Índice Editorial
Capa | 06
Inovação na ponta dos dedos Empresas do setor investem em novas tecnologias e apps para conquistar novos clientes
Milhagem | 04
Feira Intermodal de 2017 apresenta novidades, assim como a FIB de Portugal, que promoverá novos negócios com a China
Um longo caminho | 06
Pesquisa da CNT revela aquilo que grande parte dos motoristas já sabem: as rodovias brasileiras estão de mal a pior
Novidade em Viracopos | 14
Novo Centro Integrado de Administração e Logística (CIALog) em Viracopos irá agilizar o trabalho dos clientes do terminal de carga
Artigo | 16
Gestão de risco no radar das empresas, por Daniel Gobbi
Opinião | 20
Consumidor X Marcas, por Luiz Guimarães Ano XIV Edição 159 2017
Fale conosco: 19 3234.1390 | redacaocn@cargonews.com.br Presidente do Conselho Editorial: Luiz Guimarães Conselho Editorial: Mariana Zaidan Guimarães | Carlos Varanda | André Feitosa Patrícia Ferreira | Camila Araújo
Expediente Diretora de Redação: Mariana Zaidan Guimarães Coordenador Editorial: Carlos Varanda Diretor de Arte: André Feitosa Texto: Camila Araújo | Carlos Varanda Revisão: Mariana Zaidan Guimarães Fotografia: Divulgação | Shutterstock Executivos de Contas: Patrícia Ferreira Mariana Zaidan Guimarães Financeiro: Patrícia Bonzanino Mídias Sociais: Camila Araújo Circulação: marketing@cargonews.com.br Tiragem: 5 mil exemplares
www.cargonews.com.br
Caros leitores, Em tempos de economia enxuta, um setor ganha cada vez mais destaque: o de tecnologia. Isso porque ele vem se apresentando como a principal alternativa para diminuição de custos, aumento de rentabilidade e otimização de processos. No mercado de transporte e logística investir em novas tecnologias já não é uma novidade, porém, na mesma velocidade que este mercado se desenvolve, as empresas do setor também buscam oportunidades para se destacar, conquistando novos clientes e até mesmo criando novos nichos de atuação. Este é o tema de nossa matéria de capa, que apresenta cases de sucesso de empresas de comércio exterior, do transporte rodoviário e aéreo, e até mesmo de aplicativos, os conhecidos Apps, que ganham cada vez mais destaque por sua inovação. Há também nesta edição outro exemplo no mesmo sentido, onde a preocupação em otimizar processos para seus clientes resulta o primeiro “Poupa Tempo” no setor de carga aérea, o CIAlog do Aeroporto de Viracopos, em Campinas/SP. Em um mundo onde a informação caminha a passos largos e com o advento da tecnologia, investir neste setor é mais do que necessário para acompanhar a constante evolução do mercado e de seus atores. Na Cargo News seguimos o mesmo conceito, por isso o portal mantém uma curva ascendente de crescimento, assim como suas redes sociais, e se tem uma certeza que podemos afirmar nos dias de hoje é: investir em novas tecnologias é igual a falar inglês, não é mais um diferencial, é uma obrigação! Boa Leitura!
@portalcargonews
FanPage: Cargo News
A Cargo News é uma publicação da Editora GR1000. Todos os textos assinados refletem a opinião de seus autores, sendo de inteira responsabilidade dos mesmos. Para solicitações, críticas e sugestões, entre em contato com a redação: redacao@cargonews.com.br.
RCN | 03
Milhagem
04 | RCN
www.cargonews.com.br
Pesquisa CNT
Uma longa estrada Com baixos investimentos, a condição das rodovias para o transporte ainda tem um longo caminho para percorrer No transporte de cargas, a condição das rodovias brasileiras é fundamental para a garantia da eficiência, economia e qualidade dos serviços logísticos prestados. Segundo a Pesquisa CNT de Rodovias da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), divulgada no final do ano passado, 58,2% das rodovias apresentam algum tipo de deficiência, considerando as condições do pavimento, da sinalização e da geometria da via (foram analisados 103.259 km). “O cenário encontrado hoje traz bastante preocupação para a confederação, uma vez que o estudo foi feito de forma visual, ou seja, a metodologia é de acordo com a percepção do usuário mesmo”, explica o coordenador de estatística e pesquisa da CNT, Jefferson Cristiano.
Na divisão das três categorias, 48,3% dos trechos avaliados receberam classificação regular, ruim ou péssimo. Na sinalização, 51,7% das rodovias apresentaram algum tipo de deficiência. Na variável geometria da via foram constatadas falhas em 77,9% da extensão pesquisada. “A CNT entende que essas deficiências se tornam ainda mais graves ao notar que 86% das rodovias avaliadas são pistas simples de mão dupla”, comenta Cristiano. Investimentos Historicamente, os investimentos realizados nas rodovias é baixo. “Em sua grande maioria, foram construídas na década de 70, e hoje, pelos resultados da pesquisa, vemos a incapacidade atual, inadequação e necessidade que demanda esse transporte”, ressalta o coordenador.
Divulgação
Em números, no ano de 2015 o investimento do governo em todos os modais foi 0,19% do Produto Interno Bruto (PIB). Para as rodovias, foram repassados R$ 5,95 bilhões, quase a metade do que o país gastou com acidentes na malha federal – R$ 11,15 bilhões. Em 2016, foram liberados R$ 6,55 bilhões do governo, mas até o mês de setembro haviam sido pagos R$ 6,34 bilhões.
Jefferson Cristiano, coordenador de estatística e pesquisa da CNT 06 | RCN
www.cargonews.com.br
Divulgação
Com condições desfavoráveis, o custo para o transporte de carga cresce, seja pelos acidentes ou um consumo excessivo de diesel pelas transportadoras, chegando a um prejuízo em torno de R$ 2,4 bilhões. Consequentemente, o preço dos produtos também aumenta. “Nos últimos dez anos, a malha rodoviária federal brasileira cresceu em torno de 12%. Já na frota de veículos, tivemos um aumento de 110%, mais uma vez evidenciando que as rodovias não têm sido suficientes para absorver a demanda de carga, transporte e também de passageiro”, destaca Cristiano.
quisa: as condições das rodovias privadas são bem superiores às rodovias públicas, uma vez que os projetos são melhores avaliados, a disponibilidade de dinheiro é bem mais rápida. Identificamos que seria um caminho que possa estimular a geração de emprego, entre outros benefícios que podem fazer com que a economia movimente”, diz Cristiano. Com relação ao que transportadoras e caminhoneiros podem contribuir, o coordenador realça que basicamente é uma função do governo que as transformações aconteçam. “É necessário ter uma visão mais sistêmica do transporte. A CNT defende a integração modal. Hoje o país é mais dependente
Desafios Segundo o coordenador, o grande desafio é a necessidade de proporcionar segurança e eficiência operacional, de forma a economizar esses custos de transportes para que torne o país um pouco mais competitivo no mercado nacional, e na exportação dos seus produtos. “Vemos que as mudanças que ocorreram nos cenários das rodovias brasileiras não foram suficientes para a termos condições adequadas de segurança. Isso revela a grande necessidade de privatização. O caminho que a CNT entende é a necessidade de investimentos privados, o que pode ser identificado até na própria peswww.cargonews.com.br
"É necessário ter uma visão mais sistêmica do transporte" das rodovias, mais de 60% do transporte de cargas do país é pela rodovia, mas é necessário haver uma integração modal, para que se tenha uma eficiência logística. Outro problema grave é a quantidade de órgãos fazendo a regulagem do transporte, são em torno de 14, o que faz com que a tomada de decisão seja mais lenta na prática dos planos de ação. É necessário resolver essas questões mais internas do governo”, finaliza Cristiano. RCN | 07
Tecnologia
Em apenas um clique Na era em que tudo é feito online, empresas de transporte e logística correm para inovar e se manterem conectadas com as mudanças e exigências do mercado Nos últimos anos, a tecnologia e seus recursos se enraizaram no dia-a-dia das empresas. Hoje, se torna praticamente impossível realizar transações, cotações, e até mesmo carregamentos sem utilizar recursos como softwares, aplicativos ou plataformas online. Uma gama infindável de possibilidades para a otimização dos processos logísticos vem surgindo ano a ano. Empresas se preocupam em, ao utilizar novas ferramentas, prestar um serviço cada vez mais eficiente, de maneira a aproximar o cliente da sua carga, ou até mesmo acompanhá-la desde o momento em que sai, até o momento em que chega ao seu destino. É possível calcular, pelo celular, exatamente o tempo de transporte, considerando as condições das rodovias, além do consumo total do trajeto e o custo exato de todo o processo. 08 | RCN
www.cargonews.com.br
Em meio a tantos recursos, transportadoras vêm buscando alternativas para se destacar no mercado, e até novas opções surgem para o deslocamento das cargas, como a contratação e transações totalmente online de serviços de transporte. Com apenas um clique, já é possível assegurar que a carga chegará ao destino final no prazo estipulado, sem a necessidade de assinaturas ou papéis. Um toque na tela do celular e consegue-se ver o trajeto escolhido ou alguma mudança de rota. A seguir, apresentamos alguns exemplos de empresas que buscaram nessa era da informação se adequarem às exigências do mercado, com foco na inovação e conforto para seus clientes. Autônomos em um só lugar Fundada em 2013, a Sontra Cargo é uma plataforma online gratuita para contratação de serviços, e atualmente é responsável pelo transporte de 130 mil cargas rodoviárias por mês. “A metade da movimentação do transporte rodoviário é realizada por caminhões autônomos, foi de onde surgiu a ideia do serviço. A grande parte da contratação é feita por micro ou pequenos empresários”, explica o diretor de marketing da Sontra, Bruno Torres Moreira.
Para maior segurança, as transportadoras se cadastram com o CNPJ ativo na Receita Federal e não ficam habilitadas a publicar carga até alguém da empresa entrar em contato e estar concluído todo o processo de certificação. Já os motoristas se cadastram com o CPF, e recebem qualificações, feitas ao final do serviço. Os que não são bem qualificados são bloqueados. “A Sontra também tem um sistema de chat no aplicativo, onde caminhoneiros e transportadoras podem se comunicar, não necessitando realizar ligações, por exemplo”, complementa o diretor. Com relação aos valores, a Sontra não possui o controle de preço ou tipo de carga, sendo responsabilidade dos caminhoneiros e transportadoras. “As empresas são impulsionadas a reduzir o custo, nós ajudamos, damos orientação, mas não temos o controle. Eles devem negociar”, termina Moreira.
Divulgação
De acordo com ele, o contato das empresas com os caminhoneiros era feito através dos agenciadores de cargas, pessoalmente, em postos de serviço ou no pátio da transportadora. “Por meio da plataforma
online, é possível fazer um matching (combinação) da necessidade do que vai ser transportado, sendo oferecidos os caminhões para o contato”, explana Moreira. Por meio do cadastro, é possível acompanhar e monitorar o posicionamento do caminhoneiro através do aplicativo da Sontra, pela liberação do motorista. Os caminhoneiros, por sua vez, recebem demandas de cargas de acordo com o seu caminhão e proximidade, além de custos do trajeto, como combustível e pedágio.
www.cargonews.com.br
RCN | 09
Tecnologia
Comodidade para os clientes Há 42 anos no mercado de comércio exterior e logística, neste ano a Haidar, como fruto de seu trabalho de assessoria em Comex, inovou mais uma vez. Sempre investindo e preocupada com a tecnologia na gestão dos processos, lançou um aplicativo pioneiro para o acompanhamento dos serviços logísticos e de informação para os seus clientes, garantindo comodidade e ainda mais segurança na supervisão de todas as etapas da carga. Antes, já era possível acompanhar a carga por meio de uma plataforma online, agora o aplicativo chega ao mercado como uma forma de garantir ainda mais conforto e tranquilidade no rastreio e interação com a empresa. Segundo o diretor de Tecnologia da Informação (TI) da empresa, Wellington Santos, o foco principal do app são aqueles que já utilizam os serviços da Haidar, mas os que ainda não são clientes da empresa, e pertencem à comunidade de Comex, também poderão usar e se beneficiar com o serviço. “Eles poderão acompanhar as notícias e legislações do setor, por exemplo”, explica Wellington. Detalhadamente, por meio do aplicativo, é possível supervisionar todo o processo da carga. “Em tempo real, o cliente pode consultar informações das fases dos processos de importação, exportação, agenciamento e transporte”, complementa Santos, desse modo, apenas pela tela do celular já é possível fazer o gerenciamento do serviço solicitado. Atrelado a esse serviço, o cliente consegue também marcar um processo desejado como favorito, “assim, recebe notificações em seu celular com as atualizações do mesmo”. Outra funcionalidade é a cotação. Com apenas alguns cliques, o cliente pode solicitar o custo da operação que deseja realizar, que é passado diretamente para o departamento comercial, visando atender e personalizar as necessidades de cada serviço. Além disso, ao ativar as notificações, o cliente pode acompanhar as notícias sobre comércio exterior, atualizações do setor, bem como de legislações. 10 | RCN
www.cargonews.com.br
Santos informa que não tem conhecimento de nenhuma empresa de comércio exterior que tenha lançado essa tecnologia, podendo assim ser um pioneiro em sua área. Para o desenvolvimento, todo feito pela equipe da própria Haidar, foi necessário um ano de trabalho até a validação do aplicativo, em fevereiro deste ano. Hoje, ele está disponível na Apple Store (IOS) e Play Store (Android). De acordo com ele, a equipe já está trabalhando em atualizações para aprimorar ainda mais o serviço. “Para próxima versão já teremos novas funcionalidades, como a Agenda Viva, em que o cliente poderá cadastrar seus compromissos e receber alertas por e-mails e notificação em seu celular”, completa o diretor de TI. Ferramentas de ganho de eficiência e agilidade
Além dessas funções, o aplicativo também permite que o usuário consulte a malha aérea da companhia, encontre a unidade mais próxima ou veja a localização de toda a rede de franquias da empresa. Internamente, a Gollog também possui tecnologias para otimização dos processos. Neste ano, por exemplo, passou a utilizar a ferramenta SEEN, desenvolvida para melhorar o controle dos serviços porta-a-porta, e por onde é confirmado o recebimento da mercadoria. “A SEEN suporta todo o processo de logística desde a entrada das demandas, roteirização e distribuição, acompanhamento das entregas online, coleta de evidências de entrega, além de toda uma gama de relatórios. O acompanhamento em tempo
Foto: Divulgação
Serviço de carga aérea da companhia Gol, a Gollog lançou, no ano passado, um aplicativo exclusivo e pioneiro no transporte aéreo de cargas, que permite o acompanhamento de todas as etapas do processo de transporte e oferece notificações para atualizar os clientes quando uma nova etapa é concluída.
“O aplicativo proporciona mais agilidade e praticidade aos que desejam transportar encomendas ou documentos pelo modal aéreo. Com ele, é possível rastrear mercadorias, realizar cotações, calcular o valor de entrega de uma carga considerando todos os serviços oferecidos pela Gollog e receber alertas de qualquer tipo de alteração na entrega, por meio de notificações no celular”, conta o gerente de Operações de Cargas, Rodrigo Ribeiro.
www.cargonews.com.br
RCN | 11
Tecnologia
real torna a gestão muito mais eficaz, otimizando as entregas no dia-a-dia”, destaca o gerente. “Essas ferramentas trazem ganhos de eficiência e qualidade no atendimento prestado, tornando-o cada vez mais simples, ágil, efetivo e com informações atualizadas em tempo real”, finaliza. Uber do transporte de cargas Nova no mercado, mas já com grandes clientes em sua carteira. A CargoX tem como linha de frente ser o Uber do transporte de cargas e, por meio da tecnologia e inovação, é a primeira transportadora do Brasil sem frota própria, prometendo uma redução nos custo do processo. O serviço é realizado por meio do contato com outras transportadoras e caminhoneiros autônomos para a contratação de serviços de frete, tudo isso feito em tempo real.
Hoje, a empresa já soma mais de 250 mil caminhoneiros cadastrados na plataforma. Para a segurança, tanto dos caminhoneiros contratados quanto o cliente que contratou, é feita uma verificação rigorosa. “Eles passam por feedbacks constantes onde todos são avaliados: embarcador, motorista e a CargoX. Esse processo de acompanhamento muito próximo permite que todos entendam a seriedade e nível de exigência que possuímos internamente, transmitindo maior segurança para todos”, ressalta Vega. Entre as empresas que utilizam o serviço, o fundador destacou grandes conhecidas no mercado. “Leroy Merlin, Whirpool, Ambev, Minalba, Nestlé e outras grandes empresas fazem parte de nossa lista de clientes”, conta.
Foto: Divulgação
Lançada oficialmente em março de 2016, a empresa possui uma plataforma online para a contratação e um aplicativo próprio. “O embarcador entra em nossa ferramenta web e realiza a cotação,
depois disso os caminhoneiros recebem essa solicitação e se inicia o processo de finalização de frete, onde se realiza as conferências de informações, seguradoras e afins”, conta o CEO e fundador da CargoX, Federico Vega.
12 | RCN
www.cargonews.com.br
Inovação
Novo serviço de Viracopos cria sinergia entre setor de cargas CIALog concentra setores em um único espaço, reduzindo e otimizando processos e demanda de clientes Fruto do Projeto de integração de áreas voltado ao Atendimento ao Cliente de Viracopos, o Centro Integrado de Administração e Logística (CIALog) começou a operar, em sua primeira fase, no final de 2016. O novo setor busca criar uma sinergia entre as áreas de carga do aeroporto, otimizando o tempo de atendimento, aumentando assim a qualidade dos serviços prestados. Por meio de uma triagem, os clientes são direcionados para o atendimento específico da sua demanda. “Além do fato de concentrar vários setores em um único espaço, reduzindo assim o deslocamento dos clientes, o CIALog tem como diferencial o pré-atendimento, capaz de segregar prioridades e serviços, assim como recepcionar documentos e sanar dúvidas”, explica o gerente de Operações de Carga de Viracopos, Ricardo Augusto Luize.
Segunda fase A primeira fase do projeto foi inaugurada no dia 27 de dezembro do ano passado. Essa etapa inclui a integração dos setores da CAC, Protocolo, Liberação (Point Log) e Tarifação (Modalidade Correntistas). Em março foi concluída a segunda fase, com integração total do setor de tarifas. Para a fase final do projeto será integrado o CRD (Central de Recebimento de Documentos), Arquivo de Custódia e Credenciamento que, por causa da necessidade de novas mudanças estruturais, será terminada no segundo semestre deste ano. Localização O CIALog está localizado na entrada do Prédio Administrativo do Aeroporto de Viracopos. O setor funciona de segunda a sexta, das 7h às 23h, na modalidade Point Log e Tarifação, e das 8h às 17h, na modalidade CAC (Central de Atendimento ao Cliente de Carga) e Protocolo.
Foto: Deyse Ribeiro/Viracopos
Benefícios Através do serviço, cada cliente terá um atendimento mais personalizado de acordo com a sua demanda. Segundo Luize, para a empresa, os benefícios vão desde o aumento da qualidade e agilidade dos serviços oferecidos, até a redução de equipamentos (impressoras, ramais e etc.). Além disso, houve um ganho de espaço com liberação de área para expansão e reorganização do ambiente de entrega de cargas no TECA. “Como con-
sequência da proximidade e troca de conhecimento entre os setores, o efetivo se tornará mais capacitado e preparado para absorver todas as demandas do novo setor, promovendo rotatividade e deslocamento para suprir eventuais necessidades do atendimento em horários de pico”, complementa o gerente.
No CIALog, cada cliente terá um atendimento mais personalizado de acordo com a sua demanda
Artigo do Setor
A gestão de riscos, um fator crítico para as empresas Existem muitas definições relacionadas ao termo "risco" e sua consequente gestão, esta ameaça, por exemplo, pode ser considerada como a possibilidade de ocorrência de um evento não planejado e com isto podendo originar consequências negativas. O que ainda, por sua vez significa, um risco não avaliado, ou a vulnerabilidade por sua parte que se denomina como o grau de sensibilidade de um sistema ante o risco, podendo este ser medido de maneira sistemática (a probabilidade e o impacto) para que possa se avaliar sobre a estabilidade da empresa. Até o ano de 1992, o conceito de "risco" não despertava um interesse preponderante para sua respectiva avaliação perante os controles empresariais,
Daniel Gobbi Costa, graduado em Administração de Empresas e habilitação em Comércio Exterior, com especialização nas áreas de Logística, Qualidade e Gerenciamento de Projetos. Atua desde 2007 em atividades de Auditoria e Consultoria nas áreas Logística e de Comércio Exterior participando de projetos de implementação e manutenção de controles internos, agora como Sócio/ Responsável nas empresas Alliance Consultoria e Treinamento Empresarial (www.allcompliance.com.br) e Innova Consultoria Empresarial e Qualificação Executiva (www.innova-bpc.com.br). Professor da Devry do Brasil, unidade Metrocamp de Campinas.
16 | RCN
até a referida data, as empresas trabalhavam primordialmente com o conceito de controle, e ainda que de forma implícita, estes se estabeleciam pela existência dos riscos. A administração também estava centrada no conhecimento do trabalhador, como recurso básico para a produção, desta forma o controle era então exercido de forma estrita sobre o funcionário. Os controles evoluíram ao passo do desenvolvimento administrativo e organizacional. Atualmente a gestão de riscos vem se desenvolvendo em duas vertentes de pensamentos, na primeira, o controle se baseia em proteger os interesses do Estado como um bem publico e dos interesses dos investidores de capital. A segunda vertente se baseia na organização do controle em proteger os interesses privados, desta forma surgiu o papel da Auditoria, que busca em seus preceitos verificar a adequada gestão dos recursos, evitar fraudes e erros através da utilização de diferentes modelos, métodos e sistemas de verificação. Atualmente a gestão do risco e os controles inerentes a estes podem ser exercidos de forma específica em uma pessoa, uma área ou departamento, processo, empresa ou em um grupo de empresas onde se possui integração entre um ou diferentes elementos. Em nível internacional é apresentado a proposta diversos sistemas ou modelos de controle, porém o primeiro a ser reconhecido foi o modelo COSO (Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission, setembro de 1992). Este modelo contempla três categorias básicas de objetivos: 1. Efetividade e conhecimento das operações, com habilidade dos reportes internos e externos; 2. Cumprimento da legislação, dos dispositivos regulatórios aplicáveis e das políticas internas das empresas; 3. E a implementação de cinco componentes que devem estar integrados aos controles internos: ambiente de controle; avaliação de riscos, atividades de controles, informação e comunicação e monitoramento. Neste contexto inicia-se o estudo da Administrawww.cargonews.com.br
ção de Riscos de forma integrada e como parte do sistema de controle das organizações. De acordo com este modelo, a entidade deve ser consistente aos riscos e ter uma estrutura preparada para enfrenta-los, deverá sinalizar objetivos e estabelecer mecanismos para identificar, analisar e administrar os riscos relacionados. Estas definições causam um grande impacto no âmbito do controle, o qual contribui para o aprofundamento no tema da Administração de Riscos em um enfoque administrativo. Todos os modelos de controle desenvolvidos posteriormente, incluem a Administração de Riscos como elemento primordial em sua estrutura. De acordo com os desenvolvimentos apresentados sobre o tema de risco, pode-se concluir que a humanidade tem estado inquieta de forma constante com o futuro e com os riscos que se depara, e tem buscado encontrar em diferentes disciplinas uma forma de manipular os riscos, com o proposito de diminuir suas ocorrências ou mitigar seus efeitos.
Uma correta identificação dos riscos, garante o êxito e um resultado mais acertado que permite tratar determinados riscos, com controles adequados, gerando um bem-estar comum. Para obter uma oportuna identificação, existe em nível internacional diretivas de segurança, nas quais muitas empresas efetuam estudos de segurança, a notificação dos perigos, o desenvolvimento de programas de prevenção, proteção e planos de emergência. Desta maneira tem se desenvolvido vários métodos e técnicas para a identificação, avaliação dos perigos nas empresas. Geralmente, a técnica preferida pelas empresas é a denominada HAZOP (Hazard & Operability Study, traduzido como Estudo de Perigos e Operabilidade), por ser a mais completa e rigorosa. Esta foi desenvolvida pela indústria química com o objetivo de avaliar a segurança dos processos, estabelecer os perigos ambientais e determinar problemas que poderiam afetar sua eficiência.
Opinião
Consumidores e marcas A relação entre consumidores e marcas já foi mais tranquila. Se por um lado o consumidor tem um elenco de possibilidades de informações ao seu dispor, isso acaba desalinhando o discurso oficial da marca numa tentativa de falar sobre tudo com todos. Não é culpa da tecnologia e sim das novas
Luiz Antonio Guimarães
Publicitário, consultor em comunicação e marketing
mídias. Estou falando do discurso oficial, ou seja, de sua marca que é seu maior patrimônio intangível. Marcas que mentem estão sujeitas ao famoso voo de galinha, “curto e baixo”, isso quer dizer vida breve. Existe um conflito enorme das novas mídias que tropeçam nas informações sem fontes de credibilidade, ocasionando informações mentirosas. Nesse campo, algumas marcas embarcam nesta “canoa furada” e fazem de seu discurso oficial algo “esquizofrênico”, levando sua marca correr riscos desnecessários. Vale a pena lembrar do ditado popular “olhe com quem andas e verás quem tu és”. Neste caso o dito passa a ser uma verdade. Temos tendências relevantes como: a responsabilidade social – mais fiscalizada –, consumo consciente – onde menos é mais –, saúde, as novas tecnologias e as novas mídias responsáveis. O consumidor quer ser respeitado, espera que não mintam para ele, e que as marcas – produtos e serviços – cumpram o que prometem, quer que estejam abertos ao diálogo e ouçam o que ele tem a falar. Campanhas chamadas alternativas enganosas são “um tiro no pé” e aí o anunciante/cliente precisa ter uma assessoria capaz e responsável, algo como cuidar da marca, “Curadoria da Marca”. Lembramos dos 4 Ps do marketing, e em especial daqueles que fazem essa roda girar: as pessoas, que mesmo com toda tecnologia, são elas que consomem seus produtos e seus serviços, julgam, analisam e transferem informações no “boca a boca”. Antes cuidar do que remediar. Abraços