Cargo News Edição 147

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Índice

Capa | 16

Caros leitores,

Entrevista | 04

Faltando pouco para o final do ano, já sentimos a necessidade de acelerar o passo para fechar 2014 com saldos positivos. Mesmo com tantos acontecimentos, como Copa do Mundo e Eleições, é necessário arregaçar as mangas para fazer um ótimo trabalho, superar os resultados e enfrentar o próximo ano. Para isso, precisamos buscar novas possibilidades de negócio ainda neste período pré-festas. Neste cenário, uma ótima oportunidade que se aproxima é a feira e ciclo de palestras Expo SCALA, que acontece nos dias 18 e 19 de novembro. No evento, os participantes poderão se atualizar, trocar experiências e aumentar sua rede de relacionamento profissional, além de prospectar novos negócios. No último dia do evento, acontece a cerimônia de entrega do Prêmio Viracopos Excelência Logística, momento de festa e reconhecimento a todas as empresas que atuam no Terminal de Carga do Aeroporto. Já nesta edição da Cargo News, você poderá conferir o caderno especial sobre a feira, conhecer os expositores e os temas de nossos debates. Há também matérias bem interessantes, como o destaque de nossa capa que apresenta os desafios do Supply Chain no Brasil, e ainda, uma entrevista com o diretor executivo de operações da Dell, Claudionor Silva, que apresenta sua visão para a atual economia brasileira e as perspectivas para os próximos anos, sob o olhar da indústria. Visite a Expo SCALA 15ª edição, lembrando que este ano o evento acontece no Centro de Convenções Expo Dom Pedro, anexo ao Parque D. Pedro Shopping em Campinas. Para participar é fácil, basta fazer sua inscrição gratuita no site www. exposcala.com.br. Ótima leitura a todos! Redação Cargo News

Supply Chain - Agilidade, gestão e integração são essenciais Claudionor Silva, da Dell, fala sobre economia em 2014

Caderno Especial | 23

Expo SCALA 15ª edição, apresenta seus expositores

Ciclo de palestras | 34

Importantes debates na Expo SCALA, conheça

Reconhecimento | 36

Viracopos apresenta indicados ao Prêmio Excelência Logística

Opinião | 44

Reflexo das eleições na economia, por Chayene Martini

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Acadêmico

46 Colunistas Ano XIV Edição 147 2014

Fale conosco: 19 3743.6609 | redacao@cargonews.com.br Presidente do Conselho Editorial: Luiz Guimarães Conselho Editorial: Mariana Zaidan Guimarães | Carlos Varanda | André Feitosa | Patrícia Ferreira | Amanda Pimentel Renata Araújo | João Batista | Diego Donato

Expediente Diretora de Redação: Mariana Zaidan Guimarães Coordenador Editorial: Carlos Varanda Diretor de Arte: André Feitosa Texto: Amanda Pimentel (MTb 56.963) | Diego Donato Revisão: Renata Araújo Fotografia: João Batista | Shutterstock | Capa Shutterstock Executivos de Contas: Carlos Varanda | Patrícia Ferreira Mariana Zaidan Guimarães Financeiro: Patrícia Bonzanino Mídias Sociais: Diego Donato Circulação: Carlos Varanda Tiragem: 5 mil exemplares A Cargo News é uma publicação da Editora GR1000. Todos os textos assinados refletem a opinião de seus autores, sendo de inteira responsabilidade dos mesmos. Para solicitações, críticas e sugestões, entre em contato com a redação: redacao@cargonews.com.br.

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Entrevista

Baixo crescimento versus Mal humor econômico Políticas públicas ineficientes e a falta de suporte e infraestrutura são parte do perfil Brasil

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Caminhando para o fim de 2014, convidamos Claudionor Silva, diretor executivo de operações da Dell, para falar sobre o mercado, economia e suas quedas, com a visão de um profissional que trabalha em uma grande indústria, e por isso, tem uma percepção diferenciada dos demais setores da logística e do comércio exterior. Nas próximas páginas, nosso entrevistado faz uma análise deste ano que apesar de ser marcado por grandes eventos mundiais e nacionais, também fica registrado como um ano de grandes dificuldades na indústria e na econômia, e como consequência, de queda no PIB país.

Claudionor Silva, diretor executivo de operações na Dell 04 | RCN

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Como você avalia o ano de 2014? Desafiador. Não tem sido fácil entregar bons resultados com uma economia que beira a recessão técnica. O que você diria que pode ter incentivado os problemas econômicos vistos em 2014? Os problemas econômicos vistos em 2014 já existiam nos anteriores, porém não estavam tão visíveis. A falta de políticas que suportem o desenvolvimento do país associadas à falta de infraestrutura, gera resultados catastróficos em qualquer economia, mas a verdadeira conta, só aparece depois de alguns anos. Associado a isto, temos ainda uma falta de credibilidade em nossa política econômica por parte dos investidores, agravando ainda mais o fluxo de investimentos e de recursos no país. CN - Tem alguma relação também com o ano eleitoral? Não há como negar que ano de eleição causa uma certa euforia nos mercados. E esta traz junto uma certa incerteza em relação a qual rumo o país deverá tomar. A consequência disto está sendo vista na prática onde muitas empresas decidem postergar planos de investimento para o futuro, somente quando os cenários econômico e político estiverem definidos. Um bom exemplo é a flutuação do dólar que atinge diretamente as empresas nas suas atividades de curto, médio e longo prazo. Quais são as suas impressões sobre o desenvolvimento do Brasil nos próximos anos? Esta pergunta é muito difícil de responder com o cenário atual. Vai depender de qual rumo o país irá tomar após as eleições. Em linhas gerais acredito que teremos algumas dificuldades para restabelecer um crescimento sustentável, pois o cenário político atual é bastante raro, onde temos estagnação econômica associada à inflação. Penso que teremos que passar por um profundo corte no orçamento das contas públicas associado a

uma política econômica/industrial decente, ao invés de uma política populista, para podermos retomar o crescimento. Para que isto se torne realidade, precisaremos de alguns anos de muito trabalho e interesse de nossos governantes. Como você avalia os atuais parceiros comerciais do Brasil, incluindo Mercosul? Começado pelo Mercosul, temos um grande problema que é a Argentina. A Argentina é um dos nossos maiores parceiros econômicos onde conseguimos exportar produtos de valor agregado diferentemente de outros parceiros como EUA, China, Alemanha e Japão, onde exportamos basicamente commodities. Porém devido a atual política econômica da Argentina, as exportações do Brasil foram impactadas devido às restrições de importação da Argentina. Os países desenvolvidos tem interesse basicamente na nossa matéria-prima, como o Etanol, Cobre, Alumínio e Soja. Obviamente, dependemos destas exportações para compor nosso PIB porém, existe uma grande concentração de produto por país, limitando os exportadores e também os mercados compradores. Há influências políticas para formação de novas alianças comerciais? E como elas poderiam nos ajudar? Aparentemente sim, porém na prática não temos nenhum resultado efetivo. Nosso foco e resultado foi basicamente na atuação e manutenção do Mercosul, que começou com grandes promessas na década de 90 porém com as diversas crises na Argentina, perdeu força. Atuamos junto aos BRICS, porém nosso desempenho em relação aos demais países é muito pobre. Deveríamos ter a chance de desenvolver bons acordos, porém na prática estamos exportando commodities para a China e importando produtos de alto valor agregado. Estes acordos poderiam ser “o diferencial” para gerar riqueza e competitividade para nosso país. Ve-

“Estes acordos poderiam ser ‘o diferencial’ para gerar riqueza e competitividade para nosso país.” www.cargonews.com.br

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Entrevista

jamos o exemplo do acordo transpacífico entre EUA e a comunidade Europeia. Outro exemplo mais próximo é a Aliança do pacífico, que engloba a Colômbia, Peru, Chile e México. Esta Aliança corresponde a 40% do PIB da América Latina. O que podemos esperar para o país nos próximos anos nas relações de comércio exterior? Caso não tenhamos uma mudança no rumo da política de comércio exterior, nada mudará. Já no âmbito operacional, estamos vendo a receita federal buscando simplificar os processos através da certificação das cadeias logísticas (Operador Econômico Autorizado, OEA) para dar mais segurança e celeridade nos processos sem que o Governo perca o controle. Os problemas econômicos que levaram a queda no PIB irão atingir de que maneira o futuro do país? Sem crescimento econômico não há como projetar investimentos, e sem investimentos não teremos como ser competitivos. Eu diria que os problemas econômicos já atingiram o país e agora estamos pagando a conta. Se tomarmos em consideração 3 problemas crônicos que temos: - Falta de investimento em infraestrutura no país faz com que o custo logístico do país seja um impedimento para competirmos com outras economias em uma plataforma de exportação global, ou aumente significativamente o custo dos produtos nacionalizados. - A falta de uma revisão na atual legislação trabalhista, faz com que o custo de pessoas no Brasil seja muito maior do que em outros países, como o México por exemplo, o que nos coloca em uma posição desfavorável para competirmos em uma cadeia global. - Os níveis de produtividade no Brasil também são um dos mais baixos devido ao reduzido nível de educação associado à alta burocracia. Quando projetamos o futuro de um país com problemas estruturais dessa magnitude, certamente não teremos competência para competir com outros países na cadeia global e consequentemente com06 | RCN

prometer a qualidade e o tamanho do nosso PIB. Como você avalia o crescimento do país na última década? E que rumo podemos esperar para os próximos 5 anos? Se compararmos com os BRICS, tivemos um PIB medíocre. Se compararmos com os outros países da América Latina, estamos parelhos com a Argentina. Na última década podemos dizer que tivemos uma economia fundamentada no crescimento do consumo interno fundamentado na expansão do crédito, porém sem investimento na indústria nacional. Estes fatores trazem uma falsa sensação de expansão econômica, porém não tem fundamentos suficientes para sustentar a longo prazo, como podemos ver agora. O rumo dos próximos 5 anos vão depender muito do cenário político que teremos, porém creio que está na hora de reconhecer “a conta que está pendurada e passar a régua”, antes de retomarmos um cenário de crescimento. Há possibilidades de recuperação da economia para 2015? É possível termos um cenário melhor que 2014, visto a última projeção do PIB, porém a recuperação de forma sustentável se dará ao longo de alguns anos se fizermos a lição de casa que temos pendente para tornar o país mais competitivo. Quais os desafios do próximo governo? Serão muitos. Conseguir investir sem superávit nas contas públicas é impossível. O Governo central / Tesouro Nacional divulgou na última semana de setembro, que as contas do governo central ficaram no vermelho. Houve déficit primário (despesas maiores que receitas, sem a inclusão de juros) de R$ 10,42 bilhões no mês passado – o pior resultado para meses de agosto desde o início da série histórica, em 1997. Com este cenário o desafio é cortar custos de forma eficiente e suficiente para garantir um superávit primário, que permita investir nos setores críticos e estratégicos do nosso país. Outro desafio será criar credibilidade nos investidores, uma vez que estes poderão ser o vetor do desenvolvimento através de parcerias público privadas. www.cargonews.com.br



Ranking - VCP

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Ranking - GRU

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Estatística Porto de Santos

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nas exportações e do crescimento de 1,0% das importações. Os embarques tiveram participação de 69,3%, com 57.485.225 t e as descargas chegaram a 25.520.728 t, representando 30,7% do movimento geral. O decréscimo de 14,8% nas operações de embarque de açúcar e de 32,4%de milho foi o principal fator de baixa nas exportações. O aumento nas importações foi fortemente influenciado pela alta de 12,0% nas descargas de trigo que alcançaram 1.171.400 t. As operações com contêineres se destacaram no quadro geral, com elevação de 10,3% no total de unidades operadas, 8,3% de teus e de 9,3% na tonelagem, alcançando 28.546.661 t de cargas conteinerizadas em 2.718.239 teu, num cenário de significativo crescimento que garantiu no ano passado a subida do Porto de Santos, superando duas posições no ranking dos 100 maiores portos de contêineres no mundo, isolado na liderança dentre os portos da América Latina.

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Agosto – O mês de agosto totalizou 10.733.581 t de cargas movimentadas, 5,5% abaixo do mesmo mês de 2013, o qual o movimento alcançou 11.358.354 t. As exportações reduziram 10,79%, atingindo 7.218.867 t em relação a agosto de 2013, já as importações aumentaram 7,59% e chegaram à 3.514.714 t. O acumulado entre janeiro e agosto atingiu a segunda melhor marca para o período, atingindo 73.709.453 t, 2,51% abaixo do resultado obtido em 2013, quando foram movimentadas 75.605.127 t. As importações somaram um total de 22.689.482 t, resultando em um aumento de 1,38% em relação ao acumulado do mesmo período em 2013. As exportações somaram 51.019.971 t, uma redução de 4,14% com relação ao acumulado de 2013 (53.223.723 t). Setembro - A movimentação de cargas pelo Porto de Santos no total acumulado registrou queda de 3,3% no total geral, reflexo da redução de 5,0%

Fonte: Assessoria de Comunicação Social do Porto de Santos/CODESP

Porto apresenta queda de 3,3 % em seu acumulado de setembro


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Expansão

Voo da Azul inaugura terminal de Viracopos A partir de 16 de outubro, voos da companhia para Florianópolis, Vitória e Rio de Janeiro passam a ser operados no Terminal 01(T01), em Campinas A Azul Linhas Aéreas Brasileiras transfere parte de suas operações para o novo terminal de Viracopos, em Campinas. Nesse primeiro momento, o embarque de quatro dos voos da companhia serão operados no T01, localizado próximo ao terminal atual, o T0. Os voos em questão têm como destino as cidades de Florianópolis, Vitória e Rio de Janeiro (aeroportos do Galeão e Santos Dumont) e serão concentrados no novo terminal durante toda a semana, exceto aos domingos. O novo terminal tem capacidade para receber 22 milhões de pessoas por ano. A mudança tem como objetivo aproveitar as obras de ampliação do Aeroporto Internacional de Viracopos para oferecer um melhor atendimento aos clientes da Azul. “O grande fluxo de clientes e o acréscimo de voos da Azul em Campinas foram fatores determinantes para as obras de ampliação do terminal de Viracopos. Por ter uma capacidade operacional maior, o novo aeroporto oferecerá as condições ideais para o pleno desenvolvimento de nossas operações. Assim, vamos garantir a qualidade do nosso atendimento”, www.cargonews.com.br

explica Elisabete Antunes, diretora de aeroportos da Azul. A frequência de voos operados no novo terminal deve ser ampliada a medida que os clientes forem se adaptando ao novo local de embarque e desembarque. Ônibus gratuito entre os terminais será disponibilizado a cada dez minutos pela administração aeroportuária. Estrutura O novo terminal tem uma moderna estrutura feita de concreto, aço e vidro, é compacta, de fácil construção, manutenção e expansão. As colunas que sustentam o telhado têm o topo em forma de árvores com claraboias que permitem o aproveitamento da iluminação natural. Possui uma cobertura interna de madeira. O edifício-garagem é conectado ao terminal por uma ponte coberta. Terá restaurantes, lojas de aluguel de carros e escritórios dos órgãos públicos federais. Além disso, a estrutura está preparada para uma expansão vertical futura, onde poderão ser construídos escritórios comerciais e hotéis. RCN | 11


Milhagem

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IntralogĂ­stica

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Supply Chain: Elos fundamentais para o sucesso Custo, planejamento e gestão eficiente são os destaques de uma cadeia de suprimentos competitiva. Mais difundido entre as empresas brasileiras, o Supply Chain já não se trata mais de um conceito complicado de ser aplicado, e sim um facilitador, que permite que os processos da cadeia de suprimentos sejam realizados com mais êxito, qualidade e agilidade. Compreendendo desde a concepção da ideia de um produto até o mercado que fará a ponte com o consumidor final, este setor, nas indústrias, contam com aliados essenciais para que haja integração na cadeia, onde todas as áreas estejam bem informadas do funcionamento dos processos, não causando falhas, quebras dos elos da cadeia e nem o conhecido “efeito chicote”, no qual falaremos mais a frente. Mas, desde quando o cenário começou a mudar e as empresas decidiram integrar a suas rotinas ao Supply Chain e por que uma cadeia de suprimentos bem engajada é tão importante nos mercados atuais? 16 | RCN

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Segundo Alexandre Antonelli, gerente da filial de Campinas da Panalpina, o cenário mudou muito com o efeito da globalização: “As empresas tiveram que se manter cada vez mais competitivas e rápidas para atender novas demandas e com isso, algumas barreiras dentro dessas empresas tiveram que ser rompidas. No passado existiam departamentos totalmente segregados, hoje a interação entre o planejamento da produção, compras e logística precisa acontecer em tempo real e se possível, atualizado diariamente. Previsão de demanda não segue mais os padrões antigos, e as estatísticas de anos anteriores servem somente como referência. Quem conseguir se adequar

vai se destacar e, quem não conseguir, infelizmente vai perder mercado”. Já para a DHL Supply Chain, o cenário se iniciou porque armazenar e transportar estão cada dia mais onerosos. São valores relevantes para as empresas que precisam ser realizados, portanto são importantes dentro das companhias e precisam ser muito bem vistos, para não deixar passar nenhuma oportunidade de redução de custos. Como contou Márcio Barbeito, gerente sênior de desenvolvimento de negócios da empresa: “é necessário olhar para isso com uma atenção especial. Isso se tornou um assunto extremamente importante e deixou de ser renegado ao segundo plano.

“Custo é algo fundamental e o Supply Chain é um tema essencial dentro das empresas de todos os segmentos”.

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Fazendo uma analogia, o coordenador do Núcleo de Infraestrutura e Logística da Fundação Dom Cabral, Paulo Resende, criou uma definição para Supply Chain e cadeia de suprimentos. Ele diz que o Supply é o coração cuidando dos movimentos estratégicos, e a cadeia de suprimentos é o cérebro, cuidando de tudo que a empresa produz. Mas, para que tudo funcione bem e de maneira ágil, proporcionando assim que o produto final chegue com custos reduzidos e mais competitivos ao mercado, é necessário buscar o aprendizado de outros países que já estão bem engajados neste sistema. Segundo Paulo Resende, faz a diferença quando gestores brasileiros que tiveram algumas experiências e aprendizados fora do país voltam para aplicá-las: “os gestores de logística de fora do país são muito conceituados, a concorrência é dura. Enquanto os daqui tiram leite de pedra e acabam tendo muitas dificuldades”, explica. Segundo ele ainda, os profissionais que trabalham em multinacionais e vão se especializar no exterior, acabam sendo muito ‘cobiçados’, afinal a maioria das empresas que operam no Brasil já vem com Supply globalizado, em função de compras internacionais. Márcio Barbeito concorda com esse aumento na profissionalização e complementa dizendo que as empresas têm buscado profissionais com essa expertise. “Isso foi o que trouxe uma maturidade grande ao mercado. Diversos setores da economia estão otimizando suas cadeias de suprimentos e reduzindo custos, envolvendo todas as áreas corporativas, visando os

Alexandre Antonelli,

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gerente da filial de Campinas da Panalpina

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benefícios proporcionados pelo Supply Chain aos negócios. As companhias estão muito interessadas no tema, e há um amadurecimento desse assunto dentro das corporações em geral”. Tecnologia à disposição Os sistemas e as ferramentas tecnológicas que operam no mercado são hoje as grandes responsáveis pela redução de custos, mediante sua capacidade organizacional das operações e de controle, que trazem à cadeia mais agilidade. Como colocado por agentes de carga, indústrias e empresas, a cadeia de suprimentos tem contado com a Tecnologia da Informação (TI), que proporciona o desenvolvimento das atividades e respostas rápidas por meio dos softwares especializados para cada tipo de negócio. Segundo o coordenador do Núcleo de Infraestrutura e Logística da Fundação Dom Cabral, neste mercado é preciso que haja uma tecnologia mais expandida. “A cadeia de suprimentos precisa de informação universalizada. Com transferência de informação a partir do planejamento de demanda, ou seja, fazer com que a troca de informação se torne mais importante que a indústria, para assim evitar o “efeito chicote”. As pessoas criam estoques de segurança por não saberem quanto o cliente vai querer e isso gera aumento de custo. O grande desafio do momento é reduzir custos”. “O efeito chicote é um fenômeno causado quando há variação nas demandas em cada elo da cadeia de suprimento”. Já Alexandre Antonelli, acredita que a solução não é só ter ferramentas de TI disponíveis, mas também que sejam confiáveis. Segundo ele, isso é imprescindível para o negócio. “Não adianta executar o serviço e não informar as pessoas interessadas a tempo. Assim como em todo negócio, surpresas acontecem pois, interagimos com diversos elos diferentes da cadeia e, um imprevisto pode ser contornado se a informação chegar em tempo de reação. Ter plano de contingência estruturado previamente e receber a informação no tempo correto nos permite executar eventuais ajustes, nos tornando www.cargonews.com.br



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Paulo Resende,

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coordenador do Núcleo de Infraestrutura e Logística da Fundação Dom Cabral

flexíveis. Tudo isso sem falar em toda a visibilidade necessária que temos que ter para a gestão dos processos (WMS, TMS, Trackings, etc)”. Ele ainda continua, explicando que a integração é a melhor estratégia, mas para que os projetos se realizem é necessário se pensar em longo prazo e que o segredo, neste caso, é maximizar o uso das ferramentas de TI e dimensionar de acordo com a necessidade de cada negócio. Compreender para crescer Mesmo dando os primeiros passos em comparação as empresas estrangeiras, a aplicação correta do Supply Chain no país vem apresentando um crescimento gradual. Mas, para que se possa ter outros avanços e ganhos não só para a indústria, mas também para toda a cadeia que a compreende, Paulo Resende, afirma que ainda é necessário entender exatamente do que se trata o Supply Chain, segundo ele alguns equívocos ainda são pensados quando se fala no tema: “vai desde o fornecedor até o consumidor. Ainda há confusão aqui no Brasil, com relação a isso. Ainda se pensa que só vai da linha de produção para trás. Precisamos lembrar que é um conceito amplo que vai do fornecedor, passa pela indústria e vai até o cliente que vai entregar ao consumidor final. Lá fora, este conceito já está consolidado”. E ainda diante desta questão, ele aponta alguns desafios que ainda precisam ser compreendidos e melhor estudados para que o conceito se consolide de vez no Brasil e evolua. “Estamos hoje 20 | RCN

em uma fronteira interessante de evolução pela contribuição de TI. Agora precisamos evoluir na gestão. Os gestores precisam de visão global e isso carrega um fardo de preparação estratégica. Teriam que deixar o operacional um pouco de lado para pensar em estratégias. O Segundo ponto é a colaboração nas cadeias de suprimento. A relação entre cliente e fornecedor é o jogo de soma zero. Ou seja, o que eu ganho é o que ele perdeu e vice versa. Nós precisamos de um sistema mais colaborativo nas cadeias de suprimento”, afirma ele. Já a DHL vê os desafios de atender aos clientes como uma questão antagônica: “existe um objetivo comum em como atender aos clientes com eficiência, o que envolve principalmente a logística e o Supply Chain. Com relação ao atendimento ao cliente, o mercado vem se mostrando cada vez mais personalizado e customizado. Por um lado, todo esse aumento da expectativa do cliente demanda incremento do custo final. Além disso, temos que otimizar a cadeia logística para reduzir o custo. O grande desafio é aliar o atendimento com um nível de serviço alto, com alta demanda, a um custo competitivo. Sem esquecer que estamos em um país com dimensões enormes. Existem pontos de entrega no Brasil que podem ser totalmente diferentes um dos outros. Alguns com grande facilidade de acesso e outros com acessos remotos, sem infraestrutura, o que dificulta a distribuição dos produtos”, explica Márcio Barbeito. Para a Panalpina, o desafio é ter um serviço cada vez mais personalizado. “Ter um diagnóstico transparente das necessidades do cliente e adequar a oferta de serviço de acordo. As empresas buscam soluções perfeitas mas, os tomadores de decisão são pressionados constantemente pela redução de custos. O equilíbrio entre a melhor oferta e as metas estabelecidas, precisa ser muito bem esclarecido antes da implementação do projeto. Os agentes de carga compram fretes, fazem allotments (reservas fixas de espaço) e de certa forma, os fretes são commodities. O foco precisa estar em soluções diferenciadas, agregando valor aos serviços”. Mais um desafio apontado pelo coordenador da Fundação Dom Cabral é o planejamento de demanda, que volta ao conceito de integração, pois acaba por enwww.cargonews.com.br


volver não somente o Supply, mas também outros departamentos da empresa. “Todas as vezes que existem questões ligadas a outras áreas, tem-se um problema e o planejamento de demanda, ajuda a estabilizar produtos e sistemas, mas precisa envolver departamentos como comercial, marketing e interagir com a produção, áreas com perspectivas de valores diferentes. Tem um conceito em Supply que chama S&OP, que significa: planejamento, entrega entre vendas e operações comerciais. Nas grandes indústrias já está sendo cada vez mais implementado”, afirma Paulo Resende. Para Alexandre Antonelli: “estreitar relacionamentos e obter o conceito colaborativo que todos falam, mas poucos conseguem colocar em prática, é essencial. Para isso é necessário uma transparência e entendimento mútuo das necessidades e objetivos do negócio, mapear as opções de serviço e respectivos custos. Afinal, o negócio precisa ser justo para todos os envolvi-

dos e dentro de praticas saudáveis de negociação”. Mas, para Paulo Resende, ainda com planejamento de demanda, integração e avanço em TI, algumas questões ainda precisam ser revistas para que não haja ruídos e interferências na cadeia e explica que a burocracia brasileira não é favorável a cadeia de suprimentos. “Em primeiro lugar, não temos leis atualizadas, os marcos regulatórios são complicados. A complexidade burocrática é o que dificulta. Em segundo é o sistema tributário que destrói a agilidade nas cadeias. O terceiro é o arcabouço das leis trabalhistas que é atrasado e cria dificuldades entre cliente e empresa. E em quarto é a infraestrutura brasileira que tem dificuldades desde as estradas até o estoque”. Diz ainda que acredita que o futuro do Supply Chain é brilhante e conclui, “ele influenciará no corte de custos e ganho de valores. E em minha opinião, é a questão mais complexa, pois o desafio é fazer mais com menos”.


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Ciclos de vida mais curtos apresentam desafios O conceito que é aplicado dentro de companhias dos mais variados ramos e segmentos, também servem de exemplo, ou case, para outras empresas de ramos similares ou não. Recentemente, a DHL Supply Chain desenvolveu um estudo da cadeia de suprimentos do setor de tecnologia, o qual permitiu que negócios pudessem ser avaliados de forma completa, observando suas especificidades e particularidades. Este estudo, voltado aos mercados emergentes, chegou por fim, a reavaliar as atuais cadeias de suprimentos. “O estudo deixa claro que o modelo de “cadeia de suprimentos global com adaptabilidade regional” está se convertendo em um novo paradigma para cumprir com as mudanças globais na demanda do setor de tecnologia. É neste cenário que se apresentam desafios e oportunidades como a tendência de adotar cadeias de suprimentos regionalizadas, ciclos de vida dos produtos cada vez mais curtos, assim como os constantes movimentos demográficos”, explica o gerente sênior de desenvolvimento de negócios da DHL Supply Chain, Márcio Barbeito. Além disso, eles também levaram em consideração que com a vida útil dos produtos de tecnologia cada vez menor, estaria ai um desafio implantado, sem volta, com prazo de validade e quase sem oportunidades para erros. “E a pesquisa apresenta que a velocidade vertiginosa com que o setor se altera faz com que os mercados emergentes sejam uma op-

Márcio Barbeito,

gerente sênior de desenvolvimento de negócios da DHL Supply Chain

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ção ainda mais incerta do que nos já maduros, onde os padrões de demanda e a adoção de tecnologias são mais conhecidos e entendidos, assim como os protocolos para negócios nos países desenvolvidos”, explica Márcio. Após o estudo de caso, novos negócios nesse setor, já podem ‘ver uma luz no final do túnel’, pois já é possível até mesmo na incerteza operar com ganhos consideráveis. “As empresas devem combater e gerenciar riscos adotando as melhores práticas, como o modelo de regionalização da cadeia de suprimentos, que possibilita estar em melhor posição para responder as variáveis e desafios do mercado e também competir com fabricantes locais”, coloca. Dentro da pesquisa são levantadas três práticas que o setor de tecnologia deve adotar para capitalizar as oportunidades de crescimento nos mercados emergentes. 1. Gerenciar o risco por meio de uma abordagem à penetração de mercado que seja ordenada e flexível; 2. Priorizar a conformidade e a qualidade desde o início, em vez de buscar soluções rápidas e de baixo custo; 3. Evitar uma abordagem “padronizada” no mercado. Segundo o gerente da DHL, com esse levantamento um mundo de novas possibilidades foi iniciado, afinal houve uma quebra de paradigmas que eram lei no passado e que agora são vistos de outra maneira, e conclui: “antigamente, os mercados emergentes eram vistos apenas como um lugar para produzir produtos, devido aos baixos custos de mão de obra. Esse paradigma mudou. Atualmente, os mercados emergentes estão rapidamente aumentando a demanda, uma tendência que traz muitas implicações para as cadeias de suprimentos do setor de tecnologia que deve desenvolver uma cadeia de suprimentos que seja escalonável, flexível e adequada aos padrões e políticas regulatórias de cada mercado local, além de ser precisamente desenvolvida para dar suporte às diferentes necessidades desses mercados altamente individualizados”. www.cargonews.com.br


Caderno especial

Patrocinadores Expositores Apoiadores

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Nos próximos dias 18 e 19 de novembro, acontece em Campinas (SP), a Expo SCALA, maior feira de Comércio Exterior e Logística da região. O evento é realizado pela Nanquim GR1000 Comunicação & Eventos e conta com o apoio da Revista Cargo News. As principais empresas do setor estarão presentes nesta 15ª edição, divulgando suas novidades e serviços oferecidos. Nas próximas páginas você terá a oportunidade de conhecer um pouco mais dos patrocinadores, apoiadores e expositores que poderá encontrar na Feira de Negócios e Prêmio Viracopos Excelência Logística.

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Aeroportos Brasil Viracopos - A concessionária é uma Sociedade de Propósito Específico, criada em maio de 2012, para operar o Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, por 30 anos. É constituída pela Aeroportos Brasil S.A (que é formada pela UTC Participações S.A., TPI - Triunfo Participações e Investimentos S.A. e Egis Airport Operation) e pela Infraero. A empresa investirá R$ 9,5 bilhões na modernização e ampliação de Viracopos para transformá-lo no maior e mais moderno aeroporto da América Latina até 2042. Na feira, a empresa apresentará as novidades do aeroporto, além de promover o Prêmio Viracopos Excelência Logística. Depoimento - “A Expo SCALA é uma das mais importantes feiras que promove o comércio exterior e a logística de carga de nossa região. Fomentar essas atividades, assim como torná-las cada vez mais eficientes, faz parte dos objetivos de Viracopos e, com certeza, o evento e, principalmente, o Prêmio Viracopos Excelência Logística vem para coroar essa iniciativa”. Luiz Alberto Küster, diretor-presidente da Aeroportos Brasil Viracopos.

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Rodovisa Cargas Especiais - a mais nova empresa do Grupo Rodovisa, foi criada para atender as necessidades dos clientes que realizam movimentação de cargas importadas e exportadas. Hoje a empresa conta com 250 profissionais, possui uma tecnologia avançada e faz constantes investimentos na qualificação de seus colaboradores. Promove serviços da mais alta qualidade, além de excelente infraestrutura em locais estratégicos que atendem ao crescente fluxo de cargas importadas e exportadas por via aérea, junto ao Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, e ao GRU Airport, em Guarulhos; e marítima pelo Porto de Santos.

Depoimento: “A Região Metropolitana de Campinas é muito importante para o Brasil e a Expo SCALA é um evento que mostra a força do setor de carga, logística e do comércio internacional da região para o país. A Rodovisa participa, apoia e patrocina esta iniciativa por valorizar nossa atividade e os profissionais que atuam no segmento; e possibilitar a geração de bons negócios no setor”. Carlos Turola, Presidente do Grupo Rodovisa.

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Divulgação

Companhia Docas do Estado de São Paulo - CODESP é uma sociedade de economia mista, vinculada à Secretaria de Portos da Presidência da República. A empresa atua como administradora e autoridade portuária do Porto de Santos, o maior e mais importante porto da América do Sul, com recorde de movimentação no ano de 2013, que ultrapassou 114 milhões de toneladas (US$ 140 bilhões, em valores de mercadorias). O Porto de Santos movimenta todas as modalidades de carga, incluindo granéis sólidos e líquidos, cargas roll-on-roll-off, cargas de projeto, carga geral solta e em contêineres. Em seu papel de autoridade portuária, a CODESP elabora projetos de investimentos para atender o prognóstico do aumento da demanda de carga, melhoria da performance e facilitação das operações portuárias, visando uma movimentação de até 230 milhões de toneladas para o ano de 2024. Os projetos para atender esse crescimento nos próximos anos, incluem melhorias do acesso ao porto por mar e terra, construção/reforço/realinhamento dos berços e cais, implantação de sistemas de gerenciamento de tráfego de embarcações (VTMIS) e de caminhões (SGTC e Portolog), construção de novos terminais e ampliação da capacidade de operação dos terminais existentes, além da implantação e uso do transporte hidroviário na Baixada Santista.


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AGL - A AGL Cargo é uma empresa privada de capital 100% nacional, que atua na prestação de serviços de logística e transporte internacional desde 2005. Através de uma ampla rede de agentes no mundo inteiro e parcerias firmadas com fornecedores renomados, a AGL Cargo vem aprimorando o conceito de fazer logística, oferecendo serviços de qualidade em todas as etapas do processo. Os serviços oferecidos englobam todas as fases do comércio exterior e também o mais alto padrão de qualidade, renomando a AGL Cargo como uma das empresas mais competitivas e confiáveis no segmento. A missão da empresa é oferecer soluções completas de logística, garantindo segurança aos clientes e proporcionando soluções inovadoras a todo o mercado logístico, através de serviços de primeira qualidade. www.aglcargo.com B&M Logística Internacional - Empresa de Logística Internacional Independente, fundada em Santa Catarina, em 1999. Atuando em todos os serviços logísticos, sempre priorizando o atendimento personalizado, com segurança, qualidade, agilidade e dedicação. Filiada às principais Networks mundias, a B&M é Gold Medallion Member da WCA (World Cargo Alliance) e, também, são considerados uma “Risked Managed Company”, pela sua política de segurança com carga internacional, o que proporciona total segurança aos seus clientes. Com Matriz em Itajaí, a empresa conta com escritórios próprios em Curitiba, São José dos Pinhais, São Paulo, Guarulhos, Santos, Campinas e Rio de Janeiro, além de agentes/parceiros em todos os aeroportos e portos no Brasil. www.bmlog.com.br Câmara de Comércio Exterior de Campinas e Região – Criada no início deste ano, a entidade reúne empresários da região, com o intuito de estimular e facilitar o mercado com outros países. A proposta surgiu a partir de uma necessidade de fomentar o diálogo e trocar informações entre as empresas interessadas em importações e exportações na região. CORPQUALI - Assessoria na gestão da qualidade, auditoria interna e externa, qualificação de fornecedores, autorizações ANVISA, produtos perigosos e a gestão de parceiros são as vertentes de sua atuação. Ao tomar a iniciativa de entrar no seguimento da qualificação corporativa e na obtenção de licenças e autorizações para atender aos vários órgãos reguladores, a CORPQUALI se identifica como uma empresa interessada no desenvolvimento de seu cliente como um todo, ou seja, uma empresa não pode considerar-se qualificada ou certificada apenas pela comprovação documental. É preciso que a organização vivencie a qualidade de seus processos, buscando a melhoria deles como uma missão fundamental. Esta é a vocação da CORPQUALI, transformar o ambiente corporativo para a busca da melhoria contínua. www.corpquali.com.br

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DHL Global Forwarding - A DHL Global Forwarding é uma empresa do grupo Deutsche Post DHL, líder mundial em transporte aéreo e marítimo e o mais moderno e sofisticado operador logístico do mercado. Conectando mais de 200 países e territórios em todo o mundo, seus especialistas garantem um serviço completo de importação e exportação, oferecendo soluções customizadas em um único provedor logístico. www.dhl.com.br EGA Solutions - Criada em 2009, por profissionais com mais de 30 anos de experiência no mercado, a EGA Solutions entrou inovando, como o único NTO (non terminal operator) do mundo. Uma experiência de sucesso consolidada pelas marcas atingidas, ou seja, 60 mil TEUS movimentados anualmente. A EGA já se posiciona como a mais completa solução de transporte e armazenagem em recintos alfandegados nos portos do Brasil, além de portos secos. Com mais de 130 funcionários, entre eles 25 consultores comerciais, a empresa possui filiais de vendas em São Paulo, Campinas, Guarulhos, Santos, Itajaí e Curitiba, e até o final de 2014, contará com filiais no RJ e BH. www.egasolutions.com.br FAJ - Situadas no centro de uma das regiões mais ricas e desenvolvidas do país, a Faculdade de Jaguariúna e a Faculdade Max Planck, de Indaiatuba, tem dado uma contribuição excepcional para o exuberante crescimento da Região Metropolitana de Campinas. O mercado de trabalho cada vez mais exigente reconhece nos alunos saídos das faculdades FAJ e Max Planck a garantia de profissionais qualificados e prontos para encarar os desafios. Combinar a formação acadêmica de excelência com a vivência prática da carreira é a fórmula que tem garantido o sucesso dos alunos da FAJ e da Max Planck, ambas instaladas em polos de tecnologia que dependem de mão de obra de alto nível. www.faj.br e www.seufuturonapratica.com.br Grupo Libra - é um dos maiores operadores portuários e de logística de comércio exterior do Brasil. Em 2011, tornou-se o primeiro grupo do setor na América Latina a operar de forma integrada todos os modais de transporte – portuário, rodoviário, ferroviário, fluvial e aéreo. Dividido em quatro unidades de negócios, o Grupo é composto pela Libra Terminais (presente em Santos e Rio de Janeiro), Libra Logística (armazenagem, movimentação, transporte e distribuição de cargas), Libra Aeroportos (opera o Aeroporto Internacional de Cabo Frio) e Libra Participações (empresas que atuam em setores como transporte fluvial, produção de azeites, não-tecidos e negócios imobiliários). Todas as unidades são apoiadas pelas áreas corporativas reunidas na Libra Holding e no Centro Administrativo Libra (CAL), que tem como objetivo realizar a prestação de serviços nos processos de apoio aos negócios. www.grupolibra.com.br

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GVW Global Logistics - está no mercado de logística internacional desde 1998, oferecendo os serviços de despacho aduaneiro, agenciamento de cargas, transporte rodoviário e armazenagem. O suporte oferecido pela GVW tem como objetivo acompanhar as necessidades do cliente “door to door”, para isso, contamos com uma equipe especializada e treinada para garantir um serviço de êxito e satisfação para os clientes. Com seu conhecimento e estrutura em Logística Internacional, a empresa garante eficiência em sua prestação de serviços. GVW Global Logistics, do começo ao fim, sem se preocupar com o meio. www.gvwbrasil.com.br Original Logística - Profissionais com ampla experiência e conhecimento em Comércio Exterior formam a Original Logística, com o objetivo de atender seus clientes de forma diferenciada e personalizada. Oferecem serviços de despachos aduaneiros na importação e exportação com eficiência, objetividade, transparência e ética. Capacitação para gerenciar os processos em todas as suas fases, interagindo com todas as entidades governamentais e reguladoras dos processos de importação e exportação, agentes e profissionais envolvidos. Legislação de Comércio Exterior, desembaraços alfandegários, documentação, fretes internacionais e coordenação dos terceiros, fazem parte do dia a dia da Original Logística. Todos os membros da equipe compartilham conceitos de responsabilidade, respeito, agilidade, retorno e dedicação, trazendo segurança nos processos alfandegários. www.originallogistica.com.br Panalpina - O Grupo Panalpina é um dos líderes mundiais em soluções para a cadeia de suprimentos, combinando fretes Aéreo e Marítimo Intercontinentais, com Serviços de Valor Agregado em Logística (Value Added Services). Graças ao seu profundo conhecimento industrial e sistemas customizados de TI, a Panalpina oferece soluções integradas de ponta a ponta, de acordo com as necessidades da cadeia de suprimentos de seus clientes. O grupo Panalpina opera uma rede global com aproximadamente 500 escritórios próprios em mais de 70 países. Em outros 90 países, trabalha em cooperação com empresas parceiras. A Panalpina emprega aproximadamente 16.000 pessoas em todo o mundo. www.panalpina.com Porto de São Sebastião - Administrado desde 2007 pela Companhia Docas de São Sebastião, empresa vinculada à Secretaria de Logística e Transportes, o Porto de São Sebastião está localizado no canal entre São Sebastião e Ilhabela, Litoral Norte do Estado de São Paulo. Com aproximadamente 400 mil m2, movimentou em 2014 cerca de 700 mil toneladas de cargas dos mais variados tipos. A Cia Docas vem trabalhando no projeto de ampliação do Porto de São Sebastião com o objetivo de consolidá-lo como porto multiuso, alternativa logística para parte das movimentações que ocorrem na região sudeste do país e como uma das bases operacionais na exploração de petróleo da Bacia de Santos. Em dezembro de 2013 o IBAMA emitiu a Licença Prévia para as duas primeiras fases do projeto que dobrará sua área atual e aumentará a capacidade de movimentação de carga para mais de 5 milhões de toneladas/ ano. www.portodesaosebastiao.com.br

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SINDASP – O Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de São Paulo está há 65 anos garantindo os direitos adquiridos por Lei, defendendo interesses e promovendo a valorização da categoria. Nascido em 1949, o sindicato construiu base sólida e promove o aprimoramento pessoal e profissional do despachante, proporcionando benefícios sociais de cultura e lazer, além de prover apoio jurídico, médico-hospitalar, odontológica e auxílio funeral. Como entidade de classe, o SINDASP trabalha no sentido de defender o recolhimento dos honorários dos despachantes aduaneiros, na divulgação e conscientização junto aos empresários que utilizam o serviço desses profissionais, com o objetivo maior de garantir e fortalecer a continuidade das atividades do despachante aduaneiro no comércio exterior. www.sindaspcg.com.br TNT Express - é uma das maiores empresas de entrega e logística do mundo. Diariamente faz aproximadamente 1 milhão de entregas, variando de documentos e encomendas até cargas paletizadas. A empresa opera em redes de transporte rodoviário e aéreo ao longo de toda a Europa, Oriente Médio e África, Ásia e Américas. A companhia opera em mais de 200 países, utilizando uma rede de 2.653 terminais, hubs e sorters. A empresa emprega mais de 68 mil funcionários em todo o mundo e é a primeira a conquistar reconhecimento global como “Investor in People”. A TNT no Brasil é a maior transportadora de carga expressa, com sete mil funcionários e 2.500 veículos próprios, que oferece transporte rodoviário e aéreo, doméstico e internacional. Pelas divisões operacionais TNT Mercúrio, atinge mais de 5.000 municípios em todo o país. E, por meio da TNT Express, alcança mais de 200 países e é a única que cobre 6 países da América Latina no modal rodoviário (Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai, Peru e Uruguai). www. tnt.com UTi do Brasil - empresa que oferece serviços e soluções para gestão da cadeia logística nos modais aéreo, marítimo e terrestre, está presente no Brasil há mais de trinta anos com presença consolidada no ranking dos maiores players do mercado brasileiro de logística e agenciamento de carga. Além de atuar no agenciamento internacional de cargas, a UTi oferece os serviços locais de desembaraço aduaneiro, seguro internacional, logística e transporte de distribuição, armazenagem e gestão de projetos especiais. Contamos com escritórios próprios no mundo todo e colaboradores de altíssimos níveis prontos para oferecer as soluções exatas para cada tipo de necessidade. www.go2uti.com Wind Logistics - É conhecida mundialmente pela agilidade, seriedade e profissionalismo no comércio exterior. Licenciado como International Freight Forwarder, a empresa possui atualmente 10 escritórios próprios no Brasil situados em zonas estratégicas, 10 agentes e uma estrutura global presente em mais de 600 localidades, oferecendo serviço qualificado e diferenciado nos pedidos de cotações de fretes, embarques e completa assessoria nos trâmites aduaneiros e documentais. www.windlog.com.br

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ABIFER - A missão da ABIFER é fomentar o crescimento da indústria ferroviária instalada no País, incentivando a expansão do transporte ferroviário de carga e de passageiros e oferecendo, através de suas associadas, suporte técnico às concessionárias e a seus usuários. A entidade tem como visão ser uma das entidades de referência, no Brasil e na América Latina, para os temas relacionados ao setor ferroviário. www.abifer.org.br AEB - A AEB foi fundada em 20 de agosto de 1970, com o nome de Associação dos Exportadores do Brasil, denominação alterada para Associação de Comércio Exterior do Brasil em agosto de 1985. Contudo, manteve-se a sigla AEB pelo seu amplo reconhecimento e prestígio alcançado em razão da seriedade e firmeza de sua atuação. A Associação de Comércio Exterior do Brasil é uma entidade privada, sem fins lucrativos, que congrega e representa o segmento empresarial de exportação e importação de mercadorias e serviços, bem como as atividades correlatas e afins. www.aeb.org.br A.E.R - é uma entidade sem fins lucrativos, formada por empresas que utilizam ou estão aptas a pleitear os regimes aduaneiros RECOF e Linha azul, tendo como principais objetivos: representar as empresas associadas junto aos poderes competentes, colaborando com os órgãos governamentais, na defesa do interesse mútuo; promover cursos, palestras, e seminários, visando a capacitação dos recursos humanos ligados ao comércio exterior. www.aer.org.br CBN - Foi a primeira afiliada da rede CBN (Central Brasileira de Notícias) que inovou no segmento de rádio jornalismo brasileiro. Com a sua programação local, a CBN Campinas, hoje, leva o fato, a análise e a prestação de serviço de Campinas e região a 55 cidades e atinge um universo de quase seis milhões de pessoas. CBN Campinas a credibilidade da informação há 23 anos. www.portalcbncampinas.com.br CIESP Campinas – Centro das indústrias do Estado de São Paulo é uma entidade de caráter civil e privado que reúne e dá suporte ao empresariado. O Centro atende empresas distribuídas nos 19 municípios que compõe a Região Metropolitana de Campinas (RMC), oferecendo aos seus associados serviços em diversas áreas, tais como: emissão de certificado de origem para exportação, cursos, palestras, Junta Comercial, Certificado Digital, participação em grupos de trabalho e assessoria jurídica, técnica e econômica. www.ciespcampinas.org.br

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Apoio Expo SCALA 2014

DCI – Diário Comércio Indústria & Serviços é uma das principais fontes de informação para empresários, executivos e empresas de todos os portes sobre os fatos nacionais e internacionais de economia, finanças e negócios. Com novo layout e novo projeto editorial, em 2014, o jornal DCI se reinventou para atrair novos leitores que buscam reportagens mais objetivas e cobertura diferenciada dos portais de notícias, mantendo linguagem descomplicada. São 40.000 exemplares distribuídos em território nacional e todo o conteúdo está disponível no site. Desde 2002, o DCI faz parte das empresas de comunicação do Grupo Sol Panamby. www.dci.com.br Fundação Dom Cabral - É uma escola de negócios brasileira com padrão e atuação internacionais de desenvolvimento e capacitação de executivos e gestores públicos. A FDC acredita que as soluções para o desenvolvimento organizacional podem ser encontradas dentro das organizações, a partir da conexão entre teoria e prática. Para isso, trabalha COM e não para as empresas, construindo com elas soluções educacionais integradas. www.fdc. org.br Guia Marítimo - É a principal publicação técnica dirigida a exportadores e importadores. A versão impressa tem tiragem quinzenal de 7.500 exemplares e circula em todo País, já a versão eletrônica é a mais completa ferramenta de “procurement” para a logística internacional do mercado. Diariamente, cinco mil executivos recebem notícias especializadas, através do Guia News. www.guiamaritimo.com International Foreign Trade - É um portal de notícias especializado em Comércio Exterior e Logística Internacional, com conteúdo distribuído em mais de trinta canais segmentados. O Portal possui uma navegação segura, possibilitando que os leitores possam encontrar facilmente informações específicas sobre assuntos de seu interesse. Abrange o público interessado e todos os outros players do Comércio Exterior e Logística Internacional. www.internationalforeigntrade.com LALT/FEC/Unicamp - O Laboratório de Aprendizagem em Logística e Transportes – LALT, criado em 1997, baseado no conceito de Learn Lab, proposto pelo MIT/Sloan, está vinculado a Faculdade de Engenharia Civil Arquitetura e Urbanismo da Unicamp. Desenvolve atividades de pesquisa, ensino e extensão, é membro de entidades como ANPET, AMCHAM e SCC, e possui parcerias educacionais com MIT e SCU (AUS). O LALT coordena ainda as atividades do CLUB – Centro de Logística Urbana do Brasil, e conta com o apoio do Banco Mundial, BID, CNT, CNPq e CAPES em seus projetos. O laboratório já formou mais de 250 pesquisadores e profissionais, que hoje são Especialistas, Mestres e Doutores, ocupando posições de destaque em instituições de ensino e pesquisa, agências governamentais e empresas dos mais diversos setores, com networking através do ALUMNI LALT. www.lalt.fec.unicamp.br

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NOVA BRASIL FM - É uma rede de emissoras que, desde o dia 1º de Junho de 2000, adotou uma programação exclusivamente dedicada ao melhor da Moderna MPB. Atuando em São Paulo, Campinas, Brasília, Recife e Salvador, a NOVABRASIL FM mescla, na medida certa, os clássicos da Música Popular Brasileira, com os novos talentos de nossa arte. Uma emissora moderna que nasceu para valorizar o artista brasileiro. Em seu DNA, a rádio tem a preocupação de estar sempre promovendo a cultura musical do brasileiro, lançando artistas e consagrando os novos ídolos da Música Popular Brasileira. www.novabrasilfm.com.br Revista Informativo dos Portos - Há 18 anos é a vitrine para a divulgação e fortalecimento da marca de empresas que atuam no segmento de comércio exterior e logística. Anuário 2015 Informativo dos Portos - Iniciando sua veiculação na INTERMODAL e INFRAPORTOS tem continuidade de distribuição durante todo o ano nas principais feiras e eventos no Brasil. O anuário do Informativo dos Portos é um guia de serviços composto por profissionais que integram a cadeia de logística e comércio exterior no Brasil. Traz entrevistas e artigos de opinião de autoridades de todos os modais, assim como matérias e estatísticas dos maiores portos brasileiros. www.informativodosportos.com.br Silvamarts - Com um parque gráfico de 6.000 m², a empresa é equipada com máquinas modernas para pré-impressão, impressão digital, impressão offset, acabamentos, armazenamentos e logística integrada. Oferece acompanhamento técnico em todo o processo de impressão, a fim de obter o melhor resultado final. Certificada com o Selo FSC - Forest Stewardship Council, o sistema de certificação florestal mais reconhecido em todo o mundo, e ISO9001. Sua localização é privilegiada, no eixo das principais rodovias do Estado de São Paulo, facilitando assim a logística nas entregas. www.graficasilvamarts.com.br TVB, afiliada Rede Record - A TVB Campinas é emissora afiliada à Rede Record. Atua no mercado de Campinas e região, há 30 anos. O seu sinal é transmitido em alta definição para 61 municípios -uma população de mais de 5.5 milhões de habitantes. Destaca-se pela credibilidade do seu jornalismo, pela qualidade do seu entretenimento, e pela realização de eventos esportivos, culturais e solidários na região. www.tvb.com.br Vantine Consulting - Com 28 anos de atuação, a Vantine Consulting é especializada em Logística e Supply Chain e referência no mercado brasileiro e latino americano. São mais de 800 projetos executados em mais de 350 empresas, como Petrobrás, Grupo Gerdau, Robert Bosch, Embraer, entre outras. A Vantine Consulting teve importante atuação na formação dos profissionais de logística por meio de diversos eventos no Brasil, EUA e Europa. www.vantine.com.br

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Ciclo de Palestra

Importantes debates e palestras na Expo SCALA 2014

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Além de um pavilhão cheio de novidades e com as melhores empresas de comércio exterior da região, os visitantes poderão, também, participar de palestras e simpósios com especialistas do setor. Serão temas de grande relevância para profissionais que atuam neste mercado. O ciclo de palestras tem o apoio acadêmico do LALT – Laboratório de Aprendizagem em Logística e Transportes – que pertence a Faculdade de Engenharia Civil da Unicamp, e também da Fundação Dom Cabral, escola de negócios brasileira com padrão e atuação internacionais de desenvolvimento e capacitação de executivos e gestores públicos. Veja abaixo, a programação das palestras. Para inscrições, acesse www.exposcala.com.br

Agenda dia 18 de novembro

Agenda dia 19 de novembro

13h30 - Cerimônia de abertura 15h00 - Palestra: Melhorias na Gestão e Eficiência do Porto de Santos através de Revisão de Processos Palestrante: Dr. Angelino Caputo e Oliveira, diretor presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo – CODESP, Porto de Santos

14h00 - Painel: Modernização e agilidade nos Portos e Portos Secos do Brasil Mediador: Sr. José G. Vantine, presidente da Vantine Logistics & Supply Chain Consulting Os portos brasileiros e suas instalações interiores de apoio são infraestrutura essencial para a competitividade brasileira neste momento. Este painel vai discutir as diferentes visões sobre o tema, com a participação dos principais operadores portuários e retro portuários do Estado de São Paulo.

15h50 - Palestra: A estrutura logística e seus reflexos na competitividade do comércio exterior brasileiro Palestrante: Prof. Paulo Resende, coordenador do Núcleo de Logística, Supply Chain e Infraestrutura da Fundação Dom Cabral Num momento de grandes mudanças no Brasil e no mundo, discutir como a estrutura logística pode contribuir para o aumento da competividade e dos negócios internacionais das empresas brasileiras é de vital importância para os negócios. 16h50 - Painel: COLD CHAIN - Supply Cold Chain - Oportunidades para o setor de Fármacos e Alimentos Mediador: Prof. Dr. Paulo Ignacio, do Laboratório de Aprendizagem em Logística e Transporte - LALT e FCA Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp Debatedores: • Sr. Amaury Vitor, gerente de operações da DHL Express • Prof. Lincoln de Camargo Neves Filho, da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp e especialista em Cadeia de Frios • Sr. Marcelo Gorri Mazzali, farmacêutico da Aeroportos Brasil Viracopos Os fluxos globais de produtos refrigerados ou de temperatura controlada vem crescendo muito nos últimos anos. Os principais aeroportos brasileiros estão se estruturando para atender estas demandas. Importantes expansões de infraestrutura para armazenagem refrigerada e ofertas de novos serviços pelos operadores logísticos desenham este novo cenário.

15h30 - Painel: Segurança e Gerenciamento de Risco no transporte e armazenamento de cargas Mediador: Prof. Dr. Orlando Fontes Lima Junior - Professor Titular de Logística e Transportes da UNICAMP e Presidente do Centro de Logística Urbana do Brasil – CLUB Debatedores: • Sr. Luiz Arruda, gerente de risco no transporte da DHL Supply Chain • Capitão PM Marcelo Estevão, do 4.º BPRv (Quarto Batalhão de Polícia Militar Rodoviário) • Seguradora convidada Afetando diversos elos das cadeias de suprimento, os problemas de segurança de cargas aumentam, significativamente, os custos logísticos brasileiros, tanto nas operações de comércio exterior, como nas de logística urbana e regional. Este painel vai discutir a questão pelos olhares da operação, do gerenciamento de riscos, dos seguros e da fiscalização.

Serviço: 15ª Expo Scala – Feira de Negócios do Comércio Exterior e da Logística Data: 18 e 19 de novembro de 2014 - Das 13h às 21h Local: Expo Dom Pedro – Anexo ao Parque D. Pedro Shopping, em Campinas (SP) Telefone: (19) 3743-6609 | www.exposcala.com.br

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Reconhecimento

Indicados ao Prêmio Viracopos 2014

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A comissão organizadora da Aeroportos Brasil Viracopos já divulgou a lista dos indicados para concorrer ao Prêmio Viracopos Excelência Logística deste ano, que visa estimular a eficiência e destacar o desempenho logístico das empresas que atuam no setor utilizando o TECA (Terminal de Cargas), do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP). São seis categorias: Agentes de Carga, Comissárias de Despacho, Cias Aéreas, Exportadores, Importadores e Transportador Rodoviário. O período utilizado para avaliação das empresas foi de agosto de 2013 até julho de 2014. Os ganhadores receberão o Prêmio em cerimônia realizada no dia 19 de novembro, durante a 15ª edição da Expo SCALA, no Expo Dom Pedro. O Prêmio é uma realização da Aeroportos Brasil Viracopos, com apoio do CIESP Campinas, auditoria da PwC e organização da Nanquim GR1000 Comunicação e Eventos.

Importadores ABB Ltda. Aernnova Aerospace do Brasil Ltda. Avery Dennison do Brasil Ltda. Avon Industrial Ltda. Baxter Hospitalar Ltda. Borgwarner Brasil Ltda. BRF S.A. Carl Zeiss do Brasil Ltda. Casco do Brasil Ltda. Caterpillar Brasil Com. de Maq. e Peças Ltda. Caterpillar Brasil Ltda. Caterpillar Brasil Ltda. Caterpillar Global Mining Ltda. Cisa Trading S.A. CNH Latin America Ltda. Comercial Marc 4 Ltda. Commscope Cabos do Brasil Ltda. Compalead Eletr. do Brasil Ind. e Com. Ltda. Continental Brasil Ltda. Dell Computadores do Brasil Ltda. Delphi Automotive Ltda. Dow Corning do Brasil Ltda. Dynapac Brasil Indústria e Comércio Ltda. Eleb Equipamentos Ltda. Embraer S.A. Embraer S.A. EMC Computer Systems Brasil Ltda. Emerson Process Management Ltda. Envision Indústria de Prod. Eletrônicos Ltda. Ericsson Telecomunicações S A.

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Ericsson Telecomunicações S.A. Eurofarma Laboratórios S.A. Flextronics Intern. Tec. Ltda. Foxconn Cmmsg Ind. de Eletrônicos Ltda. Galena Química e Farmacêutica Ltda. Helicópteros do Brasil S.A. Henkel Ltda. Hewlett Packard Computadores Ltda. Hewlett-Packard Brasil Ltda. Hexis Científica S.A. High Bridge Solutions S.A. Honda Automóveis do Brasil Ltda.. Honda Automóveis do Brasil Ltda. Honeywell do Brasil Ltda. IBM Brasil-Ind.maq. e Serv. Ltda. Indústrias Romi S.A. Intralox Brasil Ltda. Iveco Latin America Ltda Johnson & Johnson do Brasil Ltda. Kidde Brasil Ltda. Kodak Brasileira Ltda. Kromberg & Schubert do Brasil Ltda. KSPG Automotive Brazil Ltda. Laboratórios Pfizer Ltda. Lenovo Tecnologia Ltda. Lider Signature S.A. Luxottica Brasil Ltda. Magneti Marelli Ltda. Merial Saúde Animal Ltda. Moto Honda da Amazônia Ltda. Motoman Robótica do Brasil Ltda.

Novartis Biociências S.A. Osram do Brasil Lâmpadas Elétricas Ltda. Parker Hannifin Indústria e Comércio Ltda. Philips Medical Systems Ltda. Rigesa Ltda. Samsung Eletrônica da Amazônia Ltda. Sandvik do Brasil S.A. Ind. e Com. Scania Latin America Ltda. Siae Microelettronica do Brasil Ltda. Sigma-Aldrich Brasil Ltda. Smart Modular do Brasil Ltda. Surgical Line Ltda. Tecumseh do Brasil Ltda. Tetra Pak Ltda. Thinktech Ind. Com. de Informática S.A. Toledo do Brasil Ltda. Toyota Material Handling Ltda. Transitions Optical do Brasil Ltda. Trw Automotive Ltda. Tyco Electronics Brasil Ltda. Visteon Sistemas Automotivos Ltda. Volkswagen do Brasil Ltda. Volvo do Brasil Ltda. Wabco do Brasil Ind. Com. Freios Ltda Weg Equipamentos Elétricos S.A. Wika do Brasil Ind. e Com. Ltda. Xerox Comércio e Indústria Ltda. ZF do Brasil Ltda. ZF Sistemas de Direção Ltda.

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Agentes de Carga Allog Transportes Internacionais Ltda. Ceva Freight Management do Brasil Ltda. Clipper Transportes Internacionais Ltda Dachser Brasil Logística Ltda. DC Logistics Brasil Ltda. DHL Express DHL Global Forwarding (Brazil) Logistics Ltda. Expeditors International do Brasil Ltda. Fedex Express Fiorde Logística Internacional Hellmann Worldwide Logistics do Brasil Ltda. Jas do Brasil Transp. Internacionais Ltda. KDL Kuehne+Nagel Serviços Logísticos Ltda. Panalpina Ltda. Ranur Agen. de Cargas e Transp. Ltda. Schenker do Brasil Transportes Internacionais Ltda. SDV Brasil União Cargo Ltda. UPS SCS Transportes (Brasil) S.A. UTi do Brasil Ltda. Yamaneco Yacon Carga Aérea Ltda. Comissárias de Despacho Action Global Assessoria em Comércio Exterior e Despachos Aduaneiros Ltda. Agl Global Forwarding Logística Ltda. Antosergio Comissária de Despachos Ltda. Brasiliense Comissária de Despachos Ltda. Cdv Assessoria e Comissária Ltda. Ceva Freight Management do Brasil Ltda. Christovam B. Martins Asses. Aduaneira Ltda. Dachser Brasil Logística Ltda. Damco Brasil DHL Global Forwarding (Brazil) Logistics Ltda. Expeditors International do Brasil Ltda. Haidar Transportes e Logística Ltda. Heusi Comissária de Despacho e Agenciamento Ltda. Hormino Maia Logística de Comércio Exterior Inova - Gestão de Serviços e Apoio Administrativo Ltda. - ME Itatrans Agility Logística Internacional S.A. Jas do Brasil Transportes Internacionais Ltda. JS Logística de Carga Ltda. Kuehne+Nagel Serviços Logísticos Ltda. Martins Despachos e Assessoria Aduaneira Ltda. MP Assessoria em Comércio Exterior Ltda. Nirron Assessoria em Comércio Exterior Ltda. Ônix Assessoria Aduaneira Ltda. Original Logística e Comércio Exterior Panalpina Ltda. Pousanave Logística e Com. Exterior Ltda. Schenker do Brasil Transp. Intern. Ltda. SDV Brasil Sertrading Serviços Ltda. Servimex Logística Ltda. Syltrans Tito Global Trade Service UTi do Brasil Ltda.

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V. Santos A. Aduaneira Ltda. Viston Logística e Asses. Aduaneira Ltda. Wmz Comércio Exterior Ltda. Transportador Rodoviário Brasil Cargo Transp. Internacionais Ltda. Covre Transportes e Logística Distribui Transportes Ltda. Elog Logística Entregadora e Transp. XV de Nov. Ltda. Expresso Mirassol Fedex Brasil Logística Transportes Ltda. FW Transportes Ltda. Grupo Ettori Haidar Transportes e Logística Ltda. Luxafit Transportes Ltda. Pallet Portus - Portrans Transportes e Logística Ltda. Polar Truck Service Rodovisa Transportes Ltda. RWA Logistics Ltda. Sigma Transportes e Logística Teca Frio Transportes TNT Mercúrio Cargas e Encomendas Expressas S.A. Transnasif Transportes e Logística Ltda. Transportadora Fogagnoli Ltda. Transportadora Intermundial Ltda. Transportadora Padre Donizetti Ltda. Transportadora Pituta Ltda. Transportadora Rodo Import Ltda. Transportadora Sulista S.A. Transportadora Translosangeles Ltda. Transportadora Transparati Ltda. TSA Transp. Scremin e Armaz. Ltda. Cia Aérea ABSA - Aerolinhas Brasileiras S.A. Atlas Air Inc. Cargolux Airlines Centurion Air Cargo Emirates Federal Express Corporation Korean Air Linea Aerea Carguera de Colombia S.A Linea Aerea Del Cobre S.A. Ladeco Lufthansa Cargo Ag. Martinair Holland TAP - Air Portugal United Parcel Service Co. Exportadores Allergan Produtos Farmacêuticos Ltda. Bayer S.A. Embraer S.A. Ericsson Telecomunicações S.A. Merck Sharp Novo Nordisk Produção Farmacêutica do Brasil Ltda. Prysmian Energia Cabos e Sistemas do Brasil S.A. Samsung Eletrônica da Amazônia Ltda. Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda. Tam Linhas Aéreas S/A.

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Acadêmico

Autores: Maria de Lourdes Cassiano Dias Orlando Fontes Lima Jr. LALT – Laboratório de Aprendizagem em Logística e Transportes Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo – UNICAMP

O uso de living labs em logística e comércio exterior cidades de Guarulhos, São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza e Campinas e com operadores logísticos e embarcadores de carga, apoiados pelo BID-Banco Interamericano de Desenvolvimento e do BM-Banco Mundial uniram esforços e criaram o CLUB – Centro de Logística Urbana do Brasil (www.clubbrasil. org), com o intuito de difundir o conhecimento teórico e prático sobre Logística Urbana no país. O CLUB, também foi estruturado segundo o conceito de Learn Lab, e apoia suas aplicações práticas na metodologia de L2i Living Lab da qual falaremos neste artigo. O conceito de Living Lab foi proposto por W. Mitchell, professor de Arquitetura no MIT, na década de 90, com objetivo de envolver de forma mais ativa e participativa os cidadãos no planejamento e desenho urbano da cidade. Desde então seu uso atingiu grande diversidade de propósitos chegando a

Maria de Lourdes Cassiano Dias Mestranda em Engenharia Civil com ênfase em Transportes da UNICAMP e Professora Convidada do Curso de Especialização em Gestão da Cadeia de Suprimentos do LALT/UNICAMP malucassiano@yahoo.com.br

Orlando Fontes Lima Jr. Livre Docente e Professor Associado da FEC-UNICAMP. Coordenador do LALT – Laboratório de Aprendizagem em Logística e Transportes. oflimaj@fec.unicamp.br

Divulgação

1. INTRODUÇÃO Com base no conceito de Learn Lab proposto pelo SystemDynamicsGroup do MIT/Sloan, o LALT - Laboratório de Aprendizagem em Logística e Transportes da FEC UNICAMP atua há 15 anos. Este conceito pressupõe a criação de espaços independentes para potencializar trocas de conhecimento e experiências entre diferentes públicos e tem entre seus elementos: sistematização de soluções de problemas; experimentação de novos enfoques; aprendizado com a experiência própria e melhores práticas de outros e transferência rápida e eficiente do conhecimento através da organização. No ano de 2011, sob a coordenação do Prof. Dr. Orlando Fontes Lima Jr. do LALT UNICAMP e da Profª. Dra. LeiseKelli de Oliveira da UFMG, juntamente com pesquisadores de outras instituições (UFC, Coppe, UFSC), com órgãos municipais de transportes das

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áreas de aplicação como saúde e bem estar, turismo e entretenimento, uso eficiente de energia, agricultura e logística, entre outros. Eriksson et al. (2005) definem Living Labs como “uma metodologia de investigação centrada no usuário para detecção, prototipagem, validação e refinamento de soluções complexas em contextos de vida real, variados e em evolução”. Num contexto de living lab, os usuários participam da cocriação, ajudando a propor e validar produtos e serviços em ambientes de vida real e são envolvidos no processo de inovação desde o início até o lançamento no mercado (Ebbeson, 2009). E são exatamente o envolvimento dos usuários do início ao fim do processo de inovação e a validação em ambiente real, os grandes diferenciais dos living labs quando comparados a ambientes tradicionais de desenvolvimento de inovação, seja em universidades, seja no ambiente empresarial. Segundo Niitamoet al. (2006), estas características resultam em inovações mais aplicáveis no dia a dia dos usuários e que serão mais facilmente absorvidas pelo mercado. 2. METODOLOGIA L2i Living Lab A metodologia do L2i Living Lab (Laboratório de Inovação em Logística) foi desenvolvida pelo LALT baseada em metodologias utilizadas em alguns dos principais living labs do mundo e compreende 4 etapas: Fase 1: Planejamento e Seleção dos usuários. No Planejamento deve-se definir o objetivo, restrições e escopo do problema ou oportunidade a ser tratada, levando-se em conta sua necessidade e relevância. A partir daí faz-se um levantamento criterioso de quem são os usuários e os stakeholders envolvidos, para que nenhum ator importante fique fora da discussão e do desenvolvimento da solução, buscando sempre a diversidade de experiências, perspectivas e conhecimentos. Fase 2: Cocriação - Nesta fase serão desenvolvidas as propostas e ideias de soluções a serem desenvolvidas e validadas nas etapas seguintes Com base em um levantamento de necessidades, onde se busca investigar as necessidades reais dos usuários com relação ao foco do projeto utilizando-se ferramentas como focus group e entrevistas. Após o mapeamento e priorização das necessidades, os pesquisadores e outros stakeholders, com base no estado da arte no assunto em questão, desenvolvem e negociam ideias para criação de uma solução inovadora para as necessidades priorizadas. A Governança é muito importante em todos os processos desta etapa pois a participação ativa das empresas, muitas vezes

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concorrentes, deve levar, não ao atendimento a interesses individuais, mas a propostas que trarão benefícios ao grupo de usuários e, consequentemente, a todos os stakeholders. Fase 3: Desenvolvimento do protótipo e Exploração - No desenvolvimento do protótipo se busca representar a inovação (ou inovações) sugerida de forma que o usuário tenha melhor percepção de como funcionará a solução no mundo real e possa dar opiniões a respeito. Os protótipos geralmente são simulações computacionais, mas podem também ser jogos, maquetes, plataformas interativas ou mesmo protótipos reais de ferramentas ou equipamentos. Desenvolvido o protótipo da solução, inicia-se sua Exploração pelos usuários (mesmo grupo da primeira etapa, parte dele ou um novo grupo). Nesta etapa, os usuários devem validar a adequação do protótipo às necessidades levantadas na fase 2 e avaliar todos os possíveis problemas e intercorrências na sua utilização, bem como aplicações adicionais que podem não ter sido pensadas anteriormente. Fase 4: Experimentação e Validação – Na etapa de experimentação da solução, a solução ajustada através da exploração do protótipo ou o próprio protótipo já ajustado é testado em ambiente real, normalmente como um piloto. Esse teste éfeito com acompanhamento através de coleta extensiva de dados, registros de áudio e vídeo e interação com os usuários que devem fornecer feedbacks sobre o desempenho do protótipo/solução. Pode-se também aplicarQuestionáriosnesta fase para avaliar a percepção do teste em ambiente real. Ao fim da experimentação os dados colhidos são avaliados e, conforme os resultados faz-se a Validação do uso da solução para o mercado como um todo ou define-se o retorno às fases anteriores para os ajustes necessários. 3. EXEMPLOS DE LIVING LAB EM LOGÍSTICA E COMÉRCIO EXTERIOR • ELLIOT –Experimential Living Lab for the Internet of Things. O projeto ELLIOT tem como objetivo geral desenvolver uma plataforma experimental de Internet de Coisas (IoT) aplicada a várias áreas, entre elas, a Logística. Neste living lab, o foco principal é a segurança das pessoas envolvidas em processos logísticos como carga e descarga, e o desenvolvimento das inovações é feito com a participação dos pesquisadores do Bremen Institute for Production and Logistics(BIBA), parceiro do LALT em projetos de pesquisa. • Beer Living Lab – Este living lab, parte do ITAIDE Project (Information Technology for Adoptionand Intelligent Design for E- government), foi desenvolvido

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Acadêmico

entre os anos de 2006 a 2010, com objetivo de simplificar e agilizar as transações comerciais entre países da Europa, mantendo o controle rigoroso dos documentos através do uso de Tecnologia da Informação. O resultado do Beer Living Lab, envolvendo as empresas Heineken, Maersk, Customer, IBM e SAP, foi o conteiner inteligente (com TREC device, foto) que eliminou 20 tipos diferentes de documentos que eram então utilizados no comércio entre aqueles países. 4. APLICAÇÃO DE LIVING LAB NO LALT Um dos projetos que o LALT desenvolve atualmente, com o apoio do Instituto de Transporte e Logística (ITL)/ Confederação Nacional de Transportes (CNT), utiliza a abordagem de living lab na aplicação de conceitos científicos com objetivo de desenvolvimento de inovações em logística urbana (LALT, 2014a). O projeto está baseado em três vetores voltados para conceitos, métodos e práticas, que tratam de forma sistêmica as cinco principais causas dos problemas da logística urbana: metabolismo urbano, infraestrutura, eficiência operacional, governança e finalidades(Lima, 2011). O primeiro vetor utiliza a modelagem e simulação baseada em agentes para estudo do comportamento dos atores da logística urbana. Os modelos baseados em agentes são particularmente adequados para avaliar situações de tomada de decisão descentralizada, como as que ocorrem em sistemas emergentes, auto organizados, sujeitos a interações do tipo local-global (Axelrod e Tesfatsion, 2006). Além da simulação computacional, o LALT emprega sistemas autônomos como robôs, equipamentos de coleta automática de dados e elementos de Internet das Coisas (IoT) para compreender o comportamento padrão dos agentes envolvidos na logística urbana. No segundo vetor, trabalha-se com o conceito de Geografia do Tempo para compreensão da dinâmica da movimentação de cargas no ambiente urbano. Para este fim são desenvolvidos modelos e métodos analíticos a partir de abordagens espaço-temporais, com uso de sistemas de informações geográficas (SIG’s) e geoestatística. Este conceito é ainda utilizado no projeto MOD (LALT, 2014b), que tem apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e tem como objetivo desenvolver um modelo expedito para previsão de demanda de cargas urbanas. E, finalmente, completando o tripé do projeto CNT estão as aplicações práticas dos conceitos, onde ferramentas de cocriação e inovação baseadas no conceito de living labs, são utilizadas como

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instrumentos de construção coletiva de soluções técnicas e de políticas públicas em logística urbana. A aplicação inicial deste projeto é no desenvolvimento de uma inovação para a distribuição urbana de bebidas no centro da cidade de Campinas. Este tema foi levantado em reunião de grupo focal, promovido pelo CLUB e, segundo a metodologia do living lab, vem sendo tratado pelos atores diretamente envolvidos nesta questão: donos de estabelecimentos comerciais, embarcadores, como Femsa e Ambev e EMDEC, além dos especialistas do LALT e as empresas de tecnologia que apoiam o projeto, Belge e Otomata. Os resultados, até o momento, têm se mostrado bastante promissores, demonstrando que o envolvimento dos stakeholders desde as fases iniciais do desenvolvimento da inovação aumentam o comprometimento com os resultados, reduzem os conflitos entre as partes na busca de objetivos comuns e aumentam muito as possibilidades de efetivação e manutenção da solução. Empresas e pessoas físicas interessadas em participar do L2i ou conhecer um pouco mais sobre o uso da metodologia de Living Lab aplicado à logística podem entrar em contato conosco através do http://www.lalt.fec.unicamp.br/index.php/ component/contact/contact/9-contato. REFERÊNCIAS BIBLOGRÁFICAS AXELROD, R.; TESFATSION, L. Guide for Newcomers to Agent-Based Modeling in the Social Sciences,”. In: TESFATSION, L. e JUDD, K. L. (Ed.). Handbook of Computational Economics: Agent-Based Computational Economics. New York: NorthHolland, v.2, 2006. p.1647-1659. EBBESSON, E. (2009). Virtual Settings for Co-Creation in a Living Lab. 35 f. Dissertação (MestradoemTecnologia de InformaçãoAplicada). Department of Applied Information Technology. University ofGothenburg, Gothenburg, Sweden. ERIKSSON, M.; NIITAMO, V. P. e KULKKI S. (2005). Stateof-the-art in utilizing Living Labs approach to user-centric ICT innovation –a European approach.CDT, Lulea University of Technology, Lulea, Sweden. LIMA, O. F. J. (2011). Inovação frugal: a novarota da logísticaurbana. MundoLogística, v.23, p.24-40. NIITAMO, V.; KULKKI S.; ERIKSSON M.e HRIBERNIK K.A. (2006). State-of-the-art andgoodpractice in thefieldof Living Labs. In: Proceedingsofthe 12th International Conference on ConcurrentEnterprising: Innovative Products and Services through Collaborative Networks, Milan, Italy, pp. 349–357. STÅHLBRÖST, A. (2008). Forming Future IT: The Living Lab Way of User Involvement. 139 f. Tese (Doutorado em Administração de Empresas e Ciências Sociais). Divisão de Informática, Universidade Técnica de Luleå. Luleå. Sweden. LALT, 2014a. Disponível em <http://lalt.fec.unicamp.br/ projetocnt2014> LALT, 2014b. Disponível em <http://lalt.fec.unicamp.br/ projetomod/>

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Opinião

Eleições e o Desempenho Econômico Instabilidades ou incertezas? O que compromete a atividade econômica em tempos de eleição?

E

Estamos em tempos de eleição e a festa da democracia segue no embalo de uma música popular brasileira qualquer. Tocou na rádio, acho que era Milton e Chico cantando que deveríamos “...afagar a terra; conhecer os desejos da terra...”, mas, o jogo político se mostra um verdadeiro arqui-inimigo da economia e a afeta diretamente, deixando comprometido o resultado esperado. Isso se deve, em partes, ao grande espetáculo promovido pela grande mídia tradicional que cria uma incógnita na mente dos mais diversos atores sociais e projeta algum terror econômico, normalmente, movido por interesses eleitorais que se evidenciam através do apoio ou da preferência, mesmo que não declarada, por um ou outro candidato. Um agravante no caso brasileiro pode ser entendido através do comportamento dos agentes econômicos que, de quatro em quatro anos, mudam suas rotinas em virtude daquilo que podemos denominar como uma possível instabilidade política. É possível fazer uma comparação como, por exemplo, iniciar um jogo de xadrez conhecendo muito bem o adversário, todos os seus possíveis movimentos e, mesmo assim, não avançar as ‘pedras’ no tabuleiro.

Chayene Martini, professor da Faculdade Metrocamp do Grupo IBMEC

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No entanto, vamos considerar as eleições um grande evento e como tal, esse tem o poder de criar, em função da falta de um plano estratégico de desenvolvimento com regras bem claras, um ciclo extenso de incertezas políticas e econômicas. Normalmente, são as desconfianças e inseguranças em relação a algum candidato com chances de vitória que acaba por fomentar tal instabilidade no cenário econômico, na medida em que, se um candidato bem avaliado avança nas pesquisas, acaba por gerar otimismo em diversos setores impulsionando o investimento. Mas, no geral, são apenas alguns segmentos internos que se fortalecem nesses cenários, como, por exemplo, o setor gráfico e de design gráfico, pois estes são responsáveis pela criação dos famosos “santinhos”. Por outro lado, existem agravantes para setores que dependem do legislativo, ou seja, aqueles setores ou segmentos que esperam a aprovação de leis para dar encaminhamento e continuidade às suas atividades. No mesmo sentido, setores do próprio governo responsáveis por geração de empregos, através de concursos, por exemplo, ficam imobilizados até que se pronuncie o resultado das eleições. Em uma análise mais ampla, a perspectiva é de que a economia brasileira em 2014, explicada em boa parte pela disputa eleitoral, apresente um resultado inferior ao de 2013. Provavelmente, o setor agrícola apresente em 2014, mesmo que sem repetir o forte crescimento observado em 2013, o melhor resultado setorial. Essa projeção, se concretizada, afeta diretamente produtores de caminhões e de bens de capital direcionados ao setor, pois estes também apresentarão um menor desempenho. Alguns setores exportadores de manufaturados também podem apresentar um menor dinamismo, não apenas em virtude da corrida eleitoral, mas pela crise anunciada na Argentina e na Venezuela. Outra perspectiva, essa talvez otimista, é a de que www.cargonews.com.br


devido à desvalorização cambial, o segmento de produção fabril possa apresentar algum crescimento. Já os setores da construção civil e de extração de minérios, também tendem a incorrer em um menor crescimento. Do meu ponto de vista, muito deste quadro de incertezas poderia ser desmistificado com ações positivas do governo uma vez que, tanto o mercado doméstico quanto o setor exportador e o importador, costumam se mostrar sensíveis e suscetíveis à ação quando autoridades dos mais diversos ministérios se pronunciam apresentando propostas que estimulem esses setores, oferecendo subsídios, desoneração de tributos e crédito a taxas inferiores com carência mais longa nos prazos, desde que condicionado ao investimento produtivo. Entretanto, me parece que esse jogo de corrida pelo poder possui muitas regras, inclusive, existem ‘regras’ para que não se mudem as regras enquanto os presidenciáveis empenham seus tempos e esforços em pró da vitória. Para outro lado, alguns analistas acreditam que independentemente de quem vencer as eleições, algumas reformas serão, de fato, encaminhadas em

2015. O objetivo seria fortalecer o crescimento da economia sobre bases mais consistentes e estruturais. A aposta é de que ocorra um aperto na política fiscal e monetária, objetivando o combate à inflação. Isso representa um corte dos gastos públicos e um maior controle sobre a expansão do crédito. Por fim, cabe registrar algumas ressalvas, como por exemplo, expor a condição da economia brasileira em tempos de eleições, pois, todos os períodos eleitorais minaram, de alguma forma, o desempenho de nossa economia. A condição humana alheia ao risco e às incertezas seria, talvez, a principal variável explicativa para o enfraquecimento do desempenho macroeconômico nacional, evidenciando a relação irracional das expectativas explicadas pelas expectativas. Como música para os ouvidos, ainda ouço aquela velha canção, do início do artigo, onde o músico dizia o caminho da prosperidade sem muita dificuldade, bastava “...conhecer os desejos da terra e fecundar o chão...”, porque a nossa terra é boa, fértil e não pode deixar de ser semeada, cultivada e irrigada, jamais!


Colunista

Conjuntura econômica para 2014: a agenda da desigualdade Por Adauto Roberto Ribeiro

O debate eleitoral neste segundo semestre de 2014 tem deixado a desejar quanto à clareza das opções políticas colocadas em disputa. Temas fundamentais como um projeto de desenvolvimento nacional, a recuperação industrial, a diminuição da desigualdade e o acesso a bens e serviços públicos têm sido deixados de lado, trocado pelo calor dos embates envolvendo personalidades, corrupção e preços. Tudo bem que, no calor da disputa eleitoral, a busca pela vitória fale mais alto e, sabidamente, a agenda eleitoral não é a mesma da agenda governamental. No entanto, espera-se que quem assuma o governo, no inicio de 2015, tenha clareza e disposição para não relegar a um segundo plano a execução de políticas sociais que mantenham a trajetória de diminuição das desigualdades no país. No início deste ano, o economista Thomas Piketty nos premiou com um livro – O Capitalismo no Século XXI - muito detalhado e interessante, levantando a tese de que esta ocorrendo um aumento da desigualdade no mundo. Apesar das críticas que recebeu, o livro contribuiu para reaquecer o debate sobre a execução de políticas econômicas que integrem crescimento econômico com inclusão social. A simples execução de políticas mantenedoras de estabilidade não demonstra ser suficiente capaz para direcionar recursos para a diminuição das desigualdades. E este é um tema central para a boa convivência dos homens em sociedade. Sempre observamos debates acalorados criticando o estado de incivilidade ou de barbárie com que nos 46 | RCN

defrontamos no dia a dia das grandes cidades no país, e a constante solicitação, senão súplica, por mais segurança. De fato, muitos recursos são deslocados para a repressão, no entanto, sempre insuficientes frente ao tamanho do problema. Da mesma forma se elogiam com muita frequência, locais no mundo onde se pode caminhar com tranquilidade, paraísos de civilidade. O que pouco relacionamos é que o processo civilizatório, o qual, sem dúvida, se assenta em controle, também se fundamenta na diminuição da distância econômica e social entre as pessoas, principalmente em um regime político de democracia. Não há futuro na democracia se a manutenção das regras ocorrer sob violência, ainda mais exacerbada em momentos de crise, e não por adesão; e a adesão exige benefícios mútuos. A eleição é o momento de se colocar em primeiro plano o interesse coletivo, a trajetória de construção do espaço público, da civilidade, mesmo que por interesses individuais. Os dados econômicos de 2014 para o Brasil não foram os esperados pelas projeções do inicio do ano, o produto interno bruto apresentará um crescimento muito baixo, mais em função do avanço de expectativas pessimistas que fizeram refluir o investimento produtivo, do que de alterações de política econômica. A economia mundial também não ajudou. Esta em andamento uma recuperação econômica mundial muito mais lenta do que a esperada. E, para ampliar os problemas para o país, esta ocorrendo uma desaceleração nos preços das commodities, nossos principais bens para exportawww.cargonews.com.br


ção. Na dúvida, e com mais incertezas, os preços pressionam para cima, e o fantasma inflacionário ressurge. Nada sustentável, dado o conjunto dos indicadores econômicos, mas de forte apelo emocional. Tudo isto evidencia um início de ano difícil. Por isso a preocupação de que o próximo governo tenha cautela e muito cuidado na execução de políticas de ajustes. Se o momento não é de crescimento mundial, uma política mal calibrada pode piorar o ambiente econômico alastrando uma recessão. Por outro lado, é preciso preservar as conquistas, econômicas e sociais, obtidas desde a implantação do Plano Real, que demonstrou que: a estabilidade monetária não é um fim em si, deve, ao contrário, estar a serviço de um objetivo maior. Ampliar recursos para amenizar os efeitos negativos da desigualdade significa gerar condições de crescimento

econômico sustentável, sendo assim, viabilizar investimentos produtivos acoplados a estes recursos é tema de boa politica econômica. Vamos observar se o governo estará à altura de realizar esta tarefa. É o mínimo que se espera para se viver em uma sociedade com mais harmonia.

Adauto Roberto Ribeiro Diretor adjunto do Centro de Economia e Administração PUC Campinas


Sala de Embarque

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Opinião

Regulamentação também na propaganda política O que fazemos pelo poder é algo inaceitável visto de qualquer ótica, seja por homens, mulheres, pobres, ricos, altos, baixos ou para qualquer um, qualquer brasileiro ou brasileira. É inaceitável!

Luiz Antonio Guimarães Publicitário, consultor em comunicação e marketing

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A propaganda comercial tem o CONAR – Conselho Nacional de Auto Regulamentação Publicitária - que tem como missão impedir que a publicidade enganosa ou abusiva, cause constrangimento ao consumidor ou a empresa, e defender a liberdade de expressão comercial. Bem, o que se passa hoje não tem nada a ver com propaganda comercial, dizem alguns trogloditas revestidos de homens de comunicação. Tem sim. O produto tem finalidade, objetivos e promessas, o político também. O sabonete promete limpar e perfumar...o político promete fazer, construir, prestar contas ... A diferença é essa, ficou claro que sem uma regulamentação, cada um faz o que quer e como quer, sem nenhuma consequência ou punição. O código brasileiro de Auto Regulamentação Publicitária foi criado na década de 70, e a propaganda ou comunicação política esta atrasada mais de 40 anos. Pois os que chamam o que foi feito na campanha política brasileira de Marketing Político, está enganado, isso que assistimos não é Marketing. Marketing é sério, tem ética, tem responsabilidade e respeito com seu público alvo e com seus concorrentes. Talvez tenhamos que visitar o CDC (Código de Defesa do Consumidor) para nos defender de todas as promessas não cumpridas, projetos não realizados, expectativas frustradas, entre outras coisas. E mais, até do constrangimento pessoal que tudo isso nos trouxe! Escrevo antes do dia 26 de outubro. Sorte para nós povo brasileiro. Que possamos ter mais dignidade e mais educação nos próximos anos! Abraços www.cargonews.com.br




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