Revista Cana S.A. A energia da informação

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ENTREVISTA: WLADMIR SANTOS DA SILVA-SECRETÁRIO SEMDES/DOURADOS-MS

Cana S.A. EDIÇÃO 18 | AGOSTO 2014 - R$ 10,00

na internet

A ENERGIA DA INFORMAÇÃO

NOVAS TECNOLOGIAS INVADEM O CAMPO MURILO

DESTACA POTENCIAL DE DOURADOS EM SÃO PAULO PAG. 09

ODEBRECHT

AGROINDUSTRIAL PROMOVE FORMAÇÃO DE JOVENS NO PÓLO DE MS PAG. 22





ENTREVISTA • 16

WLADMIR SANTOS DA SILVA, SECRETÁRIO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL/DOURADOS-MS

GENTE QUE FAZ • 11 ETANOL DE SEGUNDA GERAÇÃO

OPINIÃO • 24 ELEIÇÕES E AGRICULTURA

SAFRA DE CANA • 36

MOAGEM DE CANA NO CENTROSUL DESACELERA E QUEDRA NO RENDIMENTO AGRÍCOLA É INTENSIFICADA EM JULHO

LOGÍSTICA • 42

APÓS AUTORIZAÇÃO DO IBAMA BR-163-MS COMEÇA A SER DUPLICADA

CAPA

AS NOVAS TECNOLOGIAS INVADEM O CAMPO

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SUSTENTABILIDADE • 44 EXPANSÃO DA MATRIZ ENERGÉTICA COM BASE EM FONTES LIMPAS, O DESAFIO BRASILEIRO

ENERGIA • 46

COMPENSAÇÃO FINANCEIRA DE RECURSOS HÍDRICOS ARRECADOU r$ 1,2 BILHÃO ATE JUNHO

DESENVOLVIMENTO REGIONAL • 08

EMPRESÁRIO QUE VAI PARTICIPAR DA AGROMETAL DESTACA IMPORTÂNCIA DA FEIRA

TRABALHO & EMPREGO • 54 GOVERNO DE MS IMPLANTA NOVOS SISTEMAS DE GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS

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EDITORIAL Edição nº 18, Agosto/2014 www.canaldacana.com.br

Quem ajuda o agronegócio brasileiro?

Cana S.A. é uma publicação do Canal da Jornais e Revistas Ltda-ME CNPJ:10.939.324/0001-43 Inscrição estadual: Isenta Inscr. municipal: 137.361.000

O

Diretor-Executivo Wilson Nascimento wilson.nascimento@canaldacana. com.br (67) 9125-6062/2109-8919/30299754

Brasil está cada vez mais dependente das “Exportações do Agronegócio”, hoje usada pelo Governo como ferramenta, para evitar um futuro desastre econômico. No pretexto de traçar um norte aos nossos leitores, traremos para você, alguns caminhos que possam ser trilhados, rumo ao desenvolvimento do setor. Atualmente é perceptível a evolução no campo do Brasil, através da modernização na agricultura. O uso de novas tecnologias tem elevado a produção agrícola, acentuado a exportação, além de contribuir para um crescimento significativo na economia nacional. Por este motivo, nesta edição, vamos mostrar as práticas de inovações tecnológicas, por meio do uso de simuladores de colheita (AFS), e a utilização de Robôs Drones no campo, cada dia mais presentes nesta nova agricultura moderna. Sobre o setor canavieiro, apontaremos novidades para o semestre; o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) dá

início à operação da Planta de Demonstração de Etanol de Segunda Geração; se tratando de cultivo, falaremos da cana-de-açúcar plantada em áreas que eram utilizadas para a pastagem, que agora podem ser usadas para equilibrar, ou até mesmo aumentar o processo de captura de carbono pelo solo, trazendo cada vez melhores resultados. A novidade para a logística regional, é o começo da duplicação da BR-163, por meio da autorização do IBAMA. O novo Secretário de Desenvolvimento Econômico Sustentável de Dourados, Wladimir Santos da Silva, aponta em entrevista propostas arrojadas, para dar continuidade aos trabalhos na secretaria. E não deixe de ler o nosso artigo, abordando as eleições, com ideias e fórmulas para mudar nossa política, e assim pensarmos; quem realmente defende o produtor rural brasileiro?

Junior Cordeiros Redator Chefe Revista Cana S.A.

Reportagem Junior Cordeiros DRT 1168/MS redacao@canaldacana.com.br (67) 9926-9361 Comercial Edcéia Gonçalves comercial@canaldacana.com.br (67) 9907-3730 / 8115-2049 Finanças Marlon Medeiros financeiro@canaldacana.com.br (67) 9962-7882 Departamento Jurídico Dr. Antonio Carlos Menegassi OAB/PR 7.400 Dra. Rafaella do Nascimento Pereira Menegassi OAB/PR 66.635 Projeto gráfico Claudemir Paes 67 9995-8162 Colaboradores Dênes de Azevedo CTC UNICA FAO OCDE CCR MSVia Aneel CNA Assecom Fotografia de capa Fotos reprodução Redação e Publicidade Rua Albert Sabin, 1713 Bairro Taveirópolis CEP 79.090-160 | Tel.: (67) 3211-2030 Campo Grande-MS Tiragem: 10 mil exemplares Circulação: Bancas, Mailing List Vip e Feiras. Críticas, sugestões, elogios e artigos podem ser enviados para: redacao@canaldacana.com.br

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Espaço do leitor

Em um contexto de grandes desafios e obstáculos, o setor sucroenergético merece cada vez mais atenção e espaço de debates na mídia. Espaço esse para mostrar a real necessidade do produtor, assim como as tecnologias e soluções inovadoras que a indústria disponibiliza para trazer o salto de produtividade que poderá tirar o setor da estagnação em que se encontra. Dessa forma, veículos plurais e de credibilidade como a Cana S.A são fundamentais nesse processo.

Gabriela Castellani

Jornalista e analista de comunicação do CTC (Centro de Tecnologia Canavieira).

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(67) 3029-9754 Redação

redacao@canaldacana.com.br AGOSTO 2014 | CANA S.A. | A energia da informação

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Desenvolvimento regional

Empresário que vai participar da Agrometal destaca importância da feira

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uem participou da Feira Agrometal do Mato Grosso do Sul volta. Essa é a opinião dos empresários que participaram e vão estar presente novamente da quarta edição do evento nos dias 22, 23 e 24 de outubro, no Pavilhão de Eventos Dom Teodardo Leitz, em Dourados. “Participar da 4ª Agrometal é um meio de mostrar a empresa para o mercado. Queremos atender novas usinas da região e também a indústrias de outros segmentos. Participei no ano passado e gostei; é uma feira muito boa. Para este ano a expectativa é de conseguir novos clientes para crescermos ainda mais no mercado”, afirma José Donizete Lima, gerente da MS Indústria, Comércio e Manutenção, de Dourados. A 4ª Feira Agrometal do Mato Grosso do Sul é realizada pela Prefeitura de Dourados, através da Semdes (Secretaria de Desenvolvimento Econômico Sustentável de Dourados), e o Simme

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(Sindicatos das Indústrias Metal lançada pela Prefeitura de DouMecânicas e de Materiais Elétri- rados na Fenasucro (22ª Feira Internacional de Tecnologia Sucosda Grande Dourados). São parceiros o Sebrae/MS, o croenergética), que acontece em Ceise Br, o Gegis, o BanSertãozinho (SP), de 26 Feira Agrometal a 29 deste mês. Para o co do Brsil, o Sicredi, a evento o prefeito MuRaizem, a Fiems, a Tau- do Mato rilo levará uma caravarus como patrocinadora, Grosso do Sul acontece em na de empresários. No a Passeio Turismo como agência oficial e o Hotel Dourados de 22 mês de setembro será 10 como hotel oficial. a 24 de outubro, feito o lançamento oficial em Dourados. É um dos maio- reunindo res eventos do setor Os empresáindústrias e rios interessados em sucroenergético no expor seus produtos Centro Oeste. Este ano fornecedores está sendo ampliada para atender ou apresentar a empresa na feira os segmentos de alimentos, cons- podem entrar em contato com trução civil, petróleo e gás e papel Regiane, Nayara ou Ravelli pelos e celulose, o que gera oportuni- 67 3411 7103 ou 7104 ou pessodade de divulgação de empresas almente na sede da Semdes, que e serviços para vários segmentos. fica na Avenida Weimar Gonçalves A 4ª Feira Agrometal será Torres, 1.680-B, no centro.

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Foto: Larissa Batistetti/Ceise Br

Prefeito Murilo lançou a Agrometal em Sertãozinho, divulgou Dourados e se reuniu com empresários que querem investir na cidade

Murilo destaca potencial de Dourados em SP Prefeito lançou a feira Agrometal em Sertãozinho e manteve contato com empresários, buscando novos investimentos para o município.

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prefeito Murilo realizou nesta quarta-feira em Sertãozinho (SP) o lançamento da 4ª Feira Agrometal do Mato Grosso do Sul. Murilo aproveitou a viagem para manter contato com empresários e divulgar as potencialidades de Dourados. O lançamento da Agrometal em Sertãozinho aconteceu durante a Fenasucro, maior feira do setor sucroenergético do mundo. Participaram autoridades locais, dirigentes de instituições ligadas ao setor sucroenergético e metalmecânico, empresários e jornalistas. Num discurso otimista, Murilo lembrou o fato de que a estagnação do setor sucroenergético é momentânea. Segundo ele, basta olhar para traz e ver o retrospecto do setor. “É um mercado sazonal; depois de 10 anos bons temos agora uma fase em que o setor sofre um pouco”, disse Murilo. O prefeito falou aos presentes da nova fase que vive Dourados, com a administração modernizada e eficiente que está resultando na recuperação do tempo perdido em termos de infraestrutura. Murilo falou dos investimentos que estão melhorando a qualidade de vida das pessoas, como em asfalto. Até o final do seu mandato a cidade ficará quase que 100% pavimentada. Disse ainda que 95% da área urbana terá coleta e tratamento de esgoto até 2015. Destacou ainda o maior projeto habitacional da história de Dourados, que chegará a 10 mil casas entre entregues e garantidas até o final do ano que vem.

O prefeito também destacou Dourados como o mais importante pólo regional do Estado com grande potencial para investimento na área industrial, no comércio e na prestação de serviços. Citou ainda o trabalho que desenvolve para qualificar a mão de obra para as empresas, através do programa Qualifica Dourados/Pronatec. Por fim, Murilo convidou os paulistas para o lançamento oficial em Dourados da Agrometal, que será no dia 4 de setembro, às 19h30, no Restaurante do Hotel 10. O prefeito também conversou com vários empresários que estão interessados em investir em Dourados. Antes, Murilo havia se reunido em Ribeirão Preto com um empresário que trabalha com compra, venda e locação de contêineres, que pretende instalar uma base para atender o Estado em Dourados. “Foi uma ação muito importante em São Paulo, fazendo parte do Projeto Pólo de Serviços do Setor Sucroenergético de Dourados e Região e do APL Metalmecânico”, afirma o secretário de Desenvolvimento Econômico Sustentável, Wladimir Silva, que acompanhou o prefeito em São Paulo. De acordo com o secretário, a visita resultou na definição de várias empresas em relação à participação na Agrometal. Quatro delas inclusive fecharam a locação de estandes na feira. A feira - A 4ª Feira Agrometal do Mato Grosso do Sul é realizada pela Prefeitura de Dourados, através da Semdes (Secretaria de Desenvolvimento Econômico Sustentável de Dourados), e o Simme (Sindicatos das Indústrias Metal Mecânicas e de Materiais Elétricos da Grande Dourados). São parceiros o Sebrae/MS, o Ceise Br, o Gegis, o Banco do Brasil, o Sicredi, a Raizen, a Fiems, a Taurus como patrocinadora, a Passeio Turismo como agência oficial e o Hotel 10 como hotel oficial. AGOSTO 2014 | CANA S.A. | A energia da informação

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Gente que faz

Etanol de Segunda Geração CTC dá início à operação da Planta de Demonstração de Etanol de Segunda Geração

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m construção desde agosto de 2013, a Planta de Demonstração de Etanol de Segunda Geração do CTC – Centro de Tecnologia Canavieira já entrou em operação. “Nesta fase, ela está sendo comissionada e nos próximos meses começam os testes de produção do etanol celulósico”, explica Robson Freitas, diretor de Etanol de Segunda Geração do CTC. A planta tem por objetivo demonstrar a investidores, acionistas e clientes o potencial da tecnologia que pode representar um aumento da produção de etanol de até 50%, sem aumentar a área plantada de cana-de-açúcar. O processo do CTC conta com quatro etapas (pré-tratamento, hidrólise enzimática, fermentação e destilação). Segundo Freitas, o grande diferencial é que apenas o projeto do CTC garante uma integração completa com o parque industrial já existente atualmente nas usinas, o que reduz o investimento. “Dessa forma, quem já faz etanol de primeira geração poderá escolher entre aumentar sua produção de etanol, fazer mais açúcar ou ainda produzir energia elétrica, dependendo da demanda do setor”. Instalada na Usina São Manoel, a planta possui uma capacidade de processamento de 100 toneladas por dia

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de biomassa e recebeu investimentos da ordem de R$ 80 milhões. A expectativa é que justamente testar todos os processos para que a tecnologia

se torne comercial em 2016/2017. “O importante é a capacidade de entregar mais etanol a um custo igual ou inferior ao atual”, finaliza o executivo. Fonte: CTC AGOSTO 2014 | CANA S.A. | A energia da informação

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Você sabia?

A maior usina de etanol 2G será construída na China, até 2016 A

maior usina do mundo, de etanol 2G (segunda geração), será construída na China, e contará com a parceria da Novozymes e a Beta Renewables. Para a Construção da nova usina serão investidos U$325 milhões o que daria aproximadamente R$ 732 milhões. A nova usina será construída e operada pela Anhui M&G Guozhen Green Refinery CO, uma joint venture criada pela M&G Chemicals e a chinesa Anhui Guozhen Co, que deterão 70 e 30% do novo negócio, respectivamente Com uma capacidade para produzir 235 milhões de litros de etanol por ano, usina usará tecnologia da Beta Renewables e enzimas

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da Novozymes no processo de fabricação do biocombustível. Será aproximadamente 235 milhões de litros de etanol celulósico por ano, com uma previsão de estar construída até o final de 2016, e terá como uso, resíduos da agricultura como palha de milho, palha, etc. A unidade será construída na cidade de Fuyang e processará entre 970 mil e 1,3 milhão de toneladas de biomassa por ano. A empresa chinesa Guozhen fornecerá a biomassa à nova usina por meio de um contrato de fornecimento de longo prazo, regido por preços fixos, enquanto a dinamarquesa Novozymes fornecerá as enzimas para a conversão da matéria-prima.


Brasil N

o Brasil a GranBio afirma que a empresa investirá cerca de 4 bilhões de reais até 2020, no projeto do etanol de segunda geração, e terá uma capacidade anual de produção de 82 milhões de litros. A empresa, cuja planta está instalada no Estado de Alagoas e que, será a primeira fábrica de etanol de segunda geração do Brasil e do Hemisfério Sul, deve iniciar em breve suas operações em escala comercial. GranBio tem na palha de cana a sua matéria-prima, mas busca por outras variedades, outras possibilidades para serem adotadas a partir da biomassa, do trigo, do milho, resíduo de milho e de uma espécie de capim. A empresa pretende acessar o açúcar que está na fibra e tentar o melhoramento genético, e afirma que os estudos avançam rumo a esse melhoramento para produzir as plantas com mais fibras e diferentes níveis de sacarose, como a cana energia, que difere da cana tradicional pelo fato de não ser destinada apenas ao setor sucroenergético, mas também para outros setores.

O etanol celulósico é uma tecnologia já desenvolvida na planta da GranBio, e sua obtenção pode ser encontrada em alguns gargalos de caráter tecnológicos, uma vez que o material lignocelulósico apresenta uma estrutura complexa a qual precisa ser destruída de maneira a liberar os açúcares a serem transformados em bioetanol. Para a GranBio, o primeiro grande desafio para o etanol de segunda geração será converter essa biomassa, que está estável na natureza, e buscar a tecnologia pré-tratamento, porque essa estrutura precisa ser rompida para ter acesso aos açúcares. Outro desafio está na logística da biomassa, para torná-la eficiente, já que ela pode impactar negativamente a qualidade do processo. Controlada pela Gran Investimentos S.A., holding da família Gradin, a GranBio é uma empresa de biotecnologia industrial 100% brasileira que nasceu com a visão de proporcionar uma revolução verde, capaz de transformar o real potencial de biomassa brasileira em riqueza energética. Da Redação AGOSTO 2014 | CANA S.A. | A energia da informação

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Ciência & Tenologia

Uso de beterraba para produção de etanol A

ventine Renewable Energy Holdings Inc é uma empresa de capital fechado em Illinois, nos Estados Unidos, onde produtores de etanol estão se beneficiando com a produção de biocombustível de açúcar de beterraba, graças a um subsídio dado pelo USDADepartamento de Agricultura dos Estados Unidos. A produção em Aventine é a primeira produção em larga es-

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cala de etanol de beterraba, desde a época em que contrabandistas usavam vagões de açúcar para fazer aguardente durante a Lei Seca nos anos 1920 e 1930. Segundo a Reuters, especialistas acreditam que a interseção dos dois programas agrícolas conflitantes em Aurora, ilustra o impacto não intencional, que o subsídio agrícola federal pode ter sobre o mercado. Uma dessas iniciativas, cha-

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mada de “Programa de Flexibilidade de matéria-prima”, permitiu que compradores como Aventine comprassem açúcar abaixo dos preços de mercado em leilões do governo, para em seguida, usá-lo como matéria-prima em suas usinas de etanol, colocando consequentemente o açúcar em concorrência com o milho. Da Redação


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Entrevista

WlaDMIR SANTOS DA SILVA Secretário de Desenvolvimento Sustentável/Dourados-MS

Wladimir Santos da Silva é graduado em processos gerenciais pela Fatec/ Senai de Campo Grande. Hoje substitui na SEMDES/ Dourados - MS (Secretaria de Desenvolvimento Econômico Sustentável) a economista Neire Colman, que retornou ao Sebrae/MS. Antes de assumir a secretária, ocupava o cargo de assessor especial na pasta (SEMDE), dando suporte a secretaria nos diversos projetos estruturantes desenvolvidos nas áreas da indústria, comercio, agronegócio e serviços.

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Cana S.A. - A ex Secretária Neire Colman desenvolveu um ótimo trabalho nestes quatro anos que esteve à frente da secretária. E um desafio substituí-la? E o senhor pretende dar continuidade nas ações que ela vinha desenvolvendo? Wladimir S. - Sim, sem dúvidas é um desafio substituir uma pessoa como a Neire. Ela implementou um modelo de trabalho focado em metas e ações para atingi-las, nesse sentido não é viável alterações agora. Temos várias ações para acontecer até o fim do ano, onde faremos os fechamentos e avaliaremos para onde direcionar no próximo ano. Cana S.A. - Quando o Prefeito Murilo assumiu a prefeitura, trouxe propostas arrojadas para transformar Dourados em um pólo de serviço, a fim de atender o setor sucroenergético de toda a região da Grande Dourados. Como anda esse projeto, e o que já aconteceu neste sentido? Wladimir S. - Neste ano já foram desenvolvidas várias ações direcionadas as empresas participantes do projeto; como o dia do crédito, realizado com parceiros da instituições financeiras; a missão técnica a Assunção PY com empresário; a participação na rodada de negócios da ExpoParaguai; além das visitas semestrais as empresas participantes do projeto para avaliação e diagnostico situacional, vamos ter ainda

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lançamento da feira Agometal em Dourados e em Sertãozinho/SP que é o berço do desenvolvimento metalmecânico do Brasil. Já form feitas visitas em vários municípios da região sul, no sentido de divulgar os trabalhos desenvolvidos por nosso município e arregimentar novas empresas para participação da Ação da feira Agrometal bem como atrair novas empresas para o município. Cana S.A. - O setor sucroenergético vem passando por uma das suas piores crises, que segundo a união dos produtores de cana de açúcar (UNICA), o grande culpado é a política adotada pelo governo federal para o setor. Que avaliação o senhor faz desse momento que está passando o setor, e se essa crise tem atrapalhado a implantação desse pólo de serviço em Dourados? Wladimir S. - As grandes oportunidades surgem em momentos de crise. Ao longo dos últimos quatro anos a secretaria tem trabalhado com vários setores da economia, dentre eles o fortalecimento do pólo de serviços da região de Dourados (APL Metalmecânico), este setor da economia tem se estruturado e demonstrado força diante as diversidades. Temos 20 empresas que aderiram ao projeto do APL metalmecanico com o objetivo de promover o desenvolvimento econômico de Dourados e a região, através da competitividade das empresas fornecedoras de

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Entrevista

bens e serviços do setor sucroenergético, para as usinas e grandes indústrias do MS. Temos metas de qualificar 10 empresas no programa de fornecedores até 2015, ampliar em 20% o fornecimento das empresas do projeto para as indústrias até dezembro de 2015, e Ampliar em 10% a geração de ocupação na empresa do setor. Estamos trabalhando com foco estratégico na gestão empresarial, rural, qualificação da mão de obra, certificações em qualidade, ampliação de mercado e fortalecimento da governança para empresas. Cana S.A. - Nos últimos anos a Prefeitura de Dourados vem realizando a maior feira de metal mecânica do Centro Oeste, o “Agrometal“, que é organizado pela sua secretaria. Gostaria que falasse um pouco dessa feira. Como andam os preparativos? Quais as expectativas de negócios para esse ano? Wladimir S. - A feira Agrometal é uma ação do APL Metalmecânico que temos como vitrine do setor de manutenção industrial, automação, produtores rurais, técnicos que fornecem para usinas e industrias com mostra de produtos, serviços, inovação e tecnologia. Neste ano o cenário econômico num todo, está crescendo menos, mas esperamos um aumento no volume na expectativa de negócios na casa de 1% a 2% a mais que no ano passado, que foi de 113 milhões. Toda equipe está empenha na realização de mais este

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evento em parceria do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Materiais elétricos da Grande Dourados (SIMMME) e prefeitura. Cana S.A. - No dia 22 de julho, a sua secretaria organizou uma comitiva encabeçada pelo prefeito Murilo e empresários para visitar e participar de rodadas de negócios na maior feira do agronegócio do Paraguai, a “Expo Paraguai”. Como foi essa viagem e o que trouxeram de positivo do país vizinho? Wladimir S. - Esta foi mais uma ação que apresentamos ao prefeito desde do ano passado quando estivemos no Paraguai, mostramos aos empresários de La as oportunidades de Dourados de estar na metade do caminho para são Paulo no sentido de comprar serviços e manutenção daqui. Nossas empresas podem atender as empresas do Paraguai com serviços de manutenção industrial, automação e serem mais competitivas. Na ocasião foram na missão Dez empresários dispostos a conhecer o mercado e vislumbrar novas oportunidades. Todos gostarão da iniciativa da secretaria e destacaram a importância desta proximidade que estão tendo com a prefeitura até agora. Até então não tinha participado de nenhuma ação assim do setor público. Cana S.A. - Recentemente Dourados foi destaque na revista veja, como a segunda cidade do Brasil com a melhor geração de “em-


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que ainda busca uma qualificação para arrumar um emprego ou mesmo melhorar os seus rendimentos, podem esperar do senhor? Wladimir S. - Acredito que temos que estar sempre motivando as pessoas a se qualificar, do mais simples ao mais avançado curso. Estaremos trabalhando em pro do desenvolvimento de uma região, são muitas visões, muitas ideias boas a serem filtradas. Dourados hoje é um grande potencial de desenvolvimento regional, do centro oeste e dos pais. “Venha para nossa cidade construir sonhos mais Dourados.”

prego bom” (aquele com o salário acima de cinco mil reais), que foi baseada no “ranking do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados)”. Isso é um reconhecimento do trabalho feito pela sua secretária? Wladimir S. - Vejo como um reflexo da gestão num todo. Nossa secretaria apoia alguns setores estruturantes da economia local, direcionando ações que estimulem o empresariado local, assim como os novos, que queiram se instalar aqui. Nossa pasta auxilia o trabalhador por meio do Centro Integrado de Auxílio ao Trabalhado, na colocação no mercado de trabalho conforme seu perfil, sem custo. Toda região de Dourados tem se desenvolvido muito, recentemente tivemos investimentos da Coamo com a implantação de um unidade de recebimento de grão com grande capacidade armazenadora, na área da construção civil temos vários investimentos acontecendo com vários lançamentos, implantação do projeto piloto do Sisfrom (Sistema integrado de monitoramento de fronteira do ministério de Defesa), e em um levantamento em 2013 apuramos investimentos em vários setores da economia na ordem de mais de 1 bi reais. Temos um mercado aberto para o MERCOSUL, temos que explorar ao máximo este potencial. Cana S.A. - O senhor está assumindo a principal secretaria da segunda maior cidade do Estado. O que os empresários e as pessoas

Wladimir S. - Sim, sem dúvidas é um desafio substituir uma pessoa como a Neire. Ela implementou um modelo de trabalho focado em metas e ações para atingilas, nesse sentido não é viável alterações agora. Temos várias ações para acontecer até o fim do ano, onde faremos os fechamentos e avaliaremos para onde direcionar no próximo ano.

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Legislação

aprosoja/MS alerta produtores rurais sobre representação na Câmara Federal O produtor rural sul-mato-grossense deve votar em quem defende o setor primário, defende Saito

Foto: Leandro Abreu - Sato/Comunicação

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se forma e os tributos que não contribuem. E os eleitos que vão dar encaminhamentos para estes fatores. Precisamos de representantes,” discursou a deputada estadual Mara Caseiro. O também deputado estadual, Carlos Marun, foi enfático ao caracterizar o cenário formado pelas invasões indígenas em propriedades privadas como “deprimente e desesperador”. “Caso o governo de Mato Grosso do Sul não tivesse posicionamento definido, a situação não teria controle”, avalia Marun referindo-se à atuação do governador André Puccinelli. “O campo hoje sustenta o Governo brasileiro. Não dá para permitir que um funcionário da Funai olhe para um pedaço de terra e diga que é indígena, enquanto as terras deste Estado foram adquiridas de boa-fé, ” posicionou-se o deputado. Ao abrir oficialmente a Feira Agropecuária de Chapadão do Sul, o presidente do Sindicato Rural do município, Rudimar Artur Borgelt, pontuou que além de refletir sobre a representação política na Câmara Federal, os produtores rurais devem se aliar as classes representativas e unir forças contra os desafios. Também participaram do evento o prefeito de Chapadão do Sul, Luiz Felipe Barreto de Magalhães, com a vice-prefeita, Liza Scheide, o deputado estadual Marcio Fernandes, a presidente da Câmara de Vereadores, Rosemari da Cruz, e o juiz de direito, Silvio César Prado. Fonte: Assessoria de Imprensa Sistema Famasul

este ano de eleição o produtor rural sul-mato-grossense deve analisar suas lideranças e votar em quem defende o setor primário, para que não correr risco de ficar sem representantes na Câmara Federal no próximo mandato. A afirmação é do presidente da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul (Aprosoja/MS), Mauricio Saito, que discursou aos produtores rurais de Chapadão do Sul, na abertura da 22ª Exposição Agropecuária Industrial (Exposul), nesta quarta-feira (4). Durante o evento, Saito alertou os participantes sobre o cenário de desafios da agropecuária do Estado que exige representação ativa em Brasília. “Atualmente a bancada que representa o agronegócio tem trabalhado com eficiência. O produtor precisa avaliar a atuação dos próximos candidatos e escolher cuidadosamente o seu voto e lembrar que reside em um Estado rural”, destacou o presidente da Aprosoja/MS, A equipe da Revista Cana S.A. laao citar a logística e os tributos como enmenta aos nossos leitores, pelo erro cotraves para o desenvolvimento de Mato metido na última edição! Grosso do Sul. Gostaríamos de informar que, ocorreu As autoridades que participaram da uma troca da foto, na editoria de legislação, cuja abertura da Exposul concordaram com o matéria repetiremos nesta revista, com a foto certa do autor representante das falas. Cientes desde descuidirigente e consideraram as invasões em do, pedimos desculpa a você leitor, que merece uma revista propriedades rurais como um dos desade qualidade, diante a um setor abundante de recursos, que fios para os próximos deputados federais. diariamente enfrenta novos obstáculos, mas, também permeia “Deve-se garantir o direito de propriedade por novos avanços constantes. e também o direito dos indígenas, o que Atenciosamente. não se deve é rasgar uma constituição e Revista Cana S.A. prejudicar quem não se entrega apesar da logística desfavorável, o mau tempo que

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Projeto visa estabelecer Política Nacional de Transporte Rodoviário de Combustíveis

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Projeto de Lei (PL5000/13) que tem como finalidade estabelecer a Política Nacional de Transporte Rodoviário de Combustíveis, está sendo analisado pela Câmara dos Deputados, numa proposta que determina a redução de taxas e impostos como forma de desonerar o transporte de combustíveis, fundamental para o funcionamento do País. O texto prevê investimentos na qualificação dos profissionais envolvidos no segmento, modernização e renovação dos caminhões, diminuição dos riscos de acidentes e racionalização das restrições a esse tipo de transporte. A Comissão de Minas e Energia já aprovou o projeto. O deputado Missionário José Olímpio, do PP de São Paulo, relator da proposta na comissão, frisou que o transporte de

combustíveis deve ser considerado um serviço de utilidade pública e por isso precisa de uma legislação própria. A proposta ainda será analisada pelas Comissões de Viação e Transportes e de Constituição e Justiça. O presidente da Associação Brasileira de Transporte e Logística de Produtos Perigosos, Paulo de Tarso Martins, lembrou que já houve no país uma legislação específica para esse tipo de transporte, mas hoje, a qualificação deve ser feita pelas transportadoras. Tarso também informou que, por ter um grande volume, o transporte de combustíveis é atrativo, mas por seu alto custo, acaba sendo realizado por empresas não qualificadas. Da Redação Fonte: Portal Transporta Brasil

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Cana Net

Odebrecht Agroindustrial promove formação de jovens no Polo Santa Luzia, no Mato Grosso do Sul R

ealizado em parceria com o Senai, a iniciativa faz parte do Programa Acreditar Jr. e vai formar 44 jovens na primeira turma A Odebrecht Agroindustrial, empresa que atua na produção de açúcar, etanol e energia de biomassa implementou em Nova Alvorada do Sul (MS), onde está localizada a Unidade Santa Luzia, o Programa Acreditar Jr. A iniciativa, desenvolvida pela Organização Odebrecht, tem como objetivo a formação de jovens, em especial os filhos de integrantes das empresas do grupo. Sua primeira turma teve início em agosto de 2009 durante as obras de montagem da Usina Hidrelétrica Santo Antônio, em Porto Velho (RO), e já qualificou 1.363 jovens. Realizada em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), a 1ª turma do programa Acreditar Jr. em Nova Alvorada do Sul (MS) contou com 153 inscritos – entre filhos, netos, primos e sobrinhos de integrantes – para as 44 vagas do curso Técnico de Mecânico de Manutenção de Motores a Diesel. As aulas se iniciam em 18 de agosto e estão voltadas para alunos com idades entre 17 e 22 anos. “Apostamos no talento desses jovens e no potencial de se desenvolverem conosco. Mais do que um programa de qualificação profissional, o Acreditar Jr. é um agente de transformação da vida dessas pessoas e das comunidades em que estamos inseridos”, avalia Eduardo Dalben, superintendente do Polo Santa Luzia. O curso tem duração de 1.620 horas e, além das aulas teóricas no Senai, conta com aulas práticas dentro da Odebrecht Agroindustrial, com acompanhamento constante de instrutores da instituição e de líderes da empresa. “Os jovens terminarão o curso no ano que vem, aptos a assumir funções importantes para a área de Manutenção da nossa empresa”, completa Dalben. Por conta da boa aceitação do programa pela comunidade de Nova Alvorada do Sul e região, a Odebrecht Agroindustrial já prevê expandi-lo para seus outros polos agroindustriais.

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Sobre o Programa Acreditar O Programa Acreditar – Programa de Qualificação Continuada – foi criado pela Odebrecht em 2008, no início da implantação da Usina Hidrelétrica Santo Antônio, localizada em Porto Velho, Rondônia. O programa capacita pessoas da comunidade local para atuar no mercado de trabalho e contribui para reduzir a migração. Hoje, o Acreditar é implantado em obras da Organização Odebrecht e se tornou uma referência internacional de inserção social e promoção de cidadania. Em 11 estados do Brasil e 12 países do mundo, o programa conta atualmente com mais de 182 mil inscritos. Apenas no Brasil, o investimento é de mais de R$ 35 milhões, número que não para de crescer. Já o Programa Acreditar Jr. surgiu no ano seguinte, voltado para os filhos dos integrantes que atuam nos empreendimentos da empresa. Todos os alunos recebem salário e têm todos os direitos trabalhistas garantidos. Com isso eles podem ajudar na renda familiar e passam a ter mais consciência de seu papel como cidadão e agente do desenvolvimento econômico e social. CDN – Comunicação Corporativa


Pesquisas buscam cana-de-açúcar mais resistente ao frio e à seca

Pesquisas buscam cana-de-açúcar mais resistente ao frio e à seca Nos próximos quatro anos, Petrobras e Embrapa estarão juntas na tarefa de desenvolver novas variedades de cana-de-açúcar mais adaptadas ao solo e ao clima temperado, e que tenham maior produtividade, resistência a pragas e tolerância ao frio e à seca. O objetivo é gerar conhecimento para ampliar a produção de etanol no Rio Grande do Sul, estado que importa quase 100% de sua demanda pelo produto. O projeto também tem como meta desenvolver e indicar um modelo de sistema de produção com base em estudos da adubação e épocas de plantio, entre outras condições regionais, e ainda disponibios próximosagroclimático quatro anos,daPetrobras e lizar um zoneamento cana sob clima temperado. Esse processo permite minimizar o Embrapa estarão juntas na tarefa de de- cana sob clima temperado. Esse processo permite impacto negativo do clima e, ao mesmo tempo, explorar as suas potencialidades nas distintas regiões de senvolver novas variedades de cana-de-açúcar mais minimizar o impacto negativo do clima e, ao mesmo cultivo. ao solo e ao clima temperado, e que teadaptadas tempo, explorar as suas potencialidades nas distinO projeto, aprovado pela Agência Nacional do Petróleo, Natural e Biocombustíveis (ANP), será nham maior produtividade, resistência a pragas e tasGás regiões de cultivo. financiadoao pela apoioé técnico-científi Centroaprovado de Pesquisas A coor-do tolerância frioPetrobras, e à seca. Ocom objetivo gerar conhe- co de seu O projeto, pela(Cenpes). Agência Nacional cimento ampliar adoprodução depesquisa etanol no Rio Petróleo, Gás denação para e a execução projeto de e desenvolvimento serão feitas pelo Centro de Pesquisa Natural e Biocombustíveis (ANP), será Grande do Sul,de estado importa quase 100%Clima de Temperado), financiado pela Petrobras, apoio técnico-cienAgropecuária Climaque Temperado (Embrapa localizado nocom município de Pelotas sua demanda pelo produto. tífi co de seu Centro de Pesquisas (Cenpes). A coor(RS) O projeto também tem como meta desen- denação e a execução do projeto de pesquisa e deFonte: Agência Petrobras volver e indicar um modelo de sistema de produ-

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ção com base em estudos da adubação e épocas de plantio, entre outras condições regionais, e ainda disponibilizar um zoneamento agroclimático da

senvolvimento serão feitas pelo Centro de Pesquisa Agropecuária de Clima Temperado (Embrapa Clima Temperado), localizado no município de Pelotas (RS) Fonte: Agência Petrobras

Setor sucroenergético busca recuperação Em busca da recuperação, setor poderá enfrentar novo obstáculo

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egundo a opinião do gestor de riscos, Arnaldo Corrêa, o setor sucroenergético ainda poderá enfrentar mais um obstáculo na sua caminhada para recuperação e que afetaria diretamente o mix. “Mesmo que o crescimento do consumo em doze meses despenque dos atuais 8% para 2,5% (o menor no acumulado móvel de doze meses desde a crise de 2008), ainda assim o Brasil precisaria crescer pelo menos 15 a 20 milhões de toneladas de cana”. Arnaldo prevê ainda que uma desvalorização acentuada do real poderia fazer com que Nova York caísse mais. “Chuvas que interrompem a moagem. Fatores climáticos. Pesquisa eleitoral. Se Dilma cair na preferência dos eleitores, isso sinalizaria uma recuperação da Petrobras e provável alinhamento dos preços da gasolina com o mercado internacional, favorecendo o etanol e diminuindo a disponibilidade de açúcar”, enumera o gestor. Junior Cordeiros AGOSTO 2014 | CANA S.A. | A energia da informação

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Opinião

ELEIÇÕES E AGRICULTURA

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pesar do aborrecimento pela propaganda gratuita no rádio e TV, uma eleição, com a possibilidade de mudança, traz esperança. Uma chance de trocar pessoas, pensamentos, objetivos, enfim, mudança de políticas públicas. A agricultura brasileira precisa disso. E a urgência vai muito além do problema de logística, já bem conhecido. A agricultura tem, de muito, sido a âncora econômica brasileira. Cresceu embalada por novas tecnologias, novos investimentos, por vezes com preços internacionais atrativos. Mas novos tempos se avizinham. Foi divulgado que os preços internacionais de commodities agrícolas deverão cair nos dois próximos anos. Até agora, crises de preços baixos foram vencidas com aumentos na produtividade, mas este elástico está quase no limite. Não deve ser mais esperado crescimento significativo nas produtividades, pois nossa produtividade já é alta, cada vez mais próxima do que o ambiente permite. Grosseiramente, pode se dividir os produtores rurais em três “tamanhos”. Os pequenos (enquadrados normalmente como agricultores familiares), os médios e os grandes. Os pequenos, bem ou mal, vem sendo assistidos, muitas vezes subsidiados por diversos programas governamentais especiais, dirigidos especialmente à agricultura

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Ciro Antonio Rosolem familiar. Não quero aqui discutir o uso de recursos públicos em assentamentos que, muitas vezes, se configuram como investimentos duvidosos. Os programas existem. Os grandes, por sua capacidade econômica e gerencial, mais sua escala de produção, tem conseguido produzir a custos muito competitivos. Existem problemas, mas as grandes empresas têm recursos para enfrentá-los. E os médios? Os agricultores médios constituem uma vasta legião, responsáveis por significativa parte da produção nacional. Os agricultores médios vivem, trabalham, se divertem em sua cidade no interior. Compram na revenda da

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Membro do Conselho Científico para Agricultura Sustentável (CCAS) e professor titular da Faculdade de Ciências Agrícolas da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (FCA/ Unesp Botucatu)


esquina, nas lojas de sua cidade, contratam os profissionais do interior. Muito diferente das grandes empresas agrícolas. Assim, em função de sua escala de produção, seu produto é mais caro. Sua competitividade é menor no mercado. Por isso a agricultura de médio porte vem diminuindo de tamanho no Brasil. Em algumas regiões as cooperativas têm tido papel importantíssimo na manutenção do médio agricultor. Mas, onde estão os programas de governo? Onde estão as políticas públicas visando à manutenção deste segmento fundamental de nossa sociedade? Por exemplo, o que acontecerá no estado de São Paulo com os médios produtores de laranja expulsos da atividade pelo greening? É desejável que todos arrendem suas terras para usinas? Outro exemplo: os pequenos ficaram desobrigados da área de reserva, no atual Código Florestal, mas os médios foram tratados como grandes, sem uma transição minimamente aceitável. Nota-se um aumento no número de grandes grupos, inclusive com empresas de capital aberto, atuando na agricultura brasileira. Isso tem trazido competitividade. Enquanto os preços internacionais estiverem altos, há esperança para os médios agricultores, mas isso deve mudar. Então, o que será daqueles que estão sendo expulsos da atividade? É isso que queremos? De um lado grandes empresas agrícolas, muito eficientes e de outro o agricultor familiar muitas vezes subsidiado? No meio de um deserto? Qual a consequência para

a economia da maioria dos municípios? Eleições: tempo de discussão de ideias e de mudar políticas. Quem encampa a defesa do médio produtor rural brasileiro? Sobre o CCAS O Conselho Científico para Agricultura Sustentável- CCAS é uma organização da Sociedade Civil, criada em 15 de abril de 2011, com domicilio, sede e foro no município de São Paulo-SP, com o objetivo precípuo de discutir temas relacionados à sustentabilidade da agricultura e se posicionar, de maneira clara, sobre o assunto. O CCAS é uma entidade privada, de natureza associativa, sem fins econômicos, pautando suas ações na imparcialidade, ética e transparência, sempre valorizando o conhecimento científico. Os associados do CCAS são profissionais de diferentes formações e áreas de atuação, tanto na área pública quanto privada, que

comungam o objetivo comum de pugnar pela sustentabilidade da agricultura brasileira. São profissionais que se destacam por suas atividades técnico-científicas e que se dispõem a apresentar fatos concretos, lastreados em verdades científicas, para comprovar a sustentabilidade das atividades agrícolas. A agricultura, apesar da sua importância fundamental para o país e para cada cidadão, tem sua reputação e imagem em construção, alternando percepções positivas e negativas, não condizentes com a realidade. É preciso que professores, pesquisadores e especialistas no tema apresentem e discutam suas teses, estudos e opiniões, para melhor informação da sociedade. É importante que todo o conhecimento acumulado nas Universidades e Instituições de Pesquisa seja colocado à disposição da população, para que a realidade da agricultura, em especial seu caráter de sustentabilidade, transpareça.

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Cana EM FOCO

Fenasucro 2014

A 22ª Feira Internacional de Tecnologia Sucroenergética (Fenasucro), será realizado de 26 a 29 de Agosto, no centro de eventos Zanini em Sertãozinho - São Paulo, com visitação aberta das Visitação das 13h às 20h. A Fenasucro é a maior feira de negócios mundial do setor sucroenergético porque reúne em um mesmo local toda a cadeia produtiva e seus principais representantes. É a única feira do setor que possui representantes de toda a cadeia produtiva (Equipamentos industriais, Indústria e Usinas por exemplo).

Além de sua força na geração de negócios, a Fenasucro também é reconhecida por trazer os mais importantes eventos de conteúdo e atualização profissional. A grande novidade da edição de 2014 será o espaço de conferências dentro do parque de exposições, concebido para a realização dos congressos de várias entidades do setor, com rica programação e diversidade de temas.

O XIII Congresso Mundial de Direito Agrário ocorrerá no Município de Ribeirão Preto, Estado de São Paulo, entre os dias 23 e 26 de setembro de 2014. O congresso está sendo organizado pela Universidade de São Paulo e a União

Mundial dos Agraristas Universitários. É o ramo do Direito que visa o estudo das relações entre o homem e a propriedade rural. Acompanha a evolução do Direito Ambiental, na medida em que vai sendo estudado sob as novas teorias Geopolíticas. O tema deste ano é: Desafios do Direito Agrário Contemporâneo. Trata-se de um importante evento para a discussão e a proposta de soluções para os desafios brasileiros na seara ambiental, principalmente em razão da recente publicação da Lei Federal 12.651/2012. Profissionais, estudantes, acadêmicos e autoridades públicas estarão reunidos para tratar dessa importante temática ambiental

De 25 a 27 de agosto de 2014 a SBPE estará promovendo, no Resort Costão do Santinho, em Florianópolis, SC, o IX Congresso Brasileiro de Planejamento Energético (CBPE), cujo tema central será “Políticas energéticas para sustentabilidade, segurança no suprimento e eficiência”. No IX CBPE haverá mesas redondas e sessões técnicas com a apresentação dos

trabalhos selecionados, além de inúmeras oportunidades de networking para os participantes, embaladas pela exuberante natureza e agradável ambiência da capital catarinense, em geral, e do Resort, em particular.

XIII Congresso Mundial de Direito Agrário

IX CBPE

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espaço agrário brasileiro passou por significativas mudanças nas últimas décadas. A modernização trouxe um considerável aumento na produção agrícola, acentuando a exportação e contribuindo para um crescimento da economia nacional Segundo Jodenir Calixto Teixeira em seu artigo: Modernização da agricultura no Brasil: impactos econômicos, sociais e ambientais, “Considera-se modernizada a produção agrícola que faz uso intensivo de equipamentos e técnicas, tais como máquinas e insumos modernos, que lhe permite maior rendimento no processo produtivo. Assim, modernização da agricultura seria sinônimo de mecanização e tecnificação da lavoura”. É perceptível uma evolução na produção, através do uso da modernização na agricultura, por meio de novas tecnologias implantadas no campo. Entre alguns exemplos de tecnologias, que fazem a diferença no campo, e que prometem uma grande demanda dos produtores daqui pra frente, estão os Simuladores de Colheita AFS, e os Drones (Robô que sobrevoa o campo investigando e analisando os processos da safra). Umberto Cazarin, 33, formado em Administração de Empresas é Gerente de Serviços Corporativos, há um ano e meio na Agricase, e explica como funciona a implantação de uma nova tecnologia, usando como base um Sistema de Agricultura de Precisão (AFS), tecnologia desenvolvida ultimamente pela Agricase para o uso no Campo. “A AFS são maquinas totalmente eletrônicas, com tecnologias embarcadas, que monitoram todo o circuito dos equipamentos como por exemplo em uma colheitadeira de grãos monitora a perda dos grãos em porcentagem em tempo real, umidade do grão, etc. Este tipo de tecnologia traz informações para os produtores de forma online, para que as tomadas de decisões dentro da própria lavoura sejam mais acertadas com isso melhorando a rentabilidade da safra” afirma Cazarin. Outro ponto que Cazarin observa, “ é que todos os recursos oferecidos atualmente deixaram os serviços na lavoura menos “sofridos”, pois as máquinas apresentam comandos ergonômicos, monitores que facilitam a leitura e interpretação dos dados e cabines com ar condicionado, trazendo assim mais qualidade de vida para o homem do campo”. A colhedora de cana tem dimensões e peso elevado, com mais de 12 metros de comprimento e 4,5 metros de altura com um peso de 18 toneladas, no momento que o colaborador está sendo capaAGOSTO 2014 | CANA S.A. | A energia da informação

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citado na lavoura e máquina (em situação real de colheita) o risco de uma acidente é muito alto, esse risco é zero quando utilizado o simulador de colheita; essa talvez seja a principal vantagem. “É importante o treinamento do colaborador no simulador, porque seu nível de estresse é bem menor, assim a assimilação das informações é mais eficaz e mais rápida, em relação ao mesmo treinamento efetuado em campo” diz Umberto, e continua a explicar,” não podemos esquecer da questão do custo, pois quando estamos efetuando o treinamento no campo temos que parar a máquina ou o trator, sendo assim interrompemos a colheita e consequentemente recolhemos menos cana para a usina”. O simulador de colheita é de propriedade do cliente, a equipe apenas treina os operadores da usina para ensinar outros, e uma vez que esta equipe está capacitada, o cliente agenda as datas dos treinamentos com no máximo 12 pessoas por treinamento, com carga horária de 24 horas, sendo 12 horas teórica e 12 horas no simulador. Outra tecnologia que promete revolucionar o universo corporativo são os “Drones”, robô com a

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habilidade de sobrevoar as plantações para fiscalizar, encontrar mudas que não foram plantadas da forma correta, analisar o trabalho realizado, e conferir diversas práticas realizadas no campo. Os Drones sugiram como poderosas e polêmicas armas de guerra, veículos aéreos não tripulados. Chegaram para invadir o universo empresarial atual e influenciar diversos setores, do comércio global, principalmente a agricultura. Os Drones dão oportunidades para o desenvolvimento de um novo mercado. Embora tenham surgido como uma máquina de guerra, eles são primos de primeiro grau do aeromodelismo, prática de pilotar miniaturas de aviões através de controle remoto. Ao redor do mundo, há uma série de start¬ups que estão se aproveitando desse boom de veículos não tripulados de uso de civil. O robô pesa menos de um quilo e voa a uma velocidade de 45 quilômetros por hora, ele tem uma câmera acoplada de aproximadamente 16 megapixels e autonomia de 45 minutos, mais conhecido por “eBee” (Abelha eletrônica, em inglês). Alguns funcionários de uma fábrica de celu-


lose em Mato Grosso do Sul, apelidaram o pequeno robô de “dedo-duro”, pelo hábito de investigação do eBee nas plantações. A agricultura vem liderando a adoção dos Drones no Brasil. Estima-se que pelo menos 200 deles já estejam sobrevoando as plantações. “Os Drones são os olhos dos agricultores na lavoura”, afirma Lúcio André de Castro Jorge, pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), de São Carlos, no interior paulista. A principal finalidade da ferramenta é agricultura de precisão. Uma das práticas realizadas são as fotos feitas pelo eBee, realizando a avaliação do plantio em diferentes períodos, acompanhando o desenvolvimento do campo. Algumas empresas já apontam que as cifras movimentadas pelos Drones civis já são bilionárias, só ano passado, foram US$ 5,2 bilhões em todo o mundo, segundo cálculos da consultoria americana Teal Group, especializada na indústria aeroespecial. Em dez anos, esse mercado deve mais do que dobrar, atingindo US$ 11,2 bilhões. As inovações tecnológicas dão um rumo às práticas agrícolas do país, que passaram a incorporar novas técnicas e equipamentos produtivos. A industrialização cresce rápido e exige uma reestruturação do campo, visto ser fonte de matéria-prima. O campo está cada vez mais preparado para receber novos produtos industrializados, e do seguimento de máquinas. O processo de modernização do campo está chegando para expandir e aumentar a produtividade no país, integrando novas regiões, a economia nacional e aumentando a exportação de produtos agrícolas. Junior Cordeiros

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Aconteceu

Espaços trouxeram palestras com especialistas renomados e depoimentos de empresários como casos de sucesso.

Feira supera expectativas, integrando setores e municípios do MS Mais de 30.000 visitas e participação de todos os municípios do estado foram marcas da Feira do Empreendedor neste ano. 34

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6ª edição da Feira do Empreendedor representou este ano a integração entre os setores do Agronegócio, Indústria, Comércio e Serviços, destacando também a importância das políticas públicas para os pequenos negócios, e a inserção de práticas sustentáveis e de acessibilidade às empresas do estado. O evento superou as expectativas, ultrapassando a casa das 30 mil visitas durante os quatro dias de mostra; destas, 105 caravanas com 2.850 participantes. De quinta-feira a domingo, foram realizadas mais de 250 atividades que capacitaram cerca de 13 mil pessoas, além da exposição de 150 marcas que apresentaram as


novidades em produtos e serviços dos mais variados mercados. O superintendente do Sebrae no MS, Cláudio Mendonça, destacou a importância do caráter estadual da feira, ou seja, já que contou com ao menos um visitante cada município de Mato Grosso do Sul; destacando a superação das metas e o envolvimento de todos. “Isto tudo se traduz pelo reconhecimento do público. Em nome de todos os colaboradores, agradeço aos parceiros e aos veículos de comunicação pelo trabalho feito para divulgar o evento, prestando um serviço à população”, ressalta. Para Maristela França, diretora de operações da entidade no estado, a Feira deixou a mensagem de conexão entre os setores produtivos, em uma relação de interdependência, através de ações

alinhadas, para um resultado muito maior. Ela destacou ainda as políticas públicas como o alicerce desta união setorial. “A Lei Geral impacta nos pequenos municípios e negócios em todo o Brasil. É importante fomentá-la para criar um ambiente legal que propicie desenvolvimento, melhorando os aspectos tributário, fiscal, de acesso a serviços financeiros, compras governamentais e inovação e tecnologia”, reforça. á o diretor técnico do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no MS, Tito Estanqueiro, lembrou que das parcerias para a realização da iniciativa e do impacto que o evento tem para as pessoas. “Não é fácil fazer uma feira desta magnitude, por isso, unimos esforços entre as instituições para propiciar bons ensinamentos e aprendizado”, diz. “Mato Grosso do Sul, pela sua

dinâmica, precisa que este tipo de evento aconteça com certa freqüência, projetando as oportunidades a quem é ou quer ser empreendedor, podendo compartilhar ainda com amigos e colaboradores”. (A 6ª edição da Feira do Empreendedor é realizada pelo Sebrae em parceria com AMEMS, Faems, Famasul, Sistema Fecomércio e Sistema Fiems. Tem o patrocínio do Estado de Mato Grosso do Sul, Sistema Famasul, Sistema Fecomércio, Sistema Fiems, Sistema Faems, Petrobras, Prefeitura Municipal de Campo Grande, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Correios, Fíbria, OCB, Oi, Prefeitura Municipal de Cassilândia, Prefeitura Municipal de Corumbá, Prefeitura Municipal de Naviraí, Prefeitura Municipal de São Gabriel do Oeste e São Bento Incorporadora. Apoio: Vale.)

Expositores apresentaram inovações em produtos e serviços. AGOSTO 2014 | CANA S.A. | A energia da informação

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Safra de Cana

Moagem de Cana no Centro-Sul desacelera e queda no rendimento agrícola é intensificada em julho

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moagem de cana-de-açúcar pelas unidades produtoras da região Centro-Sul atingiu 35,98 milhões de toneladas na segunda quinzena de julho de 2014 - o menor valor já registrado desde a safra 2007/2008, quando 25,27 milhões de toneladas foram processadas na mesma quinzena. Com isso, a moagem no mês alcançou 77,39 milhões de toneladas, retração de 11,49% comparativamente a julho de 2013. Segundo o diretor Técnico

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da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Antonio de Padua Rodrigues, “está retração se deve às chuvas que ocorreram em parte da região produtora de cana-de-açúcar e à redução do ritmo de moagem por várias usinas diante da perspectiva de menor oferta de matéria-prima para processamento nesta safra.” No acumulado desde o início da safra 2014/2015 até 1º de agosto, o volume processado somou 280,43 milhões de toneladas, contra 270,16 milhões de toneladas


observadas em igual período do ano anterior. A produtividade agrícola segue em queda. Informações preliminares levantadas pelo Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) junto a 154 unidades produtoras, indicam que a redução no rendimento da área colhida em julho na região Centro-Sul deve ficar próxima de 10% e, no Estado de São Paulo, pode superar 13% no comparativo com o mesmo período de 2013. Com isso, a quebra agrícola acumulada desde o início da safra até 1º de agosto deve atingir cerca de 7% na região Centro-sul do país. Qualidade da matéria-prima Na segunda metade de julho, o teor de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) atingiu 141,20 kg por tonelada de cana-de-açúcar moída, alta de 6,07% quando comparado ao resultado verificado na mesma quinzena de 2013 (133,12 kg de ATR por tonelada). No acumulado desde o início da safra até 1º de agosto, a

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concentração de ATR totalizou 128,79 kg, contra 125,76 kg registrados na mesma data de 2013. Produção de açúcar e etanol Do volume total de cana processada nos últimos 15 dias de julho, 46,18% destinou-se à produção de açúcar, leve queda em relação ao percentual observado na quinzena anterior (46,38%). No acumulado desde o início da atual safra até 1º de agosto, a proporção atingiu 43,97%. Em relação ao mix de produção, Rodrigues destaca que “a proporção de cana destinada à fabricação de açúcar nas unidades anexas foi reduzida em cerca de um ponto percentual na segunda quinzena de julho, no comparativo com a primeira quinzena do mês”. O executivo destaca que esse resultado não se refletiu de forma mais intensa nos dados agregados da quinzena porque as chuvas observadas no mês prejudicaram mais a moagem das destilarias autônomas, que não produzem açúcar.

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De fato, a participação da moagem das unidades autônomas no volume total de cana-de-açúcar processado pela região Centro-Sul, reduziu de 15,43% nos primeiros 15 dias de julho para 14,02% na última metade do mês. Com isso, o mix de produção para açúcar praticamente não foi alterado nos dados agregados da quinzena, apesar da redução na intensidade de produção nas unidades anexas (plantas com capacidade para produzir etanol e açúcar). Refletindo a retração na moagem quinzenal, as produções de etanol e de açúcar diminuíram na segunda metade de julho em relação a mesma quinzena de 2013. A fabricação de açúcar reduziu 12,03% neste período, somando 2,24 milhões de toneladas. O volume produzido de etanol caiu 15,65%, totalizando 1,60 bilhão de litros (733,63 milhões de litros de etanol anidro e 868,11 milhões de litros de etanol hidratado). Apesar destas reduções, no acumulado desde o início da atual

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safra até 1º de agosto a quantidade fabricada de açúcar aumentou no comparativo com o mesmo período do ano anterior, saltando de 13,91 milhões de toneladas para 15,13 milhões de toneladas em 2014. Igualmente, a produção acumulada de etanol cresceu para 11,87 bilhões de litros na safra 2014/2015 (5,12 bilhões de litros de etanol anidro e 6,75 bilhões de litros de etanol anidro), alta de 4,48% relativamente ao volume observado no último ano (11,36 bilhões de litros). Vendas de etanol As vendas de etanol pelas unidades produtoras da região Centro-Sul em julho totalizam 2,03 bilhões de litros, sendo 85,90 milhões de litros destinados ao mercado externo e 1,94 bilhão de litros para o mercado interno.

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No mercado doméstico, as vendas de etanol anidro totalizaram 853,42 milhões de litros, praticamente o mesmo valor apurado no mesmo mês do último ano (856,94 milhões de litros). O volume comercializado de etanol hidratado, por sua vez, alcançou 1,09 bilhão de litros, contra 1,21 bilhão de litros em julho de 2013. Em relação às vendas ao mercado doméstico registradas na segunda quinzena de julho, estas somaram 425,17 milhões de litros de etanol anidro (redução de 8,90% quando comparado ao mesmo período da safra anterior) e 565,54 milhões de litros de etanol hidratado (queda de 13,82%). Sobre os dados de safra Os dados divulgados nesta atualização de safra são compilados e analisados pela UNICA, com

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números fornecidos pelos seguintes sindicatos e associações de produtores da Região Centro-Sul: ALCOPAR - Associação dos Produtores de Bioenergia no Estado do Paraná BIOSUL - Associação dos Produtores de Bioenergia do Mato Grosso do Sul SIAMIG - Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais SIFAEG - Sindicato da Indústria de Fabricação de Etanol do Estado de Goiás SINDAAF - Sindicato Fluminense dos Produtores de Açúcar e Etanol SINDALCOOL - Sindicato das Indústrias Sucroalcooleiras de Mato Grosso SUDES - Sociedade das Usinas e Destilarias do Espírito Santo Fonte: Unica


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Economia & Mercado

Agro em alerta

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osso país depende cada vez mais das exportações do agronegócio, para continuar evitando um futuro desastre econômico. Segundo dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), existe uma queda nos preços dos produtos agrícolas. As cotações caíram muito rápido dentro do mercado, dentro de um Brasil ainda dependente das exportações do agronegócio para conter o déficit. Aponta-se a culpa para um mercado que vem se acomodando. A FAO e OCDE afirmam que os produtos vegetais podem continuar caindo ainda por dois anos, mas em seguida se estabilizar em níveis superiores aos de antes da crise de 2008. Em contra partida a estes dados, também há uma estimativa que na próxima década, a evolução dos mercados deve ampliar algumas oportunidades em alguns setores. A demanda

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global por cereais é um exemplo, estimada para uma produção de 1,2 bilhão de toneladas. Também entram na demanda as proteínas, as leguminosas, óleos e o açúcar, que crescerão devido a um aumento da renda e da urbanização. O que é preciso para que o Brasil continue com esta oportunidade de crescimento? É através do zelo que o governo precisa criar, para cuidar do agronegócio. É preciso manter o uso das tecnologias, investir em infraestrutura, manter condições para financiamentos, para produção e comercialização na agropecuária, resistindo as pressões no meio, para que haja um sucesso coletivo, entre produtores e consumidores. De janeiro a junho as exportações corresponderam a 44, 43% da receita do comércio de mercadorias, no valor de US$ 49,11 bilhões. Isso representa que ainda há um bom resultado comercial, apesar das condições externas. Ocorreu um bom resultado conseguido com os produtos da

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agropecuária, apesar da queda de preços da Soja em grão (4,2% em relação ao mesmo período de 2013), farelo (7,8%), óleo (174%), carne de frango (9,8%), açúcar (15,1%) e café (9,1%), entre os mais importantes. O superávit do agronegócio, de US$ 40,78 bilhões, compensou em parte o déficit dos manufaturados, de US$ 56 bilhões. E para um parâmetro mais exato, seria preciso separar desse valor, uma pequena parcela de itens do agronegócio incluída na conta de manufaturados (açúcar refinado e Etanol, por exemplo). De toda forma, o quadro geral é claro e bom. Mas ainda é preciso que o governo olhe mais para a competitividade das indústrias. Porque hoje a economia brasileira depende do sucesso comercial da agropecuária e das indústrias ligadas ao setor. Da Redação Fontes: Folha de São Paulo/ FAO/OCDE


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Logística

Após autorização do Ibama BR-163-MS começa a ser duplicada Segundo informações da CCR MSVia, as obras de duplicação da BR-163/MS foram iniciadas após as autorizações especiais do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).

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Diretor de Engenharia da CCR MSVia, Décio de Rezende Souza, informou, que as obras de duplicação da BR-163/ MS já começaram em várias frentes situadas ao longo da rodovia. E que além das autorizações Especiais do Ibama, também foi autorizado a implantação de praças de pedágio e bases operacionais. “O Ibama autorizou a duplicação em dez pontos da rodovia, em um total de 89,2 quilômetros de extensão, além da construção das 17 bases operacionais do SAU

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(Serviço de Atendimento ao Usuário) e de nove praças de pedágio”, informou o engenheiro. A Autorização do Ibama foram expedidas pelo órgão federal de acordo com o Programa de Rodovias Federais Ambientalmente Sustentáveis, instituído pelos Ministérios do Meio Ambiente e dos Transportes, por meio das portarias interministeriais nº 288 e 289, de 16/07/2013, que visam antecipar o início das obras até a obtenção da licença ambiental. Como previsto em contrato

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de outorga com a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), a empresa concessionária responsável pelo trecho, MS Via, deve concluir a duplicação dos primeiros 10% da rodovia e construir as praças de pedágio em até 18 meses, contados a partir de abril de 2014. “Estamos trabalhando em vários pontos da BR-163/MS com a recuperação emergencial do pavimento, correção de desníveis e reparos localizados nas pistas, recomposição de faixas e placas de


sinalização, reparos e recuperação de viadutos e pontes, limpeza e desobstrução de sistemas de drenagem e implantação de sistemas de segurança, entre outros”, disse Décio Rezende de Souza. A partir de outubro, também serão iniciados os trabalhos de operação da rodovia, com a implantação do SAU, com atendimentos médico e mecânico, serviço 0800 (Disque CCR MSVia),

inspeção de tráfego e apoio ao usuário. Os serviços serão prestados a partir de instalações provisórias, enquanto são construídas as bases operacionais. O SAU contará com cerca de 500 colaboradores distribuídos ao longo da BR-163/MS, entre eles 259 profissionais de atendimento pré-hospitalar, dos quais 35 médicos, que trabalharão em plantões 24 horas. As equipes serão apoia-

A duplicação foi autorizada nos seguintes segmentos:

Jaraguari – do km 513,3 ao km 519,7 (6,4 km de extensão, sentido Sul); S. Gab. do Oeste/Bandeirantes/ Camapuã – do km 595 ao km 602,0 (7,0 km de extensão, sentido Sul); Rio Verde de Mato Grosso – do km 651,8 ao km 656,2 (4,4 km de extensão, sentido Sul); Sonora – do km 824,5 ao km 832,6 (8,1km de extensão, sentido Norte).

Da Redação Fonte: CCR MSVia

As praças de pedágio serão construídas nos seguintes locais:

SAIBA MAIS

Caarapó - do km 192,3 ao km 203,5 (11,2 km de extensão, sentido Sul);

das por uma frota composta por 17 ambulâncias-resgate (cinco serão Unidades de Tratamento Intensivo), 25 guinchos (leves e pesados), 19 inspeções de tráfego e 11 caminhões de serviço. O serviço será comandado por um centro de controle operacional, localizado em Campo Grande.

Caarapó – do km 227,3 ao km 237,1 (9,8 km de extensão, sentido Sul); Bandeirantes/Camapuã – do 580,3 ao km 591,0 (10,7 km de extensão, sentido Sul); São Gabriel do Oeste – do km 620,4 ao km 629,0 (8,6 km de extensão sentido Sul); São Gabriel do Oeste – do km 630,3 ao km 648,7 (18,4 km de extensão, sentido Sul); Rio Verde de Mato Grosso – do km 694,9 ao km 699,5 (4,6 km de extensão, sentido Sul);

Mundo Novo, km 28,1; Itaquiraí, km 113,0; Caarapó, km 227,7; Rio Brilhante, km 313,5; Campo Grande, km 432,2; Jaraguari, km 535,4; São Gabriel do Oeste, km 605,0; Rio Verde de Mato Grosso, km 705,2 e Pedro Gomes, km 819,8.

As Bases Operacionais do SAU (Serviço de Atendimento ao Usuário) serão construídas nos seguintes locais: Base 01 - Mundo Novo; Base 02 - Itaquiraí; Base 03 - Naviraí; Base 04 - Juti; Base 05 - Caarapó; Base 06 - Dourados; Base 07 - Rio Brilhante; Base 08 - Nova Alvorada; Base 09 - Campo Grande (Anhanduí); Base 10 - Campo Grande; Base 11 - Bandeirantes; Base 12 - Congonha; Base 13 - S. Gabriel do Oeste; Base 14 - Rio Verde de MT; Base 15 - Coxim; Base 16 - Coxim e Base 17 - Pedro Gomes. Junior Cordeiros Fonte: CCR MSVia AGOSTO 2014 | CANA S.A. | A energia da informação

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Sustentabilidade

Expansão da matriz energética com base em fontes limpas, o desafio brasileiro *Evaldo Fabian

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consumo de energia elétrica no Brasil deverá crescer 4,3% por ano, em média, nos próximos dez anos (20142023), atingindo 781, 7TWh em 2023, em oposição aos atuais 514 TWh. É o que indica a projeção da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), divulgada este ano. Diante desse cenário, o questionamento a ser feito é: haverá geração suficiente para toda essa demanda? Segundo a EPE, até 2023, a capacidade instalada no Sistema Interligado Nacional deverá crescer 53%, um aumento de 120 mil MW para 183 mil MW. A geração hidrelétrica continuará sendo a prin-

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cipal opção brasileira para fazer frente ao aumento do consumo de energia no país, a despeito dos fortes impactos ambientais, da dependência dos ciclos da chuva e dos elevados custos de transmissão até os centros consumidores. Mesmo assim, sozinha, ela não será suficiente. E, para piorar, a segunda fonte da matriz energética nacional são as Termelétricas, sabidamente mais sujas e poluentes que a energia das Hidrelétricas, especialmente as movidas a carvão mineral. Ambientalistas alertam que os prejuízos causados ao Meio Ambiente pela ampliação da geração de energia por meio de Hidrelétricas e Termelétricas poderão comprometer o plano de mitigação e adaptação do setor de energia às mudanças do Clima, conforme estabe-


lecido no Decreto 7.390/10. A meta para o setor energético é de não ultrapassar o patamar de 680 milhões de toneladas de CO2 de Emissões absolutas até o fim de 2020. E surge mais uma dúvida: conseguiremos alcançar essa meta priorizando as Termelétricas? Diante das dúvidas que se ampliam, quero chamar a atenção para uma importante alternativa que, neste momento, começa a ser percebida pelo governo federal: a geração de Energia Limpa a partir do tratamento e Reciclagem dos resíduos sólidos da agroindústria brasileira, por meio da biodigestão, em especial do setor sucroenergético. Anualmente, são produzidos no Brasil cerca de 450 milhões de toneladas de resíduos de cana-de-açúcar, que ainda são subutilizados. Não há outro país no mundo que se equipare ao Brasil no que diz respeito ao potencial para geração de energia a partir de resíduos da cana-de-açúcar. Por suas condições naturais, suas vastas plantações de cana, suas mais de 400 usinas de açúcar e etanol e, certamente, devido aos avanços técnicos e tecnológicos relacionados ao setor sucroenergético, somos o único país do globo onde a totalidade dos resíduos da cana-de-açúcar pode gerar energia equivalente à produzida pela Usina Hidrelétrica de Itaipu. Sim, isso já faz parte da realidade brasileira e é nesse sentido que acreditamos que o Brasil venha a se tornar uma referência para o mundo em geração de Energia Limpa, verde e renovável. Longe de ser a única solução para qualquer crise energética do país, o processa mento dos resíduos da cana para

produção de biogás e posterior geração de energia elétrica é certamente uma alternativa que tende a ter grande impacto para o setor energético. Ainda timidamente, se compararmos com outras fontes energéticas, o governo brasileiro demonstra reconhecimento desse potencial por meio do lançamento de programas de incentivo ao desenvolvimento científico e tecnológico na área de produção de biogás. Ele começa a se dar conta do retorno e do impacto a curto, médio e longo prazos do investimento nas energias verdes. É preciso que o setor produtivo também se dê conta disso e some esforços para que todos façam frente à necessidade crescente de energia em nosso país. *Engenheiro e diretor da GEO Energética Artigo publicado no jornal Brasil Econômico 24/07/2014.

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Energia

Compensação financeira de recursos hídricos arrecadou R$1,2 bilhão até junho

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egundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), de janeiro a junho deste ano, a arrecadação de compensação financeira pela utilização de recursos hídricos (CFURH) para geração de energia elétrica a municípios, estados e União, incluindo royalties (compensação financeira devida pela usina de Itaipu), foi de R$1,2 bilhão. Desse total, foram distribuídos R$896,6 milhões a título de CFURH e R$295,9 milhões em royalties. Criada pela Lei n.º 7.990, de 28 de dezembro de 1989. O cálculo da CFURH baseia-se na geração efetiva das usinas hidrelétricas, de acordo com a seguinte fórmula: CFURH = TAR x GH x 6,75%, onde TAR refere-se à Tarifa Atualizada de Referência estabelecida anualmente pela ANEEL (em R$/MWh) e GH é o montante (em MWh) da geração mensal da usina hidrelétrica. Esse valor destina-se a compensar os municípios afetados pela perda de terras produtivas, ocasionada por inundação de áreas na construção de reservatórios de usinas hidrelétricas. Do montante arrecadado mensalmente a título de compensação financeira, 45% se destinam aos Estados, 45% aos Municípios, 3% ao Ministério de Meio Ambiente, 3% ao Ministério de Minas e Energia, e 4%

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ao Ministério de Ciência e Tecnologia. O percentual de 0,75% é repassado ao MMA para a aplicação na implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos. O dinheiro pode ser aplicado em programas de saúde, educação e segurança, mas não pode ser usado para abater dívidas, a não ser que o credor seja a União, nem para o pagamento de pessoal. Em relação à CFURH, os recursos foram distribuídos a 698 municípios de 21 estados, ao Distrito Federal e à União. Já a transferência de royalties foi para 347 municípios de seis estados, ao Distrito Federal e à União. Os valores foram arrecadados de 96 empresas pagadoras, responsáveis por 179 usinas hidrelétricas e 190 reservatórios. A arrecadação e a distribuição da compensação e dos royalties cabem à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O resultado pode ser acompanhado pela publicação de relatórios na página da agência na internet, em www.aneel.gov.br, em informações técnicas, compensação financeira, relatórios. Da Redação Fonte: Aneel


Totais Brasil Compensação Financeira e "Royalties" de Itaipu Binacional Ano

"Royalties" de Itaipu

2014 2013 2012 2011 2010 2009 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001 2000 1999 1998 1997 TOTAIS

Compensação Financeira

Total Brasil

342.290.937,53 553.711.947,10 478.466.199,61 370.170.615,67 374.967.077,67 460.542.450,23 394.441.010,66 402.145.574,41 424.004.360,08 433.477.000,31 528.762.900,80 570.200.625,98 563.131.984,46 454.715.042,31 363.602.430,53 341.819.637,98 217.007.396,80 204.215.808,66

896.645.551,25 1.590.920.624,27 1.726.972.925,99 1.635.799.894,10 1.514.939.817,51 1.338.535.545,87 1.252.892.524,27 1.244.291.123,87 1.100.750.803,78 1.003.695.729,98 779.592.456,91 659.309.102,71 502.198.381,64 427.805.537,42 307.583.147,33 285.802.528,02 285.736.922,40 251.415.908,33

1.238.936.488,78 2.144.632.571,37 2.205.439.125,60 2.005.970.509,77 1.889.906.895,18 1.799.077.996,10 1.647.333.534,93 1.646.436.698,28 1.524.755.163,86 1.437.172.730,29 1.308.355.357,71 1.229.509.728,69 1.065.330.366,10 882.520.579,73 671.185.577,86 627.622.166,00 502.744.319,20 455.631.716,99

7.477.673.000,79

16.804.888.525,65

24.282.561.526,44

*Valor parcial, referente ao ano de distribuição. ARRECADAÇÃO COMPENSAÇÃO FINANCEIRA

6.75% x TAR x GERAÇÃO MENSAL (Decreto 3739 de 2001)

6.00% LEI 7990 de 1980

6.35% FATOR PERCENTUAL APLICADO À ENERGIA GERADA

6.35% LEI 9984 de 2000

ARRECADAÇÃO DE ROYALTIES GERAÇÃO MENSAL x VGWh x K x TC ** 2 (Tratado de Itaipu de 1973)

MMA (3%) MME (3%) FNDCT (4%) ESTADOS (45%) MUNICÍPIOS (45%)

MMA*

MMA (3%) MME (3%) FNDCT (4%) ESTADOS (45%) MUNICÍPIOS (45%)

*Ministério do Meio Ambiente, para aplicação na implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos

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Especial

Em missão, empresários brasileiros buscam negócios no Paraguai

Inédita, missão organizada pela Prefeitura de Dourados à Assuncion abre caminho para uma nova relação comercial que podem resultar em bons resultados para os dois países 48

J

osé Donizete de Lima, 49, gerente da MS Indústria e Comércio de Equipamentos Mecânicos, voltou muito otimista de Assuncion com relação à possibilidade de empresas brasileiras realizarem negócios no Paraguai. Ele é um dos integrantes da ‘Missão Dourados-Assunción, promovida pela Prefeitura de Dourados, entre os dias 21 e 24 de julho. “Dourados é polo de manutenção e pode sim vir a atender o Paraguai”, afirma. “O Paraguai está crescendo e se desenvolvendo e isso abre muitas perspectivas de negócios para Dourados”. O grupo participou da Expo Paraguai, uma das maiores feiras

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de negócios das Américas. A proposta do prefeito Murilo Zauith (PSB) é estreitar relações de Dourados com o Paraguai nas áreas de indústria, comércio e agronegócio. “O Paraguai está crescendo muito e vai se industrializar; nós estamos formando em Dourados o pólo de manutenção industrial do Estado e queremos também fazer a manutenção da indústria paraguaia. A missão ao Paraguai fez parte desse projeto”, afirma. Para o empresário Valter Juvenal de Oliveira, 43, sócio da Comagran de Dourados e Naviraí, a missão foi excelente. “É uma iniciativa inédita; nunca tinha visto isto. É muito importante


para nós empresários nos atualizamos no mercado e criarmos perspectivas de novos negócios”. Valter acha que Dourados tem tudo para se transformar mesmo no pólo de manutenção, de peças e insumos industriais do Estado. “A prefeitura está fazendo a sua parte; o restante vai depender da atitude do empresário em criar condições para o fim da dependência de São Paulo”, diz.

Ampliando as relações

Durante a missão o prefeito Murilo manteve reuniões com o governo paraguaio para fortalecer as relações institucionais entre o país e Dourados. Acompanhado de Neire Colman, secretária de Desenvolvimento Sustentável, conversou com Jorge Gattini, ministro de Agricultura y Ganadería (Pecuária) do Paraguai. Em seguida, manteve audiência com Oscar Stark Robledo, vice-ministro de Indústria e Comércio do Paraguai. Com ambos os ministros, tratou da troca de tecnologia de Dourados com o Paraguai. Na área agrícola os paraguaios vão organizar missões para conhecer experiências bem sucedidas de pequenos agricultores e as instituições de pesquisa do município. Já na área comercial e da indústria o ministério vai organizar uma missão para participar da 4ª Feira Agrometal do Mato Grosso do Sul nos dias 22, 23 e 24 de outubro, no Pavilhão de Eventos Dom Teodardo Leitz, em Dourados. De acordo com Neire Colman, Dourados pode ajudar também na capacitação de mão de obra no Paraguai. “É uma das áreas mais carentes naquele país. O governo quer capacitar o pequeno produtor rural e técnicos para a agricultura familiar. Ao mesmo tempo, a indústria também precisa de novos profissionais. É uma forma de aproximação que cria confiança e gera bons negócios posteriormente para as empresas industriais e de prestação de serviços de Dourados”, explica. A partir das próximas reuniões com esses dois ministérios, em outubro, provavelmente durante a Agrometal, a Prefeitura e o Governo Paraguaio devem firmar oficialmente termos de parcerias. “Esse intercâmbio econômico que estamos trabalhando com o governo paraguaio vai resultar em bons negócios

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Especial para Dourados; temos certeza disso”, reafirma Murilo. O prefeito também se reuniu com José Eduardo Martins Felício, embaixador do Brasil no Paraguai. Eles discutiram sobre economia, as relações comerciais do Brasil com o Paraguai e assuntos sobre a região de fronteira. Sobre o setor sucroenergético, o embaixador disse ao prefeito que o Paraguai pretende ampliar a produção de etanol e açúcar. Dourados está de olho no crescimento desse setor porque, como pólo de manutenção industrial e de serviços, pretende passar a atender também a indústria paraguaia. “Estamos muito bem localizados, perto da fronteira, perto de Assuncion [são apenas 600 km]; é perfeitamente viável que nossas empresas atendam o setor de manutenção no Paraguai”, disse Murilo a Felício.

Bons negócios

Rafael Simczak, diretor comercial da Comid Máquinas Agrícolas em Dourados, afirma que a missão surpreendeu positivamente. “A Expo Paraguai é maior do que imaginávamos e os contatos políticos e empresariais que a prefeitura está mantendo aqui são muito bons”, diz. Ele também acredita que uma boa relação comercial com o Paraguai pode resultar em bons negócios para várias áreas. Sobre Dourados como pólo de manutenção ele diz: “É a única cidade do Estado que está com foco nisso e tem tudo pra dar certo”, afirma. Leandro Borges, LFB Representações e que representa duas empresas da área de manutenção e peças, acredita que a relação Dourados-Paraguai tem tudo para dar certo. “Só é preciso analisar as questões locais e tributárias para usar as vantagens do Mercosul, mas é perfeitamente possível tornar Dourados

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fornecedor de serviços para o Paraguai”, diz. Legenda: Prefeitura levou empresários de Dourados para participar da Expo Paraguai; prefeito Murilo também discutir parcerias para ampliar as relações comerciais entre Dourados e o Paraguai Dênes de Azevedo




Inovação & Tecnologia

O cultivo de cana-de-açúcar em áreas que eram utilizadas para a pastagem, pode equilibrar ou até mesmo aumentar o processo de captura de carbono pelo solo.

Estudos apontam benefícios no uso da cana em áreas de pastagens A

lgumas práticas de manejo adotadas na substituição da pastagem pelo cultivo da cana-de-açúcar, enriquecem a estrutura física do solo, uma vez que promovem a sua melhor agregação, conferindo-lhe maior porosidade, e permitindo uma maior infiltração e armazenamento de água. De acordo com a pesquisa, mesmo nos casos em que se verifica a diminuição do estoque de carbono do solo no momento inicial da substituição da pastagem pela cana-de-açúcar, a perda é compensada no prazo máximo de três anos de cultivo. Para o consultor de Emissões e Tecnologia da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (UNICA), Alfred Szwarc, o estudo repercute a favor do etanol e outros subprodutos da cana, especialmente os biocombustíveis e os plásticos verdes. O coordenador do projeto e pesquisador do Cena/USP, Carlos Clemente Cerri, aponta que a cana produzida nessas áreas equilibra, com o passar dos anos, as emissões de CO2 ocorridas na troca de cultura, visto que o biocombustível, quando comparado com a gasolina, reduz em média 90% os gases responsáveis pelo efeito estufa. Realizado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), o estudo foi elaborado por uma equipe formada por profissionais de diversos instituições renomadas, como o Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena), Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), ambos da Universidade de São Paulo (USP), Instituto Federal de Alagoas

(IFAL), Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE), Institut de Recherche pour le Développement, na França, Harvard University, Colorado State University e do Shell Technology Center Houston, nos Estados Unidos, e esclarece algumas dúvidas relacionadas ao agronegócio, fortalecendo os ganhos ambientais decorrentes da atividade canavieira. Para atender a demanda de etanol, será necessário a ampliação da área de cultivo da cana-de-açúcar dos atuais 9,7 milhões de hectares para 17 milhões de hectares. Ressaltando, que uma opção viável para tal expansão é estender o cultivo da cana para áreas degradadas, principalmente aquelas utilizadas como pastagens. Hoje há 198 milhões de hectares de terra voltados à pastagem no Brasil e 60 milhões de hectares para a agricultura, será preciso aumentar a área para cultivo agrícola no país, indiscutivelmente, a partir de áreas de pastagem. O estudo foi realizado em 13 áreas da região Centro-Sul do Brasil, com medições e coletas de seis mil amostras de solo de 135 locais, cultivados com cana-de-açúcar. Alfred Szwarc, consultor da UNICA, explica que “um aspecto importante desse trabalho é que o grupo de autores inclui também instituições científicas estrangeiras, que dão credibilidade internacional aos resultados e reforçam os aspectos ambientais defendidos pela indústria sucroenergética brasileira”. Da Redação Fonte: UNICA AGOSTO 2014 | CANA S.A. | A energia da informação

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Trabalho & Emprego

Governo de MS implanta novos sistemas de gestão de recursos humanos O

Governo de Mato Grosso do Sul iniciou, neste mês de agosto, a implantação de novos sistemas de gestão dos recursos humanos, cuja melhoria do setor possibilitará o acompanhamento e o controle mais efetivos dos dados da vida funcional dos servidores e gastos realizados na folha de pagamento do Poder Executivo. A Secretaria Estadual de Gestão de Recursos Humanos (SEGRH) informou que os referidos sistemas são compostos de doze módulos, tendo sido concluídos até agora os que geram a folha de pagamento. Os demais módulos estão em fase de desenvolvimento para operacionalização nos próximos meses. Com a implantação dos novos sistemas de gestão dos recursos

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humanos ocorrerão duas mudanças importantes: o servidor terá um novo cadastro e uma nova matrícula para cada vínculo de emprego com o Estado; o cálculo da alíquota do Imposto de Renda (IRPF) será unificado para aqueles que possuem mais de um vínculo empregatício. Havendo inconsistência de cálculo na remuneração do servidor (pagamentos a maior ou a menor), poderá haver reposição ou desconto na folha de pagamento no mês ou meses subsequentes, conforme estabelece o parágrafo 2º do artigo 7º, do decreto nº 10.686, de 6 de março de 2002, conforme esclarecimentos da secretária Evelyse Ferreira Cruz Oyadomari. Informações A SEGRH informa, ainda, que o servidor deverá ficar atento às in-

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formações funcionais e de pagamento constantes no seu contracheque, que será disponibilizado no dia do pagamento nos seguintes endereços eletrônicos:www.servidor.ms.gov.br (menu serviços, opção holerite online) ewww.segrh.ms.gov.br (no ícone holetite online). Posteriormente, será disponibilizado também no autoatendimento do Banco do Brasil (caixa eletrônico e internet). Em caso de dúvida, o servidor poderá obter outras informações, ainda, na unidade de recursos humanos do setor de lotação, bem como pelo portal do servidor e demais sites dos respectivos órgãos da administração estadual. Silvio Andrade Foto: Divulgação




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