Editorial
ÍNDICE 04 - Entrevista - John Kasarda criador do conceito “cidades-aeroporto” 04 - Aerotrópolis - Brasil começa a planejar seu futuro 04 - Força e oportunidade - Ásia continua líder no mercado mundial 04 - Novidade - estreia de José G. Vantine como articulista
Caros leitores, Nesta edição da revista Cargo News trazemos duas matérias que influenciam nosso presente e que refletem em nosso futuro. Na reportagem sobre a Ásia abordamos os novos rumos da economia no continente, principalmente após as recentes mudanças na política da China, o desaquecimento de seu mercado e os seus reflexos por aqui. Já na matéria sobre Aerotrópolis, entrevistamos o criador do conceito, John D. Kasarda, que falou sobre os projetos já existentes no Brasil para criação das chamadas “cidades-aeroporto”, assim como, quais são os aeroportos do país que estão se preparando para o futuro proposto pelo Professor. Há também as seções Milhagem, Intralogística e Sala de Embarque, que trazem as últimas novidades do mercado e a cobertura dos eventos e feiras do setor. Nos artigos dessa edição, há a estreia do consultor de Supply Chain e Logística, José Geraldo Vantine, como novo articulista da revista. Desejamos a todos uma ótima leitura! Redação Cargo News
Ano XIV - Edição 144 - 2014 Fale conosco: 19 3743.6609 | redacao@cargonews.com.br Conselho Editorial: Luiz Guimarães | Mariana Zaidan Guimarães Carlos Varanda | André Feitosa | Patrícia Ferreira Amanda Pimentel | Fernanda Souza | Diego Donato Articulista: José Geraldo Vantine
Expediente Diretora de Redação: Mariana Zaidan Guimarães Coordenador Editorial: Carlos Varanda Texto: Amanda Pimentel (MTb 56.963) Fernanda Souza (MTb 56.903) Diretor de Arte: André Feitosa Fotografia: João Batista
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Executivos de Contas: Carlos Varanda Patrícia Ferreira Mariana Zaidan Guimarães Financeiro: Patrícia Bonzanino Mídias Sociais: Diego Donato Circulação: Carlos Varanda Tiragem: 5 mil exemplares
A Cargo News é uma publicação da Editora GR1000. Todos os textos assinados refletem a opinião de seus autores, sendo de inteira responsabilidade dos mesmos. Para solicitações, críticas e sugestões, entre em contato com a redação: redacao@cargonews.com.br. A revista é distribuída gratuitamente para os profissionais do comércio internacional e logística, sendo eles executivos de empresas importadoras e exportadoras, além de prestadoras de serviço.
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Entrevista
Conectividade e agilidade, as palavras no futuro do comércio internacional O especialista em Aerotrópolis John Kasarda, também professor na Universidade da Carolina do Norte, traz sua visão sobre as “cidades-aeroporto”, fala de suas expectativas sobre o potencial do Brasil para integrar esse conceito a seus terminais e o que pode ser oferecido em uma aerotrópolis.
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John Kasarda: o criador do conceito Aerotrópolis www.cargonews.com.br
Como surgiu a ideia de criar uma Aerotrópolis e há quanto tempo elas já se desenvolvem? Kasarda: A Aerotrópolis tem evoluído ao longo dos últimos 20 anos ao redor dos maiores aeroportos internacionais na Ásia, Europa, América do Norte e no Oriente Médio. Empresas globalmente conectadas e suscetíveis ao tempo e seus serviços de apoio tem se agrupado em torno deles. Isso pode ser mais visível ao redor dos mais recentes aeroportos internacionais na Ásia, onde há terreno aberto substancial para o desenvolvimento comercial. Amsterdam Schiphol é reivindicado, muitas vezes, por ser considerado o primeiro a receber uma Aerotrópolis, pois, teria começado ainda no início de 1990. O conceito Aerotrópolis é novo no Brasil. O que o país oferece para auxiliar nessa estrutura e, o que falta para aderir este modelo? Kasarda: O Brasil tem todos os ingredientes fundamentais para formar uma Aerotrópolis: um comércio internacional substancial em carga aérea e serviços avançados de negócios; juntamente com o turismo; um número crescente de aeroportos com conectividade aérea doméstica e internacional; investimento em expansão nas indústrias de alta tecnologia e de produtos perecíveis de alto valor; e por fim, uma crescente conscientização do potencial de uma Aerotrópolis, para fazer suas regiões mais competitivas, por meio de órgãos governamentais. Para desenvolver de forma eficaz, no entanto, requer intervenientes do setor público
e privado para se alinhar com a agenda comum da Aerotrópolis, e grande investimento na conexão da infraestrutura de transporte de superfície, o que deverá melhorar a conectividade para o aeroporto, a partir de todas as complicadas regiões metropolitanas chaves. Certas políticas fiscais que limitam o investimento estrangeiro direto por parte das empresas que lidam com as cadeias de abastecimento globais, também devem ser alteradas, juntamente com desembaraço aduaneiro mais rápido nos aeroportos. Sabemos que no mundo temos exemplos de alguns aeroportos que utilizam o conceito de Aerotrópolis com sucesso. Você pode enumerar para nós o que eles estão fazendo para isso? Kasarda: Locais como Amsterdã e Dubai, nos quais as Aerotrópolis são bem sucedidas, tem focado no desenvolvimento de rotas aéreas internacionais e na criação de um ambiente de negócios na área do aeroporto. O que acaba sendo mais atrativo para os negócios e para a indústria. Todos os aeroportos podem se tornar uma Aerotrópolis? Existe uma área com tamanho específico para criar-se essa estrutura? Kasarda: Nem todos aeroportos podem manter uma Aerotrópolis. Embora não exista um limite específico de espaço, é preciso existir quantidade suficiente de conectividade aérea para atrair alto valor, e empresas cuja questão do tempo seja crucial. É também necessário que exista uma boa
“Todos os tipos de exportações são impulsionadas, desde produtos perecíveis de alto valor até produtos de alta tecnologia”
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Entrevista
infraestrutura de apoio de solo, uma sólida economia regional, mão de obra suficientemente qualificada, um enquadramento regulamentar que seja atrativo para os negócios e para indústria, e um terreno aberto para o desenvolvimento e crescimento da Aerotrópolis. Tudo isso é importante, mas a conectividade é a chave. Quem são as empresas que estão por trás e interessadas em construir esse sistema?
Por fim, nos fale sobre o comércio exterior e o transporte de cargas. A Aerotrópolis pode trazer e adicionar oportunidades para estes mercados? Que oportunidades podem ser destacadas? Kasarda: A Aerotrópolis não é apenas uma facilitadora do comércio, mas também é uma incentivadora à criação do comércio. Todos os tipos de exportações são impulsionadas, desde produtos perecíveis de alto valor até produtos de alta tecnologia, bem como serviços avançados de negócios e turismo. Esses setores empresariais tornaram-se os componentes de maior crescimento do comércio internacional no século XXI fazendo a Aerotrópolis um motor fundamental para o crescimento econômico moderno.
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Kasarda: As empresas que se beneficiam da Aerotrópolis incluem todas aquelas que dependem da conectividade aérea para seus negócios, mais a gama de serviços comerciais que apoiam as atividades econômicas voltadas para a aviação e transporte de passageiros, tais como a logística, hotéis, centros de exposições e convenções, atra-
ções turísticas, varejo e entretenimento.
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Aerotrópolis
O novo conceito de “cidade-aeroporto”, adotado em parte do mundo, já mostra seus primeiros passos no Brasil Tendo como foco principal agilidade dos negócios e conectividade, os mercados empresariais, de aviação, serviços e entretenimento são atraídos para dentro dos terminais aeroportuários Com o advento da globalização, o tempo, o lugar e o espaço, passaram a ter perspectivas diferentes, principalmente quando se fala em agilização do trabalho, redução no tempo de processos e locomoção com mais praticidade e qualidade. Aliado a todos esses fatores, as companhias aéreas, sejam de carga ou de pessoas, foram se adequando para atender cada dia mais essas demandas. Não obstante, o professor americano, John Kasarda, da Universidade da Carolina do Norte, Estados Unidos, especialista em estratégia e empreendedorismo, estudando em sua tese a nova economia, as questões do aumento nas demandas de circulação de produtos e serviços com a globalização, chegou ao consenso sobre a importância da velocidade ou, como ele mesmo diz: “que tudo se mova rápido”. Baseado nisso, Kasarda concluiu que o transporte aéreo no século XXI vai ter destaque significativo; e os aeroportos internacionais que possuírem plataformas multimodais, vão estar à frente do tempo.
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Este será o fator determinante quando empresas ou profissionais precisarem escolher em qual aeroporto querem que sua carga chegue ou saia, ou ainda mais, onde necessitam que seus profissionais atuem de forma mais presente, no dia-a-dia, consequentemente, a instalação de bases das empresas nos arredores. “A Aerotrópolis faz empresas, cidades e regiões mais eficientes, ao melhorá-las quanto as suas conectividades, localmente e globalmente, economizando o tempo. No século XXI, aqueles locais que se tornarem mais rápidos e melhores conectados irão vencer”, explica John Kasarda, especialista em Aerotrópolis. Para o presidente do GRU Airport, Antonio Miguel Marques, as “cidades-aeroporto” têm relação direta com à experiência que os passageiros, empresários, funcionários, turistas e empresas poderão ter com o aeroporto e com seu entorno, considerando aspectos como conforto, segurança ou mesmo lazer. “Em um contexto mais amplo, é preciso levar em
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conta também o compromisso do aeroporto com o seu entorno, sobretudo em questões ambientais e de desenvolvimento econômico, social e cultural das comunidades que vivem ao redor do sítio aeroportuário”, comenta. O fato é que se analisado o assunto em questão, podemos pensar se uma empresa ligada a aviação, carga e transporte gostaria de estar em um espaço, no qual conseguisse realizar as tarefas para embarque, desembarque, despacho e chegada ao cliente em menos tempo e ainda com a vantagem de poder desfrutar, em um momento de espera, de algum tipo de entretenimento ou até mesmo resolver alguma questão pessoal, sem precisar andar por horas ou enfrentar um intenso tráfego de veículos nas estradas. “A estratégia da Aerotrópolis é conectar empresas e pessoas de negócios, de forma rápida e eficiente, a seus fornecedores, clientes e empresas parceiras na região e em todo o mundo. Baseia-se na criação de velocidade para comercializar, um fator competitivo crítico para o comércio”, conta Kasarda.
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Isso é minimizar as possibilidades de erros eminentes e auxiliar na velocidade dos processos. Ao redor do mundo podemos encontrar cerca de oito Aerotrópolis que estão em franco desenvolvimento e que se deram espontaneamente ou de forma planejada. Elas estão assim localizadas: Aeroporto de Schiphol em Amsterdam, Hong Kong, Incheon na Coreia do Sul, Chicago, Dallas-Ft Worth, Dubai, Washington Dulles e Memphis. Mas, o Brasil também possui aeroportos com grande circulação de cargas todos os dias e que tem potencial necessário para se desenvolver em ‘cidades-aeroporto’. “Uma frase que acho fundamental é que o aeroporto serve a região, e as companhias aéreas tem que servir ao mercado”, comenta Aluizio Margarido, diretor comercial de Viracopos, aeroporto que está estrategicamente localizado em Campinas e, conforme o professor Kasarda, é a cidade que se tornou o Vale do Silício do Brasil, com sua conectividade de carga aérea superior, atraindo empresas de alta tecnologia do mundo todo.
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Algumas estruturas e alguns projetos para a criação de Aerotrópolis já estão em andamento no Brasil. Um deles é o do Aeroporto Internacional Tancredo Neves - AITN, em Minas Gerais, que desde 2004, vem desenvolvendo o conceito com auxílio de John Kasarda, contratado para criar e assessorar durante o processo. “No Plano Mineiro de Desenvolvimento Integrado - PMDI 2003 – 2023, ficou evidente a necessidade de diversificação da economia do estado, até então muito dependente da cadeia do minério de ferro e de commodities. A revitalização do Aeroporto Internacional Tancredo Neves- AITN e a ocupacão ordenada do seu entorno, se tornou um projeto estruturador visando a insercão de Minas na nova economia”, conta Danilo Colares de Araújo, superintendente de projetos especiais do Governo do Estado de Minas Gerais. Já o Aeroporto Internacional de Viracopos está recebendo consultoria do grupo NACO da Holanda. “Lá eles conjugam a atividade aeroportuária, a municipalidade e os investidores e eles dividem o aeroporto em anéis”, explica o diretor comercial de Viracopos. Segundo o Margarido, o primeiro anel, é o mais próximo ao aeroporto, conta com todos os
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negócios relacionados à sua atividade como: hotéis, restaurantes, centros comerciais, edifícios corporativos e estacionamentos. Já o segundo anel, um pouco mais distante, terão as empresas de aviação, caterings, escritórios de empresas aéreas, locais de manutenção e, como explicou Aluízio Margarido, o governo incentiva embriões, ou seja, escritórios subsidiados para empresas novas que queiram prestar serviços ao aeroporto. E por último, o terceiro anel, que conta com grandes empresas e corporações. “Pensado na Aerotrópolis de Viracopos, tudo o que temos está no papel ainda, como a pesquisa de vocação e um novo sistema viário interno no aeroporto. Estamos também tentando trazer algumas empresas que funcionem bem dentro desse sistema como, por exemplo, de courier. Já acertamos a instalação de um hotel com 450 quartos com a bandeira TRYP, temos a previsão de fazer um hotel 5 estrelas sobre o terminal e um centro de convenções que já esta programado”. Além disso, o diretor comercial de Viracopos também comenta sobre a possibilidade de trazer indústrias de transformação e aponta um exemplo, “com a chegada ao Brasil de componentes eletrônicos de um tablet, que hoje precisa seguir pra uma fábrica da
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Aeroporto Internacional de Guarulhos
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Aerotrópolis no Brasil
Aeroporto Internacional de Viracopos
Aerotrópolis
região para montagem, se tivermos um espaço para realizar essa operação no aeroporto, há uma economia em transporte, segurança e de tempo. É preciso ter espaço, que é uma vantagem de Viracopos e por isso, acreditamos muito nesse projeto da Aerotrópolis”, finaliza Margarido. Aliado a esta realidade está o Aeroporto Internacional de Guarulhos que também adere ao conceito do ‘cidade-aeroporto’ e começa a trazer novidades à respectiva região. “A concessionária investirá cerca de R$ 6 bilhões durante o período de concessão, até 2032. Mas tais investimentos estão relacionados principalmente ao novo terminal de passageiros (TPS3), edifício-garagem, reforma e alargamento das pistas, retrofit dos Terminais 1 e 2, acessos viários internos, além de melhorias na atual estrutura. Além do novo Terminal de Passageiros (TPS3), que entra em operação em maio, e do edifício-garagem, inaugurado em maio do ano passado,
o plano diretor do aeroporto prevê a construção de hotéis – um no TPS3 com 50 quartos para passageiros em conexão, outro ao lado do edifício-garagem, com cerca de 350 quartos; mais edifícios-garagem, centro de convenções, torres empresariais, shopping center, entre outros empreendimentos”, conta o presidente do GRU Airport. Mas, os impactos positivos não são somente com relação ao que se pode conseguir para as empresas que estarão presentes em uma estrutura multimodal como esta, pode-se ainda agregar valor e impactar significativamente no desenvolvimento da cidade em questão. “No entorno temos grandes empresas de tecnologia, empresas automotivas e indústrias farmacêuticas e químicas. Ou seja, todas as vantagens para criar um aeroporto cidade lá dentro. Hoje, Campinas está com um projeto para refazer todo plano diretor da cidade, ou seja, plano de leis de constru-
ção, plano viário e de transportes. É um momento de ouro, para que a gente possa sentar e mostrar para a prefeitura o que vai acontecer no aeroporto, como ele vai crescer de dentro para fora, onde vão ser os vetores de crescimento e, ao longo de 20 a 35 anos, como o entorno deve ser para que se cresça esse aeroporto”, salienta Aluizio Margarido. Já em Minas Gerais, acreditam que vá existir um aumento da competitividade das empresas instaladas no Estado. Para a região eles buscam atrair empresas intensivas e de tecnologia. “É um novo conhecimento para Minas Gerais como o centro de manutenção da Gol Linhas Aéreas, o centro de manutenção da Azul, a Embraer, a central de análises nacional do Laboratório Hermes Pardini, o Resort Reserva Real; condomínios residenciais; condomínios comerciais/logísticos e hotéis. Atualmente, foram investidos aproximadamente 3 bilhões de reais na região”, conta o superintendente Danilo. Guarulhos têm outros desafios para o desenvolvimento de sua ‘cidade-aeroporto’, “para viabilizar todos os projetos previstos para o aeroporto, uma parte dos investimentos virá dos próprios acionistas da concessionária. Os empreendimentos mais ligados ao desenvolvimento imobiliário do sítio aeroportuário, como hotéis, centro de convenções, torres empresariais e shopping center, por exemplo, serão negociados com grandes incorporadoras e empresas do setor. Já os projetos de mobilidade urbana devem vir do poder público. O governo do Estado de São Paulo, por exemplo, já iniciou as obras férreas na Linha 13-Jade da CPTM, cujo projeto prevê uma estação próximo ao Terminal 4. E também está em andamento o Trecho Norte do Rodoanel, que terá uma alça de ligação com o aeroporto”, conta Antonio Miguel. Para o Aeroporto de Viracopos um dos desa-
Aluizio Margarido, diretor comercial de Viracopos
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fios é relacionado a questões culturais: “Entrevistamos centenas de empresários para trazer um supermercado para o terminal. Mas, temos um problema cultural. Quando você pergunta em um supermercado sobre a possibilidade de montar uma unidade no aeroporto, a resposta é: ‘imagina, isso não existe’. Mas, quando você vai à Holanda ou Alemanha, tem até açougue dentro do aeroporto. Hoje temos 12 mil funcionários trabalhando e logo vamos ter 25, 30 mil funcionários, e eles sairão do trabalho e podem passar em um açougue, farmácia ou nos restaurantes e hotéis que vão estar ali no aeroporto. Temos uma barreira cultural que precisamos quebrar. Ainda é mais fácil de conversar com empresas internacionais que já tem essa experiência lá fora, e vão pegar os melhores lugares”, explica diretor comercial de Viracopos. O Aeroporto de Belo Horizonte precisou realizar algumas modificações para que a Aerotrópolis pudesse ser instalada como: a transferência dos voos domésticos do Aeroporto da Pampulha para o AITN; atração de voos internacionais; o aumento da conectividade com as principais cidades do Brasil; a construção do aeroporto Industrial; a implementação de um sistema viário que permitisse um acesso rápido do AITN ao destino final de passageiros e carga; um projeto para implantação de transporte sobre trilhos do centro de Belo Horizonte ao AITN; atração de empresas dependentes do modal aéreo para a região, com foco nos setores aeroespacial e defesa, TI, Life Science e eletroeletrônicos; implantação do centro de tecnologia e capacitação aeroespacial e por fim, governança ambiental. “O Aerotrópolis de Belo Horizonte esté em desenvolvimento, entretanto, já sendo reconhecida como tal, sendo a primeira da América do Sul”, finaliza o superintendente de Minas Gerais.
Danilo Colares de Araújo, superintendente de projetos especiais do Governo do Estado de Minas Gerais
Antonio Miguel Marques, presidente do GRU Airport
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Aeroporto Internacional Tancredo Neves - AITN
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Aerotrópolis
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Ranking - VCP
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Ranking - GRU
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Estatísticas - Porto de Santos
Porto de Santos tem movimentação recorde no trimestre Exportações e importações superam mesmo período do ano passado O Porto de Santos totalizou 10.444.475 toneladas em março último, melhor marca para o mês e um aumento de 11,12% com relação a março do ano passado (9.399.252 t). As importações chegaram à marca de 2.815.313 t, 8,58% acima de março de 2013 (2.592.789 t). As exportações somaram 7.629.162 t, aumento de 12,09% no cotejo com março do ano passado (6.806.463 t). A movimentação do trimestre foi recorde (25.140.334 t), 1,07% acima do período correspondente de 2013 (24.873.879 t). As exportações, cujo total atingiu 17.503.210 t, superaram em 0,42% o verificado no ano passado (17.430.624t). Já as importações subiram 2,6%, de 7.443.255 t no primeiro trimestre de 2013 para 7.637.124 t em 2014. Os
adubos e fertilizantes foram as principais cargas importadas em 2014 (560.921 t), seguido do enxofre (448.886 t), trigo (397.850 t) e do carvão (346.827 t). Nas exportações, os destaques foram para o açúcar (3.381.099 t), a soja em grãos (5.054.198 t), o milho (751.381 t), o óleo combustível (426.158 t), e o farelo de soja (746.370 t). Foram 516.713 contêineres movimentados até março de 2014 (novo recorde), 7,81% acima do primeiro trimestre de 2013 (479.301 unidades). Chegaram ao porto 251.721 contêineres, 4,5% acima do verificado nos três primeiros meses de 2013 (240.887 unidades). As exportações apresentaram crescimento de 11,15%, passando de 238.414 unidades em 2013 para 264.992 em 2014.
Fonte: MENSÁRIO ESTATÍSTICO DO PORTO DE SANTOS/ Março 2014 - Desenvolvido e elaborado pela DC/SCM/Gerência de Mercados, Estudos e Estatísticas (GCE) - Companhia Docas do Estado de São Paulo (CODESP) / Autoridade Portuária de Santos.
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Eventos
Expo SCALA completa 15 anos Maior encontro do comércio exterior e da logística acontece nos dias 18 e 19 de novembro A feira e ciclo de palestras Expo SCALA chega a sua 15ª edição com muitos motivos para comemorar. Durante os quinze anos de sua realização, o evento acumulou histórias de sucesso e credibilidade. Em 2014, o evento continua a movimentar o mercado com novidades, tendo o patrocínio renovado da Rodovisa Cargas Especiais e a participação confirmada na feira de importantes empresas do setor, como: DHL Global Forwarding, Panalpina, Original Logística, GVW Brasil, AGL Cargo, Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de São Paulo - SINDASP, Rádio CBN, entre outras. Tradicionalmente realizado nos últimos meses do ano, o evento retorna ao mês de novem-
bro, sendo os dias 18 e 19 escolhidos para receber os profissionais, visitantes, expositores, palestrantes e autoridades, na cidade de Campinas. “Em um ano com muitos acontecimentos importantes para a economia do Brasil e do mundo, com certeza, durante a Expo SCALA, teremos a oportunidade de fazer um balanço sobre 2014 e já planejar as ações para 2015”, afirmou Luiz Guimarães, presidente da Comissão Organizadora da feira. A comercialização dos espaços na Expo SCALA 2014 estão avançadas, os interessados em participar da feira ainda podem reservar seus espaços por meio do telefone 19 3743-6609.
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Ásia
Mesmo com a desaceleração, a Ásia mantém 26% da economia mundial Passado o Ano Novo Lunar, expectativa do mercado é que a China, principal economia do continente, se modifique e atinja as metas de crescimento previstas para 2014 Um continente plural em sua economia, cultura e etnias, que se destaca por possuir cerca de 44 países independentes, com 60% da população mundial, dado este que desde às aulas de geografia do fim do século passado são mencionados e, até quem sabe, anos antes; e por fim, detentor de 26% da economia mundial. Mas, como todo grande e múltiplo continente, nem só de soluções e respostas positivas conta seu território, quando o assunto é economia, crescimento e infraestrutura, muitas questões são levantadas, uma delas em relação a China, que de todo o continente, é quem tem afligido economistas e empresários ao redor do mundo. Outras questões relevantes são com relação a mudanças importantes de direção política, como é o caso da Índia, que as vista de uma eminente eleição, terá seu futuro definido entre a continuidade das famílias Gandhi e Nehru no poder ou a troca por um partido de oposição. Não pode-se esquecer também de países com um pouco mais de estabilidade na exportação, mesmo com suas outras crises internas, como a Coreia do Sul ou de outros com expectativas de crescimento após um longo tempo de recesso, como o Japão com sua política de abeconomics, ou seja, uma eco24 | RCN
nomia mais flexível que busca na desvalorização do câmbio uma inflação positiva e, casos além e atuais, como a situação da Rússia com a Ucrânia. Ainda, que com toda diversidade é visto com potencial e importância para negócios e investimentos por muitas empresas, empresários e estudiosos. Este é o caso da empresa Asia Shipping: “Possuímos cinco escritórios próprios na Índia. A Asia Shipping enxerga neste país um potencial de crescimento muito grande para as próximas décadas. Já a retomada do crescimento do Japão é positiva, não somente para os negócios, mas a nível global, pois trata-se
Chayene Martini, professor da Faculdade Metrocamp do Grupo IBMEC
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de uma economia importante para o continente asiático e para o mundo. A desaceleração chinesa não afetará a demanda por commodities, uma vez que o Brasil permanece como parceiro importante deste País”, comenta Alexandre Pimenta, CEO da Asia Shipping. Já o professor Chayene Martini, da Faculdade Metrocamp do Grupo IBMEC, diz: “a Ásia apresenta um dinamismo ainda maior que a média das demais economias, e as questões políticas, são mais preocupantes do que as econômicas. Dentro deste contexto, e para além, a Ásia é o caminho do futuro e não deve deixar de ser essa promessa econômica, que se tornou e que se amplia mesmo em tempos de crise”. Já a empresa Original Logística garante que este mercado é de grande importância pelo volume que é importado por ela e seus cliente: “para nós ainda é o maior mercado em volume de containers de importação. Creio que nossos clientes ainda dependerão da matéria prima fornecida por estes países por muitos anos. Enquanto o preço for atrativo as importações virão destes países”, comenta Eder Desidério, diretor da empresa. E com relação particular aos recentes acontecimentos na Ucrânia, Desidério se posiciona: “a questão da Rússia e da Crimeia são importantes. Pois, envolvem as principais nações européias que dependem do gás russo para movimentar suas indústrias. Um conflito na região atingiria economicamente o mundo todo e entendo que afetaria nossos negócios rapidamente. Já as empresas indianas, especialmente para a Original Logística, tem se tornado excelentes parceiros de negócios; acabamos de fechar um acordo para assessorar uma grande empresa indiana e montar www.cargonews.com.br
uma fábrica de insumos para a indústria farmacêutica no sul de Minas Gerais”, comemora. Em particular, a China é um dos países que podemos destacar deste bloco, com a principal economia do continente. Dela partem grande parte das importações feitas pelo Brasil e para lá também seguem as maiores partes de nossas exportações. O que não deixa mentir são os últimos balanços de 2013, realizados e divulgados pelo Ministério do Comércio Exterior (vide gráficos).
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Mesmo assim, este é um momento sensível para o país, que continua sofrendo com as consequências de crises internas, política, territorial e de crédito. Fazendo uma breve retomada ao passado, o país asiático surpreendeu o mundo quando mostrou grandes mudanças com as reformas em 1978. Chegando até mesmo a ser reconhecido por alguns especialistas como ‘a nova oficina do mundo’, isso com relação a sua franca expansão na área industrial. Na época, os investimentos nas indústrias estatais, a geração constante de empregos e o aumento do crédito, eram considerados de extrema importância para que sua demanda mundial fosse atendida. Conforme o momento e as necessidades surgiam no mundo, um novo investimento era disponibilizado para que a indústria pudesse atender novamente. E assim segue até meados do ano de 2013, quando houve uma gradativa desaceleração em sua produção e consequentemente em sua economia. “Há dentro do debate acadêmico, uma projeção de que a ‘crise’, mais especificamente na China, se deva a problemas de infraestrutura que mesmo contando com investimentos maciços, apresenta gargalos estruturais como, por exemplo, a geração de energia”, comenta 26 | RCN
o professor Chayene. Ele menciona ainda que segundo algumas fontes, o país chegou a construir cerca de 22 mil represas desde a década de 50 e agora volta a se expandir neste sentido. Mas além disso, outro cenário que justificaria a crise para o professor é referente a produção que é feita à fronteira das capacidades de produção, sem uma reserva de mão de obra para dar continuidade a expansão econômica e, unido a isso, a desvalorização monetária que atrai os olhos do mundo e não inibe as exportações. “Não obstante, mesmo com um dos piores PIB per capita, o desenvolvimento das últimas décadas, implicou na ascensão econômica de algumas classes sociais, elevando o padrão de consumo e consequentemente, o custo de vida. O que força um controle inflacionário do governo. Essas variáveis podem levar a uma restrição nas linhas de crédito e ocasionar um aumento no nível de desemprego”, explica o professor. Aliado a isso, o feriado do Ano Novo Lunar, que iniciou 2014, também chegou a assustar alguns especialistas e investidores por uma queda ainda mais acentuada no crescimento do país. Mas de fato o que acontece na China, não está somente relacionado a valores, mas também a mudança do comando www.cargonews.com.br
do país que ocorreu no fim de 2013. Com isso, um novo posicionamento econômico vem sendo tomado na direção da transição de um modelo pautado somente em exportações e investimentos, para um novo que além do que já se é realizado, prioriza o consumo interno. O que nos leva a um questionamento: quem deverá suprir e auxiliar nas demandas de consumo interno chinês? Eles possuem recursos suficientes para suprir as demandas de construção, transporte e outros bens de consumo interno? Talvez esse seja o ‘ponto cego’ que as empresas que exportam para a Ásia devam começar a observar com mais atenção. A importância do continente para empresários mostram um olhar apurado e partidas de pontos de vista diferenciados, como para a Asia Shipping, “são basicamente dois motivos, primeiro porque a China é um país que possui mais de
1 bilhão de habitantes, por isso possui uma grande necessidade de consumo. E o segundo motivo é que acreditamos que a China vai continuar sendo o principal parceiro comercial do Brasil. A Asia Shipping Logística Integrada possui um setor especializado em exportação marítima. Nosso volume de cargas para a China cresce anualmente”, conta o CEO da empresa. A Original Logística traz outros motivos que se relacionam aos preços menores, a flexibilidade no fornecimento e a infraestrutura logística que garantem a sua competência a todo o momento, em constante modernização, e salienta que acredita que este novo posicionamento pode atrair mais possibilidades, uma vez que alguns países asiáticos também já adotaram esta política comercial e tornaram-se mais competitivos. “Na Ásia já existem vários países com a economia interna em franca expansão e assim
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mesmo continuam sendo grandes competidores na exportação de manufaturados. Posso citar: Coreia do Sul, Cingapura e Indonésia. Estes países conseguiram um equilíbrio econômico que lhes permite pagar salários mais realistas e justos, mantendo-se competitivos no mercado mundial. A produtividade
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e modernidade são a chave deste processo e creio que a China continuará sendo competitiva por algumas décadas ainda”, conta Desidério. Já para a companhia aérea Emirates, apesar da desaceleração, ela continua atuando de maneira presente na Ásia. “Possuímos vôos diretos para Shangai, cerca de um ou dois por semana”, explica o vice-presidente de Otimização de Cargas, Pradeep Kumar. Apesar da situação de desaceleração ser um tema difícil, a Emirates não acredita que seja muito complicado de resolver: “nós conseguimos equalizar carga e passageiros em um único avião e isso nos facilita. O que pode se tornar um problema para algumas das outras operadoras é exatamente esta divisão, pois possuem aviões separados para carga e passageiro. Além disso, os padrões altíssimos da Emirates são muito atrativos. Nossos aviões grandes que possuem capacidade maior de carga e nossa conectividade entre variados pontos também ajudam nisso. Por exemplo: temos três vôos diários para uma localidade e de lá saem mais dois pra outros lugares, isso é o que ajuda a Emirates na distribuição da carga com mais facilidade e agilidade”, explica. E diante de tais argumentos levantados, Chayene Martini finaliza: “a China continuará seu crescimento mesmo com as atuais crises, dado que boa parte delas se dá na esfera financeira e a China investe cada vez mais na esfera produtiva. O descolamento do investimento produtivo para o especulativo não parece ser o agravante econômico no caso chinês, uma vez que a economia chinesa cresce em ritmo acelerado há mais de duas décadas, chegando a patamares de quase dois dígitos de crescimento anual. Recentemente, recuou algo em torno de 7%. Essa redução acaba gerando uma expectativa de que nos próximos anos, o crescimento seja mais baixo e, como o país é detentor da segunda maior economia do mundo, sua desaceleração pode, e é razoável, levar a pensar, que países que exportam para a ele venham a sentir um impacto”. Mesmo com expectativas de queda no crescimento, a operadora aérea Emirates também acredita que o continente asiático ainda é um mercado importante no qual vale a pena se investir, segundo Pradeep, o aumento do mercado interno na China não torna a região com menos www.cargonews.com.br
Ásia
valor, muito pelo contrário, ela continua sendo uma área interessante para se investir e completa, “o momento de aumento do poder de compra da população chinesa gera oportunidades de importação e exportação para estes mercados e o fato de a Ásia ser uma espécie de grande fábrica do mundo, mantém o crescimento não apenas na China, mas em outros mercados como Bangladesh e Indonésia, que cada vez mais recebem sedes de grandes fábricas que buscam uma boa relação custo benefício para
sua produção”. O CEO da Asia Shipping Alexandre Pimenta ainda destaca aspectos comerciais muito importantes que são encontrados na Ásia: “quanto às importações, a maioria das fábricas no mundo está localizada neste continente, não havendo perspectivas de migração da China para países como Vietnã ou Camboja; exceto algumas fábricas que produzem mercadorias específicas, têxtil e produtos de baixo valor agregado que, após a mudança, continuarão atuando na mesma região”.
Via comercial entre China e Brasil Ao falar sobre a influência da China no Brasil e suas relações comerciais, alguns especialistas de mercado trazem à tona informações ou expectativas sobre a qualidade e a importância desta união durante os eventos mundiais, que estão às portas do solo brasileiro, e que podem gerar um aumento de exportações para o Brasil, elevando nossa economia. “Vejo nessa parceria uma possível mudança estrutural na ordem econômica. Alguns economistas arriscam dizer que até 2020, ou seja, em seis anos, a China se tornará a maior economia do mundo. Se isso se realizar, de fato, o Brasil acompanha essa mudança constitutiva nos polos econômicos mundiais”, comenta Chayene Martini. Atualmente, as principais transações comerciais entre Brasil e China são na exportação de minérios, cinzas, perecíveis como sementes, frutas e grãos, combustíveis, óleos e cereais minerais e
Eder Desidério, diretor da Original Logística
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animais. Na importação os carros chefe são as máquinas, aparelhos e materiais elétricos, caldeiras, instrumentos mecânicos, ferro, aço, produtos químicos e orgânicos, automóveis, partes e acessórios automotivos. Segundo o professor Chayene, a redução no ritmo do crescimento chinês deverá implicar no Brasil, se a China reduzir seus volumes de importação, mas como explica o professor, outros produtos são anunciados com boas possibilidades. “Com a queda da demanda chinesa, os preços tendem a cair. Não obstante, segundo o presidente da Vale, Murilo Ferreira, o minério brasileiro pode ter o benefício da qualidade por propiciar menor consumo de carvão (o que é bem-vindo em termos ambientais) e os chineses anunciam que vão bater este ano recordes na produção de aço e no consumo de minério de ferro, entretanto, ainda não vejo um cenário negativo”, completa.
Pradeep Kumar, vicepresidente de otimização de cargas da Emirates
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Ásia
Samsung apresenta seu novo negócio em logística focado nos mercados do Brasil e Ásia Atualmente 95% das importações da SDS são do mercado asiático Fundada na Coreia, a Samsung Data Systems -SDS é uma empresa criada pela Samsung, a princípio, para suprir necessidades em TI. Mas, acabou se desenvolvendo para atender também ao mercado logístico, após observar que neste último mercado existia uma oportunidade de investimento e necessidade para empresas que trabalham no ramo tecnológico, que não eram totalmente atendidas pelas empresas existentes. “Essa demanda não surgiu somente pelo mercado eletrônico. Surgiu pela necessidade da redução de custos nos serviços logísticos pela indústria, que deixava de focar em seu objetivo principal de produzir para controlar serviços logísticos. Além disso, a SDS também atua no mercado de TI consegue reagir rapidamente na integração e desenvolvimento de
Samsung SDS
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ferramentas para este gerenciamento, entregando melhores resultados e controles atingindo redução de custos para as indústrias”, conta Horácio Leite, diretor executivo da AGL Global Forwarding Logística que é prestador de serviço na cadeia e atua em parceria com a SDS há um ano e com a Samsung há mais de 10 anos. Com know-how no mercado de tecnologia, a SDS oferece os melhores contratos de frete internacional, negociações de armazenagem e distribuição dos produtos. “A SDS está atuando com planejamento, execução e consultoria de otimização, diagnosticando e definindo plano estratégico de logística, inovando e automatizando serviços ao longo de todo o estágio da cadeia de suprimentos”, completa o diretor executivo da AGL. A empresa, que já atua no mercado internacional, está presente no Brasil desde 2013, com sede em São Paulo e pretende atender a América do Sul nas demandas de logística, utilizando seu próprio sistema de solução logística CELLO, que faz gerenciamento do frete internacional, desembaraço aduaneiro, armazenagem e distribuição nacional. Além desses serviços, também há atendimento em outros setores como embalagens. O sistema criado pela
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SDS, CELLO, tem como foco facilitar a integração das necessidades do cliente em logística com a fábrica, o que permite que um provedor solucione todas as demandas. Com foco no mercado asiático, Horácio traz um dado e explica: “Podemos dizer que 95% das importações da SDS são do mercado asiático e as exportações vão para o a Ásia e América do Sul”. Uma vez atuando dentro de um dos maiores detentores da economia mundial, a SDS vê grandes oportunidades para o Brasil incrementar os negócios com o mercado asiático como um todo. “Com o leque de serviços da SDS, são vistas oportunidades de fornecer às indústrias e ao governo, serviços na parte de TI como Data Center, Gerenciamento de Redes, Sistemas Integrados como eletricidade/ eletrônica/semicondutores, química, infraestrutura e cultura; Logística Integrada, sempre prestando
atenção para fornecer valor aos seus clientes e aumentar a sua competitividade. Com isto em mente, a SDS oferece consultoria de negócios para empresas startups, integração de sistemas de informação, outsourcing de aplicações e serviços de infraestrutura, incluindo os centros de dados e redes. Usando todo o conhecimento e experiência no setor para apoiar o crescimento contínuo e inovação do negócio do cliente 24 horas por dia, todos os dias do ano”, explica Horácio. E para finalizar, o diretor executivo conta que o mercado logístico de hoje é carente em soluções que integrem todas as necessidades do cliente ‘door to door’ e é exatamente este o serviço que a SDS oferece às indústrias de tecnologia e que pretende abrir a outras segmentações de mercado: “a SDS está aberta e pronta para atuar em todos os mercados, como automotivo, fármaco, agronegócio, infraestrutura e outros”, finaliza.
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Coluna
China, Sustentabilidade e Reflorestamento A China, que nas últimas décadas tem se destacado como uma economia com altas de crescimento econômico e pouca preocupação com as conseqüências ambientais deste processo, esta passando por uma rápida transformação e se tornando referência em questões de reflorestamento e, não será surpresa se também o for, em questões de sustentabilidade, em um futuro próximo. A atividade reflorestadora na China é recente, no passado o país ampliou suas áreas em processo de desertificação com uma ocupação econômica sem se preocupar com critérios ambientais. Este panorama esta mudando. Atualmente o país já possui mais de 60 milhões de hectares de florestas plantadas, e conta com um ousado plano de ampliar esta área significativamente, (tirei o e) seu índice de desmatamento esta próximo de zero. Sendo assim, com uma taxa de recuperação da cobertura vegetal maior que a degradação, a China esta recuperando áreas verdes em consonância com um mundo preocupado, cada vez mais, com as questões ambientais. Cabe destacar que se trata de um país com pouca cobertura florestal que, no entanto, utilizou em demasia o carvão com fonte de energia. Com o aumento dos desequilíbrios ambientais, a política chinesa vem atuando para mudar esta realidade. A meta ambiciosa de reflorestamento tem como função, além de garantir a oferta de madeira, dar conta da recuperação de áreas degradadas, de proteger mananciais e áreas produtoras de água e, ao mesmo tempo, garantir o fluxo de água para a produção de energia e consumo humano. Em um país com um grande contingente populacional e em rápido crescimento industrial, a água é um insumo fundamental, e deve ser observada como tal. No Brasil, país rico em cobertura florestal, a taxa de desmatamento tem se mantido alta e a área plantada com florestas esta ao redor de sete milhões de hectares. Com a demanda por madeiras aumentando nos últimos anos, existe uma necessidade premente para se expandir estas áreas de cultivo. No entanto, esta atividade econômica de longo prazo enfrenta forte concorrência com outros segmentos econômicos cuja lucratividade é maior, logo, são necessários incentivos e políticas indutoras para se expandir significativamente estas áreas, o que traria benefícios diretos a indústria, porém, serviria também para enfrentar as graves questões ambientais que o país
Adauto Roberto Ribeiro
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e principalmente suas áreas mais populosas enfrentam. Não se priorizando estas questões, a pressão sobre áreas florestadas aumenta e a taxa de desmatamento não recua. Em suma, no Brasil, ao contrário do movimento que esta acontecendo na China, se desmata e não se repõe. O desmatamento é um problema ambiental mundial, dado que o crescimento da população e da urbanização tem impulsionado uma forte demanda por recursos e serviços ambientais. Esta pressão de demanda afeta mais diretamente as nações menos desenvolvidas, fornecedoras em potencial, de bens baseados na extração de recursos naturais no mercado mundial. Neste contexto, a visão de inesgotabilidade ligada aos recursos naturais não mais se verifica, a exploração acelerada efetuada por décadas esta cobrando seu preço. O recurso extraído com custo baixo deixa enormes passivos ambientais, não assimilados por quem explora, mas com efeitos de longo prazo para toda a sociedade. Assim, a degradação ambiental, oriunda de um processo exploratório, gera externalidades negativas que deverão ser incorporadas por todos os demais setores econômicos, o que significa aumento do custo social para se despoluir, captar e tratar água, em suma, para se recuperar o ambiente degradado. Os problemas com abastecimento de água nas grandes metrópoles do Brasil, bem como as enchentes recorrentes, o assoreamento de rios e lagos, e outros distúrbios ambientais, apontam para a necessidade de uma política mais agressiva de recuperação de cobertura florestal. Não basta tentar conter o desmatamento na Amazônia, com graves problemas ocorrendo no resto do país. É preciso atuar nas regiões com maior urbanização. Recuperar cobertura florestal, estabilizar encostas, proteger mananciais, enfim, atuar para aumentar a oferta de água de boa qualidade. Estes investimentos terão como beneficiários as próximas gerações, e poderão garantir a expansão dos investimentos e dos empregos, que poderão faltar em um futuro próximo, caso este insumo escasseie cada vez mais. Não se trata de um ciclo de produção de curto prazo, mas sim de uma mudança estrutural de longo prazo, e tem tudo a ver com sustentabilidade. No fundo, o que importa é a tomada de consciência de que, tanto aqui como na China, a água é um insumo importante demais para ser usado sem critério e sabedoria.
Docente e diretor da Faculdade de Ciências Econômicas da PUC Campinas
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Opinião
A COPA DE 2014 No jargão popular, quando falamos: “jogo de copa” queremos dizer que é jogo duro, disputado, quando o jogador tem que “dar o sangue”. No Brasil, a Copa que todos queriam não acontece e não vai acontecer. O Brasil pode até ganhar a Copa no campo de futebol, mas no campo ético, no planejamento, no respeito com o dinheiro – o nosso dinheiro, seu, meu, de seu filho - já perdemos. E perdemos de lavada! É duro assistir aos casos de gasto descontrolado de dinheiro público em estádios construídos para os jogos do mundial, assim como o caso da Petrobrás, entre outros. Veja bem, o Brasil foi escolhido como país da Copa em 2007, tivemos sete anos para fazer o dever de casa. No caso dos aeroportos, se não tem uma saída pela tangente como a “privatização”, porém com outro apelido, estaríamos expostos ao ridículo. Mesmo assim feito às pressas, na correria e na “Hora H”, ainda haverá obras pela metade ou “quase pronta” para os otimistas. Apenas 26% das obras de mobilidade urbana programadas saíram do papel e menos da metade foi concluído segundo a ONG Contas Abertas. Segundo o economista da FIA, Carlos Honorato, essa falta de planejamento é problemática, a prioridade pode sair do campo da infraestrutura como portos, pontes, rodovias, ferrovias. Uma cidade como a de Campinas/SP que, apesar de privilegiada, não possui nenhuma obra de mobilidade urbana planejada em curto prazo, apenas alguns espasmos de VLT, BRTs, monotrilhos entre outros, mas efetivamente nada. E olha que a cida-
Luiz Antonio Guimarães
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de é sub sede da Copa e vai receber 2 seleções. É preocupante, pois isso não exclusividade da cidade campineira. É como aquela historinha do cachorro que estava na carroceria de um caminhão de mudança e quando o motorista parou para beber água em uma fonte e o cachorro desceu. Quando o motorista já havia matado sua sede, subiu na boleia do caminhão e foi embora. O cachorro, sem perceber, acabou no meio da estrada observando o caminhão que se afastava sem nada poder fazer, e ele com aquele olhar triste e perdido de quem ficou para trás. Esse é o olhar do Brasil, triste e perdido. Perdemos a oportunidade de nos fixarmos firmemente no cenário internacional de grandes eventos. O que foi gerado sobre o Brasil na mídia internacional e ainda vai ser gerado não tem preço e o prejuízo é alto! Alto, muito alto! Um país onde se tem campanha política de dois em dois anos e que seus pré-candidatos lançam seus nomes um ano antes não pode ser sério. Mas amigos, nem tudo esta perdido, o Bradesco lucrou R$ 3.4 bilhões no primeiro trimestre (lucro líquido). Sinal de que, para alguns, o Brasil anda muito bem. Aproveito para parabenizar os Despachantes Aduaneiros, classe que, há 164 anos, vem sendo um vetor importante no desenvolvimento do comércio internacional do Brasil. Destaco a atuação do Sindasp, sindicato da classe no estado de São Paulo pelo excelente trabalho que vem realizando. Pra frente Brasil!
Publicitário, consultor em comunicação e marketing
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Acadêmico
Autores: Mariana Rebuski Sotier Paulo Sérgio de Arruda Ignácio LALT – Laboratório de Aprendizagem em Logística e Transportes Faculdade de Engenharia Civil – UNICAMP
Melhorias em uma embalagem primária de matéria-prima para fabricação de cosmético bucal instalação tanque para armazenagem do material e o gerenciamento dos níveis de estoque desse material. Na produção da pasta dental, muitas materiais-primas são importadas e após a nacionalização de um dos principais componentes da fórmula foi possível identificar a oportunidade para trocar a embalagem de tambores de 280 Kg para granel de 24m³ (30 tn). A idéia surgiu há três anos, porém o material era proveniente da França, o que inviabilizava o projeto em função das restrições de qualidade relacionadas ao tempo de entrega e riscos de transporte. Um fornecedor local foi desenvolvido e qualificado, no interior do Estado do Rio de Janeiro, com atendimento a capacidade e aos requisitos da qualidade, para entregar o material em caminhões pipa de 24m³. Este projeto se justifica porque a troca de embalagem gera uma redução de custo (considerando um consumo médio do material) de 173 mil reais por ano, alinhado com os gastos para investimento na instalação de tanque, com payback desejável de cinco anos, para que o projeto seja considerado viável a empresa, isto levando em conta seu cenário econômico atual no Brasil e a avaliação financeira do empreendimento.
Divulgação
Introdução O Brasil é o segundo maior mercado de cuidados bucais do planeta. O mercado mundial de Higiene bucal se compõe de U$31 bilhões e o Brasil possui 9,2% de market share, atrás apenas dos EUA, com 16,2%. O principal responsável pelo faturamento do mercado de higiene bucal são os cremes e géis dentais. Em 2012 esses itens responderam por 55,8% do faturamento total da categoria e o Brasil emprega nessa categoria 7,4%, U$1,28 bilhões (Revista ABO Nacional, 2013). Observando essa oportunidade de mercado, uma grande empresa de bens de consumo e produtora de pasta dental instalou uma de suas unidades de fabricação no interior do Estado de Minas Gerais, iniciando asa operações em 2010. Esse trabalho tem como objetivo apresentar um projeto para a troca do tipo de embalagem de transporte a granel de matéria-prima para fabricação de creme dental, junto com a instalação de novos tanques para armazenamento. Os benefícios identificados foram redução do espaço ocupado no armazém, redução do custo do material, melhoria do processo de manipulação e utilização do material. Esse projeto considera a
Mariana Rebuski Sotier
Paulo Sérgio de Arruda Ignácio
Especialista em Gestão da Cadeia de Suprimentos e Logística pelo LALT/FEC/ UNICAMP.
Professor da Faculdade de Ciências Aplicadas – FCA/UNICAMP. Doutor em Engenharia Civil pelo LALT/FEC/UNICAMP. psaignacio@fec.unicamp.br
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2. REVISÃO DA LITERATURA A compra estratégica, de acordo com Neves e Hamacher (2004), é um processo que envolve a identificação sistemática das potenciais fontes de fornecimento de itens necessários ao funcionamento da empresa (produtos ou serviços), sempre com o objetivo de aumentar a competitividade da organização. Finalizadas as etapas da compra estratégica, com comunicação ao(s) fornecedor(es) vencedor(es), inicia-se a etapa contratual, onde são estabelecidas as condições de fornecimento, os níveis de serviço, penalidades, multas e condições comerciais. Elabora-se um contrato que deve ser assinado de comum acordo entre as partes. A gestão deste contrato é feita por uma equipe especializada que administra tudo o que foi contratado versus o que está sendo entregue pelo fornecedor. Existem profissionais no mercado que são gestores de contratos, são especialistas no gerenciamento de contratos e fornecimento. Esta equipe analisa se os prazos estão sendo cumpridos, caso não sejam, são aplicadas multas e penalidades que podem variar em valores altíssimos bem como a suspensão do serviço por um determinado prazo. Estes contratos são revistos anualmente, são reajustados, e em cada renovação, o usuário do serviço é consultado, é interrogado para informar sobre o desempenho do fornecedor em sua prestação de serviço. Inicia-se então um relacionamento contínuo e de longa duração entre cliente e fornecedor. Para a compra de embalagens a implicação é imediata, pois o impacto é direto no desempenho da cadeia de abastecimento, em termos de custo sobre o produto acabado. Produtos que possam ser armazenados de forma compacta ocupam menos espaço em armazéns e meios de transporte. Embalagens padronizadas e projetadas inteligentemente serão mais fáceis de serem montadas e com aquelas de outro produto de forma compacta, em paletes, container e outros meios de transporte, reduzindo o custo de armazenagem e movimentação. O uso de contêineres para estocagem e transporte de produtos, junto com os equipamentos adequados para de manuseio de materiais auxiliam na movimentação das cargas unitizadas, principalmente em containers, permitindo a intermodalidade no transporte. Tanques são containers com uma estrutura diferenciada que permite transportar ou armazenar cargas líquidas (perigosos ou não) e gases. Os processos de armazenagem são fundamentais para oferecer a disponibilidade de recursos frente às demandas de uma organização, pois um bom controle do armazém permite o rápido resgate de materiais e a gestão eficiente dos recursos. Um tanque de armazenamento, também designado por reservatório, é um recipiente destinado a armazenar fluidos à pressão atmosférica e a pressões superiores à
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atmosférica. Na indústria de processo, a maior parte dos tanques de armazenamento são construídos de acordo com os requisitos definidos pela característica do produto a ser armazenado. 3. METODO 3.1. Avaliação Financeira Considerando os valores de investimento e os benefícios de custo no desconto do material a granel, foi realizada uma análise financeira para confirmar a viabilidade do projeto. A avaliação consiste no cálculo do Valor presente líquido (VPL) e taxa de retorno no investimento (TIR) na instalação de tanques de armazenamento, que requer investimento financeiro. Uma vez concluído que o projeto possui valores satisfatórios de VPL e TIR, é possível desenvolver e executá-lo. O Valor Presente Líquido (VPL) é a diferença entre o valor investido e o valor resgatado ao fim do investimento, trazidos ao valor presente. Se VP for positivo, então o valor investido será recuperado e haverá um ganho. Se VP for zero significa que aplicar ou não fará diferença. Agora se VP for negativo significa que o investidor estará resgatando um valor menor que o valor investido, então não se deve aplicar neste investimento. As seguintes fórmulas representam essa interpretação do VPL.
onde, VPL – valor presente líquido; C0 – investimento inicial; Ci – Fluxo de caixa no período i; r – taxa de desconto (igual ao custo de capital de empresa); i – período;
A Taxa Interna de Retorno (TIR), é a taxa que relaciona o valor investido com o valor resgatado ao fim do investimento. Ou seja, a taxa necessária para trazermos o valor final do investimento para o valor presente e este seja igual ao valor investido. Para calcular o TIR temos que procurar a taxa que zera o VPL, Para isso devemos aplicar o método de aproximações sucessivas ou método numérico de tentativas e erros. Devemos atribuir um valor para i e calcular o VPL, se VPL for um valor alto atribuímos um valor maior para i. Fazemos isso até que VPL seja zero. Outra forma mais utilizada é aplicar os recursos disponíveis no Exel.
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Acadêmico
3.2. Desenvolvimento e Gestão do Projeto O método de gerenciamento de projetos foi aplicado, que pode ser descrito como a aplicação de conhecimentos, habilidades, ferramentas e técnicas as atividades do projeto a fim de atender as suas demandas, sendo realizado por meio da integração dos seguintes processos: iniciação, planejamento, execução, monitoramento e controle, e encerramento (PMI,2008). No atendimento ao método, foi definido o escopo do projeto e as etapas a serem seguidas para a execução do mesmo. O fluxo de trabalho demonstrado aqui representa as etapas de iniciação e planejamento e um breve resumo das etapas seguintes: execução, monitoramento e controle, e encerramento, que futuramente serão concluídas. 4. APLICAÇÃO PRÁTICA 4.1. Avaliação financeira O requisito mínimo para a execução de um projeto é o calculo do VPL e o seu valor deve ser positivo. Os resultados de analise financeira considerou um consumo médio de 2371 toneladas de material por ano e um tempo total para payback em cinco anos. Para cada ano foi estabelecido um consumo de material (estimativa de consumo fornecida pelo time de S&OP, sobre um valor fixo médio), a redução de custo associada (valor por tonelada de material comprado sob novo custo) e o custo de manutenção do novo sistema fornecido pela empresa produtora do material (energia, pessoas dedicadas, sistema automatizado etc.). Esses valores geram então o Resultado Bruto, no final de cada ano, que ao ganho do ano anterior, resulta no fluxo de caixa final do ano presente. Finalmente para o calculo do valor presente líquido é necessário a taxa de desconto (padrão da empresa é fixa em 8%) e os valores do resultado esperado no final de cada ano, seguindo a equação (2), descrita anteriormente. Seu resultado foi de 187 mil reais, e sua taxa de retorno 34%, logo, um ótimo investimento a empresa. 4.2. Desenvolvimento do Projeto 4.2.1 Iniciação Essa fase consiste no processo que formaliza a existência do projeto, definido os objetivos e escopo inicial, nomeia o gerente do projeto e autoriza a mobilização de recursos na organização para sua realização. O termo de abertura do projeto, denominado Project Charter, foi criado listando a justificativa do projeto, os objetivos, requisitos e riscos de alto nível, resumo do cronograma e orçamento, critérios de sucesso do projeto, gerente do projeto e envolvidos. Também foi desenvolvido o documento de identificação das partes interessadas no projeto, pessoas ou organizações, que serão afetadas pelo projeto.
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4.2.2 Planejamento Esta etapa determina com melhor grau de precisão, o que deve ser feito, por meio da declaração de escopo e como deve ser feito, por meio do plano de gerenciamento de projeto. As definições são registradas em uma linha de ações, que é o plano sob o qual os resultados serão conferidos. O EAP - Estrutura Analitica do Projeto, é uma forma visual de demonstrar o processo de subdivisão das entregas e do trabalho do projeto em componentes menores e mais facilmente gerenciáveis. O primeiro item do EAP - Negociação com o Fornecedor de Material, pode ser subdividido em três entregas de resultados: 1.1 Preços do material em diferentes apresentações (Embalagem): onde é requisitado/ confirmado a quotização para o material entregue em tambor e em caminhão pipa. 1.2 Validação do processo de entrega em caminhão pipa: onde é acompanhado o carregamento do material, avaliado o tipo de caminhão, a lavagem que ele recebe antes de ser carregado, a forma como é transportado, a rota e as condições de temperatura, confirmando que não há riscos para o material e conseqüentemente o produto final. 1.3 Revisão do contrato/ acordo comercial na nova forma de entrega: avaliado as etapas anteriores, e posteriormente validado o novo fluxo de recebimento, o contrato de fornecimento de material é revisado com o novo valor e novas condições comerciais. O segundo item do EAP - Instalação dos Tanques tem como suas entregas principais: 2.1 Validar a proposta de Investimento: é revisada a proposta de investimento, as aquisições listadas e a empresa selecionada 2.2 Aprovar o investimento e escopo do projeto: através do termo de abertura do projeto, o escopo e a analise financeira é solicitado a aprovação do investimento para as áreas regionais de Finanças e Operacional. 2.3 Gerenciar a obra de instalação dos Tanques: essa etapa é realizada diretamente pelo Diretor industrial da planta, com o acompanhamento do Gerente do projeto em relação às datas e realização das atividades menores. O último item que compõe a EAP - Gerenciamento do Novo Fluxo, apresenta os seguintes componentes do projeto: 3.1 Validar o novo Fluxo de Recebimento: com os tanques instalados será recebido o material, três entregas, para que o processo seja considerado executável e validado para as futuras entregas. 3.2 Coordenar a transição do fluxo atual em tambor para o novo fluxo em Caminhão Pipa e Tanques: depois de validado o novo fluxo, o material dos tambores será consumido e essa forma de embalagem será descontinuada e utilizada somente em casos esporádicos.
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3.3 Contrato de Custo anual de gerenciamento do Novo Processo: o novo fluxo tem um custo anual de manutenção, e por tanto assim que validado o novo contrato da empresa com a planta de manufatura será criado contemplando essa despesa anual. Dando seguimento as etapas para a elaboração de um projeto, os últimos documentos são o Planejamento de Qualidade, o Plano de comunicação e o Registro dos riscos. 5. ANÁLISE DOS RESULTADOS 5.1. Análise Financeira e Custo novo do material O novo custo do material teve um desconto de 0.073R$/tn versus a apresentação em tambor e considerando o custo do investimento e manutenção do novo processo, a avaliação financeira demonstrou ser um bom investimento a empresa com taxa de retorno de 34% e um valor presente líquido positivo de 187mil reais. 5.2. Gerenciamento do Projeto As etapas de Iniciação do projeto e Planejamento do projeto foram concluídas e listadas uma a uma. Nenhum risco crítico foi apresentado, por tanto o projeto apresenta uma base solida para as etapas seguintes de execução, controle e acompanhamento, e encerramento. 5.3. Fluxo de Recebimento Atual x Futuro O fluxo atual de recebimento e armazenamento consiste em: confirmação da chegada da carreta de entrega, conferência dos documentos, conferencia física e inspeção das condições da carga, amostragem, armazenagem geral, aprovação do material “picking” e expedição a produção. São três dias de análises microbiológicas, onde o material fica em quarentena no armazém, mas 150 min gastos nos processos de Tabela 1: Análise comparativa dos resultados
recebimento. O fluxo futuro de recebimento será: confirmação da chegada da carreta de entrega, conferência dos documentos, conferencia física e inspeção das condições da carga, amostragem, armazenagem geral, aprovação do material, “picking” automático e expedição automática a produção. São três dias de análises microbiológicas, onde o material fica em quarentena no armazém, mas 30min gastos nos processos de recebimento. Os resultados comparados da entrega de material em tambor versus à granel em caminhão pipa estão listados na tabela 1 6. CONCLUSÃO O objetivo do trabalho foi atingido e ele apresenta um projeto que engloba a troca de embalagem junto com a instalação de tanque (s) para armazenamento de matéria-prima para creme dental e, conseqüentemente solicita um novo fluxo de recebimento. Depois de feito as devidas negociações de preço com o fornecedor da matéria-prima e as analises financeiras, o projeto foi considerado uma boa oportunidade de investimento e melhoria do fluxo de caixa para a empresa, no período de cinco anos. Com essa certeza foi desenvolvido etapas de inicialização e planejamento do projeto, seguindo as recomendações do PMBOK (PMI, 2008) O novo processo reduz o espaço ocupado no armazém em 96 posições/palete, reduz o custo do material em 0,073 R$/tonelada, melhora o processo de manipulação e utilização do material com linhas automatizadas e controla o nível do estoque automaticamente. A justificativa da troca de embalagem mencionada gera uma redução de custo 173 mil reais por ano, com um payback de três anos. O retorno de investimento para o período de cinco anos considerado pela empresa é de 34% e o valor presente líquido é de 187mil reais. Os riscos associados ao projeto foram identificados e mitigados e o cronograma considera as atividades de contingência e os interesses dos envolvidos. O plano de comunicação foi desenvolvido e após a aprovação da liderança da empresa o projeto pode passar a etapa da execução.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Ballou, R.H. (2006) Gerenciamento da cadeia de suprimentos/ Logística empresarial. Ed. Bookman, Porto Alegre. | Martins, M.J. e Silva, R.L.C. Aspectos atuais da movimentação de contêineres: análises e perspectivas. 2001, 104 f. Projeto de Final de Curso (graduação), Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2001. | Moura, R. A.; Banzato, J. M. (2000) Embalagem Unitização & Conteinerização. IMAM, São Paulo | Neves, Lincoln W. de Almeida; Hamacher, Sílvio (2004) O processo de compras e a logística integrada. Revista Tecnologística: Publicare Editora (São Paulo), pp.145-145, jun. | PMI (2008), Conhecimentos em gerenciamento de projetos (Guia PMBOK). PMI Newtown Square, USA. | Revista ABO Nacional (2013) , Revista 95; materia2, Disponíve em: <http://www.abo.org.br/revista/95/materia2.ph
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