de água. “O consumo da água para moagem de cana idealizado pelo setor é de 1m³/tonelada de cana. Em agosto de 2013, a empresa consumia 1,19 m³/tonelada. A meta de 1 para 1 demanda investimentos em melhorias de processo, mas acredito que em três safras conseguiremos esse número”, afirma Caetano Grossi, gerente do sistema de gestão ambiental da Usinas Itamarati. De acordo com Grossi para economizar água, a empresa deve eliminar as perdas, substituir a água nobre por uma utilizada, trocar águas de lavagem das dornas e CO2 por águas fervidas (reutilizada) e não gastar água sem necessidade. Além disso, toda a água utilizada no processo industrial opera em circuito fechado já há mais de 10 anos. Desta forma, ocorre uma redução da quantidade captada, gerando um volume menor de resíduos líquidos. Ele explica que o processo de colheita crua ajudou a empresa a economizar água. “No processo de colheita de cana crua não se lava mais a matéria-prima
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pois ela já vai direto para a fábrica. Por isso, a redução de impurezas no momento da colheita, se faz necessária”, afirmou Grossi. Além disso, a empresa também realiza palestras, treinamentos, diálogo diário de segurança (DDS) onde são levantados assuntos sobre o meio ambiente. Há ainda treinamentos com líderes ambientais, pessoas responsáveis pela gestão ambiental de cada gerência. Os auditores internos também auxiliam no processo de redução de água. Em julho, a empresa formou mais 11 pessoas, totalizando 39 auditores”, enfatiza. Da redação
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Energia
Queda na produção de energia eólica e de biomassa pressiona setor elétrico A
delicada situação dos reservatórios das hidrelétricas pode piorar. Apesar de o armazenamento estar no menor nível desde o racionamento, as usinas serão muito requisitadas nos próximos meses para suportar o aumento do consumo no verão. Desde que começou o período seco, em abril, o sistema tem sido reforçado pela produção das térmicas movidas a biomassa e das usinas eólicas, que vêm ganhando cada vez mais espaço na matriz elétrica brasileira. Mas com o início da entressafra da cana e período de ventos mais fracos no Nordeste, essa contribuição vai diminuir nos próximos meses ao mesmo tempo que o consumo subirá com o calor. Dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), compilados pela comercializadora de energia Comerc, mostram que a geração menor dessas fontes aliada à demanda mais forte provocará um buraco de 9.241 megawatts (MW) médios em janeiro, que terão de ser supridos por hidrelétricas e termoelétricas. O impacto maior será provocado pela queda na produção da energia de biomassa que desde maio tem gerado acima de 3 mil MW médios. Esse volume deve cair para 400 MW médios em janei-
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ro, segundo a Comerc. A eólica seguirá o mesmo ritmo. Nos últimos dias, as usinas a vento geraram 4% da energia do sistema - acima do volume de Angra 1 e 2 -, número expressivo para uma fonte que até bem pouco tempo era irrelevante na matriz elétrica. Segundo dados da Comerc, a produção das eólicas deve cair pela metade, para cerca de 1 mil MW médios. “Essa energia que não será produzida pelas eólicas e pela biomassa terá de ser gerada pelas hidrelétricas e pelas térmicas para suportar o aumento de consumo”, diz o presidente da Comerc, Cristopher Vlavianos. O problema, diz, é que o nível dos reservatórios está caindo rápido. Só nos primeiros dias de novembro, o armazenamento das hidrelétricas do Sudeste/Centro-Oeste caiu 1,3 ponto porcentual, para 17,4%. Térmicas Apesar de o País ter 22 mil MW de capacidade instalada de energia térmica (incluindo as nucleares), apenas 17 mil MW estão disponíveis, segundo relatório do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Mas, por uma série de problemas, nem isso tem sido verificado no dia a dia. Pelos relatórios do ONS, entre o dia 20 de
outubro e 6 de novembro, a participação da energia térmica variou de 21,35% a 25,35% do total. No caso das hidrelétricas, a participação voltou a subir nas últimas semanas, para até 61% do total. Pior: no Sudeste/ Centro-Oeste, a produção de energia hídrica aumentou, apesar de algumas usinas estarem com menos de 10% de armazenamento. Na última semana ficou acima dos 20 mil MW médios - cerca de 1 mil MW médios acima das semanas anteriores. Isso significa menos água nos reservatórios. Recentemente, um representante da área de geração, preocupado com a queda na produção das hidrelétricas e com o aumento dos prejuízos, questionou o ONS se as hidrelétricas seriam poupadas para recuperar os reservatórios em dezembro. A resposta foi não, que elas teriam de manter a produção. Outro técnico destacou que quem terá de segurar o sistema são as hidrelétricas e térmicas. “Eólicas, biomassa e PCHs são fontes alternativas e não podemos contar sempre com elas. Mas elas deram uma boa contribuição”, destacou ele, que prefere não se identificar. Além de não ter essa ajuda, o governo terá de contar com atrasos na en-
trada em operação de usinas previstas para novembro e dezembro. Pelo menos, sete empreendimentos tiveram seus cronogramas estendidos em um mês. Embora sejam usinas pequenas, na atual situação de escassez, qualquer megawatt pode fazer a diferença. O presidente da Associação Brasileira das Empresas Geradoras de Energia Elétrica (Abrage), Flávio Neiva, diz que a situação não é confortável. Se em janeiro e fevereiro, a operação já foi complicada por causa do aumento do consumo devido ao calor, agora o problema é maior, pois o nível dos reservatórios está bem mais baixo. E, quanto menor é nível do reservatório, menor o rendimento da usina, que gasta mais água para produzir a mesma quantidade de energia elétrica. Para Nivalde Castro, professor da UFRJ, além de torcer pelas chuvas, que por enquanto não convenceram, uma saída seria fazer um programa para a população economizar energia. A adoção das bandeiras tarifárias, a partir de janeiro, ajudará a controlar o consumo. O sistema vai repassar mensalmente para o consumidor o custo da geração. Renée Pereira O Estado de Sao Paulo
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Especial
Rivesa apresenta nova linha de caminhões da Volvo em Campo Grande
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o dia 19 de novembro a capital de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, recebeu representantes e toda equipe de vendas e pós-venda da Rivesa- concessionária da Volvo, em um evento que trouxe para o Estado os caminhões mais eficientes e rentáveis do mercado. A nova geração apresentada incorpora padrões estéticos e tecnológicos dos Volvo vendidos na Europa, e apresenta uma série de inovações úteis. A montadora Volvo fez a renovação contempla da Linha F, que representa os pesados e extrapesados FH, FM e FMX. “São tecnologias e soluções que dão maior produtividade à operação, maior rentabilidade ao transportador e mais conforto e segurança ao motorista”, disse Antônio Carlos Sencio Paes, diretor-comercial da Rivesa. Inovações da nova linha FH proporcionam maior produtividade e rentabilidade do transporte O FH que está sendo lançado no Brasil chega com
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uma série de inovações que tornam os caminhões mais eficientes e rentáveis do mercado. A começar pelo temporizador de marcha lenta, uma inovação bastante esperada pelo setor, para diminuir tanto o consumo de combustível como o desgaste do motor. “O preço do diesel corresponde, na média, a até 50% da planilha de custos do transportador. Este sistema ajuda na operação de transporte”, afirma Glênio Karas, engenheiro de vendas da Volvo. Outra novidade é o alternador de alta eficiência que a nova linha ganhou. Este dispositivo diminui o consumo de energia no caminhão, poupando-a para situações onde possa ser mais útil e adequada. “Tudo na nova linha foi pensado para maximizar os benefícios e minimizar os gastos desnecessários”, destaca Alberto Neumann, gerente de estratégia de produto de caminhões do Grupo Volvo América Latina. A aerodinâmica do FH também recebeu mudanças significativas. O caminhão tem novos defletores de ar, tanto no teto como na lateral, novas saias laterais e spoilers. “Além de terem deixado o FH ainda mais bonito, a nova aerodinâmica proporciona menor resistência ao ar e menor consumo de combustível”, observa Deonir Gasperin, engenheiro de vendas da Volvo. Os novos para-brisas são arredondados nos cantos e os espelhos retrovisores têm novo design, diminuindo em 20% a obstrução da visão do motorista. Outra inovação foi a substituição dos tradicionais para-sóis por modernas persianas claras, que podem funcionar manualmente ou, opcionalmente, com controle elétrico. A Volvo também fez uma mudança no freio de estacionamento, cujo acionamento agora é feito eletricamente por meio de um botão estrategicamente posicionado no painel de instrumentos. Até a geração anterior, o freio era acionado com uma pequena alavanca. Na nova linha, o freio de estacionamento também é acionado automaticamente quando se desliga o caminhão. Tecnologia O novo FH vem preparado para ser equipado com
o I-See, um espetacular sistema que lê a topografia da estrada e memoriza as informações. Em uma viagem futura pela mesma rodovia, o dispositivo utiliza os dados para, automaticamente, tornar mais eficiente a troca de marchas e contribuir para melhorar o desempenho do caminhão e poupar combustível. Outra importante oferta nesta área é o Dynafleet. “Esse é um verdadeiro aliado do transportador e do motorista na busca por um estilo de direção ainda mais econômico”, destaca Jesus. O transportador pode obter relatórios de desempenho (performance reports) que mostram o perfil do veículo e também de cada motorista, facilitando e agilizando o acompanhamento individual do consumo de combustível e de emissões de poluentes. “É possível, por exemplo, ranquear o desempenho dos motoristas, para balizar correções e treinamentos futuros”, observa Alvaro Menoncin, gerente de engenharia de vendas da Volvo. FM com motor de 380cv A Volvo está oferecendo ao mercado brasileiro um novo modelo de caminhão: o FM com motor de 380cv de potência. Dirigido principalmente para alguns segmentos específicos, o novo FM chega com um eixo traseiro mais robusto, podendo ser destinado para transporte logístico, como operações com tanque, sider e composições com carretas de três eixos. “É mais uma opção para o transportador brasileiro”, diz Bernardo Fedalto, diretor de caminhões da Volvo no Brasil. “O FM com motor de 380cv é uma excelente alternativa para trechos rodoviários não muito longos”, observa Alvaro Menoncin, gerente de engenharia de vendas, citando o novo caminhão como uma ótima oportunidade para operações logísticas. Implementado com tanque, é muito útil para o transporte de líquidos em geral, desde suco de laranja e leite, passando por derivados de petróleo até produtos petroquímicos. Com sider, transporta cargas industrializadas, como eletrodo-
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Especial mésticos, produtos manufaturados e peças automotivas, entre outros itens. “O novo FM é um caminhão muito versátil, com mais torque e que ainda conta com o consagrado freio motor VEB410”, comemora Nilton Roeder, diretor de estratégia de caminhões do Grupo Volvo América Latina. “E tem uma ótima relação custo benefício”, complementa Alexander Boni, gerente de caminhões da linha F. Volvo lança caminhões FMX com tração integral para aplicações de nicho de mercado A Volvo está lançando os caminhões FMX com tração integral para atender demandas específicas do mercado. O FMX pode sair de fábrica a partir de agora com configurações de eixos 6x6 e 4x4. “São caminhões que podem transitar melhor em terrenos irregulares em virtude de sua maior capacidade de tração”, diz Bernardo Fedalto, diretor de caminhões da Volvo no Brasil. Na configuração 6x6 cavalo mecânico, ele pode ser utilizado com vários tipos de implemento, desde tanque e bitrem até tritrem, para uma série de aplicações específicas, como veículo-bombeiro ou de resgate, para ser operado em aeroportos e até no segmento florestal, pois é um caminhão bastante robusto, que pode vencer rampas e topografias ruins com mais facilidade. “É uma configuração que o torna muito versátil”, afirma Glênio Karas, engenheiro de vendas da Volvo. Nesta configuração de eixos, o Volvo FMX pode sair de fábrica com motorização que vai de 380cv a 540cv de potência. Ele também pode sair como um veículo rígido, que pode ser acoplado a um reboque, dependendo das necessidades do transportador. A Volvo ainda está oferecendo o FMX com configuração de eixos 4x4 rígido. É um veículo também destinado para aplicações de nicho, como resgate ou bombeiro,
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por exemplo. Como ele tem tração nas quatro rodas e é também muito robusto, pode ser utilizado em operações mais severas. “Na versão 4x4, o FMX pode sair de fábrica equipado com um motor de 370cv, ou de 380cv”, diz Deonir Gasperin, engenheiro de vendas da Volvo. “Special Vehicles” - O Primeiro VM CANAVIEIRO A parceria e o comprometimento entre a marca Volvo e a concessionária Rivesa se reflete na solidez e no estreito relacionamento com o cliente. Após trabalhos em conjunto com engenharia, produção, vendas e pós-venda, através de um programa inédito chamado “Special Vehicles”, que contemplou desde visitas a campo com as equipes de Pós-venda Serviços, para entender a necessidade do cliente, desenvolvimento e adaptação do produto até a sua produção, resultando em um veículo 100% produzido na Volvo do Brasil e preparado para aplicações de cana-de-açucar. No dia 29 de agosto, o primeiro VM CANAVIEIRO foi apresentado oficialmente para a Usina Santa Terezinha. O veículo foi muito elogiado e atendeu completamente as expectativas do cliente.
Inovação & Tecnologia
Usina em Alagoas começa a produzir o etanol de segunda geração O
etanol está entrando em uma nova etapa no Brasil. Pela primeira vez uma usina produz em escala comercial a partir da palha e do bagaço da cana, e não com o caldo, que é o sistema tradicional. É o etanol de segunda geração. Os canaviais de Alagoas já fazem esse novo tipo de colheita: a da palha. Máquinas importadas, que nos Estados Unidos e na Europa são usadas na produção de feno, foram adaptadas no Brasil para recolher o que era considerado um resíduo da cana. Agora, a palha vira matéria-prima do etanol de segunda geração. “O álcool de segunda geração provém da celulose, de biomassa. E a palha de cana-de-açúcar é abundante. Por isso a gente tem na colheita de palha nosso carro-chefe para a produção de etanol”, explica o gerente de matérias-primas da empresa Granbio Sérgio Godoy. A empresa Granbio inaugurou em setembro a primeira usina de etanol de segunda geração do país, em São Miguel dos Campos, Alagoas. A empresa fez parceria com três usinas de açúcar e álcool da região para comprar a palha que sobra no campo. Mas as máquinas não recolhem tudo. Metade fica para cobrir o solo e segurar a umidade. Além do dinheiro com a venda da palhada, os produtores de cana vêem outras vantagens em retirar o material. “Diminui a infestação da praga cigarrinha da raiz, que é uma praga que muita palha acumulada favorece a infestação. E tem o risco de incêndios. O fogo se propaga com muita velocidade quando se tem um acúmulo de palha”, diz o superintendente da usina Carlos Monteiro. Do campo, os fardos vão para um centro de distribuição. Depois, o produto segue para a usina. Em uma usina de etanol de primeira geração, a matéria-prima é o caldo da cana. O açúcar do caldo vai direto para a fermentação e destilação. Já na segunda geração, existem etapas anteriores. É preciso separar os açúcares que estão nas fibras e não é um processo tão simples.
A palha ou o bagaço passam por altas temperaturas, pressão e uma explosão a vapor para que a celulose e a hemicelulose sejam separadas. Na etapa seguinte, entram em ação as enzimas. Elas cortam as moléculas em pedaços menores, que são os açúcares. Depois, os fermentos transformam esses açúcares em álcool, que por fim, é destilado, virando etanol. As enzimas, alma do processo, representam o custo mais alto. Por isso, os pesquisadores trabalham para desenvolver a tecnologia. “Essas enzimas são produzidas por fungos e bactérias da natureza que atacam as plantas. Elas vão e cortam, funcionando como se fosse uma tesoura. O que nós fazemos é identificar essas enzimas, quais são, produzi-las em escala comercial e ai utilizamos para o processo de hidrólise. A qualidade [do etanol] é a mesma, não tem diferença nenhuma. Nós estimamos que a adição de bagaço e palha na produção de etanol no Brasil pode elevar nossa produção em torno de 30% do que já temos, sem ter que aumentar a área de plantio”, explica o agrônomo Carlos Alberto Labate. É o que vem sendo feito em Alagoas: o melhor aproveitamento das áreas de cultivo, o que torna a produção sustentável. A usina já recebeu um certificado internacional pela geração de um etanol mais limpo, com baixa emissão de carbono. Na fábrica, substâncias descartadas durante o processo vão para caldeiras de cogeração de energia elétrica e vapor. Também é reutilizado o resíduo da destilação. Além da tecnologia na usina, a empresa procura obter uma maior produtividade na lavoura. Um centro de pesquisa foi criado especialmente para desenvolver uma nova variedade de cana: a cana energia, que servirá de fonte de matéria-prima para o etanol de segunda geração. A pesquisa deve ser concluída até o fim do ano que vem e a cana energia vai se tornar mais um recurso para a produção brasileira de etanol de segunda geração. UDOP Cristina Vieira Fonte: Globo Rural
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Trabalho & Emprego
Senai e ESPM diplomam 1ª turma do MBA em Gestão de Negócios O
Senai e a ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), de São Paulo, realizaram, na noite terça-feira (02/12), no auditório térreo do Edifício Casa da Indústria, em Campo Grande (MS), a cerimônia de formatura da 1ª turma de MBA em Gestão de Negócios com a diplomação de 17 alunos. “Na atualidade, o mercado tem necessidades e regras que exigem essa formação técnica cada vez mais do profissional que auxilia na gestão dos negócios. Dentro do nosso trabalho à frente da Fiems procuramos construir sempre ações nessa direção, pois o mercado precisa de profissionais para desenvolver as empresas e o nosso Estado”, declarou o presidente da Fiems, Sérgio Longen, durante a cerimônia de diplomação. Já a diretora da ESPM, Célia Marcondes Ferraz, agradeceu ao Senai pela parceria e afirmou que a iniciativa foi um passo importante para marcar
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a presença da universidade em Mato Grosso do Sul em um projeto inovador. “O certificado coloca em nossas mãos uma série de obrigações. Terminado o curso é chegada a hora de mostrar a sociedade o que se aprendeu, contribuindo com um mundo melhor”, ponderou. O diretor-regional do Senai, Jesner Escandolhero, lembrou da parceria para o oferecimento dessa pós-graduação inédita com a ESPM, que foi firmada em 2012. “Essa iniciativa foi crucial para o desenvolvimento do Senai e, nesse momento, vemos o resultado desse trabalho”, afirmou.
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O gerente do Senai de Campo Grande, Marcos Costa, destacou o compromisso com a oferta de um ensino de qualidade. “Hoje formamos especialistas em gestão de negócios, habilitados a atender a demanda do mercado de trabalho e aprimorar sua capacidade de gestão”, falou, ressaltando que no momento em que a entidade forma a primeira turma de MBA em Gestão de Negócios estabelece-se um novo patamar. “Desde 2009, o Senai Campo Grande vem trilhando este caminho, iniciando com o curso superior e agora consolida mais uma etapa com o curso de pós-graduação, atendendo assim, as indústrias em todos os níveis, da qualificação à pós-graduação”, disse. Formandos O formando Leandro Nunes, 30 anos, disse que o curso superou as expectativas e o aprendizado
tem ajudado na rotina diária em sua empresa. “Desde a montagem de estratégia até a gestão de equipe. O curso é muito prático e me fez rever conceitos que utilizava antes”, comentou. Já a formanda Ilana Alencar, 38 anos, destacou a excelência do nível do professores e vivência repassada durante as aulas. “A experiência de mercado e em serviços de consultoria foram essenciais para o ensino e, com certeza, ajudam muito na prática do dia a dia”, afirmou. Para o formando Gyovani Carrilho Moreira, 24 anos, após a conclusão da Faculdade de Administração em 2013, a intenção era continuar estudando e optou pelo MBA para agregar conhecimento e melhorar as práticas de gestão da empresa. “Melhoramos a área de marketing e também a gestão financeira. Mudou a nossa visão”, pontuou. Fonte Fiems