68 lições de comunicação em revista
Os profissionais que tiveram destaque em 2008
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As imagens dos melhores momentos da cerimônia de premiação
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ISSN 1809-9505
ANO 18 – NO 70 – 2009
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL Diretor-Geral Paulo Nassar Conselho Deliberativo Presidente Rodolfo Witzig Guttilla – Natura Vice-Presidente Eraldo Carneiro – Petrobras Conselheiros Ana Cláudia Pais (Holcim), Augusto Rodrigues (CPFL Energia), Carlos Alberto Barretto de Carvalho (Banco do Brasil), Elisa Prado (Tetra Pak), Gilberto Galan (Galan & Associados), Gislaine Rossetti (Basf), Jean-François Hue (Spyrals), José Eustáquio Oliveira de Souza (TAKAN Comunicação Empresarial), Luiz Fernando Brandão (Aracruz), Malu Weber (Votorantim), Marcelo Alonso (Vivo), Marcelo Mendonça (TAM), Marco Antonio Lage (Fiat Automóveis), Marco Simões (Coca-Cola Brasil), Odete Duarte (Rhodia), Olinta Cardoso (Vale), Rosana Dias (Embraer), Virgínio Sanches (Unimed Rio) Conselho Consultivo Alberto Augusto Perazzo, Carlos Vogt, Edson Vaz Musa, Eugênio Bucci, Firmin António, Horácio Lafer Piva, João Rodarte, Jorge Cajazeira, José Eduardo Gonçalves, José Guimarães Monforte, Luiz Henrique Proença Soares, Margarida Kunsch, Maria Alice Paoliello Lindenberg, Pedro Luiz Passos, Renato Janine Ribeiro, Roberto DaMatta, Rubens Naves, Ruy Altenfelder, Sidnei Basile, Wilson Ferreira Júnior Conselho Fiscal Eloi Zanetti, Luiz Márcio Caldas Jr. e Rosangela Santos Coelho Capítulos Regionais Amazonas: Mauro Martinez Marques Bahia: Claudio Cardoso Campinas: Augusto Rodrigues Cidade de São Paulo: Márcio Polidoro Espírito Santo: Letícia Lindenberg Azevedo Minas Gerais: Marco Piquini Paraná: Eloi Zanetti Rio de Janeiro: Paulo Henrique Soares Santa Catarina: Caio Mandolesi Vale do Paraíba: Paul Edman de Almeida
Ano 19 – no 70 – 2009 Publicação trimestral da Aberje Consultor Editorial Luiz Chinan (MTb 24.510) Retoque Estratégias em Comunicação Avenida Angélica, 1757 – 12o andar Higienópolis – São Paulo/SP CEP: 01227-200 Tel.: (11) 3662-3990 E-mail: aberje@aberje.com.br www.aberje.com.br Diretor/Editor Paulo Nassar – paulonassar@uol.com.br (MTb 14.413) Reportagem: Carina Ohana, Cinthia Fanin, Daniella Lima, Elton Belli, Juliana Cruz, Luis Mota e Marília Cardoso Revisão Cidinha Ramalho Projeto Gráfico e Diagramação Azul Publicidade e Propaganda Fotos dos trabalhos Fábio Gallo e Tiago Brito Publicidade Anna Chala – anna@aberje.com.br Tel.: (11) 3662-3990 Colaboraram nesta edição Bruno Affonso, Carolina Soares, Jovanka Mariana de Genova, Mateus Furlanetto e Rodrigo Cogo Impressão HR Gráfica e Editora Os artigos assinados da revista não necessariamente refletem a opinião da entidade e são de exclusiva responsabilidade dos autores.
PANORAMA O caminho para a vitória e os depoimentos dos jurados do Prêmio Aberje
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CERIMÔNIA Os flashes dos melhores momentos da comunicação empresarial
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EMPRESAS DO ANO As organizações que se destacaram entre as melhores
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PERSONALIDADES Os profissionais homenageados pela Aberje, em 2008
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LIÇÕES DOS VENCEDORES Campanha de Comunicação de Marketing
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Comunicação de Marca
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Responsabilidade Histórica e Memória Empresarial
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Comunicação de Ações de Sustentabilidade
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Comunicação e Relacionamento com a Comunidade
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Eventos Especiais
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Gestão de Mídia Digital
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Gestão de Mídia Impressa
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Publicação Especial
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Comunicação e Relacionamento com a Imprensa
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Comunicação nas Crises Empresariais
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Comunicação e Relacionamento com Investidores
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Gestão de Comunicação e Relacionamento – Pequenas e Médias Empresas
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Gestão de Mídia – Pequenas e Médias Empresas
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Gestão de Mídia Audiovisual
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Comunicação e Relacionamento com o Público Interno
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Comunicação e Relacionamento com Fornecedores
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MÍDIA DO ANO Os veículos de comunicação que marcaram o ano da comunicação empresarial
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PENSATA Paulo Nassar fala sobre os Antígonas da comunicação
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OMBUDSMAN Roberto de Castro Neves questiona: Barack Obama ganharia o Prêmio Aberje?
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ERRAMOS NA EDIÇÃO 69: E o prefeito é... Página 9, nota “Celeiro de Sustentabilidade”: Serafim Corrêa é o prefeito de Manaus e não Mauro Martinez, como publicado. Este último é diretor do Capítulo Aberje Amazonas. Mídia sustentável Página 9, nota “Relatórios para a mídia”: Idéia Socioambiental – e não Idéia Social – é o verdadeiro nome da revista cujo Publisher é Ricardo Voltolini.
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Panorama
Celebrar a comunicação Com 34 edições do Prêmio, Aberje continua reconhecendo as melhores práticas da comunicação das empresas
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Premiação
oram 425 trabalhos inscritos, divididos
Os grandes destaques do ano recebem troféus, sendo prateados para os vencedores regionais e dourados para os nacionais. Já as agências, assessorias e produtoras responsáveis pela produção dos materiais recebem diplomas. Por fim, as empresas ganham a divulgação da ação na edição especial do Prêmio Aberje na Revista Comunicação Empresarial.
por 18 categorias. Em 2008, o Oscar da Comunicação Empresarial brasileira trou-
xe entre as novidades a criação de três categorias: a que leva o nome de Comunicação de Marca e duas dedicadas, exclusivamente, para Pequenas e Médias Empresas. “Essas novas categorias são reflexo do crescimento e da valorização da comunicação dentro de empresas de todos os portes”, explica Paulo Nassar, diretor-geral da instituição.
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Auditoria Todos os trabalhos inscritos, bem como os procedimentos de avaliação, são acompanhados por uma auditoria externa realizada pela BDO Trevisan, desde a fase de inscrição até o momento da entrega do prêmio.
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Para ele, mais do que serem os grandes vencedores do Prêmio Aberje 2008, os cases e as empresas, apresentados nas próximas páginas, compreendem o significado da Responsabilidade social e histórica, contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico do País. “A Comunicação Empresarial como uma estratégia de gestão é capaz de criar vantagens competitivas para as corporações”, finaliza Nassar.
Seleção nacional As vencedoras regionais passam a concorrer à etapa nacional e são convidadas para uma nova Audiência Pública. Dessa vez, uma Comissão Julgadora nível Brasil avalia a apresentação oral do representante do trabalho concorrente.
Caminho
para a vitória Conheça os cinco passos das empresas para se classificarem entre as melhores
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Cadastro do Projeto Para concorrer ao Prêmio Aberje, as instituições interessadas devem preencher as fichas de inscrição e apresentar um texto que descreva o contexto, cenário ou desafio, os principais dados da pesquisa realizada, os objetivos, os públicos envolvidos, o planejamento, o orçamento do trabalho, a execução, os resultados e a avaliação de suas ações.
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Seleção regional Nesta fase, os trabalhos são avaliados pela Comissão Julgadora Regional. Entre os concorrentes em cada categoria, os três que obtiverem a maior média de pontos serão finalistas e participarão da etapa de Audiência Pública. Nela, os responsáveis pelos trabalhos são convocados a apresentar oralmente a defesa dos cases.
Panorama
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Comissão de frente Conhe o perfil e os principais projetos desenvolvidos Conheça de sei d seis dos mais de 180 jurados do Prêmio A Aberje berje 2008
Formação: doutor em Comunicação, mestre em Antropologia Social e graduado em Ciências Sociais
rje io Abe
Prêm
Principais projetos desenvolvidos: dirige o curso de Publicidade e Propaganda da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). Realizou projeto de pesquisa de nome O Novo Mix de Comunicação Empresarial – As Arenas da Comunicação e é autor do livro Comunicação, Cultura e Sustentabilidade, pela editora E-papers
ARQUIV
OAL O PESS
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Ser jurado do Prêmio Aberje 2008 foi... uma ótima oportunidade para acompanhar o modo como as empresas desenvolvem suas estratégias de comunicação com seus diversos públicos de interesse
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e doutor em Ciências em Arquitetura, mestre de Formação: graduado es e Artes da Universida Escola de Comunicaçõ da Comunicação pela de São Paulo (ECA/USP) professor do curso de olvidos: desde 1975 é env des os jet pro s nicação Visual pai Princi o K Arquitetura e Comu É sócio-diretor do Estúdi P. /US ECA da a da ESPM, and a Propag ista Propaganda, Revist s Jornal PropMark, Rev çõe lica pub nas a nist tu e car entre outras acompanhar de a oportunidade única de Aberje 2008 foi... um os. Participo do óric Ser jurado do Prêmio meio de cases hist unicação empresarial por perto a evolução da com quase 20 anos júri do Prêmio Aberje há
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Prêmio Aberje
José Luiz Proença
Jurado
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Prêmio
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TATIANA NOLLA
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Nota
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Jurado
Nota
Formação: graduado em Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero, mestrado e doutorado em Ciências da Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP)
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Principais projetos desenvolvidos: Comunicação Universidade-Imprensa com pesquisas no Brasil, Portugal e Japão e a Agência Universitária de Notícias (AUN/USP) como campo de ensino de jornalismo
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Ser jurado do Prêmio Aberje 2008 foi... como representante de área acadêmica, a constatação de que, cada vez mais, a comunicação empresarial é levada a sério no Brasil
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Panorama
Formação: graduada em Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), MBA Executivo pela Amana-Key e pós-graduação em Planejamento Estratégico pela Universidade de Minnesota (EUA) Principais projetos desenvolvidos: implantação da política “Portas Abertas” da Xerox do Brasil, que culminou nos Prêmios Aberje 1995, 1996 e 1997 com o título de Empresa do Ano em Comunicação, tornando-se benchmarking no mundo da comunicação corporativa. Como diretora de Comunicação Corporativa da Coca-Cola
berje PESSOAL ARQUIVO
Prêmio A
foi responsável pelo plano estratégico de comunicação integrada e gestão de crises, no ano de 2001
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Ser jurado do Prêmio Aberje 2008 foi... uma forma de retribuir o que a Aberje tem proporcionado às empresas e aos seus executivos de comunicação ao longo dos anos. Além de contribuir para que essa entidade seja cada vez mais ética e transparente nos seus propósitos, fazendo com que todos cresçam no mercado corporativo
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Prêmio Aberj
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arçal io de Paiva M Marcos Antôn
Jurado
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Marilen
Jurada
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Formação: graduado em Comunicaç ão Social/Relações Públicas, com pós-graduação em Comunicação Empresarial e Governamental
DIVULGAÇÃO
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Principais projetos desenvolvido s: responsável pela gerência do Unicentro Newton Paiva. Desenvolve e coordena projetos como executivo da LVBA, em São Paulo, para clien tes como Citibank, Duratex e Black &Decker, por exemplo. Na Alcan, atuou como gere nte de Relações Públicas, gerente de Relações Externas Corporativo e representa nte da Unidade de Comunidade do Brasi l junto à matriz no Canadá. Na antiga Aces ita, agora ArcelorMittal Brasil, respo ndeu pela Comunicação Empresarial por dez anos
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Ser jurado do Prêmio Aberje 2008 foi... motivo profissional de muito orgulho, pois oferece muita visibilidade. É a opor tunidade de conhecer o que nossos coleg as estão r realiz ando e o que oferecem às empresas para que melhorem cada vez mais o respectivo processo organizacional
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ia e mestrado em Pesquisa Formação: graduado em Engenhar Projetos, Pesquisas e Estudos Operacional pela Coordenação de Janeiro (COPPE/UFRJ) da Universidade Federal do Rio de
JONAS V. CORTINES PEIXOTE
Prêmio Aberje
Aser Cortines Peixoto Filho
Jurado
s: vice-presidente da Caixa Econômica Principais projetos desenvolvido s de Habitação, vel pela implementação dos programa Federal de 1999 a 2005. Responsá eu ações como no do Governo Federal. Desenvolv Saneamento e Desenvolvimento Urba de Revitalização de em Gestão de Local e o Programa o Programa de Melhores Práticas dos imóveis para assegurar a melhor utilização Centros de Cidades – este voltado nos centros ribuir para a dinamização da vida localizados em áreas centrais e cont peração do patrimônio histórico urbanos, além da preservação e recu ficante, foi... uma experiência bastante grati Ser jurado do Prêmio Aberje 2008 pela o com ais extremamente qualificados, não só por conviver com profission por empresas dos ias que estão sendo desenvolvidas oportunidade de conhecer experiênc el na criação de um mundo sustentáv setores público e privado, focadas
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Cerimônia
E o prêmio vai para... Aberje apresenta os melhores cases do ano
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quetéis deram espaço ao anúncio de que já
bairro de Pinheiros, em São Paulo,
era hora do jantar. Gradualmente, o hall
podia-se sentir o clima de festa e expectativa
esvazia-se e os convidados encaminham-se
noite era de gala. Logo no hall de
Não demorou muito, os whiskys e co-
entrada da Espaço Rosa Rosarum, no
que pairava sobre gravatas e elegantes tail-
para o piso superior, onde por largos de-
leurs. O sorriso impecável das recepcionistas
graus encarpetados caminhavam rumo ao
dava as boas vindas aos convidados que,
salão principal. A festa ia começar.
pouco a pouco, preenchiam o amplo salão no
A cerimônia de premiação ocorre à meia luz e é pontuada pela chegada de pratos que
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Aperitivos eram servidos, enquanto os
aguçam e deliciam o paladar dos presentes,
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garçons deslizavam solícitos entre a nata da
sem esquecer-se, é claro, das palmas e expres-
comunicação empresarial do País, e de suas
sões de alegria dos premiados.
aguardo do início da cerimônia.
bandejas, em taças e copos, refletia o brilho suntuoso do lustre de cristal.
Por fim, os melhores em cada categoria são apresentados e a todos é servida a deli-
Os flashes dos fotógrafos eternizavam o re-
ciosa sobremesa, uma mistura do refinado
encontro daqueles que há tempos mantêm-se
timbre de Paula Lima com uma bola refres-
entre os melhores, assim como a estréia de tantos
cante de sorvete de tangerina.
outros que debutavam no evento daquela noite.
Melhor que isso, apenas a verdade expres-
No entanto, em comum a todos, era o íntimo
sa no discurso de abertura de Milton Jung,
desejo de ser aquele que, ao final da premiação,
jornalista e mestre de cerimônia do evento:
levaria o dourado troféu da Aberje para casa.
“Aqueles que fazem estão aqui”.
1 A entrada charmosa do Espaço Rosa Rosarum. 2 Letícia Lindenberg, diretora do Capítulo Aberje Espírito Santo, entrega o troféu de Personalidade do Ano em Comunicação (ESRJ) para Virgínio Sanches, diretor do Capítulo Aberje Rio de Janeiro. 3 Luiz Fernando Brandão, membro do Conselho Deliberativo da Aberje, Eraldo Carneiro, vicepresidente do Conselho Deliberativo, e Paulo Nassar, diretor-geral da instituição. 4 Luiz Fernando Brandão, Eraldo Carneiro, Vera Brandimarte, diretora de redação do Valor Econômico, Rosvita Laux, diretora de Projetos Editoriais do Valor, e Paulo Nassar. 5 Equipe TAM: Manoela Amaro, diretora de Marketing, Victória Guimarães, diretora de Qualidade, Marcelo Mendonça, diretor de Assuntos Corporativos, e Guilherme Cavalieri, vice-presidente. 6 A cantora Paula Lima. 7 Olinta Cardoso, diretora de Comunicação da Vale e Personalidade do Ano em Comunicação Empresarial. 8 Elisa Prado, membro do Conselho Deliberativo da Aberje, faz a abertura do evento. 9 Equipe Itaú. 10 Nemércio Nogueira, diretor de Assuntos Institucionais da Alcoa, Ricardo Terenzi, diretor de Relações Institucionais do Itaú, e Paulo Marinho, gerente de Comunicação do Itaú. 11 Equipe Petrobras. 12 Convidados em confraternização.
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FOTOS: FELIPE GONÇALVES, ISMAR DE ALMEIDA E TATIANA NOLA
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FOTOS: FELIPE GONÇALVES, SMAR DE ALMEIDA E TATIANA NOLA
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13 Augusto Rodrigues, diretor do Capítulo Aberje Campinas, e o deputado Alberto Pinto Coelho, presidente da Assembléia Legislativa de Minhas Gerais. 14 Roberto de Castro Neves, ombudsman do Prêmio Aberje. 15 Equipe Infraero. 16 Paulo Henrique Soares, membro do Conselho Deliberativo da Aberje, Malu Weber, gerente-geral de Marca e Comunicação Corporativa do Grupo Votorantim, e Jean-François Hue, membro do Conselho Deliberativo. 17 Elisa Sarti, gerente de Comunicação da Fiat, Fernanda Mello, jornalista da Petrobras, e Márcia Figueiredo, gerente de Comunicação da Petrobras. 18 Salão de Jantar do Espaço Rosa Rosarum. 19 Thiago Ribas, gerente de RI da Kroton, Aléssia Franco, relações-públicas, e Marco Piquini, diretor de Comunicação da Iveco Latin America. 20 Natália Chaves, gerente de Marketing da Rede Minas, e Elisa Leite, geren-
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te de Comunicação Corporativa da Fiat. 21 Adriana Denadai e Neidi Dondoni, do Grupo Águia Branca, comemoram ao receber o Prêmio Aberje Brasil. 22 Bia Aydar, da MPM Propaganda, Marcio Santoro, da África Publicidade, e Fernando Thompson, da Vale. 17 18
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Empresas do Ano
Comuniquei e venci As dicas das Empresas do Ano em Comunicação Empresarial
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ma escolha nada fácil. Descubra a visão e as ações de destaque dos vencedores selecionados pelo júri
e veja o que eles têm a ensinar.
Região Minas Gerais e Centro-Oeste: Fiat Automóveis
Relacionamento mineiro Nos últimos 15 meses, cerca de 500 jornalistas das principais capitais brasileiras debateram os desafios da mobilidade urbana. A iniciativa é apontada por Marco Antônio Lage, diretor de Comunicação da Fiat Automóveis, como uma das principais ações de comunicação da empresa. Aproximar-se dos formadores de opinião também é o objetivo do programa Fiat de Ponta a Ponta, que promove visitas de universitários à fábrica da cidade de Betim (MG). Em 2008, foram realizadas 18 mil visitações. Internamente, a empresa ainda possui mais um instrumento de relacionamento, o Fale com o superintendente. “Por meio da intranet, qualquer funcionário pode se comunicar diretamente com o CEO”, afirma Lage. O resultado? “Maior aproximação e conhecimento das necessidades deles”, aponta. Outra lição da Fiat é estimular o envolvimento dos gestores da empresa com a Comunicação e incentivar cada vez mais a integração com as demais áreas.
TATIANA NOLLA
Região Sul: Volvo do Brasil
O Volvo way de comunicar Estimular idéias para tornar o trânsito mais humano. Desde 1987 – ano em que completou dez anos no Brasil –, a Volvo mobiliza a sociedade para a redução de acidentes. O Programa Volvo de Segurança no Trânsito é hoje uma das ferramentas para reforçar um pilar indispensável para a empresa. A associação da marca ao conceito de segurança é, segundo Marco Greiffo, analista de Comunicação da Volvo do Brasil, resultado da busca de uma boa imagem perante todos os públicos. Em suas ações de comunicação, uma das principais preocupações da Volvo é reforçar os princípios corporativos. “Os valores principais da marca são as pedras que fundamentam nosso negócio”, confirma Greiffo. O trabalho é sempre norteado pelo Volvo way, ou seja, conceitos de “paixão e respeito pelas pessoas”. Para o analista, construir e manter a reputação e a credibilidade, com ética e transparência, são as principais funções da Comunicação Institucional.
ISMAR ALMEIDA
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Empresas do Ano
Região Norte e Nordeste: Alcoa
No coração da Amazônia Um dos maiores depósitos mundiais de bauxita fica no coração da Amazônia, no município de Juruti. E se você perguntar à população da cidade de 34 mil habitantes – sendo que 60% vivem em 150 comunidades rurais – sobre quem é favorável ao empreendimento da Alcoa de extração no local, saberá que a maioria concorda. Por TATIANA NOLLA
esse resultado, a Comunicação da empresa recebe os méritos. Conforme pesquisa desenvolvida pelo IBOPE, 54% dos moradores são expressamente favoráveis e outros 35% aceitam sem restrições. Para Silvia Hiromi Fujiyoshi, analista de Assuntos Institucionais da Alcoa Mina de Juruti, o resultado coroa o trabalho da equipe, que desenvolveu uma série de ações para se relacionar com a comunidade. São frutos dessa experiência os conselhos para também ser uma Empresa do Ano em Comunicação. “É necessário suor para ouvir as aspirações da comunidade e entender seu jeito de pensar a agir”, afirma Silvia.
Região Espírito Santo e Rio de Janeiro: Unimed-Rio
Comunicação inteligente Em destaque, as histórias de vida de pessoas beneficiadas pelos programas de Responsabilidade Social. Nos anos de 2007 e 2008, essa foi uma das apostas da Unimed-Rio para divulgar projetos desenvolvidos e apoiados pela empresa. Além disso, houve a adoção de normas internacionais para os veículos de comunicação. Um exemplo é o site da cooperativa que, desde janeiro de 2008, atende a critérios de acessibilidade. Dentre as dicas da Unimed-Rio está a análise das necessidades de comunicação antes de iniciar projetos. “Pesquisas, estudos e trabalhos de ISMAR ALMEIDA
benchmarking são úteis para desenvolver ferramentas com resultados efetivos, otimizando os investimentos”, analisa Virginio Sanches, superintendente de Comunicação Corporativa. Paralelamente, a empresa reforça a necessidade de qualificação e capacitação profissional. “É o talento que faz a comunicação corporativa rica, diversa, interessante e inteligente”, afirma. Para ele, com foco e pessoal qualificado, os resultados aparecem.
Região São Paulo: Votorantim
ISMAR ALMEIDA
Agir antes, falar depois O ano de 2008 foi nada menos do que o marco de um plano estratégico de comunicação do Instituto Votorantim. Conforme dizem Lárcio Benedetti e Izabella Ceccato, gerente de Desenvolvimento Sociocultural e gerente de Comunicação do Instituto Votorantim, respectivamente, o resultado foi a unificação e simplificação de mensagens. Batizado de Criando Rotas para o Futuro, o novo posicionamento compreende quatro segmentos – Educação, Trabalho, Cultura e Esporte –, focados no público jovem de 15 a 29 anos. Os vencedores revelam que, para eles, a atuação social deve ser encarada de forma estratégica e que a comunicação não deve ser o objetivo principal, mas sim uma parte do processo. Essa prática está relacionada ao conceito de ‘Comunicação de Atitude’, que norteia as ações no Instituto Votorantim. Segundo este, as marcas devem agir no campo social antes de comunicar. “Só assim as empresas conseguirão obter credibilidade e reputação”, sintetizam.
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Empresas do Ano
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Mina de ouro Vale leva prêmios de melhor empresa e profissional do ano de Comunicação
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‘V’ estilizado em verde e amarelo mostra que, apesar de crescer pelo mundo, a identidade brasileira está ali, forte. Já o formato da letra lembra sua principal ativida-
de – a busca por riquezas minerais. Fazer a gestão de uma nova marca é uma tarefa ousada. Ainda mais em uma empresa com quase 70 anos, como a Vale. Contudo, para a segunda maior mineradora do mundo em valor de mercado – US$ 100 bilhões –, esse é um dos destaques da Comunicação nos últimos anos. O resultado? Dois prêmios Aberje em 2008, nas categorias empresa e profissional do ano.
Estratégias Na Vale, a Comunicação trabalha com um planejamento em ciclos definidos pela empresa – curto, médio e longo prazos. Além
Foram transformações significativas. Criada pelo Governo Federal
da atuação da Comunicação Institucional, Comunicação Interna,
em 1942, a Vale foi privatizada em 1997 e lançou-se em todos os
Comunicação com Comunidades e Gestão de Marca, são desenvol-
continentes. Para acompanhar tal cenário, era preciso uma nova mar-
vidos projetos por tema, território ou processo. “Temos ferramentas
ca. Mas, se manter a identidade brasileira sem conflitar com a atuação
para os públicos de relacionamento, a partir das características, visão
global parecia um desafio, hoje os resultados são expressivos.
e interesse de ambas as partes”, declara Olinta.
“Temos 96% de cumprimento do plano de implantação da nova
Para 2009, a diretora afirma que um dos desafios é consolidar a
marca, sendo que 90% dos materiais produzidos pela Comunicação são
estrutura corporativa para atuação global, considerando as caracterís-
aderentes ao novo branding”, enumera Olinta Cardoso, diretora de Co-
ticas dos territórios. “Queremos, ainda, criar uma cultura de gestão de marca na organização”, revela. Outra meta é a capacitação contínua dos profissionais de Comunicação para se adequarem ao novo mo-
global de imagem com stakeholders e a primeira campanha externa
mento. E dentre as dicas da profissional do ano, está a necessidade de
mundial. “Também foram elaborados planos de Comunicação a partir
que a Comunicação ocupe status de apoio estratégico ao negócio. “É
de diagnósticos territoriais integrados de socioeconomia, bem como
preciso trabalhar além do ferramental, baseado em pesquisa e com
suporte a aquisições e integração com empresas em outros países”.
um forte link com os resultados da empresa”, avalia.
FELIPE GONÇALVES
municação da Vale, premiada pela Aberje. Segundo ela, outros destaques da Comunicação em 2007/2008 foram a realização de pesquisa
Olinta Cardoso, com os dois troféus na mão, rodeada pela equipe de Comunicação da Vale e diretores da Aberje
Personalidades do Ano
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Medalhas de ouro São Paulo
Minas Gerais e Centro-Oeste Nome: Marco Antônio Lage
Nome: Malu Weber
Onde trabalha: Grupo Fiat
Onde trabalha: Grupo Votorantim
do Brasil e Fiat Automóveis
Currículo: gerente geral de Marca e Comunicação do Grupo
para a América Latina
Votorantim e professora âncora em Gestão de Pessoas no
Currículo: jornalista e mes-
MBA da Escola Superior de Administração, Marketing e Co-
tre em Marketing Estratégi-
municação de Campinas (Esamc), em São Paulo. Eleita duas vezes personalidade do
co. Foi repórter de Economia
ano em Comunicação Empresarial no Prêmio Aberje São Paulo. Finalista na catego-
e Cultura dos principais jor-
ria Trajetória Profissional do Prêmio USP de Comunicação Corporativa. Eleita para
nais mineiros, além de corres-
integrar o Conselho Deliberativo da Aberje em 2008.
pondente da Revista Visão. Iniciou sua carreira em
DIVULGAÇÃO
ANTONIO CARREIRO
Saiba quem são os dez profissionais destaques no Prêmio Aberje 2008
Comunicação Empresarial ao assumir a gerência de Comunicação Social do Sebrae-MG. Ingressou LUCIANO BOGADO
na Fiat Automóveis como assessor de imprensa.
Espírito Santo e Rio de Janeiro
Foi promovido para coordenador, gerente e diretor de Comunicação Corporativa, respectivamente.
Nome: Virginio Sanches Onde trabalha: Unimed Rio, Unimed do Brasil e Plano B Comunicação Empresarial Currículo: jornalista. Atualmente é superintendente de Comu-
Norte e Nordeste
nicação Corporativa da Unimed Rio, além de assessor de Comunicação Estratégica da Unimed do Brasil e diretor da Plano B
Nome: Cleide Pinheiro
Comunicação Empresarial. Dirige equipe que ganhou algumas vezes o Prêmio Aberje
Onde trabalha: Temple Comunicação e
Regional e coordena o Comitê de Memória Empresarial da Aberje.
Temple Eventos. Diretora de Comunicação e Expansão da Rede Brasileira de Comunicação Empresarial (RBCE) Currículo: jornalista. Trabalhou na TV Tapajós (afiliada Rede Globo), em Santarém, região do
Sul
Baixo Amazonas. Em Belém, atuou na TV CulTV Liberal (afiliada Rede Globo).
Onde trabalha: Volvo do Brasil
Fundou a Temple Comunicação,
Currículo: relações-públicas. Há doze anos na Comunicação da Volvo do
agência que atua nos Estados do
Brasil. Responsável por inúmeras campanhas de comunicação e proje-
Pará, Amazonas e Tocantins e in-
tos de materiais especiais, como livros, documentários, eventos e
tegra a Rede Brasileira de Comu-
lançamentos internos. Atualmente, coordena o processo de
nicação Empresarial (RBCE),
comunicação com os funcionários e a propaganda institucional,
que reúne 17 agências de
além de editar a revista institucional da marca e o portal corpo-
comunicação em vários es-
rativo da montadora na internet. GUADALUPE PRESAS E HUMBERTO MICHALTCHUK
tados brasileiros.
LUIZ BRAGA
tura, TV RBA (afiliada Bandeirantes) e Nome: Marco Greiffo
Personalidades do Ano Person
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Etapa tapa Brasil Nome: ome: Olinta Cardoso Costa Onde trabalha: Vale Currículo: diretora de Comunicação Institucional da Vale, é graduada em Comunicação Social. Faz parte do Conselho Empresarial da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), do Conselho Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (IDIS) e do Conselho Deliberativo da Aberje. Foi diretora-presidente da Fundação Vale. Hoje, integra o respectivo Conselho.
DIVULGAÇÃO VALE
Consultivo do Instituto Holcim, do Conselho Deliberativo do
Homenagem – Trajetória Acadêmica Nome: Margarida Maria Krohling Kunsch
Nome: Francisco Gaudêncio Torquato
Onde trabalha: Escola de Comunicações e
Onde trabalha: GT Marketing e Comunicação Currículo: jornalista, consultor de marketing institucional e político, consultor
cas, é professora titular na Escola de Co-
de comunicação empresarial, professor
Paulo (ECA/USP). É pesquisadora vinculada ao Conselho Nacional de Desenvolvimento
titular da Universidade de São Paulo e diretor-presidente da GT Marketing e Comunicação. Ex-presidente e atual
Científico e Tecnológico (CNPq), presiden-
vice-presidente da Associação Brasileira
te da Associação Brasileira de Pesquisadores de Comunicação
de Consultores Políticos e Eleitorais
Organizacional e de Relações Públicas (Abrapcorp), membro do
(ABCOP). Conselheiro do Centro de In-
Conselho Consultivo da Associação Brasileira de Comunicação
tegração Empresa-Escola. Integrou a
Empresarial (Aberje), entre outros.
diretoria da Aberje de 1971 a 1976 e de 1981 a 1983.
Nome: Manuel Carlos Chaparro Nome: José Marques de Melo
da questão – www.oxisdaquestao.com.br
Onde trabalha: Universidade Metodista de São Paulo
Currículo: doutor em Ciências da Comunicação e professor livre-
Currículo: jornalista, escritor e pesquisador. Docente-fundador da
docente (aposentado) do Departamento de Jornalismo e Editoração
Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo
na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/
(ECA/USP). Docente de pós-graduação em Comunicação Social da
MEIO&MENSAGEM
Onde trabalha: Escrita e Reescrita Jornalistica Ltda. e no blog O xis
USP), onde orienta ainda teses e ministra
Universidade Metodista de São Paulo, dirige a Cátedra Unesco de
aulas. Ganhou o Prêmio Esso de Reportagem,
Comunicação para o Desenvolvimento Regional.
região Norte-Nordeste, duas vezes, além do
Fundou a Sociedade Brasileira de Estudos Inter-
Prêmio Esso de Jornalismo/Informação Econô-
disciplinares da Comunicação (Intercom) e pre-
mica. Foi presidente da Sociedade Brasileira
side a Federação Brasileira de Associações Cien-
de Estudos Interdisciplinares da Comunicação
tíficas e Acadêmicas de Comunicação (Socicom).
(Intercom). Chaparro também integrou a dire-
Assessora, hoje, o Ministro da Educação na for-
toria da Aberje nos anos de 1975 e 1976, e de
mulação de políticas públicas para o ensino e a
1984 a 1989.
pesquisa e Jornalismo. ACERVO DO PENSAMENTO COMUNICACIONAL LATINO AMERICANO
DIVULGAÇÃO
municações e Artes da Universidade de São
ARQUIVO PESSOAL
Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP) Currículo: graduada em Relações Públi-
18
Campanha de Comunicação de Marketing
Lição
01
Energia do esporte Petrobras investe no Pan-Rio 2007 de olho em novo posicionamento da marca
275
E
m meados de 2005, a Petrobras encomendou uma pesquisa para saber
se a marca da companhia era sinônimo
mil brindes distribuídos
de ‘energia’. O desejo era ser vista e lembrada não apenas como uma instituição de petró-
380
leo e gás, e sim, como uma companhia que investe em outras fontes, como os biocombustíveis. O resultado: apenas 56% dos en-
Etapas Dividida em três fases, a etapa inicial da campanha começou em dezembro de 2006, onde por meio de anúncios em jornais, revistas, outdoors e mídias on-line a Petrobras anunciava o patrocínio ao evento e celebrava a chegada do PAN. Na segunda fase, entre março e julho de 2007, a companhia refor-
trevistados relacionaram a marca com o tema.
mil pessoas impactadas pelas
çou a comunicação do patrocínio e o con-
Uma estratégia de comunicação fez com que
ações promocionais realizadas
ceito de empresa de energia. Por fim, na
a estatal revertesse radicalmente esse quadro.
1,5
Em 2007, uma nova enquete encomendada pela Petrobras mostrou um salto de percepção para 78% do público. O segredo foi o esporte.
milhão de reais em retorno
Com a proximidade dos Jogos Pan-Ame-
de mídia espontânea
ricanos de 2007, realizados no Rio de Janeiro,
desenvolvidos na segunda fase e acrescentou um clima de entusiasmo e euforia com a chegada dos jogos. Outras ações promocionais foram desenvolvidas: a confecção de um balão de 18 metros de diâmetro com o logo da empresa,
a companhia viu no patrocínio do evento, e
bikedoors iluminados que circulavam na orla
nas ações de marketing que daí decorreriam, uma excelente oportunidade de ele-
etapa final, deu continuidade aos trabalhos
var essa percepção. A enorme visibilidade
da cidade, blitz promocionais, instalação de
dos jogos justificava por si só o apoio ao
quiosques dentro dos complexos esportivos,
evento, seja na mobilização da população,
distribuição de material promocional (binócu-
no retorno de mídia espontânea, na reper-
los, braceletes, entre outros) e ações de inte-
cussão nacional e internacional da iniciativa
gração com os atletas na Vila Olímpica.
ou por atingir públicos de todas as idades. Para fortalecer o conceito de ‘múltiplas’ energias, a equipe de Comunicação da Petrobras desenvolveu toda a campanha do Pan-Rio 2007 baseada em quatro pilares conceituais (terra, vento, sol e água) e vinculou a imagem da empresa aos atributos positivos do esporte.
!
Para colocar na agenda Patrocinar eventos esportivos gera
O investimento em ações de marketing
O patrocínio a eventos deve começar
um excelente retorno de mídia
experiencial gera fixação da marca e
bem antes da realização da iniciativa.
espontânea.
estreita o relacionamento com o target.
Campanha de Comunicação de Marketing
Lição
02
Não basta tratar, tem de prevenir Unimed-BH promove campanha de prevenção ao câncer e vira referência para ANS
740
C
om atuais 4.600 médicos cooperados e 740 mil clientes na região metropolitana de Belo Horizonte, a
como mote da campanha a frase: “você não pode parar o tempo, mas pode parar o câncer”. A imagem de uma mão com um laço no
Unimed-BH decidiu, ao final de 2006, ado-
mil clientes na região
dedo indicador, simbolizando e incentivando
tar uma nova posição no mercado: de uma
metropolitana de Belo Horizonte
o autocuidado, lembrava o posicionamento
operadora de saúde que atuava somente no
4.600
tratamento sintomático das doenças para uma que trabalha no campo da prevenção e da promoção do bem-estar. O novo foco,
“você não vai mais se esquecer de você”. Foram desenvolvidos press kits para a imprensa, anúncios em outdoors, spots para o rádio e para TV, palestras sobre o tema e
Saúde Sempre, foi assumido a partir de abril
médicos cadastrados em
atendimentos itinerantes nas empresas clien-
de 2007 e deu início às novas campanhas
toda sua rede de atendimento
tes, criação de um hotsite, uniformização da
de comunicação da Unimed-BH.
equipe de atendimento e a publicação de
2
a
A cooperativa mineira escolheu três tipos de câncer (mama, intestino e colo de útero) para serem discutidos na campanha de promo-
matérias no jornal dos médicos cooperados. Os resultados da campanha mostraram-se tão positivos que a Agência Nacional de Saúde
ção da saúde. Isso porque, além de ter um
melhor operadora de planos de saúde do
(ANS) convidou a Unimed-BH para apresentar
alto índice de incidência sobre a população
País, de acordo levantamento da revista
as estratégias de rastreamento do câncer e de
Exame Melhores e Maiores 2008
brasileira, essas doenças possuem tratamentos que, se realizados na fase inicial, são menos
comunicação com os clientes no IV Seminário de Promoção da Saúde e Prevenção de Riscos
invasivos para os pacientes, têm elevados ní-
Os dois principais desafios encontrados
veis de cura e custos mais baixos. Ou seja, bom
pela Unimed-BH eram mudar a atitude dos
para o cidadão e bom para a cooperativa.
seus clientes, fazendo com que passassem a
e Doenças na Saúde Suplementar.
realizar os exames preventivos, e reforçar o posicionamento de que a cooperativa está focada na promoção da saúde. Estratégia Para estimular seus clientes sem abrir margem para que se sentissem agredidos pela abordagem, a Unimed-BH usou o conceito do “tempo” como fator determinante para mudar o curso de uma história. Assim, usou
!
Para colocar na agenda A utilização de imagens que reme-
Valer-se de múltiplos meios, como inser-
Investir na divulgação para os inter-
tam ao conceito do programa ajuda
ção no rádio, na TV e nas mídias impres-
mediários, no caso os médicos, poten-
na absorção da idéia por parte dos
sa e online, auxilia na propagação da
cializa o processo.
públicos-alvo.
mensagem.
19
20
Campanha de Comunicação de Marketing
Lição
03
Matrículas abertas Petrobras firma parceria com Prominp e alavanca número de inscrições em cursos de qualificação profissional
144
O
Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás (Prominp) realiza, entre outras ati-
mil inscritos em todo o Brasil
que os cursos do Prominp eram uma possi-
vidades, cursos gratuitos de qualificação
bilidade real e gratuita de crescimento pro-
para trabalhadores da indústria petrolífera.
fissional. Para comunicar esse conceito, a
9,29
No entanto, apesar de a proposta ter excelente potencial, os resultados das inscrições para os dois primeiros ciclos do programa fica-
candidatos por vaga para o
ram aquém do esperado. Bastou um efi-
terceiro ciclo dos cursos Prominp
ciente plano de comunicação para haver um
imagem escolhida para ilustrar as divulgações era a de um trabalhador típico do setor de petróleo e gás. Além disso, os nomes dos cursos e do projeto foram simplificados. Para os possíveis candidatos internos da
aumento de 90% de matrículas.
90
Tudo nasceu quando a Petrobras criou, em parceria com o Prominp, o Plano de Comunicação Integrada, que deveria primor-
por cento de aumento com
dialmente elevar em 50% o número de
relação à segunda fase do projeto
Petrobras, foram enviados e-mails, distribuídos cartazes e publicadas matérias na revista corporativa. Já para o público externo, foram distribuídos 21.480 cartazes aos multiplicadores, 72.500 manuais do candidato
inscrições para o terceiro ciclo do programa.
com informações do edital de uma forma mais
Para tal, definiu-se que, por meio de uma
amigável e 106.900 folhetos para distribuição segmentada. Um trabalho e tanto.
linguagem simples, direta e objetiva, o plano
A primeira englobaria desde o Ministério de
envolveria publicidade, relacionamento direto
Minas e Energia até as associações de classe,
À imprensa, foram enviados releases se-
e distribuição focada de folheteria.
sindicatos e instituições de ensino, que seriam
manais. Também eram feitas sugestões de pau-
Assim, o público-alvo
parceiros na divulgação do processo seletivo.
tas com possíveis personagens (alunos que já
foi separado em três
Na segunda, estariam os possíveis candidatos
faziam o curso ou que já tinham concluído e
grandes categorias:
e residentes das cidades com oferta de cur-
estavam no mercado de trabalho) e institui-
multiplicadores,
sos. Por fim, a terceira categoria compreen-
ções em que os cursos eram ministrados.
candidatos em po-
deria a imprensa, que deveria ser constante-
tencial e imprensa.
mente municiada de informações para que desse o retorno positivo desejado. Estratégias O apelo usado tanto na comunicação visual como na campanha publicitária foi de
!
Para colocar na agenda Valer-se de linguagem simples e
Manter a mídia constantemente infor-
Investir na ‘panfletagem’ de material
direta ajuda no melhor entendi-
mada contribui para que o assunto
informativo auxilia na potencialização
mento das informações.
não saia de evidência.
da comunicação.
Campanha de Comunicação de Marketing
Lição
04
Marketing de fusão Bancos Real e Sudameris fazem integração das marcas e superam desafios de comunicação com stakeholders
E
m um processo de fusão de marca, em que em muitos casos uma empresa engloba outra de menor porte, é
comum que clientes e funcionários sintam-
33,9
milhões de reais de incremento na
ciais, as atividades concentraram-se na distri-
carteira de novos negócios
buição de malas-diretas, em ações de geo-
Geomarketing No caso dos correntistas e clientes poten-
marketing e de boas-vindas nas agências e
se inseguros. Para evitar, ou ao menos minimi-
636,7
zar essa desconfiança, a equipe do Banco Real desenvolveu uma campanha de comunicação e marketing voltada para os stakehol-
ders ou, no bom português, para os públicos-
milhões de reais captados no primeiro
alvo do banco. O resultado não poderia ter sido
programa Capital de Giro 13 Salário
melhor: um aumento de 15% no índice de
depois da fusão
O
abertura de novas contas depois da mudança.
nas campanhas de mídia para o rádio, TV e Internet, além de serem dispostas informações no SAC, no portal do banco, nos caixas eletrônicos e no Disque Real. Como resultado direto dessas ações, houve uma retenção de 82% dos antigos clientes Sudameris nos três meses seguintes
1.900
à campanha de marketing, o que superou a
pedidos espontâneos de novos cartões
dos ou ansiedades que pudessem surgir da falta de informação. Dentro de um plano de comunicação que se estendeu por quatro meses, a equiFocada em noticiar e destacar as vanta-
pe do Real desenvolveu atividades voltadas
gens da integração, a equipe buscou trans-
tanto para o público interno como para o
mitir para os clientes e colaboradores do
externo. Junto aos funcionários, as ações
Sudameris quais eram os principais diferen-
focaram-se em conversas face a face com
ciais do Banco Real, como, por exemplo, a
os superintendentes regionais, em um even-
qualidade e personalidade do atendimento.
to geral para os gerentes e executivos e,
previsão inicial de 77%. Em relação às dúvi-
Com essa estratégia, buscou-se contribuir
por fim, em treinamentos nas agências
das e reclamações no SAC, o índice ficou
para aumentar a satisfação dos públicos de
para o auxílio no processo de comunicação
em apenas 10% das ligações, bem abaixo
ambos os bancos, além de neutralizar me-
e retenção de clientes.
da expectativa de 35%.
!
Para colocar na agenda Investir na divulgação das informa-
Ações que capacitem os colaboradores
Pluralizar os canais de informações e
ções para os públicos-alvo ajuda a
a fornecer informações precisas para
de solução de dúvidas aumenta a efi-
evitar especulações e, consequente-
os clientes é outra forma de sanar a
cácia do processo.
mente, medos e ansiedades.
desconfiança.
21
22
Campanha de Comunicação de Marketing
Lição
05
Comunicação Solidária Hospital Pequeno Príncipe lança campanha de captação de recursos e concretiza ampliação de unidade pediátrica
8.125.905
F
undado em 1919, na cidade de Curitiba, o Hospital Pequeno Príncipe atua desde a sua fundação na promoção
da saúde de crianças e adolescentes, de 0 a
milhões de reais foram arrecadados
cializadas, jornais e revistas, além da criação
18 anos. Em 2006, a entidade conseguiu
com todas as frentes de captação
de ferramentas próprias para disseminar a in-
do Conselho Estadual dos Direitos da Cri-
45
ança e do Adolescente (CEDCA), a aprovação para captar quase nove milhões de reais, que seriam destinados à aquisição de
formação a diferentes públicos. Parcerias De todas essas estratégias, com certeza
mobiliário e equipamentos para os quatro
empresas investiram no projeto
o apoio dos parceiros de comunicação mul-
novos andares em construção, onde seriam
em 2006; dessas, 82% reinvestiram
tiplicadores foi o que mais colocou o proje-
em 2007, somando um total de 95
implantados 80 leitos.
empresas investidoras
Os recursos poderiam ser captados pelo benefício da renúncia fiscal, com o qual
6
pessoas físicas (6%) e jurídicas (1%) destinariam parte de seu Imposto de Renda para o projeto. Contudo, a principal dificuldade en-
mil crianças a mais por ano poderão
frentada pela entidade foi tornar essa forma de doação conhecida. Tudo isso sem dispor de
ser internadas graças à ampliação do HPP
to de ampliação do HPP em evidência, já que possibilitou uma divulgação mais efetiva. Por exemplo, com a agência de publicidade JWT foram desenvolvidas três campanhas para a veiculação na mídia televisiva e impressa, no rádio, mobiliário urbano e em outdoors, com os quais também foram firmadas parcerias. Dentre diversas outras ações e alianças, destaca-se a criação de um site exclusivo para
um grande orçamento de marketing. presários foram convidados a apadrinhar o
a captação de recursos com orientações
uma equipe capaz de comunicar a campanha
projeto e também estabeleceu-se parcerias
completas sobre como empresas e pessoas
aos grupos de potenciais investidores. Em-
de comunicação com agências es pe-
poderiam contribuir para os projetos do HPP.
A solução encontrada pelo HPP foi criar
A divulgação para o público interno – cerca de 1.600 funcionários –, e o apoio do Crystal Fashion, principal evento de moda do Paraná, onde famosos desfilavam com camisetas em adesão ao Projeto de Ampliação do Pequeno Príncipe, foram outras importantes ações que permitiram a grande mobilização da comunidade como um todo.
!
Para colocar na agenda
A criação de parcerias com padrinhos,
Ações como os desfiles de moda man-
Trabalhar a comunicação para os públi-
agências de propaganda e veículos de
têm o programa em evidência na mídia.
cos internos ajuda a manter o engaja-
imprensa potencializa a comunicação da campanha.
mento dos colaboradores.
24
Comunicação de Marca
Lição
06
Até na sacola de pão Banestes investe na valorização da cultura capixaba e mostra forte presença dentro do ES
P
126
resente em 100% dos municípios do Espírito Santo, o Banestes concorre di-
agências nos 78
retamente pela mesma fatia de mer-
municípios capixabas
cado com outras instituições financeiras, por vezes com verbas e estruturas maiores. No
2.200
dades das agências mais recentes, sacolas de pão com mensagens convidativas, tais como: “Nossa agência também acabou de sair do forno. Venha conhecer”. Três outras ações de grande aceitação foram a exposição de obras de arte de artistas do Estado nas principais agências do banco, a adesivagem das portas dos elevadores,
empregos diretos são
catracas e vitrines no edifício da direção geral
gerados pelo banco
do Banestes e o patrocínio do banco para os
600
entanto, para diferenciar-se dos concorrentes
municípios capixabas realizarem festas de emancipação política e manifestações culturais. Como resultado, o banco colheu diversas matérias na imprensa, o fortalecimen-
mil clientes em sua
to da marca Banestes e as percepções posi-
carteira de mercado
tivas dos públicos-alvo.
e atrair seu público-alvo, a instituição investe em diferentes formas de comunicação que
viram também de base para o desenvolvi-
valorizem a cultura capixaba.
mento de outras ações, como a colocação
Para criar essa empatia junto aos colabora-
de painéis nas mais de 125 agências do banco
dores, correntistas e atrair novos clientes, a
e a confecção de talonários, cartões-postais,
equipe de comunicação do Banestes, junta-
cartões de natal, agendas, pastas, sacolas
mente com o time da agência MP Publicidade,
de papel, porta-copos, protetores de tela e
desenvolveu um grande número de peque-
mouse pads com paisagens que divulgassem
nas ações. Um dos exemplos foi adesivar a
as riquezas naturais, a história e a arquite-
van de negócios promocionais do banco com
tura do Espírito Santo.
alguns dos ícones capixabas, como os pontos turísticos Pedra Azul, Convento da Penha e
Quentinha
Terceira Ponte, a panela de barro como par-
Para divulgar o lançamento de novas agên-
te da culinária do Estado e a casaca como
cias, a equipe do Banestes desenvolveu uma
instrumento musical típico da região.
estratégia inusitada para cativar os morado-
As imagens características do Estado ser-
!
res. Distribuiu para as padarias, nas proximi-
Para colocar na agenda Investir na valorização da cultura
Ações de oportunidade, como no caso
Pluralizar as ações em pequenos focos
local valoriza os stakeholders e cria
das ‘sacolas de pão’, auxiliam no for-
de atuação aumenta as chances de
empatia juntos aos públicos-alvo.
talecimento da marca da empresa.
sucesso do processo.
Comunicação de Marca
Lição
07
Pisando fundo Iveco promove aceleração da marca e vira referência de comunicação para América Latina
2.487
O
desafio da Iveco, montadora de caminhões e veículos de carga, era reverter o quadro de pouco conhe-
cimento da marca pelo mercado brasileiro,
matérias publicadas na mídia
envolvimento, a Diretoria de Comunicação
fato que culminava com a não-associação
em 15 meses de divulgação
da Iveco organizou o chamado ‘Dia D’, em
do nome da empresa ao seu produto final.
295
Além disso, a companhia desejava sanar outros dois pontos, que eram o desconhecimento dos produtos ‘made in Brazil’ e a
que mais de quatro mil pessoas em todo o Brasil reuniram-se em seus locais de trabalho para celebrar o dia em que a empresa ‘trocava de marcha’ e acelerava para o crescimento.
confusão entre as marcas Iveco e Fiat, já
mil unidades vendidas somente
Além disso, durante toda a campanha, fo-
que a produtora de veículos pesados faz par-
em 2008 no mundo
ram desenvolvidas ações de lançamentos de
te do grupo de origem italiana.
26
veículos, distribuição de kits institucionais, brindes, folders informativos e anúncios publicitários. Um arsenal de divulgação. Como resultado direto desse trabalho, a
mil colaboradores em 33 fábricas
Iveco Brasil teve um crescimento de merca-
em todo o mundo
do de 119%, de acordo com os números da Associação Nacional dos Fabricantes de Veí-
dora como uma empresa inovadora, altamen-
culos Automotores (ANFAVEA), virou refe-
te profissional e tecnológica.
rência de comunicação para as empresas do
Está a cargo da Diretoria de Comunicação
grupo na América Latina e teve seu veículo
gerenciar todo o organograma do departa-
Stralis eleito como o melhor caminhão do
mento, que inclui as comunicações interna
ano de 2007, segundo a revista especializa-
e externa, a publicidade, os eventos e a área
da Autodata. Sucesso completo.
Para tal, a Iveco criou a Diretoria de Co-
de relações públicas. Dessa forma, atinge
municação Integrada, que responde direta-
todos os públicos, sejam eles funcionários
mente para a presidência da companhia e
da empresa, fornecedores, clientes, acionis-
conduz, em parceria com o comitê de comu-
tas, concessionárias e imprensa.
nicação, o trabalho de ponte entre o alinhamento estratégico e a avaliação e feedback
Motivacional
das ações. Com isso, ficou definido que o novo
Para registrar o momento de expansão
posicionamento deveria abordar a monta-
da marca e criar um clima de entusiasmo e
!
Para colocar na agenda Mobilizar os colaboradores em um
Atribuir valor à marca, como no caso a
É fundamental constituir uma área de
dia de ‘mudança’ reforça o senti-
‘inovação’, ajuda no reposicionamento
comunicação independente e com
mento de pertencimento.
no mercado.
alcance estratégico.
25
26
Comunicação de Marca
Lição
08
Combustíveis da comunicação Rede de postos AleSat supera processo de fusão e consolida marca no mercado
5
E
m meados de 2006, as redes de postos ALE, presentes no Sul, Sudeste e Centro-Oeste do País, e SAT, atuantes
a
Na etapa seguinte, a equipe de comunicação da ALE definiu suas diretrizes visuais e passou a reforçar a comunicação junto aos
nas regiões Norte e Nordeste, uniram-se para
maior distribuidora de
colaboradores, valendo-se de ações de dis-
formar uma só empresa, a AleSat Combus-
combustíveis do país
seminação da marca, como a realização de
300
tíveis S/A. Após um extenso estudo mercadológico, a empresa constatou que deveria investir na unificação das marcas ALE e SAT,
milhões de litros vendidos
bem como de sua comunicação visual.
palestras, workshops, confraternizações, promoções internas e na distribuição de brindes (agendas, blocos de papel, calendários, portas-canetas, entre outros).
todos os meses
Para tal, o primeiro passo da empresa foi definir qual seria sua nova marca, para que,
45
assim, pudesse reafirmar para os públicos interno e externo seus valores, missão e visão de mercado. Após pesquisas e avaliação
unidades operacionais em
dos dados colhidos foi definido que a marca
22 estados brasileiros
que representaria a AleSat Combustíveis
Aeroportos A campanha publicitária com o mote “ALE. Combina com você”, divulgada em aeroportos, outdoors e outros veículos, além da distribuição de folders e demais materiais gráficos para os funcionários e
S/A seria a marca ALE. Foram criadas então
consumidores, foram ações que contribuí-
novas diretrizes estratégicas para a marca.
ram, e muito, para o fortalecimento da marca no mercado como um todo. Os resultados desses trabalhos podem ser vistos na melhoria de alguns pontos estratégicos, como no alinhamento da marca (produtos, serviços e comunicação), na definição de guias que orientam as decisões de acionistas e colaboradores, na comunicação mais eficiente com parceiros e fornecedores, e por fim na facilitação do processo de integração dos colaboradores.Todos elementos fundamentais em procedimentos de fusão e aquisição de empresas.
!
Para colocar na agenda Investir no alinhamento estratégi-
Avaliar qual marca seria mais facil-
Criar ações de disseminação para os
co da comunicação visual da
mente incorporada ajuda na redução
colaboradores auxilia no processo de
empresa fortalece a percepção da
dos custos do processo.
transição.
marca no mercado.
Comunicação de Marca
Lição
09
De volta à essência Trabalho de branding retoma os valores da criação da TAM para reposicioná-la no mercado
E
m 32 anos, a TAM se consolidou como
a campanha institucional “Assinaturas”. Ne-
a maior companhia aérea do Hemis-
la, a TAM apresentou sua nova logomarca e
A campanha contou com uma série de
fério Sul. Para manter essa liderança,
levou aos clientes o compromisso dos mais
oito filmes institucionais para a TV com o mote
de 24 mil funcionários.
“Compromisso”, que buscaram traduzir o com-
foi preciso atualizar e modernizar a gestão da empresa, saindo de um cenário regio-
24
nalizado para o atual, globalizado. Para tal, a TAM deu início ao processo de branding em busca de uma linguagem que transmi-
mil colaboradores
tisse a essência e os valores da empresa.
em todo o Brasil
143
revisão do mapa de stakeholders, da arquitetura da marca, além dos atributos e do posicionamento da TAM. Com isso, os prin-
prometimento da TAM de oferecer o melhor serviço. Foram publicados encartes nas principais revistas semanais do País e houve distribuição de folheteria nos postos da empresa e inserção de material em mobiliário urbano, além de outdoors fora da cidade de São Paulo. A nova logomarca, com os contornos mais arredondados e a incorporação de um símbolo estilizado em forma de gaivota, na cor azul, foi exposta em todas as aeronaves,
diferentes destinos
nos ônibus de passageiros, nos veículos da
no Brasil e exterior
divisão de cargas e nos demais pontos de
27.850
O trabalho começou com a investigação e a análise da companhia, passando pela
Ações
contato com clientes. Por fim, foram realizadas algumas ações de comunicação interna, como a criação de um hotsite voltado para os colaboradores
milhões de passageiros
e a troca do antigo crachá de identificação
transportados em 2007
pelo novo modelo.
cipais conceitos que norteiam a atuação da empresa – “espírito de servir”, “comando a serviço” e “paixão por voar e servir” – foram resgatados e adequados ao momento atual. Em seguida, para que todos os funcionários se familiarizassem com a nova cultura e estratégia, foi criada uma campanha de endomarketing, que serviu como base para
!
Para colocar na agenda Realizar pesquisas históricas facili-
Um bom trabalho de branding começa
Ações de comunicação simples, envol-
ta a criação de novos conceitos e a
de dentro para fora; o envolvimento
vendo os funcionários, aumentam o
busca por uma linguagem que
do funcionário é essencial.
sentimento de pertencimento e o
expresse os valores da empresa.
nível de adesão a uma nova cultura.
27
28
Lição
Responsabilidade Histórica e Memória Empresarial
10
Memória itinerante Grupo Águia Branca resgata sua história e põe o pé na estrada para divulgá-la
250
O
s objetivos do Grupo Águia Branca, que integra os serviços de transporte aéreo e rodoviário de passa-
Exposição Surgiu, então, a idéia éi d de criar i uma exposição de memória itinerante, que foi a mon-
geiros, comércio e logística, ao investir 645
mil reais investidos na montagem
tagem de uma réplica do Centro de Memória
mil reais na concepção e construção do Cen-
e execução do projeto
dentro de um ônibus da empresa para levar
Memória Itinerante
tro de Memória Águia Branca, eram o de resgatar e conservar seu acervo histórico,
10
disseminar os valores culturais da organização, disponibilizar informações institucionais relevantes e ampliar a divulgação da insti-
mil quilômetros rodados em
tuição para os públicos interno e externo.
seis estados e 45 localidades
6.500
mil visitantes durante os seis meses de viagem
o seu acervo a outras localidades, onde o próprio motorista do veículo servia como guia turístico e contava a história do Grupo. Após seis meses e mais de 10 mil quilômetros rodados, o projeto voltou para a garagem. O Centro de Memória Águia Branca possui um espaço físico de mais de 200m², 11 mil peças catalogadas e 30 horas em 44 depoimentos gravados. Foi a peça central do “Projeto 60 anos”, que, em 2006, implementou um conjunto de peças e ações de comunicação corporativa, como folders, revista interna e website. Em 2007 e 2008, houve a consolidação do espaço e o incre-
A iniciativa ganhou força não só pelo fato
xa percepção dos colaboradores como inte-
mento de novas ações internas e externas de
grantes de uma unidade organizacional e a
comunicação, com destaque para as ações de
ausência de programas sistemáticos de rela-
assessoria de comunicação interna.
cionamento com a comunidade.
de a empresa completar 60 anos na época
Após a implementação do Centro de Me-
do projeto (2006), mas principalmente de-
mória Águia Branca, o Grupo viu a necessi-
vido ao objetivo de sanar aos problemas
dade de levar a exposição para outros de
enfrentados antes de sua realização, como
seus colaboradores. Isso porque a distribui-
a dificuldade de acesso à história, o trata-
ção geográfica dos funcionários pelo País
mento inadequado dado ao acervo, a bai-
dificultava que fizessem a visitação.
!
Para colocar na agenda Investir no resgate histórico possi-
A criação de um espaço físico para
Possibilitar que colaboradores de
bilita a criação de outras formas
expor a memória da empresa auxilia na
localidades diferentes tenham acesso
de divulgação da marca.
comunicação com os públicos internos
ao mesmo conteúdo histórico da
e externos, como os funcionários e
empresa alinha a comunicação com o
seus familiares, clientes, fornecedores
público interno.
e estudantes.
Lição
11
Responsabilidade Histórica e Memória Empresarial
Fio da meada Vicunha aproveita aniversário de 40 anos da empresa para implementar plano de comunicação
11
C
om mais de 11 mil funcionários alocados em 10 fábricas no País, além de uma recém-adquirida no Equa-
veis, que ao fim formariam um livro, instiga-
dor, a companhia têxtil Vicunha vinha de
mil colaboradores em
va a leitura ao mesmo tempo em que reve-
forte crescimento nos últimos anos. Contu-
10 unidades
lava ao colaborador a figura do líder que
do, devido à complexidade de sua estrutura,
40
o contraponto negativo era que a maioria dos colaboradores desconhecia a história da empresa e mantinha pouca interação entre si.
por cento da produção são
Para sanar esse problema, e aproveitan-
destinados à exportação
do-se do aniversário de 40 anos da corporação, a empresa criou o projeto “Vicunha 40
85
anos”, que tinha como objetivo contar a história da organização e por meio dela estreitar a identidade entre o público interno e a companhia, além de resgatar o orgulho dos colaboradores por fazer parte da instituição.
evoluiu e cresceu com a empresa. Na segunda etapa do projeto, foram distribuídos capítulos com as principais informações e detalhamentos de cada uma das unidades da Vicunha. A terceira fase destinou-se à criação de uma linha do tempo exposta em painéis colocados em pontos estratégicos de circulação em todas as unidades da empresa. Na quarta etapa, foi realizado um concurso
por cento dos colaboradores
cultural, em que eram entregues folhas com
responderam aos questionários
questões sobre cada um dos capítulos, e
O projeto foi conduzido pelo chamado
realizados sorteios de brindes para os cola-
“Time de Comunicação”, formado por cola-
sendo que o primeiro passo foi a criação de
boradores que mais corretamente respon-
boradores de diferentes áreas da companhia.
uma logomarca comemorativa que represen-
dessem às perguntas propostas.
Essa equipe reunia-se periodicamente para
tava, entre outros pontos, a internacionaliza-
Por fim, na quinta fase foi desenvolvido
levar ideias e planejar a execução das ações,
ção aliada à valorização das raízes de tradi-
um vídeo institucional com um panorama
ções da companhia têxtil.
geral da empresa, das fábricas e dos colaboradores, que tinha o slogan: “Você faz parte
Etapas
!
dessa história”, além da criação de um hot-
Dividido em seis grandes ações, o proje-
site recapitulando todas as fases do projeto.
to iniciou-se contando a história da compa-
Na etapa final foi organizada uma festa
nhia e de seu fundador, Mendel Steinbruch.
comemorativa para cada uma das unidades
Por meio de capítulos mensais colecioná-
da companhia.
Para colocar na agenda A contratação de um profissional
O lançamento da obra na forma de
A inclusão de capítulos com descriti-
especializado, no caso o escritor
capítulos mensais criou um clima de
vos de todas as unidades colaborou
Sérgio Mello, ajudou a deixar o
expectativa entre os colaboradores.
para a integração dos funcionários.
texto do livro histórico leve, atraente e de fácil entendimento.
29
30
Responsabilidade Histórica e Memória Empresarial
Lição
12
Pé no acelerador Como a Toyota fez da comunicação sua principal ferramenta estratégica para a comemoração dos 50 anos no Brasil
220
O
objetivo da montadora japonesa Toyota, com o advento de seus 50 anos no Brasil, era marcar o início de
Pluralidade A equipe de comunicação da montadora desenvolveu tanto ações de distribuição de
uma nova era. Para tal, deixou expresso esse
bilhões de dólares foi o faturamento
brindes e materiais informativos, como no
desejo em seu slogan ‘Ampliando Horizon-
da empresa somente em 2007
caso da entrega de 10 mil cartões de natal, sete
tes’. A equipe de comunicação da montadora
71
recebeu, ao final de 2006, a missão de definir as ações de celebração do aniversário, em janeiro de 2008, de maneira a contemplar essa meta com ações à altura da comemoração.
mil agendas, 197 mil malas-diretas e cinco mil exemplares do livro histórico (com a recémpesquisada história da empresa), como ações de reforço de imagem. Surgiram, então, um
por cento foi o recall da
hotsite com a história da instituição, uma
campanha institucional
logomarca comemorativa, um vídeo institu-
1.000
cional e 19 totens de sinalização. A vinda de Shoichiro Toyoda, filho do fundador da montadora no Brasil, foi o destaque na comemoração, já que realizou visitas
convidados, incluindo o presidente
às fábricas brasileiras e participou do evento
Lula, participaram da cerimônia
comemorativo realizado na Sala São Paulo,
na Sala São Paulo
com a participação do presidente Lula, do governador José Serra e do prefeito de São
Para atingir esses objetivos, na primei-
Paulo, Gilberto Kassab.
ra fase do projeto realizou-se o levantamento e sistematização de informações. A empresa Memória & Identidade realizou Os principais desafios foram logo identi-
58 entrevistas que resultaram em 71 horas
ficados, tais como recuperar informações
de história oral da empresa. Na segunda eta-
referentes ao desenvolvimento da Toyota do
pa, foram desenvolvidos produtos e execu-
Brasil, desvincular a imagem corporativa da
tadas as ações de celebração. Por fim, a ter-
imagem do veículo Bandeirante, apresentar
ceira fase compreendeu a continuidade das
a história da empresa no Brasil à luz da evo-
ações, com o desenvolvimento de um plano de
lução no mundo e posicionar a montadora
comunicação alinhado ao conceito de come-
como uma empresa global e brasileira.
moração dos 50 anos da empresa no Brasil.
!
Para colocar na agenda Abranger múltiplas ações de
O planejamento a longo prazo facilita
Conseguir o envolvimento da alta
comunicação permite que diversos
a definição das linhas estratégicas das
gerência, como no caso da vinda de
públicos sejam atingidos.
ações de comunicação.
Shoichiro Toyoda ao País, potencializa as ações de comunicação.
32
Comunicação de Ações de Sustentabilidade
Lição
13
Para garimpar boas notícias Vale aguça faro jornalístico em funcionários e revoluciona a comunicação de temas socioambientais
T
11
ransformar os funcionários em “jornalistas” para identificar pautas em suas áreas de atuação. Em qualquer em-
presa essa tarefa já seria complexa o sufi-
cidades brasileiras foram percorridas em
ciente. Imagine cumprir esses objetivos em
31 dias pelos jornalistas que realizaram trabalho de campo
uma organização do porte da Vale, mineradora sediada no Brasil e que soma mais de
127
153 mil empregados em cinco continentes. Pois essa foi a proposta da iniciativa criada pela mineradora no ano de 2007. Na Vale, os programas socioambientais de grande alcance tinham repercussão na mídia,
temas foram transformados em pautas jornalísticas, para divulgação entre 2007 e 2010
porém pequenas iniciativas passavam despercebidas, fazendo com que elas deixassem
192
de ser valorizadas. A solução era garantir o fluxo de informações entre as unidades operacionais e a assessoria de imprensa. Isso deveria ser feito sensibilizando e mo-
horas de entrevistas com 97 profissionais foram reunidas no trabalho de campo
bilizando os empregados para que identifi-
criado um sistema de acompanhamento geral, com planilhas desenvolvidas para cada uma das cinco áreas do projeto. Além de campos para inserção dos temas, havia lembretes sobre o conceito de notícia e uma relação de assuntos que poderiam se transformar em pautas, bem como um glossário.
cassem práticas socioambientais. As informa-
Paralelamente, três jornalistas realizaram
ções deveriam se transformar em um fluxo de
trabalho de campo em todas as unidades
comunicação estruturado e permanente.
operacionais no Brasil. Os repórteres entrevistaram diretores, gerentes e profissionais
Editores
!
de várias especialidades. Com o volume de
50 funcionários foram treinados
informações, foram produzidas matérias pa-
para atuar como “editores”, centrali-
ra os veículos internos e a assessoria de
zando o recebimento de informa-
imprensa superou em cinco pontos a meta
ções de seus setores e coordenando
de publicação prevista na mídia, que era de
seus “repórteres”. Para facilitar, foi
50% de todas as pautas apuradas.
Para colocar na agenda O trabalho deixou de ser um proje-
Para atuar como “editores”, os funcio-
As planilhas e a publicação do book
to pontual e foi incorporado às prá-
nários passaram por workshops e trei-
Garimpando boas notícias, que reu-
ticas da empresa.
namento na universidade corporativa
niu todo o trabalho, foram a base da
da empresa, com participação de jor-
divulgação de informações socioambi-
nalistas convidados.
entais no segundo semestre de 2007.
Comunicação de Ações de Sustentabilidade
Lição
14
Saúde verde Com a ajuda de ações de comunicação, Hospital-Dia e Maternidade Unimed-BH é o primeiro de Minas Gerais a conquistar a certificação ISO 14001
C
17
omo incentivar o consumo consciente de recursos como água, papel e energia sem prejudicar os pacientes
e ainda conquistar a ISO 14001? Pergunte
por cento de redução no consumo de energia
aos mineiros do Hospital-Dia e Maternidade
19
Unimed-BH (HDMU), os pioneiros no Estado a receber a certificação. E com ela veio a redução do consumo de energia e da gera-
por cento foi a diminuição do consumo
ção de resíduos sólidos.
de antibióticos
Em 2007, o Hospital foi em busca da sustentabilidade ambiental. A meta era a con-
83
quista da certificação conferida às empresas que comprovam engajamento nessa área. Para isso, foram realizados levantamentos dos
a maternidade – passaram a fazer parte da rotina. Nos interruptores, nas impressoras, nos banheiros, nas telas dos computadores e nas escadas, era possível encontrar lembretes pa-
impactos ambientais relacionados às ações
por cento é a redução no peso
ra apagar a luz ao sair, utilizar papel rascunho
cotidianas e a conclusão foi a necessidade
dos resíduos gerados
e até incentivar o exercício físico optando por escadas em vez de elevadores.
de reduzir o consumo de papel, energia e nicação afixou cartazes em todos os setores do
Divulgação de notícias na intranet, cartazes
tinação final adequadas dos resíduos e con-
HDMU com explicações sobre a visão, a missão
sobre a segregação correta do lixo e até uma
trolar as bactérias multirresistentes.
e os valores desejados pelo Hospital. Para ajudar
gincana foram outras ações realizadas. O resul-
água, além de realizar a separação e a des-
A conquista da ISO 14001 só seria possível
na sensibilização e incentivar todos a colocar
tado foi não apenas a conquista da certificação,
com envolvimento do público interno. Para
em prática as atitudes ambientalmente corre-
mas a exposição espontânea na mídia, além da
promover essa mudança de cultura, a Comu-
tas, surgiu a campanha “Abrace o Planeta”,
redução no consumo de energia, de papel, de
cujo principal recurso utilizado foi a adoção de
água, de resíduos sólidos infectantes e do con-
adesivação com as mensagens da campanha.
sumo de antibióticos utilizados em decorrência de infecções hospitalares.
Abrace o Planeta Dois personagens – um menino e uma menina, que representam o negócio do HDMU:
!
Para colocar na agenda A área de Comunicação revisou
O uso de adesivos como principal fer-
Para facilitar a segre--
a Cartilha para Colaboradores, in-
ramenta de divulgação teve o objetivo
gação correta, as lixei--
cluindo informações para preparar
de evitar o desperdício de papel e a
ras foram identificadass
o público interno para a conquista
poluição visual.
por cores.
da ISO 14001.
33
34
Comunicação de Ações de Sustentabilidade
Lição
15
Cidadania (e sustentabilidade) desde o berço Em Horizonte, no Ceará, recém-nascidos recebem certificado de cidadão e muda de cajueiro-anão, planta típica do local
48.620
A
42 km de Fortaleza, capital cearense, um município de 48.620 habitantes teve uma idéia diferente para refor-
criança – com foto e impressão digital do pé
çar a cidadania e ainda atuar em prol da
habitantes formam a população
do bebê – e uma muda do cajueiro. A idéia
sustentabilidade. Em Horizonte, cada recém-
da cidade de Horizonte (CE)
é estimular uma ligação afetiva com a
nascido é registrado no próprio hospital,
50
recebe um certificado de cidadão e ainda ganha de presente uma muda de cajueiroanão precoce, uma espécie de planta bastante comum dessa região brasileira.
registros de nascimento por mês é a média verificada pela Prefeitura
A economia do município de Horizonte, que tem 31 empresas em seu pólo indus-
800
trial, é destaque no Estado. A proximidade com Fortaleza coloca a cidade em posição estratégica, o que resulta em investimentos.
árvore e, consequentemente, com a cidade. Após seis meses, o cajueiro começa a dar frutos que podem se transformar em suco, coincidindo com a mesma época em que a criança para de ser amamentada. Com baixo investimento, uma vez que as mudas são cultivadas pela própria Secretaria Municipal de Agricultura, a Prefeitura verificou que muitas famílias, além de plantar o cajueiro em seus quintais, colocam na sala o
Por causa disso, Horizonte é um local de
mudas já foram distribuídas desde
quadro com o certificado de cidadania da
atração de pessoas, possuindo uma popula-
o início do projeto em 2007
criança. O orgulho dos antigos e novos mo-
ção heterogênea que não necessariamente desenvolve um vínculo com o município.
radores da cidade, para a Prefeitura, é uma Registro
O fato serviu como base para a AD2M
Desde 2007, a família de todo recém-
Engenharia de Comunicação, empresa que
presennascido recebe no hospital um represen-
responde pela imagem da Prefeitura, realizar
tante do cartório, que faz o seu
um projeto que incentivasse a cidadania e a
registro. Em seguida, é forneci-
consciência ambiental dos moradores.
do o certificado de cidadania da
!
manifestação do reforço da cidadania.
Para colocar na agenda A iniciativa da Prefeitura de Horizon-
O registro de nascimento no pró-
te promove melhor qualidade de
prio local ajuda no cumprimento
vida, já que aumenta o número de
à legislação e atende às orienta--
árvores existentes no município.
ções do Fundo das Nações Unidas
A Comunicação preparou todo o mate-
para a Infância (Unicef), que con-
rial sobre a ação, desde o próprio certifi-
sidera o procedimento prioridade para
cado às mensagens que são anexadas às
cada criança brasileira.
mudas entregues.
Comunicação de Ações de Sustentabilidade
Lição
16
Finanças sustentáveis Itaú une estrutura de Comunicação e Sustentabilidade e reforça a que conceito vai além das relações com o meio ambiente
71
O
que um banco tem a ver com sustentabilidade? Absolutamente tudo, conforme o Itaú. Para a organização,
o tema está relacionado ao desenvolvimento
mil colaboradores envolvidos
de uma nova cultura e segue tão próximo à
na mudança cultural do Itaú
comunicação que ambos estão reunidos sob o
4 .5 80
mesmo guarda-chuva estratégico, a Superintendência de Sustentabilidade e Comunicação Interna e Institucional, criada no início de 2008.
pessoas cadastradas recebem
O Itaú declara que há mais de 60 anos
a newsletter Itaú Socioambiental
atua em prol da sustentabilidade, colocando
11
a
é a posição do Itaú entre as 50 empresas com maior prestígio em sustentabilidade no Brasil, conforme o ranking de 2008 da revista Imprensa
Diálogos Para o banco, a reunião de duas áreas transformadoras e que possuem bastante interdependência potencializa o alcance de ambas. Se a mobilização é um dos maiores desafios da sustentabilidade, é a comunicação que oferece os principais instrumentos para isso. A idéia da estrutura é trabalhar os conceitos de forma prática e contínua, e não pontualmente, contribuindo para o envolvimento dos colaboradores. Paralelamente, o banco investe em ações para o público externo por meio de diferentes canais, como workshops com especialistas e formadores de opinião, newsletter e site dedicado às ações do banco. Como resultado, o Itaú comemora a inclusão pela segunda
no centro das estratégias do negócio o con-
vez consecutiva entre as 20 empresas-mode-
ceito que envolve, além do meio ambiente,
lo escolhidas pelo Guia EXAME de Susten-
as relações sociais e as finanças.
tabilidade 2008.
A criação da nova superintendência, resultado da união das áreas de Comunicação Interna e Institucional à área de Responsabilidade Socioambiental, foi uma consequência natural desse posicionamento.
!
Para colocar l na agenda A proposta dos “Diálogos Itaú de
Nos workshops “Sustentabilidade em Pau-
Sustentabilidade”, que existe desde
ta”, é a vez dos jornalistas e especialis-
2007, é reunir especialistas para
tas discutirem o assunto. Como estímulo
apresentar cases de sucesso de outras
à produção intelectual, o Itaú também
empresas. Já foram realizadas oito
possui o “Prêmio Itaú de Finanças Sus-
O ciclo se completa com a Newsletter Itaú
edições, reunindo 1.200 pessoas.
tentáveis”, que premia reportagens e tra-
Socioambiental, que é mensal, e o “Site
balhos acadêmicos.
de Sustentabilidade”.
35
36
Comunicação de Ações de Sustentabilidade
Lição
17
A fantástica fábrica de sustentabilidade Kraft Foods Brasil promove projeto para estimular a consciência ambiental de seus colaboradores
4
S
abe os chocolates Diamante Negro, Bis e os biscoitos Trakinas? A responsável por esses e outros produtos é a Kraft Foods,
mil visitas
a segunda maior indústria alimentícia do mun-
à casa ambiental
do. Mas, além das delícias e do sucesso comercial, a organização percebeu que era pre-
50
ciso estimular a consciência ambiental dos funcionários. No Brasil, a Kraft possui cerca de 7.500 colaboradores para quem foi criado o “Atitude Consciente”.
mil pessoas, dentre funcionários, clientes e membros da comunidade, foram
O plano de ação envolveu ferramentas
impactados pelo Atitude Consciente
de comunicação interna como peças publi-
repleta de conteúdos recicláveis, estimulando a reflexão e a interatividade com as pessoas que trabalham na empresa. Já para os filhos dos colaboradores foi oferecido um concurso em que as crianças deveriam desenvolver brinquedos com material reciclável, sendo os prêmios: uma visita à fábrica de chocolates da companhia e a possibilidade de conhecer o local de trabalho dos pais.
citárias, newsletters, matérias na intranet e
700
jornais-mural, além de interações e promoções com os colaboradores. Foram afixados
ideias sustentáveis, fornecidas pelos colaboradores, foram recebidas após um ano de realização do projeto
Economia A Kraft considera o projeto uma grande vitória, pois a ação que foi criada, inicialmente, com o objetivo de sensibilizar os colaboradores, superou as expectativas e gerou um uso mais racional e consciente de recursos. Houve a troca
cartazes informativos com dicas simples para
de 100% do papel alcalino por reciclado e uma
exercer a sustentabilidade nas ações cotidia-
economia de aproximadamente R$ 500 mil em
nas, seja em relação ao consumo de ener-
energia e água. A iniciativa do projeto e os
gia ou de água, por exemplo.
resultados obtidos foram noticiados por 11
Por acreditar na força do projeto, a área de Comunicação expôs uma “casa ecológica”
!
veículos de imprensa, um valor de divulgação espontânea avaliado em R$ 150 mil.
Para colocar na agenda Para estimular a participação, a área
Por sugestão dos funcionários, foram
Durante a festa de fim de ano, o Kraft
de comunicação criou um display
adotadas na empresa canecas pessoais
Music Festival, os sistemas de coleta se-
em formato de árvore em que cada
e camisetas feitas com algodão reci-
letiva e o uso de materiais recicláveis fo-
colaborador podia deixar a sua dica
ET. clado e garrafas PET.
ram implementados em um evento para
em prol da sustentabilidade.
cerca de 5.000 pessoas, que entre as atrações trouxe bandas de renome como o Jota Quest.
Comunicaçao de Açoes de Sustentabilidade
Lição
00
Nonono nonono Nonononon nononono onononono nononono nonononon nononono onononono nononono
000
mmy nostisit non ulluptatie duis
N
venim dolorpe ratinciduip ex eugiametue
am in hendigna feuip etum dolor
faci endiate dit adip ex erostrud magna
sequat. Aciliquatie dignisl iusci tat.
consed magnis et aliquis dip eum veliqui te
Ut ad tatie et ipis del in esto cor suscidunt
nonononon doluptat wis nulla atnononono at, quissit praese
lore min eugiam er sumsan exercip sustisit
nonono modipsumsan exero odionum modolum
adipsuscilit lum quamcommy nonsectet alisl
sandionse tat. Tincipi smodolor augiamet ut
iriureetummy nulla commodigna at. Incip
ad et adit wisl ullummod eniamco nullam
elis eu feu faccum quat.
strud eril utpating et nulputem ad tis nim
0000
Unt wissit dipiscipit praestie magnim
vent luptate vel diam veliquip et nostion
ipsum vero odoloboreet la faci tio el inisit,
nonononon sequat wissi blan henitnononono laore dolorem nos
consed do odionse dolobor si eliquisim vele-
nonono nulput laor iril esequiscinim zzrit alismolor-
nim dolut wis dolum nulputpat iusci bla
em eriusto core mod eugiatue minciliscil et
feum zzriusci tat. Duissi eugait ad ercili-
atem iure feum et, quatio od tem iriurem
quam, susto diamet duissit, volore faci blaor
ver si.
senim vent inim veniat la conulla
000nono
To ea facipit irit wis dolore dunt velenonononon secte dolobor periure nononono dolorper sum non-
Nonononon
nonono secte dolore vullam, con volobore magnim
Ilit lamcortissim dipsusto do etum venim
iliquat, quis nim accumsan venissequis dolor
doloborting er sustrud eumsan esenis nonse
aut alit vel utet amet adionsent alit wisisci
min velesequi eril dip et adipit in ullan utat
bla facidunt velesecte minim zzrit, quam-
vel ex eriusti ncipit iliquat alit adigna faci
com modionsecte modolorem vendion
blaoreet ad delit, coreet vullametum augait
ullaorer se core magnism olorer iustrud tio
dunt alit accummy nis er accum velenibh
odo odo odoloboreet non utpatin iametue
endiat. Usci blaor ad tem zzriurem autpat
erit ilis nullandiatin henisl eugait digna fac-
nostrud ting elesequate dolorem elesectem
cum velit wiscilit aute tat alit vercin vulla
do dolent verosti scilit lor sum zzril dolor
feui tet non ullaortisit lan hendre esectet,
sisit iriure modolortisim velit lumsandrem
sequam eu facidunt velestie dolore con-
del utpatumsan vel del eugait in ex eum
sectem aut nonsent wis alis eu fa
dolutat, si. Giamcorpero dolortisl ulluptatue dolorper sequissi. Or augue te delisit ut aliquat, quipit
!
Para colocar na agenda Issit ad et lum zzrilis ad magna
Issit ad et lum zzrilis ad magna consed
Issit ad et lum zzrilis ad magna consed
consed te et wisi bla consenim dit
te et wisi bla consenim dit wis adit
te et wisi bla consenim dit wis adit
wis adit ulputem do ea commod
ulputem do ea commod
ulputem do ea commod
37
38
Comunicação e Relacionamento com a Comunidade
Lição
18
Mangue beat Unimed-Rio se articula com a comunidade e promove transformações no meio ambiente e na realidade social
80,2
O
mangue, ecossistema característico de regiões litorâneas do Brasil, vive sob ameaça com o crescimento das
cidades. Era o caso da Ilha da Gigóia, às mar-
mil litros é o resultado total de
gens da Lagoa da Tijuca, no Rio de Janeiro. Mas
lixo retirado do manguezal desde o início do projeto
a situação crítica de parte do manguezal dessa região foi revertida pela Unimed-Rio, que iden-
1.050
tificou uma ótima oportunidade de promover transformações no meio ambiente e ainda se relacionar com a comunidade vizinha à sua
pessoas já foram beneficiadas
sede administrativa, na Barra da Tijuca.
com o Arredores
A Unimed-Rio, com 36 anos de atuação e mais de 650 mil clientes, idealizou o Projeto
400
Arredores, implantado em outubro de 2006. A
crianças já participaram das ações de educação ambiental
ceira vertente, a Escola de Informática e Cidadania (EIC), oferece, em parceria com o Comitê pela Democratização da Informática (CDI) e Instituto Terrazul, cursos de informática com o objetivo de promover a cidadania e a inclusão digital.
iniciativa contempla quatro frentes de atuação. A primeira, o Mangue Saudável, tem objetivo
!
Mais ações
de revitalizar e preservar o manguezal localiza-
Por fim, existem as ações de capacita-
do nos fundos do prédio da Unimed-Rio, com
ção comunitária, formadas por dois progra-
apoio de moradores, Organizações Não-Go-
mas – Gestão de Pequenos Negócios e Jo-
vernamentais (ONGs) e especialistas.
vens Comunicadores. No primeiro, idéias para
Já a segunda frente envolve a educação
aumentar a geração de renda dos comercian-
ambiental para crianças – filhos de colabo-
tes da ilha são discutidas; no segundo, jovens
radores, moradores das comunidades pró-
aprendem técnicas de comunicação e se trans-
ximas ou alunos de escolas públicas e priva-
formam em profissionais de televisão e vídeo,
das da região, que participam de atividades
sendo capazes de filmar, editar e produzir re-
sobre preservação do meio ambiente. A ter-
portagens para a TV comunitária da Ilha.
Para colocar na agenda Ao se envolver na limpeza do man-
Para a Unimed-Rio, o projeto ajudou a
Com o Jovens Comunicadores, os adoles-
guezal, a comunidade passou a atuar
estabelecer uma relação de confiança
centes tornam-se agentes multiplicadores,
como fiscal da área, informando a
com a comunidade da Ilha da Gigóia.
além de aprender técnicas que podem
Unimed-Rio sobre ações irregulares.
auxiliar em seu futuro profissional.
Lição
19
Comunicação e Relacionamento com a Comunidade
Árvore da vida Fiat transforma jovens em “jornalistas” e contribui para valorização de bairro
S
65,1
e você tivesse uma empresa próxima a uma comunidade com alto índice de analfabetismo, desemprego e criminalidade,
o que faria? A Fiat, localizada em Betim (MG),
por cento de aumento do compromisso nos
respondeu a essa questão com a criação de um
estudos após a criação do programa Árvore da Vida
projeto social que visa abranger todos os moradores. O resultado foi a ampliação do interesse
400
nos estudos e no número de cidadãos com carteira assinada. O Jardim Teresópolis reúne três bairros, somando 30 mil pessoas, e fica bem em frente à fábrica da montadora. O local era visto como
pessoas, dentre as 777 que participaram dos cursos de capacitação profissional, estão trabalhando atualmente
um dos pontos mais perigosos da cidade. Com o objetivo de promover o desenvolvimento humano, social e econômico, a Fiat criou, em
cooperativa para o trabalho com produtos ar-
2004, o programa Árvore da Vida.
tesanais. Além disso, foi criada a TV Árvore da
O foco era atender aos jovens e suas esferas
Vida, com o auxílio da Pontíficia Universidade
de relacionamento, como família, escola e soc-
Católica de Minas Gerais (PUC-Minas). Dez
iedade. Foram oferecidas ações socioeducativas
jovens aprenderam técnicas de telejornalismo
– aulas de dança, canto, música, esporte, cursos
e, em conjunto com profissionais, produziram
de capacitação profissional – e formou-se uma
oito programas de televisão sobre a realidade do Jardim Teresópolis.
último, o quadro “Mensagem”, encerrava com um estímulo à reflexão da comunidade.
Cidadania
!
Os programas foram veiculados pelos ca-
Com duração de 15 minutos, cada progra-
nais PUC TV e TV Betim, gerando resultados ex-
ma foi dividido em três quadros. O primeiro,
tremamente positivos na avaliação da Fiat. Para
chamado de “DiverCidade”, trazia uma maté-
a montadora, além de encontrar uma forma de
ria principal sobre o bairro, sendo o nome es-
se comunicar com a população, o projeto con-
colhido para simbolizar uma nova forma de
tribuiu para a elevação da auto-estima dos jo-
enxergar a comunidade. O segundo, “Figuras”,
vens participantes, reforçando a importância
abordava pessoas interessantes do local e o
da comunidade em que estão inseridos.
Para colocar na agenda A criação de vínculos sociais é tema
O projeto proporcionou interação entre os
A utilização da Comunicação visou à
incorporado pela alta liderança da
jovens, a comunidade e a universidade,
mobilização social, despertando os mo-
Fiat e visto como estratégico para
com participação em todas as decisões que
radores para a responsabilidade perante
a empresa.
envolveram a produção dos programas.
o bairro.
39
40
Comunicação e Relacionamento com a Comunidade
Lição
20
As luzes do diálogo Para a construção de usina hidrelétrica, Companhia Energética São Salvador aposta na negociação com a comunidade
94,8
C
onstruir uma usina hidrelétrica envolve mais do que competência tecnológica. Nessa tarefa, a credibilidade e
por cento da população afirmam que
o relacionamento com as comunidades afeta-
as informações ajudaram no
das pela formação do reservatório também são
entendimento das mudanças
indispensáveis. Para a Companhia Energética
causadas pela usina
São Salvador (CESS), o desafio ainda era vencer com criatividade os boatos, as distâncias e
690
a escassez de canais e veículos de comunicação. Desde 2002, a CESS tem a concessão para a construção da Usina Hidrelétrica São Salvador.
atendimentos foram feitos pelo
O projeto previa a implantação de um reserva-
telefone gratuito
tório que atingiria municípios no Tocantins – São Salvador do Tocantins, Palmeirópolis, Paranã e,
3.300
em Goiás – Cavalcante e Minaçu. Como o início das obras só ocorreu em 2005 e a contratação da equipe de comunicação, em 2006, falsas expectativas foram geradas pela população.
atendimentos foram feitos pessoalmente por técnicos da CESS, de janeiro de 2007 a maio de 2008
Novos canais Nenhum dos municípios atingidos possuía bancas de jornais e havia apenas duas emissoras de rádio. As grandes distâncias e a carência de infra-estrutura eram outros obstáculos. O plano de ação, que começou em 2006, estabeleceu canais para atendimentos voltados à população, feitos presencialmente ou via telefone gratuito (0800). Foi criado um Foro de Negociações para análise dos impactos do empreendimento que
!
Era preciso possibilitar a compreensão
reuniu representantes da empresa, do Ministério
das mudanças necessárias nas comunida-
Público, Prefeituras, Câmaras, associações locais
des, informando seus direitos. Ao mesmo
e movimentos sociais. Dois programas de rádio
tempo, buscava-se o reforço da imagem da
e um jornal impresso, aliados a folders, cartilhas
CESS como fonte confiável de informações,
e palestras, completaram as estratégias. Como
para estabelecer e manter a credibilidade
resultado, 75,19% das aquisições das proprie-
fundamental para a negociação.
dades atingidas foram amigáveis.
Para colocar na agenda A comunicação da CESS realizou um
A credibilidade conquistada foi a chave
Nas dez sessões do Foro de Negociações
estudo da população e elaborou um
para o diálogo e a negociação, na opinião
houve participação da diretoria da CESS,
plano de ações. Há presença de um
da CESS.
para garantir que as questões esta-
jornalista em tempo integral no local.
vam sendo tratadas diretamente com quem decide.
Lição
21
Comunicação e Relacionamento com a Comunidade
A arte democrática Instituto Votorantim incentiva acesso à cultura e aumenta em mais de 200% sua exposição na mídia
A
25
praça lotada, o carrinho de pipoca no canto e as expressões de quem, pela primeira vez, vive as emoções do ci-
milhões de reais foram investidos
nema. A proposta da “Caravana do Cinema
no Programa de Democratização
Brasileiro” é levar gratuitamente produções
Cultural em 2007
cinematográficas para mais de 30 municípios. Trata-se de um dos projetos apoiados
170
pelo Programa de Democratização Cultural Votorantim, que busca minimizar o descompasso existente entre a produção cultural e o acesso pela população brasileira.
ção dos funcionários.
matérias foram divulgadas espontaneamente pela mídia em 2007, um aumento de
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e
209% em relação ao ano anterior
Estatística (IBGE) confirmam: 91% dos municípios brasileiros não possuem sala de cinema e
228
apenas 21% contam com teatros ou salas de espetáculos. Sabe-se, ainda, que cerca de 14
municípios atendidos pelos projetos apoiados
Especialistas Foi realizado um seminário gratuito, para reflexão sobre o acesso à cultura, com participação de especialistas e formadores de opinião. A publicidade organizou veiculação em revistas de circulação nacional, bem como peças de comunicação. Em 2007, foram registradas 1.558 inscri-
milhões de pessoas não têm disponibilida-
ções. Como consequência, em 2008, foram 50
de gratuita de livros. É aí que entra a idéia da
projetos apoiados e 760 mil pessoas beneficia-
Votorantim, que desde 2006 apoia projetos
das, sendo que, ao todo, as iniciativas atende-
que tenham o acesso cultural como foco.
ram 228 municípios. Além da “Caravana do
O Programa contou com um Plano de
Cinema Brasileiro”, apresentações de concertos
Comunicação Integrada que, segundo a
pelo Brasil e instalação de bibliotecas comunitá-
empresa, garantiu unidade em relação à
rias foram outras ações selecionadas. Como
percepção pública. A Comunicação In-
resultado, o número de inscrições para o próxi-
terna encarregou-se de divulgar infor-
!
mações sobre a iniciativa e estimular a participa-
mo programa já saltou para 2.151 projetos.
Para colocar na agenda A abrangência nacional é importante:
Foram realizados eventos de capacitação
O Instituto Votorantim se aproximou
projetos de todas as regiões brasileiras
com funcionários e parceiros dos projetos
das Secretarias de Cultura Municipais,
podem se inscrever no programa
para que a orientação aos proponentes
Estaduais e Ministério da Cultura, for-
da Votorantim.
fosse feita de forma organizada. Um ma-
talecendo o relacionamento com estes
nual e um vídeo com instruções para a
órgãos públicos.
elaboração de projetos culturais também orientaram os proponentes.
41
42
Comunicação e Relacionamento com a Comunidade
Lição
22
Boa vizinhança Petrobras promove programa de apoio a iniciativas sociais na cidade paranaense de São Mateus do Sul
40
V
ocê sabe o que é Karolinka? Pergunte a algum dos moradores da cidade de São Mateus do Sul, no sudeste para-
naense, e, provavelmente, terá a resposta.
mil habitantes da cidade
Trata-se de uma música polonesa, muito po-
de São Mateus do Sul
100
pular, que batiza um grupo folclórico apoiado pela Petrobras por meio do Programa Atitude SIX. Com atuação na cidade há 54 anos, a empresa criou um projeto para va-
anos é a idade da cidade de
lorizar iniciativas de caráter social, fortalecen-
São Mateus do Sul
40
do os laços com seus vizinhos. Colonizada por alemães e poloneses, a cidade de São Mateus do Sul está familiari-
inscrições no Projeto
zada com o trabalho da Unidade de Negócio
Atitude SIX
da Industrialização do Xisto (SIX). O xisto betuminoso é uma rocha a partir da qual são produzidos diferentes combustíveis e a
Responder a essa demanda e fortalecer
proximidade geográfica dos bairros com as
a relação com a cidade era o desafio. A ideia
áreas de atuação da Petrobras é bastante
foi, então, desenvolver um projeto que pro-
Karolinka, a Petrobras selecionou “Levando
grande, assim como são comuns as solicita-
porcionasse oportunidades iguais a todos
o Riso e o Sorriso”, ”Informação e estatística
ções de apoio por parte da população.
os pedidos por meio de um edital de sele-
– valorizando o saber”, “Família, educação e
ção. Os recursos oferecidos seriam de, no
muito amor”, “Consciência verde”, “Reciclando
máximo, R$ 30 mil por projeto, com acom-
para reciclar” e “Manutenção das famílias ca-
panhamento e fiscalização das ações.
rentes visando o desenvolvimento da criança”. O Programa Atitude SIX, para a Petrobras,
Selecionados
!
ajudou a reforçar a percepção junto à comuni-
Foram escolhidos sete projetos, que
dade local de que os processos de apoio são
abrangiam iniciativas relacionadas ao meio
públicos e têm regras claras, proporcionando
ambiente, grupos de apoio, inclusão digital
maior credibilidade e sintonia no relacionamen-
e saúde bucal. Além do grupo folclórico
to entre a empresa e a sociedade.
Para colocar na agenda Para a Petrobras, o programa propor-
A criação do edital permitiu a gestão
Em 2008, a experiência e as iniciativas
cionou, além de retorno positivo de
permanente das demandas por apoio.
similares de outras unidades da Petrobras
imagem junto à comunidade, maior
estimularam a empresa a adotar um pro-
visibilidade e credibilidade para o pro-
cesso padrão em toda a região Sul em SP,
cesso de seleção local de projetos.
lançado em setembro.
Comunicaçao de Açoes de Sustentabilidade
Lição
23
Nonono nonono Nonononon nononono onononono nononono nonononon nononono onononono nononono
000
N
mmy nostisit non ulluptatie duis am in hendigna feuip etum dolor sequat. Aciliquatie dignisl iusci tat.
Ut ad tatie et ipis del in esto cor suscidunt
nonononon nononono
lore min eugiam er sumsan exercip sustisit
nonono
adipsuscilit lum quamcommy nonsectet alisl
0000
iriureetummy nulla commodigna at. Incip elis eu feu faccum quat. Unt wissit dipiscipit praestie magnim ipsum vero odoloboreet la faci tio el inisit,
nonononon nononono
consed do odionse dolobor si eliquisim vele-
nonono
nim dolut wis dolum nulputpat iusci bla
000nono
feum zzriusci tat. Duissi eugait ad erciliquam, susto diamet duissit, volore faci blaor senim vent inim veniat la conulla
nonononon nononono nonono
Nonononon Ilit lamcortissim dipsusto do etum venim
To ea facipit irit wis dolore dunt velesecte dolobor periure dolorper sum nonsecte dolore vullam, con volobore magnim
doloborting er sustrud eumsan esenis nonse
venim dolorpe ratinciduip ex eugiametue
iliquat, quis nim accumsan venissequis dolor
min velesequi eril dip et adipit in ullan utat
faci endiate dit adip ex erostrud magna
aut alit vel utet amet adionsent alit wisisci
vel ex eriusti ncipit iliquat alit adigna faci
consed magnis et aliquis dip eum veliqui te
bla facidunt velesecte minim zzrit, quam-
blaoreet ad delit, coreet vullametum augait
doluptat wis nulla at at, quissit praese
com modionsecte modolorem vendion
dunt alit accummy nis er accum velenibh
modipsumsan exero odionum modolum
ullaorer se core magnism olorer iustrud tio
endiat. Usci blaor ad tem zzriurem autpat
sandionse tat. Tincipi smodolor augiamet ut
odo odo odoloboreet non utpatin iametue
nostrud ting elesequate dolorem elesectem
ad et adit wisl ullummod eniamco nullam
erit ilis nullandiatin henisl eugait digna fac-
do dolent verosti scilit lor sum zzril dolor
strud eril utpating et nulputem ad tis nim
cum velit wiscilit aute tat alit vercin vulla
sisit iriure modolortisim velit lumsandrem
vent luptate vel diam veliquip et nostion
feui tet non ullaortisit lan hendre esectet,
del utpatumsan vel del eugait in ex eum
sequat wissi blan henit laore dolorem nos
sequam eu facidunt velestie dolore con-
dolutat, si.
nulput laor iril esequiscinim zzrit alismolor-
sectem aut nonsent wis alis eu fa
Giamcorpero dolortisl ulluptatue dolorper sequissi. Or augue te delisit ut aliquat, quipit
!
em eriusto core mod eugiatue minciliscil et atem iure feum et, quatio od tem iriurem ver si.
Para colocar na agenda Issit ad et lum zzrilis ad magna
Issit ad et lum zzrilis ad magna consed
Issit ad et lum zzrilis ad magna consed
consed te et wisi bla consenim dit
te et wisi bla consenim dit wis adit
te et wisi bla consenim dit wis adit
wis adit ulputem do ea commod
ulputem do ea commod
ulputem do ea commod
43
44
Eventos Especiais
Lição
23
Real e virtual Vale recria Reserva de Linhares e oferece uma muda para cada jornalista na Amazônia e no Second Life
S
500
ons de pássaros e cachoeiras, aromas de mata e espécies vegetais ameaçadas de extinção. Um passeio em algu-
ma floresta? Quase. Trata-se da coletiva de
unidades de plantas raras foram trazidas
imprensa realizada pela Vale para fechar o
da Reserva Natural da Vale, em Linhares
ano de 2007. No evento, uma das surpresas foi uma réplica da Reserva Natural da Vale, localizada em Linhares, no Espírito Santo. E outra foi o plantio de mudas virtuais que acabaram se tornando plantas reais. Era preciso uma ideia criativa na coletiva
2
300
m e 3m de altura eram as medidas do espaço que abrigou a réplica da floresta
de fim de ano, o mais importante evento
40
dos executivos com imprensa. A proposta foi a reprodução da Reserva de Linhares, o maior viveiro da América Latina, com várias
horas ao mês de exposição
espécies ameaçadas de extinção.
da Vale na TV
O local do evento, um amplo salão no
as árvores escolhidas ganharam placas de identificação, com o nome de cada um. Quando terminaram a ação, os jornalistas
prédio da Firjan, centro de negócios do Rio de Janeiro, foi transformado em uma flo-
ficaram sabendo que a Vale havia plantado
resta com espécies vegetais, recursos sono-
árvores reais na Floresta Nacional de Carajás,
ros e aromatizantes. A iluminação especial,
na Amazônia, também identificadas por pla-
que simulava a luz solar e sombreado da
cas com seus nomes. Além dos jornalistas
copa das árvores, completou o clima.
presentes, mais mil profissionais do Brasil e do exterior receberam como brinde uma fo-
Espécie
!
tografia de suas mudas. Todos podem acom-
As surpresas do evento não pararam por
panhar o crescimento delas a cada três me-
aí. Os profissionais da imprensa foram os pri-
ses, no hotsite “Minha Árvore”, na Sala de
meiros visitantes da Amazônia Virtual, no
Imprensa do site da Vale. A ação teve um
ambiente Second Life. Os jornalistas puderam
forte impacto, resultando em divulgação es-
escolher uma espécie tropical para “plantar” e
pontânea e agradecimentos.
Para colocar na agenda A criatividade em proporcionar uma
A união entre real e virtual aproveitou o
Para a Vale, os detalhes – sons de pás-
experiência sensorial envolvendo a
boom do Second Life, que na época
saros e cachoeiras, aromas de mata e
temática ambiental despertou a aten-
havia sido lançado em versão brasileira
almoço com pratos da culinária amazôni-
ção dos jornalistas.
apenas oito meses antes.
ca – podem valorizar muito uma estratégia de comunicação.
Eventos Especiais
Lição
24
A séria (e divertida) arte de exercer cidadania Assembléia Legislativa de Minas Gerais cria projeto para estimular a participação política nos jovens
19
O
s escândalos como Operação Satiagraha, Mensalão, Sanguessugas e outros bastante conhecidos não
ajudam. Resultado: o descrédito da popula-
mil adolescentes foram mobilizados
ouviam palestras sobre política e assistiam
ção quanto à política cresceu bastante.
de março a abril de 2008
a peças de teatro, que transmitiam concei-
Imagine, agora, os reflexos que esse contex-
8
to tem nos jovens. Como desenvolver a consciência e a participação política? Quem se propôs a tentar resolver essa questão foi a Assembléia Legislativa de Minas Gerais, que literalmente foi atrás da garotada. Em Minas Gerais, a Assembléia identifijovens com 16 e 17 anos, apenas 203.958 possuíam título de eleitor. Ainda que o voto
Treino Os alunos também podiam tirar na hora
mil pessoas compareceram ao
o título de eleitor e a carteira de identidade.
show de encerramento
Depois, era o momento de treinar o voto nas
180
cou que, apesar do Estado registrar 474.140
tos essenciais de cidadania.
urnas eletrônicas e opinar sobre temas polêmicos, como cotas para negros nas universidades e redução da maioridade penal. Claro que não podiam faltar os recursos multimídia,
matérias foram veiculadas
e quem quis registrar na hora todos os acon-
em diferentes mídias
tecimentos pôde colaborar com o blog criado para o evento, participando de workshops de
nessa idade não seja obrigatório, os números
!
fotografia, vídeo e texto para web.
refletem a realidade brasileira, que aponta pa-
Em aproximadamente um mês o “Expres-
ra um distanciamento crescente da política.
so Cidadania” percorreu 17 cidades de todas
Para ajudar a reverter essa situação, foi
as regiões de Minas, contabilizando 4.814
criado, em 2008, o “Expresso Cidadania”,
títulos de eleitor emitidos. Houve divulgação
que teve como público-alvo estudantes de
em rádio, televisão e mídia impressa e tam-
ensino médio da rede pública estadual. Por
bém foi disponibilizado um hotsite com infor-
meio dos ônibus do projeto, estudantes e
mações sobre o projeto. O programa se encer-
professores eram levados a um local onde
rou com a realização de shows musicais.
Para colocar na agenda Colocar os jovens em contato di-
A possibilidade de expressar suas opini-
O “Expresso Cidadania” teve procura
reto com representantes de insti-
ões e idéias por meio do blog foi vista
dede escolas que não pude-
tuições políticas foi uma estratégia
como uma excelente iniciativa para mobi-
anram participar e há deman-
para ajudar a modificar a percep-
lizar os participantes.
ão da para a continuação
ção negativa.
do projeto.
45
46
Eventos Especiais
Lição
25
Espetáculo latino-americano Sustentável 2007, promovido pelo CEBDS, consolida-se como o mais importante evento do setor na América Latina
4
H
oje, a palavra “sustentabilidade” tem um significado que vai além do que está expresso na maioria dos dicio-
nários. De “qualidade de ser sustentável”, o
mil jornalistas foram contatados pela
de concepção, planejamento, organização,
conceito transformou-se em uma nova for-
assessoria de imprensa do evento
montagem, captação de patrocínio, assessoria
ma de enxergar o meio ambiente, as relações
158
sociais e as finanças. A importância do tema dá ideia dos desafios encarados na organização do Sustentável 2007, evento realizado de 24 a 26 de abril do mesmo ano, no Parque do
matérias, entre abril e maio de 2007,
Ibirapuera, zona sul da cidade de São Paulo.
foram veiculadas na mídia
A proposta do Conselho Empresarial Bra-
7
sileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) era dar maior visibilidade ao tema, reunindo autoridades, representantes de ins-
palestrantes de vários países participaram do Sustentável 2007
de imprensa, elaboração de publieditorial e publicação do programa do evento. Sucesso Conforme a CDN, o esforço resultou na presença de aproximadamente 3.300 pessoas no congresso, em conferências e oficinas. Já a Feira de Sustentabilidade, com programação cultural e estandes que apresentaram exemplos de projetos bem-sucedidos de sustentabilidade – recebeu cerca de 20 mil pessoas. Embora a sustentabilidade ainda esteja ganhando espaço na mídia, o Sustentável
tituições públicas e privadas, empresários,
2007 obteve destaque, na opinião da CDN.
ONGs e comunidades acadêmicas de vários
As reportagens veiculadas ajudaram a tor-
países para debater e trocar experiências sobre
nar o evento, o conceito da sustentabilida-
a busca do desenvolvimento sustentável.
de e o próprio CEBDS mais conhecidos –
Com essa proposta, coube à CDN Eventos, agência vencedora da concorrência, as tarefas
!
em especial na grande imprensa, formadora e multiplicadora de opinião.
Para colocar na agenda Na realização do congresso, foram
Para divulgar o evento, a Rádio Bandei-
O site www.sustentavel.org.br conti-
parceiros do CEBDS: a Organização
rantes veiculou boletins diários que esti-
nua no ar e os visitantes podem fazer
das Nações Unidas para a Educa-
mularam alunos do Colégio Rio Branco,
download das palestras do Sustentável
ção, a Ciência e a Cultura (Unesco), o
de São Paulo, a escolher o desenvolvi-
2007 e do conteúdo das edições ante-
Instituto de Estudos Avançados da
mento sustentável como tema do tra-
riores do evento.
Universidade da ONU (UNU/IAS) e o
balho de conclusão de semestre.
Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).
Eventos Especiais
Lição
26
De tirar o chapéu Em comemoração aos 30 anos da Volvo no Brasil, empresa promove evento aos funcionários com direito a astros da música sertaneja
882
A
s mãos balançando e o coro de vozes entoando sucessos garantidos ilustram que emoção não fal-
tou na festa de 30 anos da Volvo no Brasil.
mil reais foi o valor que a Volvo
O show de Zezé de Camargo & Luciano foi
investiu na realização do evento
a grande aposta do evento destinado aos
350
2.300 funcionários de Curitiba, local que abriga a filial brasileira da empresa. “Uma festa de tirar o chapéu”. Esse foi
e a necessidade de conforto e segurança
o nome da grande confraternização que
foi o número de pessoas no
exigiram que um estádio de futebol fosse
comemorou a chegada da Volvo ao Paraná,
staff do evento
escolhido como cenário para a festividade.
em 1977. Com sede na Suécia, em Gotem-
12
burgo, o grupo atua em 180 países, em diferentes áreas de negócio, como transportes e equipamentos para construção.
mil pessoas participaram da festa
No mesmo ano em que comemorava três
"É o amor" O aquecimento para o show da dupla sertaneja já começava no convite para o evento: um CD dos artistas. Logo na portaria, os convidados recebiam chapéus e entravam no clima
décadas no País, houve recorde de faturamento
country. Para aguentar firme e forte, também
e vendas, mais um motivo para uma dupla
foram oferecidos tickets-alimentação para o
confraternização. Para a Comunicação, se a
consumo de lanches e bebidas.
ideia era festejar em conjunto, nada mais
A abertura oficial foi feita pelo presidente
justo do que envolver a família e
Tommy Svensson e, além do show, a festa con-
até amigos dos funcionários no
tou com sorteios de brindes, apresentações de
evento, fato até então inédito na
dança, exibição de vídeo com retrospectiva dos
empresa. Cada um dos colabora-
30 anos e espetáculo de fogos piromusicais. A
dores da Volvo pôde levar até três
locução ficou por conta de Marcos Brasil, um
con convidados. A quantidade de pessoas
!
dos mais famosos narradores de rodeios.
Para colocar na agenda Realizar uma festa para os funcioná-
Os tickets-alimentação não utilizados
Em 2008, a Volvo foi eleita a “Melhor
rios aproveitarem com seus familiares
foram revertidos em mais de R$ 20 mil
empresa para você trabalhar”, segundo
e amigos ajudou a reforçar o orgulho
para a Fundação Solidariedade, organiza-
Pesquisa da Editora Abril – Exame e
de fazer parte da empresa, na opi-
ção paranaense sem fins lucrativos que
Você S/A.
nião da Volvo.
apoia crianças e adolescentes em situação de risco.
47
48
Gestão de Mídia Digital
Lição
27
Amazônia virtual Vale recria a floresta no Second Life e chama a atenção da imprensa
80
A
equipe de assessoria de imprensa da Vale, uma das maiores mineradoras
jornalistas presentes
do mundo, tinha a difícil missão de
surpreender a imprensa no final de 2007,
6.409
ano em que a empresa reforçou seus conceitos de sustentabilidade e modernidade. A inspiração veio do projeto de revegetação e
acessos à Amazônia virtual
preservação ambiental, considerado o maior do setor privado na América Latina.
200
A solução encontrada pelos profissionais envolvidos no projeto foi aproveitar o tradicional almoço de fim de ano entre jornalistas e o presidente da empresa, Roger Agnelli,
árvores personalizadas
para lançar a Amazônia no Second Life, jogo
plantadas espontaneamente
que reproduz ambientes reais em espaço
avatar do presidente planta uma muda virtual. Enquanto os convidados almoçam, Roger e seu avatar iniciam a apresentação para o mundo real e virtual ao mesmo tempo. Outros
virtual por meio da tecnologia 3D.
Os jogadores são identificados por ava-
integrantes do Second Life que nem sabiam
tares, personagens que são criados de acor-
sobre o evento também puderam acompanhar
do com uma montagem de roupa, cabelo e
a entrevista ao vivo pelo ambiente virtual.
acessórios. Para acelerar o passeio pela Ama-
O brinde do encontro despertou a aten-
zônia virtual os avatares foram montados
ção. Cada jornalista ganhou uma árvore
antes mesmo da chegada dos jornalistas e
plantada com uma placa em seu nome na
eles puderam acessar o espaço por meio de
Amazônia. Isso no ambiente real e virtual.
totens espalhados pelo salão do evento.
Assim que voltaram para as redações eles foram surpreendidos com um e-mail que
Vôo
!
avisava da possibilidade de eles acompanha-
Um avatar com as características físicas de
rem o crescimento da árvore através da área
Roger Agnelli fez um vôo pela floresta dando
restrita à imprensa no site da Vale. A reper-
informações sobre os projetos da Vale na
cussão foi enorme. Vários jornalistas ligaram
Amazônia, como a plantação de 20 milhões
e escreveram para a assessoria elogiando a
de mudas de espécies nativas. Ao aterrizar, o
ação e agradecendo pela árvore.
Para colocar na agenda A inovação tecnológica pode ser
Uma proposta diferente e inovadora
A originalidade e a criatividade não
um importante instrumento para
necessita de um planejamento rigoroso
apenas despertam a curiosidade como
despertar a atenção de determi-
capaz de se atentar a cada detalhe.
também podem estreitar os laços entre
nado público potencial.
dois públicos.
Gestão de Mídia Digital
Lição
28
Saúde em bits Unimed-BH reformula site e cria mais agilidade e interatividade com seus públicos
150
A
tualmente, a Unimed-BH, líder no mercado de saúde suplementar de Minas Gerais, conta com mais de 730
mil acessos mensais
mil clientes, 4.600 médicos cooperados, 2.500 colaboradores e uma rede de 47 hospitais, 168
84
clínicas e 43 laboratórios. Alinhar essa diversidade de públicos parecia uma missão quase impossível até que a empresa decidiu investir em seu site. A solução encontrada foi destinar
por cento dos usuários avaliam como
um espaço especial para atender as demandas
bom ou ótimo o conteúdo disponível
de cada um dos diferentes públicos.
81
Na central do cliente, por exemplo, é possível obter a segunda via do boleto, atualizar o cadastro, fazer buscas no catálogo de serviços de saúde – médicos, hospitais e clínicas da rede
por cento dos usuários avaliam como boa
credenciada – e ainda conseguir os informes
ou ótima a quantidade de conteúdo
para o Imposto de Renda, antes enviados pelo
e informações disponíveis
correio. Além de proporcionar mais agilidade e comodidade aos clientes, a ferramenta gerou
na área de atuação da Unimed-BH. Uma fun-
uma economia que passa da casa dos 400 mil
cionalidade que pode salvar vidas.
reais com despesas de impressão e postagem. Os médicos também se beneficiaram com
Imagem
as mudanças. Hoje, eles têm acesso a infor-
O site serviu ainda para consolidar a ima-
mações que contribuem muito para a rotina
gem institucional por meio de campanhas
Cerca de 77% dos clientes dizem não usar mais
de trabalho, como a liberação de consultas via
publicitárias no próprio veículo, além de in-
o telefone ou ir pessoalmente à Unimed-BH
internet e cadastro de identidade biométrica
formações que incentivam o autocuidado, a
para solucionar problemas ou buscar informa-
por impressão digital. Já a equipe de cola-
prevenção de doenças e a promoção da saú-
ções. E mais: 73% dos cooperados acessam o
boradores que atua no serviço de Atenção
de. Só em 2007, foram publicados 40 ban-
site todos os meses. Uma prova de que a tecno-
Pré-Hospitalar conta com a ferramenta de
ners virtuais e nove hotsites temáticos.
logia pode ser uma grande aliada na busca por
O resultado de tudo isso é surpreendente.
localização, em tempo real, da ambulância
!
mais agilidade, satisfação e, agora, saúde.
Para colocar na agenda Um bom site contribui significativa-
As ferramentas digitais podem ajudar no
A disponibilidade de serviços e informa-
mente para a consolidação da ima-
alinhamento da cultura organizacional e
ções úteis gera economia para a institui-
gem de uma instituição.
na interação com os mais diversos públicos.
ção e dá mais agilidade aos usuários.
49
50
Gestão de Mídia Digital
Lição
29
Quem é vivo... Empresa de telecomunicação lança canal de notícias na intranet corporativa
I
nformar 25 mil funcionários que ficam espalhados por todas as regiões do País não é tarefa das mais fáceis. Foi por isso
que a Vivo, uma das maiores operadoras de
25
telefonia móvel do Brasil, lançou o Encontro Vivo Online, um portal de notícias dentro da intranet corporativa da empresa. O objetivo do projeto é informar e integrar os usuários.
mil usuários
O Encontro Vivo Online está subdividido em canais. O Notícias Vivo possui atualiza-
2.500
ção diária de conteúdos nacionais e regionais sobre lançamento de produtos e serviços, eventos da empresa, campanhas publicitá-
acessos diários
Versão Os usuários podem ainda acessar o
Jornal Encontro Vivo, publicação impressa
rias, resultados financeiros, novas parcerias,
institucional, numa versão digitalizada. É
práticas de sucesso e ações de responsabi-
possível conhecer a estrutura, as etapas de
4
lidade socioambiental. No ícone Clipping Online, o usuário tem acesso a todas as matérias do dia que foram
canais de notícias
produção, acessar as edições anteriores e até enviar sugestões de pauta, dando um toque de interatividade ao projeto.
publicadas na imprensa sobre a Vivo, as
A aceitação tem sido excelente. Hoje,
concorrentes e o mundo das telecomuni-
as informações circulam entre todos os
cações em geral. Todos os dias, a notícia
homepage. A página traz também o Su-
usuários e no menor tempo possível. E as
mais relevante aparece em destaque na
porte Estratégico à Informação (SEI) – o que
evoluções devem continuar. A ideia é im-
dá acesso a um amplo conteúdo de dados
plantar um atualizador de conteúdos a
sobre o mercado da telefonia móvel. Entre
cada dois minutos, um contador de aces-
eles, estão números atualizados, resultados
sos – capaz de detectar quantas vezes
financeiros, ações de marketing, notícias
cada notícia foi lida – e ainda uma versão
importantes veiculadas na imprensa, mapa
em flash para que o usuário possa folhear
de cobertura e muito mais, tanto da Vivo
o Jornal Encontro Vivo como se estivesse
quanto da concorrência.
lendo-o impresso.
!
Para colocar na agenda Disseminar informações entre os
Oferecer informações sobre concorren-
Reciclar e buscar inovações é a melhor
colaboradores por um canal espe-
tes e o mercado como um todo é uma
forma de continuar atraindo a aten-
cífico dentro da intranet amplia e
maneira de evidenciar a posição da em-
ção e o interesse do público.
valoriza as estratégias de comuni-
presa em seu segmento de atuação.
cação interna.
Gestão de Mídia Digital
Lição
30
Em três idiomas Santander Brasil implanta intranet corporativa global
164
U
m banco presente em mais de 40 países onde cada um tinha sua própria intranet local, sem nenhum es-
gestores de conteúdo
paço para interação com a sede, que fica na Espanha, ou mesmo com as outras localidades
10
em diferentes continentes. Essa era a realidade do Santander quando resolveu montar um grupo de trabalho para criar um modelo corporativo para a rede interna. O Brasil fez parte
milhões de acessos mensais na
do projeto, com uma equipe de 36 profissio-
intranet local
nais de diversas áreas da organização.
18
A solução encontrada pelo grupo de trabalho foi integrar notícias da matriz com as das filiais de cada país na primeira página
acessos/dia por usuário
da intranet, idêntica para todos os países,
além de uma forte campanha de comunicação com distribuição de camisetas personal-
chamada de Santander Al Dia. As páginas
izadas para os gestores de conteúdo, quatro
estão todas em inglês, espanhol e portu-
teasers avisando sobre o lançamento e ain-
guês (de Portugal e do Brasil).
o usuário pode visualizar todas as intranets
da um guia impresso e digital com informa-
Já na segunda página aparecem as notí-
públicas dos países no mesmo modelo. Só
ções e dicas de navegação distribuído para
cias locais dos países e em apenas um clique
a partir do terceiro clique é que o usuário
todos os usuários.
abre a intranet local. A intranet local do
Uma pesquisa de satisfação mostra o su-
SSantander Brasil possui mais de 3 milhões
cesso do projeto. Cerca de 80% dos usuári-
d de páginas, com uma média de 10 milhões
os acham a intranet excelente, contra 20%
d de acessos ao mês e 25 mil usuários.
que julgam satisfatória e um percentual nulo de colaboradores que declaram dificul-
Esforços E
!
dades para navegar. Desde que foi lançada,
O processo de implantação exigiu esforços
em março de 2008, a central de atendi-
d todos. Foram realizadas diversas confede
mento ao cliente interno registrou apenas
rrence calls internacionais e locais, workshops
nove chamados com dúvidas sobre a im-
ccom gestores e a participação da diretoria,
plantação do projeto.
Para colocar na agenda A intranet pode ser uma excelen-
Conciliar notícias internacionais e lo-
Uma comunicação precisa e efetiva
te ferramenta de trabalho e co-
cais no mesmo canal amplia as possi-
pode garantir o sucesso de uma ação
laborar para diminuir as barreiras
bilidades de manter o público bem
bem como a aceitação pelo público.
impostas pela distância entre ma-
informado sobre tudo o que acontece
triz e filiais.
na instituição.
51
52
Gestão de Mídia Digital
Lição
31
Festa na web Volvo comemora 30 anos no Brasil e lança hotsite especial para celebrar a data
154.503
N
ada de bolo e refrigerante. A festa de aniversário dos 30 anos da Volvo no Brasil, uma das maiores organizações
acessos
mundiais em soluções para transporte, foi celebrada por meio de um hotsite que ficou no ar
60
de setembro de 2007 a fevereiro de 2008. O espaço era extremamente lúdico e trazia informações sobre a marca de um jeito atrativo e muito criativo. Logo ao acessar, o internauta
por cento dos internautas
começava a ouvir a orquestra Camerata Antiqua
adicionaram o site em seus favoritos
de Curitiba, que é patrocinada pela empresa.
35
Uma linha do tempo mostrou toda a trajetória da montadora no Brasil, de 1977 a 2007. A história foi contada a bordo do veí-
mil reais em investimentos
culo escolhido pelo próprio internauta. Havia também uma galeria de vídeos com mais de 20 títulos de campanhas da empresa. Os fãs
A interatividade estava garantida com os
de tecnologia puderam ainda baixar toques
jogos. O ”Trilha Sonora” desafiava os inter-
de celular e proteção de tela com imagens e
nautas a descobrir de qual modelo era de-
sons dos veículos da Volvo.
terminado som. O ”Monte seu Volvo”
bus e caminhão demonstravam toda a sua
possibilitava a incrível experiência de mudar
paixão pelo companheiro das estradas. Quem
a cor e mexer em acessários dos veículos. Já
quisesse presentear os outros internautas
o ”Onde está o Volvo” recriava o cenário de
podia enviar um ”Cartão Postal” com veícu-
uma cidade para que o jogador encontrasse
los Volvo para o e-mail de amigos.
os modelos da marca espalhados pela tela.
O resultado foi surpreendente. Só em outubro, mês do aniversário, foram mais de 70 mil
Amor
!
acessos. E o curioso é que a festa não ficou só
Havia ainda espaços para declarações de
com os brasileiros. Foram registrados quase 800
amor. O ícone ”Eu amo meu Volvo” publica-
acessos do Japão, mais de 1.600 do Peru, 740
va fotos enviadas pelos internautas com
da Argentina, 700 de Portugal e 530 do Chile.
seus veículos da marca. Motoristas de ôni-
Um sucesso internacional de público.
Para colocar na agenda
Um hotsite pode ser uma boa opção
A interatividade pode ser uma grande
Propostas lúdicas são capazes oferecer
para fugir dos padrões oficiais de uma
aliada para difundir conceitos e fidelizar
informações e conhecimento ao mesmo
marca e promover uma proposta ino-
os públicos.
tempo que divertem e entretêm.
vadora para registrar ocasiões especiais.
Lição
32 21
Comunicaçao e Relacionamento Gestãocom de Mídia a Comunidade Impressa
A Nonono hora e nonono a vez da subversão Oi Nonononon reformulanononono veículo para onononono fortalecer nononono nonononon a nononono relação com onononono o públiconononono interno
10
SN
ubverter mmy uma nostisit ferramenta non ulluptatie tradicionalduis de divulgação am in hendigna empresarial feuip pode etum ser dolor uma boasequat. estratégia Aciliquatie para impactar dignisl oiusci público tat.
mil exemplares
eUtfortalecer ad tatie as et mensagens ipis del in esto a serem cor suscidunt compartilhadas. lore min Ainda eugiam maiser emsumsan grandesexercip momentos sustisit da
17
organização, adipsuscilit lum taisquamcommy como fusão nonsectet ou aquisição. alisl Quando iriureetummy a Oi assumiu nulla as commodigna operações daat. Telemar, Incip os elisseus eu feu profissionais faccum quat. de comunicação logo
edições após a reformulação o
perceberam Unt wissit que dipiscipit a revista Conexão praestie, destinada magnim aos colaboradores, seria um proipsum vero odoloboreet la instrumento faci tio el inisit,
153
pício a receber um tratamento consed do odionse dolobor si ousado. eliquisim velefixa nulputpat de subverter os pa nimCom dolutuma wisidéia dolum iusci bladrões revistas tradicionais, a feum das zzriusci tat.corporativas Duissi eugait ad ercili-
Conexão de diamet hoje possui edições quam, susto duissit, voloretemáticas, faci blaor
colaboradores destacados na revista a
com as suaslapáginas senimquase vent todas inim veniat conullapermeadas por um assunto central. O tema é escolhido
discurso direto. O objetivo era mostrar para
cia. To Sãoeausadas com poufacipitmuitas irit wisimagens, dolore dunt vele-
Nonononon de acordo com o momento da companhia e
clientes e colaboradores que a nova Oi tinha
cos textos e atéperiure uma grande quantidade de secte dolobor dolorper sum non-
Ilit lamcortissim dipsustoque do engloba etum venim faz parte de um movimento ou-
um estilo e identidade próprios.
espaços vazios, que con demonstra tom de secte dolore vullam, voloboreo magnim
doloborting sustrud eumsan esenis nonse tras ações deercomunicação. Nela, a compa-
venim dolorpe ratinciduip ex eugiametue
ousadia e criatividade. iliquat, quis nim accumsan venissequis dolor
min velesequi eril dip et adipit in ullan utat nhia valoriza seus colaboradores, mostran-
Mudanças faci endiate dit adip ex erostrud magna
essautet inovação e quebra de aut Toda alit vel amet adionsent alitparadigwisisci
vel aex eriusti ncipit adigna faci do contribuição delesiliquat para oalit crescimento da
A publicação tanconsed magnis etpassou aliquispor dip mudanças eum veliqui te
mas têm surtido efeitos positivos. A revista traz bla facidunt velesecte minim zzrit, quam-
blaoreet ad delit,como coreet vullametum augait empresa, assim a atitude que optam
to no projeto editorial gráfico. A doluptat wis nulla at quanto at, quissit praese
o DNAmodionsecte da Oi e cumpre perfeitamente seu com modolorem vendion
duntadotar alit accummy nis er accum velenibh por fora do trabalho.
meta era criar um veículo moderno e atramodipsumsan exero odionum modolum
papel de se reconhecer o valorolorer dos funcionários, ullaorer core magnism iustrud tio
endiat. Usci blaor ad tem autpat Na junção da Telemar comzzriurem a Oi, atualmen-
ente, que tratasse de smodolor gente, tendências, sandionse tat. Tincipi augiametati ut-
valorizar e destacar odo odoatitudes odoloboreet nonprojetos, utpatin produtos iametue
nostrud tingpioneira elesequate doloremde elesectem te empresa na prestação serviços
tude gerasse aoseniamco colaboradores. ad eteadit wisl orgulho ullummod nullam
eerit serviços da empresa. Os resultados são veriilis nullandiatin henisl eugait digna fac-
do dolent verosti scilit lordesum zzril dolor convergentes e integrados telecomunica-
Mais levar oetespírito Oi para o colastrud do erilque utpating nulputem ad tis nim
ficados naswiscilit mensagens frequentecum velit aute enviadas tat alit vercin vulla
sisit iriure modolortisim velit lumsandrem ções no Brasil, o grande desafio era unir os
borador, a revista queriaveliquip que esses valores vent luptate vel diam et nostion
feui tetpor noncolaboradores ullaortisit landehendre mente todo oesectet, Brasil.
del utpatumsan del eugait in ex eum dois mundos comvelculturas tão distintas. A
fossem compartilhados com dolorem a família nos de sequat wissi blan henit laore
sequam eu facidunt velestie dolore aconAlém de elogiar a qualidade dos textos, dia-
dolutat,era si. difundir o Jeito Oi Simples Assim, missão
cada um. Desse modo, ficou decidido que a nulput laor iril esequiscinim zzrit alismolor-
sectem autanonsent wise alis eu fa em casa, gramação, impressão a entrega
dolortisl ulluptatue dolorum Giamcorpero estilo de vida associado à ousadia, inova-
publicação entregue em casa. em eriusto seria core mod eugiatue minciliscil et
eles costumam indicar colegas para terem seu
per sequissi. ção, confiabilidade, bom-humor, inteligência e
O iure visualfeum acompanha a mesma atem et, quatio od temtendêniriurem
trabalho destacado na Conexão.
Or augue te delisit ut aliquat, quipit
!
ver si.
Para colocar na agenda Não ter medo de ousar e inovar pode
Fugir do óbvio na linguagem visual e
Ao inovar e quebrar paradigmas, a em-
ser uma boa estratégia para atrair a
editorial de uma publicação corporativa
presa constrói um veículo de comunica-
atenção e despertar a curiosidade do
pode ser mais eficaz que recorrer aos
ção que traduz exatamente a sua identi-
público-alvo.
métodos tradicionais.
dade e cultura organizacional.
53
54
Gestão de Mídia Impressa
Lição
33
Colaborador na capa Banco do Brasil mostra que publicação interna precisa ouvir seu público
40
O
usadia editorial. Essa é a principal conquista obtida durante os oito anos de existência da revista bb.
páginas
com.você, uma publicação bimestral do Banco do Brasil que chega aos 85 mil colaborado-
90
res da instituição. O principal instrumento que norteia essa estratégia é a política do “ouvir compromissado”, que se traduz nos
mil exemplares
canais de recebimento de sugestões e em grupos de discussão por meio da intranet.
5
A revista bb.com.você surgiu com o intuito de unir, informar, entreter e criar uma identidade única para esse universo tão diverso de colaboradores. O sistema de escuta tem se
mil funcionários aposentados pedem edem
mostrado eficiente. Em 2000, ano de lança-
para continuar recebendo a revista
Os assuntos abordados fazem parte do
mento da publicação, as pautas estavam muito
blá!
!
blá!
Dia-a-dia
mais voltadas aos ambientes de negócios e
dia-a-dia dos colaboradores. É o bancário
havia pouco espaço para comportamento. Dois
que é roqueiro nas horas vagas, esportista e
anos depois, com a criação da intranet corpora-
voluntário. Até mesmo pautas institucionais
tiva, criou-se um questionamento sobre a
ou de negócios são tratadas do ponto de
necessidade de uma publicação impressa. A
vista das pessoas. Há ainda a preocupação
decisão foi para que a revista continuasse no
de mostrar funcionários do País inteiro, sem
papel, mas com foco maior nas relações pesso-
privilegiar localidades, cargos, sexo ou idade.
ais, dando mais voz ao funcionário.
A revista é de todos para todos.
Mesmo com as mudanças, em 2006, uma
Com os ponteiros acertados e uma apro-
pesquisa detectou que existia a necessidade
vação forte do veículo, a bb.com.você parte
de trazer pautas que conciliassem o lado pro-
agora para o universo digital. Ainda este ano,
fissional com o pessoal, com textos mais leves
logo após a edição especial dos 200 anos do
e um visual mais atraente. Hoje o lema da
Banco do Brasil, a publicação ganhará um
revista é que o funcionário seja o verdadeiro
blog. Será a oportunidade do colaborador
protagonista, ocupando inclusive as capas.
comentar o veículo em tempo real.
Para colocar na agenda Ouvir o público-alvo de uma ação ou
Pesquisas de opinião e a criação de ca-
Um dos elementos que mais atraem a
publicação pode ser a maneira mais
nais para críticas e sugestões funcionam
atenção dos leitores de um veículo
rápida e fácil de entender as necessi-
como termômetros e ajudam a indicar
interno é simplesmente o fato de se
dades e adequar o produto.
os caminhos de uma publicação.
verem ali.
Gestão de Mídia Impressa
Lição
34
De barco e avião Os desafios da Alcoa para fazer uma revista circular entre os moradores do interior do Pará
3
A
comunidade de Juruti, que fica no Oeste do Estado do Pará, já próxima à divisa com o Amazonas, tem
mil exemplares de tiragem
37 mil habitantes com pouco acesso à informação e educação. Foi nesse cenário que a
71
Alcoa, uma das líderes mundiais em produção e transformação de alumínio, criou um empreendimento com a expectativa de ser
a revista numa região cercada por lagos e estradas de terra batida. O perfil editorial optou por uma linguagem simples, que privilegia as pessoas, as tradições e vocações de Juruti, abusando de elementos visuais, como fotografias e infográ-
modelo em mineração sustentável. Mas não
por cento dos leitores acham que
ficos, a fim de facilitar a leitura e fazer com que
bastava levar empregos para a região, era
o veículo tem a ver consigo
a comunidade se veja na revista. A fórmula foi
preciso interagir com a comunidade local.
85
Assim nasceu a Revista Juruti, o primeiro, e até há pouco tempo o único veículo impresso do município. A logística de distribuição
tão aceita que hoje alguns professores usam a publicação em sala de aula para ajudar na alfabetização e orientação de seus alunos. O processo de produção da revista con-
não é nada fácil. A publicação é impressa na
por cento dos leitores têm
siste em entrevistas que captam os sentimen-
capital, Belém, e depois de chegar de avião
prazer em ler
tos e a rotina de vida dos jurutienses. As pau-
à Juruti, viaja em média mais quatro dias de
tas muitas vezes são obtidas em diálogos com
caminhonete ou de lancha para alcançar as
leitores mostra que 95% acham o veículo de
os próprios cidadãos. Temas das áreas de re-
famílias de 55 comunidades rurais.
fácil leitura e que 80% têm o hábito de ler. Um
lações comunitárias, saúde, meio ambiente,
verdadeiro sinal de progresso para quem não
segurança e recursos humanos são bastante
tinha tantas esperanças.
comuns nas oito páginas da publicação.
A comunidade e os profissionais locais já percebem a importância do projeto para o incentivo à leitura e como um verdadeiro registro histórico de Juruti. Uma pesquisa com 600
Desafios A equipe que coordenou o trabalho esbarrou em três grandes desafios: o principal era atrair o interesse do público, sendo que 70% dos adultos nem chegaram a concluir o ensino fundamental; o segundo era garantir que a publicação tivesse uma função estratégica e traduzisse os conceitos de sustentabilidade para o cotidiano jurutiense; e o terceiro, distribuir
!
Para colocar na agenda Antes de dialogar com uma comuni-
Uma publicação impressa merece cuida-
Um projeto adequado ao público
dade é preciso, primeiramente, enten-
dos especiais quando grande parte do
ajuda na busca pela auto-estima e na
der suas necessidade e anseios.
público teve pouco acesso à educação.
valorização cultural de seus leitores.
55
56
Gestão de Mídia Impressa
Lição
35
Um novo “Encontro” Unilever aposta em revista de comunicação interna como ferramenta de branding
E
m duas páginas, em praticamente todas as edições, a revista Encontro, da Unilever, elabora uma grande ilus-
tração para mostrar todos os produtos que está colocando no mercado ou que estão sofrendo algum tipo de ação promocional ou de reposicionamento. Quatro escritórios, 12 unidades fabris espalhadas por todo o território nacional, 29 cen-
12.100 exemplares
60
pontos de distribuição
tros de distribuições e 19 regionais de vendas que totalizam 12 mil funcionários. Essa é a realidade da Unilever, uma das maiores empresas de bens de consumo do mundo, conhecida internacionalmente por suas marcas no
informações gerais, serviços e conteúdo sobre tendências brasileiras e mundiais para os funcionários da companhia. O desafio de recriar um veículo já consagrado foi vencido pelo mérito de construir uma nova concepção sem perder o que havia sido conquistado. A estratégia foi abordar as mudanças como um processo natural de renovação e evolução, e nunca como uma ruptura com o passado. Em suma, a Revista
343,5
mil reais em investimentos
segmento de higiene, beleza e alimentação.
Encontro deixou de tratar o “Mundo Unilever” para tratar a Unilever inserida num contexto do mundo, interagindo com ele. O projeto editorial acompanha a nova postura. O número de seções fixas foi reduzi-
A grande preocupação do pessoal de
tivar a construção de uma empresa única.
do, dando lugar a editorias itinerantes e maté-
comunicação era buscar alternativas para
Divulgar políticas, estratégias e informações
rias livres. As ilustrações também ganharam
alinhar a diversidade de públicos a uma única
sobre as diferentes áreas foram alguns dos
mais destaque dando flexibilidade e agilidade
cultura organizacional. Com esse objetivo, em
focos editoriais da Revista Encontro durante o
para adaptar-se às mudanças de temas.
2003, o departamento de Recursos Huma-
período de consolidação do seu projeto.
O público parece ter aprovado o novo
nos trabalhou com a agência Elos
Em 2007, mais uma transformação. A pu-
formato. Diversas manifestações de admiração
Comunicação para transformar o
blicação passou a ser editada pela Elos Comu-
ao veículo são enviadas com frequência para
jornal Encontro, que mais tarde aca-
nicação e coordenada pela área de Assuntos
os organizadores da publicação. Uma evidên-
bou se transformando numa re-
Corporativos, sendo encarada como uma fer-
cia que de que os canais internos não precisam
vista. O veículo virou, então, uma
ramenta capaz de zelar pela imagem da com-
ficar limitados a suas realidades e alheios ao
das principais ferramentas de co-
panhia e ainda contribuir para a formação de
que acontece do lado de fora da empresa.
municação para apoiar e incen-
opinião dos leitores. Hoje a Revista Encontro evidencia como a Unilever se posiciona diante dos mais variados temas. E vai além: leva
Para colocar na agenUm veículo interno pode ir muito
Processos de mudança podem ser
Além de expressar a cultura organiza-
além do mero exercício de divulgar
encarados como naturais e evolutivos,
cional, uma publicação interna pode
as atividades de uma companhia.
sem propósitos de rupturas e negação
atuar como formadora de opinião
ao que já existia.
sobre os mais diversos assuntos.
Gestão de Mídia Impressa
Lição
36
Com muito “+Sabor” Kraft Foods reformula publicação interna e dá ainda mais visibilidade ao veículo
94
D
izem que em time que está ganhando, não se mexe. Mas a Kraft Foods, uma das maiores empresas de alimen-
por cento afirmam que as
ção do público da revista. Antes conhecida
tos do mundo, teve de reformular um time
matérias são fáceis de ler
como um meio de comunicação interno, a
campeão. Criada em 2002, a revista Pano-
93
rama Brasil tinha o objetivo de conquistar e integrar os diferentes públicos da companhia. A fórmula era tão bem aceita que no ano seguinte a publicação ganhou o prêmio
por cento dizem que a revista é um
Aberje na categoria mídia impressa. Entre-
importante meio de comunicação
tanto, o veículo que era bimestral precisou
90
ser estendido para trimestral de acordo com uma nova diretriz interna. O desafio da equipe era manter o mesmo sucesso e qualidade do veículo diante desse novo cenário.
ção com públicos estratégicos, levando informações também para parceiros, fornecedores, clientes e consumidores. Com maior circulação, a rede de leitores aumentou e a admiração pelo veículo também. Atualmente, as pautas fazem parte da rotina do público, como saúde, educação, carreira, bem-estar, qualidade de vida, comportamento e lazer – sempre com uma abor-
por cento consideram os
dagem diferenciada e relacionada, direta ou in-
temas relevantes
diretamente, aos negócios da Kraft no Brasil. Os
O que a princípio parecia ser uma crise acabou se tornando uma grande oportunida-
temas estão sempre ancorados por pesquisas
de. A primeira atitude dos profissionais envol-
suma, já que passaria a ser trimestral, a revista
vidos no projeto foi a de apresentar uma nova
poderia ser mais elaborada e abrangente.
proposta editorial levando em consideração o maior tempo para produção da revista. Em
revista passou a ser um canal de comunica-
e entrevistas com fontes nacionais e regionais. O resultado da mudança é sensacional. Uma pesquisa mostrou que 88% dos entre-
Variedade
vistados leem a revista com frequência. E mais:
Foi exatamente isso o que aconteceu. O
91% consideram a solução gráfica mais atra-
nome mudou para Panorama +Sabor. De
ente que a anterior, 92% aprovam o novo
20, a revista saltou para 28 páginas. De 8
formato (21x28cm) e estilo e 82% concor-
mil exemplares, ela passou a ter 15 mil. Com
dam com a diversidade de temas.
mais espaço, a publicação passou a abordar uma variedade maior de temas e com mais profundidade. O novo e diverso leque de assuntos retratados permitiu ainda a amplia-
!
Para colocar na agenda A adequação de um projeto pode
A ampliação da periodicidade de um
Abordar assuntos do ambiente externo
transformar uma aparente crise
veículo pode significar uma publicação
ao da empresa atrai a atenção do leitor,
numa grande oportunidade.
mais elaborada e mais propícia à inte-
permite a exposição de temas ligados ao
gração de diferentes públicos.
negócio de forma diferenciada e ainda demonstra a preocupação da empresa com a vida pessoal de seus funcionários.
57
60
Publicação Especial
Lição
37
E “O Tatu saiu da Toca”... Petrobras conta suas histórias internacionais com muito humor e ousadia
83
V
ários países buscavam petróleo no Iraque em 1976. A disputa exigia eficiência técnica e muita discrição
para não aguçar ainda mais os concorren-
por cento consideraram
tes. O sigilo era tanto que as mensagens
a leitura agradável
eram subliminares. Quando finalmente foi
43
descoberto o campo de Majnoon, os técnicos da antiga Braspetro enviaram um simbólico telex para a companhia intitulado “O
por cento leram o livro todo
Tatu saiu da toca”, que significava “o teste do poço revelou petróleo”.
55
por cento leram parcialmente
Sem essa liberdade, o livro seria bem mais pobre e superficial. Mas a proposta trazida por Oswaldo Faria dos Santos, curador e coordenador do projeto, era que ele fosse muito além, sendo um retrato real de memória da empresa, com todos os seus bastidores. Um grande álbum de lembranças. O lançamento, que aconteceu em novembro de 2007, na sede da Petrobras, reuniu os funcionários que trabalharam nas primeiras missões fora do País, seus familiares, sete expresidentes da companhia, além de ex-direto-
responsável pelo projeto editorial, texto e edição. A proposta de fazer um livro para
Uma pesquisa realizada com mil pessoas
ler, se deliciar e guardar exigia a quebra de
que receberam o livro mostra o sucesso da
alguns paradigmas bem comuns.
obra. Cerca de 96% consideraram o concei-
A lendária frase acabou dando nome ao livro que conta as histórias internacionais da
res e atuais executivos da área internacional.
to relevante e 88% aprovaram a apresentaErros
ção visual. A procura foi tão grande que os
Petrobras, atualmente a sexta maior petro-
O primeiro paradigma era o de contar
exemplares se esgotaram rapidamente. Ago-
lífera do mundo, ao longo de seus 30 anos
não só as conquistas e vitórias, mas também
ra, a empresa pensa em lançar uma nova
de atividade no exterior. Uma obra que mos-
os erros e fracassos da empresa no exterior.
versão em inglês. E não deve demorar.
tra a empresa saindo de casa. Do Brasil para
Uma tarefa nada fácil, afinal nem todos estão
o mundo. E o melhor: de uma maneira bem
dispostos a expor suas falhas. O objetivo era
ousada e muito diferente daquelas, geralmen-
mostrar que os percalços foram apenas obs-
te, adotadas pelas empresas.
táculos a se vencer no caminho do sucesso.
A ruptura com um padrão de lingua-
Uma das histórias contadas no livro diz res-
gem institucional foi a primeira barreira
peito a um contrato assinado com o governo
transposta pela jornalista Cristina Chacel,
da Líbia para bombear água no deserto.
!
Para colocar na agenda O profissional de comunicação de-
Ousadia e inovação podem ser ingredientes
Evidenciar os erros mostra a flexibilida-
ve sempre propor rupturas. Cabe à
fundamentais para dar um tom de mais ve-
de e a maturidade de uma companhia
empresa aceitá-las ou não.
racidade e originalidade a uma obra.
para buscar superações.
Publicação Especial
Lição
38
Onde está Wally? Textual lança livro que localiza participantes da Passeata dos 100 mil
3
A
luta contra a ditadura militar levou milhares de pessoas às ruas para protestar. No dia 26 de junho de
mil exemplares de tiragem
1968, estudantes resolveram se manifestar em frente à Cinelândia, no Rio de Janeiro. O
500
ato ficou conhecido como a Passeata dos 100 mil, um dos eventos mais marcantes e significativos da época. Do alto das escadarias da Câmara dos
participantes no evento de lançamento
Vereadores, o fotojornalista Evandro Teixeira
alguns que hoje moram no exterior. O passo seguinte foi selecionar um grupo heterogêneo de 100 pessoas – entre historiadores, empresários, sociólogos e políticos – que representasse uma mostra da multidão. Com patrocínio da Petrobras, sexta maior petrolífera do mundo, o projeto se transformou no livro 68 destinos – Passeata dos
200
clicava a multidão. Uma das fotos mostrava centenas de rostos dos manifestantes e uma faixa com os dizeres “Abaixo a ditadura. Povo no poder”. Curiosamente, a foto
exemplares vendidos na
não saiu nos jornais, mas foi escolhida para
noite de autógrafos
o primeiro livro de Teixeira, em 1983. E,
100 mil, com 120 páginas de depoimentos dos manifestantes, textos de jornalistas e mais de 30 fotos de Teixeira. O evento de lançamento, em março de 2008, no Rio, combinou a sessão de autógrafos do fotojornalista com um debate que
4
desde então, tornou-se importante símbolo do movimento estudantil no País. A idéia de transformar a “brincadeira”
reuniu ícones do movimento estudantil e personagens retratados no livro. Cerca de 500 pessoas prestigiaram o evento, no qual
de identificar as pessoas na multidão num
milhões de reais em retorno
foram vendidos mais de 200 exemplares da
livro foi o que motivou Teixeira e a Textual a
de mídia espontânea
publicação – um recorde. Foram realizados
desenvolver o projeto. A proposta era mos-
lançamentos também em São Paulo, Salvatrar a história recente do Brasil, reforçando para as novas gerações o que foi viver num país sem democracia.
dor, Belo Horizonte e Porto Alegre. A repercussão do livro na imprensa foi grande. Muitos veículos aceitaram a proposta de recriar o dia da Passeata em suas
Solução
!
matérias, levando alguns personagens, além
Os desafios eram muitos. A solução encon-
do próprio Teixeira, para a Cinelândia. Os
trada foi lançar um hotsite e fazer uma gran-
participantes do ato puderam relembrar a
de divulgação na imprensa para que as
data e dar seus depoimentos carregados de
pessoas se encontrassem na imagem. Mais
muita emoção. Uma verdadeira volta ao pas-
de 150 pessoas foram localizadas, inclusive
sado e um passo concreto para o futuro.
Para colocar na agenda Resgatar e reviver a história de um
Ferramentas de comunicação podem ser
Um projeto bem elaborado e recheado
povo é avançar na construção da
de grande valia para evidenciar fatos
de valor sentimental pode atrair a aten-
democracia de uma nação.
marcantes de uma época.
ção dos cidadãos e da imprensa.
61
62
Publicação Especial
Lição
39
Pelo mundo Fiat lança coleção para mostrar a cultura dos países que mais importam seus carros
10
A
exportação de automóveis é um negócio prioritário para a Fiat, uma
países em 3 continentes
das maiores empresas automobilís-
ticas com fábricas no Brasil. Entre 1976 e
13
2006, foram comercializados 2,7 milhões de carros para países da América Latina, Europa, África e Ásia. De 2004 a 2006, foi
mil fichários distribuídos
registrado um aumento de 300% nas vendas a terceiros mercados.
para sorteio de uma viagem internacional com acompanhante para cada um dos dez destinos, à escolha do ganhador. O projeto gráfico adotou um visual clean, com muitos elementos lúdicos e imagens. O fichário que abriga os fascículos é de material nobre e durável, a fim de facilitar o manuseio e a consulta. Foi construído um mosaico com o mapa mundi, em que os
60
A maioria dos 13 mil funcionários da empresa desconhecia esse fato. E, além de não saber o destino dos automóveis, os cola-
países apresentados pela coleção aparecem em cores fortes e vibrantes. No total, foram enviados mais de duas
boradores também não conheciam a cultu-
mil cupons enviados para
mil dúvidas e sugestões por meio das cédu-
ra e o mercado dos países importadores. Foi
concorrer aos sorteios
las. O material foi enviado para a equipe de
então que surgiu a idéia de lançar a coleção
Mercado Externo da empresa, que analisa e
Fiat Pelo Mundo, com o objetivo de apre-
Itália, Colômbia e Equador trazem informa-
sentar os dez principais países compradores
ções sobre a população, geografia, cultura,
dos carros da montadora.
economia, televisão, música, gastronomia,
Os fascículos de Argentina, México, Chile,
esporte, personalidades, atrações turísticas
África do Sul, Venezuela, Marrocos, Tunísia,
e, claro, sobre o setor automobilístico e o
aproveita as idéias dos funcionários.
histórico da empresa em cada país. Diversificada Com uma linguagem leve e diversificada, o material acabou se tornando uma “pequena enciclopédia”, proporcionando um verdadeiro passeio por meio das fotos e textos. Há ainda uma proposta de interatividade com curiosidades, testes de conhecimento e cédulas para envio de sugestões. Os fascículos trazem também um cupom
!
Para colocar na agenda
Apresentar a cultura e a economia de
Uma linguagem simples e um projeto
Mostrar elementos específicos de um
países estratégicos para os negócios da
gráfico lúdico facilitam a compreensão
povo ajuda os profissionais que preci-
companhia é uma importante forma de
e aguçam o interesse do público-alvo.
sam viajar frequentemente a trabalho.
preparar os profissionais para entender os diferentes clientes e suas necessidades.
Publicação Especial
Lição
40
Para ler e dançar Prefeitura de Recife comemora 100 anos do frevo com livro
700
O
nde encontrar o manuscrito original da letra “Frevo de Orfeu” – ela-
livros distribuídos gratuitamente
borada por Tom Jobim e Vinicius
para bibliotecas e escolas públicas
de Moraes? Onde encontrar também uma
de todo o País
foto, absolutamente inédita em catálogos, de Carmen Miranda com um turbante de
500
sombrinhas coloridas? Essas preciosidades foram obtidas por meio de um minucioso trabalho de pesquisa textual e iconográfica
pessoas participaram do
promovida pela editora Timbro e patrocina-
lançamento em Recife
da pela Prefeitura do Recife. O resultado é a obra “Frevo – 100 Anos
400
de Folia”, um dos mais completos levantamentos sobre essa manifestação artística típica de Pernambuco. Concebida inicial-
livros vendidos nos lançamentos
mente como um dos instrumentos da estra-
em Recife e São Paulo
tégia de divulgação do centenário da dança, o livro, em edição bilíngue Português/Inglês, acabou se tornando uma peça autônoma de
Chico Buarque e Mario de Andrade, foram valorizados com fontes maiores e páginas inteiras. As imagens escolhidas retratam o universo do frevo em toda sua história e se destacam pela beleza. Para o capítulo final, foram associadas algumas imagens do Carnaval 2007 a fotos antigas – algumas de Pierre Verger e Marcel Gautherot –, evidenciando a permanência do frevo e suas mudanças ao longo do século. Foram realizados eventos de lançamento em Recife e em São Paulo, com a presença de uma das principais orquestras de frevo de Pernambuco. A banda tocou pelas livrarias e o maestro comandou uma aulaespetáculo durante a apresentação. Entretanto, o principal resultado do tra-
Fotógrafos A ideia que norteou a edição foi que o
indiscutível qualidade histórica.
balho é que a obra preencheu uma lacuna na pesquisa e bibliografia a respeito do
Uma equipe de cinco pesquisadores –
livro deveria ser um passeio pelos carnavais
frevo. E agora ela ganhará um local pra lá
dois historiadores e três jornalistas – realizou
do passado e do presente. Para mostrar a
de especial. Já está em construção um
os levantamentos em jornais, museus, ins-
atualidade do ritmo, foram contratados
centro cultural num histórico casarão
titutos e coleções particulares em Recife, Sal-
fotógrafos que realizaram ensaios no Car-
do Recife Antigo que irá abrigar a
vador, Rio de Janeiro e São Paulo. Foram co-
naval 2007, quando efetivamente se co-
pesquisa com a missão
letados mais de mil fotos e 500 textos, sendo
memorou o centenário.
de propagar e preser-
A elaboração do projeto visual levou em
todos inéditos.
consideração as cores vermelha, amarela,
var a memória do frevo permanentemente.
azul e verde, típicas da sombrinha usada na dança. Os textos e citações de autores renomados, como Clarice Lispector,
!
Para colocar na agenda O registro histórico da cultura
Pesquisas em acervos públicos e parti-
Apresentar elementos que comparem o
popular é um importante meio de
culares podem evidenciar ricos deta-
passado ao presente é uma estratégia
preservar a memória de um povo.
lhes de uma cultura.
importante para demonstrar a importância e permanência de uma cultura através do tempo.
63
64
Publicação Especial
Lição
41
Estava escrito Odebrecht patrocina livro de grafismo rupestre na Bahia
620
A
Odebrecht reconhece a importância de desenvolver ações sociais, ambientais e culturais nas comunidades
fotos e ilustrações
em que está inserida. Só em 2007, foram 41 milhões de reais investidos em projetos so-
3.500
ciais, ambientais e culturais. Um desses projetos é o livro Escrito na Pedra, de autoria do professor e arqueólogo Carlos Etchevarne, que reúne informações sobre o vasto con-
exemplares
junto de sítios arqueológicos com pinturas
700
e gravuras de povos que habitaram o atual território baiano em diversos períodos antes da chegada dos portugueses. Foram 12 meses de pesquisa, analisando
mil reais em investimentos
O projeto despertou o alerta e sensibilizou as autoridades municipais e estadual sobre a
229 locais com pinturas e gravuras, 110 sí-
riqueza dos sítios e a importância da sua pre-
tios em 60 municípios às margens da Bacia
servação. A iniciativa acabou impulsionando
do rio São Francisco, Chapada Diamantina,
As 312 páginas do livro mostram as várias
a capacitação da comunidade para a explo-
caatinga e cerrado. As comunidades vizinhas
etnias de caçadores e agricultores que po-
ração ecoturística das áreas, sendo, inclusi-
participaram ativamente por meio de ações
voaram a região. A obra é um estudo sobre a
ve, criada uma base de dados informatizada
de educação patrimonial e ambiental. Mui-
pré-história da escrita no Brasil, na qual se
para pesquisas de arqueólogos, ambienta-
tos moradores foram envolvidos e passaram
confirmam componentes padronizados e se
listas e planejadores municipais.
a ajudar na localização dos sítios.
identificam os principais estilos repetidos nos diferent ferentes sítios que foram explorados.
A Odebrecht, que atua em negócios diversificados como Engenharia e Construção, Química e Petroquímica, Açúcar e Álcool,
Pesquisadores Pesqui
!
Investimentos em Infra-estrutura, Empreen-
O lançamento, que aconteceu em
dimentos Imobiliários, Engenharia Ambiental
Sa vador, contou com a presença de Sal
e Óleo e Gás, tem tradição no apoio a esse
800 pessoas, entre pesquisadores,
tipo de projeto. Em 1959, a empresa patro-
representantes de universidades, da
cinou seu primeiro livro e essa contribuição
comunidade e da imprensa. Mais de
se tornou uma prática. São mais de 200 in-
40 maté matérias foram publicadas sobre o livro,
centivos a livros, discos, vídeos, exposições,
além de anúncios em jornais e revistas.
cartilhas escolares e páginas na internet.
Para colocar na agenda O incentivo ao resgate do passado
A valorização cultural de elementos pré-
é uma ótima maneira de entender
históricos demonstram a necessidade de
o presente e valorizar o futuro.
preservação da memória de uma região.
A capacitação da comunidade para explorar corretamente suas riquezas pode ser a melhor alternativa para a preservação de áreas importantes.
Publicação Especial
Lição
42
Para fazer história Volvo do Brasil lança livro para comemorar 30 anos no País
3
A
lei do divórcio é finalmente promulgada no Brasil. Depois de 23 anos sem títulos, o Corinthians conquista o
anos de projeto
campeonato paulista. A escola de samba Beija Flor de Nilópolis obtém o bicampeonato no
1.500
desfile do Rio de Janeiro e o carnaval de Recife jamais seria o mesmo com a criação do bloco Galo da Madrugada. O ano de 1977
exemplares publicados
pode ter sido especial para muitos grupos no País, mas foi único para a Volvo. Com a
as 100 páginas do livro. Foram necessários meses de pesquisa para escolher a essência do que deveria ser dito. Diretores, funcionários e alguns personagens marcantes para a empresa foram convidados a dar depoimentos. Foram publicados 1.500 exemplares, distribuídos para públicos de interesse, como os principais clientes da marca, auto-
118
instalação de uma unidade na cidade de Curitiba, capital do Paraná, a montadora dava início à sua história entre os brasileiros.
mil reais em investimentos
ridades, imprensa e bibliotecas públicas de todo o País. Para ampliar o poder de disseminação da obra, foi produzida uma versão digital para envio online aos interessados. Entre os resultados mais expressivos, estão o registro histórico da empresa e da so-
livro “Fazendo o Brasil Rodar – A História
ciedade como um todo, no qual a Volvo
da Volvo no Brasil”, os principais fatos de
aparece inserida num contexto maior. A obra
sua história e da evolução do setor no País
recebeu vários elogios e agradecimentos e
estão muito bem assegurados.
agora cria oportunidade para que as gera-
O ponto de partida do projeto, que teve início em 2004, foi a escolha pelo autor, a
ções futuras conheçam a marca e a história do segmento automotivo no Brasil.
pessoa que ficaria responsável pela pesquisa e edição dos textos. A melhor opção era Muitas coisas acontecem em 30 anos.
o jornalista Luiz Carlos Beraldo, referência
São muitos marcos, muitas histórias. Coisas
no setor automobilístico e ex-gerente de
que o próprio tempo muitas vezes cuida
comunicação corporativa da Volvo.
em apagar. Então, ao comemorar 30 anos no Brasil, a Volvo, uma das maiores organi-
Imagens
zações mundiais em soluções para trans-
O rico acervo histórico da empresa criou
porte, tomou a decisão de criar um instru-
um grande desafio para selecionar as me-
mento para evitar esse fenômeno. Com o
lhores informações e imagens para compor
!
Para colocar na agenda O registro histórico de uma empre-
Mostrar a memória de uma organização inserida
Produzir e disseminar conhecimento
sa é muito importante para a con-
a um contexto social evidencia a importância da
são maneiras de despertar respeito e
solidação da imagem institucional.
instituição para a sociedade e sua evolução.
admiração do público por uma marca.
65
REVISTA IMPRENSA
68
Comunicação e Relacionamento com a Imprensa
Lição
43
Ouro negro Petrobras investe no bom relacionamento com a imprensa e ganha visibilidade na mídia
85
I
magine 3.771 matérias positivas veiculadas sobre uma empresa, o que corresponderia a uma receita publicitária es-
pontânea de R$ 1,5 milhão. O feito foi
por cento das solicitações da
obtido pelo trabalho estratégico da gerên-
imprensa foram atendidas ao longo do ano de 2007
cia de Imprensa da Petrobras no evento de comemoração dos 30 anos da Bacia de
3.771
Campos. Localizada em Macaé, no estado do Rio de Janeiro, o local se configura como a maior reserva petrolífera da plataforma
matérias sobre o tema
continental brasileira, com aproximadamen-
foram publicadas
te 84% da produção nacional de petróleo. O primeiro passo para consolidar esse
1,5
objetivo foi conhecer a imprensa regional, organizando um mailing list que incluiu, no caso, os 13 municípios da área de abran-
milhão de reais é o valor que
gência da Petrobras. Ao todo, 500 jornalis-
a Petrobras investiria para obter
tas foram contatados, entre jornais, revistas
o mesmo espaço na mídia
e rádios. O relacionamento face a face foi
de coletivas de imprensa, convites para coberturas jornalísticas e premiações para as melhores matérias sobre a Petrobras, como o “Prêmio Especial de Jornalismo 30 Anos Petrobras Bacia de Campos”. A iniciativa possibilitou o aumento da agilidade no atendimento às demandas da imprensa, além de capacitar profissionais dos meios de comunicação regionais na área de petróleo e gás. Além disso, a aproximação dos jornalistas com suas fontes também foi fortalecida e correspondida positivamente. A premiação aos jornalistas se tornou anual, assim como o Curso de Energia e o “Petrobras Portas Abertas”.
outra estratégia explorada. A gerência de imprensa organizou visitas
empresa. Encontros semestrais com a impren-
às plataformas marítimas e às instalações da
sa regional, e as reuniões com a mídia especializada também serviram para reforçar a relação da estatal com a mídia, em geral. Curso Foram disponibilizados aos jornalistas um hotsite sobre os 30 anos da Bacia de Campos e press kits, bem como cursos de engenharia. A equipe também reforçou essa relação valendo-se de constantes sugestões
!
Para colocar na agenda A aproximação dos jornalistas com
Investir em relacionamentos sólidos e
O acesso fácil à informação – como a
as fontes proporciona o aumento da
duradouros com a imprensa é uma ma-
criação de sites, elaboração de press
agilidade nas demandas da imprensa.
neira de consolidar os objetivos.
kits e cursos – contribui para a veiculação da empresa na mídia.
Lição
44
Comunicação e Relacionamento com a Imprensa
Da roça ao agronegócio Com planejamento estratégico, Embrapa usa relacionamento com a imprensa para mudar visão internacional do Brasil
19.680
E
m outubro de 2007, o jornal The New York Times publicou a extensa matéria “Cientistas estão fazendo o cerrado
brasileiro florescer”, totalmente dedicada às
matérias publicadas sobre
conquistas de pesquisadores da Empresa Bra-
a empresa em 2006
sileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
94
Com ampla repercussão no Brasil e no mundo, foi um dos resultados mais visíveis do chamado “Plano de Relacionamento com a Imprensa” da empresa.
por cento das matérias de mídia impressa são positivas; em tv, mais de 99%
Antes vista apenas como “uma agência governamental”, a Embrapa passou a ser re-
Pluralidade sadores para o contato com a mídia foi a pos-
o próprio Brasil na agenda internacional.
54
por cento de aumento
reforçar apenas uma linha de trabalho – como
Criado para fazer da instituição fonte regu-
no número de notícias em 2008
ocorre na aparente oposição entre agricultu-
ferida na imprensa internacional como “respeitado instituto de pesquisa”. A empresa acredita que seu êxito ajuda a reposicionar
conceitual: reposicionar o conceito de “Brasil
cidiu enfatizar ambos. O pesquisador fica à
Agrícola”, substituindo a imagem da “roça”pela
vontade para manifestar-se, qualquer que
da modernidade.
!
tura de superar falsos dilemas. Em vez de
ra familiar e agronegócio –, a Embrapa de-
lar para jornalistas de diversas especialidades, um dos primeiros desafios do plano foi
Fator influente na disposição dos pesqui-
seja sua abordagem. A Embrapa vê o Brasil
Medidas práticas como ações de
como país plural e entende que deve atender
media training para cientistas, pre-
a essa pluralidade respondendo às diversas
paro da equipe de comunicação para
demandas sociais.
lidar com os referenciais do mundo
Antes de chegar ao caderno de Ciência
técnico-científico, alocação de ao me-
do New York Times, a Embrapa já aumen-
nos um jornalista concursado em cada
tara consideravelmente sua presença na mí-
centro de pesquisa, entre outras, foram
dia nacional. Os clippings de 2006 registravam
essenciais para aumentar a agilidade da
19.680 matérias (mais de 94%, positivas).
Embrapa no atendimento às demandas
Em 2008, registrou o aumento de 54%, com
d imprensa. da
cerca de 30 mil reportagens publicadas.
Para colocar na agenda Investir no media training para co-
Aproximar a equipe de comunicação do
Apoiar a diversidade de posicionamentos
laboradores é boa opção para aten-
conteúdo científico ajuda a derrubar mu-
dos pesquisadores aumenta as possi-
der a imprensa com qualidade.
ros entre a linguagem técnica e a colo-
bilidades de entrevistas e de publicação
quial e facilita o atendimento à imprensa.
de matérias.
69
70
Comunicação e Relacionamento com a Imprensa
Lição
45
Energia da informação Petrobras aposta em curso para jornalistas e colhe resultados ados imediatos
20
E
streitar seu relacionamento com a imprensa para obter mais espaço na mídia, com matérias técnicas mais pre-
mil reais, aproximadamente,
cisas, é uma das principais preocupações da
foram investidos no projeto
Petrobras. A solução encontrada pelas equipes
41
dos Estados do Ceará e Rio Grande do Norte foi oferecer um curso de energia para os jornalistas dos principais veículos da região.
jornalistas, entre repórteres,
O curso, além de abordar as questões téc-
pauteiros e editores, inscreveram-se
nicas da produção energética, teve o objetivo
para o curso
fundamental de esclarecer a real importância da empresa para esses dois Estados, uma vez
88,4
que 93 municípios da região foram beneficiados direta e indiretamente por cerca de
por cento dos jornalistas mostraram-se satisfeitos com o conteúdo apresentado
Imagem Outro objetivo do curso foi fortalecer a imagem da companhia. Para isso, foram destacados diversos pontos, como a visão de futuro, os desafios, os avanços tecnológicos e o compromisso com a segurança e a saúde de seus colaboradores. Foram investidos cerca de 20 mil reais no projeto, custo balanceado pelo ótimo retorno de mídia obtido pela empresa que, em uma
70 milhões de reais investidos pela Petrobras
semana, contabilizou 13 matérias positivas em
em projetos de cunho ambiental, cultural e
jornais impressos. Além disso, dos 41 repór-
social, entre os anos de 2003 e 2007.
teres, pauteiros e editores que participaram do
Com aulas teóricas e práticas realizadas em campos de extração de petróleo e gás
curso, 88,4% se mostraram satisfeitos com o conteúdo prático e teórico das aulas.
natural, polos de produção do biodiesel, parques eólicos e ranchos onde são desenvolvidos programas sociais, os jornalistas puderam ter uma ampla visão dos trabalhos realizados pela Petrobras nos dois Estados, além de discutir sobre possíveis pautas e dúvidas com relação às práticas e procedimentos da empresa.
!
Para colocar na agenda Desenvolver cursos é uma boa ma-
Apresentar um bom conteúdo técni-
Aulas práticas, como visitas às instala-
neira de estreitar o relacionamento
co-teórico durante o curso fornece
ções da empresa, possibilitam uma visão
com a imprensa e alinhar o discur-
aos jornalistas condições para produ-
mais abrangente do processo.
so feito para a mídia.
zir matérias mais aprofundadas.
Comunicação e Relacionamento com a Imprensa
Lição
46
Doses de estratégia Bayer Schering Pharma lança primeiro anticoncepcional para o tratamento da TPM do mundo e investe em ação de comunicação
993
O
objetivo da Bayer Schering Pharma era apresentar ao público brasileiro a Yaz®, primeira pílula anticon-
principais veículos de todo País*
ceptiva, combatia, comprovadamente, os
* somente no período de 25.04.2007 a 07.05.2008
sintomas mais graves da tensão pré-menstrual (TPM). Para tal, a equipe de comunicação
7,6
da farmacêutica e a agência Burson-Marsteller desenvolveram um trabalho de relacionamento e apresentação da marca e do produto
milhões de reais foi o valor
para a imprensa de todo o País.
estimado em equivalência publicitária
Com o início da ação, em 2007, o prélançamento ocorreu com a divulgação do
380
produto nas revistas Veja e Istoé. Logo, a Bayer Schering Pharma realizou na capital paulista o lançamento oficial de
os jornalistas foram convidados a conhecer as instalações da Bayer Schering Pharma no Brasil.
notícias foram geradas nos
cepcional do mundo que, além de contra-
Yaz®
ginecologista e um psiquiatra). Após o evento,
para
Cartões Em 2008, foram realizadas ações pontuais de comunicação com a imprensa, como o envio de cartões virtuais com a cronologia das conquistas femininas para mais de 400 jornalistas no Dia Internacional da Mulher, além da realização do workshop “Os avanços em contracepção e TPM” para 27 jornalistas convidados na cidade de Florianópolis, onde o laboratório divulgou pesquisa brasileira inédita sobre o tema. Como resultado, a Bayer Schering Pharma
35 jornalistas, tendo como diferenciais o
mil reais foram investidos
conseguiu a divulgação expressiva do tema
convite enviado para as redações, os press
nas atividades de relacionamento
e da novidade nos principais meios de co-
com a mídia
kits e os brindes entregues à imprensa no dia do evento. Além de transmitir as infor-
!
municação do País, incluindo cadernos de saúde, revistas femininas, publicações espe-
mações necessárias, valeram-se de elemen-
cializadas, além de rádio e televisão. Os
tos associados à TPM para cativar a pre-
resultados de imprensa contribuíram para os
sença e a participação da imprensa, como
esforços de lançamento do produto no mer-
por exemplo, o chaveiro de luva de boxe
cado. Somente em 2007, Yaz® gerou mais de
(irritabilidade), o chocolate (ansiedade e von-
20 milhões de reais de faturamento no País,
tade de comer) e o porta-incenso (para
sendo considerado o medicamento de melhor
diminuir o nervosismo).
resultado entre todos os lançamentos farma-
A principal estratégia foi o desenvolvi-
cêuticos do ano. Além disso, o trabalho reali-
mento de uma abordagem diferenciada para
zado pela unidade brasileira foi reconhecido
a TPM, ressaltando a seriedade do tema com o
como norte para a divulgação do produto em
endosso de pesquisadores reconhecidos (um
outras filiais da farmacêutica pelo mundo.
Para colocar na agenda O investimento de recursos finan-
Criar abordagens diferenciadas para o
Valer-se de recursos lúdicos pode ser
ceiros em ações de mídia, se bem apli-
tema - com base em dados científicos
uma ótima maneira de cativar a par-
cados, geram excelentes resultados.
e o endosso de especialistas renoma-
ticipação da imprensa.
dos - agrega valor à notícia.
71
72
Comunicação e Relacionamento com a Imprensa
Lição
47
Direto na fonte Univali lança guia para imprensa e aumenta seu retorno de mídia
425
A
tualmente, uma das principais dificuldades de repórteres é encontrar boas fontes para suas matérias. Com
base nessa carência, a Universidade do Vale
pesquisadores das mais diversas
do Itajaí (Univali), em Santa Catarina, criou uma
áreas podem ser consultados pelo guia
boa oportunidade de obter maior visibilida-
1.4 00
de editorial, com o lançamento do Guia de Fontes. Resultado: em um ano, a instituição obteve 2.268 matérias, ou seja, uma inserção
temas e sugestões de pauta
positiva a cada quatro horas.
foram recomendados
O guia, dirigido aos profissionais da comunicação, contém cerca de 1.400 sugestões de
2.268
pautas e 425 contatos de especialistas das mais diversas áreas da instituição. O exemplar foi distribuído pessoalmente para as principais reda-
Pesquisa Outra facilidade encontrada no site é um sistema mais refinado de pesquisa, em que o internauta pode efetuar buscas tanto pelo nome do pesquisador como pelo assunto da obra, além de ter acesso a informações de contato. O Guia de Fontes online
ções do Estado e enviada por meio do correio
reportagens foram publicadas
serve, também, como instrumento de divul-
para os jornais mais influentes do País. Com isso,
em 2007
gação de novas produções científicas e acadêmicas geradas pela Univali.
a Univali quis fortalecer seu relacionamento com
Como resultado desse trabalho, a Uni-
os veículos de comunicação, consolidando, des-
versidade do Vale do Itajaí conseguiu se proje-
sa maneira, a imagem da Universidade pela
tar nacionalmente como centro de excelência
presença contínua na mídia.
na produção de conhecimento, e conquistou
Sem restrição à versão impressa, o Guia de
um grande espaço na mídia para os seus
Fontes da Univali pode ser consultado pela
425 professores e pesquisadores nas mais
internet, sendo que, na versão online, conta
variadas áreas do conhecimento.
com atualizações diárias. O portal disponibiliza, ainda, artigos de opinião, releases segmentados e de eventos, notícias da instituição, clipagem eletrônica. O destaque fica para um serviço de cadastro para jornalistas que queiram receber as últimas novidades por e-mail.
!
Para colocar na agenda
Criar um guia para a imprensa com os
Disponibilizar esse conteúdo via inter-
Manter a versão online atualizada e
contatos e os principais temas da empre-
net facilita o acesso dos profissionais
com novos materiais ajuda a renovar o
sa é uma ótima maneira de ser lembra-
de comunicação e aumenta o alcance
interesse da imprensa pela instituição.
do como fonte pelos jornalistas.
das informações que se quer divulgar.
LAZULI
74
Comunicação nas Crises Empresariais
Lição
48
Um longo caminho Vale usa a comunicação para alcançar sucesso em megaoperação de transporte
12
T
ransportar 38 gigantescas virolas (peças cilíndricas) de 6,3 metros de diâmetro, 13 metros de comprimento e
dias de viagem de Sertãozinho (SP))
mais de 73 toneladas cada por mais de três
até Ourilândia do Norte (PA)
mil quilômetros não parece uma tarefa fácil.
5
Esse foi o desafio encontrado pela Vale ao comprar a empresa Canico Resource Corp e, consequentemente, assumir as operações do projeto Onça Puma de extração e bene-
Estados brasileiros (São Paulo, Minas
ficiamento de níquel, na cidade de Ouri-
Gerais, Goiás, Tocantins e Pará) estiveram
lândia do Norte (PA).
na rota do comboio
Além do trabalho de logística, a mine-
200
radora teve de desenvolver para essa operação um plano de comunicação estratégico, a fim de evitar uma crise que pudesse denegrir a imagem da companhia. Para atingir esse
cidades, aproximadamente, foram
objetivo, a área de Comunicação da Vale tra-
atravessadas durante o percurso
tou de transmitir para os públicos-alvo, entre outros pontos, a informação de que empresa tomava as providências necessárias para
Para isso, mapeou os veículos de comuni-
Comunicação da Vale foi a ausência de ma-
impedir eventuais transtornos para as popu-
cação na rota dos comboios e divulgou para a
térias negativas na mídia sobre a operação de
lações e danos ao meio ambiente.
imprensa os detalhes da operação, valendo-se
transporte das virolas. Outro ponto positivo foi
de press kits com imagens, materiais impres-
a intensa procura dos veículos de imprensa, o
sos, vídeos e audio releases. Além desse
que gerou amplo aproveitamento do material
trabalho, buscou alinhar previamente o dis-
gerado internamente pela mineradora.
curso, tanto das áreas internas da companhia, como dos parceiros envolvidos no projeto.
Por fim, foram 12 comboios durante um ano de projeto, diversas matérias publicadas nos mais importantes meios de comunicação
Resultados Como resultado direto do planejamento, o principal fator observado pela equipe de
!
e a constatação de que as estratégias preventivas, firmadas pela Vale, foram estrategicamente bem planejadas.
Para colocar na agenda Desenvolver um plano de comuni-
Para que a comunicação seja efetiva, é
As diversas áreas envolvidas no pro-
cação prévio, além de auxiliar no
preciso valer-se de múltiplos recursos.
cesso devem ter o discurso alinhado
contato com a imprensa, minimiza
Imagens, textos, vídeos e audio releases
com o que foi estabelecido no plano
os riscos de crise de imagem.
são alguns exemplos eficazes.
de comunicação da empresa.
Comunicação nas Crises Empresariais
Lição
49
Plantão médico Secretaria de Estado da Saúde de SP aciona plano de combate à crise e mantém boa imagem corporativa do Hospital das Clínicas
1,8
A
ação da equipe de Comunicação da Secretaria de Estado da Saúde e do Hospital das Clínicas de São Paulo
foi imediata. Ao receber a notícia do incên-
milhão de atendimentos
dio que destruiu parte do Prédio dos Ambu-
anuais efetuados
de tranplantes de coração e dispositivo para controle de diabetes online, por exemplo. Esse trabalho aliado ao processo de contenção de crise, propiciou a conservação e o fortalecimento da imagem da instituição.
latórios do Hospital das Clínicas na madru-
45
gada do Natal de 2007, os principais portavozes da instituição e do governo do Estado, incluindo o próprio governador, foram convocados a comparecer à coletiva de imprensa,
mil cirurgias são realizadas
realizada na madrugada do incidente, para
anualmente pelo hospital
anunciar as primeiras providências tomadas pela direção do hospital.
15
A agilidade da ação mostrou-se essencial para que fosse mantida a visão positiva do HC junto à população. Isso possibilitou
mil funcionários fazem
que a situação potencialmente negativa de
parte da instituição
“imagem pública” fosse controlada. Para consolidar esse objetivo foi acionado o Comitê de Crise, a fim de atender com
nas. Para que tais objetivos fossem alcança--
maior agilidade as solicitações da imprensa,
e dos, foi realizado um extenso trabalho de
de maneira a transmitir à população as prin-
assessoria de imprensa, com apoio dos as-
cipais novidades, prestar serviço sobre o aten-
o sessores da Saúde e da Superintendência do
dimento na instituição e responder a todos
HC. Os laudos técnicos e resultados das pe-
os questionamentos dos jornalistas.
rícias foram disponibilizados aos jornalistas, em coletiva de imprensa, indicando que os dois
Assessoria O pronto atendimento à imprensa tornou
incêndios, ocorridos em intervalo de apenas um mês, haviam sido criminosos.
o processo mais transparente, além de resul-
Outro aspecto focado com acuidade foi
tar em maior esclarecimento de dúvidas e
a continuidade de divulgação das atividades
neutralizar possíveis disputas políticas inter-
positivas do HC, como aumento do número
!
Para colocar na agenda Apostar na agilidade do atendimen-
A continuidade da divulgação de ma-
Fornecer o maior número de informa-
to à imprensa minimiza os efeitos
térias positivas sobre a instituição em
ções para a imprensa é a melhor ma-
negativos da crise.
momentos de crise pode revelar-se im-
neira de evitar especulações.
portante ferramenta de contenção.
75
Lição
50
Comunicação e Relacionamento o com Investidores nvestidores
Compromisso no papel Prezar pela transparência de suas atividades e reforçar o conceito econômico e socioambiental é uma das prioridades da Unimed Vitória
T
1.400
ransparência é fundamental. Ainda mais em uma cooperativa médica que tem como base a sustentabilidade do
da sustentabilidade, de forma a reforçar o re-
negócio e das gerações futuras. Para mate-
colaboradores fazem parte da Unimed
lacionamento com os stakeholders e prestar
rializar esse discurso, a Unimed Vitória deci-
Vitória atualmente, além de mais de dois
informações à sociedade sobre as atividades e
mil médicos cooperados
diu fazer de seu Relatório Anual um modelo de apresentação de resultados e ações. Deu
83
certo. Nada menos do que 83% dos cooperados, em pesquisa especialmente realizada sobre a publicação, disseram que a apresentação do material e seu conteúdo eram ótimos. A base que norteou a construção do
por cento dos entrevistados avaliaram como ótima a apresentação do relatório como um todo, segundo dados da
projeto básico foi o principal valor da empre-
pesquisa realizada pela cooperativa
sa: estabelecer um relacionamento ético e transparente com a sociedade. Para isso, há
67
a necessidade de informações precisas sobre as atividades e o desempenho da instituição no campo econômico e socioambiental. Com base nisso, a cooperativa decidiu
por cento dos cooperados consideraram ótimo o conteúdo apresentado
editar um documento único a fim de apre-
pela Unimed Vitória, conforme
sentar a evolução de sua gestão no caminho
a mesma pesquisa
desempenho da Unimed Vitória tanto no campo socioeconômico, como no ambiental. Social Impresso em papel reciclado, o documento teve a função de traduzir o resultado da gestão do ano referido, de forma a ressaltar as demonstrações contábeis e o balanço social dos, então, últimos dois anos. Com o objetivo de ampliar o acesso a tais informações, os documentos foram disponibilizados, também, em versão digital. Para evoluir na elaboração do relatório e torná-lo cada vez mais claro e eficiente, a Unimed Vitória elaborou um questionário, que foi encartado em cada Relatório Anual. Além disso, a Assessoria de Comunicação Empresarial providenciou para que a publicação chegasse a todos os cooperados antecipadamente à Assembleia Geral Ordinária de 2008, o que permitiu uma análise completa e diferenciada da gestão do último ano. As informações contidas nesse material também serviram como subsídio às decisões tomadas na Assembleia.
!
Para colocar na agenda
Graças à percepção dos benefícios de uma
Disponibilizar o Relatório antecipada-
A qualidade e a equidade no forneci-
gestão transparente, os cooperados demons-
mente à Assembleia possibilitou uma
mento das informações foram alguns
traram interesse em conhecer as práticas de
análise mais profunda sobre a gestão
dos fatores-chave que possibilitaram
governança cooperativa da empresa.
da empresa por parte dos cooperados.
tal conquista.
77 7
78
Comunicação e Relacionamento com Investidores
Lição
51
Ação em alta = boa divulgação Kroton intensifica relacionamento com investidores por meio de profissionalização da área de comunicação
602
Q
uando decidiu abrir o seu capital, a Kroton Educacional, empresa deten-
escolas de ensino básico no Brasil
tora das marcas Pitágoras e Ined,
(além de 6 no Japão)
soube que uma disciplina seria fundamental para o seu sucesso: a comunicação. Essa
27
consciência motivou a criação de uma diretoria específica para o setor. Ao lado da Gerência de Relações com Investidores, a nova área
unidades do ensino superior no País
apostou na abertura de canais de divulgação e na disseminação de informações qua-
6
lificadas para os públicos preferenciais. Um das medidas encontradas pela Kroton para alinhar a comunicação com os investi-
sentações em que a Kroton organiza reuniões com grupos de investidores ou individualmente com o objetivo de demonstrar resultados e discutir ações de estratégia. As medidas deram resultados. O intenso
dores foi disponibilizar – tanto em inglês
road shows foram realizados de
trabalho de alinhamento da comunicação
como em português – informações online
julho de 2007 a maio de 2008
com relação aos investidores aumentou as
sobre a companhia, o ensino superior no Bra-
(metade deles no exterior)
oportunidades consideráveis de negócio para a empresa com a abertura de capital. Afinal,
sil, as notícias e as perguntas mais frequentes, além de possuir diferentes visualizações de
canais e peças relativas à oferta, tais como
um dos principais desafios encontrados pela
acordo com o perfil dos investidores (ana-
prospectos inglês/português, anúncios de
Kroton foi o fato de o segmento de educação
listas, pessoa física ou institucional).
ofertas veiculados nos principais jornais de
ser novo no mercado financeiro brasileiro.
Foi desenvolvido também todo o mix de
economia do País, evento na Bovespa aberto a todo o mercado e reuniões para a apresentação da companhia. Sem esquecer, na sequência, a divulgação de resultados, informes trimestrais e relatórios anuais. Estratégia Deve-se dar destaque para duas ações: conference calls, em que a empresa oferta ao investidor um canal direto para o esclarecimento de dúvidas; e road shows, apre-
!
Para colocar na agenda Oferecer linha direta com o públi-
Ir até onde se encontra o investidor,
Disponibilizar informações precisas e
co, aos moldes das conference calls,
como no caso dos road shows, é uma
atualizadas no site da empresa é uma
e web cast agiliza a comunicação
maneira de mostrar seriedade e com-
forma de resolver as primeiras dúvidas
entre ambas as partes.
promisso com o mercado.
dos investidores.
Gestão de Comunicação e Relacionamento - Pequenas e Médias Empresas
Lição
52
A arte de receber Faculdade Ruy Barbosa organiza a Semana de Integração para calouros e comemora conquistas
70
S
abe-se que muitas vezes as empresas são eficientes em atrair novos clien-
por cento dos calouros responderam
tes. Mas toda essa eficiência diminui
uma vez que o novo consumidor já está na
ao questionário apresentado
casa. A instituição de ensino superior Ruy
pela Faculdade
Barbosa mostra que, felizmente, nem sempre
83
isso é verdade. Com a promoção da Semana de Integração, conjunto de eventos especiais que visa acolher os novos integrantes da comunidade acadêmica, a faculdade ob-
por cento dos alunos avaliaram
teve 83% de aprovação entre seus calouros.
a recepção como boa ou ótima
Para atingir o objetivo, criaram-se recep-
74
tivos temáticos comunicando as boas-vindas aos alunos, que puderam participar de dinâmicas, shows e peças teatrais. A organização de aulas magnas – um mix de coque-
por cento dos entrevistados se
tel com palestras institucionais – foi outro
declararam confiantes com relação ao ingresso no curso superior
banners, panfletos e painéis eletrônicos, foi gerenciada pela equipe da Lima Comunicação, o que contribuiu para criar uma primeira boa impressão da Ruy Barbosa. Pesquisa A Faculdade Ruy Barbosa detectou, por meio de pesquisas, que a receptividade dos alunos perante a iniciativa da instituição foi positiva. Os dados obtidos mostram que 75,2% dos alunos avaliaram o conjunto dos eventos especiais como bom ou ótimo, enquanto apenas 2,2% o consideraram ruim. A pesquisa revela, ainda, que a peça de comunicação de maior efetividade foi o folder,
fator que permitiu à faculdade informar aos
responsável por atingir 100% dos entrevis-
estudantes veteranos e professores as novida-
tados, seguido do site da faculdade, aces-
des do semestre, além de incentivar a integra-
sado por 91% dos estudantes.
ção em eventos esportivos. A cada semestre os calouros recebem um kit composto de pastas, agendas semestrais, camisetas, jornal institucional, carta de boas-vindas e DVD ilustrativo da Semana de Integração, para que conheçam o ambiente no qual estarão inseridos nos próximos anos. Toda a criação dos produtos de comunicação que contam com folders, camisetas,
!
Para colocar na agenda
Com o intento de promover um ambien-
A criação de um kit sobre a institui-
Peças de comunicação como folders e
te acolhedor e caloroso, os alunos foram
ção é uma forma de despertar a curiosi-
sites são maneiras eficazes para criar uma
recebidos com receptivos temáticos desen-
dade dos alunos para as atividades que
primeira boa impressão da instituição.
volvidos pela Faculdade.
a envolvem.
79
80
Gestão de Comunicação e Relacionamento - Pequenas e Médias Empresas
Lição
53
Contadores de histórias Associação Viva e Deixe Viver utiliza até mesmo um jogo para conquistar novos parceiros e divulgar sua causa
1.144
A
ideia é incrível. Que tal criar um jogo que estimule crianças, pais, amigos e outros interessados a aprender e trei-
nar a milenar arte de contar histórias? Uma
Mensagens Por meio de múltiplos meios de comuni-
voluntários se dedicam às
cação (revistas, jornais, internet e TV), foram
causas da entidade
desenvolvidas mensagens adequadas a cada
atração que fosse educativa e, ao mesmo
73
tempo, uma fonte de receita para uma entidade sem fins lucrativos. Essa foi uma das estratégias de comunicação da Associação Viva e
tipo de público, respeitando a unidade de layout e de linguagem, de forma a caracterizar a Associação. A interação com a sociedade também foi reforçada por meio de peças
Deixe Viver – Contadores de Histórias: uma
hospitais no Brasil são atendidos
teatrais que demonstraram e valorizaram os
organização da Sociedade Civil de Interesse
pela Associação
principais personagens que trabalham pela
Público – para expandir as suas atividades.
90
O Jogo Eu Conto, patrocinado pela Bovespa, é apenas uma das iniciativas da Associação. Baseada no treinamento e capacitação
causa do grupo. Um novo portal na internet, mais dinâmico e divertido, também foi criado. A ONG também contou com a organização de eventos que ressaltaram suas
constante de voluntariado que se dedica a
empresas compõem a lista de
realizações e desafios em números. Foi uma
contar histórias, o objetivo da entidade é pro-
mantenedores
maneira de salientar as novas oportunidades e destacar as novidades da entidade. O aumen-
mover a leitura e o brincar para crianças e
to do número de sócios e mantenedores
adolescentes hospitalizados, de forma a dimi-
atingiu a casa dos 90. As matérias positivas
nuir os traumas da internação hospitalar e
veiculadas pela imprensa também contribuí-
contribuir para a humanização da saúde.
ram para reforçar a credibilidade do grupo,
A fim de tornar públicas conquistas e atividades, foi organizada uma campanha que
facilitando o relacionamento e apoio na realização dos projetos culturais e sociais.
difundisse a causa da entidade. Para cumprir o principal objetivo – chamar a atenção de empresas e órgãos socialmente responsáveis, assim como do maior número de pessoas possível – foram veiculados anúncios indicando as diferentes formas de participação da Associação, bem como números do balanço de atividades desde o seu surgimento.
!
Para colocar na agenda Valer-se de meios de comunicação
A organização de eventos destinados
A aproximação da Associação com a socie-
diversificados é uma maneira de
à imprensa proporciona a chance de
dade foi reforçada por meio da criação de
aumentar a exposição da empresa,
novas parcerias com mantenedores e
peças teatrais e de um portal na internet
atingindo públicos variados.
apoiadores.
com recursos dinâmicos e criativos.
Gestão de Comunicação e Relacionamento - Pequenas e Médias Empresas
Lição
54
Educação em pauta Sinepe/RS investe cerca de 834 mil reais e intensifica processo de relacionamento por meio de janelas de comunicação
834
D
e um ano para o outro, aumentar a presença na mídia em 76%. Obter a aprovação de 90% do público
Dificuldade A primeira dificuldade encontrada pela
aos instrumentos de divulgação. O segredo
mil reais foram investidos pelo
equipe de comunicação da instituição foi
do Sindicato dos Estabelecimentos do Ensi-
Sinepe/RS em 2007
aperfeiçoar um sistema de comunicação já
no Privado no Estado do Rio Grande do Sul
90
(Sinepe/RS) para obter esses resultados se resume a um conceito: comunicação integrada. A entidade – que representa 487 ins-
consolidado e vitorioso, sem que isso frustrasse o elevado nível de exigência e expectativa de todos os associados. Para tal, viu-se na reestruturação desses
tituições gaúchas de ensino – investiu, em
por cento dos associados se
canais a capacidade de criar maior impacto
2007, em torno de 834 mil reais a fim de
consideraram satisfeitos com
nos públicos e, consequentemente, propor-
o portal e a revista bimestral
qualificar seu processo de gestão de relacionamento. O projeto consumiu, aproximada-
76,6
mente, 30% de todo orçamento da instituição. E, pelo visto, valeu a pena. O trabalho visava atuar de maneira inte-
por cento de aumento de inserções
grada com as diversas frentes de comunica-
na mídia em relação ao ano anterior
ção estabelecidas pelo sindicato e com seus
cionar maior disseminação da informação. Os resultados foram bem-vindos: comprovadas a avaliação positiva das principais ferramentas de comunicação do Sinepe/RS, como o portal e a revista bimestral, mais qualidade e interatividade na comunicação com os associados e a sistematização do processo de relacionamento e de comunicação.
públicos estratégicos. Dessa forma, interligava diversos pontos de sua matriz de comunicação,
e-mail, marketing, portal, newsletter, eventos,
composta por assessoria de imprensa, relações
congressos, premiações e seminários.
públicas, propagandas, patrocínios, revistas,
Com base em tais diretrizes, a equipe do Sinepe/RS, por meio do aprimoramento de seus canais de comunicação e relacionamento, pôde implantar ações focadas em maximizar a visualização e o desempenho de seus processos como forma de levar a comunicaçã ção aos públicos-alvo do sindicato, ta como escolas, associados, profestais s sores, alunos, setor público, empresários, comunidades e jornalistas.
!
Para colocar na agenda Integrar as diversas frentes de comu-
Investir na interatividade com o públi-
Procurar atender às expectativas do
nicação é uma das melhores manei-
co-alvo, além de estimular a percepção
público-alvo é uma forma de consoli-
ras de manter o discurso da corpora-
de pertencimento, é um bom termô-
dar a imagem do sindicato e atrair
ção alinhado, coeso e estruturado.
metro de resultados.
novos associados.
81
82
Gestão de Mídia - Pequenas e Médias Empresas
Lição
55
A lei na telinha Programa Entenda Direito atende 50 mil telespectadores na Bahia por edição
4
E
m parceria com a Associação dos Magistrados da Bahia (Amab), a Faculdade Ruy Barbosa realiza, desde 2004, o En-
de 50 mil telespectadores por edição, segundo Ibope do horário. As parcerias institucionais estabelecidas com diversas entidades
tenda Direito, programa de cunho educativo
anos de programa
jurídicas também são outras boas conquis-
criado pela Lima Comunicação, com o ob-
Entenda Direito
tas. O resultado da união entre a TV Justiça,
jetivo de esclarecer temas e questões ligadas
20
ao universo jurídico de forma clara e didática. Possibilitar o conhecimento do cidadão sobre seus direitos é uma das prioridades da Ruy Barbosa e a participação no pro-
exibições nacionais e regionais
grama juntamente com outras instituições
do programa Entenda Direito
cumpre a missão de formar um público
50
cada vez mais crítico, por meio do maior entendimento sobre valores institucionais, tornando transparente a relação da sociedade com o Poder Judiciário. Valendo-se da produção acadêmica como
e Lima Comunicação possibilitou a prática de conceitos como excelência, dedicação e responsabilidade social, prioritários para todos os parceiros do Entenda Direito. Com quatro edições inéditas por mês, o programa é exibido na TV Educativa da Bahia e em todo o Brasil pela TV Justiça, abordando temas de interesse público, fundamentais para a prática da cidadania, e
mil telespectadores por edição,
compreendendo assuntos de caráter social e
segundo Ibope do horário
político. Casamento, adoção, administra-
alicerce na formação de produtos que viabilizem tal acesso, a produção do programa é
TV Educativa, Amab, Faculdade Ruy Barbosa
ções pública e privada e direito autoral e Eficiência
empresarial são exemplos de assuntos deba-
baseada na reunião de idéias de alunos e pro-
Com o objetivo de capturar a atenção
tidos de maneira clara e educativa no pro-
fessores da Faculdade Ruy Barbosa, na atuação
do público e decodificar os temas jurídicos,
grama, que inclui reportagens especiais, além
dos Magistrados e na expertise em produtos de
a iniciativa obteve grande eficiência por conta
de entrevistas com especialistas.
comunicação visual da Lima Comunicação.
da audiência conquistada na Bahia, em torno
!
Para colocar na agenda Abordar temas de interesse públi-
A TV é um dos meios de comunicação
As parcerias Institucionais estabeleci-
co é uma das formas de conquis-
mais eficazes existentes, gerando gran-
das pelo Entenda Direito ampliam seu
tar a preferência do telespectador.
de impacto em todos os públicos.
leque de atuação favorecendo marcas e fortalecendo a comunicação.
Gestão de Mídia - Pequenas e Médias Empresas
Lição
56
Novos leitores Reformulações editoriais e gráficas da revista do Sinepe/RS ampliam e satisfazem o público
1996
C
riar maior impacto nos públicosalvo. Esse foi o desafio do Sindi-
foi o ano de lançamento da
cato dos Estabelecimentos do Ensi-
revista do Sinepe/RS
no Privado no Estado do Rio Grande do Sul (Sinepe/RS) ao inovar o projeto gráfico de
487
seu principal veículo de comunicação, chamado Educação em Revista. A nova roupagem, aliada a iniciativas para ampliar a inte-
instituições de ensino são
ratividade com o público, deu certo. A taxa
representadas pelo Sindicato
de aprovação do veículo hoje é de 90%. Novas seções e colunas também foram
90
criadas, entre elas, a editoria de Economia e a coluna Salve o Planeta, com dicas colecionáveis sobre práticas ambientais que
duras, e as fotos e boxes sangrados, a fim de dar movimento ao visual. A capa da publicação também sofreu alterações no logotipo,
ensinam a proteger a natureza. Por meio do
por cento dos leitores se declararam
arportal www.sinepe-rs.org.br e e-mail ma mar
satisfeitos com o novo projeto
que passou a ser delineado por curvas, e nas chamadas, com fotos recortadas.
gráfico da revista
Mudanças kkeettting, in foram executados novos canais de co-
As mudanças não param por aí. Está
municação e interação que permitem a
prevista, ainda, a disponibilização integral
ã do leitor com sugestão de pauta participação
da revista em meio virtual, com a tecnolo-
da revista e opiniões.
gia page flick, o que resultará na multiplica-
Lançada em agosto de 1996, a publicaa
!
ção do número de leitores, na ampliação
ção atingiu, em 2007, a sua 65 edição.
da atratividade comercial para os anuncian-
Para buscar novos públicos e ampliar a
tes e na maior abrangência de penetração
satisfação, o Sinepe/RS se lançou em
do veículo em outros estados e países.
uma busca contínua pela melhoria da
Os resultados colhidos proporcionaram à
revista, identificando oportunidades e
revista mais qualidade e interatividade, além
necessidades. Entre as mudanças
da aprovação de um público tido como extre-
efetuadas, vale destacar os títu-
mamente crítico, anteriormente já bastante
los, agora com sombras e mol-
satisfeito com a publicação.
Para colocar na agenda Inovar o projeto gráfico da revista
A fim de tornar a revista mais atrativa, o
A colocação da revista no ambiente
proporcionou ao Sindicato mais
Sinepe/RS investiu na melhoria tanto no
digital viabilizou uma maior interativi-
qualidade e interatividade.
que se refere aos recursos gráficos, como
dade na pauta e edição da publicação
alterações em seu conteúdo textual.
impressa.
83
Gestão de Mídia Audiovisual
Lição
57
Pontapé inicial Unimed Vitória usa o futebol como estratégia de divulgação das metas em 2008
1.400
O
nze jogadores, comissão técnica e torcida. Dois mil médicos cooperados, cerca de 1.400 colaborado-
res e mais de 250 mil clientes. Times em
pessoas compõem o quadro
campo com funções tão distintas. Porém,
de colaboradores da empresa
os mesmos objetivos: trabalhar de forma
600
integrada e contribuir com os destaques individuais. O conceito de equipe permite alcançar resultados que nem sempre pare-
rios, menores aprendizes e portadores de necessidades especiais da empresa. Felipão Dentre as jogadas ensaiadas, o evento teve a exibição de um vídeo com informações de metas a serem atingidas durante o campeonato, como alcançar uma receita de R$ 460
fevereiro e agosto, no vídeo disponível
milhões, a fim de garantir a remuneração
na intranet
para apresentar o planejamento estratégico 2008 da Unimed Vitória, no Espírito Santo,
959
são combater as informações concentradas pela alta direção e as lideranças da cooperativa, além de aumentar o conhecimento dos
colaboradores participaram
colaboradores sobre as iniciativas propostas
do evento kick-off
pela empresa. A ideia é envolver cada vez mais
anual do cooperado e ultrapassar a marca de 274 mil clientes, por exemplo. Analogias à parte ao treinador Luís Felipe Scolari, Alexandre Ruschi, presidente e personagem principal do vídeo, apontou o entrosamento e coletividade para que os colaboradores entendessem as diretrizes apresentadas. Pelo menos 959 pessoas participaram do
o time e escalar todos os integrantes como As táticas do jogo foram definidas simul-
evento de lançamento de planejamento estra-
taneamente na área de abrangência da
tégico, um índice de 60% do total de colabora-
Unimed Vitória no mesmo dia – nove muni-
dores. Mais de 600 acessos foram contabiliza-
cípios da região com sede na capital capixa-
dos no vídeo disponível na intranet da empresa
ba. O ev evento kick-off (pontapé inicial, em
entre os meses de fevereiro e agosto.
craques, camisas dez, para alcançar as metas durante a temporada do ano.
todos os colaboradores, inclusive estagiá-
acessos contabilizados, entre
cem possíveis se feitos isoladamente. Em dia de clássico, os maiores desafios
aos convocados à seleção, foram escalados
inglês) aaconteceu em clima esportivo com a distribu distribuição de sacolas contendo isotônicos – com a sugestão de que não falte ene energia durante o campeonato em 2 2008. Camisetas foram distribuídas para que todos entrassem em campo uniformizados. Em meio
!
Para colocar na agenda Usar uma metáfora do esporte é
Desenvolver material informativo, como
Eventos associados à mídia digital,
uma boa estratégia para estimular
o vídeo, além de fornecer camisetas e
como a intranet, aumentam o poten-
equipes diferentes, em prol do
isotônicos é uma boa dica para despertar
cial de divulgação das ações.
mesmo objetivo.
o interesse pelo assunto proposto.
85
86
Gestão de Mídia Audiovisual
Lição
58
Vanguarda mineira Rede Minas registra a diversidade cultural do Estado sem interferência na realidade local
8
C
om um número superior a 19,6 milhões de habitantes, o Estado de Minas Gerais possui 586 mil km²
– 6,9% do território nacional – de intensas
temas abordados
ma manifestações regionais. A Série Viva!, uma
inicialmente pelas micronarrativas
interprogramação com micronarrativas de
40
posta po aproximadamente um minuto, é a aposta ara ar da Rede Minas – TV pública – voltada para to o a conscientização dos cidadãos a respeito
vídeos foram produzidos
da sua identidade cultural. oduziodu Pelo menos 40 vídeos já foram produzi-
2005
on nais dos por uma equipe de quatro profissionais ivvuldesde 2005. A proposta é registrar e divule de riquezas dos llugar res gar a diversidade lugares
foi o ano do início da Série Viva!
dee valor simbólico, formas de expressã ão, expressão,
eio de pesquisas junto desenvolvido por meio Estadu do Patrimônio Históao Instituto Estadual stico tico de Minas Gerais (IEPHA/MG)) rico e Artístico infor nfor formações relevantes a respe respeito res ito dos d com informações ns materiais m ais da regiã região. bens e culturais Multiplicidade de e O trabalh trabalho ttrabal ra aabalho bal e as viagens vi viagen viag agen por várias árias llocalid lida idades dad s m mineiras resultaram am m eem m um núcleo lidades r do d patrimônio cultura t a além da de registro cultural,
celebrações e conhecimento local em u um
cria aação do pro rograma Bem Cultu criação programa Cultural, com
formato audiovisual direto, claro e atrati vo atrativo
oco co na multiplicidade m multiplicid idade das formass d foco de expres-
para o telespectador. Registros docume endocumen-
Oito temas inicialmente tema aas foram fo inicia almente definial
tais do dia-a-dia eram feitos sem interf feinterfe-
dos à produção produ du ução das peças peçaass da série – arte,
das rência na realidade e espontaneid espontaneidade d as
tradição, ofícios, devoção, tradição adição, dição, sabores, s ores, ofício s, devo evoção, fé (relievo
Segundo do o idealizadores idealizadore es, o tít idealizadores, título da Série
personagenss e suas regiões regiões.
giosidade), sonss e lu lugares. conteúdo g lugare res. O co onteúdo foi on
a! ttrad traduz o desejo de m ma Viva! manter presente
produ duzidas e tran ansmitidas pelo os diversos são produzidas transmitidas pelos rritório mine ne nichoss culturais do terri território mineiro.
nossa memória a cultura mineira. Em em n u micronarrativ tiv uma das micronarrativas, denominada LuBiribir ibiri em Diamantina, guargares, a vila de Biribiri, maiore re polos industriais têxteis da um dos maiores do século XIX. H Hoje, a vila é atração turístie, pelo pe menos, sete famílias. Em ca e acolhe, Sabores, um dos programas vai até Berilo, no Vale do Jequitinhonha, onde famílias trabalham na produção de rapadura e contabilizam 46 unidades ao dia.
!
Para colocar na agenda Manter a realidade das comunida-
Além da divulgação, o trabalho resul-
A estratégia foi concebida de maneira
des durante a produção do mate-
tou em um acervo cultural para pes-
a fazer com que as pessoas se reco-
rial é uma importante forma de
quisas de toda a população.
nheçam nas situações apontadas.
atrair o público.
Gestão de Mídia Audiovisual
Lição
59
Coração da Amazônia Alcoa promove ações voltadas à comunidade e combate o analfabetismo e a falta de informação em Juruti (PA)
E
35
studo recente do Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) aponta que 89% da população do
Interação Uma estratégia para tornar o programa interativo foi adotar o formulário Pergunta
município de Juruti, localizado ao Oeste do
por cento da população em Juruti
Juruti, já usado em reuniões com as comu-
Estado do Pará, encaram de forma positiva
conheceram a Alcoa por meio
nidades e distribuído no centro de referên-
o empreendimento de instalação da mina
do programa de rádio
cia da Alcoa, aberto ao atendimento da
de bauxita da Alcoa no local. A empresa
32
americana atua na produção e transformação de alumínio e tem como objetivo garantir o crescimento da região, hoje, com um investimento de R$ 1,7 bilhão. Com a iniciativa, a Alcoa encontra um desafio em Juruti: informar a população sobre betismo, falta de infra-estrutura e as grandes distâncias territoriais – a cidade está a 848
legalizadas na cidade, também foram adotados 32 pontos de rádios-poste e carros de som, por exemplo, além de manter par-
pontos de rádios-poste foram
cerias com mais seis emissoras que transmi-
adotados na cidade
tem o programa e alcançam até 12 municí-
1,7
o trabalho e superar o alto índice de analfa-
população. Por conta da ausência de rádios
quilômetros da capital Belém, sendo neces-
bilhão de reais foi o
sárias 12 horas de viagem por via fluvial ou
investimento da empresa
pios paraenses. Segundo pesquisa Ibope, 35% dos entrevistados conheceram a Alcoa por meio do rádio.
na região
1h30 por via aérea. A solução encontrada foi transformar o rádio em aliado estratégico da empresa, afinal esse já é o maior veículo de comunicação na Amazônia.
O programa Sintonia vai ao ar aos sábados pela manhã e tem 15 minutos de duração. A equipe, formada pela Temple Comunicação, é composta por profissionais da região com vasto conhecimento da Amazônia. Com pro-
!
posta de aliar informações do empreendi-
O programa ganhou ainda uma versão
mento, projetos sociais, meio ambiente e
para a TV, com abordagens de temas insti-
serviços, os repórteres percorrem ainda as
tucionais e ações socioambientais. A veicu-
comunidades rurais e ribeirinhas em busca
lação é mensal em quatro emissoras das
de notícias. Pelos menos 55 ficam na área
cidades de Santarém e Juruti, com cobertu-
direta de influência da mina de bauxita.
ra em outros cinco municípios.
Para colocar na agenda A ação encontra o veículo certo de
Buscar sinergia com outros meios de comunicação,
O conteúdo deve sempre ser baseado
comunicação para estreitar o relacio-
como um programa mensal na TV, ajuda o processo
no respeito à cultura e à diversidade
namento entre a população local e as
por meio de informações sobre novos projetos, par-
local, com a promoção do diálogo
cidades vizinhas com a empresa.
cerias e desenvolvimento do trabalho efetuado.
entre a comunidade.
87
88
Gestão de Mídia Audiovisual
Lição
60
Na pista de decolagem Parceria entre Infraero e Discovery Channel cria documentário sobre bastidores de terminal aéreo
11
M
ais de 18 milhões de passageiros, 424 mil toneladas de carga e 187 mil pousos e decolagens
novembro do ano de 2007. No Brasil, a série foi exibida ainda no programa Domingo Espetacular, da Rede Record de Televisão, em
contabilizadas em 2007. Segundo a Infraero,
semanas foi o tempo total
maio de 2008. A média de audiência atin-
só o Aeroporto Internacional de São Paulo/
para a produção do documentário
giu 16 pontos no Ibope – aproximadamente quatro milhões de telespectadores.
Guarulhos – Governador André Franco Mon-
te média do Aeroporto Internacional de Gua-
aeroportuários com segurança, conforto e
18,7
milhões de passageiros circularam
mil passageiros e 540 pousos e decolagens.
eficiência, além do comprometimento com
no Aeroporto Internacional de
Há, pelo menos, 28 mil empregos diretos e
São Paulo em 2007
1.700 empresas prestadoras de serviço. Vin-
toro liga a região metropolitana paulista com 24 países em 138 cidades em todo o mundo. A missão: prover a infraestrutura e serviços
a integração em todo território nacional. Para quem tem curiosidade em saber o
30
que acontece nos bastidores de um grande terminal aéreo, o documentário Aeroporto 24/7 mostra como é a rotina e os esforços dos
Segundo a Infraero, a população flutuanrulhos (SP) chega a 150 mil por dia, com 60
culada ao Ministério da Defesa, a empresa administra hoje 67 aeroportos, 33 deles internacionais, 80 estações de apoio à navegação aérea e 32 terminais de logísticas de carga.
profissionais, pelo menos,
colaboradores de diversas áreas para o seu funcionamento integral. O projeto é uma idea-
participaram da seleção de
lização do Discovery Channel, com parceria
personagens e gravação da série com seis programas
da Infraero e execução da REX Produções. A série é composta por seis programas de meia hora cada e teve um período total de pro-
Audiência
dução de 11 semanas – quatro de seleção dos
Após a edição das imagens, foram feitas
personagens e sete de gravação. Uma equipe
exibições pelo canal Discovery Channel em
formada por mais de 30 pessoas – técnicos,
35 países, como Portugal, Espanha e em
cinegrafistas, produtores e diretores – per-
toda a América Latina, a partir do mês de
maneceu exclusivamente no aeroporto para captar imagens e entrevistas com profissionais da Infraero, Polícia Federal, Receita Federal, das empresas aéreas Air Minas e American Airlines e da agência de turismo CVC.
!
Para colocar na agenda Documentário de TV é ideal para
O trabalho de parceria com emissoras
A ideia de procurar uma produtora indepen-
dar um tom excepcional a iniciati-
de TV rendeu grande exposição em
dente traz credibilidade à iniciativa de valoriza-
vas empresariais.
veículos de comunicação em massa.
ção do indivíduo de todas as áreas de atuação.
Gestão de Mídia Audiovisual
Lição
61
Sempre alerta! Apoio cultural da Volvo à TV Cultura gera conteúdo televisivo com lições sobre segurança no trânsito
5
A
TV é mais popular que a geladeira. Por causa dessa afirmação, apontada pelo Censo em 2000, a mon-
milhões de domicílios
Na TV Estima-se que mais de 11,7% de domicílios
tadora Volvo apostou nesse veículo de co-
tiveram acesso ao conteúdo durante
da Grande São Paulo – cerca de 500 mil casas
municação para comemorar os 20 anos do
as duas semanas de veiculação
– tenham recebido a mensagem diariamente. Somadas as audiências na região, foram atingi-
Programa Volvo de Segurança no Trânsito (PVST), em 2007, iniciativa que aborda a educação no trânsito para reduzir o número de acidentes no País. Por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, a empresa patrocinou a TV Cultura
90
dos, aproximadamente, cinco milhões de lares.
segundos é o tempo estimado
so ao sinal da TV Cultura é avaliada hoje em
de cada programete
mais de 93 mil telespectadores em 1.885 loca-
para a produção de uma série de progra-
programetes. A população brasileira com aces-
lidades. Atualmente, 21 Estados e o Distrito
146.500
metes com 90 segundos de duração a serem veiculados na emissora. Cinco temas foram trabalhados: o jovem e o trânsito, a importância do treinamento do motorista,
mil reais é o valor aplicado no projeto
o uso do cinto no banco traseiro, o uso do
Federal são atendidos pela rede. Seis semanas foi o tempo total para produção e roteiros até que a versão final fosse veiculada. A TV Cultura contou também com o apoio da Volvo que cedeu contatos de auto-
cinto em ônibus rodoviários e a segurança
ridades e consultores sobre o assunto. A coor-
como investimento. O valor aplicado no projeto está estimado em R$ 146.500.
Várias emissoras no País ainda veicularam os
A apresentação foi mantida por duas
denação das gravações teve co-parceria com
semanas no mês de setembro, com uma
uma empresa de vídeo
inserção diária nos intervalos do Jornal da
independente da ca-
Cultura – exibido às 22h pelo jornalista
pital paranaen-
Heródoto Barbero –, além de chamadas de
se, Curitiba.
30 segundos ao longo da programação da emissora. Com depoimentos e balizado por números de impacto, o conteúdo revelava, por exemplo, que enquanto as empresas se preocupam em garantir o seguro de cargas contra roubos, o prejuízo com acidentes de trânsito é quase dez vezes maior – e atinge a casa dos R$ 9,7 bilhões.
!
Para colocar na agenda
Uma campanha que aborde causas soci-
Quando a ação necessita maior visibili-
A parceria estabelecida com a emissora – TV
ais e tenha foco na comunidade não
dade, uma tática ousada é desenvolver
Cultura – pela Lei Federal de Incentivo à Cultura
precisa ser necessariamente desvinculada
projetos para mídia de massa.
possibilita ainda economia de recursos.
do foco de negócios da empresa.
89
90
Comunicação e Relacionamento com o Público Interno
Lição
62
Na estrada VIAPAR aposta em programa de rádio para integrar e estreitar relacionamento com colaborador
560
A
famosa rádio-peão não existe mais na VIAPAR. Seja em qualquer ponto dos 547 quilômetros das rodovias
administradas pela concessionária, sediada
colaboradores trabalham na
em Maringá (PR), os mais de 500 colabora-
VIAPAR atualmente
dores estão conectados por um dos meios
96
de comunicação mais populares do mundo: o rádio. A ideia é encurtar distâncias e manter a integração entre toda a equipe com entretenimento, informação, prestação de
por cento é o índice de satisfação da
serviços e educação corporativa.
equipe com a programação da Rádio
24
horas por dia de transmissão
Rádio VIAPAR. Com um laptop e microfone em mãos, a Rádio faz a cobertura dos eventos em diversas unidades da concessionária. Informação Pesquisa recente aponta um índice de 96% de satisfação dos colaboradores com a veiculação da programação, segundo a concessionária. A Rádio VIAPAR funciona há, pelo menos, dois anos. A programação é transmitida por fibra óptica – meio usado para o som chegar às praças de arrecadação – e o estúdio está instalado no departamento de assessoria de comunicação na sede da empresa. O sistema é informatizado e alimentado com informações diárias. Atualmente, a concessioná-
sertanejo e flashback. Dentre a programa-
ria é destaque como uma das 150 melhores
ção, os colaboradores têm acesso a quadros
empresas para você trabalhar no País, de
ccomo Curso de português, Boletins, Sorteios,
acordo com as revistas Exame e Você S/A.
PPolítica da empresa, No meu setor é assim e ccuriosidades que ficam por conta da Explossão de amor e Declaração com reconciliação. Um bom exemplo é o programa Fale com A Rádio VIAPAR funciona 24 horas por
a diretoria. Nele, colaboradores podem enca-
dia com programas feitos pelos próprios
minhar perguntas e sugestões aos gestores
colaboradores, a partir da gravação de vinhe-
da empresa. Munido de um gravador, o
tas, envio de recados, entrevistas, sugestões
repórter também acompanha eventos para a
de pautas e pedidos de músicas de vários
realização de entrevistas. Para maior aproxi-
estilos – gospel, rock, pagode, MPB, funk,
mação, foi criado ainda o estúdio móvel
!
Para colocar na agenda Integração entre colaboradores e
A participação dos colaboradores na
A prestação de serviços é uma estraté-
diretores é uma tática que permite
confecção dos programas valoriza o
gia adequada para atrair o público,
estreitar relacionamento.
indivíduo e a equipe em ações desen-
com linguagem direta e fácil.
volvidas pela comunicação interna.
92
Comunicação e Relacionamento com o Público Interno
Lição
63
Férias merecidas Campanha de segurança da Petrobras aborda colaboradores com a ajuda do Seu Anjo
43
E
m um prédio onde circulam, em média, 11 mil pessoas por dia – oito mil só de colaboradores –, é possível que
pessoas se esbarrem e haja até acidentes no
por cento dos colaboradores
ambiente de trabalho. Nesse cenário, a Petro-
afirmaram que mudaram seus hábitos após a implantação
bras avistou um desafio a ser vencido em seu
da campanha
edifício-sede: como convencer as pessoas de que a preocupação com a segurança é real-
11
mente importante? A resposta veio do céu. A campanha de segurança em escritórios da empresa, que foi conduzida pela unidade
mil pessoas, em média, circulam por
dos Serviços Compartilhados, ganhou um
dia no edifício-sede da Petrobras, no
garoto-propaganda bem inusitado em 2008:
Rio de Janeiro
o Seu Anjo. Simpático, experiente e exausto de resguardar a vida dos colaboradores, o
86
personagem circulou pelo prédio para avi-
por cento é o total de aprovação pela abordagem do Seu Anjo na campanha
locais como estações de trabalho, portas de acesso aos corredores, escadas e elevadores. Valorização Na garagem do prédio, por exemplo, havia mensagens como “O sonho do Seu Anjo é que todo mundo ande na linha. Principalmente, se você é pedestre”. Para valorizar ainda o trabalho dos profissionais de segurança patrimonial e do trabalho, foram confeccionados bó-
sar que precisava tirar férias com urgência.
tons com a inscrição
Porém, preocupado com seus protegidos,
“Eu também falo a língua dos anjos”.
queria deixar orientações sobre como viver com segurança enquanto estivesse fora.
!
Além da sede, a maior parte do material foi reaproveitada nos demais prédios da empresa
De forma clara e bem humorada, a ação
no Rio de Janeiro. A idéia é reafirmar o com-
“Viva com segurança. Dê um descanso para
promisso da companhia com a responsabili-
o Seu Anjo” reforça a intenção educativa da
dade ambiental. Segundo pesquisa de opinião
campanha. O tom de comando utilizado in-
realizada com os colaboradores, a campanha
duz o público a seguir o que está sendo pro-
do Seu Anjo conquistou consideráveis 86%
posto com frases de efeito espalhadas em
de aprovação e caiu no gosto de todos.
Para colocar na agenda Criar um personagem é uma maneira
Os trabalhos presenciais devem ser acom-
As ações educativas funcionam melhor
de sensibilizar os colaboradores em
panhados de cartazes, adesivos, e-mails e
com o bom-humor das peças e da
campanhas de comunicação.
cartões-postais, entre outras peças.
estratégia de comunicação.
Lição
64
Comunicação e Relacionamento com o Público Interno
Tá no Punto! Fiat investe em relacionamento com colaboradores para divulgar novo modelo
S
egundo dados da Associação Nacional
92
dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), as vendas internas do
setor automobilístico atingiram 2,46 milhões
por cento dos líderes da empresa
de unidades em 2007. Líder no mercado au-
participaram de um evento
tomotivo brasileiro, com mais de 607 mil veí-
no Clube Fiat
culos vendidos no ano passado, a Fiat tinha
13
o desafio de fazer do Punto mais um sucesso nacional em vendas. O lançamento interno aos 13 mil colaboradores da montadora, em Minas Gerais,
mil folders veiculados para a divulgação
foi parte essencial desse trabalho. A estraté-
ponderem perguntas sobre o carro. Seis mil colaboradores foram beneficiados e puderam escolher prêmios entre 15 opções.
gia se baseou em um mapa de ações para
15
apresentar os diferenciais do carro, formar colaboradores para que atuem como embaixadores da marca, além de despertar o
mil test-drives realizados
Interação Mais de cinco mil colaboradores testaram seus conhecimentos sobre o veículo em três games na intranet. Os 50 primeiros colocados
orgulho em ser Fiat.
no Desafio Punto puderam ficar com o carro
O primeiro passo foi o lançamento antecipado para os líderes da empresa, com um
fábrica foi decorada com o Punto em mais
em casa por um final de semana. O grande
índice de 92% de participação em um even-
de 81 pontos de mídia, como outdoors e
campeão pode ficar uma semana inteira com
to no Fiat Clube. Na sequência, o Punto foi
painéis. Cada colaborador recebeu ainda um
o automóvel. Além disso, onze mil pessoas
apresentado, antes, para os colaboradores. A
folder com todos os detalhes do produto.
participaram da festa Punto em Família.
!
Uma grande ação foi o test drive interno.
O pós-lançamento celebrou ainda a
Em três espaços na fábrica, colaboradores
premiação da Fiat como a melhor do setor
tiveram a oportunidade de dirigir, em pri-
Auto Indústria, no ranking Melhores e Maiores
meira mão, o carro. Ao todo, mais de 15 mil
2007, apontada pela revista Exame. Na época,
test drives foram realizados. Ao completar o
foi distribuído um print especial da matéria
percurso, participantes ganhavam ainda cards
e a miniatura do Punto como símbolo. O mo-
com a indicação de um determinado número
delo foi eleito também “Carro do Ano” pela
de pontos para ser trocados por produtos
revista Auto Esporte e contou com uma cam-
da grife Fiat. Para acumular maior pontua-
panha interna de celebração e agradecimento
ção, uma blitz convidou colaboradores a res-
a todos os colaboradores.
Para colocar na agenda Mídias em locais estratégicos gera-
Um mapa de ações ajudou a planejar o
A empresa apostou no relacionamento
ram resultado na divulgação do
lançamento do veículo.
entre colaboradores e familiares, que se
modelo.
beneficiaram também de diversas ações.
93
94
Comunicação e Relacionamento com o Público Interno
Lição
65
Ao pé do ouvido Para estimular diálogos entre colaboradores, Vale Maranhão transforma veículo impresso em programa de rádio
11
O
saldo de 41 mil colaboradores nos últimos dez anos propôs novos desafios à Vale em São Luís do Ma-
visores estão engajados no projeto por meio de sugestões de melhorias e feedbacks dos colaboradores referentes aos temas pauta-
ranhão (MA), que apresentou um crescimento
aparelhos de som foram instalados
dos. Todos foram convidados a participar de
de 450% para o período – um salto de nove
em veículos destinados ao transporte
um treinamento para a familiarização da
dos colaboradores
mil para 50 mil profissionais. Para divulgar suas estratégias bem-sucedidas, a mineradora apos-
450
tou, em 2007, na linguagem do rádio para melhorar o fluxo de informação do público interno em regime de revezamento.
por cento de crescimento do quadro
Com um laptop e dois microfones aco-
de colaboradores em dez anos
plados, a rádio No turno foi lançada no mês abril de 2007, com programas de seis minu-
2.300
tos de duração e divulgados dentro dos ônibus de turno. Ao todo, foram instalados aparelhos de som em 11 veículos destina-
reais é o custo com
dos ao transporte dos colaboradores. Em
manutenção por mês
um ano, o projeto ganhou novo formato –
linguagem do rádio. O investimento mensal à manutenção da iniciativa é de R$ 2.300. No papel Criado em 2003, o projeto No turno surgiu como uma ferramenta de comunicação direta enviado por e-mail aos supervisores. A ideia era apontar dados sobre metas e produção. Por falta de tempo, os profissionais, que deveriam repassar as informações à equipe verbalmente, apenas o faziam no início do turno, o que de uma certa forma prejudicava o resultado esperado. Em uma segunda versão, a Vale no Ma-
mais dinâmico, alegre e interativo – e já Tanto supervisores quanto colaborado-
ranhão transformou a iniciativa em progra-
res voluntários participam das gravações dos
ma de rádio. Nas demais praças, o No turno
programas nas seções Notícias da Semana,
ganhou formato impresso, com a respectiva
com informações sobre a área corporativa
distribuição aos colaboradores.
possui mais de 147 edições.
e do Estado; Entrevista; Giro na área, informações dos setores; Fala, doutor!, quadro com sugestões de cuidados à saúde; Atitude Segura, dicas de segurança; além do Momento musical, em que o colaborador pode solicitar músicas para escutar ao fim de cada edição do programa. Segundo a mineradora, mais de 30 super-
!
Para colocar na agenda
Uma iniciativa de baixo custo pode abrir
A estratégia do programa é criar um
Estimular a participação dos colaboradores
precedentes para avanços ainda maiores
veículo flexível que está em constante
na produção dos veículos de comunicação
junto a públicos com pouco acesso aos
fase de melhorias.
pode gerar altos índices de aprovação.
meios institucionais tradicionais.
Lição
66
Comunicação e Relacionamento com o Público Interno
Correspondentes à francesa Carrefour cria estrutura para facilitar o intercâmbio de informações nas unidades
170
E
les são os olhos e ouvidos dos colaboradores Carrefour. Hoje, cerca de 170 Repórteres Locais (RL’s) são res-
ponsáveis pelo elo entre a Comunicação
é o número de Repórteres Locais
Interna e os 52 mil colaboradores de 150
atualmente
lojas, em 15 Estados brasileiros. Voluntários,
52
fornecem notícias de sua unidade à central de comunicação da empresa, garantem a distribuição dos informativos nas lojas, apoiam a
mil colaboradores da rede Carrefour
divulgação de campanhas e são uma maneira eficaz de estabelecer contatos para feedbacks.
90
Só no primeiro semestre do ano, 90 colaboradores participaram do programa de formação para Repórter Local no País. O curso é estruturado em um módulo de oito horas e
por cento de aumento
aborda conceitos de comunicação empresa-
de pautas com o trabalho
rial, veículos informativos, questões básicas de jornalismo – tipos de texto, linguagens e
aproximar tanto os clientes quanto os demais
boas pautas, por exemplo –, noções de foto-
colaboradores cada vez mais. Benefícios
grafia digital, além da contextualização da
Para manter a equipe de RL’s motivada, a
comunicação interna do grupo. A ideia é
estratégia de relacionamento é a palavra-
Como resultado, pesquisas recentes apon-
chave para o bom desempenho do
tam um crescimento de 90% do número de
!
trabalho, com foco em três verten-
pautas com a atuação dos mesmos. Hoje, o
tes: valorização, educação e integra-
colaborador Carrefour é composto por 52%
ção. Os contatos são personalizados
de homens e 48% de mulheres, com faixa
com cada agente, novos canais são
etária de 30 a 45 anos – equivalente a 74%
criados para falar diretamente com o
de toda a equipe.
RL, além de treinamentos e encontros
A iniciativa possui ainda um programa
periódicos. Tudo isso para combater
de relacionamento com o Prêmio Repórter
a falta de integração apontada antes
Local do Ano, com oito colaboradores con-
entre os respectivos colaboradores,
templados. Só em 2007, os RL’s receberam
dispersos geograficamente.
mil reais em compras nas lojas da rede.
Para colocar na agenda A ideia de transformar colaboradores
O programa precisa de incentivos cons-
Para dar certo, o programa tem de con-
em repórteres é uma forma de inves-
tantes, como os prêmios que destacam
tar com cursos de capacitação para o
tir na integração entre funcionários.
o trabalho de cada Repórter Local.
desempenho da atividade.
95
96
Comunicação e Relacionamento com Fornecedores
Lição
67
Força total AleSat investe em relacionamento com revendedor e alcança 82% no índice de satisfação
82
C
om 300 milhões de litros de combustíveis vendidos por mês – suficientes para encher 120 piscinas
Invisível Um pacote de serviços está ainda disponível para atender o revendedor e garantir a
olímpicas –, a AleSat é considerada hoje a
por cento de satisfação
segurança e confiabilidade da sua carga –
quinta maior distribuidora do País. Segundo
dos fornecedores, segundo
como o Serviço de Atendimento ao Cliente
pesquisa da empresa
pesquisa anual realizada pela empresa, o
5
índice de satisfação por parte dos revendedores chega a 82% nas 40 unidades operacionais em 22 Estados brasileiros.
mil é o total de clientes ativos
A distribuidora avista, no tripé missão, visão e valores da marca, novas formas de se
300
relacionar com o respectivo público. A Ouvidoria é a voz do revendedor dentro da empresa. O ouvidor é um canal diretamente ligado à
milhões de litros de combustíveis
presidência da organização e possui uma
são vendidos por mês
área proativa que promove encontros periódicos com revendedores de todo o País, nos
Também há consultoria de negócios, treinamentos, seguros e rastreamento, por exemplo. A Inspeção Invisível é outro programa da distribuidora. O objetivo é acompanhar o caminhão-tanque da base da empresa até o posto, sem que o motorista saiba. Durante o percurso, todos os procedimentos de segurança e confiança são fiscalizados. Em 2008, a distribuidora registrou a abertura de 200 postos de combustíveis em diversas regiões no País. Recentemente, adquiriu a
quais eles podem manifestar as suas opiniões e impressões sobre a empresa.
(SAC), por meio do Call Center e do FALE.
Para melhor divulgação do trabalho, a em-
rede Polipetro, distribuidora regional de com-
presa oferece apoio ao revendedor na criação
bustíveis do sul do País, com 130 postos. O
e planejamento de ações promocionais nos
grupo atua no mercado de combustíveis há
postos de combustíveis. Além disso, enca-
12 anos e é resultado da fusão do grupo
minha kits-inauguração – contendo brindes,
mineiro ASAMAR e do empresário Marcelo
faixa, uniforme e folhetos institucionais – e
Alecrim, do Rio Grande do Norte, com inten-
boas-vindas – com uma carta de agradeci-
ção de unir forças e oferecer serviços exclusi-
mento do presidente e um bloco de pedidos.
vos aos clientes de todo o Brasil.
À medida que faz compras de combustíveis e/ou lubrificantes da companhia, os clientes da empresa acumulam pontos e podem retirar brindes ou serviços à sua escolha, no chamado Clube ALE de Prêmios.
!
Para colocar na agenda Oferecer serviço gratuito na cria-
Outra maneira de obter fidelidade é
Auxiliar o revendedor em sua comunicação é
ção e planejamento de ações pro-
por meio de uma consultoria exclusiva
uma saída para divulgar a marca da empresa, tal
mocionais nos postos é uma manei-
ao revendedor no que diz respeito ao
como a ALE faz ao oferecer kit-inauguração com
ra de gerar fidelidade.
seu negócio.
uniformes, faixas, topos de bombas, brindes e folhetos institucionais sobre a empresa.
Lição
68
Comunicação e Relacionamento com Fornecedores
Siga bem, caminhoneiro Holcim cria Clube da Estrada e aumenta vínculo de parceria e confiança com fornecedor
4
A
Holcim, quarta maior produtora de cimento do País, aponta a qualidade na prestação de serviço como um
princípio incorporado à rotina de trabalho.
mil transportadores rodoviários
Para tal, apostou no programa de relaciona-
autônomos prestam serviços à Holcim
mento Clube da Estrada como principal meio
4
fornecedor. A ação é destinada aos cerca de quatro mil transportadores rodoviários autônomos
maior fabricante de cimento do País
para que se sintam pertencentes ao grupo. Mais de 1.500 motoristas participam hoje da
1.500
iniciativa. Eles preenchem um cadastro, disponível nas fábricas e terminais de distribuição, e recebem um cartão de identificação com o qual
Pelo menos, 52 matérias sobre o Clube da Estrada foram publicadas na imprensa
a
de comunicação para aproximar a empresa do
Na mídia
entre os meses de janeiro e abril do ano passado. A iniciativa repercutiu ainda no programa Pedro Trucão, da Rádio Globo AM. A empresa aplica também outras estratégias de comunicação. Uma delas é o concurso cultural Direção Segura. Autores de dez melhores frases sobre o tema ganham prêmios e viagens e têm suas sugestões publicadas no
podem solicitar pontos com base na tarifa de
motoristas participam do programa
boletim impresso da empresa – Folha da
fretes e número de viagens realizadas. A ideia é
Clube da Estrada
Estrada – e no CD Direção Segura, gravado em formato de rádio e distribuído aos participan-
incentivar a fidelização por meio do acúmulo de pontuação, além da troca por prêmios. Mensagens diretas e objetivas convidam
os motoristas à parceria com a empresa,
tes – com músicas sertanejas e entrevistas com
com exposição de cartazes e banners por
os ganhadores. No início de 2008,o concurso
todas as áreas de recebimento e de contato
já havia recebido mais de 400 frases.
direto. O logotipo da campanha remete ao conceito de escuderia e, assim, identifica com maior facilidade o público-alvo. Outro bom exemplo de ação é a Blitz da Saúde. Nele, caminhoneiros recebem informações todos os meses, mesmo se não fazem parte do Clube da Estrada – como orientação médica, atendimento e palestras com dicas de alimentação, por exemplo. Só no primeiro trimenstre de 2008, 2.400 participaram da campanha.
!
Para colocar na agenda Campanhas ligadas à qualidade
O logotipo do programa Clube da Estrada
A comunicação com as equipes inter inter-
de vida do público-alvo fidelizam
remete à ideia de uma escuderia, facilmente
nas de logística foi importante para a
fornecedores à empresa e aos
reconhecida pelos caminhoneiros. A ação
divulgação das ações e mobilização
seus princípios.
cria identificação com o público-alvo.
do grupo.
97
Mídias do Ano
No pódio Como os representantes das Mídias do Ano entendem o papel dos veículos e profissionais de comunicação
Jornal DIVULGAÇÃO
Folha de S.Paulo Eleonora de Lucena Editora-executiva
Um defeito a ser evitado... é a presunção e a negligência na coleta e transmissão da informação. A principal qualidade de um profissional que trabalha nele é...
A principal qualidade de um meio de comunicação é...
o comprometimento com o jornalismo sério e de qualidade.
a independência.
E o perfil profissional a ser evitado...
E o seu principal desafio...
é o do negligente.
ser plural.
A principal responsabilidade que tem (o veículo de comunicação)
Um defeito a ser evitado...
em âmbito internacional é...
ser parcial.
conectar os fatos globais ao cenário local e vice-versa, prepa-
A principal qualidade de um profissional que trabalha nele é...
rando seus leitores para os desafios da globalização.
ser crítico.
E a principal responsabilidade no Brasil é...
E o perfil profissional a ser evitado...
contribuir para o aprimoramento das instituições brasileiras.
ser acrítico.
O sentimento de ser reconhecido com Prêmio Aberje é de...
A principal responsabilidade que tem (o veículo de comunicação)
orgulho pela seriedade e importância do prêmio.
em âmbito internacional é...
A força (e o peso) que surge com o reconhecimento é...
o mesmo: sempre mostrar os diversos lados das questões.
melhorar sempre.
E a principal responsabilidade no Brasil é...
Uma palavra para o futuro...
mostrar os diversos lados das questões.
inovação.
O sentimento de ser reconhecido com o Prêmio Aberje é de... responsabilidade. A força (e o peso) que surge do reconhecimento é...
Rádio
credibilidade. Uma palavra para o futuro... ro...
Band News FM
Revista
André Luiz Costa Diretor de Jornalismo
Revista Amanhã Jorge Polydoro Diretor geral
DIVULGAÇÃO
crescer.
JOAQUIM PEDRO MELLO NETO
98
A principal qualidade de um meio de comunicação é... ser combativo. E o seu principal desafio...
A principal qualidade de um meio de comunicação é...
estar sempre em sintonia com os anseios do seu público.
relevância e credibilidade.
Um defeito a ser evitado...
E o seu principal desafio...
o jornalismo relatorial, que não debate e não aponta soluções.
contribuir para melhorar a vida e o ambiente das pessoas
A principal qualidade de um profissional que trabalha nele...
para as quais se dirige.
são duas: inquietude e alto astral.
Mídias do Ano
99
E o perfil profissional a ser evitado...
ser uma referência brasileira respeitada no campo da televi-
são dois: acomodado e desleal.
são não-comercial.
A principal responsabilidade que tem (o veículo de comunicação)
E a principal responsabilidade no Brasil é...
em âmbito internacional é...
ser, de fato, um veículo que faz diferença na formação das
levar ao ar, junto com as notícias, análises para que o ouvin-
pessoas, que contribui positivamente para a agenda de
te entenda os acontecimentos, sem dar espaço a opiniões do
demandas educacionais e sociais do País.
senso comum ou preconceitos.
O sentimento de ser reconhecido com Prêmio Aberje é de...
E a principal responsabilidade no Brasil é...
responsabilidade.
defender o interesse público, por um País mais próspero e
A força (e o peso) que surge com o reconhecimento é...
justo.
um estímulo que renova as forças.
O sentimento de ser reconhecido com Prêmio Aberje é de...
Uma palavra para o futuro...
felicidade.
para o Futura e para o Brasil não há outra: Educação.
A força (e o peso) que surge com o reconhecimento é... um grande estímulo para fazer uma BandNews FM ainda melhor! confiança.
Televisão
Valor Econômico Rosvita Saueressig Laux
Lúcia Araújo Gerente geral
Diretora Adjunta de DIVULGAÇÃO
Canal Futura
RAFAEL JACINTO
Mídia Especializada
Uma palavra para o futuro...
Projetos Especiais
A principal qualidade de um meio de comunicação é... credibilidade. A principal qualidade de um meio de comunicação é...
E o seu principal desafio...
uma equação que combina ousadia e humildade: humildade
levar informação confiável aos seus leitores.
para ser capaz de conhecer, ouvir e entender o universo dos
Um defeito a ser evitado...
seus telespectadores e ousadia de oferecer aquilo que nem
divulgar informação manipulada.
ele (o telespectador) sabe que quer.
A principal qualidade de um profissional que trabalha nele é...
E o seu principal desafio...
buscar a informação o mais completa possível.
chegar a um número cada vez maior de brasileiros e inventar
E o perfil profissional a ser evitado...
uma identidade no universo da mídia que seja capaz de dia-
aquele que manipula a informação.
logar com a educação e atrair os telespectadores.
O sentimento de ser reconhecido com o Prêmio Aberje é de ...
Um defeito a ser evitado...
ver que em oito anos de existência o Valor recebe o reconhe-
não cair na tentação de “brincar de escolinha” nem de
cimento de um grupo de profissionais fundamentais ao tra-
“copiar” uma TV comercial
balho de comunicação das empresas.
A principal qualidade de um profissional que trabalha nele é...
A força (e o peso) que surge do reconhecimento é...
a disposição de pensar fora dos paradigmas que se cristaliza-
fazer um jornal cada vez melhor.
ram na indústria da mídia
Uma palavra para o futuro...
E o perfil profissional a ser evitado...
trabalhar para que a informação que levamos nas páginas
o auto-referido, cheio de certezas.
do Valor seja cada vez mais imprescindível às decisões do
A principal responsabilidade que tem (o veículo de comunicação)
dia-a-dia das empresas e das autoridades responsáveis pela
em âmbito internacional é...
política econômica do País.
U
R
ED UC A
UNICA
Pensata
CO M UN IC AR
A
CAR A
RT C O A IC U L
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R A L
M CO
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RT IC UL
CA
DU
R
UNICA
COMUNI C A
M
UNI C
CO
M
AR
Os incríveis ‘Antígonas’ E da Rcomunicação RA R
E DUCA
Paulo Nassar, diretor-geral da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial
iante de todas as transformações que
D
O comunicador de hoje é mais do que um
e, cada vez mais, demanda de todas as empre-
a comunicação empresarial passou
difusor de informações. Depois de todos os
sas e instituições uma comunicação totalmen-
ao longo dos últimos 41 anos, a mais
cases de sucesso que tivemos durante as edi-
te democrática. Não há mais questões simples
importante delas tem a ver com o papel do
ções do Prêmio Aberje e que já demonstravam
que se resolvam apenas com informação. E,
comunicador dentro das organizações e de
a tendência mestiça desses profissionais, a do
por essa razão, coloca-se à prova uma série de
como ele modificou a visão que o mercado
último ano veio coroar e reforçar essa que é,
paradigmas assimilados pela sociedade e que
tinha dessa área. De simples capricho e luxo de
definitivamente, uma realidade.
– para serem bem comunicados –, é preciso ir
algumas empresas passou a ser fundamental e
Como antevisto por Nietzsche, o interes-
além do informar, faz-se necessário uma ação
indispensável. Tão indispensável que deixou
sante está na força do elemento misturado,
de comunicação coerente que garanta a com-
de ser tarefa exclusivamente dos profissionais
naquilo que extrapola e vai além de alguns
preensão de determinado assunto.
classificados como técnico-comunicadores, ou
“limites”. E é isso que o comunicador da
Observamos cada vez mais a necessidade
seja, jornalistas, publicitários e RPs. Hoje, estes
atualidade faz (ou deveria fazer). Cuida de
de um comunicador que seja também um
trabalham ao lado de psicólogos, antropólo-
se relacionar e de promover o relacionamen-
educador, que apresente soluções eficazes pa-
gos, engenheiros, sociólogos, etc. Todos devi-
to da organização com todos e com tudo
ra organização e sociedade e que saiba exercer
damente envolvidos e antenados em um ritual
que a rodeia. Como gestor, administra cri-
seu papel de articulador. Um comunicador
moderno que são os relacionamentos.
ses, se relaciona diretamente com a diretoria
que tenha a atitude de Antígona ao desobe-
ao mesmo passo que chega facilmente ao
decer o rei Creonte que ordenou que não
destino contrário, conversa com a impren-
enterrasse seus irmãos ao risco de ser sepulta-
sa, com a comunidade e interliga áreas que
da viva. E que o fez mesmo assim por enten-
não se conectavam, repassando valores e
der que o contrário faria com que pairassem
mudando o já obsoleto, mas ainda existen-
com suas almas sem corpos pela terra.
te, comportamento das empresas que se relacionam unilateralmente.
O comunicador organizacional deve – no contexto de uma visão democrática e relacio-
Vivemos em um mundo de questões com-
nal – cumprir a sua tarefa de comunicar e
plexas, onde a sociedade deixa a passividade
educar. Para tanto, deve ser leal à sociedade, às instituições e, também, aos administradores. E é bom ver que esse profissional já existe
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da comunicação podem estar ali entre cases e destaques desta edição.
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sas. É bom saber que esses incríveis gestores
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por entre o concreto das paredes das empre-
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e começa a se multiplicar e explorar os limites
101
Ombudsman
Divulgação
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Barack Obama ganharia o Prêmio Aberje?
Roberto de Castro Neves é ombudsman do Prêmio Aberje, escritor e doutor em Direito
aiano não nasce, estreia; presidente
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dele o que está dizendo. Então do que estou
abaixo de zero. Depois, a entrada em cena dos
americano não toma posse, inaugu-
reclamando? Reclamo do evento no conjun-
convidados estava desarrumada. Uma fila in-
ra. Pois é, foi logo na inauguração
to. Em primeiro lugar, houve um bom atraso
terminável. Eu sei, não é nada fácil acomodar
de Barack Obama, que os organizadores do
em relação ao programado. Isto – que é
tantos egos. Eram muitos pavões por metro
evento pisaram na bola. Se dependesse do
comum entre nós – não faz parte da cultura
quadrado. Entendo também as dificuldades,
meu voto, a cerimônia não ganharia o Prê-
americana. Sobretudo quando a plateia é de
na organização de um evento dessa magni-
mio Aberje na categoria específica. Por quê?
dois milhões de pessoas e a temperatura está
tude, de combinar vontades de dois estafes:
Se não gostei do discurso? Adorei o discur-
a do presidente que sai e a do outro que
so. Tudo no lugar. Nada de salvacionismos.
toma posse, digo, inaugura. Posso imaginar o
Nada de mistificações. Nada de promessas
“Obama passa
demagógicas. Certezas, só uma: a coisa está preta. Falou em trabalho, valores, honestidade, responsabilidade. Enfim, tudo como convém, dito com elegância e firmeza. O homem é mesmo bom de gogó. Passeia pelos teleprompters com o desembaraço que Gisele Bündchen desfila nas passarelas. Obama passa credibilidade principalmente porque se percebe que ele sabe o que está lendo. Que é
arranca-rabo que foi a elaboração da lista de convidados. Estabelecer uma linha de corte
credibilidade principalmente porque se percebe que ele sabe o que está lendo”
sempre foi o grande desafio dos promotores de eventos. A fronteira entre “quem se convida e quem não se convida”. Não foram só os iranianos que tacaram fogo no retrato de Obama. Quem ficou de fora da lista também fez a sua fogueira no quintal. Houve outras falhas também. Passáveis. Mas para mim a mancada que desclassificaria o evento no Prêmio Aberje foi colocar uma poetisa falando depois do discurso do presidente. Aquilo foi água no chope. Elis Regina dizia que podia dividir qualquer coisa sua: dinheiro, propriedade, roupa. Até seu homem, aceitava dividir. “Mas meu palco” – dizia – “não divido com ninguém”. Após o discurso do Obama, tinham que fechar a cortina de forma que as mensagens de sua fala fossem as únicas coisas a pairar no ambiente. Depois dele, mais ninguém no palco. Nem que fosse Pablo Neruda, ou Maiakóvski, muito menos Elizabeth (Elisabeth who?). Disseram que a mulher é amiga dele de infância. Daí a concessão. Moço, concessões se faz em Política. Em Comunicação, never.