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Capítulo Um Kaleigh Bip. Bip. Bip. O som que vem do quarto da minha irmã me faz virar e olhar as horas. — Cinco e meia. — grito no meu travesseiro e volto para o calor das minhas cobertas. A primeira coisa que fiz quando me mudei para a casa da minha irmã foi instalar cortinas blackout. Ah, e uma fechadura na porta. Eu gosto de dormir nua, então o meu sobrinho de dez anos e minha sobrinha de seis, entrando enquanto eu estou dormindo, não é algo que queremos se repetindo. Fecho os olhos, mas são apenas mais seis minutos até ouvir o sinal sonoro novamente. Eu puxo as cobertas sobre a cabeça e penso em como minha vida mudou nos últimos seis meses. Eu era uma garota solteira curtindo a vida. Finalmente, eu era minha própria chefe, graças ao meu estúdio de ioga e Pilates. Algo em que trabalho com esforço desde os dezoito anos. Que nada, eu faço ioga desde bem antes de ser algo popular. Eu ainda morava em casa, era o jeito de pagar o estúdio. Tudo estava indo bem, até que recebi aquele telefonema horroroso da minha irmã, chorando histericamente no carro. Ele me traiu. São as únicas palavras que eu me lembro de ouvir, as únicas palavras que importavam. O mau caráter do marido dela tinha traído. E como se isso não bastasse, ele pegou a professora e orientadora do filho de dez anos deles, Gabe. Obviamente, ele pagava por mais do que apenas a orientação. Então, peguei todas as coisas dele que consegui, desci as escadas e joguei tudo no gramado da frente. Lauren apareceu quando comecei a caminhar até os fundos da casa. Eu voltei com o recipiente de gasolina na mão. Despejei tudo por cima das roupas dele, fui até Lauren e entreguei o pacote de fósforos. — Vamos queimar esse filho da puta.
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Sentamos lá no gramado assistindo tudo queimar, até que um dos vizinhos chamou o corpo de bombeiros, que enviou três caminhões, sirenes estridentes na noite, ambulância, e um carro da polícia. Observamos as chamas subindo da pilha de tudo que ele possuía, antes que toda a bagunça fosse encharcada em água. Nem precisaria dizer, que o idiota apareceu algum tempo depois, quando os bombeiros tinham acabado de apagar o último resquício do fogo. As roupas dele agora estavam transformadas em cinzas. As únicas coisas que sobreviveram foram alguns dos tacos de golfe. Enquanto ele puxava o cabelo com as mãos, começou a gritar: — Essa foi a última gota. Lauren, ela não vai mais chegar perto dos meus filhos. Estava sentada na varanda da casa que eles construíram, enquanto minha irmã estava sentada ao meu lado. Ela piscou e olhou para longe. — Você dormiu com Carmen. — Foi a última coisa que Lauren disse. — Essa foi a última gota. — Pau fino. — mal saiu da minha boca, e sua cabeça virou para mim. — Você me ouviu. — eu me levantei. — Ela te deu dois filhos, não um, idiota, dois. — eu apontei o dedo para ele. — Manteve essa casa fodida limpa, enquanto você estava enfiando seu pau. Dê uma olhada. — eu gesticulo com as mãos. — Você perdeu. Aperte os cintos, cowboy, nós viemos pela fazenda. Seus olhos cerraram, observando minha ameaça. — O que isso significa? — ele perguntou, olhando de mim para Lauren. Ela se levantou e caminhou até nós, ficando ao meu lado. — Significa que ela vai atrás de tudo, babaca. Agora, por que você não enfia essa desculpa em um saco de merda e some. — olhei para Lauren. — Eu disse que deveríamos ter comprado uma arma e aprendido a atirar. — peguei a mão dela, me virei e a levei para dentro da casa.
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Uma vez que a porta estava fechada atrás de nós, ela sentou no sofá. — Ele fodeu outra pessoa. — ela sussurrou silenciosamente. — O sexo era no máximo de um minuto, na maioria das vezes. Sentei-me ao lado dela, meu braço em volta do seu ombro. — Oh, querida, esse era o primeiro sinal para ter largado esse imbecil antes. A cabeça dela apoiou no meu ombro. — Quero dizer, os pés dele fedem queijo. Ela concordou com a cabeça. — O pênis é medíocre. Ela continuou balançando com a cabeça. — Ele nem foi lá embaixo em você. Em um ano. — forcei-a a olhar para mim. — Ele não vale suas lágrimas. Ok, talvez algumas lágrimas, porque ele te deu os melhores dois filhos do planeta, mas além disso, quando foi a última vez que ele realmente esteve aqui? Sua cabeça inclinou para o lado tentando se lembrar. — Exatamente, ele estava aqui, mas não estava, e, francamente, você e os meninos merecem coisa melhor. — Eu mereço coisa melhor. — sua voz saiu em um sussurro. — Onde estão as crianças? — ela olhou em volta. — Papai veio buscá-los. — avisei. — voltam amanhã. Porque esta noite — fui até a geladeira e abri o congelador, tirando a garrafa de vodca que ela sempre guardava —, nós vamos arrancá-lo do seu sistema. — peguei dois copos de doses do armário. — Ou, pelo menos, até você desmaiar. — derramei a primeira dose. — Os idiotas e as vadias que se fodam. Ela pegou o copo, virou a dose e então estremeceu. — Queima. — ela bateu o copo novamente e despejei outra dose. — Às mulheres sem manchas de comida nas blusas e seus cabelos perfeitos.
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Eu levantei uma sobrancelha em pergunta, mas tomei a dose de qualquer maneira, servindo outra. — Aos maridos que deixam a tampa do vaso sanitário levantada e, finalmente, se depilam para outra mulher. — Oh, querida. — coloquei o copo sobre a mesa. — Ele realmente tinha uma moita? As lágrimas brotaram em seus olhos. — Deveria ter sido a minha primeira pista, certo? — Deveria ter sido a primeira pista para você correr para as colinas, mas quem sou eu para julgar. — peguei o copo. — Por pintos maiores e pelos pubianos aparados. Ela brindou com o meu copo e virou sua terceira dose seguida. — Eu acho que vou passar mal. — ela correu da sala. Esse foi o começo do vamos destruir Jake. Ela se encheu de energia, começou a fazer ioga comigo e aulas de spinning. Toda a sua frustração foi colocada no que eu chamava de corpo da vingança. Uma batida na porta faz a minha cabeça levantar. — Tia Kay, você pode fazer uma trança para mim? — minha sobrinha, Rachel, diz do outro lado da porta. — Por favor. Mamãe está provando vestidos. Eu me levanto da cama e pego o roupão antes de abrir a porta. Eu abro e ela corre e se joga na minha cama king-size. É um cômodo pequeno que cabe apenas a minha cama e uma cômoda, mas tem um armário enorme, então estou bem. A roupa de cama faz parecer que durmo em uma nuvem, mas é porque eu durmo com dois edredons. — Então, qual tipo de trança você quer? — eu pergunto a ela, sentada atrás dela na minha cama. — Como a da Ariel.
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Eu continuo a pentear seus cabelos, fazendo nela uma trança de sereia. — Pronto, docinho, vá se vestir antes de sua mãe gritar sobre o horário, novamente. — eu beijo o topo de sua cabeça, observando-a saltar para o quarto. Eu me visto depois que ela fecha a porta, depois desço as escadas para tomar café. Paro na porta e pego o jornal que foi jogado no capacho. Estou sentada em um banquinho lendo o jornal enquanto minha irmã corre ao redor gritando sobre as horas. Hoje é o primeiro dia dela no novo trabalho. Ela vai voltar a trabalhar. Ela pegou um emprego temporário, não o que ela estava procurando, mas é melhor do que nada. Eu sei que ela está uma pilha, porque está acelerada sem sequer perceber. Estou usando calça de ioga e tentando desfrutar da minha segunda xícara de café, meu suéter solto caindo de um ombro. Eu não estou vestindo sutiã, porque bem, francamente não estou com vontade de usá-lo. Meus peitos são um perfeito tamanho 38, e não vão a lugar nenhum. — Como você se lembra dessas coisas? — eu pergunto a ela, que está colocando os pratos do café da manhã na pia. — É mágica. Quando você tiver filho, terá um cérebro. — ela me diz com um sorriso malicioso. — Então, o que aconteceu com Jake? — eu sorrio e assopro meu café agora quase frio. — Ok, retiro o que disse. Depois que se tornar mãe, terá um cérebro. Quero dizer, eu não acho que todos os homens sejam idiotas. Olhe para o papai. — ela me diz enquanto coloca o leite de volta na geladeira e pega a caixa de cereais, colocando-a de volta no armário. O alarme do telefone toca novamente. Outra coisa, minha irmã tem TOC, com atrasos. — Dois minutos, pessoal! — ela tem até toques diferentes para o alarme.
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— Você não vai se atrasar? — ela me pergunta enquanto pega as lancheiras e caminha até a porta com as crianças. Dobro o jornal ao meio. — Não, eu tenho cliente só às 10h30. Vamos fazer ioga no parque hoje. Conexão com a terra e essas coisas. — eu termino com um gesto de namastê e ela sai com as crianças para ir ao ponto de ônibus. Olho o telefone para ver o que mais o dia me reserva. Não é que não possa pagar minha própria casa. É porque aqui é o meu lugar agora. Olho para a casa e como mudou desde aquele dia fatídico há oito meses. Volto ao presente quando ouço o toque da buzina do ônibus. Vou até a sala de estar onde movo a mesa de centro para o lado e começo o alongamento. Lauren volta para dentro, admitindo que está nervosa. — Você vai entrar lá e destruir. E se não... — eu encolho os ombros — Então, você não vai. O que pode acontecer de pior? Você cair no colo do chefe? Ela olha para mim, jogando as mãos no ar. — Não se esqueça, as crianças chegarão de ônibus às duas e quarenta e cinco. Você ligou o alarme? — ela me pergunta. — Sim, no meu relógio interno. — eu reviro os olhos para ela. — Pare de se estressar. Vai ficar tudo bem. Você vai chegar atrasada se não sair agora. — eu a levo até a porta. — Não se esqueça de parecer legal e fazer amigos. Amigos que são bonitos, sexys e tenham paus grandes! — eu grito depois que ela entra no carro e fecha a porta. A Sra. Flounder, a vizinha do lado, faz um joinha, claramente concordando comigo. Aceno, enquanto ela dá ré, buzinando uma vez quando ela sai. — Está um belo dia, não é? — a Sra. Flounder me diz do quintal ao lado.
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— Com certeza. — eu aceno com a cabeça, concordando com ela. — Você sabe o que seria melhor? Ser perseguida pelo entregador gostoso da UPS1 que sempre vem. Aposto que ele tem um pacote enorme dentro daquele caminhão dele. A Sra. Flounder joga a cabeça para trás e ri. — Querida, se eu fosse um pouco mais jovem, com certeza eu descobriria o tipo de serviços que ele oferece. — ela pisca. — É disso que estou falando. — eu aponto para ela. — Eu tenho que me arrumar. Tenha um ótimo dia, Sra. F. — eu me despeço dela, voltando para dentro para me preparar para o dia.
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United Parcel Service, mais conhecida por UPS, é uma das maiores empresas de logística do mundo, distribuindo diariamente encomendas em mais de 200 países.
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Capítulo Dois Noah Meus pés chegam à calçada ao terminar a corrida de dez quilômetros. É algo que costumo fazer de manhã, se não houver ninguém na minha cama. Geralmente queimo mais calorias do que quando corro. Eu chego em casa, assim que meu vizinho e melhor amigo, Austin, está saindo apressado do seu prédio. — Ei. — eu paro dando pulinhos no lugar para não ter cãibras. — Estou muito atrasado. Por que você não me ligou? — ele olha o relógio enquanto espera que o manobrista traga seu Porsche. Eu balanço a cabeça. — Simplesmente achei que você estaria ocupado. Você não teve um encontro na noite passada? Austin e eu somos melhores amigos desde que estávamos no jardim de infância. Nossos pais eram advogados criminais, então ficávamos sempre com as babás. Claro, ninguém poderia superar a babá de Austin, Barbara, enquanto eu tinha babás diferentes todas as semanas. Até eu ter idade suficiente para demiti-las e contratar quem eu quisesse. Com a idade madura de quinze anos, eu tinha passado por trinta babás, e nesse ponto, eu as contratava para me ensinar tudo o que sabiam sobre sexo. E digamos que eu era um estudante premiado. Isso até meus pais me encontrarem fodendo a última babá, inclinada sobre a mesa de bilhar, e ela usando os sapatos da minha mãe. Ainda rimos disso até hoje. Bem, pelo menos ele ri. Usualmente só escuto e reclamo. — Nah, eu estava cheio de trabalho no escritório. Eu tenho que ir. Minha nova temporária começa hoje. — ele diz, colocando o Ray-ban.
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— Querido Deus, quantas foram contando essa? — eu pergunto a ele, sabendo muito bem, que ele deve estar, pelo menos, na décima. — Você precisa relaxar e só ir com o fluxo. — Olha quem está falando. Você está na sua vigésima esse ano. — ele informa, fazendo-me sorrir. — Sim, mas a minha não foi embora porque eu fui um idiota. — Você transou com a maioria delas, e nem sequer hesitou. — Ei, sem amarras, é a minha política. Eu sou um lobo solitário. — eu digo a ele, sorrindo. — De qualquer forma, tenho que ir. Meus sócios farão uma reunião hoje. Algo sobre um processo de assédio sexual, e adivinhe, nem é meu. Boom, filho da puta. — eu faço uma explosão com as mãos, correndo de costas até me virar e continuar minha corrida para casa. Eu moro em um ótimo bairro, novo, moderno, chique e elegante, onde todas as casas têm três andares. Eu descubro que a casa ao lado acabou de ser colocada à venda. Pego o telefone, tiro uma foto e envio para Austin. Você seria meu vizinho? Pressiono enviar, e subo as escadas duas de cada vez, colocando meu código na fechadura. Ele me responde imediatamente. Sim, preciso sair da minha casa. Então, ligue para a corretora. Se ela for gostosa, eu irei com você para a visita. Talvez ela possa passar aqui, me dar uma estimativa. Acabei de bater em uma van. Porra. Você está bem? É a última mensagem que trocamos. Aguardo um segundo até não ver os três pontos com as bolhas. Eu tiro a camiseta, que está encharcada por causa da corrida. Trinta minutos depois, estou amarrando a gravata azul, que acompanha o terno azul italiano personalizado. Colocando o
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paletó, passo as mãos pelo cabelo, pego o telefone e as chaves e dirijo-me ao meu novo Mercedes preto conversível, com um interior vermelho escuro. Dirijo em direção ao meu escritório de advocacia. Veja, aprendi com meus pais que o direito penal dá mais trabalho do que eu quero, então sou advogado corporativo. Agradável, fácil, simples ou pelo menos a maior parte disso. Estaciono no escritório de advocacia, Coco and Associates, parando na vaga de estacionamento reservado. O escritório de advocacia foi aberto há cerca de quarenta anos pelo fundador Leonard Coco. Ele começou a empresa sozinho. Ele atuava no direito da família, mas agora lidamos de direito da família, ao direito penal, lei de imigração, ao direito ambiental. Tive a sorte de me associar ano passado. Vou para o nosso escritório no quadragésimo andar. Passo pela nova recepcionista, que é jovem, loira e parece realmente disposta, apenas meu tipo. Cumprimentoa com um sorriso de lado e uma piscadela. — Bom dia, lindo. — seu sorriso me mostra que no sábado suas pernas estarão enroladas em meu pescoço. Ao chegar no escritório de Harvey Rhinaldi, um dos sócios, sorrio para a secretária dele. — Bom dia, Ruth, você está bem esta manhã. — a porta do escritório está aberta, então simplesmente entro. — Harvey, você tem a garota mais atraente do escritório. — eu encaro Ruth e depois volto meu olhar para ele, que pega sua xícara de café. Ele é o advogado de mais prestígio de direito de família da cidade. — Você sabe que ela tem noventa anos, certo? — ele abaixa a xícara e me sento na sua frente. Eu arrumo a gravata. — Ela não tem noventa anos, ela tem mais ou menos setenta. Ok, talvez mais de setenta e cinco, mas... — Você é doido. É bom sermos bons amigos, porque um dia desses você vai espalhar sua semente, e eu vou ter que defendê-lo na frente do juiz para confirmar que você é realmente humano.
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— Ei. — eu aponto para ele. — Eu gosto de disparar minha semente, faço isso só na camisinha, ou na boca dela. — eu encolho os ombros. — E podemos não nos amaldiçoar com todo esse negócio de ter filho, por favor? — o porta-retratos na sua mesa mostra que ele está felizmente casado com três filhos e meio. — Além disso, é meu dever garantir que todas as mulheres sejam atendidas. Eu acho que fiz um juramento em algum lugar. — Oh, eu sei tudo sobre juramentos. Confie em mim, mas depois de um tempo fica chato. Você vai encontrar aquela garota, e ela vai te agarrar pelas malditas bolas e nunca te soltar. —
Realmente
espero
que
ela
me
agarre
pelas
bolas
diariamente. Foda-se, de manhã e de noite. — eu olho para ele. — De qualquer forma, eu tenho Luca a partir de hoje. Estou fodidamente excitado. Ele se formou no topo da turma de direito em Harvard. Ele vai ser uma excelente adição à minha equipe. — Nós temos a conferência de assédio sexual que é obrigatória logo após o almoço. — ele me olha. — Oh, vai ser ministrada pela Hannah? — eu pergunto a ele. — Eu gostaria muito de pegar ela. Ela é tão quente. — Você sabe que ela é a chefe do Recursos Humanos, certo? Que ela o destacou como o maior risco desta empresa. Sabe que ela contratou seu último assistente e o primeiro item da lista é que fosse homem. — Eu não sei por que fui o único destacado. — verifico o telefone que vibra dentro do meu bolso. — Você fodeu suas últimas vinte secretárias. Às vezes no trabalho. — ele me aponta, recostando-se na cadeira. — E algumas das estagiárias, algumas administrativas, e não nos esqueçamos, uma mãe ou duas. A mensagem que recebo é de Austin. Eu vou precisar de uma bebida forte após o trabalho.
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— Agora. — digo, colocando o telefone no bolso, — Se você pode me dar licença, eu tenho uma fusão ou duas para finalizar — eu me levanto, olhando para os seus vários casos. — E você tem pessoas para divorciar e pensão alimentícia para mandar pessoas pagarem. — outra razão pela qual nunca me casarei. Todo esse - eu te amo para sempre, ou até que alguém... adivinhe o quê, eu quero metade de tudo - não é tão atraente para mim. Nem agora, nem nunca. Viro o canto para o meu escritório, parando na mesa do meu assistente. Foi uma vez a casa de Cassandra, que tinha um metro e oitenta, longas pernas, bem como os implantes mais perfeitos, de tamanho 42. Quero dizer, não vamos esquecer que ela não tinha ideia do que estava fazendo, a menos que estivesse debaixo da minha mesa. Foda-se, ela sabia usar sua boca como o melhor promotor da cidade. Agora, está sentado um homem velho o suficiente para ser o marido de Ruth, com óculos tão grossos quanto das garrafas de Coca. — Dia, Alfred. — digo, pegando minhas mensagens. — Senhor, meu nome é Aaron. Já lhe disse várias vezes. Eu sorrio para ele. — E eu já falei que eu sou o Batman e você é meu confidente. — eu olho para ele, entrando no meu escritório e tentando ler sua letra ilegível. Pego o telefone, ligo para Hannah, que atende depois de dois toques. — Hannah, querida. — eu sorrio. — Noah King, a que devo o prazer? — sai quase mais duro do que deveria. — Precisamos conversar sobre o meu assistente e o fato dele não saber escrever, nem usar um computador. — volto às minhas mensagens novamente. — Quero dizer, acho que uma mensagem diz para ligar para o Dr. Chen. — Noah, nós examinamos isso. Você que não pode ter nenhuma mulher. A última foi a gota e você sabe disso.
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— Ok, tudo bem, mas posso ter um homem que, pelo menos, sabe navegar na web e digitar com ambas as mãos? — eu olho pela janela para Alfred, que está quase enfiando a cara no monitor. — Tudo bem, mas espero você na reunião que organizamos esta tarde. — é a última coisa que ela diz antes de desligar na minha cara. Ligo o meu computador e leio todos os meus e-mails, bem como algumas fusões que precisamos corrigir. Ao meio-dia, estou saindo do elevador na empresa do Austin. Dobro a esquina, e observo o mais lindo traseiro que já vi. Bem, hoje, quero dizer. — Nossa Senhora. — digo alto. A mulher vai se endireitar, mas bate a cabeça na mesa. O estrondo ecoa no vasto espaço de escritórios. — Oh meu Deus, você está bem? — eu me apresso até ela, tentando ajudá-la. — Eu sinto muito. Eu não queria assustá-la. Estou segurando uma mão dela e a outra está esfregando a parte de trás da cabeça. — Está tudo bem. Você me assustou. — ela começa a dizer e depois me olha. — O que diabos está acontecendo aqui? — o rugido vem por trás dela. Ela se afasta de mim e olha para Austin. Ele está de pé com as mãos nos quadris, a veia no pescoço saltando. — É culpa minha, Austin. — eu digo a ele, e solto a mão dela. — Entrei e fiquei surpreso ao vê-la. Eu a assustei, e ela bateu a cabeça sob a mesa. Eu estava apenas ajudando. — eu digo e dou a volta na mesa dela, até Austin, e bato no ombro dele. — Eu estava pensando se você queria almoçar. Olho para Austin, que não tirou os olhos da mulher. — Não vou almoçar. Eu tenho que dar uma olhada no arquivo Gray Stone Park. Lauren, você pode me arranjar o almoço? Vá até a delicatéssen na esquina; temos uma conta lá. Basta falar que é para mim. Eles sabem do que eu gosto. 13
Ela coloca a mão no quadril, olhando-o. — Por favor. — Austin susurra. — Tudo bem. — ela agarra a bolsa e sai. Ambos observamos Lauren se afastar, seu traseiro balançando de um lado para o outro a cada passo. Austin está tão concentrado observando-a, que nem percebe que me afastei e entrei no escritório dele. Eu me atiro no sofá do escritório, e ele abre a persiana para ver o lado de fora do escritório. — Jesus Cristo, quem era aquela gatinha sexy de saltos? Eu quase tive um ataque cardíaco quando entrei e a encontrei curvando-se. — eu pergunto a ele, olhando na direção da mesa dela. — Meu novo desafio é ficar longe da assistente. — ele resmunga e se senta do outro lado do sofá. Eu jogo a cabeça para trás e rio. — Oh, o que aconteceu com o “não foda onde você come, Noah” que você sempre me fala? — quando estávamos na faculdade ele nunca pegava quem estava na mesma classe, nunca dormia com uma garota que estava em seu grupo de estudo. Ele ficava longe de qualquer pessoa em seu círculo. O que era ótimo para mim, porque eu pegava todas elas. — Ela é louca. — ele diz. — Eu bati no carro dela esta manhã e em seguida ela aparece no escritório. Eu pensei que ela estivesse me perseguindo. Isso só piora a situação, e não consigo parar de rir, me dobrando com a gargalhada. — Você bateu no carro dela, depois achou que ela estava seguindo você? Puta merda. Você foi um idiota com ela? — eu faço essa pergunta por que ele pode ser classificado como um. Ele sorri para mim. — Ela gravou meu nome como Cretino no telefone. — Isso nos faz acalmar.
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— Você sabe que está fodido, certo? — eu finalmente paro de rir e jogo meu braço no encosto do sofá. — Quando você me viu tocá-la, pensei que fosse para cima de mim como aqueles touros correndo em direção ao pano vermelho. — Ela não é nada além de uma garota louca com uma bunda gostosa, que vai me trazer café todo dia. — Oh, sério? — a voz dela corta o ar. Meus olhos vão de Austin para Lauren, que está de pé com algumas sacolas, e meu homem parece que está comendo moscas. — Bem, então fico feliz em poder auxiliá-lo. — ela bufa, e entra e joga as sacolas na mesa na nossa frente. — Eu também trouxa algo para o seu amigo. — ela fala e depois se afasta. Desta vez, batendo a porta ao sair. — Oh merda, você está com sérios problemas. Cara, ela vai te pegar pelas bolas. Você se lembra daquela garota que você brincou na faculdade? Aquela que você prometeu levar para casa durante as férias de primavera? Ela se vingou e cancelou todas as suas passagens, então ela colocou aquele anúncio no Craigslist: “Homem solitário procura outro homem solitário”. — eu o lembro. — Ela era uma porra louca! Eu tive que mudar meu número quatro vezes. Quatro! Depois tive que começar a usar gorros para que ela não me reconhecesse. — ele balança a cabeça, e eu rio tanto que caio. Ele olha para mim. — Era maio, porra! Eu tinha que tomar três banhos por dia. Eu não tinha ideia que a cabeça pudesse suar tanto. Eu finalmente paro de rir e olho para as sacolas que Lauren acabou de jogar na mesa à nossa frente. — Se eu fosse você, eu aproveitaria isso. Provavelmente, é a última refeição que ela não vai cuspir. Nós passamos os próximos trinta minutos almoçando e falando merda.
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— Você vai sair este fim de semana com a Deborah? — eu pergunto a ele. — Não sei qual será o meu plano de fim de semana. O que você tem planejado? Pego o telefone, descendo a lista de nomes. Andrea, é isso que eu pretendo fazer. Eu a conheci no Starbucks ontem. Ela tem as pernas mais longas que eu já vi. Eu pretendo tê-las em volta do meu pescoço, e não será luta livre. — eu levanto as sobrancelhas. — Se você entende o que quero dizer. Eu me levanto, coloco o lixo na sacola. — Está tudo muito bom, mas, infelizmente, eu tenho que correr. Eu me levanto e saio, indo direto para a mesa de Lauren. Ela está ocupada digitando alguma coisa, então só vira a cabeça. — Muito obrigado pelo o almoço, Lauren. Você foi uma salva-vidas. — eu me afasto, deixandoa com uma piscadela. Apenas para irritá-lo ainda mais. Quando chego ao escritório, a besteira de assédio sexual está em andamento. Deslizo as costas na cadeira e sento ao lado de Harvey. — Sentiram minha falta? — perguntei-lhe. — Eles acabaram de mostrar uma foto sua indicando para ficar longe. Eu sorrio para o PowerPoint que Cassandra está passando. Ouço o que ela está dizendo. — Se, a qualquer momento, alguém te encurralar e te fazer sentir desconfortável — ela olha em volta para as pessoas na sala —, seja por toques ou com insinuações sexuais, é seu direito vir e relatar. Inclino-me, mantendo minha voz baixa. — Se você encurralar alguém e o que você disser e fazer deixá-lo desconfortável, você não está fazendo certo. — eu não posso continuar porque Cassandra chama meu nome.
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— Há algo que você gostaria de adicionar a isso, Sr. King? — Eu só estou querendo saber se vamos ter restrição com código de vestimenta. Eu não gostaria de ofender ninguém se eu — eu encolho os ombros — usar meu kilt um dia e não for longo o suficiente. — Você é escocês? — pergunta uma das estagiárias. Eu sorrio para ela, quase tentado a perguntar-lhe se ela quer ver sob o meu kilt, mas Cassandra interrompe novamente. — Se, em qualquer momento, você tiver uma queixa sobre o que alguém está vestindo, envie-me um e-mail com a descrição da roupa em questão. — Ou falta. — eu interrompo. Alguns estagiários reviram os olhos enquanto a outra metade tenta me olhar. O resto da reunião, ou conferência, ou o que quer que você queira chamar, passa comigo rindo de todas as “situações” que falam. São, principalmente, coisas que eu fiz. Não me interpretem mal. Eu não sou um cara que me atira em uma mulher, ou a deixe desconfortável. Mas se eu me conectar com ela e ela se conectar com o meu pau, quem sou eu para dizer não. Na hora que já estou em casa e relaxado, durmo assistindo canal esportivo.
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Capítulo Três Kaleigh Eu terminei de fazer ioga ao ar livre às onze e quarenta e cinco. Se meu cliente não estivesse tão suado e fosse tão peludo, talvez eu ficasse tentada a fazer a pose arada com ele, mas eu simplesmente não consigo lidar com cabelos nas costas. Então, em vez disso, passei na Starbucks para pegar um Frappuccino de soja, antes de seguir o caminho para o meu estúdio de ioga. Abro a porta de vidro, o vento entra rodopiando com zumbido. Há uma mesa na recepção assim que você entra, à direita. Na entrada em letras maiúsculas, a palavra Namastê. Quando vira o canto, entra no que chamamos de “sala de relaxamento”, pintada de branco. As cadeiras de tecido branco e marrom ficam enfileiradas em uma parede, e um pequeno sofá de lona marrom na outra parede. No meio fica uma mesa de madeira branca baixa com velas marfim. À esquerda da sala estão os vestiários masculinos e femininos. Em frente é a porta que leva à “sala Zen”. A sala é mais escura do que a sala de relaxamento. As paredes são pintadas de marrom escuro. Uma caixa preta quadrada fica suspensa no meio da sala. Tem cortinas de chiffon brancas, amarradas. No centro tem uma luminária redonda, luzes e contas de cristais penduradas até o chão. Ao redor da sala têm seis chaises, todas com grandes almofadas de pelúcia que você pode deitar, pequenos piscas-piscas se espalham por toda a sala. No meio há um tapete para alongamento, se necessário. A música que sai da sala é encantadora, com flautas ao fundo. Só o som tira o estresse dos ombros. Eu verifico se há pessoas lá. Durante o dia, muitas pessoas vêm para se sentar e bloquear a agitação cotidiana em que todos vivemos. Também é uma zona sem telefone. Eu sei que é um conceito chocante, mas é assim que eu funciono. 18
Quando fecho a porta e atravesso os vestiários, chego ao estúdio de ioga, que fica do outro lado. Abro a porta e vejo Stephanie no meio de sua sessão de ioga quente. A sala é enorme, com uma parede com janelas do chão ao teto e vista para o jardim que tenho lá fora. A luz natural que irradia de fora aquece o espelho através dela. Há cerca de vinte pessoas nesta aula. Ioga quente é uma forma vigorosa realizada em um estúdio que é aquecido a 40 graus e tem uma umidade de quarenta por cento. O nome formal para ioga quente é “Bikram ioga”. É a mania do momento. As pessoas costumam usar apenas sutiãs esportivos e shorts. Qualquer outra coisa seria demais. Em uma parede fica pendurada uma foto onde lê-se: “Você está a uma aula de ioga de distância do bom humor”. Enquanto na parede onde está a porta está pendurada: Ioga Todos os Dias. Eu sei que ela está no final da aula por que eles estão fazendo a parte do alongamento. Eu fecho a porta, e vou para o balcão da recepção onde Kathy está agora sentada. — Ei, garota. — ela me cumprimenta com um sorriso. — Olá, luz do sol. Você pode adicionar o Sr. Bison na mesma hora, próxima semana? Ela cuida de todos os agendamentos aqui, e também faz a aula de Pilates que temos nos fins de semana. — Você tem uma sessão de grupo privada começando em vinte minutos com três mães. Depois vou ter que cancelar a aula de Pilates no sábado. Meus pais vêm e não posso fugir disso. Eu olho para o rack de roupas que criamos, organizado por cores. — Não cancele. Eu posso fazê-la. — eu sorrio para ela. — Vou trazer a Rachel. Ela adora andar por aí e gritar para as pessoas apenas respirarem. — Oh, isso é ainda melhor. — ela continua postando na nossa página do Facebook e coloca uma foto boba minha na página do Instagram. Eu
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acabo no estúdio às duas e meia, e volto para casa na hora que o ônibus chega. Rachel é a primeira a saltar do ônibus. — Você quase nos esqueceu. — ela pula, sua grande mochila sobre a cabeça. Seus braços quase não chegam à minha cintura. Minha mão cobre sua cabeça, enquanto eu me inclino para beijá-la. — Eu estava esperando vocês no carro. — eu finjo. — Claro, tia Kay. — Gabe, meu sobrinho, aparece na entrada quicando a bola de futebol. — Eu vi você virar à direita antes do ônibus parar. — Silêncio, garoto, ou eu vou fazer você comer tofu cru. — eu o desafio e ele faz uma careta. Eu sou completamente vegana. As crianças, no entanto, não são, e nem vamos mencionar a Lauren. — Por que não entramos, lavamos as mãos, pegamos um lanche e vamos fazer algumas poses no quintal? — eu me inclino, pegando Rachel. — O que diz, Rachie, quer aprender o cachorro olhando para baixo? Ela ergue as mãos no ar. — Sim, eu quero fazer o cachorrinho. Eu rio ao mesmo tempo que Gabe diz: — Não diga isso em voz alta. Nós entramos onde eu os faço lavar as mãos e cortar algumas maçãs e queijo. Eu tentei lhes passar o queijo vegano, mas eles perceberam e me fizeram cortar o cheddar normal. — Eu acho que vou tentar uma nova receita para o jantar esta noite e surpreender sua mãe. — eu viro para a geladeira onde eu vejo as três garrafas de vinho que comprei ontem, e é bom, por que recebi uma mensagem dela hoje dizendo que precisava disso. — Então, o que vocês acham sobre couve-flor? — eu viro, balançando com a cabeça. — Sim, certo. Rachel prende o nariz. — Eca.
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Eu pego o telefone, pesquisando uma receita. — Vão começar a lição de casa e quando terminarem iremos para fora. Ambos se afastam do balcão, indo para a mesa da cozinha, onde eles tiram suas coisas. Eu pego a couve-flor, lavo e a corto em pequenos pedaços, misturando algumas especiarias e as rego com azeite. Eu lavo as mãos e coloco no forno. — Ok, pestinhas, temos trinta e cinco minutos antes de ter que tirar. Vamos lá para fora aproveitar o sol. — Eu quero fazer o cachorrinho, por favor. — Rachel corre para mim com seu tapete de ioga. — Vamos fazer cachorro olhando para baixo, ok? — eu saio, fechando a porta atrás de nós. Gabe corre com a bola de futebol, jogando-a na grama e praticando com ela. — Ok, Rachel, vamos começar. — eu faço cerca de cinco ou seis exercícios, então nós deitamos na grama juntas, enquanto vemos as nuvens passarem, tentando decidir com o que elas se parecem. — Eu vou pegar água. — Gabe diz enquanto abre a porta. — Tia Kay, algo está pegando fogo. — diz ele com pânico. — Merda, a couve-flor. — eu me levanto e corro para dentro. O cheiro de queimado me atinge imediatamente. — Oh meu Deus, oh meu Deus. — eu agarro a luva, abrindo o forno. — Mamãe está aqui. — Gabe diz, correndo para a porta da frente. Ela entra pela porta, assim que o detector de fumaça aciona. — Oh, Cristo, Kay, o que diabos você está fazendo? — ela pega uma vassoura do armário e a posiciona abaixo do detector de fumaça, usando a vassoura para ventilar a fumaça para longe. — Jesus, Jesus, Jesus. — ela canta
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enquanto olha para a cozinha a tempo de me ver puxando uma bandeja de couve-flor carbonizada e fumegante do forno. — Oh meu Deus, oh meu Deus, oh meu Deus! Eu sinto muito! Saí para fazer um pouco de ioga com as crianças, e me esqueci completamente. — eu tento explicar e vou com a bandeja para a pia, ligo a água e molho o que costumava ser uma couve-flor. As cinzas do que um dia já foi uma couve-flor. O som crepitante de água que bate na bandeja de metal quente enche a cozinha tranquila, juntamente com uma fumaça fedorenta de queimado, cheia de vapor que tem o potencial de religar o detector de fumaça agora em silêncio novamente. — Oh, tia Kay, o que vamos comer agora? — pergunta Rachel. Ela seria a única de nós que tentaria comer uma de minhas criações. Eu bato as mãos. — Oh! Eu tenho alguns tofus podemos cortar e... — antes que eu possa terminar a frase, Gabe e Lauren gritam juntos, em pânico. — Não! — eu olho para os dois. — Ok, eu vou me trocar. Gabe, comece o seu trabalho de casa. Rachel vá começar a estudar as suas palavras de ortografia. Você — Lauren aponta para mim — limpe essa bagunça. Eu vou encontrar algo para mistura e fazer uma massa. Eu gemo. — Eu não tenho nenhuma massa sem glúten aqui. — vou até a geladeira e Lauren sobe as escadas para trocar as roupas de trabalho. Quando ela volta, estou colocando as coisas na máquina de lavar. — Oh, uma boa notícia. — eu a informo. — Eu encontrei um pouco de arroz, então vou jogar qualquer molho que você fizer lá. Humm. Ela balança a cabeça, rindo de mim, enquanto começa a preparar os legumes para misturar com o que quer que ela esteja fazendo. Vou para a mesa e estudo as palavras com Rachel. — Kay, ponha a mesa. — ela me chama.
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Vejo que ela fez alguns rolos primavera que parecem ótimos, mas eu vejo o recipiente de queijo parmesão ao lado deles. — Eu não posso comer isso. Você colocou queijo. — eu reclamo para ela. — Está tudo bem. — ela sussurra para mim. — Eu não vou te entregar à polícia vegana. Vamos fingir que nunca aconteceu. — ela serve as crianças. Abro o freezer, e dou um grito quando encontro uma refeição congelada. — Ponto!! Ravioli de tofu! Estou salva! — eu faço uma pequena dança no caminho para o micro-ondas, levantando as mãos no ar e balançando a bunda. — Oh sim, oh sim, oh sim! — continuo dançando até que os sinais sonoros do micro-ondas me param. Eu puxo para fora, tiro a tampa de plástico transparente, e passo debaixo do nariz de Lauren. — Cheira tão bem, certo? Ela balança a cabeça, mas eu sei que ela está mentindo. Durante a refeição, as crianças contam sobre o dia. Rachel me diz que hoje alguém vomitou na sala de aula porque alguém peidou. Aparentemente, isso é hilário para ela, já que ela está prendendo o riso ao contar a história. Assim que todos terminam de comer eu recolho os pratos sujos e olho para a minha irmã de olhos cansados. — Eu vou limpar. Você vai dar um banho nas crianças e fazer a lição de casa. Eu lavo e coloco todos os pratos na máquina de lavar enquanto limpo a cozinha, que quase parece que eu não queimei nada hoje. Bem, quase. O cheiro ainda é persistente. Quando vejo Lauren ir para cima acendo algumas velas, ilumino a sala, depois, diminuo as luzes e coloco jazz para tocar. Quando Lauren volta ao andar de baixo, uma taça cheia de vinho branco fresco, perfeitamente refrigerado está esperando por ela. — Oww, se você não fosse minha irmã - e eu estivesse nesse negócio com
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garotas – eu faria de você minha mulher. — ela pega a taça e se enrola no sofá com os pés sob ela. — Então, e o seu chefe?? — pergunto e tomo um gole do vinho. — Oh, por onde eu começo? — ela fecha os olhos. É como se ela estivesse em transe. — Bonito? — pergunto, curiosa para saber o que fez minha irmã explodir como uma bomba. Ela balança a cabeça e termina a taça de vinho em um gole. Ela pega a garrafa, puxando a rolha com um pop, e enche a taça. — Muito bonito. — Em forma ou musculoso? — pergunto. Eu costumo começar com pequenas perguntas até enfrentar as grandes, como o tamanho do pênis, tamanho completo do pacote, ele pende para a esquerda ou para a direita? Você pode vê-lo ou é liso? — Musculoso. — ela responde pensativa, depois toma outro gole até a metade. — Muito em forma. — ela olha em volta antes de se inclinar para perto de mim e sussurrar: — Eu acho que ele tem um pacote de seis. — eu tento não rir alto, enquanto ela toma o resto da taça. — Cor de cabelo? Cor dos olhos? — eu encho a taça novamente. Para a maioria das pessoas é apenas vinho, mas para minha irmã é como um soro da verdade. — Marrom e verde com manchas douradas. — ela bebe um pouco mais. — Pelos faciais? Você poderia ter uma queimadura com a barba ou não? Ela olha para cima e enrubesce um pouco. Eu não digo nada. Em vez disso, escondo meu sorriso com a taça de vinho. — Depende da hora do dia. Ele estava bem barbeado esta manhã, mas ele tinha uma barba por
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fazer por volta de três horas. — sua cabeça cai para trás no sofá, e ela fecha os olhos pensando nele. Sento-me ereta, olho para ela e, finalmente, vejo algo que eu não via desde que o Pau Fino sacaneou ela. — Você gosta dele? Seus olhos se abrem e ela se vira para mim em negativa, mas eu conheço esse olhar. — Não! Não, eu não. Absolutamente não. Eu não gosto dele de jeito nenhum. Ela ri e toma mais um gole. — Ele bateu no meu maldito carro, Kay, e então o cretino me perguntou se eu estava bêbada. — ela tenta defender seu lado. — Bêbada às oito horas da manhã, porra. É com essa última frase que eu sei que ela pensa mais nele do que admite, até para si mesma. — Ele te impactou! Nenhum outro fez isso. Bem, teve Pacey em Dawson Creek... — todas nós sabemos como isso acabou. Ela ligou para o canal de televisão e tentou fazer com que a série fosse cancelada e proibida. Nem sequer vou mencionar a petição que ela tentou iniciar no Facebook. — Ei! — ela aponta para mim. — Joey foi velejar com ele durante todo o verão! Só porque Dawson está lá e chorando, ela acha que deveria estar com Pacey. Ele sempre foi a escolha dela. — ela agora enche mais uma taça e bebe tudo. — Você acha que ele se depila? — pergunto, e coloco a taça sobre a mesa. — Eu não tenho ideia, mas eu acho que sim. Quero dizer, quem não se depila nos dias de hoje? — ela me olha e sorri. Não estou aqui nem lá. Realmente é uma escolha. Só porque eu gosto de estar bem preparada não significa que todo mundo se sente da mesma forma.
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— Alguns gostam de ser livres e deixar as coisas naturais. Não há nada de errado com isso. Não julgue. Bem, a menos que você tenha que chupar o pau, nesse caso, você coloca o pé no freio. Você não precisa ficar se engasgando com pelos pubianos longos. Na verdade, se você acha que não, simplesmente corra. Corra rápido, como se ele estivesse te ameaçando com uma bomba. — eu uso as mãos para imitar uma explosão. — Sapatos? — Legais. Pretos. — ela olha para mim, os olhos arregalados. — E limpos. Muito limpos. — seu animal interior se irrita quando os sapatos são arranhados. Ela nem corta a porra da grama com sapatos surrados. — Os dentes? Direitos? Tortos? Brancos? Manchados? Mau hálito? — Eu não sei. — ela parece confusa. — Mãos grandes? — Oh sim, muito. — ela abre as mãos para me mostrar o quão grandes, mas as treme um pouco. — Grandes assim. — ela faz um gesto com as mãos, fazendo grandes círculos. Dessa forma, eu tenho a impressão de que ele tem as mãos como as do Hulk verde de brinquedo, que Gabe tem. — Você acha que ele tem um pau grande? Ela para de se mover. — Ele teria que ter. Você não pode ser tão bonito e ter um pau pequeno. Na verdade, talvez seja por isso que ele é um cretino! O pau dele é pequeno. Ele tem a síndrome do pau pequeno. — ela olha para mim, esperando minha réplica. — Quero dizer, por qual razão ele seria sexy pra caralho e cretino, a menos que... — ela solta gritinhos e ri — A menos que seja tão grande que dói quando ele anda. — ela coloca a mão sobre a boca e ri alto, como se estivesse mantendo o maior segredo de sempre. — Eu não posso dormir com ele. Ele é meu chefe e, além disso, ele nem gosta de mim.
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Ela se levanta do sofá, pegando a taça de vinho e derramando tudo o que tinha nela no chão. — Eu preciso de um cachorro, assim se eu derramar alguma coisa, ele pode lamber. Eu a observo e rio dela silenciosamente. Ter um cachorro que baba e faz xixi por todo o chão a mandaria para uma enfermaria psiquiátrica. — Você acha que podemos ter um cachorro e treiná-lo para morder meu chefe? — Sim, acho que você só precisa levar uma foto e um suéter com o cheiro dele para a escola de treinamento. Eles vão treinar o cão para atacar o seu patrão, logo que ele chegar perto. — eu aceno com a cabeça, concordando com ela. Sua boca forma um O. — Oooh, precisamos pensar melhor nisso. — a próxima coisa que eu sei, é que ela está caminhando em direção à escada, sobe e eu a sigo. Ela tropeça no último degrau e cai de cara na cama. Ela abre os olhos, piscando para mim, as lágrimas formando em seu cílio inferior. — Você acha que ele não gosta de mim porque eu sou velha? Ou feia? Ou é por que eu estou gorda? Eu inclino-me e acaricio sua bochecha. — Você não é velha. Você é o oposto de feia, e você, definitivamente, não é gorda. Ele age como se não gostasse de você porque, provavelmente, ele gosta muito de você. Lembra do Ricky na terceira série que perseguiu você com um sapo porque ele te amava? Esta é apenas a versão adulta. — faço uma nota mental para encontrar este filho da puta e cortar seus pneus. Se ele sacanear ela, quero dizer. — Ele nunca se interessaria por alguém como eu. Ele disse que eu tinha uma bunda gostosa, no entanto. Isso significa que ele estava olhando, certo?
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Eu coloco uma mecha do cabelo dela atrás da orelha. — Definitivamente, ele estava olhando. — ela fecha os olhos e eu continuo a falar. — Por que ele não olharia se você se virasse? Você é quente, inteligente, e tem um corpo gostoso e um grande sorriso. Todo o seu rosto se ilumina quando você sorri. Você não faz isso o suficiente. Agora, se isso te faz sentir melhor, eu acho que amanhã vamos fazer sopa de carne, menos a carne obviamente, mas eu me pergunto o que podemos usar para tornála marrom. Eu deveria pesquisar no Google. — eu não digo outra palavra, porque seu ronco enche o quarto. Eu fico olhando para ela, rezando para que o chefe simplesmente relaxe, antes que ela fique louca.
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Capítulo Quatro Kaleigh Eu não rezei o suficiente porque as próximas duas semanas foram ladeira abaixo, ela deu laxante para ele, e ele colocou um vírus pornográfico no computador dela. Ela ficou brava para caralho. Não importou quantas técnicas de respiração tentei para acalmá-la. Quanto mais ela pensava sobre ele, mais a veia em seu pescoço aparecia. Até que ela fez o impensável. Ela colocou pó de mico em suas calças, de brincadeira, é claro. Como ela poderia saber que ele acabaria no hospital? Foi demais para mim, então, finalmente, na noite de sábado eu fui fazer algo. Eu me diverti tanto, mas tanto, que escapei às oito, enquanto ele estava de bruços. Seu corpo magro de surfista era exatamente isso. Eu abro a porta, esperando esgueirar-me para que eles não me vejam com a roupa de ontem à noite, mas lá está ela no meio da cozinha desfrutando de uma boa xícara quente de café. — Oh, a caminhada da vergonha. Bonito. Muito bonito. Eu sentei no balcão, esperando que ela tivesse pena de mim, mas é claro que ela está a pior vadia desde que começou esse negócio com o chefe dela. — O que é uma caminhada da vergonha? — Rachel pergunta, e ela olha para mim com os olhos arregalados. — É quando você ainda está usando as roupas da noite passada. — eu falo para ela, depois sussurro para Lauren. — Depois que elas estiveram no chão do cara quente cujo pau você montou a noite toda. — e então eu levanto o punho, balançando.
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Lauren bate no meu braço e pega Rachel no colo. — Você está usando um vestido bonito hoje. Você está animada? — ela pergunta enquanto eu esfrego o braço. — Muito animada! Temos que arrumar o cabelo? — ela joga as mãos, me imitando. Eu sorrio para Lauren, murmurando para ela: — Ela vai ser igual a mim. Lauren olha para mim, provavelmente me adicionando à sua lista de inimigos. — Então, quantas pessoas são esperadas para a festa de aniversário? — pergunto quando a campainha toca, e ela abre deixando os fornecedores entrarem. Nós subimos para nos vestir e os fornecedores ficam organizando as coisas, enquanto nós somos mimadas. Eu pulo no chuveiro rapidamente e saio a tempo de colocar um vestido tubinho de verão. Fecho a porta do quarto atrás de mim e dou de cara com Lauren. — Eu te odeio. Como você pode tomar banho e se vestir em cinco minutos e ainda parecer que levou uma hora para ficar pronta? — Bons genes. Espere até você ver a minha roupa para mais tarde. — eu pisco para ela, saltando escada abaixo para a porta da frente. Até Gabe se junta à diversão. Bem, não é divertido para ele, mas ele finge. Uma vez que chegamos em casa, todos nos apressamos ao andar de cima para nos trocarmos com apenas vinte minutos de sobra. Corro para o quarto e pego meu vestido de verão rosa que eu comprei para esta ocasião. Coloco o sutiã da mesma cor. Minha mãe vai ficar feliz. É apertado em cima e se solta um pouco na cintura, com pregas nos joelhos. É de chiffon, assim que cada vez que eu ando ele flutua em torno dos meus joelhos. Coloco os sapatos de salto creme que amarram ao redor do tornozelo, descendo como um T nos dedos dos pés. Eu olho quando percebo algo no quintal que não deveria estar lá. “É um balão em forma de pênis?” — Umm, Lauren? Eu acho que você devia ver isso. — eu grito ao
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mesmo tempo que a campainha toca. Eu ando para a porta de trás e olho a cena à minha frente. — Jesus. — eu não tenho tempo para dizer qualquer coisa antes da porta se abrir e meus pais entrarem, sendo seguidos por seus amigos e Lauren finalmente desce as escadas. Eu tento sinalizar para ela com a mão, mas ela está muito ocupada sendo uma boa anfitriã. Eu pego uma taça de champanhe que está no balcão, tomando-a em um gole e pego outra taça imediatamente. O fornecedor está sorrindo para mim. — Agora não. — Feliz aniversário, mamãe e papai. — Lauren os cumprimenta com um abraço. — Obrigada, querida. — minha mãe diz, retornando o abraço. — Por favor, entrem todos. O quintal está arrumado para o nosso brunch. — ela aponta o caminho para o quintal. — Eu acho que você precisa ir lá antes de todo mundo. — eu digo com os dentes cerrados, o que confunde Lauren, porque ela inclina a cabeça para o lado. — O que você está falando? — ela me pergunta, em seguida, a campainha toca novamente. Lauren atende antes de mim. Grande erro, porque a pessoa do outro lado da porta faz Lauren ficar abrindo e fechando a boca. Em pé na porta está um cara segurando um enorme buquê de chocolate. Ela engasga em estado de choque quando ela vê que todos os chocolates são em formato de pênis, e o balde que os segura tem um enorme laço rosa. — Eu tenho uma entrega para Lauren. — ele anuncia, olhando para a prancheta na mão. — Eu... — ela gagueja enquanto ele empurra o balde para as mãos dela. — Eu não pedi isso. — olho para baixo e vejo que há tanto chocolate branco, quanto de chocolate ao leite, todos em varas brancas. Ela balança a cabeça, e ele vai para o caminhão que está estacionado na garagem e volta
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com mais dois baldes. — Eu não quero isso. — ela finalmente diz para ele, mas ele é apenas o cara da entrega, então apenas sorri e vai embora. — Oh meu Deus. — eu digo ao seu lado. — Não surta. — eu olho para ela, vendo que ela está começando a suar, e suas mãos a tremerem. Além disso, eu posso ouvir seu coração acelerado. — Por que eu iria surtar? — ela pergunta ao mesmo tempo que minha mãe grita do lado de fora. Eu tento impedi-la de ir para os fundos, mas ela passa pelos fornecedores, que ainda estão se arrumando. Quando ela abre a porta para o quintal, seus olhos examinam a cena e sua boca fica aberta com o que vê. Ela olha para as mesas brancas que ela pediu, todas arrumadas com as toalhas de mesa azul-turquesa, que foram solicitadas. Os pequenos vasos de vidro com as flores brancas exatamente como pedi no centro de cada mesa. Exceto que há também buquês de balões - todos brancos e turquesa - cada um pintado com um pênis. Agora, como se isso não fosse ruim o suficiente, há também cinquenta e dois balões de hélio rosa, em forma de pênis. O pênis tem um sorriso na cabeça e uma curva azul em torno do eixo. Eles estão todos flutuando ao redor do jardim. — Oh meu Deus, oh meu Deus! — ela grita, olhando por cima e vê que há canudos de pênis em todos os copos. A mesa no canto que ela havia criado para o bolo está agora preenchida com cupcakes com pequenas coberturas de pênis. — Querida, o que é isso? — minha mãe pergunta com um sorriso forçado no rosto. Meu pai está segurando um copo de uísque, que ele está tomando, como você imagina, com um canudo de pênis. — Eu não pedi isso. Eles cometeram um erro. — ela olha em volta, fazendo com que todos a escutem.
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Um dos garçons se aproxima com os pênis de chocolate. Claro, minha mãe pega um antes mesmo de perceber o que é. — Vovó, por que você está comendo um piu-piu de chocolate? — pergunta Rachel. — Olha, mamãe! É igual o piu-piu do Gabe! — ela pega um balão e corre com ele. Olho para os convidados, que estão todos rindo neste momento. — Surpresa! — eu grito, tentando disfarçar o que quer que seja essa porra. Eu também faço uma nota mental para quem fez isso, porque parece que eu vou cavar uma cova esta noite. — Vocês estão em uma pegadinha! — a melhor amiga da minha mãe, Sarah, vem até nós. — Eu amo isso, é muito libertador. E divertido. — ela ri e toma um gole da sua bebida com seu próprio canudo em forma de pênis. Lauren parece que está prestes a ter um colapso épico, e nós nem sequer servimos a refeição. Eu ouço uma batida na porta lateral e entram, ou devo dizer, desfilam, dois homens que eu nunca vi antes na minha vida. Ambos parecem que acabaram de sair das páginas de uma revista masculina. Um está vestido com calça jeans e uma camisa de abotoar com as mangas arregaçadas. Seu Rolex prata está no pulso, e os óculos de aviador dourado no rosto. Uma barba de dois dias dando um charme extra. — Oh, me desculpe. Eu não queria interromper a sua festa. — diz ele com um sorriso megawatt no rosto. O outro cara que entrou com ele tem cabelos loiros, mais alto em cima, parece que acabou de jogar para trás com as mãos, de modo que cai sobre a testa um pouco. Seus olhos azuis, são mais claros com um tom mais escuro ao redor. Uma pequena cicatriz no queixo, mas nada grande. Ele está usando uma camisa branca de botões coberta por um suéter marinho, os punhos e a gola da camisa branca aparecendo. Ele usa uma dessas pulseiras de contas de um lado, e seu próprio Rolex preto. Seus jeans são de um azul mais escuro. Um dos joelhos é rasgado. Apertado, com a bainha enrolada. Tênis brancos fecham o look. Meus olhos vão automaticamente 33
para o seu pacote, e que pacote, hein? Bonito, completo e arredondado. Você sabe, o pau dele tem que ser enorme. Ou isso, ou ele colocou enchimento nessa merda. O jeito que ele se porta, a cabeça erguida, ombros retos, todo dono de si. Eu não sei quem ele é, mas ele está observando todos os pênis, com os olhos esbugalhados. Ele se vira e olha para o outro cara e cobre a boca com a mão. É neste momento que eu sei que minha irmã foi trapaceada. — Você. — ela aponta para o de barba. Ele caminha até Lauren, virando seu sorriso para a mamãe. — Você deve ser a irmã de Lauren. — diz ele, beijando-lhe a mão. Ela sorri e joga a cabeça para trás e ri. — Oh, garoto bobo. Sou Deidra, a mãe de Lauren. Você pode me chamar de Dede. — ela fala e sorri para ele. — Você não pode chamá-la de nada, porque vai embora. Agora. E... — ela se vira para ele – Como é que você sabe onde eu moro? — Lauren, pare de ser rude com os convidados. — minha mãe repreende enquanto meu pai se aproxima e se apresenta. — Olá, meu filho, eu sou Frank, o pai de Lauren. — Não. — ela diz, balançando a cabeça furiosamente. — Ele não é um convidado. É o meu ex-chefe. — ela olha para ele, e minha boca agora fica aberta. — Eu me demito. Chega. Acabou. Fim. Estou fora. — ela fala com as mãos nos quadris. Porra, isso não é bom. — Quem é o outro? — eu finalmente pergunto com uma elevação do queixo na direção do outro cara. Eu sorrio para ele e o cara me dá um sorriso malicioso. É isso mesmo amigo, vai acontecer.
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— Esse é Noah. — ela responde. — Gabe, você pode ir para dentro e pegar as chaves do carro? Sr. Mackenzie veio pegar a roupa que busquei na lavanderia. Eu vejo quando Gabe corre para dentro para pegar as chaves. — Mãe, eu posso pegar um chocolate de piu-piu? — Rachel puxa sua saia enquanto ela faz a pergunta. — Não, você não pode comer um chocolate de piu-piu. Nós vamos comer em um minuto. — ela se vira e entra furiosa para dentro. — Isso não é bom para ninguém. Você deve ser o Cretino. — eu aponto para ele. — Você cutucou a onça agora. — eu não falo mais nada e ele se vira e segue Lauren para dentro. Viro-me para Noah. — Então, como vai você? — eu digo na minha melhor voz de Joey Tribbiani. Sua voz sai suave. — Melhor agora. Mas estou realmente esperando que melhore mais esta noite. — ele pisca para mim, e meus joelhos ficam fracos, e eu, sinceramente, gostaria de não estar usando esse sutiã. Quando arrasto meus olhos para cima e para baixo, absorvendo-o por completo e lambo meus lábios como um gato Cheshire, eu ouço Rachel gritando: — Papai, olhe, um piu-piu. — Porra, isso acabou de ficar mais interessante. O ex está aqui. — eu digo, olhando para o portão onde Jake acabou de entrar e está beijando a cabeça de Rachel.
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Capítulo Cinco Noah Eu dou adeus à loira parada na porta usando um quimono rosa e nada mais, enquanto me afasto do meio-fio. Eu ligo a música, mas logo depois eu vejo uma chamada de Austin. — Fala, bundão! — eu digo a ele. — Onde você está às oito horas da manhã de um domingo? — ele me pergunta. — Você me perguntar isso me faz questionar o quão bem você me conhece. — Foda-se. Você pode ficar um sábado sem fazer sexo, seu pau não vai cair. Você sabe disso, certo? — ele está falando sério com essa pergunta? — Eu nem sei quem é você agora. Eu acho que o problema é que você não usa o pau desde que Lauren fodeu suas bolas. — Minhas bolas ficaram do tamanho da porra de uma melancia. Aquela merda não foi engraçada. Começo a rir. — Cara, elas não ficaram bonitas. Eu pensei que elas fossem explodir e você ficaria com os testículos no chão. — É melhor você deletar as malditas fotos que eu vi você tirar. — Deletar? Porra, é o meu protetor de tela no trabalho e no telefone. Eu poderia até fazer uma camiseta com a foto. — Você é um idiota. Eu sorrio com seu insulto.
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— Eu já fui chamado de muito, muito pior. — informo-o. Quer dizer, na semana passada eu fui chamado de chupador de pau, o que não é verdade, porque eu não vou chupar um pau em momento algum. Nunca. — De qualquer forma, brunch, me pegue ao meio-dia. — ele exige. — Você mora ao lado agora. Você não pode andar? — ele se mudou dentro de duas semanas depois de ver a casa. Foi tudo rápido e estava quase mobilada, então ele se mudou em um dia. — Tudo bem, eu passo aí ao meio-dia. Esteja pronto. — Até mais tarde, princesa. — eu desligo a chamada assim que chego em casa, estacionando o carro na garagem. Ao meio-dia ele bate na porta, abrindo-a e entrando antes mesmo de eu ter a chance de descer. — Vamos. Vamos no meu carro. — ele grita lá de baixo. Eu corro minha mão pelo meu cabelo ainda úmido antes de descer. — Você está tão impaciente hoje. — eu olho para ele inquieto. Eu o sigo para fora, entro no carro e inclino a cabeça para trás, fechando os olhos. Quando paramos na frente de uma casa, é quanto Austin me coloca a par da situação. — Onde diabos estamos? Eu pensei que você tivesse dito que íamos para um brunch. — eu olho para todas as casas de cerca branca. — Sim, um pit stop primeiro. Eu tenho que pegar minhas roupas que foram para a lavanderia a seco com Lauren. — ele me diz, saindo do carro. Quando damos a volta na casa dela, eu pergunto: — Por que estamos na casa dela? — Ela está fazendo um brunch. — ele dá de ombros. — Eu posso ter mandado algumas decorações de pênis. — diz ele para mim antes de passarmos pela cerca ao lado da casa.
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A primeira coisa que eu vejo são todos os balões. Caralho, minha mão vai para a boca. — Puta merda, ela vai cortar seu pau fora com fio dental. — digo antes dele bater na porta e entrar no quintal. Austin para de repente, na metade do passo. Eu quase fujo quando eu vejo que não é apenas um pequeno brunch, mas há cerca de quinze ou mais pessoas espalhadas por todo o quintal. — Puta merda. — eu sussurro, olhando para Lauren. — Cara, eu acho que ela vai chorar. Os olhos de Austin vão direto para Lauren. Mas eu não estou olhando para Lauren mais. Minha visão está direcionada para a loira ao lado dela. Ela é um nocaute. Na verdade, isso não é nem uma palavra boa o suficiente para ela. Ela é de tirar o fôlego. Seu cabelo loiro se move um pouco com o vento. Seus olhos azuis são quase como o mar do Caribe, que pretendo mergulhar. Eu não consigo parar de olhar para ela. Eu nem sequer ouço o que Lauren e Austin estão falando. Em vez disso, eu observo a mulher, que finalmente olha para mim. Estou prestes a dizer algo para ela quando escuto algo sobre um pênis de chocolate. — Não, você não pode comer um chocolate de piu-piu. Nós vamos comer em um minuto. — ela se vira e entra como um furacão para dentro. — Isso não é bom para ninguém. Você deve ser o Cretino. — ela aponta para ele. — Você cutucou a onça agora. Eu não digo qualquer outra coisa, ele se vira e segue Lauren dentro. A loira se vira para mim. — Então, como vai você? — diz ela com a melhor voz de Joey Tribbiani. Ela está tentando usar a melhor cantada para conversar que eu já usei, eu sorrio pensando que eu posso ter encontrado minha alma gêmea. Ok, talvez minha companheira de sexo, da noite. — Melhor
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agora. Mas estou realmente esperando que melhore mais esta noite. — eu pisco para ela e sorrio. Quando ela começa a arrastar os olhos pelo meu corpo e lamber os lábios como se eu fosse sua próxima refeição, meu pau de repente começa a se mexer, querendo sair. Ouço Rachel gritando: — Papai, olhe, um piu-piu. — Porra, isso acabou de ficar mais interessante. O ex está aqui. — diz ela, olhando para o portão onde um homem entra e está beijando a cabeça de Rachel. — É melhor eu ir salvar Austin e avisar Lauren. — ela se afasta. Eu a vejo balançar o quadril de um lado para o outro. Eu olho para as minhas mãos. Sim, definitivamente um bom tamanho. Corro atrás dela quando ela fecha a porta dos fundos. Ela está prestes a bater na porta quando ouvimos a voz de Lauren subir. — Você não se vingou ainda? Você bombardeou a festa de aniversário dos meus pais com pênis! Eu sigo atrás da loira e percebo que sua cabeça vai até meus lábios. Minhas mãos vão diretamente para os seus quadris. Sua cabeça vira para o lado. — Eu quero ouvir o que eles estão dizendo. Ela só sorri para mim e eu sinto meu pau duro contra suas costas. — Devo me curvar para você colocar o seu ouvido na porta? Porra, acho que acabei de gozar nas calças. Eu a puxo ainda mais perto de mim. — Se você se curvar, haverá mais um pênis adicionado a esta festa. — eu estou a ponto de me inclinar e beijála quando ouço Austin finalmente gritar de volta. — Você fez minhas bolas incharem até o tamanho da porra de laranjas. Eu pensei que elas fossem explodir. Eu rio disso.
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— Elas ficaram enorme. Eu tenho as fotos para mostrar. Lauren é o pé no saco dele, isso é certeza. Ela se inclina para o meu peito. — Eu não fiz nada disso. — ela tenta negar fracamente. — Mas isso, isso... Você foi longe demais. — Que tal uma trégua? — Austin tenta se defender. — Eu acho que não aguento mais. Eu quase morri, e meus testículos quase explodiram. — Tudo bem. — ela concorda. — Trégua. — eu a ouço sussurrar. — Você acha que eles estão transando? — nós dois nos inclinamos na porta para ouvir. — Minha irmã não transaria com uma festa acontecendo em sua casa. — Isso é uma vergonha. Esse é um traço de família? — eu tento incitála para ver até onde ela vai. — Não tenho nenhum problema em fazer sexo com pessoas por aí. — ela pisca para mim. — Quero dizer, se realmente, realmente valer a pena. Esta mulher será a minha morte, eu poderia desmaiar porque todo o meu sangue vai direto para o meu pau. Que está tão duro como uma estátua de mármore. Ela levanta a mão para bater na porta. — Ei, eu não queria interromper, mas, hum, Jake está aqui. A porta abre para uma Lauren parada, as bochechas rosadas e Austin com a mão esfregando o pescoço. — O que quer dizer, com Jake está aqui? Por que Jake está aqui? — ela pergunta com a voz aumentando com cada pergunta. — Oi — a mulher empurra Lauren de lado —, sou Kaleigh, a irmã favorita. — ela se apresenta.
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— Ela é minha única irmã, e vai ser uma sem teto em um segundo, se não sair do meu caminho. — a voz de Lauren está com raiva. Eu rio atrás dela. Lauren se vira e aponta para mim. — Você, se eu descobrir que você o ajudou nisso vai ser — ela sussurra e se inclina mais perto de mim quando continua — como Donkey Kong. — e então vai embora. — Que porra ela quer dizer com Donkey Kong? — eu me viro para Kaleigh, procurando uma resposta. — Oh, eu estive nessa lista apenas uma vez. — ela se inclina mais perto de mim. — E eu implorei e chorei para sair dela. — ela olha para Austin, depois de volta para mim. — Foi como viver no filme O Iluminado, mas pior. Eu sinto meu rosto pálido com aquela pequena informação. Eu aponto para Austin. — Se eu entrar nisso de Donkey Kong, vou colocar as fotos das suas bolas inchadas e anormalmente grandes em um outdoor na Times Square. — eu o ameaço, enquanto Kaleigh apenas nos observa. — Quem diabos é Jake? — Austin finalmente pergunta. — O ex. Isso vai ser divertido. — Kaleigh afirma, se afastando de nós. — Você tirou uma foto das minhas bolas? — ele pergunta quando Lauren sai tempestivamente. Balanço a cabeça para ele. — Não, eu tirei um monte de fotos das suas bolas. — então eu saio, seguindo Kaleigh. Meu pau lidera o caminho para ela. Ele nem sequer a conhece, e já está no radar para ele. — O que você está fazendo aqui? — eu escuto Lauren perguntando para um cara que deve ser Jake. Enquanto observo a cena, viro a cabeça e pego alguns canapés de um dos garçons que passa. Eu também pego champanhe da outra bandeja.
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— Que porra você está fazendo? — eu ouço Austin sussurrar ao meu lado enquanto assiste Lauren e seu ex. — Eu estou comendo e bebendo. — eu digo, mostrando-lhe as mãos cheias. — Quero dizer, é uma festa. Você me trouxe para uma festa. — eu acabo com o meu canapé. — Você devia experimentar essas coisas de cogumelos. São realmente boas. — digo, terminando o champanhe e sinalizando ao garçom por mais. Eu pego outra taça. — O ex já foi? — pergunto ao Austin e termino minha segunda taça. — Sim, ele veio para pegar as crianças e esqueceu que era a festa. O cara é desagradável. — diz Austin. Kaleigh informa à Lauren que vamos sentar na mesa delas. — Eles não vão ficar. — Lauren diz antes de se virar, indo para dentro. — Oh, vamos, Lauren. Isso seria rude. — repreende Dede. — Vocês podem se sentar na nossa mesa. — ela se vira para Frank. — Vamos sentar, querido. Uma vez que todos estão sentados, eu olho em volta da nossa mesa. Estão Kaleigh, Frank, Dede, Lauren, Austin, e Josh, que eu acabei de descobrir que é médico e tem uma notável semelhança com Newman de Seinfeld. Ele se senta ao lado de Lauren, levanta quando ela chega à mesa e empurra sua cadeira. Ela olha para ele e sorri. Eu vejo tudo isso acontecer, em seguida, vejo a veia do pescoço de Austin pulsar. Ele pega a taça de vinho e dá um longo gole. — Calma lá, lutador. Nós não queremos que você voe em um desses balões de pênis. — sussurro em seu ouvido e ele olha para mim. — Então. — Josh começa olhando para Lauren. — Ouvi dizer que tudo está em ordem. Você está de volta ao trabalho agora. — ele continua com aquela voz irritantemente fanha. — O que vai fazer este fim de semana? — ele cora e olha para as mãos. Que retardado.
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— Oh, hum, ela não pode fazer nada neste fim de semana. — Kaleigh responde por Lauren. — Ela vai depilar a virilha. — explica ela, balançando a cabeça. — O quê? — ele parece confuso. — Bem... — Kaleigh se inclina e sussurra: — está como a Amazônia lá em baixo. Eu cuspo a água da boca, quase engasgando, enquanto a mãe coloca a mão à boca e Lauren joga o garfo no prato, o barulho silencia os sussurros na nossa mesa. — Kaleigh. — ela fala irritada, a mandíbula cerrada. — O quê? — ela pergunta. — Era segredo? — ela encolhe os ombros. — Sinto muito. — ela leva a taça de vinho à boca, numa tentativa de esconder o sorriso. Meus olhos alternam entre cada um deles como se eu estivesse assistindo a uma partida de tênis. — Querida — pergunta a mãe de Lauren —, você está bem? Este é o procedimento normal? — ela olha para a filha cheia de preocupação. — Mãe... — Lauren começa antes de ser cortada pelo pai. — Lauren, faz tempo que Jake se foi. Talvez se você... — ele gesticula com a mão em um círculo e seu dedo deslizando para dentro e para fora — Não estaria tão estressada. Ela bate as mãos na mesa, as taças tilintando e balançando com a força. — Eu não tenho qualquer depilação marcada, porque não é necessário. Podemos apenas... — desta vez, ela é interrompida pela mãe. — Então, você teve relações sexuais depois de Jake? — Dede pergunta, com um sorriso no rosto. — É tão bom ouvir isso. — ela bate as palmas, depois se inclina e coloca a mão em Lauren. — Eu percebi mesmo um brilho em você.
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— Eu vou ao banheiro. — Lauren pede licença ao se levantar e aponta para Kaleigh. — Você. — ela aponta — Vem comigo. — Oh. — Kaleigh responde, completamente imperturbável. — Eu estou bem. Eu não preciso ir. Vou esperar aqui e manter os convidados entretidos. — Nenhuma palavra, ou então Donkey Kong. — ela promete antes de sair como um furacão. — Então. — Dede começa voltando-se para Austin. — Há quanto tempo vocês dois estão namorando? — ela olha para ele e depois para a porta onde Lauren acabou de atravessar. Kaleigh ri. — Oh, eles não estão namorando, mãe. Ele é o chefe dela. — ela aponta prestativamente ao redor. — Ele enviou todos esses balões de pênis. Frank olha para Austin. — Você enviou todos esses balões e arruinou todo o trabalho duro dela? — ele pergunta. — Hum, senhor, eu posso explicar. — antes que Austin possa dizer qualquer outra coisa, Frank levanta a mão para detê-lo. — Eu gosto de você. — declara diretamente antes de alguém tilintar a taça e os discursos começarem. Eu coloco minha mão no encosto da cadeira de Kaleigh e esfrego o polegar em seu ombro exposto. Eu me inclino e sussurro em seu ouvido. — Então, já que estamos falando de depilação e tudo mais, vou precisar de um facão? Ela coloca o ombro no meu braço, cabendo lá perfeitamente. — Não é necessário. Sabe, eu tenho um gramado muito bem aparado. — ela levanta as sobrancelhas para mim. — Devíamos fazer um piquenique. Ouvi que comer em um gramado bem aparado pode satisfazer uma pessoa.
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Suas bochechas avermelham. — Eu nunca comi em um gramado bem aparado antes, mas tenho comido algumas boas salsichas. — ela morde minha orelha, me fazendo quase gemer, mas depois Austin chuta minha cadeira para chamar minha atenção. Minhas sobrancelhas sobem quando Austin diz com urgência: — Temos que ir. — então olha para Lauren, que está vindo direto para nós como um touro, e Austin é o cara agitando a capa vermelha. — Agora seria bom. Ele joga o guardanapo sobre o prato na frente dele. — Foi divertido. — ele murmura, tentando escapar. — Saindo tão cedo, rapazes? — ela fala cantando e vem atrás de nós. Pelo jeito que ela fala, até minhas bolas estão envolvidas. — Nós invadimos. — diz Austin. — Obrigado por nos receber. Dede, Frank, desejo-lhes muitos mais anos de felicidade. — nós corremos para fora acenando, em direção ao portão lateral. — Corre. — Austin diz no minuto que a porta se fecha atrás de nós, e ele não tem que me falar duas vezes. — Que porra aconteceu? Eu nem sequer peguei o número de Kaleigh. — eu lamento entrando no carro, nem consigo colocar o cinto antes de ele sair em disparada. — Eu posso ter contratado strippers masculinos para aparecerem. — diz ele, olhando no espelho retrovisor. Viro a cabeça e vejo cerca de doze homens entrarem em um ônibus grande. — Sim, você irritou o maldito Donkey Kong. Ela vai vir com tudo para cima de você. Eu sugiro que você acelere, dirija e não olhe para trás. — eu puxo o cinto. — Oh, e não me diga onde você está indo, porque eu vou contar para ela. — eu ajusto meu pau. — Ela não vai nem chegar perto do meu orgulho e alegria.
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— Ela vai ficar bem. Eu rio para ele. — Você acha? — eu balanço a cabeça. — Você não tem ideia.
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Capítulo Seis Kaleigh Eu não sei o que está acontecendo, mas em um segundo estou falando sobre comer salsichas no meu gramado bem aparado e no próximo Lauren está andando pelo quintal e Austin e Noah estão fugindo. Eu me levanto. — O que eu perdi? — eu olho para o portão que acabou de bater e de volta para a minha irmã. — Todo o elenco de Thunder From Down Under2 acabou de chegar. — ela olha em volta para ver se os convidados estão bem. Levanto, subo um pouco a saia para mostrar mais as pernas. — Onde? Estão lá dentro? Merda, estou bonita? — eu aliso meu cabelo. — Kaleigh. — ela sussurra em um silvo. — Eles não estão mais aqui. Mandei-os embora. Eu gemo e bato uma mão sobre a mesa. — Por quê? Por que você faria isso? — eu me levanto e corro para o portão lateral para ver se eles ainda estão na garagem. — Desmancha-prazeres. — eu grito e pego a Rachel. — Você pode me proteger da mamãe? — eu sussurro em seu ouvido antes de dar beijos em seu pescoço enquanto Lauren se senta e começa a comer. O resto da tarde passa sem incidentes adicionais relacionados com pênis. Todos os biscoitos foram consumidos, menos as coberturas de pênis dos cupcakes que Lauren removeu antes de servir. Depois que todo mundo foi embora, Lauren estatela-se em sua cadeira e joga os pés para cima da cadeira que Austin sentou. — Foi divertido, certo? — pergunto, pegando um morango. 2
“Estrondo da Austrália” uma equipe masculina que realiza shows de striper.
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— Você disse às pessoas que eu tenho um problema excessivo de pelos na minha vagina que exigia uma depilação com cera e estilo. — ela olha para mim. — Eu estava tentando fazer Josh imaginar você como uma mulher com um arbusto peludo, para ele não te convidar para sair de novo! — eu bebo a taça de vinho que estou segurando na mão. — De nada. — eu sorrio. — Que diabos vamos fazer com todos aqueles balões de pênis? Ela olha em volta. — Cretino. — ela resmunga baixinho. — Qual é a história de Noah? — tento perguntar casualmente, lembrando-me da conversa que tivemos sobre deixá-lo arar meu gramado. — Não faço ideia. Ele é o melhor amigo de Austin, pelo que percebi hoje. — ela me diz e olha para Rachel, que está correndo em círculos com, infelizmente, um balão de pênis na mão. — Dez minutos para a hora do banho! — ela grita, esperando que ela escute, mas ela só continua seu desfile de única menina com o balão de pênis. — Mãe. — ouvimos Gabe chamar atrás de nós. — Posso ir à casa de Jesse jogar bola? Ela verifica o relógio antes de responder. — Só por trinta minutos, ok? — Então, o que você vai fazer para dar o troco no Austin? — pergunto, apontando para os balões. — Nada. — ela sorri. — Nós demos uma trégua. Sento-me e coloco a taça para baixo. — Eu conheço esse sorriso. Eu estive na extremidade de quem recebeu esse sorriso! — Quero dizer, nós demos uma trégua hoje, ok? Nós não demos uma trégua na quarta-feira, quando ele me fez correr de volta por causa de uns malditos picles crocantes, porque o que veio no sanduíche estava mole,
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certo? — ela pergunta com um sorriso perplexo no rosto. É quase como se você estivesse olhando para o mal. — O que você fez agora? Pelas fotos, as bolas dele ficaram quase do tamanho da bola de futebol de Gabe. — eu penso no telefone de Noah que ele desbloqueou quando recebeu uma mensagem de alguém. Sua tela de bloqueio eram as bolas inchadas. Ela dá um tapa na mesa. — Você viu as fotos? — sua boca está aberta. Eu concordo. — Eu vi. Não o ator principal, no entanto, apenas os feijões. Mas estavam gigantescos. — eu movimento as mãos, formando enormes objetos redondos no ar. — Agora, o que você fez? — Nada que fará qualquer parte dele inchar. Eu nunca, nunca farei algo assim de novo. — ela balança a cabeça. — Eu posso ter rasgado uma de suas multas de estacionamento que tinha que ser paga ontem para que ele evitasse que seu carro fosse rebocado. — confessa em voz baixa, olhando para a taça que ela pegou da mesa. — Puta merda. Espero que tenha cópias, porque você não pode deixar de pagar isso. Ele vai saber que foi você. — eu aviso. — Eu sei, eu sei. Estou com elas, então apenas relaxe. — ela coloca as mãos nos quadris e afirma na defensiva — Eu vou pagá-las. — Quando? — pergunto-a novamente, ganhando um revirar de olhos. — Na próxima semana. — ela responde. — Rach, hora do banho. — ela caminha até a porta dos fundos. — Não se atreva a se sentar aí e me julgar, senhorita. — ela aponta para mim. — A propósito, as batatas tinham manteiga nelas. Isso é pela depilação a cera. — diz ela antes de virar as costas para mim e caminhar para dentro com o som de meus xingamentos enchendo seus ouvidos.
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— Você é louca? Eu sou vegana. Isso é errado. — eu balanço a cabeça, pegando um canudo de pênis e jogando nela, que mergulha em cima da mesa. Sento-me, e termino o resto do vinho enquanto a equipe de limpeza vem e começa a arrumar tudo. — Desculpe-me, senhora. — um dos homens me chama. — Onde você quer todos esses balões? — ele me pergunta. Eu sorrio para ele. — No carro da minha irmã. — eu aponto para a porta da garagem. — A minivan na frente, apenas os coloque lá dentro. — ele sorri para mim e balança a cabeça, os balões seguindo-o enquanto ele caminha até o carro, empurrando a maioria deles lá dentro. — Tome isso, cadela Donkey Kong. — eu sorrio para a taça de vinho, terminando a última gota. Eu caminho para dentro, fechando a porta, em seguida, subo as escadas quando Lauren sai do banheiro. — Eram os caras da limpeza? — Sim, eles estão quase terminando. — eu sorrio para ela, caminhando para o meu quarto e fechando a porta. Eu ligo a luz suave do abajur, me dispo, jogando o meu vestido na cesta. Meu celular vibra e eu o pego enquanto me deito na cama e vejo o que eu perdi. Há mensagens do estúdio sobre uma mudança de horário. Depois, há outra de um número desconhecido. Ei, espero que seja a pessoa certa. Você tem um gramado bem aparado? Eu jogo a cabeça para trás, rindo com a mensagem. Depende de quem está perguntando. Como você conseguiu meu número?
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Eu abro o Facebook enquanto eu espero para ver se ele vai responder imediatamente. Chama perseguição 101. Eu fui no Facebook da Lauren, na lista de amigos dela, encontrei-a. Cliquei em sua página, e em suas informações vi o nome do seu estúdio. Cliquei no Studio e bum, em seguida, consegui o meu prêmio. Eu balanço a cabeça. Uau, você colocou um monte de tática neste processo. Bem, eu deveria fazer valer a pena. Eu tiro uma foto das minhas pernas nuas. Puta merda, estamos trocando fotos já? Esta é uma notícia fantástica. A foto é dele deitado, usando calções de basquete, na cama. O elástico baixo, mostrando que ele se depila também. O peito perfeito, abdômen definido. Ele não é um homem de músculos, mas é a definição do abdômen que me pega. Definido e magro. Essa é a melhor maneira que posso descrevê-lo. Obrigada por isso. Foi direto para o meu arquivo de fotos. Eu tenho muito mais de onde essa veio, mas eu não entrego na primeira noite. Janta comigo? Quando? Amanhã. Encolho os ombros, pensando o que pior pode acontecer. Claro, onde? Minha casa, sua casa, na porra do parque. Eu não me importo, desde de que você esteja sentada na minha frente.
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Eu sorrio. Essa é boa. Que tal se eu o encontrar na sua casa às 18:00 Perfeito. Qual é a sua comida favorita? Eu sorrio ao responder. Pau. Muitos e muitos paus. Vejo-o amanhã, Noah. Envie-me seu endereço. 974 Sherville Rd. Ah, e a sua resposta fez isso acontecer. A foto que vem é do seu calção, escondendo um pênis muito ereto. Até amanhã, linda. Eu viro de lado, observando as estrelas cintilando lá fora. Desligo a luz, e a iluminação vem de fora para dentro. Eu bocejo e fecho os olhos, caindo no sono lentamente, e sonho com olhos azuis de oceanos que fazem eu me perder. Meus sonhos noturnos são na praia, perseguindo as ondas, correndo, fazendo piruetas na areia. Sentada no meio da areia, observando a beleza do sol se pondo. Meu alarme me acorda com sinos encantados. Lentamente no início, suave, indo cada vez mais alto até que é como uma sirene. — Tia Kay. — eu ouço Rachel do lado de fora da minha porta. — Mamãe disse para levar sua bunda ossuda para baixo para tirar os balões de piu-piu do carro dela. Eu me viro rindo e jogo os lençóis, agarrando o meu roupão e vou para a porta. Eu abro a porta e Rachel ainda está de pé lá. — Você está em apuros, senhorita. Ela se inclina, sussurrando quando eu a pego, trazendo-a para perto de mim. — Ela usou a voz de mãe. Eu me inclino para trás, meus olhos arregalando. — Oh, céus.
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— Sim. — diz ela, balançando a cabeça. — Ela falou assim. — ela imita Lauren falando com os dentes cerrados. — Oh bem, é melhor eu me vestir e levar o meu traseiro lá para baixo. — eu beijo seu pescoço. — Vá escovar os dentes enquanto eu me visto. — eu coloco-a para baixo, e olho-a correr para o banheiro. Eu ando até a gaveta, pego minha calça de ioga rosa com um sutiã esportivo combinando. Desço e ouço Lauren dar o aviso de dez minutos. Eu sorrio ao entrar na cozinha. — Bom dia, raio de sol. — eu paro na máquina de café. — Você colocou os balões de pênis dentro do meu carro? — ela se vira para me perguntar, enfiando papéis na mochila de Rachel. Eu levo a xícara de café aos lábios. — Não. — eu balanço a cabeça, escondendo meu sorriso enquanto tomo um gole. — Eu não os coloquei em seu carro. — eu não estou mentindo também. Não fui eu que os colocou no carro. — O meu carro está cheio com balões de pênis. Eu coloco a xícara para baixo, enquanto Lauren grita subindo as escadas. Rachel vem pulando para dentro da cozinha, agarrando sua mochila, com Gabe bem atrás dela. Ele pega a mochila que está com a Lauren, beija sua bochecha, depois vem até mim e faz a mesma coisa. — Chute um traseiro. — digo a ele. — Eu vou chutar um traseiro hoje. — diz Rachel, saindo pela porta. — Cuidado com a boca. — Lauren diz e segue-os para fora ao ônibus. Eu pego minha xícara e observo-os caminhar até o ponto de ônibus. O ônibus chega na hora certa. Eu dou adeus a eles e Lauren retorna. — Você está bem para trabalhar hoje? — eu pergunto a ela, sabendo que de alguma forma as coisas entre Austin não estão tão bem quanto parecem.
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— Estou mais do que bem. Eu vou ficar bem, agora que tiramos — ela acena sua mão no ar — a animosidade do caminho. Eu rio para ela. — É assim que você chama? — eu seguro a xícara com ambas as mãos, tomando outro gole. Ela olha para mim, abrindo a porta do carro, um balão de hélio de pênis flutua para o céu. Ambas assistimos o balão flutuar. Ela abre a porta de trás e o resto lentamente flutua para fora. — Deixe-os ir, Lauren. — eu digo em voz alta quando a Sra. Flounde vem para o lado fora, seu cabelo ainda com bobes, com um lenço na cabeça. — Está chovendo pênis, Sra. Flounde. Estão caindo sobre nós. Eu levanto a mão para o céu. Ela bate palmas. — Eu gostaria que chovessem sobre mim. — ela pisca para Lauren. — Por uns cinco minutos. Seria o meu sonho. Levanto a xícara para ela. — Estou aqui esperando. — Eu não tenho tempo para isso. — Lauren diz, fechando a porta de trás, em seguida, sobe no banco da frente. — Não se esqueça das crianças. — Sim, capitão. — eu digo, saudando-a. — Eu tenho um encontro hoje à noite. — eu mexo as sobrancelhas. — Um encontro que espero que me torne um pretzel. Ela ri ao sair da garagem. Quando chego ao estúdio faço minha rotina e retorno para casa, onde eu recebo as crianças e as apronto e acomodo, sobrando só o tempo para vestir um vestido de verão azul escuro. Eu pego a bolsa da cama, jogo o sutiã e calcinha, que eu vou sem, felizmente.
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Capítulo Sete Noah Sentado na minha mesa, os arquivos estão abertos sobre ela toda. Eu bato na mesa quando escuto o som do toque de Austin. — Sim. — eu digo achando-o embaixo de um arquivo que está agora por todo o chão. — Merda. — Que porra de mensagem foi essa que você me enviou? — ele pergunta, fazendo-me pensar sobre o que ele está falando. Eu tiro o telefone do ouvido, e ligo o alto-falante, enquanto olho minhas mensagens de texto. Aí está, a mensagem que o enviei esta manhã. O que devo cozinhar para alguém que come pau? Eu rio da indefinição dela. — Eu acho que a pergunta está muito clara. Eu tenho um encontro hoje à noite. Quando eu perguntei o que ela gosta de comer, ela respondeu: pau. Obviamente, eu tenho pau suficiente para alimentá-la, mas eu deveria servir um aperitivo antes do prato pau principal? — eu sorrio, colocando os pés sobre a minha mesa. — Onde você encontra essas garotas? — pergunta ele, suspirando alto. — Você não gostaria de saber, bolas gigantes? — eu rio dele. — Então o que você acha que eu deveria servir? Deve ser algo que pode ser comido no meu pau? — eu bato no meu queixo com o dedo, pensando. — Como o quê? A porra de um rolo de sushi? Compre um plástico filme e envolva o pau. Você sabe, as pessoas realmente têm problemas maiores. — Oh, merda, Lauren te fodeu com o Donkey Kong? — sento-me, perguntando-me quanto mais ele pode aguentar antes de estourar.
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— Não, nós demos uma trégua. Está tudo bem. — ele sussurra agora. — É sério, onde você encontra essas garotas? — É para eu saber e você descobrir. Então, chantilly? Chocolate? O que você acha? — Eu tenho que ir. — diz ele, desligando o telefone. Eu lanço-o de volta na mesa e pego os papéis que caíram no chão. Quando eu finalmente os coloco em ordem, levanto, caminhando para o meu assistente. — Alfred, você pode me encomendar um prato de frutas, com creme de chocolate e chantilly? Eu vou passar para buscar às seis. — eu o observo escrever no papel, sua mão tremendo. — Oh, e você pode tirar folga amanhã. Estarei no tribunal o dia todo. — eu ando na direção do RH onde eu bato na porta de Cassandra antes de entrar. — Ei, eu não estou interrompendo você, estou? — eu pergunto a ela, fingindo que me importo. Eu não me importo. Sento-me na cadeira em frente à sua mesa. — O que posso fazer por você, Noah? — pergunta ela, inclinando-se em sua mesa. — Eu preciso de um novo assistente. — eu digo, enquanto ela revira os olhos. — Estou falando sério Cassie, ele acabou de anotar uma mensagem, e acho que Mickey Mouse ligou, porque não consigo ler. Parecem pés de galinha. Ela se inclina para trás, pega a pilha de papéis na sua frente, e bate sobre a mesa. — Noah, nós já passamos por isso. Você não é confiável com assistentes do sexo feminino. Você dormiu com as últimas quatro das cinco que contratamos. Eu rio para ela. — Na verdade, foi cinco de cinco, mas quem está contando? E eu não dormi com elas aqui. Suas sobrancelhas levantam.
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— Ok, tudo bem, eu não dormi com todas elas aqui, enquanto estávamos trabalhando, elas estavam fora do horário. — Noah, era meio-dia. E o marido veio para almoçar com ela. Balanço a cabeça, pensando nisso. — Não foi culpa minha ele aparecer sem avisar, e ela me disse que eles estavam separados. Ela chorou no meu ombro. O que eu deveria fazer? — eu pergunto a ela. Eu tenho uma regra de não transar com quem é casada. Honestamente, achei que ela estivesse se divorciando. Ela me disse há um mês que estava se sentindo para baixo por causa da separação. — Ela mentiu para mim e quebrou minha confiança também. — eu coloco a mão sobre o coração. — Agora, como confiarei em qualquer outra pessoa que me disser que está se divorciando? Devo pedir que mostre os documentos? Devo procurá-los enquanto ela está no banheiro? — Isso é sério, Noah. Ela poderia ter voltado e te processado. Se você quiser, eu posso te dar Norma. Leonard está saindo de férias por um mês. Você pode ficar com ela. Jogo minha cabeça para trás e bufo um enorme suspiro. — Ok, tudo bem, mas podemos começar a procurar um substituto? Alguém que possa fazer notas rápidas e fique por cima? Seus olhos se arregalam. — Eu não quis dizer por cima neste sentido. Desculpe, alguém que fique alerta. — Mais uma chance, Noah. Depois disso eu não vou mais receber suas ligações e nem responder seus e-mails. Agora vá. Eu bato as mãos em comemoração. — Não faça eu me arrepender! Ela me olha de cima a baixo quando eu me levanto.
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— Veja, eu nem sequer tentei verificar a cor do sutiã que você está usando hoje. Isso seria uma virada de página? — eu sorrio para ela como uma criança no jardim de infância que acabou de aprender como colorir dentro da linha. — Veja. — eu aponto para mim —, eu posso fazer isso. — eu a comprimento saindo pela porta, fechando-a atrás de mim. A próxima coisa que faço é ir para a internet. É incrível quanta merda aparece quando você digita o que comer com um pau. Algumas dessas fotos me marcaram para sempre. Quando chega cinco e meia, eu fecho tudo para ir. Saindo, pergunto ao Alfred? — Em nome de quem estão as frutas? Ele olha acima do jornal, eu balanço a cabeça, pensando, eles ainda imprimem jornais? — Nome para qual fruta? — suas sobrancelhas espessas sobem. — As frutas que eu pedi para você encomendar para hoje à noite? Ele balança a cabeça, tirando os óculos. — Eu devo ter esquecido de encomendá-las. — ele vai pegar o telefone, em seguida, olha para mim. — O que você quer mesmo? Minha mandíbula cerra. — Nada, absolutamente nada. Eu estou indo agora. — eu aceno para ele. — Tenha uma boa noite. Eu vou embora enquanto ele me deseja a mesma coisa. Ligo para Austin, ele atende após um toque. — O que você quer? Você conseguiu prender seu pau em algas? — ele ri sozinho. — Muito engraçado. — eu destravo o carro, e entro. — Lauren ainda está no escritório? — pergunto, ligando o carro e transferindo a ligação para o bluetooth. — Por que diabos você está me perguntando isso? — ele pergunta com raiva. — É ela que você vai se alimentar com seu pau hoje à noite? — a veia em sua cabeça deve estar pronta para estourar. — Juro por Deus, se
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você tocar nela eu vou cortar a porra do seu pau. Eu vou me certificar que não tenha jeito de costurar de volta. Juro te foder... — continua ele. — Você já está espumando pela boca? — eu pergunto a ele, sorrindo para mim. — Você acha que eu ficaria com alguém que eu sei que te amarrou? Quero dizer, honestamente, quantas vezes você bateu uma lembrando da Lauren? — eu estaciono em um supermercado, esperando que eles tenham a porra da bandeja e as outras merdas. — Eu só não quero que você foda minha assistente e depois ela se demitir. — ele solta um suspiro de alívio. — E para responder a sua outra pergunta, e a Becca Sullivan, da sétima série? Você sabia que eu ia convidála para um encontro, e eu encontrei vocês dando um amasso no armário. — Aquilo foi um erro. — eu paro o carro. — Eu realmente não achei que ela chuparia meu pau se eu adivinhasse o seu número favorito. E por sinal, quem escolhe um como número favorito? — Foda-se. — diz ele. — Você me ligou para quê? — Onde posso conseguir frutas já cortadas? Com creme de chocolate e chantilly? — Edible Arrangements tem aquelas coisinhas de cestas que você pode comprar e parecem com flores e outras coisas. Eu bato no volante. — Você é um gênio. Eu tenho que encontrar o mais perto de onde estou. — eu digo, desligando. Eu pressiono o botão da Siri. Quando ela me dá o endereço mais próximo, eu chego lá antes deles estarem prestes a fechar. Entrando, eu vou para o balcão. — Olá, como posso ajudá-lo? — a mulher com o nome Tracy, me pergunta. — Eu estou procurando frutas cortadas. — eu começo, verificando os diferentes arranjos. — Como aquelas. — eu aponto para o maior buquê que eles têm, com abacaxi, melão, morangos todos cobertos com chocolate. —
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Eu vou levar três assim, e você tem apenas os morangos sem ser cobertos de chocolate em uma cesta? — Você quer três cestas? — ela me pergunta, anotando o pedido — E nós temos caixas de morangos na geladeira ali. — ela aponta para a geladeira atrás de mim. — O total será de 573. — Por frutas? — pergunto. — É fruta. — Sim, mas está cortada em uma bela flor e formas. — ela sorri para mim, sacudindo a cabeça. — E se eu só quiser as cortadas, é mais barato? — pergunto, sorrindo para ela. — Senhor, se o preço é um problema, talvez você devesse reduzir o tamanho e comprar uma cesta mais acessível. Eu pego minha carteira do bolso do paletó. — Esse está bom. — eu digo, tirando o cartão. — Quanto tempo vai demorar? — Deve estar pronta em quinze minutos. — diz ela, indo para o que eu tenho certeza que é o calabouço das frutas. Eu pego o meu telefone, e vejo uma mensagem de Kaleigh. Ainda vamos sair esta noite? Eu sorrio ao responder. Você quer que eu sirva o seu prato favorito, com certeza ainda vamos sair esta noite. Perfeito! Ela responde de imediato. Eu devo estar em casa em cerca de trinta minutos, então por que você não vem daqui uma hora? Oh, e venha com apetite. Oh, eu planejo isso mesmo. Estou faminta. Meu pau acorda pensando em seus lábios em mim. 60
— Aqui está, senhor. — Tracy diz, saindo com um buquê que é tão grande que eu mal posso ver seu rosto. — Puta merda. — eu digo ao vê-lo. — Você colocou todos os três em um? — eu pergunto, agarrando dela enquanto ela ri. — Não. Os outros dois estão vindo. — ela se vira para ir para os fundos. — Gostaria de entrar e pegar os outros dois? — ela aponta para a porta. Eu saio de lá, coloco o cesto na parte de trás do carro, mas não cabe no chão. — Não é de admirar que custa o preço de uma pequena ilha. Comprei todas as frutas deles. — eu digo, quando coloco-as no banco de trás, com o cinto de segurança em torno delas. O pensamento de eu ter que frear de repente, e fazer as frutas voarem por toda parte é muito mais do que eu gostaria de limpar. Até o momento em que eu saio do estacionamento, eu tenho três cestas todas no cinto de segurança na parte de trás. — Graças a Deus eu não comprei um de dois lugares. — eu digo para mim mesmo enquanto vou para casa. Leva quatro viagens para colocar tudo dentro de casa. — Foda-se, a sacola. — eu bato em minha cabeça, pensando sobre a sacola com molho de chocolate e chantilly que peguei a caminho de casa. Eu entro na sala de estar. É totalmente de solteiro. As paredes são pintadas de branco, com grandes sofás de couro marrom preenchendo a sala. Uma enorme televisão está pendurada na parede logo acima da lareira que mandei instalar depois que eu comprei o lugar. Eu coloco em cima da mesa na sala de estar. — Parece um lugar para servir um pau, certo? — eu falo com as paredes. Eu movo os sofás para longe um do outro. Bato as mãos e corro para o armário em meu escritório, agarrando um saco preto grande. — Eu sabia que havia uma razão para ter comprado isso. — digo a mim mesmo. Caminhando de volta para a sala, eu cubro o espaço na frente da lareira de onde eu tiro um tapete de pele branco. — Oh, sim, eu vou servir
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meu pau nessa coisa. — eu digo, entrando na cozinha indo ao armário onde armazeno as velas de sexo. Eu sou um cara. Eu não preciso de velas em minha casa, em qualquer momento. Então eu as pego quando vou transar. Eu não tenho ideia de por que as mulheres adoram essa merda, mas não sou de fazer perguntas. Eu coloco as velas estrategicamente ao redor da sala, em seguida, fecho as cortinas. — Não há razão para dar outra visão do meu pau aos meus vizinhos. — eu digo, verificando o meu relógio. Vinte minutos de sobra. Eu corro para cima, me despindo e jogando minhas coisas no cesto de roupa no meu closet. Eu arrumo a cama no meu quarto, apenas no caso de acabarmos aqui. O quarto é cinza-claro, realçando o azul escuro que cobre a cama, ou pelo menos é isso que minha decoradora disse quando me entregou a conta. Ela me fodeu naquele dia, figurativamente. A estrutura marrom escura da cama de carvalho é quase digna de um rei. Eu sorrio para mim mesmo. Porra, eu sou um rei. Caminho para o banheiro de mármore branco, eu giro o registro do chuveiro que está sempre definido na mesma temperatura. A agua começa a cair imediatamente. Eu me lavo e me certifico que o meu pau esteja bem preparado. Eu corro minha mão pelo meu cabelo assim que eu saio do chuveiro pego a toalha e seco-me. Eu pego o roupão de cetim roxo que está pendurado atrás da porta. — Não há razão para vestir mais do que preciso. Desço e percebo que ela deve estar aqui a qualquer minuto, então acendo todas as velas. Agora tudo brilha. Estou prestes a pegar o controle remoto para colocar um pouco de música quando ouço a campainha tocar. Eu sorrio para mim mesmo, abro o meu robe e olho para o meu pau. — Hora do show, amigo. — eu me abraço ao amarrar a faixa novamente.
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Ao abrir a porta, eu a levo para dentro. Porra, ela é linda. Ela não tem nada no rosto, exceto brilho labial. Sem cílios postiços, endurecidos por maquiagem, nada além de seu brilho natural. Seus olhos azuis brilham. — Eu não sabia que ia jantar com Hugh Hefner3. — brinca ao entrar, seu vestido de verão azul balançando em torno de suas pernas. — Se eu soubesse, eu poderia ter colocado a minha roupa de coelho! — ela se inclina e beija minha bochecha. Natural, sem esforço, perfeita. O cheiro cítrico me bate. Eu envolvo a mão na cintura dela, trazendo-a mais perto de mim, peito a peito. — Da próxima vez eu não espero nada menos. — eu digo a ela logo antes de eu a dobrar e beijar seus lábios. — Eu vou manter isso em mente. — diz ela, enquanto eu a solto e estendo a mão para segurar a dela e fechar a porta. É uma coisa simples que eu já fiz um milhão de vezes, mas é como se tivesse uma corrente elétrica que acabava de ser lançada através de mim. — Eu trouxe vinho. — diz ela, pegando a bolsa e retirando uma garrafa de vinho branco. — Quero dizer, eu fui com frutado. Eu poderia ter perguntado à menina qual ela recomendaria para ir com pau, mas — ela dá de ombros – escolhi esse. — Porra. — escapa de mim. — Acho que estou apaixonado. Ela joga a cabeça para trás e ri, seu pescoço magro e nu, nada me impedindo de me inclinar e marcá-lo.
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Hugh Marston Hefner foi um empresário norte-americano, fundador e editor-chefe da maior revista erótica do mundo, a Playboy, lançada em dezembro de 1953.
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Capítulo Oito Kaleigh Chegando ao endereço que Noah me deu, observo as casas da rua. A maioria delas tem a mesma aparência. Eu abaixo o espelho do painel para me dar uma última olhada. Ajeito o cabelo ainda úmido. Graças à ioga no quintal com as crianças, eu precisei tomar um banho antes de vir para cá. Pego a bolsa, retiro o gloss e aplico uma camada. As borboletas no estômago são algo que eu realmente não estou acostumada. Entrar, fazer isso, arranhar a coceira, e sair. É o meu lema. — Calma aí, menino grande, eu estou aqui para jantar e um bom momento. — eu puxo a mão da dele ao chegar à sala com cerca de um milhão de velas. — Você pode incendiar uma casa assim, com tantas velas. — eu entro na sala, vejo as cestas de frutas que estão sobre a mesa. — Puta merda, é um monte de frutas. — Oh, e eu tenho chocolate também! — diz ele, correndo para o que eu acho ser a cozinha. — E chantilly. — ele volta com as mãos cheias. Eu sorrio para ele. — Isso é fofo, mas eu sou vegana. — eu caminho até ele quando eu vejo seu sorriso desaparecer. É como se eu dissesse a ele que a fada do dente não existe. Eu o agarro pela cintura. — Além disso. Eu gosto do meu pau de pé. Suas mãos soltam os recipientes, caindo com um baque. — Foda-me. — diz ele. — Na verdade — eu digo e alcanço a faixa entre nós —, eu esperava — puxo a tira e a seda cai das minhas mãos — que você fosse me foder. — eu digo, empurrando seu roupão aberto. E foder-me está certo. Puta que pariu.
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Se eu pudesse ficar aqui e me embasbacar com ele, eu faria, mas eu estou seduzindo-o. Vou fazer dele a minha cadela. Mas, puta merda, minha boca acaba de perder toda a sensibilidade. Minha língua, de repente parece estar inchada. Seca. Tão seca, caralho. Seu peito é perfeito, peitorais em forma, seu abdômen definido, mas não muito, e sua lateral... Na. Porra. Do. Ponto. Mas nada podia ter me preparado para o que acho ser o pau mais perfeito do mundo. É fodidamente perfeito. — Foda-me. — eu finalmente digo. — Estou feliz em agradá-la. — diz, abrindo mais o roupão para me dar uma visão completa dele, não que eu precise. Eu tirei uma foto, mentalmente, dele. Foco, Kaleigh, foco. Exceto que a única coisa que eu consigo olhar é o seu pau. — Agora que você viu o meu, que tal eu ver o seu? — suas palavras me tiram do transe. — É mesmo? — eu pergunto a ele. — É como mostrar e depois contar? — É justo. — Isso eu posso fazer. — eu digo, puxando as alças dos ombros para baixo e assistindo meu vestido cair no chão, e se reunir em torno de meus pés. — Você não está usando nada por baixo do vestido? — ele murmura. — Você não está usando nada sob o roupão? — eu retorno a pergunta. — Sim, mas... — ele para de falar quando eu ando para ele, ficando direto de joelhos. — Chega dessa conversa, estou com fome. — é a última coisa que falo para ele. A próxima coisa que eu faço é puxar a cabeça do seu pênis para a boca. Reclamo o gosto de seu pré-semem com a língua. Eu o chupo mais profundo agora.
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Seu roupão bate no chão ao redor de seus pés e joelhos. Afasto a boca, minhas mãos o apertam, movendo para cima e para baixo. — Eu realmente gosto do seu pênis. — sorrio para ele. Seus olhos se fecham no meio do caminho, seus quadris empurrando na minha mão. — É perfeito. — eu digo-lhe e o chupo novamente. Desta vez, suas mãos vão para o meu cabelo, puxando-o para longe do meu rosto. Olho para cima, observando-o assistir. Eu o engulo, minha mão igualando o ritmo da boca. Seu pênis está ficando maior do que antes, mais duro também. Minha boca o deixa, e minha mão continua. Meus dedos não podem sequer tocar uns aos outros, sua espessura é grande. — Eu quero tanto foder isso. — eu digo a ele enquanto me inclino, girando minha língua em torno de uma de suas bolas. — Vou montá-lo como se fosse meu último rodeio. — eu digo a ele, levando-o inteiro na boca, quase engasgando. Suas mãos puxam meu cabelo, a dor é um tiro direto para meus mamilos que estão esfregando suas pernas. Ele segura meu cabelo e seus quadris empurram para mim, seu pau vai mais fundo. E eu o levo. — Tão gostosa. — ele empurra para dentro de mim. — Levando o meu pau em sua garganta. — suas bolas batem em meu queixo. — Eu vou gozar. — diz ele, tentando sair da minha boca, mas minhas mãos voam para sua bunda perfeita, empurrando-o mais para dentro de mim e o mantendo enraizado lá enquanto eu engulo tudo o que ele tem para me dar. Eu não o solto até que ele termina. Seu pau sai da minha boca um segundo antes de ele cair de joelhos na minha frente. — Você abalou seriamente o meu mundo. Meus joelhos não resistiram. — ele diz, e estende a mão para mim, agarrando o lado do meu pescoço com uma mão. — Fodeu-me total e completamente, estou arruinado. Eu sorrio enquanto ele me puxa para ele.
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— Você me deixou de joelhos. — diz ele antes de seus lábios encontrarem os meus. Aspiro um último suspiro antes de sua língua invadir a minha boca. Eu acho que meu coração para de bater ou ele está batendo tão rápido que não sei distinguir. Sua outra mão agarra o outro lado do meu pescoço e sua língua invade minha boca. Nossas línguas dançam uma com a outra e eu tento continuar a fazê-lo se ajoelhar. Viro a cabeça para aprofundar o beijo, e minha mão percorre seu peito, ao redor de seu pescoço, meus dedos encontram o caminho para o seu cabelo. Meus mamilos doem, apertados, com apenas um beijo. Seus lábios deixam os meus, beijando o canto da minha boca. Estou sem fôlego. — Eu pensei que fosse gozar no minuto que sua língua tocou meu pau. — ele beija embaixo do meu queixo, traçando com a língua, suas mãos agora caindo de meu pescoço, esfregando os ombros, descendo para os braços e, finalmente, tocando meus seios. Minha cabeça cai para trás, gemendo, enquanto ele rola ambos os mamilos entre os dedos. Meus seios se encaixam perfeitamente em suas mãos. Sua cabeça se inclina e ele leva um mamilo na boca, sugando tão profundamente que quase o machuca. Eu fecho as pernas para conseguir algum atrito. — Ainda não, ainda nem está perto. — ele me diz, prestando atenção ao outro mamilo. — Se você não me fizer gozar logo, eu vou te empurrar para o seu tapete pornô e eu mesma irei levá-lo. — eu digo, meu corpo se enchendo de arrepios. — Oh, eu vou fazer você gozar muito. Agora relaxe e me mostre sua boceta. — ele não tem que me pedir duas vezes. Deito de costas, dobro os joelhos para os lados, e me abro para ele. Ele esfrega as mãos antes de se inclinar e puxar minhas pernas para trás e sopra no meu clitóris. Meus quadris empurram para cima na 67
esperança de conseguir alguma coisa. — Gananciosa. — diz ele, finalmente, me lambendo. Meu gemido ecoa nas paredes. Ele lambe até meu clitóris, mas para antes de alcançá-lo, soprando em vez de lamber. — Foda-se. — eu sussurro. — Noah. — Vai acontecer, menina. Paciência. — ele me diz, soltando minha coxa, seus dedos me esfregam de cima e para baixo para me molhar. Sua língua se junta ao dedo dentro de mim e ele acrescenta outro. Eu giro os quadris, meu clitóris pulsante à espera de um toque. Ele me lambe novamente. Desta vez, ele permite que a ponta da língua o lamba lentamente, os dedos bombeando em mim. — Eu juro que se você não fizer algo em breve... — eu arfo. Minhas mãos vêm até meus seios e eu giro meus mamilos, tornando quase pior uma vez que todo o meu núcleo está excitado. Quando ele lambe de novo, desta vez os dentes pressionam lentamente. Eu viro a cabeça de um lado para o outro em frustração, minha mão indo para meu estômago. — Se você se tocar, eu vou te foder até que você não possa andar e não vou deixar você gozar em nenhum momento. — sua voz é forte, e olhando em seus olhos, eu sei que ele não está mentindo. — Noah, por favor. — eu ofego. Parece que seus dedos estão todos em mim. Meus quadris impulsionam em seus dedos que agora estão bombeando dentro e fora de mim, rápido. — Meu clitóris. — digo-lhe, quase implorando. — Tão apertada, me apertando. — diz ele e eu estou tão perto de gozar que posso prová-lo, quase alcançá-lo. Eu estendo a mão para segurá-lo assim que ele puxa os dedos fora de mim. Eu gemo em frustração quando ele me vira para baixo, levantando meus quadris e enfiando em mim.
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— A primeira vez que eu fizer você gozar será no meu pau. — ele enfia em mim, agarrando meus quadris com tanta força que meus joelhos levantam do chão. — Eu não vou durar. Você é muito apertada. — diz ele. — Toque seu clitóris, agora. — acrescenta ele, me fodendo. O som de carne e tapa juntos, enchem a sala, enquanto minha mão, finalmente, brinca com o meu clitóris, esfregando-o de lado a lado. Ouço gritos, gemidos e, finalmente, um rugido enquanto gozo. Eu não sei quem está gritando ou rugindo mais, eu ou Noah. Mas ele não desiste, bate em mim até que minha boceta está pulsando em cima dele, até que eu não ache que posso respirar mais. Até que ambos nos encontramos assim, destruídos, ele agora de costas, com a boca seca, olhos fechados. Eu nunca fui fodida até quase a inconsciência, e foda-me se não quero voltar para mais. — Não posso me mover. — eu digo a ele. — Eu faço ioga para viver. Eu estou em um constante estado de relaxamento durante todo o tempo, mas isso...— eu sorrio, de frente para ele, seus olhos fechando lentamente. — Eu sei. — diz ele. — Eu só preciso de um momento e nós podemos ir para a segunda rodada. Eu só... — ele olha para mim. — Você me drenou. — ele sorri para mim. Eu o observo, à espera de sua respiração. Rolo para cima, agarrando o meu vestido e em silêncio visto-o. Eu ando ao redor, sopro as velas antes de pegar minha bolsa. Eu olho para ele, o preservativo descartado ao lado. Ele é quase como uma daquelas estátuas de mármore que têm no Louvre, perfeitamente esculpido, exceto seu pênis que é muito mais bonito. Virando-me, pego meus sapatos, coloco-os na bolsa. Eu ando até a porta, abro-a tão silenciosamente quanto posso e fecho suavemente. Vou para o meu carro e para casa. A casa está escura quando abro a porta e entro. Eu vejo a luz que vem debaixo da porta de Lauren, mas vou direto para o meu quarto. Os replays da noite passam em minha cabeça mais e mais, uma e outra vez. O sono
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finalmente me leva em algum ponto depois das 3 horas da manhã, logo depois ouço o primeiro bing.
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Capítulo Nove Noah Meus olhos se abrem de repente. A sala está escura. Meu corpo está parecendo um verme gelatinoso, maldito. Estico os braços para encontrar Kaleigh, e acho o vazio. Eu me levanto, meus olhos se ajustando à escuridão. Fico de pé lentamente. Vou até a cozinha para ver se talvez ela esteja lá. Depois de olhar lá, no banheiro, subo para o quarto. Nada. Com as mãos nos quadris, procuro-a no banheiro no andar de cima. — Não é possível que ela tenha ido embora. — digo para o cômodo, porque a verdade é, lá no fundo, eu sei que ela fugiu. Eu corro de volta para baixo,
olhando
para
fora
para
ver
se
seu
carro
está
muito
longe. Caminhando para a cozinha, pego meu telefone e envio-lhe uma mensagem. Onde você está? Eu jogo o telefone no balcão, vou até a geladeira, abro, e pego suco de laranja. Depois de beber direto da garrafa, eu apago a luz e vou para o andar de cima, para a cama. Eu olho para o teto enquanto me lembro da noite. Foi além dos meus sonhos. Eu já transei tantas vezes que não posso nem começar a contar, mas com Kaleigh foi como andar de montanharussa pela primeira vez. A antecipação, quando ela ficou de costas e eu a montei, quando começou a gozar, e então o grito quando finalmente despencou. Levantar as mãos dela no ar, deixar o vento correr pelo cabelo. Ela me deixou de quatro. Eu juro. Eu não conseguia sentir meus joelhos e foi bom o tapete estar lá, porque eu poderia ter quebrado minha rótula. Mas por que ir embora? Eu me viro, olhando pela janela. Quer dizer, eu já fodi antes e saí escondido. Foda-se, teve uma vez que eu deixei meus malditos sapatos no apartamento e nunca mais voltei. Eu não tenho tempo para
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pensar em mais nada, porque o sono chega e me leva. Acordo três horas mais tarde, rolo, para desligar o alarme. Minha rotina matinal é a mesma coisa: corrida, chuveiro, fazer a barba, sair. Desço as escadas, pego o preservativo descartado, jogo-o na lata de lixo. Volto, pego o chocolate e chantilly, e jogo fora também. Verifico meu telefone para ver se tenho quaisquer mensagens, e nada. Minha mensagem foi entregue, mas nada sobre ter sido lida. Balanço a cabeça, agarro as cestas de frutas e as levo ao carro. Uma vez que chego ao escritório, saio e chamo o assistente de estacionamento, peço para entregar as três cestas de fruta no andar. Uma vez que jogo minhas chaves, meu telefone toca no bolso, pego-o e vejo que é de Kaleigh. Tive que voltar para casa. Foi muito divertido. Nos esbarramos em breve! Ela acabou de me dispensar? Eu jogo a cabeça para trás e rio. Isso vai ser divertido. Sim, esbarrar em você é exatamente o que estou ansioso para fazer. Tenha um ótimo dia, linda. — Tome isso. — digo em voz alta no elevador, enquanto as outras três pessoas que eu não sei quem são, olham para mim. Quando eu chego ao meu andar, saio e vejo Tara, a recepcionista. — Bom dia, linda. — sorrio para ela. — Pepe do andar de baixo vai entregar três cestas de frutas para todos vocês, como um agradecimento por todo o trabalho duro que todo mundo faz. Ela cruza as mãos sobre a mesa, seu sorriso se iluminando. — Bem, você é o mais doce. — ela ronrona.
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— Você me conhece. — eu pisco para ela, caminhando em direção ao escritório de Harvey. Eu o encontro bebendo café enquanto ele lê algo no computador. — Eu tive a melhor noite da vida. — digo ao Harvey enquanto me jogo em uma cadeira em frente a sua mesa. — Não me diga. — ele abaixa a xícara e se vira para mim. — Todos nós vivemos através de você! — Um cavalheiro não beija e conta. — eu digo, arrumando a gravata. Meu olhar levanta de repente, quando ouço a risada dele. — O quê? — Uhum, você não é um cavalheiro. Você não só beija e conta, você mostra
fotos
e
dá
detalhes. Detalhes,
que
nós
não
queremos
necessariamente. — ele se inclina para trás na cadeira. — Bem, não desta vez. Tudo o que estou dizendo é que eu acho que alguém me tirou do chão. Literalmente. — estou prestes a continuar quando meu telefone toca e vejo que é meu cliente. — Sal. — eu digo ao telefone, levantando e acenando para Harvey enquanto saio. — O que está acontecendo? — Eu encontrei outro clube que quero comprar. — Sal é o que você chama um conhecedor de strippers e dinheiro. Este será o décimo clube que ele compra em dois anos. Ele compra clubes falidos e os leva para outro nível. — Como isso não é uma surpresa? — eu entro no meu escritório. — Você não deveria estar de férias? — pergunto-lhe, pensando na última conversa que tivemos na semana passada. — Estou, este simplesmente caiu no meu colo. — ele ri da própria piada. — Vou enviar os detalhes. Faça isso acontecer. — ele desliga sem me dar a oportunidade de responder. Vou até minha agenda de telefone, procurando o número do florista. Pressiono chamar, em seguida, coloco-o no ouvido.
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— Flowers bloom, bom dia, Savannah falando. Como posso ajudá-lo? — responde a voz da dona ao segundo toque. — Savannah, Noah aqui. — Oh, querido, o que você fez agora? — ela me pergunta, sabendo que eu só recorro a ela em extrema necessidade. — Na verdade, desta vez eu que fui injustiçado. — eu suspiro. — Ela pegou o que queria e me deixou. — digo, olhando pela janela para o sol — Como se eu fosse um pedaço de carne. — Não diga? — Savannah fala, ela está impressionada. — Então, eu gostaria de enviar dez dúzias de rosas. Todas cor-derosa. Uma dúzia a cada hora. — eu olho para o relógio, vendo que terá passado da hora de fechar. — Na verdade, duas dúzias a cada hora. — Espere, deixe-me ver se entendi. — diz Savannah. — Ela usou você, você é a parte injustiçada, e ainda assim você vai enviar flores? O inferno está congelando? — ela ri alto. — Não sei o que há sobre ela, mas eu quero que ela saiba que eu ainda estou pensando nela. — eu sorrio, imaginando seu rosto quando receber as flores. — Eu tenho o seu cartão de crédito no arquivo. Vou enviá-las daqui a pouco. — diz ela, desligando assim que dou o endereço. Desligo o telefone e começo o meu dia. Checo meus e-mails e mensagens, e quando me dou conta já são duas horas mais tarde. Recebi a proposta de Sal e tenho tudo pronto. Pressiono enviar no e-mail quando meu telefone toca ao meu lado. Oh, obrigada pelas flores, são lindas ;) Eu sorrio, sabendo que a peguei. Não tão lindas quanto você. Janta comigo? Alimentos de verdade.
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Sua resposta vem imediatamente. Desculpe. Eu tenho planos, talvez outra vez. Ela tem planos. Que planos, porra? Até logo. Levanto-me, e saio do escritório. Passo pela recepcionista e aviso que vou ficar fora a maior parte do dia. Uma vez que chego em casa, vou direto para o meu armário. O que se veste para ficar de vigia? Devo ir de preto ou de camuflagem? Pego o telefone, e chamo a única pessoa que seria capaz de responder a todas estas perguntas. John. Meu outro melhor amigo, parceiro de negócios de Austin. — Ei, o que você está fazendo? — pergunto quando ele atende. — Almoçando com Austin, enquanto ele olha para a mesa de Lauren. — ele começa a rir do gemido que está vindo de Austin. — Você precisa convidá-la para sair logo e acabar com esse período de seca. Jesus, seu pau já deve achar que está morto. — eu falo para eles enquanto atiro a roupa na minha cama. — Eu tenho um assunto sério. — finalmente digo enquanto arremesso meus velhos Martens Doc4 pretos que comprei na época da escola quando eu era um punk rock. — Eu preciso fazer uma vigilância. Devo ir todo de preto ou camuflado? — Por que diabos você vai vigiar? — Austin pergunta, ao passo que John responde: — Camuflado. — Então, a garota com quem eu jantei, me largou. — eu digo enquanto procuro se tenho uma mochila escura. — Seu pau a assustou? — Austin ri e conta para John sobre a conversa que tivemos ontem.
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Marca de botas.
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— Não foi assim. — eu interrompo. — Ela adorou o “P”, mas eu adormeci. Eu não sei o que ela fez, mas, porra, ela me esgotou. — eu coloco as mãos nos quadris. — Por que você, simplesmente, não a convida de novo, como um ser humano normal? — John pergunta. — Eu tentei, mas ela disse que tem planos para esta noite. — eu ando pelo closet e pego os binóculos que tenho lá. — Oh, merda. —Austin interrompe. — Você foi dispensado, Noah. Então ambos riem. — Ha-ha-ha, muito engraçado. — eu digo secamente. — Sério, o que devo vestir? — Você devia usar uma jaqueta branca da Bellevue. — John diz, rindo. — O que acontece se encontrarem você e chamarem a polícia? Encolho os ombros. — Eu vou ganhá-la com meu charme. — eu digo. — Então, camuflado será. Apressem-se, eu tenho que ir ao Google mapear o local onde ela trabalha. Austin finalmente pega o telefone. — Noah, é sério, você não pode fazer isso, é loucura. — O que você faria se você tivesse o melhor sexo de sua vida e ela largasse você? Você deixaria Lauren sair da sua vida? — Não. — ele murmura. — Envie-nos as informações. Vamos encontrá-lo lá. — Pelotão. — eu digo, desligando o telefone. Corro para o meu escritório onde acesso o Google Mapas. Vejo que há um pequeno parque na frente de seu estúdio. — Isso pode funcionar. — imprimo o mapa e envio uma foto para ambos através de mensagem. Austin responde imediatamente. Esteja lá às quatro. Não vá antes. 76
Eu olho para o relógio e vejo que eu tenho três horas de sobra. Volto para o meu quarto onde me dispo e tomo uma chuveirada. — Cochilo empoderador. — digo a mim mesmo. Assim que termino o banho, programo o alarme, certificando-me que estarei lá quando John e Austin chegarem. Eu me debato e viro o tempo todo, o sono não vem para mim. Quando ouço a campainha às quatro horas, eu sei que são eles. Eu desço as escadas correndo, abro a porta. Ambos olham para mim de boca aberta. — Você ficou louco? — perguntam-me enquanto observam minha aparência. Eu posso ter exagerado. Eu estou usando calça jeans preta, uma camiseta preta, uma jaqueta preta, meu Doc Martens preto, e um gorro preto. — Eu preciso me misturar. — eu lhes digo. — Vão se trocar. — eu aponto para o andar de cima, para o meu quarto. — Saímos em dez minutos. Vamos. — eu os empurro até as escadas. Ambos vão para o meu armário, saindo em jeans e camisas verdes. — Precisamos de preto sob os olhos. — eu digo, caminhando para o banheiro e pego meu kit de engraxate. Eu me levanto, manchando os olhos. — Como estou? — eu pergunto aos rapazes. — Como se fosse um louco do caralho. — diz John. — Ela chupou seu cérebro pelo pau? — Não fale assim dela. — eu aponto para John. — Agora, coloque um pouco, você está muito pálido. Eu olho para Austin. — Você está bem, com todas essas olheiras de merda sob seus olhos. Você está muito bem. — eu pego a bolsa, e um tilintar vem dela. — O que tem aí dentro? — John pergunta. — É a nossa bolsa da missão. — eu digo, indo para o carro.
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Ambos entram no carro, e colocam seus cintos de segurança. — O que exatamente é uma bolsa da missão? — Uma faca, um machado, um abridor de garrafas, um pé de cabra, um martelo, garrafa de óleos, velas, fósforos, algumas cordas. Oh, e um sino. Eu olho para eles de lado, os olhos piscando, as bocas abrindo e fechando. — Vamos sequestrá-la? — John diz do assento traseiro. — Dani vai me matar, porra. Eu olho para ele através do espelho retrovisor e penso em sua esposa, Dani, vai me matar primeiro e depois ele. Austin tenta falar, mas não sai nada. — Um sino? — Bem, sim, no caso de precisarmos alertar uns aos outros, podemos tocar o sino. — reviro os olhos. — Oh, olhe, um estacionamento na frente. — Portanto, vamos vigiar, mas você vai estacionar na frente do trabalho dela? — John diz, olhando ao redor uma vez que ele sai. No parque atrás de nós tem crianças correndo e um casal de cães latindo. É uma área familiar. — Pegue a bolsa para mim. — digo ao sair, agachando-me até chegar atrás do carro e sentar-me na calçada. — Alguém pode me ver? — Precisamos entrar em contato com a porra da Bellevue. — eles dizem para mim, enquanto eles estão lá fora a céu aberto. — E eu não vou tocar naquela merda de bolsa. Trouxe luvas? — pergunta. Eu bato na minha cabeça. — Esqueci as luvas em cima do balcão. — eu os agarro pelas mãos, puxando-os para baixo. — Ela pode vê-los. — eu digo logo antes de uma mulher caminhar por nós com seu cão, segurando a bolsa dela tentando não olhar para nós. — Ok, vamos caminhar. — eu digo, levantando-me e indo para o parque. Esgueiro-me entre os arbustos enfileirados da rua.
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— Acho que acabei de pisar em bosta de cachorro. — diz John. — Isso é outro nível, até para você. — ele se arrasta atrás de mim, seguido por Austin. — Que cheiro é esse? — Austin pergunta, levantando a bolsa. — É bosta e mijo. — John sussurra irritado. — Eu sou um homem crescido e eu estou rastejando em uma porra de um parque com um homem que precisa de uma camisa de força. — Ok, rastejar de barriga é mais fácil. Menos pessoas vão olhar. — Posso garantir que alguém já alertou os policiais. — Austin diz ofegante. — Estamos na porra da plena luz do dia. Deveríamos ter só esperado no carro. Eu paro de rastejar. — Por que não falou isso antes? — pergunto-lhe, achando a ideia melhor e mais limpa. Austin parece que está prestes a me socar, mas uma bola de futebol vem em nossa direção, e bate na perna de John. A menina corre, a ponto de gritar por ajuda. — Por favor — ela gagueja —, você pode me entregar a bola? — ela corre para pegar a bola, e depois grita enquanto foge de nós. — Ok, estamos em posição. — eu digo, abrindo a bolsa e pegando os binóculos, ficando de barriga e olhando através de dois arbustos para ver a porta do estúdio de Kaleigh na frente. — O que estamos procurando? — John pergunta, tentando olhar pelo buraco nos arbustos. — Uma loira. — eu lhes digo, tentando encontrá-la. Tudo o que vejo é alguém sentado atrás da mesa. — Nós ao menos sabemos se ela está aqui? — Austin pergunta enquanto afasta um mosquito que aterrissou em sua testa. — Eu realmente
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espero que não haja uma erva venenosa. Risca isso. Espero que haja e eu espero que você role nela. — ele aproxima a cabeça da minha, tentando ver. Minha cabeça levanta de repente. — Onde mais ela estaria? Quero dizer, as pessoas trabalham até cinco horas. — Você está dizendo que eu rolei na merda e nem sabemos se a mulher está aqui? — John diz, levantando-se, sua cabeça vai acima dos arbustos. Austin agarra sua mão, puxando-o para baixo. Estou prestes a dizer algo quando uma porta de carro faz nós todos segurar a respiração, junto com o bip da trava da porta, bem na nossa frente. Nós olhamos um para o outro, os olhos arregalados. Os passos se distanciam de nós e eu olho apenas a tempo de ver Kaleigh correndo pela rua para o estúdio, a saia hippie longa fluindo através de suas pernas. — Você está brincando comigo? — diz Austin. — É a irmã de Lauren. Você tem que estar brincando comigo. — Oh, isso não é bom. A irmã dela trabalha para nós. Você pode imaginar as implicações legais? — John balança a cabeça. — Se conseguirmos sair dessa, eu vou te encher de porrada. — Eu estou sempre lá para vocês, caras, agora se concentrem. Ela disse que não poderia me ver hoje à noite, porque ela tem planos. — Provavelmente sentiu que você estava prestes a ir todo Jack Nicholas sobre ela e correu para as colinas. — Shiii, ela está saindo. — eu digo enquanto ela sai com dois buquês de rosas na mão. — Não diga nada. — eu sussurro. Ambos olham para mim como se fossem me matar. Nós observamos Kaleigh colocar as flores no carro, em seguida, partir. Eu coloco os binóculos de volta na bolsa, apressando-me. — Vamos segui-la.
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Estou tentando correr, mas meu pé tinha adormecido, então eu caio de joelhos enquanto Austin e John me agarram. Corremos através dos arbustos, desta vez todos entramos no carro. Coloco a chave na ignição e estou prestes a dar partida quando vejo as luzes no meu espelho retrovisor. Vermelha e azul. — A merda ficou real.
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Capítulo Dez Kaleigh — Inspire. — digo, elevando os braços acima da cabeça. — Expire. — meus braços descem. — E, de novo. — eu digo, repetindo o mesmo movimento. — Uma última vez. — respiro levando os braços ao peito. — Namastê. — eu digo, inclinando a cabeça. A turma de vinte pessoas, todas dizem Namastê ao mesmo tempo. Eu sorrio para todos, levantando e me curvando para enrolar o tapete de ioga. Observo todos fazerem a mesma coisa. A maioria das mulheres da turma faz parte da Associação de Pais e Mestres da escola. Eu saio da sala e as rosas me param imediatamente. — Quem assaltou a loja de flores? — pergunto e vou cheirá-las. — Ninguém. — Stephanie diz, sorrindo, — A questão é, o quanto você foi boa, exatamente? — ela me entrega dois cartões. Eu olho para ela confusa. Eu nunca recebi flores. Quero dizer, meus pais me enviaram algumas no meu aniversário, mas fora isso, na verdade não. Eu abro o envelope, arrastando o cartão branco para fora. Espero que seu dia seja tão lindo quanto você. Noah Balanço a cabeça, sorrindo para mim. — Bem, então? — diz Stephanie. — Quem é esse homem misterioso? Encolho os ombros. — Só alguém com quem eu fui a um encontro. — eu viro a cabeça, tentando não fazer contato visual com ela. — Não foi nada. Seus olhos fecham um pouco, sem dizer uma palavra. — O quê? — eu pergunto a ela. Ela balança a cabeça, sorrindo para mim. — Nada.
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Viro-me para ir embora e esbarro em um dos homens que acabou de sair a minha aula de ioga. — Desculpe, Kaleigh, eu estava digitando e não a vi. — diz Richard. — Foi minha culpa. — eu aceno para ele e caminho para a sala de relaxamento, pego o telefone e vou para as nossas mensagens. Oh, obrigada pelas flores, são lindas ;) Eu pressiono enviar e coloco o telefone ao lado, e encosto a cabeça no sofá. Meus olhos se fecham quando eu começo meu exercício de respiração, focando em meu centro. A música das ondas limpa minha mente, mas em vez de apenas pensamentos felizes tudo que consigo visualizar é o Noah e seus olhos azuis. Seu peito esculpido e seu pênis. Frente e verso. Eu sempre consigo meditar. Eu sempre bloqueio tudo, mas por alguma razão não posso tirá-lo da cabeça. Estou prestes a pegar o telefone e mandar outra mensagem para ele. Falar que eu menti e não estou ocupada esta noite, quando Stephanie entra. — Você tem outra entrega. — ela sorri, dando-me o cartão, que diz a mesma coisa que o primeiro. Levanto-me, vou para a mesa, o aroma de flores me bate imediatamente. — Puta merda. — eu vou até as outras quatro dúzias que chegaram. — Ainda bem que estou indo embora. Você ajuda a carregar até o carro? — eu pego as chaves e caminho para o meu carro, com dois buquês. — Vai precisar de quatro viagens. — Stephanie diz ao abrir a porta e colocar as flores na parte de trás. Na verdade são necessárias três viagens e meia. No momento que entro no carro o cheiro de rosas me atinge imediatamente. Eu abro as janelas para fazer o ar circular antes de desmaiar com o cheiro. Chegando em casa, preciso de seis viagens até o carro antes de finalmente pegar o último dos buquês de rosas. Tentei colocá-las em um lugar estratégico para não chamar a atenção, mas a menos que você seja
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cego e tenha perdido o olfato, não há como esconder essa merda. Eu levo dois buquês para o andar de cima, coloco um no quarto de Lauren e um no meu. Meu telefone toca sinalizando que o ônibus vai chegar a qualquer minuto. Eu saio e sento em uma das espreguiçadeiras de Lauren. Não demora muito tempo para o ônibus amarelo ser visto no final da rua, para em frente para as crianças saltarem. — Tia Kay, tia Kay, eu tirei A em ortografia. — Rachel corre para mim, a prova na mão, a mochila subindo e descendo sobre sua cabeça. — Tirou? Deixe-me ver.— eu pego o papel. — Sabe o que isso significa? Sorvete! — eu jogo as mãos para o ar enquanto Rachel enruga o rosto. — O que é essa cara? — Podemos tomar sorvete de pessoas normais? — ela pergunta, com a cabeça inclinada para o lado. — Meu sorvete é de pessoas normais. — eu digo, batendo no seu nariz, e Gabe vem até nós. — Gabe, você não gostou do sorvete vegano que provou ontem? — eu pergunto para ele. Ele dá de ombros. — Está vendo? — eu levanto e pego a mão de Rachel. — Mas se você quiser eu posso te dar o sorvete “normal”. — eu digo e ela grita de alegria. Ela descarrega a mochila na mesa, olhando para o buquê em cima dela, depois outro no balcão da cozinha, e outro na sala de estar. — Por que nós temos tudo isso? — ela aponta para todas as flores. — Hum, hum... — eu tento encontrar as palavras. — Quem quer sorvete? — eu ergo as mãos, agarrando os cones e o sorvete “normal” deles, enquanto finjo que ela não me fez essa pergunta. Não precisou muito para desviá-la da pergunta. Gabe não olha duas vezes para as flores. Em vez disso, ele agarra um cone e grita que está indo para a casa do vizinho. — Volte por volta das cinco horas para a sua mãe não achar que eu esqueci de você! — eu grito para porta batendo.
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E ele, de fato, volta por cinco horas, assim que Lauren estaciona a minivan na garagem. Quando ela desliga o carro, Rachel corre para fora. — Mamãe, eu tirei A em ortografia. Tia Kay me deu sorvete normal. — diz ela, saltando para os braços de Lauren. — Ela deu agora, antes do jantar? — ela beija seu nariz, caminhando para a porta da frente. — Ei, mãe. — Gabe diz da cozinha onde ele está bebendo um copo de água, com as mãos quase pretas. — Vá lavar as mãos, rapaz. — eu digo a ele enquanto ele coloca o copo na pia, correndo lá para cima. — De onde é que todas estas flores vieram? — Lauren pergunta, colocando Rachel para baixo quando o meu telefone toca. — Salva pelo gongo. — ela sorri para mim enquanto atendo, vendo que é Stephanie ao telefone. — Ei. — eu digo, sentado na varanda. — Você recebeu mais seis buquês. — diz ela ao telefone. — Eu acho que não gosto mais tanto de todas essas flores. Eu mudei de ideia. — ela espirra e eu rio. — Ok, vou buscá-los agora. Coloque um na sala de relaxamento e outro na área dos vestiários femininos. — eu digo a ela, que continua espirrando. — Você sabe que há uma teoria que se você espirrar oito vezes terá um orgasmo. Você acabou de gozar no trabalho. Melhor. Chefe. Do mundo. — eu rio ao telefone enquanto ela manda eu me foder e desliga. Volto para dentro de casa, Lauren já está no fogão preparando algo que parece com frango. — Você vai comer com a gente hoje à noite? — eu olho para as flores no cômodo. — Não essa noite. Eu tenho um encontro. — eu digo, bolando um plano na cabeça. Vou lá para cima, troco para meus jeans apertados azuis
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bebê e uma blusa rosa. As mangas são apertadas em volta do meu pulso, e o decote cai em um ombro. Pego as sandálias marrons para terminar o visual. Eu digo adeus enquanto pego minhas chaves e sigo para o estúdio. Estaciono no meio-fio do outro lado da rua em frente ao parque. O som de crianças brincando e cães latindo enchem a tarde. Eu corro para o outro lado da rua, abrindo a porta. — Você não estava brincando. — eu sorrio, pegando mais rosas. — Neste ritmo, podemos abrir nossa própria floricultura. — Stephanie diz e coça o nariz. — Ok, vamos carregá-los. Vou levar um pouco para o hospital e talvez para a igreja? — eu pego um buquê e corro para o carro. Só precisam duas viagens dessa vez. Eu saio do meio-fio, dando adeus. Estou descendo a rua quando vejo luzes vermelhas e azuis no espelho retrovisor. Eu aumento o volume da música, pensando no plano que eu estou bolando. Eu paro na minha loja favorita Whole Foods e pego o telefone. Então, mudança de planos, você ainda está livre esta noite? Envio a mensagem para Noah, esperando para ver se ele vai responder. Eu saio do carro, vou para a loja com uma lista na cabeça. Pimenta, cebola, margarina vegana, um pacote de seitan5, um pouco de alho em pó, oh, e provolone sem lactose. Jogo algumas frutas, mas depois tiro lembrando das cestas de frutas de ontem. Eu ando ao redor do supermercado
sem
rumo,
enquanto
espero-o
responder
minha
mensagem. Eu pego o telefone novamente para verificar, e ele não enviou nada. Nada ainda. A mensagem mostra que foi entregue. Eu faço uma ligação para Lauren para perguntar para ela. Ela atende sem fôlego após um toque. — Olá.
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Alimento vegetariano rico em proteínas feito de glúten do trigo cozido.
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— Ei, se você envia uma mensagem para alguém e ele não responde a mensagem de volta, é falta de etiqueta, certo? — eu pergunto vagamente. — O que quer dizer, você enviou uma mensagem para alguém, e ele te ignorou? — Não. — minha voz sai um pouco alta e então a abaixo. — Ou talvez. Então, eu tive um encontro ontem. Hoje ele me enviou um milhão de rosas. Quando ele pediu para me encontrar, eu disse que tinha outros planos. Bem, então eu mudei de ideia e mandei uma mensagem de volta e não tive resposta. — Quanto tempo faz isso? — Dezessete minutos. Talvez. — Kay, ele pode estar dirigindo, no banheiro, trabalhando, fazendo faxina. — Nós realmente precisamos falar sobre os homens do seu mundo imaginário que realmente fazem faxina. — Ei, se um homem passar o aspirador para mim eu o chuparia. Sem mais perguntas. — Eu realmente me pergunto por que você ainda está solteira. — eu rio. — Então, você acha que ele está ocupado? Oh meu Deus. — eu grito. — E se ele estiver em um encontro com outra mulher? — Kay, acalme-se. — diz ela calmamente. — Ninguém envia um milhão de rosas para uma mulher e depois sai com outra. — Isso é verdade, a menos que ele tivesse um plano de back-up. — eu pego um pote de manteiga de amendoim vegana e coloco-a na cesta. — Imagine se eu aparecer na casa dele para cozinhar e houver outra mulher lá. — Espere um segundo. Rebobina. Você vai cozinhar para ele? Você mal sabe cozinhar para si mesma.
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— Muito engraçada. Eu vou fazer cheesesteaks de Philly vegano. Ele nem vai saber a diferença. — eu sorrio para mim mesma. — Oh, com certeza ele vai saber a diferença, a menos que você fique sentada lá nua. Então, talvez ele esqueça essa coisa de borracha que não é bife de verdade. Eu reviro os olhos para ela. — Então, eu não deveria enviar outra mensagem para ele? — eu pergunto, me questionando se deveria voltar tudo para as prateleiras. — Ou simplesmente desisto desse plano e volto para casa? — Você gosta dele? — ela pergunta e continua antes que eu possa responder. — Puta que pariu. O inferno congelou. Kaleigh realmente gosta de um homem. — Exagerada. — eu inalo. — Eu não estou gostando de um homem, ele só me faz rir e é engraçado. — eu encolho os ombros. — Oh, isso vai ser bom. Você tentou ligar para ele? — O quê? — Tipo, discar o número dele, esperar o telefone tocar, e ele atender? É uma coisa antiga. Começou em 1800. — Ninguém mais liga para ninguém. — eu a informo. — Chocante. Você não me ligou? Ligou. Eu tenho que ir. É hora do banho. — ela desliga na minha cara. Eu olho para o telefone no momento que chega uma mensagem. Eu estou livre. Que tal você aparecer em meia hora? Eu sorrio sozinha. Ligar para as pessoas é o caralho. Perfeito. Vejo você então! Vou levar o jantar. Oh, eu gosto disso mais ainda. Sem comida de verdade. Te vejo em breve.
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Eu sorrio, e envio uma mensagem para Lauren. Ele respondeu a mensagem. Viu? A resposta vem imediatamente Está tudo certo com o mundo agora. Eu reviro os olhos, vou até a caixa registradora e reviso as minhas compras. Eu saio saltitante e depois paro. Puta merda, eu posso realmente gostar desse cara!
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Capítulo Onze Noah — Deixa que eu lido com isso. — eu digo aos caras quando o policial sai do seu carro e se aproxima do meu lado do carro. Pressiono o botão para deslizar a janela para baixo. — Licença e documentos, por favor. — ele manda, seus olhos escondidos por óculos que têm lentes espelhadas. Eu me vejo no reflexo e percebo que a graxa preta está manchando até minhas bochechas. Tenho galhos presos no meu boné. — Qual é o problema? — eu me viro para pegar a carteira no console. — Tivemos ligações sobre alguma agitação no bairro. — ele diz enquanto lê meu nome. Inclinando-se, ele nota Austin e John. — Que cheiro é esse? — Nossa dignidade, junto com alguma merda de cachorro e urina acho, mas não sei se é humana ou animal. — diz John do banco traseiro. — Oficial. — eu digo, tentando cortá-lo. — Nós poderíamos estar disfarçados. As sobrancelhas dele se unem, então continuo. — Eu estava espionando uma menina. — eu sorrio para ele. — Ela tem uma ordem de restrição contra você? — ele pergunta, e Austin diz: — Ainda não, mas tenho certeza que está chegando. Olho para ele, depois volto e sorrio para o oficial. — Eu estava apenas garantindo que ela recebesse minhas flores. — Então você decidiu que era uma boa ideia se esconder nos arbustos e assustar mulheres e crianças inocentes. — ele se inclina, olhando de um para o outro até seus olhos finalmente chegarem até mim. — Eu já volto.
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Ele volta ao seu carro e o meu telefone emite um sinal sonoro. Uma mensagem de Kaleigh. Meus olhos se abrem. Então, mudança de planos, você ainda está livre esta noite? — Sim! — eu comemoro. — Ela mudou os planos e quer me encontrar esta noite. — Se eu for preso, Dani vai cortar suas bolas e depois acabar com você, então eu acho que você não deveria estar comemorando. — diz John atrás. — E o que quer que ela não termine, eu termino. — diz Austin. — Você fez algumas coisas loucas ao longo dos anos, mas esta está acima de todas. Eu quero coçar o rosto, mas tenho medo que a merda na qual rolei se espalhe sobre ele. Realmente espero que a umidade nos meus joelhos seja porque a grama estava molhada. — Nada vai acontecer. Ele está apenas checando para ver se há antecedentes e se tenho alguma ordem de prisão. — E tem? — pergunta John. Viro no meu assento. — Isso me ofende. Eu sou um cidadão respeitador da lei. — Quem tem uma bolsa para perseguir uma mulher, em plena luz do dia. Todos deveríamos ser levados para Bellevue. — diz Austin. — Ei, estávamos todos lá quando suas bolas quase explodiram. Isso que é amizade. — declaro a eles. John balança a cabeça, olhando pela janela. Ficamos em silêncio por cerca de dez minutos até a porta do carro do oficial bater. Eu olho para ele voltando pelo espelho retrovisor. — Aqui estão seus documentos. — ele balança a cabeça. — Eu vou te liberar com um aviso: que esta seja a última vez que encontro com você. Da próxima vez, vou levar todos vocês. Ficou claro?
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— Sim. — todos dizemos juntos. Olho-o se virar e sair. Eu respondo a Kaleigh assim que ele sai. Estou livre. Que tal você aparecer em meia hora? Eu sorrio quando ela diz que vai levar o jantar. Não me importo com isso, desde que tenha trinta minutos para me limpar. — Ela vai chegar em trinta minutos. — eu digo aos rapazes, todo animado. — Oh, bom. — diz Austin com sarcasmo. — Estou tão feliz que tenha dado certo para você. Faça-me um favor e não me ligue até a próxima semana. — ele me diz, o nariz se movendo para cima e para baixo. — Meu nariz esta com comichão. — Apenas coce. O quê de pior pode acontecer? — John diz de trás. — O que é um pouco mais de germes na sua cara? Eu rio deles, com pensamentos de Kaleigh cozinhando para mim percorrendo minha mente. Ela nua com um avental pequeno, seu traseiro livre para ser tomado. Talvez eu esteja sorrindo muito porque Austin toca meu braço, me tirando de meus devaneios. — Eu odeio você agora. — ele diz, assim que viro na entrada na minha casa. Eu saio do carro, e corro para casa. —Idiota, você esqueceu a bolsa. — diz John, entrando atrás de mim. — Eu vou pegar minhas roupas e sair. Para o caso de você se perguntar, vou jogar todas essas roupas fora. — ele corre ao andar de cima para o meu quarto, descendo com as roupas em uma bola. Austin o segue. — Vou queimar isso. — ele me diz, saindo de casa. — Eu não to nem aí. Obrigado por hoje, rapazes. — eu digo. — Fodase, foi legal, certo? Todo o negócio de parceria e essas coisas. — eu encolho os ombros.
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— Nada sobre hoje foi legal. — diz Austin, fechando a porta. Eu corro para o andar de cima, tiro a camisa, o cheiro de urina me atinge direto no nariz. Eu me paro bem no momento de jogá-la no lixo, junto com jeans e boxers. Eu entro no chuveiro e lavo o fedor. Eu enxaguo o xampu do cabelo, pego o sabonete e esfrego o rosto, tirando a graxa de sapato preto. Termino o banho em tempo recorde, enrolo a toalha na cintura, caminho até a pia para escovar os dentes, mas paro com meu reflexo. O brilho da graxa ainda está
no
meu
rosto. Não
preto
escuro,
mas
cinza
desbotado. Que. Merda. Abro a água, pego um pouco de sabonete e esfrego as linhas cinzas escuras. Nada acontece. Abro o Google imediatamente para pesquisar como me livrar das manchas de graxa. Óleo Mineral. Sério? Ligo para Austin imediatamente, mas ele me manda para o correio de voz. Então eu mando mensagem. Tenho uma situação de emergência. Não me importo se você estiver no meio da rua com um pé quebrado. Ligue para o 9-1-1. Preciso de óleo mineral. Você tem? Por que diabos eu teria óleo mineral em casa? A graxa do sapato manchou meu rosto e agora eu tenho duas linhas cinzas sob os olhos. Bom. É carma. Foda-se. O mesmo. Abaixo o telefone. Não tenho tempo para pensar em nada porque a campainha toca.
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Porra. Coloco calções de basquete e desço as escadas para a porta. Abro a porta e minha respiração realmente para. Ela não está olhando para a porta, mas assim que me nota ela se vira para olhar para mim. É quase como se estivesse em câmera lenta. O cabelo dela desliza, o rosto sorridente vem à vista. — Ei. — sua voz sai enquanto ela olha para mim da cabeça aos pés. — O que aconteceu com o seu rosto? — pergunta, inclinando-se, esfregando o polegar sobre uma das partes manchadas. — Hum. — eu tento pensar rápido, nada vem à mente. — Nós estávamos jogando futebol e coloquei graxa preta para evitar o brilho do sol. Entre. — eu tento mudar de assunto quando me afasto da porta para permitir que ela entre. — Oh, legal, adoro futebol. — diz ela, entrando e beijando minha bochecha. — Você deve ser o quarterback. — ela vai direto para a cozinha. — Sim, na verdade não temos posições. — eu encolho os ombros. — Então, o que tem na sacola? — eu percebo a grande sacola de lona que ela carrega no ombro. — Eu trouxe coisas para fazer Philly cheesesteak. Espero que você esteja com fome. — É o meu sanduíche favorito. — eu sorrio para ela. — Como você sabia? — Verdade? — ela pergunta e a felicidade de sua voz ilumina a sala. — Sim. — na verdade não é. Eu tolero, mas não vou falar para ela. — O que posso fazer para ajudar? — eu pergunto a ela. — Nada. — ela desce a sacola e começa a tirar as coisas. — Eu apenas vou cortar os vegetais e outras coisas. — ela olha ao redor. — Eu preciso de uma panela, eu acho. — ela diz calmamente. — Você sabe o quê? Eu quero surpreendê-lo, então, você pegue um pouco de vinho e fique na sala até eu acabar?
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— Sério? — eu digo para ela. — Tem certeza? — Sim, perfeitamente. — ela me afasta. — Vá relaxar no sofá. Eu ando pela ilha para beijá-la nos lábios. — Estou feliz que você pôde vir. — passo os braços em torno de sua cintura, e ela envolve seus braços ao redor dos meus ombros. Eu a beijo novamente. Desta vez, ela se molda ao meu corpo. — Realmente, muito feliz. — Eu posso sentir. — ela ri, seus lábios ainda pressionados no meu. — Agora vá relaxar. — ela me diz, abrindo armários para pegar coisas que ela precisará. — Apenas me avise se você precisar de alguma coisa. — eu digo a ela, e vou para a adega de vinho. Eu percebo que não tenho nenhum. — Estou sem vinho. Ela olha para cima das gavetas que está abrindo e fechando. — Por que você não vai comprar enquanto cozinho? — Tudo bem. Há mais alguma coisa que você precise que eu pegue? Ela balança a cabeça. Eu subo para pegar uma camiseta e sapato. Quando volto para a cozinha, ela colocou jazz no seu telefone e está cortando uma pimenta vermelha. Eu ando até ela, envolvo os braços ao redor na cintura dela por trás, e beijo seu pescoço. Ela inclina a cabeça para me dar acesso. — Ok, me ligue se precisar de alguma coisa. — Ligo. — ela cantarola. Eu vou para o carro, entro e abro as janelas. Porra, está fedido. — Eu preciso tirar essa merda. — eu digo a mim mesmo. Faço a primeira parada na loja Home Depot, e compro óleo mineral. Em seguida, vou à loja de vinhos, e saio com uma caixa de branco e uma caixa de tinto. Chegando em casa, vejo que eu saí por cerca de quarenta minutos. Empilho as caixas de
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vinho uma em cima da outra, eu as carrego para dentro quando sinto um cheiro de queimado no ar. Quando eu entro na cozinha, vejo Kaleigh com os cabelos amarrados, as mangas arregaçadas e o olhar de derrota em seu rosto. — Querida, estou em casa.
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Capítulo Doze Kaleigh No instante em que ele fecha a porta, pego o telefone e faço um FaceTime para Lauren. Ela atende no segundo toque. Seu rosto entra na tela. — O que é isso no seu rosto? — pergunto, olhando para ela com uma máscara preta. — É uma máscara para desintoxicação. O que você quer? — ela tenta não mover os lábios para que a máscara não se mexa. — A receita diz para saltear as pimentas e as cebolas. — eu olho de novo para a receita que eu imprimi. — Tudo bem. — ela pergunta, sem saber qual é a pergunta. — O que diabos isso significa? Saltear. É um código para algo? — Jesus, você deveria ter comprado uma pizza. — ela balança a cabeça. — Significa colocar o óleo em uma panela e depois adicionar as pimentas e as cebolas e cozinhar. Mexa frequentemente para garantir que não queimem. Eu adicionaria um pouco de sal enquanto cozinham para dar sabor. — Tudo bem, acho que posso fazer isso. — eu aceno, pego uma frigideira prateada, despejo óleo e aqueço. Voltando, pergunto-lhe: — Como eu sei que o óleo está pronto? — Eu esperaria talvez um minuto. Depende do fogão. — ela começa a pressionar a máscara. — Então eu retiraria os vegetais e faria o bife. — Oh, merda, eu tenho que cortar o seitan. — eu pego na sacola. — Tudo bem, eu ligo se eu precisar de alguma coisa. — Não queime a casa. — é a última coisa que ela diz antes de me desconectar.
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Eu amarro o cabelo em um coque e empurro as mangas. Abro o seitan, corto-o fino, minha cabeça se movendo com a música. Quando termino de cortar, coloco a tábua de corte na pia. Ao me virar, vejo que a panela que está com o óleo agora está marrom e a fumaça está começando a tomar conta da cozinha. — Merda. — eu digo, pego-a pelo cabo e levo para a água na pia. Os sons de chiado ficam mais altos do que a música. — Foda-se. — ligo o depurador e corro para abrir as janelas da cozinha, junto com a porta dos fundos. Rezo para que o alarme de incêndio não acione. Quando volto para a pia, tento esfregar o queimado da panela, mas é inútil. Pego outra panela. Parece igual a outra, então coloco de volta no fogão. Pego a panela queimada e a coloco na parte de trás do armário, enterrando-a sob outras duas panelas. — Nunca aconteceu. — digo a mim mesma. Pego o óleo novamente, coloco um pouco no fundo da panela. — Não vou tirar os olhos dessa merda desta vez. — espero um minuto, contando sessenta na minha cabeça. Coloco as cebolas e as pimentas na panela e as cubro em óleo. Adiciono sal, giro para mudar a música da lista de reprodução. Quando alguma música de dança inicia, eu começo a mover meus quadris enquanto eu mexo as pimentas e as cebolas. — Por que não cozinho com mais frequência? — pergunto-me. Pego meu telefone e faço outro FaceTime com Lauren. Eu observo conectar. — Ei, estão prontas? — pergunto, virando o telefone para as pimentas e as cebolas que estão fritando. — Quase. Eu daria mais um minuto ou dois. — OK. Obrigada. — digo, desligando novamente. Aguardo um minuto, pego um prato e coloco-as nele. Quando tiro tudo, coloco a panela no fogão, adicionando o seitan. O som do chiado começa de novo. — Oh, merda. — eu digo, tentando pegar um garfo para virar as peças, mas pregam
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à panela. — Que diabos? — eu tento pegá-los, mas as fatias ficaram pretas muito rápido. Eu ligo para Lauren imediatamente. — Por que o seitan está grudando na panela? — Eu não faço ideia. — Eu tirei as pimentas e as cebolas e depois adicionei o seitan como a receita disse. — Você colocou mais óleo? — Não, não fala para fazer isso. — eu verifico o papel. — Tudo bem, vou colocar agora. — eu despejo um pouco de óleo na panela, mas acho que estava muito quente porque cheira imediatamente a queimado. Eu tiro do fogo. — Eu coloquei óleo e está cheirando queimado. — A panela estava muito quente. — ela me diz como se fosse algo que todos deveriam saber. — Você precisa diminuir o calor enquanto cozinha a carne. Depois, adicione os vegetais novamente. — OK. Lembre-me de nunca mais cozinhar essa merda. — eu digo a ela, jogo o telefone no balcão, e espero que a panela esfrie, o seitan absorvendo todo o óleo. Abaixo a temperatura no fogão e coloco a panela novamente. Quando o seitan começa a dourar em vez de enegrecer, acho que está tudo sob controle. Eu pego o pão, corto-o ao meio e coloco-o na assadeira, enquanto abro o forno. Eu olho para a descrição grelhar ou assar. A receita diz assar, então eu pressiono esse botão e coloco os pães dentro. Eu adiciono as pimentas ao seitan e coloco em fogo brando para que fique quente. Entro na sala de estar e acendo algumas das velas da noite passada. Eu vou à mesa e vejo se há alguma coisa com a qual eu possa arrumar a mesa. Um bip soa do forno, então eu vou verificar o pão. Abro a porta e o cheiro de queimado e fumaça queimam meus olhos. Com um pano tiro a assadeira do forno. Eu percebo que apertei grelhar em vez de assar. —
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Merda. — digo, pressionando o botão certo desta vez. Felizmente, o saco veio com seis pães. Coloco os pães no forno, ajusto o temporizador para quatro minutos, apenas para ter certeza. Pego o provolone vegano da bolsa, vou ao forno e coloco-o nos pães para que derretam ao mesmo tempo. Uma vez que o timer toca, abro o forno, tiro os pães com o queijo derretido. Coloco o seitan por baixo e as pimentas e as cebolas em cima. Coloco de volta no forno. Pressiono o botão aquecer para manter os sanduíches quentes. Feliz com o meu progresso, começo a limpar e encontro os pães queimados. Ouço a porta da frente abrir e fechar. O pânico me invade enquanto pego os pãezinhos. Agarro e os jogo no lixo, colocando mais lixo sobre eles. — Querida, estou em casa. — eu escuto atrás de mim. Eu me viro, tentando tirar o olhar de desespero dos meus olhos. — Ei. — eu sorrio para ele. Eu deveria ter ficado nua. Desta forma, ele não notaria o pão queimado. — Na hora certa. A janta está pronta. — Agora? — ele diz, colocando as caixas no balcão e tirando duas garrafas de vinho branco. — Me disseram que é um vinho vegano. Não posso confirmar que ela não mentiu. — ele diz, me mostrando o rótulo que é de fato um vinho vegano. — Owww, você não é doce? — pego duas taças de vinho da ilha que encontrei anteriormente. — Por que você não serve o vinho e eu levo a comida? Ele se aproxima de mim. — Eu gosto de ver você aqui em minha casa. Cozinhando para mim. — ele se inclina, sussurrando a última parte antes de dar um beijo nos meus lábios. Estou prestes a dar um passo adiante e deslizar a língua na boca dele, mas o sinal sonoro do forno me avisa que está pronto.
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Ele acena com a cabeça, abre uma gaveta e pega um sacarolhas. Abro o forno e tiro a assadeira. Os sanduíches estão com uma aparência incrível, sem modéstia. Coloco um sanduíche em um prato e depois em outro, e levo os dois pratos para a sala de jantar. O sol está começando a se pôr, sem luz está quase como se fosse noite. Sento-me e observo Noah abrir o vinho, ele serve a minha taça primeiro e depois a dele. Sentado na minha frente, ele ergue a taça. — Para a primeira de muitas refeições caseiras. — ele brinda e eu bato minha taça contra a dele. Tomo um gole do vinho, observando-o inclinar-se e pegar o sanduíche, e dar uma mordida. O pão faz barulho quando ele morde. Eu alcanço meu próprio sanduíche, e corto pela metade. — O que há nisso? — ele pergunta na segunda mordida. Vejo um olhar confuso em seu rosto enquanto ele abre o sanduíche para ver o que de fato está dentro. — Vegetais e seitan. — eu digo, pego um pedaço e mordo. Não é tão ruim. Sabe, tem um pouco de gosto de cinza do seitan queimado, mas tem toda essa onda de Philly steak. Ele agarra o vinho, engolindo-o. — O que diabos é seitan? — ele pergunta. — Não tem filé em sanduíche Philly? Eu rio dele, agarro meu vinho e tomo um gole para disfarçar o sabor do queimado. — Não, bobo, é seitan, que é uma espécie de “carne de trigo”. É uma carne falsa. — Bem, o que aconteceu com a carne de verdade? Eu rio dele. — Não posso comer carne de verdade, então eu improvisei.
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Ele dá outra mordida, espiando o interior do sanduíche. — É quase como uma textura de espuma, ou esponja. Range enquanto eu mastigo. Eu balanço a cabeça, dando outra mordida, e ele não está errado. Ele range. — Talvez porque eu cozinhei demais. — eu dou outra mordida. — Ou o queimei. — Baby, eu realmente quero comer isso, mas... — ele olha para baixo, suas mãos estão subindo. — Mas. Mas. — Mas você não vai ficar satisfeito? — eu tento dar uma desculpa para ele. — Sim, não ficarei cheio. Vamos pedir pizza. — ele empurra a mesa, pega um menu da gaveta enquanto como um pedaço de seitan com meu garfo. Foda-se, está horrível. Tem gosto de madeira queimada. — O que você gosta na pizza? — ele pergunta, me entregando o menu. — Eu vou querer a vegetariana sem queijo e molho extra. — eu sorrio para ele. — Você pode pedir a sua. Ele pega o telefone, disca para a pizzaria. — Ei, vou querer uma pizza vegetariana pequena, sem queijo e molho extra, e mais uma grande com peperone extra, uma pizza de amantes de carne. Eu sorrio do seu pedido. Ele desliga. — Deve estar aqui em trinta minutos. Quer ir sentar-se ao lado da piscina? Eu nem tinha notado a piscina, mas agora que está escuro, a luz da piscina ilumina o quintal. Pego a taça de vinho e sigo-o para fora. Não tem grama no quintal. É inteiro de tijolos e cimento. A piscina fica no meio. Há uma parede de cimento ao redor, agindo como uma cerca. Mas há luzes na parede. Contra a parede dos fundos há um espaço cheio de travesseiros e almofadas. Duas plantas em um vaso ficam presas nas laterais. Duas espreguiçadeiras estão de um lado, perto da porta, e do outro lado há uma espreguiçadeira redonda com uma manta sobre ela.
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— Onde você gostaria de se sentar? — ele pergunta, esperando enquanto eu continuo a olhar ao redor. — Vamos sentar na redonda. — Eu olho para ele. — Assim podemos nos pegar se quisermos. — eu sorrio para ele e ele agarra minha mão, arrastando-me para lá.
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Capítulo Treze Noah Caminho até a espreguiçadeira redonda, e espero-a sentar. Ela coloca taça de vinho na mesa lateral, ao lado da espreguiçadeira, e depois se senta. Estou tão feliz que o encontro não tenha dado em merda depois que eu confessei que a comida estava horrível. Sentei-me e olhei para o sanduíche. Parecia bom, mas no instante que eu mordi, tinha gosto de pé queimado. O “bife” fodido rangia com cada mordida. Eu tive que engolir minha taça de vinho inteira para tirar o sabor da boca e nem isso foi suficiente. Eu não aguentaria ver a decepção dela, então dei outra mordida. Foi a mordida que acabou com todas as possibilidades. O sabor ficou ainda pior na segunda mordida. Agora parecia granulado, e o pão ressecado deixava um gosto, quase de areia. Mas agora aqui estamos sentados no meio da minha espreguiçadeira redonda. Pego o telefone e coloco jazz. O som preenche os alto-falantes do lado de fora. Ela sorri para mim. — Boa jogada, Casanova. Eu me deito ao lado dela, apoiando minhas costas nas almofadas, observando-a tirar as sandálias marrons. — Então me diga. — ela começa. — Quem é Noah? Eu rio da pergunta dela, dobrando as mãos no estômago. A necessidade de estender a mão e arrastá-la ainda mais para mim me domina. — Apenas um cara simples, vivendo uma vida simples. — até eu rio disso. — Certo, tudo bem. Meus pais são advogados, então foi normal seguir o caminho deles. Foi fixado na minha cabeça desde que eu tinha idade suficiente para me lembrar que eu seria um advogado. Eles lidam
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com direito penal. Pelas histórias que me contaram ao longo dos anos, eu soube imediatamente que não conseguiria fazer isso. Então eu fui para o oposto, direito corporativo. E você? — eu digo, alcançando uma mecha de cabelo loiro que caiu de seus cabelos presos. — Quem é Kaleigh? Sua cabeça levanta e ela ri da pergunta. — Quem é Kaleigh? Essa é uma pergunta intensa. — ela inclina a cabeça. — Eu sou uma tia. — ela se vira e pega a taça de vinho. — Eu dirijo meu próprio estúdio de ioga. Guardei todo o dinheiro que ganhei como babá desde os treze anos. — ela ri. — Ok, e meus pais me deram a entrada, mas eu os paguei na íntegra. — ela toma outro gole. — É engraçado que você tenha dito primeiro que é uma tia, um instinto maternal. Pego a garrafa de vinho e sirvo um pouco mais de vinho. — A melhor coisa que aconteceu comigo foi virar tia. — ela sorri ao falar sobre eles. — Quero dizer, menos o fato de que o pai deles merece ter uma síndrome das bolas chatas. Ou um caso constante de hemorroidas, com sangramento contínuo. — Uau, tão ruim? — pergunto, pegando minha própria taça de vinho. — Quando você promete amar alguém para sempre, deve ser para sempre. Não até que alguém chame mais atenção. — ela encolhe os ombros. — É por isso que nunca vou me casar. Por que nunca vou me arriscar. — seu sorriso fica mais suave. Ela coloca a taça sobre a mesa e pousa a cabeça no braço dela. — Não há contos de fadas, Noah, nenhum Príncipe Encantado. — seus olhos se fecharam um pouco. Suas pálpebras parecem muito pesadas. Eu aceno com a cabeça, acariciando a bochecha dela. — Descanse um pouco. Eu acordo você quando a pizza chegar aqui. — eu digo a ela e ela sobe os joelhos e fica em posição fetal. Eu me levanto, caminho para um dos bancos que funciona como baú.
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Pego uma manta, e coloco sobre ela. A campainha toca, então eu corro para dentro para chegar ao garoto da entrega. Voltando à cozinha, coloco a pizza no balcão. Eu limpo a comida na mesa, pego um prato e cheiro novamente. Fico enjoado, jogo tudo no lixo. Coloco dois pedaços de pizza em cada prato, e levo-os para fora. Eu ando até a espreguiçadeira e estou prestes a gritar que voltei, mas seus olhos ainda estão fechados. Equilibro os pratos e subo na espreguiçadeira com ela. Eu tento não fazer muitos movimentos para não a incomodar. Uma vez que me sento com as costas contra o travesseiro, dobro a pizza, e mordo. Eu gemo assim que minha língua reconhece o molho, depois a carne, depois o queijo. Foda-se, é a melhor coisa que acho que já comi. Ok, talvez não, mas depois daquela carne falsa, esta é muito boa. Depois de terminar de comer minhas duas fatias, entro para pegar meu iPad. Poderia também funcionar. Levo para a espreguiçadeira comigo e coloco perto de Kaleigh. Seu cabelo agora está caído no travesseiro, então pego o iPad e tiro uma foto dela. Parece um anjo, mais como um anjo diabólico. Eu sorrio, abro meus e-mails e leio alguns contratos que precisam ser apresentados ao Sal. Eu não sei por quanto tempo eu estou trabalhando quando a ouço se mexer ao meu lado. — Que horas são? — ela pergunta, estendendo os braços acima da cabeça e arqueando as costas. — Quase dez horas. — eu coloco o iPad na mesa lateral, e viro-me para montá-la e agarrá-la pela cintura, trazendo-a para mais perto de mim. Suas mãos envolvem-me automaticamente. — Você perdeu a pizza. — eu beijo seus lábios e ela joga sua perna sobre o meu quadril, meu pau posicionando bem em cima da sua boceta. O calor irradia pelas minhas calças, meu pau de repente pronto para se divertir. — Eu devo ter ficado mais cansada do que eu pensava. — diz ela, pressionando-me. — Bem, olá, garoto. — ela ri e eu mergulho o rosto em seu pescoço.
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— Garoto? — as minhas sobrancelhas franzem. — Eu vou te mostrar o garoto. — e a viro, e suas pernas se abrem e depois travam nos tornozelos e descansam no meio das minhas costas. — Ele é mais do que um garoto. Ele é tipo um grande pênis de baleia azul. — inclino-me para beijála, esfregando-me nela, enquanto a minha língua invade sua boca. Minha língua toma o controle do beijo. Suas mãos vão do meu pescoço, sobre meus ombros, descendo pelos meus braços e sobem o meu peito antes que ela interrompa o beijo. — Realmente, eu queria não ter uma regra. Meus braços a apertam. — Qual regra? — Eu não durmo com a mesma pessoa duas vezes. — Por que diabos você faria essa regra? — eu pergunto a ela. — É mais fácil para todos e ninguém se machuca. Sem área sombria. E todos ficam mais sensatos e não doentios. É tipo paz e amor, você sabe. Eu agito a cabeça. — Mas, e se você realmente gostar da pessoa depois disso? E se for o melhor pau que você já teve? — eu olho para ela. — No caso de você não entender a pergunta, eu sou o melhor pau que você já teve. Ela ri de mim. — Mesmo que seja o melhor pau que já tive, não quebro a regra. — ela beija sob meu queixo. — E você realmente é o melhor pau que já tive. O que agora me entristece porque você pode ter estragado minha vagina para todos os outros paus lá fora. — Então, devíamos fazer nossas partes se unirem de novo. — eu rio para ela. — Meu homem grande, e enfatizo, grande homem, realmente adoraria sair e abraçar você. Ela ri de novo e dessa vez seu estômago ronca alto. — Bem, acho que essa conversa terá que esperar até você ser alimentada. — eu saio de cima dela e meu pau protesta com um
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empurrão. — Talvez você esteja faminta e é por isso que acha que não devemos foder novamente. Ela se vira para sair da espreguiçadeira, fazendo um novo coque. — Sim, me alimente. — ela pega as taças e a garrafa de vinho quase vazia, me seguindo para dentro. Pego a pizza dela, coloco-a no micro-ondas. Pego uma garfo e faca enquanto ela se senta na ilha. Coloco a pizza agora quente na frente dela e sorrio. — Para você, Milady. Ela agarra uma fatia, dobrando-a como eu e come, ignorando totalmente a garfo e a faca. — Está realmente muito boa. — ela diz entre as mordidas. — Muito melhor do que o sanduíche com bife, certo? — ela pergunta ao comer a segunda fatia. — Você não pode chamar de sanduíche de bife se não tem bife. — eu me inclino no balcão no meu cotovelo. — E não havia nenhum bife naquela coisa. Ela toma um gole de água que eu coloquei antes de colocar a pizza lá. — Tudo bem, sanduíche de vegetais, então. — ela revira os olhos e continua comendo. — Então, o que posso fazer para você quebrar a sua regra? — eu me pergunto quanto tempo ela vai manter sua promessa. — Você não pode. — ela encolhe os ombros. — Não vou me colocar nisso e me recuso a fazer outra pessoa passar por isso. — Então, e se nós simplesmente formos amigos e as coisas avançarem, é uma vitória para ambos. — eu tento não parecer desesperado. Eu nunca saí com uma mulher na vida, mas para tê-la de novo, eu ficaria mais que feliz. Ela olha para mim com o rosto perplexo. — Você quer sair comigo para ver se eu mudo minha regra? — ela balança a cabeça e dá outra
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mordida na pizza. — Você perdeu a cabeça. Homens e mulheres não podem ser amigos. Eu me levanto e cruzo os braços sobre o peito. — Por que diabos não? — eu pergunto a ela. — Bem. — ela começa a dizer, limpando as mãos em um guardanapo, — As mulheres são de Marte, os homens são de Vênus. — ela encolhe os ombros, pega o copo de água como se ela tivesse resolvido um caso. — O que isso significa? — Você não pode ser amigo do sexo oposto sem que o preto e o branco fiquem cinza. — Então, você está me dizendo que não é amiga de nenhum homem? Ela balança a cabeça. — Não, eu tenho muitos amigos do sexo masculino. A maioria é gay e o restante são cônjuges dos meus amigos. Mas eu não sou amiga de homens com quem eu fiz sexo. Minhas mãos disparam. — Por que diabos não? Se você tem uma – regra —eu movo minha mão —, então por que não consegue se fechar? Ela encolhe os ombros. — Eu nunca me coloquei nessa posição, por isso não sei responder, mas posso dizer que, se você e eu — ela aponta para mim e para ela — fôssemos amigos, o preto e o branco se tornariam cinza. Eu sorrio para ela. — Você não consegue dizer não ao meu encanto? — Não, estou dizendo que você não quer apenas uma amizade comigo. Você ficará com ciúmes se eu tiver outro encontro. Você ficará com ciúmes se sairmos para um café e depois um “amigo” — ela faz gesto de aspas — me ligar ou eu conhecer outro homem. — Besteira. Eu acho que posso me conter. Eu acho que você não pode se conter. Eu acho que quando outra mulher olhar tudo isso — eu digo, movendo minha mão para cima e para baixo sobre meu corpo. — Você vai fazer o que as meninas fazem, que é lançar as garras e reivindicar.
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Ela joga a cabeça para trás e ri. — Você realmente pensa muito bem de si mesmo. — ela continua: — Como seria isso? Amanhã vou à ioga, com “amigos”, você deveria vir. — ela diz, desce da cadeira, pega o prato e coloca na pia. Agarro-a ao redor da cintura, trazendo-a para mim. — Os amigos não colocam os paus nos estômagos de outros amigos. — Meu pau só se levanta para cumprimentar muito boas amigas. — digo, soltando-a. — Agora vamos provar que sua teoria está errada, não é? — Tudo bem. — ela concorda, virando-se para pegar a bolsa. — Então, vou lhe enviar o endereço de amanhã e acho que verei você lá. — Espere. — eu digo enquanto ela sai descendo os degraus em direção ao carro. — Eu não vou buscá-la? — Isso seria um encontro. — ela se vira novamente, caminhando até seu carro, destrancando a porta. — Uau, você não acha que pode estar em um carro comigo sem que se torne sexual? — eu me inclino no batente da porta, sorrindo. — Interessante. — Você é um cara engraçado, Noah. — é a última coisa que ela diz antes de entrar no carro e afastar-se. Eu olho as luzes até que não consiga vê-las mais. Apago todas as luzes ao redor da casa e certifico-me de que tudo esteja trancado, e vou para a cama com uma lista de tarefas e um sorriso no rosto. Minha manhã corre sem imprevistos. Estou prestes a pedir para alguém me trazer o almoço quando Harvey entra no meu escritório. — Eu vim para ver se as pessoas estavam mentindo. — ele diz, indo se sentar no sofá. Estou prestes a responder quando Austin entra. — Imbecil. — ele quase grita, olhando para Harvey. — Ei.
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— Por que eu sou um imbecil agora? — eu pergunto, recostando na cadeira. — Oh. — ele começa. — Você é um imbecil todos os dias, mas agora é um ainda maior. Ele fez John e eu irmos em uma caçada a uma menina ontem. — Sério? — Harvey pergunta, intrigado. — Foi durante o dia. Na luz do sol. Pessoas chamaram a polícia porque acharam que éramos pedófilos. — ele balança a cabeça. — Eu rastejei através de mijo e merda de cachorro por ele. Precisaram duas chuveiradas para tirar o cheiro. Na verdade, eu acho que era mijo de gambá. — ele termina e Harvey ri. — Oh, por favor, você não conseguiria se sentar no carro se fosse de gambá. — O escritório está zumbindo sobre isso também. Ele veio trabalhar assobiando. — Harvey olha de Austin para mim. — E ele não deu uma cantada em qualquer das meninas esta manhã. — ele acena com a cabeça. — Tenho certeza que dei. — eu digo, tentando me lembrar e percebo que eu não disse uma coisa inadequada durante todo o dia. — Deixe-me perguntar. — eu finalmente falo. — Se alguém for fazer ioga com cabras, usa um protetor de testículos? Ambos param de falar e piscam para mim. Austin começa primeiro, — Por que diabos você faria ioga, e, ainda por cima ioga com cabra? — Kaleigh disse que não fode o mesmo cara duas vezes. Então, eu a convenci de que podemos ser amigos. — eu digo, dobrando as mãos no estômago. — Você nunca foi amigo de uma mulher em sua vida. — Austin e Harvey dizem ao mesmo tempo. — Isso não é verdade. Eu sou amigo de Dani e Barbara. Ah, e... — eu estalo os dedos, tentando arrumar mais nomes.
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— Número um. — Austin começa: — Você é amigo de Dani porque John cortaria seu pau com uma serra enferrujada se você sequer olhasse para ela de lado, e isso antes mesmo deles serem casados. E Barbara tem noventa. — Ok, precisamos fazer disso um interrogatório? Agora, devo usar protetor ou não? — Então. — Harvey começa, — Você transou com esta menina. Você a perseguiu, então, quando ela fala que não fode o mesmo pau duas vezes, você diz que quer ser somente amigo dela, e ela compra tudo isso? — ele pergunta com as sobrancelhas franzidas. — Oh, Deus. — eu digo, sentando-me e correndo a mão pelo cabelo. — Eu posso totalmente ser amigo de uma menina. — quando ambos balançam a cabeça eu continuo. — Eu posso. E daí se ela quebrou meu pau? Eu posso fazer isso. Quão difícil pode ser? — Então você vai fazer ioga com cabra? Que porra é essa? — pergunta Harvey. — Fiz uma pesquisa no Google esta manhã. É basicamente ioga com cabras apenas passeando. — eu ergo as mãos. — Rédea livre. — Definitivamente use um protetor. — Austin diz, finalmente decidindo. — Foi o que pensei também. Imagine se elas vêm e mordem meu pau. — eu balanço a cabeça. — Eu morreria. — Sim, com certeza você deve cobrir o pau e as bolas. — diz Harvey. — O que pensei. — eu digo, agarrando minha virilha. — Manter tudo no lugar e intacto. Harvey se levanta, batendo no ombro de Austin. — Eu tenho que ir. Eu preciso comprar joias para minha esposa ou algo para agradecê-la. — então ele olha para mim. — Por tudo.
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Eu sorrio para ele quando sai. — Você sabe que ela vai perceber o seu golpe, certo? — Diz Austin. — Você não saberia ser platônico nem se te acertassem as bolas ou depois te dessem uma joelhada na cara. Eu inclino a cabeça. — Cara, você tem problemas de raiva que eu acho que deveria tirar do seu sistema. — eu me levanto. — Além disso, talvez eu não queira transar com ela, também. — eu sorrio amplamente. — Eu preciso treinar a minha cara de jogo. — Você está tão fodido. As cabras são o menor dos seus problemas. — ele balança a cabeça, saindo da sala. — Eu estou fodido? Você tem andado por aí com tesão por sua assistente. Isso, mesmo depois que ela quase fez seus testículos explodirem! — eu grito quando ele se afasta, lançando-me um dedo médio. — Você não tem um tapete de ioga que eu possa pedir, por acaso? Ele apenas balança a cabeça até virar o canto. Eu pego o telefone e mando uma mensagem para Kaleigh. Onde se compra um tapete de ioga e roupas? Sua resposta é quase instantânea. Eu tenho para você. Apareça quinze minutos antes para poder se trocar. Perfeito. Nos vemos lá, amiga. Eu sorrio, abaixo o telefone, faço uma lista de coisas que poderia falar. Coisas que amigos falam. Tempo, política, nada disso, ninguém fala sobre política. Tempo até agora. Eu chamo Norma para vir ao meu escritório. Quando ela chega, eu pergunto-lhe: — Norma, o que você discute com seus amigos do sexo masculino? — eu pego a caneta, à espera de sua resposta para tomar notas. — Você pode discutir um monte de coisas. Tempo, viagens, o seu dia, comida favorita, escolas, crianças, esportes. A lista só aumenta, senhor.
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Eu concordo. — Ótimo. Obrigado mais uma vez, Norma. — eu sorrio para ela enquanto ela sai. Ela se vira antes de sair. — Este olhar fica bem em você. — diz ela. — Que olhar? — Apaixonado. — diz ela, caminhando fora, deixando-me sorrindo. Merda, se é assim estar apaixonado, eu olho para o meu pau. — Desculpe cara. Eu vou cuidar de você o máximo que puder.
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Capítulo Quatorze Kaleigh — Você fez o quê? — Stephanie grita comigo enquanto bate na mesa ao lado dela. — Eu disse para ele que poderíamos ser amigos. Jesus, não é como se eu não pudesse ser amiga de um homem. — eu reviro os olhos para ela e finjo verificar as unhas para que ela não veja a mentira nos meus olhos. — Os únicos amigos do sexo masculino que você tem são gays. Ou maridos de amigas suas. — ela aponta para mim acusadoramente. — Você dormiu com ele. — Estou ciente. Minha vagina ainda está um pouco sensível, muito obrigada. — eu olho em volta do estúdio. — Você nunca ficou na zona da amizade com alguém que você fodeu. — ela pega a água e toma um longo gole. — Ele é grande assim? Eu reviro os olhos novamente, sem querer responder à sua pergunta. — De qualquer forma, você pode falar Amelia e dizer-lhe para matriculá-lo e colocar na minha conta? — Então deixe-me ver se entendi, por favor, porque eu estou um pouco confusa. Você conhece esse cara, quente, você transa com ele. Depois ele envia um milhão de rosas. E você dá um fora nele. — ela olha para mim e eu não digo nada, então ela continua. — Agora ele, de alguma forma, lançou um feitiço sobre você, você quebra a regra fundamental de nunca ser amiga de pessoas que já estiveram dentro de você. — ela inclina a cabeça. — Estou certa? — Primeira coisa, fui apresentada a ele pela minha irmã. Eu não saí para encontrá-lo. Em segundo lugar, mulheres e homens podem ser amigos platônicos. Aparentemente, já aconteceu antes, eu soube. E em terceiro
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lugar, eu admito que penso como você falou, mas Noah não aceitou um não como resposta, então eu só tenho que lhe mostrar o contrário. — eu cruzo os braços sobre o peito. — Vai ser melhor do que assistir Bachelor in Paradise. — ela bate as mãos e as esfrega. Estou prestes a dizer-lhe que ela está sendo ridícula quando recebo uma mensagem de Noah, me dizendo que ele não tem tapete de ioga ou roupas. Eu rio enquanto eu digito a resposta e vou para o rack de roupas penduradas no canto. — Você está escolhendo roupas para o seu amigo que é um cara em quem você quer cavalgar a noite toda? — diz ela, inclinando-se sobre o balcão para me ver pegar shorts soltos combinando com a parte da camiseta. — Por que você não pega para ele os shorts apertados? — ela grita e eu olho para ela. — Você sabe, aqueles que todas nós ficamos e assistimos os homens, aqueles que mostram se eles têm um pacote? — Coloque um anúncio no jornal para uma recepcionista. — eu dou a volta, agarrando um tapete de ioga azul. — Você está demitida. — eu digo a ela, caminhando para fora, coloco as coisas no meu carro e me preparo para ir buscar as crianças. No momento que eu estaciono no estúdio de ioga eu vejo a minha amiga Caroline, a proprietária do estúdio, e Tammy sua parceira. Eu pego a sacola com as roupas de Noah e os nossos tapetes, caminhando para elas com um sorriso. — Ei. — eu dou um beijo em ambas. — Eu estou tão animada sobre esta noite. As cabras já estão aqui? — pergunto-lhes, em busca de Noah. — Sim. — Tammy diz, agarrando minha mão. — Venha para dentro e veja, temos cerca de trinta delas e elas tem os bebês também. — eu me arrasto para o estúdio. Não é tão grande quanto o meu; é apenas uma grande sala com uma parede espelhada. Há algumas pessoas se acomodando, enquanto as trinta cabras se familiarizam com o
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ambiente. As
cabras
estão espaçadas, algumas
em pé, algumas
deitadas. Há cerca de dez a quinze pessoas já na sala. Eu vejo algumas pessoas familiares do meu estúdio, então eu sorrio e aceno enquanto coloco os tapetes de ioga no chão. Estou desenrolando o meu tapete e prestes a sentar e começar a alongar quando Karen vem. — Ei. — diz ela, e eu me curvo para envolver as minhas mãos em torno de meus tornozelos, estendendo meus tendões. Eu olho para cima. — Ei, você está animada com a aula? — eu pergunto a ela, sorrindo. Karen é conhecida como a puma da ioga. Ela fica em sua esteira, verificando sua presa antes dela se lançar sobre ela. — Eu mal posso esperar para ver como realmente é. Ver como as cabras realmente reagirão. — ela está prestes a ir para frente quando a porta se abre, fazendo o sino sobre a porta tilintar. Nós duas olhamos para Noah, que agora está de pé na porta. O sol reflete ao redor dele e o faz parecer um anjo. O sorriso que ele me dá faz minha calcinha derreter e ele nem sequer disse nada. — Puta merda. — Karen diz calmamente, mas para de falar quando ela vê Noah caminhando até mim. — Oi. — eu levanto a mão para acenar, ele apenas vem, inclinandose e me beijando na bochecha. — Que bom que você conseguiu. — Não perderia por nada no mundo. — diz ele, com a voz suave. Estou prestes a dizer algo quando Karen limpa a garganta. Eu a vejo se movendo de um lado para o outro, com as mãos atrás das costas. — Quem é esse que temos aqui? — ela pergunta. — Hum, Karen, — eu aponto para Noah — Este é um amigo meu Noah. Noah, esta é Karen. — eu aponto para ela. Noah estende a mão para apertar a mão que ela oferece. — Oh bom, aperto forte você tem aí. — diz ela acima do meu gemido e ruídos de engasgo.
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— Estou com a sua troca de roupa. — eu digo a ele, entregando-lhe a sacola de lona em que coloquei as roupas. — Há um banheiro por ali. — eu aponto para a porta no canto da sala. — A aula começa em cinco minutos. — eu digo, ele balança a cabeça e vai para o banheiro. — Santa Mãe de Deus. — Karen diz, observando-o sair. — Quem é o agradável copo de leite frio após um bom bolo de chocolate? — Oh, aquele é Noah. — meus olhos rondam procurando qualquer outra pessoa com quem eu possa deixá-la, antes que ela comece a fazer mais perguntas. — Ele é solteiro? — Ele é, pelo que eu sei. — eu estou prestes a continuar quando a porta se abre e Stephanie vem, andando em direção a mim. — Ei, feliz por não estar atrasada. O que há, Karen? — ela nos cumprimenta. — Steph, você conhece Noah? Ele faz aulas no estúdio? Sala de relaxamento? Qualquer coisa? — Karen pergunta enquanto Stephanie desenrola seu tapete ao lado do meu. — Eu não faço ideia. Ele é um amigo de Kaleigh. — diz ela, inclinando-se para acariciar a cabra que está tentando lamber seus pés. — Eu vou totalmente investir nele. Você não se importa, não é, Kaleigh? — ela pergunta, esperando Noah voltar. — Não, claro que não, mas devo mencionar. — eu olho em volta para ver se alguém está escutando. — Ele sofre de IBS. Você sabe, síndrome do intestino irritável. Stephanie está rindo com uma cabra na frente de sua boca para esconder. — Oh, tem remédio para isso. — diz Karen.
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— Ele também tem disfunção erétil. — eu deixo escapar, chocando até mesmo a mim. Karen olha para mim, a boca aberta. — Sim, como se não fosse suficiente ele ter a disfunção, no minuto em que seu pênis fica ereto tem diarreia. — eu vejo Noah voltar para a sala. — Ele não gosta de falar sobre isso. — eu sussurro a Karen, que dá a uma conferida em Noah e depois vai embora. — Amigos minha bunda. — Stephanie diz quando Noah encontra seu lugar ao meu lado, na frente do tapete. Ele sorri para mim. — Este é meu tapete? — pergunta ele, enquanto eu aceno. — Oi. — Stephanie diz de sua posição sentada. — Eu sou Stephanie. Eu trabalho com Kaleigh. — Olá. — Noah diz, inclinando-se e parando quando uma cabra morde sua panturrilha, fazendo-o saltar. — Que merda. — ele sibila. — Tudo bem, pessoal, antes de começarmos, eu vou mencionar algumas regras. As cabras são livres para ir e vir como bem entenderem. Elas não são treinadas a usar o banheiro, então há uma chance de que possam fazer onde quiserem. — Tammy, a instrutora, começa a falar. — A maioria sabe saltar, portanto, pode haver momentos em que você pode estar em uma posição e a cabra vai tirar vantagem disso e pular em você. Por favor, não surtem. Vocês podem se machucar, bem como a cabra. Se por acaso a cabra pular em suas costas, por favor, vá para a posição que representa a mesa. Noah se inclina, me perguntando: — O que é isso? — Agora com o que eu disse, se em algum momento você não se sentir seguro ou confortável, apenas diga e Caroline ou eu mesma iremos ajudálo a se centrar novamente. Ok, vamos começar. Todos na sua esteira. Pés separados na largura do ombro. Agora vamos fazer uma respiração profunda e expirar.
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Noah está imitando o que Tammy está fazendo e tentando espantar uma cabra que está tentando mordiscar seus dedos dos pés. O movimento só faz a cabra voltar, a cabeça da cabra aterrissa diretamente na parte superior da sua coxa, dando-lhe quase uma distensão. Ele cai em um joelho. Desta vez, mais duas cabras vêm para ele, pensando que ele é o brinquedo pessoal delas. Uma tenta lamber seu nariz, enquanto outra está mordendo seus shorts na parte de trás. Duas cabras saltam sobre a primeira, tentando fazer o mesmo com ele, uma delas atinge-o no saco, dando uma forte batida. — Eu sabia que o protetor viria a calhar. — ele sorri para mim, desviando da língua da cabra em sua boca. Ele empurra gentilmente a cabra para longe. — Cara, você nem sequer me comprou o jantar. — diz ele, voltando para a esteira. — Vamos começar com o Sukhasana, que é a Postura Fácil. — diz ela, indo para a posição no chão, dobrando as pernas uma sobre a outra. Ela passa as instruções sobre como fazer corretamente a pose. Uma pequena cabra marrom vem até mim, e pula no meio do meu colo, em seguida, deitase, e coloca a cabeça na minha perna. — Ai. Abro os olhos, olhando para Noah, que agora está coçando as costas no lado. — Essa fodida me mordeu, duas vezes. — ele sussurra para mim. Eu tento não rir, mas o faço silenciosamente. — Como faço para deixá-la calma como essa? — ele aponta para a cabra que agora está dormindo no meu colo. — É a energia que você transmite. Eu sou mais zen. Você é mais rock and roll. — eu digo a ele, fechando os olhos e começando a minha respiração novamente.
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— Basta concentrar-se na sua respiração. — Tammy diz enquanto ela inspira e expira. Nós ficamos nessa posição por cerca de dois minutos, sua voz calma começando novamente. — Vamos fazer adho mukha svanasana, que é o cachorro de cabeça para baixo, Pose Fácil. — diz ela, posicionando em suas mãos e joelhos. Eu não tenho que vê-la fazer a pose, mas eu abro os olhos, olhando para Noah, que tenta entrar na posição sobre suas mãos e joelhos, mas as cabras estão todas sobre ele, como se ele estivesse guardando alimentos no corpo. Ele está prestes a chegar na ponta dos pés quando uma cabra vai para sua bunda. Ela morde a bunda dele, fazendo Noah balançar um pouco os quadris, mas a cabra não sai e agora sua amiga está chegando para participar da festa. Desta vez, as duas cabras vão direto para a bunda dele. Noah tira a cabra e sussurra. — Foda-se. Eu apenas estou assistindo e rindo quando uma cabra pula nas minhas costas. Eu me abaixo de joelhos para certificar-me que ela não caia. Outra cabra vai até o tapete de Stephanie e simplesmente faz cocô ao lado. Noah ainda está tentando tirar a cabra de sua bunda. Ele a move para esquerda, mas a outra logo fica no lugar. A cabra sai, ambas basicamente comem sua bunda enquanto ele balança de um lado para o outro. O short está sendo puxado pelos dentes dela da esquerda para a direita. — Isso é um estupro de cabra. — diz ele em voz alta, enquanto uma cabra vai para cima do tapete e fica embaixo dele. Ela olha para cima e tenta morder
a
camisa
que
está
pendurada. —
Umm,
desculpe-me,
desconfortável aqui. — diz ele em voz alta, fazendo Caroline se levantar e caminhar até ele, enxotando as cabras e afastando-as com palavras encorajadoras. — Elas realmente gostaram de você. — diz ela enquanto uma vem trotando novamente, quase correndo como se ela fosse um touro e Noah estivesse acenando a bandeira vermelha. Elas são capturadas por Caroline pouco antes de chegarem ao alvo principal, que é Noah. Caroline
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permanece ao lado de Noah pelo resto da aula para afastar todas as cabras que parecem ser atraídas por ele. Ele até perdeu um pedaço da bainha da camisa. Tammy finalmente chama a última postura da noite, que é Savasana, também conhecida como Postura do Cadáver. — Agora essa é conhecida como a pose mais desafiadora. — ela começa dizendo como se fica na posição de costas. — É um desafio porque você medita e liberta sua mente de tudo. No entanto, sua mente nunca se cala. Eu sei que muitos de vocês estarão pensando sobre o e-mail que deveriam ter enviado, ou o que vão comer no jantar. — ela continua e coloca as mãos nas laterais. — Ou talvez alguns de vocês estejam se perguntando que cheiro é esse, mas aqui está algo para ajudar a manter os pensamentos banais em suspense. Eu quero que vocês pensem em algo que o fariam sorrir. Eu fecho os olhos, forçando minha cabeça a limpar pelos próximos três minutos. Concentro-me em exatamente no que Tammy disse. Eu penso em algo que me faz sorrir. Eu penso na minha sobrinha e sobrinho, penso em minha família, não importa quão neuróticos sejam. Eu sorrio, inspiro e expiro e uma cabra vem sentar-se ao meu lado e a outra fica em cima de mim. Estou prestes a continuar meus pensamentos felizes quando ouço a voz de Noah. — Foda-se. — ele murmura. Eu pisco os olhos abertos. Ele está com três novas cabras em torno dele. Uma está tentando morder sua virilha, uma está perto da sua orelha tentando mastigar a gola da camisa, enquanto outra simplesmente se lançou sobre seu estômago e depois caiu de lado atacando de volta. Tammy finalmente declara a aula acabada. Noah rola de joelhos e levanta-se, curvando-se para rolar do tapete. Vou até ele. — Você está ansioso para sair? — pergunto-lhe, tentando não rir da careta dele.
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— Estas cabras são agressivas pra caralho e deviam ser mantidas em estado selvagem. Eu fui mordido, beliscado, lambido, esmagado, e eu juro por Deus que tinha cabra com o nariz inteiro enfiado no meu traseiro. Eu estendo a mão, agarro o braço dele, mas puxando meu braço para trás quando a voz de Tammy interrompe. — Eu sinto muito que não tenha sido tão relaxante para você como para o resto de nós. Parece que elas foram atraídas para você e sua energia. Noah acena com a cabeça, entregando-me o tapete para que ele possa enrolar o meu. Quando ele termina, ele pega o tapete que estou segurando junto com o que ele acabou de me entregar e agarra a sacola. — Obrigado por sua aula. — diz ele, andando para fora descalço. Eu dou um rápido adeus para todos eles, observando Stephanie sorrindo ao lado enquanto eu sigo Noah para fora. Eu o encontro ao lado do edifício colocando os sapatos. — Essa tem que ser a pior aula de ioga do mundo. — ele amarra seus tênis de corrida, então se levanta. — Quanto lhe devo pelas roupas e outras coisas? — ele pega a bolsa, acha a carteira, e abre-a para pegar algum dinheiro. Eu coloco a mão sobre a dele, impedindo-o de pegar qualquer coisa. — Confie em mim, tudo por minha conta. — eu sorrio para ele. — De um amigo para outro. — eu pisco para ele. — Realmente, então isso quer dizer que um amigo pode comprar-lhe uma bebida? Ou, melhor ainda, algo para comer? Estou morrendo de fome. — diz ele. — Eu sei de um ótimo lugar italiano ao virar a esquina. Eu penso por um minuto que poderia ser uma má ideia. Eu não deveria ir e comer com ele. Estou brincando mesmo com fogo e bem quando eu vou dizer, obrigada, mas não, noto Karen lamber os lábios para ele. Quase como um gato esperando para pegar a ave prestes a voar. — Eu
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adoraria um jantar amigável. É perto o suficiente para caminharmos? — pergunto-lhe. — Sim. — ele balança a cabeça, apontando para a rua na direção do restaurante. — Vou liderar o caminho, amiga. Caminhamos primeiro para o carro de Noah, onde ele coloca as esteiras de ioga e a sacola no porta-malas. Assim que ele fecha a mala e tranca as portas, sua mão vai para a parte inferior das minhas costas e ele me leva na direção certa. Quando chegamos neste pequeno bistrô, noto que o interior é muito pequeno e eles só têm duas mesas do lado de fora. — Ei, Sr. Noah. — um homem calvo baixo vem até ele, seus braços abertos para dar-lhe um abraço. Noah se inclina para recebê-lo. — Que cheiro é esse? — ele se afasta, seu nariz enrugando-se. — Giuseppe, é cuspe de cabra, e provavelmente, merda. — ele vira a cabeça para cheirar a própria camisa. Ele se inclina para me cheirar, seu nariz tocando levemente meu pescoço, fazendo meu corpo quase se arrepiar. — Você não está com cheiro de cabras. — Você se senta fora. — ele acena para a mesa. — Sim, tudo bem. Eu vou pegar o pão. Ele puxa uma cadeira e senta-se primeiro, me fazendo pegar o assento na frente dele. — Vem aqui muitas vezes, Sr. Noah? — eu pergunto, sentada na minha cadeira, cruzando as pernas e inclinando-me para trás. — Só quando eu quero o melhor da cozinha italiana da cidade. Mi Amore é apenas como comer na Itália. Ele importa tudo de lá. — ele está prestes a dizer algo mais quando o garçom chega para servir um pouco de água em nossos copos. Eu me inclino, e digo “Obrigada” e pego a água, e quase terminandoa em um só gole. Noah apenas balança a cabeça para o menino.
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Giuseppe sai, agarrando o rapaz em torno do ombro. — Noah, você conhece Giovanni. Ele é meu nipote. — Eu sou o neto dele. — Giovanni sorri para nós, andando de volta para dentro. Giuseppe bate palmas. — Então, o que vocês vão comer hoje? — ele nos pergunta. — Tem cardápio? — pergunto e Giuseppe apenas sorri para mim. — Belíssima, diga-me o quer comer e eu faço para você. — Eu vou querer ossobuco com massa. — Noah diz e bebe a água. — É carne? — pergunto e ele concorda com cabeça. — Eu não como carne. — eu olho para Giuseppe. — Eu sou vegana. Giuseppe me dá um olhar confuso, em seguida, olha para Noah para obter ajuda. — Hum. — diz ele, tentando explicar o que é um vegano. — Apenas vegetais. — ele finalmente diz. — Também sem manteiga, queijo. — quando eu vejo que ele não está entendendo, eu sorrio para ele. — Vou querer a salada com azeite de oliva e vinagre apenas. E todos os vegetais que você quiser jogar nela. Ele bate as mãos. — Eu vou servir a melhor salada do lugar. — e ele se vira e entra. — Seu sorriso tirou-o da jogada totalmente. — ele sorri para mim, levando o copo aos lábios. Encolho os ombros como se eu não soubesse o que eu estava fazendo. Nós dois nos olhamos, cada um tentando descobrir qual o próximo movimento a fazer e quem vai fazer. Quando Giuseppe volta com pão e manteiga, ele me choca ao adicionar um prato e colocar um pouco de azeite de oliva e vinagre balsâmico. — Para você, Belíssima.
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— Grazie. — eu surpreendo ambos com a palavra italiana. — É a única palavra que eu sei, junto com si e ciao. Ele joga a cabeça para trás e ri. — Noah, essa é preciosa. Si? — Somos apenas amigos. — ele diz, as palavras fazendo meu coração vibrar um pouco com uma pontada. — Aham, como eu e minha Maria? — ele joga as mãos para cima. — Fomos para a escola juntos na Itália. — ele começa sua história. — Então, eu vim para a América e ela me escrevia cartas. Sento-me, inclinando e colocando os cotovelos sobre a mesa enquanto escuto a história dele. — Então, minha mãe liga para mim e me diz que Maria vai se casar. Meu coração parou. — ele coloca a mão no coração. — Eu fui para lá e disse-lhe que viesse comigo para a América. — ele termina a história com um sorriso. — Ela veio com você para a América? — pergunto-lhe, esperando ansiosamente o resto da história. Ele balança a cabeça. — Ah, Maria nunca faz o que eu digo. — ele coloca as mãos como se estivesse orando. — Dio mi, eu me apaixonei por uma cabeça dura. — sua cabeça está fazendo movimento de balançar. — Ela me diz, Giuseppe, eu quero bebês. Eu digo a ela dou-lhe todos os bebês que você deseja. Ela quer três. — ele nos mostra o número três. — Dou-lhe cinco. — Então, ela veio para a América com você. Ela deixou a Itália por você. — o pensamento de deixar tudo o que eu conheço dói meu coração. — Ela disse não. Eu disse sim. Então eu vou até o pai dela e eu digo que quero Maria para vir comigo para a América. Ele disse que tudo bem, então ela vem. Ela não está feliz. — suas mãos sobem à cabeça. — Madonna, ela ficou brava. Ela se recusou a falar comigo por uma semana. Agora eu
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acho que foi a melhor semana da minha vida, porque agora ela nunca se cala. Nós dois rimos enquanto observamos a pequena coisinha saindo com as mãos nos quadris, o cabelo castanho escuro amarrado na nuca em um coque, um avental branco preso ao pescoço com o que se parece com molho de tomate sobre ele. — Giuseppe, venha e pegue os pratos. — diz ela em voz alta. Tudo o que ele faz é balançar a cabeça e segui-la de volta. — Veja. — Noah me diz. — Você pode ser amigo do sexo oposto. Balanço a cabeça para ele. — Ele fez basicamente o que ele queria. — A mesma coisa. — ele dá de ombros. — Ele sabia que, no final, era ela o que ele queria e não aceitou um não como resposta. Eu não digo mais nada porque Giuseppe e Giovanni voltam com a nossa comida. Eles colocam a salada na minha frente, uma mistura verde, com cebola, pimentão, azeitonas, aipo, pepino, abobrinha, cenoura ralada, e pequenos pedaços de brócolis. — Isso parece incrível, Giuseppe. — eu digo, mas o que me atinge mais é o aroma do prato de Noah. A massa é lançada no que parece ser apenas um simples molho de tomate. Minha boca enche de água, mas o que eu não vejo é Giuseppe colocar um prato ao lado da minha salada. — Maria fez esse para você. Ela verificou no Google com Giovanni. Eu olho para baixo. — É mellenzanie, berinjela. Ela cozinhou em óleo, sem manteiga, em seguida, colocou molho por cima. — ele leva os dedos à boca. — Deliscio. — Muito obrigada por ter tido todo este trabalho. — eu digo, sorrindo para ele, ansiosa para sentir o gosto. Ele se curva e depois vai embora. Eu não assisto Noah. Eu só pego o garfo, corto a berinjela, pegando um pedaço com o garfo, e o levo para a boca. Os sabores batem na minha língua, tudo ao mesmo tempo, fazendome fechar os olhos e gemer. A acidez do molho, com a doçura da berinjela...
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Abro os olhos, ainda mastigando. Os olhos de Noah estão quase saltando para fora, com as mãos segurando o garfo e a faca enquanto sua mandíbula aperta. — Você está bem? — pergunto uma vez que engulo. — Que tal você nunca fazer esse som novamente quando estivermos comendo? Ou bebendo, ou nunca. — tudo isso é dito entre os dentes cerrados. Eu rio dele, cortando outro pedaço. — Eu vou tentar o meu melhor, mas eu não faço promessas. Esta é a melhor coisa que eu já comi, na vida. — até a salada, temperada com limão, molho balsâmico é leve, fresca e surpreendente. — Como está o seu prato? — pergunto, observando-o rodar a massa em seu prato, dando uma grande mordida. — É a segunda melhor coisa que eu comi. — ele sorri para mim, então pisca. — Da vida. — sua voz é suave. Meu corpo reage. Meus seios se animam como se eles estivessem prontos para participar de um concurso de saudação. Minha boca fica seca e é bom, porque eu não tenho nada a dizer, nenhuma resposta, nada. Apenas boca seca, mãos úmidas, e um maldito coração acelerado. Eu estava tão certa. Você não pode ser amiga de alguém com quem já dormiu, mas o pensamento de não vê-lo me incomoda mais do que eu estou disposta a reconhecer.
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Capítulo Quinze Noah Assim que ela provou a refeição, ela jogou a cabeça para trás e gemeu. Seja qual fosse a porra de força de vontade que eu tinha se foi, puf, desapareceu. Isso e o fato de que todo o meu sangue viajou para baixo e meu pau estava combatendo com o short apertado. Tudo que pude fazer foi pegar o garfo e faca com todas as minhas forças, em vez de virar a mesa e devorá-la. No minuto em que entrei na aula de ioga fodida eu sabia que tinha cometido vários erros. Um deles, o cheiro era realmente horrível, como se eu estivesse no meio de um curral. O segundo era o sorriso. O sorriso dela me parou e aquelas calças de ioga, porra. Jesus, sorte que eu tinha um protetor, que não permitiu que o mundo visse o que eu tinha para oferecer. Agora, aqui estou no mesmo estado. Essa mulher me deixa excitado toda hora. Essa coisa toda de amizade é uma mentira completa. Não é possível que ela não me deseje tanto quanto eu a desejo. Eu percebo no olhar, na maneira como seu corpo responde a mim. Estou prestes a me inclinar e pegar sua mão quando Giovanni volta. — Nonno quer saber se você quer mais comida? Kaleigh sorri para ele. — Eu não posso comer mais nada. Ele acena para ela e leva seu prato. Eu abaixo o garfo e a faca. Ele limpa a mesa, deixando-nos sozinhos. — Veja. — eu pego a água. — Nós podemos jantar como amigos. — eu pisco para ela. — Sim, sim, sim. — diz ela, revirando os olhos.
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Giuseppe sai com um prato de frutas. Melancia, uvas, melão e figos. — Hmmm. Eu amo frutas. — diz ela, pegando um pedaço de melancia, mordendo-a, e é quase como se estivesse acontecendo em câmera lenta. Seus dentes mordem a melancia, o suco vaza pelo lado da sua boca. Ela lambe o lábio inferior, meus olhos seguem o movimento. — Noah. Eu balanço a cabeça. — Onde estava a sua mente? — Giuseppe pergunta, rindo. — Estava pensando no meu dia ocupado amanhã. — eu pego algumas uvas e jogo-as na boca. — Você trabalha muito. A mesma coisa em todo o país. Na Itália, você tem que desacelerar e aproveitar a vida. La Vita Bella. A vida é bela ele diz, e eu apenas aceno para ele. Eu pago a conta ou pelo menos eu tento, mas como somos amigos, Kaleigh divide. Ao levantar da mesa, Giuseppe vem, beija Kaleigh em ambas as bochechas. — Você volta, sim? Ela sorri e acena com a cabeça. A caminhada de volta para o carro é tranquila. Os únicos sons são os carros ocasionais juntamente com os grilos. Eu a sigo até o carro dela, nossas mãos esbarrando uma na outra. Ela abre a porta, virando-se. — Muito obrigada por ter vindo e pelo jantar. Eu me inclino mais perto dela. Sua respiração desestabiliza suavemente. — Não há outro lugar que eu preferia ter ido. Ela ajeita a postura. — Mesmo com o estupro da cabra? — ela ri, inclinando-se. — Mesmo com o estupro da cabra. — eu avanço apenas um pouco mais. — Quer ouvir um segredo? — eu pergunto e ela não responde, mas eu
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vejo a garganta se mover enquanto ela engole e assente. — Se fosse um encontro eu o finalizaria de forma diferente. — eu sussurro para ela. Seus olhos piscam. Ela cerra os lábios, depois, lambe-os. — Como? — ela pergunta com a voz tão suave, que é quase como se ela não tivesse dito nada. — Assim... — eu lambo meus próprios lábios agora. — Eu seguraria sua mão na caminhada até aqui. Eu abriria a porta para você entrar, mas antes de entrar eu iria saborear seus lábios. Eu te beijaria suavemente primeiro. — eu sorrio, pensando nisso. — Então, lentamente, lamberia os seus lábios para abrir apenas um pouco antes de eu deslizar minha língua em sua boca. Emaranhada, molhada, ansiosa. A necessidade de estar na pele um do outro iria fazer-nos esquecer de onde estávamos e quem estava assistindo. Porque, no final, só resta você e eu. — eu inclino e meus lábios quase tocam os dela, mas em vez disso passo para o lado, e beijo seu rosto. — Mas eu não quero estragar a amizade que temos. — dou um passo para longe dela, levanto a cabeça e vou embora. Eu sorrio para mim mesmo. — Oh, Noah. — ela finalmente fala. — Se não fôssemos apenas amigos eu teria ficado de joelhos. — ela encolhe os ombros. — Tenha uma boa noite, amigo. — e ela entra no carro e vai embora, deixando-me no meio da rua, me xingando. Noah 0, Kaleigh 1. Eu chego em casa com meu pau ainda duro e implorando por alívio. O chuveiro frio não faz nada para ele. Eu rastejo para cama, o cheiro dela ainda remanescente. Meu telefone toca com uma mensagem. Percebo que é uma foto de Kaleigh. Esta foto saiu na página da ioga. Achei que você gostaria de guardar de lembrança;) É uma foto minha de joelhos com a cara de uma cabra na minha bunda. Eu amplio e vejo Kaleigh rindo atrás de mim. Você não tem que aumentar o zoom para ver a minha bunda apertada.
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Obrigado por isso, mas eu acho que vou preferir as bolas inchadas do Austin. Oh, essa é boa. Olho para o telefone, me perguntando como continuar isso. Eu tenho que ser amigo desta menina. No entanto, tudo o que eu quero dizer é para ela trazer a bunda aqui agora. Apenas o pensamento deixa o meu pau duro. Levantando a coberta, digo em voz alta: — Fique calmo. Eu vou tomar conta de você. — eu balanço a cabeça. Estou ficando louco. Eu conversando com meu pau e a pior parte é que estou esperando-o responder. Eu finalmente volto a escrever. Noite. É o que um amigo faria, certo? Eu desligo a luz e me remexo a maior parte da noite. Eu levanto com esforço no dia seguinte. Aquele cara amoroso livre desapareceu. Em vez disso estou um rabugento. Quando a nova recepcionista ruiva sorri para mim, a única coisa que acontece é um grunhido. A porra de um grunhido. — Opa, que bicho te mordeu? — Harvey pergunta atrás de mim. —ele saiu do outro elevador. — Eu só estou irritado. — eu corro a mão pelo meu cabelo. — Você parece um homem casado há anos. Você é o único solteiro de todos. Deveria estar de pé gritando: “Eu sou o rei do mundo”. — ele sorri, e continua — esta manhã eu acordei com o maior caso de bolas azuis. Eu não transo há um mês. Eu fico parado, olhando estupidamente para ele. — Um mês inteiro? Tipo, isso são trinta dias, às vezes trinta e um. — Sim, a maior emoção que meu pau teve este mês foi uma joelhada da minha filha nas bolas. — ele balança a cabeça. — O bebê está nascendo
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os dentes e nos mantém acordado a noite toda. Para ser honesto, eu estou tão cansado que meu pau provavelmente nem se levanta. Minha mão cobre a minha boca. — Trinta dias? Você? — eu movimento minha mão em movimento de masturbação. — Trinta dias, se não mais. Quem diabos está contando? — Tem certeza de que ainda funciona? — aponto para sua virilha enquanto estamos de pé na frente de seu escritório. — Funciona muito bem. — ele ri, tomando um gole de café. — Agora, pare de ser um bastardo irritado e vá pegar alguma boceta para o bem de todos nós. — ele se vira para entrar no escritório. Eu vou para o meu, sento na minha mesa e olho para o céu quando meu telefone toca. Você está dolorido esta manhã? A mensagem de Kaleigh me faz sorrir. O mau humor se foi com cinco palavras. Você nem imagina. Eu respondo e mexo no meu pau. Provavelmente porque você ficou tenso com as cabras. As cabras não têm nada a ver com essa dor. Hahahah, sério??? Então, o que está doendo? Estou muito viciado numa mulher e não consigo tirá-la da cabeça. Noah!! ela responde imediatamente O quê? Devemos ser amigos. Amigos não podem discutir a vida amorosa deles?
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Oh, ela responde. Eu pensei.... Você pensou que eu estava falando de você? Que eu estava falando sobre nós? Bem… É tudo o que ela diz antes de uma batida na minha porta. Olho para cima vejo que é Norma. — Toda a documentação do novo empreendimento do Sal está pronta. — ela entra e coloca o arquivo na minha mesa. — Os proprietários sairão de férias às quatro horas esta tarde e gostariam que tudo estivesse resolvido antes disso. Eu abaixo o telefone. — Então vamos trabalhar duro e conseguir este contrato. — eu digo tirando o paletó e arregaçando as mangas. — É hora de começar. Eu não sei quanto tempo fico pensando, mas quando o telefone toca e vibra perto da minha mão, minha cabeça sobe e vejo o pau de Austin me cumprimentar. Eu rio sozinho toda vez. Ainda é engraçado. — Sim. — eu digo, colocando o telefone no ouvido e circulando algo que precisa ser mudado. — Eu preciso que você venha e me leve ao pátio de apreensão! — Austin grita, mas eu mal posso ouvi-lo. Alguma música está tocando ao fundo. — Cale a boca! — ele grita. — Cara, onde você está? Na loja da Disney? — pergunto-lhe, olho para o relógio, e vejo que são quase duas horas. — Eu estou no ônibus escolar de Lauren. Ela não pagou minhas multas e agora o meu carro foi apreendido. — Veja, Donkey Kong. — Eu não tenho tempo nem paciência para lidar com você hoje. Basta vir e me pegar. — ele sopra um longo suspiro. — Esta porra de música. — O que é isso? — eu pergunto a ele.
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— Quem diabos sabe? O CD está preso dentro e essa garota é tão fodidamente irritante e ainda quer Ser Livre. — diz ele, erguendo a voz mais alta quando ela canta alto Livre Estou no topo de seus pulmões. — Ok, eu vou correr para chegar às quatro, para irmos ao pátio antes de fechar. Ele nem sequer diz adeus. Ele apenas desliga com uma série de palavrões. Eu pressiono o botão do telefone de mesa e peço para Norma pegar um sanduíche para mim. Ela entra imediatamente com um saco de papel marrom. — Este foi entregue há duas horas por uma loira alta. — diz ela, chegando à mesa e colocando-o na minha frente. — O quê? — eu me levanto e vou até a porta. — Por que você não me disse antes? Ela sorri para mim. — Ela deixou com Samantha, a nova recepcionista. — ela caminha até mim e toca meu ombro. — Ela deixou um bilhete. — ela vai embora enquanto eu corro de volta para minha mesa para ver. Espero que você tenha um bom dia! E ela desenhou uma cabra. Eu jogo a cabeça para trás e rio, abrindoo. Encontro outro bilhete. Normalmente não compro carne, mas eu gostei de ter segurado sua carne! Hahahah. Sento-me e tiro o sanduiche que ela trouxe. É o melhor sanduíche que já comi. Eu envio-lhe uma mensagem rápida. Obrigado por segurar a minha carne. Eu espero a resposta dela, mas nada chega. Nesse tempo termino de comer e finalizo o arquivo para o Sal, vou para o escritório de Austin com
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quase nenhum tempo de sobra. Andando pelo corredor, noto que a maioria das pessoas já foi embora. Deve ser um dia calmo. Quando entro em seu escritório, ele está sentado atrás de sua mesa com a cabeça entre as mãos, olhando para o telefone. — Uau cara, quem matou o seu cachorro? — pergunto e me jogo na cadeira em frente à sua mesa. — Eu fodi tudo. — ele confessa, olhando para cima e depois volta a olhar para o telefone. — Nada de novo aí. O que aconteceu agora? — Eu posso ter dito a Lauren que se ela não fosse tão tensa, se ela se soltasse um pouco, talvez seu marido não tivesse a deixado e ela ainda estaria casada. — ele nem sequer termina de falar as palavras e eu já estou pegando meu telefone. — Que porra você está fazendo? — Limpando a minha agenda para o seu funeral. — eu brinco com ele, mas ele só me olha. — Foda-se, imbecil. Vamos pegar o meu carro, e depois vou passar na casa dela. Ela não tem escolha, apenas atender a porta, certo? — ele pergunta enquanto nós caminhamos para o elevador. Vejo Barbara sair do seu escritório e vir direto para nós. Sua boca está pressionada em uma linha apertada. Austin corta tudo o que ela vai dizer, levanta a mão e diz: — Agora não, Barbara. — ele aperta o botão do elevador. — Eu acho que minhas bolas acabaram de voltar para dentro do meu corpo, e aquele olhar nem sequer foi dirigido a mim. — murmuro ao lado dele enquanto observamos Barbara virar e marchar para longe. — Se eu fosse você, eu não beberia ou comeria qualquer coisa de outra pessoa, especialmente se uma mulher ou empregado daqui oferecer. — eu aconselho ao entrarmos no elevador.
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Nós vamos para pátio de custódia, onde eu deixo Austin preenchendo
todos
os
formulários,
mostrando
os
documentos
regularizados para pegar o carro de volta. Eu vou para uma cadeira onde eu levo o meu telefone e vejo que tenho cerca de quinze mensagens de Kaleigh. Eu não posso ser sua amiga. Seu melhor amigo é um cretino. Se ele é um cretino, você é um cretino. Eles geralmente andam juntos. Como cretinos em um rebanho. Eu não posso acreditar que eu mandei carne para você !!! Não é irônico???? Por que você tem que ser um cretino bonito? Eu menti. Você não é bonito, você é feio. Espero que você pegue herpes de cabra. Vou ter aulas em Donkey Kong. Não é irônico... Chuva no dia do seu casamento. Puta que pariu. Elas estão ouvindo Alanis Morissette. — Talvez você devesse dar-lhe uma noite para se acalmar. — Não, eu não posso. Eu preciso vê-la. — ele balança a cabeça, o olhar de pavor enchendo seu rosto. — Eu preciso pelo menos dizer para ela que eu sinto muito. — ele me empurra, entra no carro e decola. Eu corro para o meu e o sigo. Quando ele estaciona, eu saio antes que ele possa abrir a porta. — Como seu amigo, vou tentar te convencer contra isso. Ele balança a cabeça, me ignorando. Ele sai do carro e vai até a porta.
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— Essa é uma má ideia, muito ruim mesmo. As mulheres quando estão furiosas podem fazer coisas más. Quer dizer, ela não estava nem chateada com você quando quase fez suas bolas explodirem. — Eu tenho que vê-la. — diz ele e em seguida bate na porta. Quando ouço as fechaduras abrindo, um sorriso começa a aparecer em seu rosto. Ele é rapidamente substituído por uma careta quando ambos vemos que é Kaleigh que a abre, com o que parece ser um facão na mão. Ok, talvez não um facão, mas com certeza é uma faca que parece que pode facilmente desossar um frango e provavelmente tirar um pedaço de alguém. Ela sai, fecha a porta atrás dela com a voz de Alanis Morissette tocando ao fundo. — Você tem alguma coragem mostrando a cara por aqui. — ela cospe para ele. Vira-se para olhar para mim, e em seguida eu noto que ela está um pouco bêbada. —Lauren está em casa? Eu olho para ele com um olhar confuso na minha cara. Obviamente ela está aqui. O carro dela está aqui. — Sim. — ela confirma e balança um pouco. Eu olho um pouco mais e posso dizer que ela está totalmente chapada. Bêbada estava uma hora atrás. — Segura aí, mocinha. — eu envolvo um braço nos seus ombros para evitar que a faca atinja algum pau. — Eu preciso falar com ela. — Austin diz, mas só percebo que ela está em meus braços, ela é suave, perfeita, e também está segurando essa porra de faca. — Não vai acontecer. Nem agora, nem nunca. — ela continua: — Você fodeu tudo. — agora ela está apontando a faca para Austin e sua voz está subindo. — Muito, muito mesmo. — Querida, podemos abaixar a faca? — eu imploro com um sorriso, e ela sorri para mim timidamente. Eu realmente gosto da versão de Kaleigh 138
bêbada. Ela empurra mais o corpo mim. Ficamos parados olhando um para o outro. — Posso, por favor, apenas conversar com Lauren por dois minutos? Então eu vou embora, eu prometo. — ele praticamente implora. Ela se agita e empurra-se para longe de mim. — Não. — ela responde e se vira, agarrando a maçaneta da porta e falando para nós sobre o ombro. — Se você não for embora em dois minutos, eu vou chamar a polícia e falar que você está me perseguindo. Ele zomba e ela olha para ele. — E mostrar as fotos inapropriadas do seu pau que ele me enviou. Austin se vira para olhar para mim. Eu levanto as mãos. — Eu posso ter mostrado para ela e ela pode ter encaminhado para si mesma. — Pode dizer para ela que eu estive aqui e pedi para ela me ligar? Por favor, Kaleigh? — ela entra e bate a porta na nossa cara e vira as fechaduras com clique alto. Ele abaixa a cabeça e eu dou um tapinha nas costas dele. — Ela vai ligar. — eu tento assegurar-lhe, mas a menos que o inferno congele... — Ou enviar alguém para matá-lo. Quer dizer, ela disse Donkey Kong. Ele dá de ombros e empurra minha mão de cima dele e caminha de volta para o carro, quando me viro para olhar a casa e me pergunto o que aconteceria se eu tocasse a campainha novamente. Estou prestes a dar esse passo antes de eu ouvir as meninas cantando “Ironic” no volume máximo. — Sim, amanhã é outro dia!
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Capítulo Dezesseis Kaleigh No minuto em que o sol espreita através das cortinas ele bate no meu rosto. Tento piscar os olhos e engolir, mas devo ter comido um pacote de bolas de algodão, porque não consigo nem cuspir. Eu me viro e caio no chão. — Porra. — eu não estou nem na minha cama. Estou no sofá. Olho para Lauren, que está dormindo como uma bola enrolada. — Jesus. — eu digo e vou à cozinha. Há cerca de seis garrafas vazias de vinho, uma pizza em uma caixa e uma garrafa vazia de vodca. — Merda. — quando tento levantar, minha cabeça apenas gira mais e mais, então eu sento no chão e vou me arrastando ao banheiro. — Eu realmente espero conseguir levantar para não fazer xixi nas calças. — eu digo para as paredes, mas eu escuto um gemido atrás de mim. — Oh, Deus. — eu falo para o banheiro quando tento levantar. Eu fecho meus olhos, respirando pela boca, me esforçando para não vomitar e fazer o lugar parar de girar. Depois que eu termino, eu vou corcunda para o sofá. — Eu acho que um gato morreu na minha boca. Lauren se senta e depois cai de volta. — Eu nunca mais vou beber de novo. — Eu também não. — Lauren diz de seu lado do sofá, levantando a mão para o ar. — Merda, onde está Barbara? — ela pergunta e olho para a destruição do que costumava ser sua sala de estar arrumada. — Eu estou na cozinha fazendo para vocês um kit especial para ressaca. Meu estômago ronca alto. — Existe uma opção vegetariana? — pergunto quando o cheiro de bacon enche a sala. Ela sai da cozinha, limpa e viva, que é o oposto completo de como nós estamos. — Eu fiz dois pequenos cafés da manhã separados. Para os
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não-veganos, Lauren e eu temos ovos mexidos, bacon, salsicha e algumas batatas fritas. Lauren ainda não se move. Ela só geme. — Para a vegetariana eu fritei alguns dos bacons falsos, que eu tenho certeza que são de borracha, e alguns ovos veganos, que parecem ser ovos. Será que isso é mesmo saudável? — ela pergunta. Eu apenas aceno. — Eu preciso de uma torrada. Barbara vai para a cozinha e eu deito no sofá, olhando a parede: — Eu tirei a roupa na noite passada? — pergunto. — Sim, mas Barbara jogou um lençol sobre você para sua dignidade. Lauren está com os olhos fechados. Sinto o sofá vibrar, então eu movo a mão em torno dele e só acho um vazio, até que vibra de novo e eu sinto ao lado dos meus pés. Eu agarro entre eles, levando-o para o meu rosto. Eu pressiono o botão e aparecem as notificações do Facebook, bem como textos do Instagram e depois de Noah. Eu fecho os olhos, tentando lembrar. Insiro a senha antes de ir para as minhas mensagens. Eu vejo quatro dele. Você é fofa quando está bêbada. Eu não sou um cretino e não existe um rebanho de cretinos. Por favor, seja minha amiga. Você é forte e sexy quando usa uma arma, mas não quando está direcionada para o meu pau. Eu rolo para cima para ver a nossa conversa e suspiro quando eu vejo que enviei cerca de um milhão de mensagens. Ok, talvez não um milhão, mas pelo menos dez. — Você é uma mulher horrível! — eu grito com Lauren, que levanta a mão que estava sobre os olhos para olhar para mim. — Que porra você está falando? — ela pergunta, intrigada com a minha súbita explosão. 141
— Regra número um de beber, os telefones são colocados em uma gaveta fechada. Onde está seu telefone? — eu pergunto a ela. — Eu não faço ideia. Acho que a última vez que eu vi você pegou uma faca. — ela coloca a mão em seu rosto novamente. — Eu não acredito que você puxou a faca para o cara da pizza. Eu pensei que ele fosse se mijar quando você abriu a porta e disse: Eu vou te cortar se você não sair da porra da porta. Minhas mãos voam para o meu rosto. — Meu Deus. Saí com a faca quando Austin apareceu. — eu digo, enquanto Barbara sai da cozinha com duas bandejas, colocando-as bem na mesa de centro. — Eu não estou defendendo ele, mas a faca foi um pouco demais. — Barbara diz, indo para a cozinha e voltando com seu próprio prato. — Você mandou a nossa foto como se tivéssemos chutando o saco dele. Eu acho que ele respondeu de volta traidora. — Eu sinto muito. Foi o vinho, ou foi a vodca? Ela acena com a mão no ar. — Por favor, eu já fui chamada de pior. Bem feito. Ele realmente mereceu. — Podemos mudar de assunto? — Lauren diz, rolando para fora do sofá e sentando-se no chão, enquanto pega seu prato comendo no colo. — Sim. — Barbara e eu falamos ao mesmo tempo, e eu como os ovos. — Eles estão tão fofos. Como você fez assim? — eu pergunto a ela, agarrando algumas batatas fritas. — Água. — ela diz simplesmente. — Normalmente eu adiciono leite, mas eu não sabia o que era o quê, então eu só usei água. Passamos o resto da refeição apenas comendo. Nós duas estávamos quase como zumbis. Nós tentamos ajudar Barbara a limpar, mas tudo o que fizemos foi levar nossos pratos para a cozinha. — Barbara, não se preocupe com a bagunça. Eu vou limpar depois de tirar um cochilo. — Lauren diz enquanto vou abraçá-la.
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— Eu vou para a minha cama. Barbara, você pode festar como uma estrela do rock e parecer uma madame no dia seguinte. Você é minha heroína. Viro-me e saio da sala, enquanto elas continuam falando, andando/rastejando para o andar de cima. Eu passo pelo quarto de Rachel antes de chegar ao meu. Ainda bem que eles passaram a noite com os meus pais, quais sobrinhos e sobrinhas podem dizer que sua tia quase esfaqueou um entregador de pizza? Quando chego ao meu quarto, eu caio de cara na cama como uma estrela do mar à deriva num sono profundo. De noite me sinto quase normal, quase. As crianças voltaram e agora estão na cama enquanto eu deito na minha. Tomo um banho, finalmente, e deito nua na cama. A luz fraca enche o quarto, a televisão tocando ao fundo, mas minha mente não está processando nada do que está acontecendo. Em vez disso, ela continua a voltar para Noah. Ele aparecendo com Austin foi uma enorme surpresa. O que não foi uma surpresa foi a forma como meu corpo foi atraído para o dele. Quando ele me envolveu com o braço e tudo que eu queria era jogar a faca para baixo e envolver todos os meus membros ao seu redor. Seus olhos azuis, seus belos lábios. Uma batida na porta fez minha mente voltar. — Entre. — eu digo, colocando a televisão no mudo. Lauren abre a porta. — Ei, apenas checando. Como está se sentindo? — ela abre a porta, ali de pé com shorts e um top. — Estou bem, nova amanhã, eu acho. — eu digo. — Está se sentindo melhor? — eu pergunto a ela, sabendo que ela está se torturando por causa da coisa toda. — Eu só preciso seguir em frente. Encontrar um chefe que eu não queira matar, ou pelo menos um chefe que não me deixe à beira da loucura.
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— Se serve de consolo, ele parecia muito chateado quando passou aqui. — a mão dela sobe para me impedir de dizer qualquer outra coisa. — Tudo bem. — Eu vou para a cama. — diz ela, fechando a porta atrás dela. E eu faço exatamente isso, desligo a luz e fico perdida em meus sonhos. Na manhã seguinte eu acordo com uma batida na porta, seguida por uma voz suave. — Tia Kay, vou sair em breve e nós não nos beijamos. Eu rio me alongando. — Você pode entrar para alguns beijinhos — eu grito, e ela abre a porta. Suas tranças loiras caem em cima de mim quando ela pula para mim. Ela sobe na lateral da cama, e eu abro os braços para ela se deitar ao meu lado. Ela deita a cabeça no meu braço estendido enquanto o outro braço aconchega perto de mim. — Eu tenho que ir ver o papai e a Srta. Camilla. — diz ela, seu pequeno braço envolvendo meu pescoço. — Vai ser divertido e quando você voltar podemos fazer alguns cookies. — eu digo. — Agora dá meu beijinho antes da sua mãe te chamar para descer. Acho que ouvi uma porta de carro bater. Ela se inclina, esfregando o nariz no meu e em seguida me beija nos lábios. Eu sopro em suas bochechas e depois em seu pescoço, suas risadas escapam, enquanto as mãozinhas tentam me afastar. — Agora, seja uma boa menina e dê um sorriso grande quando você vir a mamãe, ok? — eu a beijo no nariz uma vez antes dela se virar e deslizar para fora da cama. — E quando eu voltar, podemos fazer estilo cachorrinho de novo, tia Kay? — Cão de cabeça para baixo, querida. — eu falo quando ela bate a porta. Eu pego o robe, levanto e olho para o meu telefone. Eu tenho algumas mensagens de Noah.
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Eu não sou um Cretino. Deixe-me te mostrar isso. Eu não respondo. Em vez disso, fecho o telefone e vou ao banheiro e finalmente desço para ver Lauren, e a encontro no balcão lendo o jornal. — Bom dia. — eu digo, indo para a cafeteira, e tomo um gole do café preto. — Você sabe o que precisamos fazer? Sair. — eu observo seus olhos se moverem por cima do papel. — Liberar a loucura. Ela me olha ainda insatisfeita. — Dançar Lauren, agitar nossos pompons. — eu balanço o corpo, fingindo que estou dançando. — Eu não sei, Kay. — diz ela, enquanto eu coloco minha caneca para baixo. — Quando foi a última vez que apenas nós saímos e dançamos? — eu não a espero responder. — Eu vou fazer alguma ioga, me livrar das toxinas que provavelmente ainda estão no meu corpo, então tiraremos uma soneca e nos prepararemos para explorar a cidade. — eu coloco a caneca vazia na pia. — É melhor tirar um cochilo, vovó, a noite vai ser longa. — eu sorrio e ela manda eu ir me foder. Vou lá em cima e coloco as calças de ioga e sutiã esportivo, pego o tapete no caminho. Meu telefone está jogado no fundo da bolsa. Meus dedos são tentados a responder a mensagem. — Eu preciso ficar com alguém e tirá-lo do meu sistema. — eu digo para mim mesma enquanto vou para o parque perto de casa e, finalmente, me livro das toxinas. Depois de tomar banho e me depilar, vou escolher a roupa. — Sim, essa vai servir. — a roupa consiste um short de renda branca curto, com um cinto preto pequeno, brilhante. Eu combino com uma camisa preta. Não uso sutiã, porque eu realmente não preciso de um. O visual se completa com um par muito sexy de botas estileto com cadarço. — Sim, vamos fazer isso. — digo para meu reflexo quando pego minha pequena bolsa, e coloco
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o telefone nela. Eu saio do quarto, e fico cara a cara com Lauren, que parece um pouco assustada. — Vamos procurar alguns paus! — ela levanta as mãos para o ar, e eu não posso deixar de rir. Antes que ela possa me responder, ouvimos uma buzina do lado de fora. — O TAXI ESTÁ AQUI! — ela grita em seu melhor sotaque de Jersey. Nós entramos no táxi e eu dou-lhe o endereço do clube que vamos. — A prima do namorado da colega de quarto de Steph é o segurança deste clube e ela colocou o nosso nome na lista. — eu pego o telefone da minha bolsa. — Precisamos de uma selfie. — eu digo a ela, levantando minha mão ao ar e fazendo uma cara de pato. Eu posto no Instagram com a legenda 'que problemas vamos arrumar esta noite?' — Não poste tudo nas mídias sociais, Kay. É assim que as pessoas são assassinadas. — Ok, mãe. — eu coloco o telefone de volta na bolsa. Assim que saímos do meio-fio, nós somos chamadas para dentro em tempo recorde graças ao Nico na porta. Não só ele nos leva para dentro e também para a mesa, ou melhor ainda, uma cabine. As cabines estão em um espaço um pouco maior do que a pista de dança. Você pode chegar a esta área utilizando as seis escadas espalhadas ao redor da pista de dança. — Por conta da casa. — ele pisca para nós e nos entrega uma garrafa de Grey Goose. — Você dormiu com ele? — Lauren me pergunta. Eu observo sua bunda ir embora. — Não, ainda não, mas a noite é uma criança — eu digo, pegando a garrafa e servindo algum suco de cranberry. Eu pego o telefone e tiro outra selfie, e posto com a legenda: Who runs the world? Girls! Coloco o telefone na bolsa. — Lauren, você precisa transar. Tirar essas teias de aranha do caminho.
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Ela olha para mim, depois se vira para ver se alguém está por perto. — Você pode calar a boca? As pessoas podem ouvi-la. — Ok. — sussurro. — Eu não vou contar para ninguém que sua vagina está empoeirada. Vai ser o nosso segredinho. Ela toma uma dose de vodca olhando para mim. — Eu espero que o cara com quem você for para casa esta noite tenha síndrome do pênis pequeno. Eu suspiro em choque. — Por que você diria isso? Eu não faço sexo desde Noah. Eu preciso ficar com alguém, está entendendo, eu preciso esquecê-lo. Ela dá mais um gole na vodca. Duas horas depois, estamos finalmente sentadas depois de dançar pra caramba e eu, finalmente, estou bebendo minha vodca e cranberry quando a música do Drake, One Dance, toca. Lauren se levanta, jogando o cabelo para trás, levanta os braços e grita o quanto ela ama esta canção. Ela me pega pela mão e corre de volta para a pista de dança lotada. Eu observo Lauren balançar os quadris ao ritmo da música, cantando em voz alta com Drake. Meus olhos estão focando nos olhos azuis que estão me assistindo do bar. Um cara está vindo para segurar os quadris de Lauren, e Austin, como um homem em uma missão aparece para chegar em Lauren. Acontece tão rápido que eu nem sequer o vejo dizer para o cara ir se foder, e ele puxa a minha irmã pela mão, afastando-a da multidão na pista de dança. Estou prestes a caminhar de volta para minha cabine quando algo me empurra contra a parede. Eu nem sequer tenho que olhar para saber que é Noah. Seu cheiro é tudo ao meu redor. Um braço envolve a minha cintura e outro segura meu quadril, enquanto nos balançamos com a batida. Sua cabeça mergulha para baixo no meu ouvido. Sua respiração sai suavemente, a voz ainda mais suave. — Você não pode fugir agora, pode? — as palavras fazem o cabelo em meus braços se levantarem com os arrepios. — Eu te desafio. — há algo em 147
seu tom de voz que me diz que isso só pode acabar de um jeito, eu embaixo dele. Nua. Eu empurro minha bunda em seu pênis. Viro a cabeça, inclino-a para trás, abro a boca para dizer algo, mas paro no minuto que sua cabeça abaixa para encontrar a minha. Sua língua invade a minha boca. O sabor de uísque permanece em sua língua, o meu corpo acorda para ele, meu braço levanta atrás de mim para arrastar minha mão pelo seu cabelo, o meu corpo, molda-se em seus braços enquanto suas mãos apertam minha bunda, pressionando e me empurrando para ele. Minhas mãos sobem para o seu pescoço, e o beijo aprofunda mais. Nós começamos a nos mexer de um lado para o outro, sem nos separar. Só nos abraçamos mais apertado. Estou tão perdida no beijo, perdida nele, perdida em seu toque, perdida em seu gosto, perdida na necessidade dele, que eu não noto as músicas mudando. — Uma pergunta. — ele finalmente diz. Ele começa a beijar meu rosto, queixo e pescoço. — Você veio dirigindo? Eu movo o pescoço para o lado, dando-lhe acesso completo para mim. — Pegamos um Uber. — eu respondo de imediato, meu corpo quase tremendo com a necessidade. Ele pega a minha mão, me leva para a mesa que Lauren e eu estávamos bebendo. Ele agarra minha bolsa, acena para o segurança que está observando as cabines. Nossos dedos se entrelaçam um com o outro, como se nós sempre andássemos de mãos dadas. Saímos do clube com ele acenando a mão para pegar um táxi, antes que eu possa registrar o que está acontecendo. — Eu tenho que voltar e dizer a Lauren. — eu digo quando um táxi para e ele abre a porta. — Ela está sendo cuidada. Agora, Kaleigh, entra no carro. Eu deixo sua mão e caminho até a porta, minha mão roçando seu quadril, em seguida, seu pênis. — Eu não posso ser sua amiga. — eu digo a ele antes de me inclinar para entrar no táxi. 148
— Bom. — diz ele, me seguindo para dentro e fechando a porta, dando ao motorista o endereço dele. A luz de fora traz fluxos para dentro do carro, mostrando seus olhos azuis escuros e nublados. — Eu não imaginei que seríamos amigos de qualquer maneira. — sua voz sai rouca. Eu viro as costas para a porta. — É mesmo? —pergunto-lhe, não sei o que isso significa, meu coração acelera no peito. — E por quê? Ele olha para o motorista de táxi, em seguida vira a cabeça para sorrir para mim. — Estamos muito além de amigos. Porque eu estou prestes a fazer coisas muito sujas com você, coisas que os amigos não fazem uns com os outros. — ele me puxa para seu lado, inclinando-se para baixo e beliscando meu lábio inferior. — Sujas, coisas muito sujas. Estou quase implorando ali no táxi mesmo, mas o motorista para na frente da casa dele. Abro a porta e saio, e Noah paga. Ele passa por mim e eu o sigo subindo as escadas enquanto ele abre a porta. Ele mantém a porta aberta para mim. Eu passo, mas não longe, porque ele anda comigo, batendo a porta atrás de si. Suas mãos vão até meu pescoço, agarrando o meu cabelo e me puxando para trás, um gemido escapa dos meus lábios. Minhas costas caem em seu peito novamente. Sua mão deixa o meu cabelo, e, de repente, ele está em cima de mim. Uma mão abaixa a minha camisa, meu peito salta livre, meus mamilos doloridos com necessidade, enquanto a outra mão está no meu short, seu dedo médio deslizando entre as minhas dobras, encontrando-me molhada de necessidade dele. Minha cabeça cai no seu ombro. — Sim, certamente, não vou ser sua amiga.
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Capítulo Dezessete Noah Talvez seja bom que essa coisa toda com Kaleigh tenha terminado. Eu estava perdendo o jeito. Eu saí para correr hoje e não pisquei para uma única pessoa, para ninguém. Eu nem sequer tentei ver se a mulher à minha frente estava usando tanga ou não. No dia seguinte, fiz outra corrida e me masturbei no chuveiro. Eu olho para as mãos antes de me vestir, para ter certeza que não têm calos, considerando a quantidade de tempo que me masturbei nos últimos quatro malditos dias. Olho para o meu pau. — Você precisa sair dessa ressaca, cara, e acordar. — eu digo antes de ir para o armário e pegar meu jeans preto favorito. Combino com uma camisa branca de botão e jogo um cardigã cinza no ombro. Eu arregaço as mangas até os cotovelos, dobrando a camisa branca. Pego as botas pretas, e termino com o Rolex preto. Eu chamo um Uber e envio uma mensagem para Austin sair em dez minutos. Nós acenamos um para o outro e entramos no carro, os dois com suas próprias turbulências. Paramos em um pub, comemos algumas asas de frango e cerveja enquanto assistimos os Yankees na tela. — Aonde você quer ir hoje à noite? — pergunta ele, enquanto passa o intervalo. Encolho os ombros, pego a cerveja e tomo um longo gole. — Eu não me importo, desde que meu pau tenha um pouco de ação. — eu quase gemo, ao abrir o aplicativo do Instagram, e lá, olhando para mim está Kaleigh no que parece boa para foder naquele momento, que pernas são aquelas. Jesus, meu pau finalmente vê o alvo. E ela fez check-in no Night Club. — Vamos para o Night Club. — eu digo, fecho o telefone e termino a cerveja. É agora ou nunca, porra. 150
Apertando a mão do segurança, nós vamos para o outro lado do bar. Eu passei muitas noites fechando este lugar. Este é um dos primeiros clubes que têm a assinatura de Austin e John. Eu me inclino no balcão, e faço gesto com o dedo para o barman. Quando ele chega, eu peço um Bourbon puro, porque naquele momento faço a varredura das cabines e a vejo. A mulher que quebrou meu pau e colocou um feitiço sobre ele. Ela está ao lado de Lauren, que está dançando com as mãos para cima. Percebo imediatamente quando Austin finalmente a avista. Ele fica sério, drena seu Bourbon também em um gole, sem desviar o olhar. Ambos pedimos outra dose. Nós observamos as irmãs irem para a pista de dança. Eu assisto Kaleigh balançar os quadris para a esquerda e direita, enquanto um lado sobe e o outro fica inclinado. Um babuíno vai até Lauren e leva Austin, em menos de um piscar de olhos, a ir atrás dela. Eu atravesso a multidão, vou para trás de Kaleigh, enquanto Austin arrasta Lauren para fora. Minha mão está coçando para tocá-la. Agora aqui estou, meus dois dedos em sua vagina, sua cabeça no meu ombro. Ela vira a cabeça para chupar meu pescoço, sua bunda moendo contra mim. — Molhada. — meus dedos fodem ela. — Eu espero que você tenha cochilado hoje. — digo, puxando fora, em seguida, empurrando até as minhas juntas. — Porque na hora que eu terminar com você, o sol vai estar nascendo. — o meu pau está pronto para sair. Minha mão parece apertar, então eu retiro do seu short, e levo os dedos à boca, lambendo-os até limpá-los. Seus olhos se arregalam. Saio de trás dela, e fico de frente, apoiando-a na porta. — Durante toda a semana, meu pau não se levantou. — eu digo a ela enquanto seguro os seus seios nas mãos, rolando os mamilos, em seguida, torcendo-os. As pernas dela se abrem mais. — Só levantava quando eu pensava na sua boca, seios, ou no gosto da sua boceta doce. — eu me inclino para baixo, mordo seu pescoço, e lambo as marcas de dentes que agora estão lá.
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— Sim. — ela respira rápido, as mãos tentando agarrar meu cinto. — Vamos vê-lo, assim posso dizer a ele para cuidar de tudo. — Ainda não. — digo a ela, minha língua lambe um mamilo, girandoo com a ponta. Minhas mãos estão segurando seus quadris enquanto procura o zíper. — Você não gozou na minha língua ainda. — eu encontro finalmente o zíper escondido na parte de trás, abro e ela fecha as pernas, deixando os shorts caírem até os tornozelos. Ela dá um passo para fora deles, em seguida, abre as pernas. — Brilhante. — Bem, minha boceta é aqui. — diz ela, suas mãos sobem para pegar seus mamilos e acaricia-los. — Pronta para gozar. — Foda-se. — eu assobio, me ajoelho, e sopro seu núcleo. — Você está mais do que pronta. — minha língua sai, lambendo-a, em seguida, sua cabeça virada para mim. Nossos olhos ficam travados. Dou outra lambida, parando exatamente onde o clitóris está, em vez de abrir os lábios, eu sopro a pequena protuberância rosa que está implorando para ser tocada. — Isso. — eu toco seu clitóris com o dedo indicador, movendo-o de lado para o outro. — Aqui, precisa ser beijado ou mordido? — pergunto, inclinandome, beijando, em seguida, mordendo. — Então mordido será. — eu digo, mordendo novamente, uma das suas mãos deixa os mamilos e ela agarra minha cabeça, empurrando a boceta no meu rosto. — Você quer montar minha língua? — eu digo, minha língua saindo, deslizando para dentro dela, junto com os dedos. — Noah, se você não calar a boca e começar a me fazer gozar eu vou montar o seu rosto sozinha. — ela sussurra, sua boceta se fechando lentamente sobre minha língua. Eu rio quando ela começa a mover os quadris e as mãos descem para a boceta, esfregando seu clitóris. — Quer me ajudar? — eu pergunto enquanto meus dedos se misturam com os delas, mas então minha língua sai e fica um emaranhado de dedos. Eu me inclino para trás, e observo essa pequena atrevida
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tentando dar prazer a si mesma. Eu a vejo colocar dois dedos dentro de si, uma mão ainda rolando o mamilo, os olhos fechados. Eu posso dizer que ela está perto, suas mãos se movendo mais rápido, seus quadris empurrando, enquanto ela abre os olhos e me observa. Dois podem jogar este jogo. Levanto-me, de frente para ela, suas mãos se acalmando. Ela está encostada na porta só com a blusa enrolada na cintura e as botas. — Sabe do que realmente senti falta essa semana? — eu pergunto ao desabotoar minha calça jeans, o zíper descendo lentamente, o som ecoando na sala. Meu pau salta, a ponta com pré-semem já escorrendo dele. Tão fodido. — De afundar meu pau em você. — eu aperto a base do meu pau, tentando aliviar a pressão. — De fazer você gozar no meu pau. — eu movo a mão para cima e para baixo, imitando-a. — De ter você engolindo minha porra. Suas mãos se movem mais rápido, tão rápido que seus olhos escurecem em minhas mãos que estão bombeando meu pau, a cabeça quase roxa de tão dura. — Eu estou quase gozando. Você está perto? — eu digo, fechando os olhos e jogando a cabeça para trás. Eu não tenho tempo para me masturbar mais uma vez, porque ela está curvada, sua boca direto no meu pau. Bunda para cima, as pernas abertas, a boca no meu pau, com a mão na boceta dela, pegando o que ela quer e sem ser tímida sobre isso. Ela me leva para o fundo da garganta e geme com seu orgasmo, a vibração faz-me gozar. Ela me engole, tudo de mim. Continua até que paro de empurrar os quadris, até que meu pau salta da sua boca. Ela se levanta, e tira os dedos da vagina. Ela os leva para a minha boca. Eu lambo e ela me diz: — Não podíamos desperdiçar isso, não é? — ela pisca para mim, e vira para se curvar e agarrar seus shorts. A vista é muito para ignorar, então minha mão desce e bate na sua bunda perfeita, com força suficiente para deixar uma marca rosa claro. Eu 153
não sei o que esperar, talvez que ela se levante, vire a cabeça. O que eu não estava esperando é que ela simplesmente mexesse o rabo no ar, as pernas se abrindo ainda mais, e as mãos pousando na frente dela. Eu estendo a mão para trás, agarro a carteira do meu bolso, pego um preservativo, e rasgo-o com os dentes. Eu me cubro, meu pau está mais duro do que antes. Eu bato em sua bunda novamente, depois acaricio lentamente. Eu repito do outro lado. Desta vez, um gemido sai dela. Dobro um pouco para alinhar meu pau com ela. Eu esfrego suas dobras, o calor da sua boceta passa pelo preservativo quando se alinha com ela. Eu entro nela em um impulso duro, empurrando-a para frente, minhas mãos apertam seus quadris para mantê-la no lugar. A sensação do meu pau dentro dela, me faz jogar a cabeça para trás e viajar. Enterrado até o final, eu quase não quero mover, mas sua boceta me aperta cada vez mais. Então eu saio e enfio de volta tão forte que minhas bolas batem na sua boceta molhada. Ela recebe meu impulso, empurrando a bunda de volta para mim. Eu saio e volto, dessa vez minha mão bate na bunda dela. O tapa faz sua boceta apertar ainda mais. — Porra. — eu digo, repetindo a ação cinco vezes até que sua bunda está rosa brilhante. Eu começo do outro lado e é muito, porque ela solta um gemido alto, e a cabeça cai para frente. Eu monto no seu orgasmo antes de fechar os olhos e esvaziar-me no preservativo, gemendo todo o tempo. Puxo para fora dela lentamente, viro-me e vou até a cozinha jogar o preservativo no lixo. No momento que volto, ela está vestindo o short. — Que porra você acha que está fazendo? — eu pergunto, minha voz mais alta do que deveria. — Hum, eu pensei que tínhamos terminado. — ela sorri para mim. — Não terminamos? — Baby, eu apenas arranhei a superfície. — meu pau está semiduro agora. — É hora de cavalgar, não acha? Ela joga o short no chão, e tira também a blusa que estava enrolada na cintura. — Eu, realmente, adoraria mais que tudo te cavalgar. A única
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questão é, serei uma vaqueira regular ou devo reverter isso? — ela pisca para mim e começa a acariciar meu pau, que agora está pronto para participar da festa. Passamos o resto da noite cavalgando no sofá, no balcão da cozinha, subindo as escadas, sentados na escada, no chuveiro. Nós finalmente vamos para a cama quando os pássaros começam a cantar lá fora. Seu rosto adormece para baixo, em uma posição de estrela do mar. Eu nem sei quando durmo, mas, definitivamente, sei que quando acordo, ela não está aqui. — Filha da puta. — eu digo, levanto e visto os shorts. — Eu juro por Deus que vou arrumar a porra de uma tornozeleira de choque para ela.
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Capítulo Dezoito Kaleigh Eu pisco e meus olhos abrem lentamente, a luz de fora está bloqueada pelas cortinas. Eu me espreguiço e sinto uma dor entre as minhas pernas. Eu sorrio quando lembro novamente de ontem à noite. Passamos, com certeza, do ponto de sermos amigos. Olho para Noah em toda sua glória nua. Seu corpo é uma obra de arte. Ele está com o lençol na cintura, uma mão no estômago, enquanto a outra está jogada sobre sua cabeça. Seu pênis aparece perfeitamente. Foda-se, ele não me deu descanso na noite passada. E seu pau sempre pronto para ação. Ele não precisou parar ou fazer uma pausa nenhuma vez. Eu o desafiei e ele não desapontou e nem seu pau. Eu deslizo da cama, tentando não acordá-lo ao ir para o banheiro. Ligo a água, abro o armário do banheiro e pego uma toalha. Acho umas boxers em uma prateleira, pego uma e visto. Uma vez que limpo o rosto, eu desço. Eu pego minhas roupas que estão em uma pilha na porta da frente, junto com a camisa dele. Eu visto sua camisa, pego o telefone na bolsa, e peço um Uber. Meus olhos vão da tela do meu telefone para a escada que leva ao andar de cima. Por que eu estou indo embora? Por que não posso ir lá em cima e perguntar se ele quer café? Por que não fazer o café da manhã e servi-lo na cama? Por que não acordá-lo chupando seu pau? A resposta para isso é que não tenho ideia. Meu primeiro instinto é correr. Eu abro a porta quando o aplicativo me diz que o motorista está me esperando lá fora. Pego os sapatos, transporto-os nas mãos, junto com a roupa da noite passada. Eu chego em casa sem qualquer sinal no telefone. Talvez ele acorde e ache que eu tinha algo para fazer. Talvez eu devesse ter deixado um bilhete, eu digo
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para mim mesma, enquanto o diabo em meu ombro contribui com os seus dois centavos: 'Talvez você não devesse ter ido embora. ' Eu saio do Uber e tento esgueirar-me para dentro de casa, mas ouço vozes. Vou na ponta dos pés para a cozinha, as roupas na mão, e a bolsa pendurada no pulso. — Olha a puta se esgueirando. — Lauren diz, encostada ao balcão ao lado de Austin. Os braços dele em volta dela. Ela olha para ele de um jeito como se dissesse: seu pau é tão gostoso. — Engraçado, engraçado, Há, Há, Há. Presumo que as teias de aranha foram removidas? — eu rebato. — Oh, definitivamente não há teias de aranha lá. — murmura Austin com um pequeno sorriso. Esta camisa não é do Noah? — ele pergunta. — Eu espero que você tenha dito a ele que estava saindo, Kaleigh. — ela olha para Austin. — Ela não é conhecida exatamente por ficar por perto na manhã seguinte. Ela, hum, gosta de sair antes de ficar estranho. Eu olho para ela com raiva quando ela fala isso para o Austin. — Ele vai ficar louco. — Austin afirma. — Você pegou o meu leite de amêndoas? — pergunto, e ele continua a beber o café e balança a cabeça. — Oh. Então, você pegou o leite materno? Austin cospe o café da sua boca por todo o balcão. Eu sorrio, cruzando os braços sobre o peito apoiada no balcão. — O quê? — ele questiona, olhando para a caneca, depois para Lauren. — Ela está apenas brincando com você. —Lauren ri. — Você vai limpar essa bagunça. — ela aponta para o balcão que agora tem café espalhado nele todo.
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— Eu não estou brincando. Eu pedi leite materno congelado esta semana e troquei. — eu a informo, enquanto ela olha dentro da sua xícara de café. — Você colocou manteiga em minhas batatas, lembra? — eu levanto as mãos em punhos. — Você me deixou beber leite materno de outra pessoa? — ela joga o café pelo ralo junto com o resto do leite. — Isso é doentio, Kay. — Onde diabos você comprou leite materno? — Austin está procurando embaixo da pia por produtos de limpeza. — Precisamos tomar uma injeção para hepatite ou algo assim? — ele pergunta, e passa desinfetante na mão. — Eu pedi on-line. — eu encolho os ombros. — Eu troquei ontem de manhã depois que as crianças saíram. — eu digo, e observo as unhas, e Austin e Lauren começam a surtar. Eu rio sozinha. — E se essa mulher tiver uma doença? Jesus! Podemos ter pego? — Austin se vira para mim. — Eu estou me sentindo um pouco estranho. — ele coloca a mão no estômago, me fazendo revirar os olhos. — Relaxe, foi de um site respeitável para mães que não podem produzir leite suficiente. — eu tento tranquilizá-los antes de alguém bater na porta da frente. — Kaleigh! Você está aí? — Noah grita de fora. Eu arregalo os olhos, a minha boca abre e não sai nada. É como se tivesse sido pega comendo a sobremesa antes do jantar. Austin sorri para mim e caminha até a porta para abri-la. — E aí, cara. Eu ouço da porta da frente. Estou prestes a me levantar e sair correndo pela porta dos fundos. Eu olho a casa, à procura de um plano de fuga.
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— Entre. Posso arranjar-lhe um café? Com ou sem o leite materno? — Austin pergunta e Noah o segue, olhando para ele como se ele fosse louco. — O que você está fazendo aqui? — Noah entra na cozinha e vê Lauren usando a camisa, agora abotoada, de Austin, antes de deslocar o olhar para mim. — Você pegou minha camisa? E então, simplesmente me deixou, porra? — ele coloca as mãos na cintura. Parece que acabou de sair correndo de casa, e provavelmente foi isso mesmo. Sua camiseta se encaixa tão perfeitamente que quero levantá-la e cair de joelhos. — Ela não é muito boa com a coisa do dia seguinte. — Lauren acrescenta, tentando ser útil, enquanto eu atiro-lhe um olhar e depois o dedo médio. Noah caminha até mim. Não, não é uma boa palavra. Ele se lança sobre mim como se fosse a sua presa. Ele me vira e me prende entre seus braços com as mãos apoiadas contra o balcão. — Eu pensei que nós tínhamos combinado de fazer ioga esta manhã? — ele se inclina para mim. Austin ri ao lado de Lauren. — Você não conseguiria fazer ioga nem se tentasse. — ele continua rindo e Noah o encara com raiva. — Além disso, você disse que faríamos a coisa do cachorro. — ele sussurra para mim. Chegando perto do meu ouvido, ele acrescenta: — Eu quero fazer amizade com você. — ele beija minha orelha, e depois lambe, deixando meu corpo arrepiado. Eu tremo sob seu toque. — Qual é a do cachorro? — Austin pergunta em um sussurro que não é totalmente baixo. Lauren apenas chia. — Vocês dois não têm que ir para algum lugar? — eu olho para eles. — Não. — ambos respondem ao mesmo tempo, em seguida, olham um para o outro e sorriem.
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— Volte para casa comigo. — Noah me pede, inclinando-se e passando a ponta do nariz no meu queixo. — Por favor. Eu estou derretendo. Minhas entranhas estão totalmente excitadas por este homem que eu falei que nunca dormiria outra vez, este homem com quem já estive duas vezes agora. Este homem que sabe tocar o meu corpo como um violino. Seus olhos azuis dizem palavras que nós não estamos prontos ainda para falar em voz alta. — Ok. — eu respondo, e Lauren suspira do outro lado da cozinha. Ela sabe que eu nunca baixo a guarda com os homens, nunca. Além disso, acho que Austin vai me matar por fazê-lo beber leite materno. Noah olha para Austin quando ele se vira, abrindo espaço para eu passar e recolher minhas coisas. — Você bebeu leite materno, cara? Você pode morrer por causa disso? — ele desliza as mãos nos bolsos do calção. Austin chia, e Lauren diz: — Não, não pode. Agora, vá embora antes que ele fique louco. — antes de se voltar para Austin. — Você não pode morrer por beber leite materno. Bem, a menos que a mãe tenha HIV ou algo assim. Noah começa a rir, agarra a minha mão e me arrasta porta afora. Ele não diz uma palavra antes de me levar até o carro, abrir a porta e me colocar para dentro. Quando ele está atrás do volante, ele tranca a porta. — Apenas para o caso de você querer saltar. Eu levanto a mão e jogo meu cabelo para trás. — Oh, por favor, você estava dormindo. Eu não queria te acordar. — eu digo, afivelando o cinto de segurança. — Seu nariz está crescendo, Pinóquio. — diz ele, ligando o carro. — Não me acordar minha bunda. Você fugiu tão rápido que eu acho que ainda sinto o cheiro da borracha dos pneus. Eu abro a boca para dizer algo, qualquer coisa, mas não sai nada, exceto. — Eu quero café, por favor.
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Ele se afasta do meio-fio, fazendo o caminho de volta para sua casa, mas para no Starbucks primeiro. Assim que chegamos a sua casa, ele estaciona o carro e pega minha mão ao sair. — Você sabe, só para o caso de você querer fugir. — Ok, entendi, você não gostou. — eu bufo. — É justo. — eu falo e interrompo. — Oh, vamos chegar a isso no minuto em que entrarmos. — diz ele, quase me arrastando para dentro da casa. — Então, onde você quer fazer isso? — ele pergunta. — Já fizemos em quase toda parte. — eu sorrio para ele, tomando o meu Americano com leite de soja. — Quer dizer, eu acho que nós perdemos a mesa de centro, então talvez possamos começar por ali. — eu aponto para o meio da sala de estar. — Vamos lá fora. Podemos sentar à beira da piscina. — diz ele, ainda segurando a minha mão, e me arrastando para lá. Vamos até a espreguiçadeira ao ar livre que nos sentamos antes. Ele puxa o toldo para bloquear do sol. Eu rastejo para ela e sento de costas nas almofadas. Ele me segue e faz a mesma coisa, segurando o café na mão. — Vamos colocar algumas coisas em ordem agora. Eu não digo nada, porque seu tom é sério e estou com dificuldade para engolir, então apenas aceno e ele continua. — Número um. Nós nunca, nunca vamos embora quando a outra pessoa está dormindo ou inconsciente. — ele olha direto para mim. Eu reviro os olhos para ele e tomo um gole do café. — Tudo bem eu já entendi. Não sair sem avisar. Nossa. — Você fez isso duas vezes, Kaleigh, não uma vez, duas vezes. Isso pode ter ferido meus sentimentos. — ele olha para mim agora. — Por quê? — ele pergunta, e o meu coração acelera. Ele está batendo tão rápido que tenho certeza que ele pode ouvir. Ele pega a minha mão e beija o interior
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do meu pulso, onde ele pode sentir minha pulsação. — Somos eu e você, Kay. Você pode me dizer qualquer coisa e eu prometo nunca usar contra você. — Não é nada, sério. Eu só... — eu balanço a cabeça, desvio o olhar dele e fito a piscina, observando o movimento da água. — Eu me apaixonei por um homem que nunca passava a noite, nunca. Na verdade, só namoramos alguns meses, mas foi o meu primeiro amor, se você entende o que quero dizer. Ele acena com a cabeça. Eu engulo e ele aperta a minha mão. — Saíamos e sempre voltávamos para minha casa, porque, bem, ele “morava” com colegas. Eu acho que era a primeira bandeira vermelha. Eu acordava todos os dias esperando que ele estivesse lá, mas sempre encontrava os lençóis frios. Tentei não ter esperanças, não criar caso por isso. Quero dizer, ele estava lá quando íamos para a cama, ele tinha roupas no meu armário, mas ele nunca ficava. — eu saboreio o café para aumentar a minha confiança. — Então, um dia eu fui para casa e todas as coisas dele tinham ido, com um bilhete que dizia “Até logo”. — eu respiro fundo. — É quase tão ruim quanto Carrie ser demitida com um Post-it. De qualquer forma, o telefone dele foi desligado ou cancelado, quem sabe, então, uma noite eu fui passar a noite no apartamento de Stephanie. Nós dormimos depois de assistir Os Goonies. — eu balanço a cabeça. — No dia seguinte, levantamos e decidimos conhecer a nova cafeteria que tinha acabado de abrir, e ali no meio da loja, parecendo que tinha acabado de acordar, estava Alex, com os braços ao redor do pescoço de uma mulher que estava usando claramente uma aliança, outra coisa que ele não me contou. Ele me viu, seus olhos se abriram com o choque, e em vez de ir até ele e dizer que ele era um idiota, eu virei e fui embora. Meu coração quebrou pelo que poderia ter sido, mas quebrou ainda mais porque eu confiava nele e, no final, ele me tratou como uma idiota. Então, eu criei a regra de não me envolver mais. Eu era o tipo de pessoa de entrar e sair. Mas eu não minto. Eu não prometo coisas. — eu 162
vejo seus olhos suavizarem. — Feliz agora por saber meu segredo mais profundo e mais escuro? — eu sorrio, tentando trazer diversão para a conversa. — Bem, pelo menos um deles. Ele pega o copo da minha mão, coloca os dois no chão, em seguida, me agarra, me puxando para o seu colo. Minhas pernas envolvem sua cintura. Suas mãos empurram o meu cabelo do meu rosto e ele o segura. — Eu não sei onde isso vai dar. Inferno, eu nem tenho certeza de qual é a coisa certa a fazer, mas... — ele sorri para mim e seus olhos azuis me hipnotizam. — O que posso fazer é prometer que nunca vou enganá-la ou mentir para você. Provavelmente, vou foder tudo, mas a boa notícia é que eu posso aprender. — ele leva o meu rosto para o dele. — Então, o que você me diz, quer fazer isso, não me deixar no meio da noite? — ele me beija suavemente. — Ou isso, ou vou comprar uma tornozeleira de choque que vai ligar quando você tentar sair. Quer dizer, é a minha última opção. — Ele sorri e eu o beijo com um sorriso. Passamos o resto da tarde realmente na posição de cachorro de cabeça para baixo. E naquela noite, eu vou para a cama com ele, sem planos de fugir.
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Capítulo Dezenove Noah Juro que há um balanço no meu passo, ou seja, consequência das minhas bolas estarem sempre vazias agora. Quer dizer, ter uma namorada é a melhor coisa que acho que já fiz. Ela nem tentou fugir e já faz três dias. Um ponto para mim. — Noah. — Hannah diz da porta. Ela entra, balançando os quadris. O Noah normal tentaria ver se a calcinha dela estava marcando a saia branca que ela está usando. Este Noah está esperando que ela se apresse. — Hannah. — eu me inclino para trás. — A que devo o prazer? — Só dando uma satisfação. Leonard vai voltar na segunda-feira, por isso a Norma vai ter que voltar a trabalhar com ele. Ele tem uma reunião com o novo advogado. Assim, a partir de segunda-feira, você está por conta própria, ou eu tenho que enviar-lhe um temporário. Eu jogo a cabeça para trás, gemendo. — Bem. Vou ver o que posso fazer. — Só isso? — Hannah pergunta, olhando-me. — Sem saber se ela fica gostosa inclinada? Sem ver a foto no Facebook? Nada de ela deve ter menos de vinte e cinco? Eu rio e ergo as mãos, depois coloco-as no peito. — Eu nunca faria isso. — Sim, claro. — diz ela, caminhando para fora, e eu até me esqueço de verificar se ela está usando calcinha ou não. Eu pego o telefone, ligo para Kaleigh, que responde imediatamente, com a voz rouca. — Olá.
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— Jesus, o que foi? — eu pergunto a ela, endireitando a postura, preocupado. — Eu não faço ideia. Estou com febre e meu corpo dói. — ela funga. — E eu estou congelando. Eu vou ao médico em trinta minutos. Eu não consigo nem engolir. — Onde você está? — eu pergunto, já saindo do escritório, em direção ao carro. — Estou em casa. Estou esperando a Lauren voltar, para as crianças não ficarem sozinhas. — Eu estarei aí em dez e vou levá-la ao médico. — Não! — ela grita e depois tosse. — É contagioso. — Nós já nos tocamos inteiramente pela manhã. Além disso, eu sou imune. Eu nunca fico doente. — eu tranquilizo-a e continuo falando com ela até que eu paro e toco a campainha. — Você é tão chato. — diz ela, desligando e atendendo a porta. Ela está usando um moletom largo e um roupão felpudo rosa, e tossindo. — Você não deveria estar aqui. Eu tenho que ser honesto. Eu não sei como tocá-la, então eu entro, antes dela começar a me cortar. Rachel e Gabe estão esperando nas escadas com máscaras. — Ei, pessoal. — eu levanto a mão em saudação. Ambos acenam de volta, mas não têm qualquer chance de dizer nada porque a van de Lauren para na entrada. Ela sai, correndo até porta da frente, observando Kaleigh. Sua mão vai diretamente para a boca. — Ei, Noah. — ela diz e se vira para Kaleigh. — Eu liguei para a mamãe e papai e eles estão te esperando hoje à noite. Mamãe está preparando o quarto de hóspedes. Kaleigh balança a cabeça, pega sua bolsa e sai em direção a seu carro.
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— O que você está fazendo? — eu pergunto quando ela chega ao carro, abrindo a porta. — Você não pode dirigir. — eu digo, e levo-a para o meu carro. — Hum, eu preciso do endereço do seu médico. — eu digo, abrindo a porta para ela. — E, hum, é normal que você esteja sem sapatos? Devo ir e pegar para você? Kaleigh apenas geme, abre a bolsa e pega um chinelo. — Não. — ela murmura enquanto prende o cinto de segurança e abaixa o assento, fechando os olhos. Eu fecho a porta e vou para o meu lado. Abro a porta, e Kaleigh abre os olhos e me dá o telefone com o endereço do médico já carregado nos mapas. Eu coloco-o no colo e sigo as instruções para o consultório. Assim que desligo o carro esfrego sua perna, acordando-a. — Vamos arrumar alguns remédios para você. Ela balança a cabeça, sai do carro e anda quase curvada para o consultório do médico. Ela entrega todos os seus papéis à enfermeira, e se senta ao meu lado. Eu pego uma revista, folheio as páginas, e a enfermeira chama o nome de Kaleigh. Eu observo-a levantar-se e continuo folheando a revista, ela para perto da porta. — Você não vem? — ela me pergunta, com o rosto muito pálido. Eu coloco a revista para baixo e sigo-a. Ela se senta na maca do médico, e eu me sento na cadeira. A enfermeira faz perguntas enquanto eu olho em volta até que ela pergunta algo que faz meus ouvidos se animarem. — Data da última menstruação? — ela pergunta e os olhos de Kaleigh voam para os meus de imediato. — Semana passada. — ela responde, olhando para a enfermeira novamente. — E você está no controle de natalidade, não é? Eu junto os lábios para não rir enquanto ela se contorce em cima da mesa.
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— Sim. — diz ela antes da enfermeira se levantar e avisar que o médico estará aqui em breve. — Então, você está no controle de natalidade? — eu pergunto, juntando meus dedos indicadores. — É uma notícia maravilhosa. — eu pisco para ela. — Sim, exatamente o que eu quero ouvir doente como um cão à beira da morte: o tanto que é gostoso sem preservativo. — diz ela, gemendo e tremendo. O médico chega e sorri quando vê Kaleigh. Eu já o odeio. Quantos anos ele tem, doze? O cabelo penteado para trás, roupas perfeitas, dentes falsos envernizados. Sento-me mais ereto quando ele começa a falar. — Kaleigh, faz muito tempo. Como tem passado? — pergunta ele, lendo o prontuário. — Ela está doente, então... — eu digo, afirmando o óbvio. Ele sorri para mim. — Eu vou cuidar bem dela. Ele pega o termômetro e pede para ela para abrir a boca e eu juro que quero socar aquela ferramenta na garganta desse merda. — Você está com febre. — diz ele, jogando a tampa do termômetro no lixo. Ele pressiona sob o pescoço dela e ela choraminga. Estou prestes a levantar e levá-la em outro lugar. — Oh, não parece bem. — ele pega um palito de madeira, pede para ela colocar a língua para fora. — Ai, deve estar doendo. Você está com infecção na garganta. — diz ele, caminhando para a mesa, escrevendo algo no bloco de receitas. — Aqui está. Você deve se sentir melhor em cerca de dois dias. Se não, precisa voltar. — ele sorri e coloca a mão em seu joelho. Que tipo de médico é esse palhaço? Eu me levanto, limpando a garganta enquanto Kaleigh sussurra para ele. — Muito obrigada, Todd.
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Ele se inclina e beija sua bochecha. — Se cuida. — e sai. — Que porra é essa? Ele acabou de te beijar. Não há qualquer juramento ou algo que diz: Tu não assediarás os pacientes sexualmente? — eu rosno e Kaleigh salta para baixo, vem até mim e toca meu peito. — Relaxa, Tarzan. Vamos apenas dizer que entre nós dois, você é o único com o equipamento certo para ele. — ela pisca para mim, virando-se para sair. Passamos pelo consultório dele no caminho na saída e Kaleigh se inclina para o lado de dentro e diz: — Por favor, diga oi para o Troy por mim e fala para ele que eu lhe devo uma. — Vou falar. — ele sorri para nós ao sairmos. Quinze minutos depois, temos uma sacola cheia de medicamentos e estamos chegando na casa dos pais dela. — Devo entrar? — eu pergunto e tudo que ela faz é encolher os ombros e grunhir. — Seus pais estão te esperando? — pergunto depois que eu saio do carro e corro para o lado dela, que está destrancando a porta da frente. Nós entramos e tudo que se ouve é: Mim Tarzan, você Jane. E o pai dela salta de trás do sofá, mostrando que está só de tanga e chapéu de safári branco. Meus olhos arregalam e Kaleigh grita ao meu lado. — Pai! — ela joga a sacola de remédios no chão e ele protege seu o com as mãos, os olhos arregalados, no momento que sua mãe chega na sala de estar. — Oh, Tarzan, eu espero que você esteja com a sua corda pronta para me balançar. Eu vejo a roupa dela, jogo a cabeça para trás e solto a maior gargalhada da minha vida. A mulher está usando um a parte de cima de um biquíni de oncinha e um lenço com a mesma estampa em volta da cintura. As mãos dela sobem e ela grita no topo de seus pulmões. — MEU DEUS!! — Ei. — digo, levantando a mão. — Dede, você está ótima.
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Ela me enxota com a mão. — Oh, pare com isso, Noah. — ela então olha para Kaleigh. — Oh, querida, você está horrível. — diz ela, indo na direção ela. — Mãe, por favor me diga que você está usando algo embaixo desse lenço de oncinha. — diz ela, pegando na roupa da mãe. Enquanto isso, o pai coloca a manta do sofá em torno de sua cintura, o chapéu ainda na cabeça. — Não, querida, não veio com calcinha. — ela diz baixinho. — Você está doente? — Sim, mãe, eu estou doente. Eu te liguei e deixei uma mensagem de voz. — diz ela, levantando as mãos. — Eu nem sei onde está o meu telefone. — diz ela e se vira, e mostranos que, realmente, não está usando nada, porque dá para ver a parte inferior da bunda. Kaleigh coloca as mãos ao rosto. — Eu não posso fazer isso. Você precisa me levar para um hotel. — ela me empurra para fora enquanto eu aceno para seu pai e pisco para a sua mãe. Uma hora mais tarde, ela está deitada na minha cama. Ela brigou comigo o caminho todo para casa. Tomou os remédios e falou com a mãe ao telefone até que eles a nocautearam. Eu sorrio quando coloco a garrafa de água que ela me pediu ao lado da cama. Desço, e pego o telefone para ligar para Austin. Ele atende imediatamente, e a sua frustração aparece no minuto em que ele atende com um grunhido. — Jesus, era de pensar que depois que você mergulhou o pau no mel, você ficaria menos insuportável. — eu digo, caminhando até a geladeira. — Oh meu Deus, a menos que você não tenha terminado? Seu pau ficou tímido? — Por que somos amigos? — ele sibila.
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— Porque eu já vi seu pau, e tenho uma foto dos seus testículos. Além disso, ninguém te aguentaria com esse humor. Nossa, você está pior do que a minha mãe e ela está entrando na menopausa. — Foda-se, o que você quer? — Kaleigh está doente, então preciso pedir sopa, mas ela é vegana, não come carne. — Então pede sopa de legumes. E o que quer dizer com ela está doente? Onde ela está? — Ela está com infecção na garganta. Ela está lá em cima na minha cama. — Espere um minuto. Realmente tem uma garota na sua cama e você não enfiou o pau no mel? — Bem, ela é minha namorada. Eu não tenho o manual de namorado nas mãos, mas tenho certeza que há algo lá sobre cuidar da sua garota. — eu abro uma cerveja. — Como está sua namorada? A última vez que a vi, ela estava correndo para casa. — Ela não é minha namorada. — ele rosna. — Ela apareceu para trabalhar na segunda-feira e decidimos que não deveríamos trabalhar e dormir juntos. — Nós? — pergunto-lhe. — Ou é você e sua regra estúpida? — Não é uma regra estúpida! — ele grita. — Eu não posso dormir com a minha assistente. — Oh, agora tudo faz sentido. — eu digo, sentando no banco. — Não é só você que é irritado, seu pau também. Ele não pode entrar no mel, então agora a sua abelha está enlouquecendo. — eu rio. — Cara, apenas quebre a regra. Quem sabe, você consegue até sorrir. — Você bateu a cabeça? Talvez você tenha um tumor no cérebro. Isso explicaria toda a merda que você está vomitando.
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Eu respiro devagar. — Eu tenho que ir e me certificar que Kaleigh está bem. Eu rio, sabendo que estou matando-o agora, mas ele apenas desliga. Levanto-me, vou até a gaveta dos cardápios de entrega. Depois ao Google e encontro um restaurante vegano de verdade, peço toneladas de sopa junto com alguns biscoitos e quando acabo, gastei duas centenas de dólares e não inclui um único bife de merda. Eu despejo um pouco de sopa em uma tigela e subo as escadas com ela. Todas as roupas dela estão no chão em uma pilha e meu pau acha que é hora de sair e brincar. — Calma aí, rapaz. — eu vejo a cabeça de Kaleigh sair debaixo das cobertas. — Eu posso estar morrendo. — diz ela, com a voz toda arranhada. — E seus lençóis precisam ser trocados. Eu suei horrores. Eu olho para o meu pau para ver se ele vai murchar por causa da garota suando na minha cama, e não de sexo, mas porque está doente. Não, ele está alerta. Pronto para o combate. — Eu trouxe sopa. — eu digo para ela, que se senta e treme. — Eu preciso de um banho, e você pode me mostrar onde estão os lençóis para eu trocá-los? — diz ela, saindo da cama e caminhando até o banheiro com as mãos na frente dela e trêmula. — Tome um banho. Eu cuido disso. — eu digo enquanto ela entra no banheiro e ouço o chuveiro ligar. Eu coloco a tigela para baixo e retiro os lençóis. Ela não estava brincando. Estão encharcados. Eu atiro-os no cesto e pego os limpos. Depois de arrumar a cama, eu vou até o armário e pego o meu roupão felpudo. Eu saio na hora que Kaleigh sai do banheiro com o cabelo enrolado em uma toalha e uma ao redor do corpo. — Ei, linda. — eu digo, colocando o roupão sobre os ombros. — Você trocou a cama? — pergunta, fechando os olhos até a metade. Ela coloca os braços no roupão e arruma a toalha da cabeça. — Eu acabei de tomar dois Tylenol para abaixar a febre. 171
Eu a trago para mim e a abraço, simplesmente porque é uma sensação do caralho. — Venha tomar um pouco de sopa e você pode voltar para a cama. Você precisa manter-se hidratada. — eu falo para ela, levando-a para a cama. Ela entra embaixo das cobertas limpas. Ela se senta de costas para a cabeceira, apoiada nos quatro travesseiros empilhados atrás dela. — Eu pedi cada sopa que eles tinham, quatro porções de cada. Então você tem vinte sopas. — sento-me ao lado dela e entrego a tigela de sopa. Ela pega a colher e toma. — É canja de galinha caseira? — ela pergunta, seus olhos arregalando. — Eu sou vegana. — Eu sei. Eu pedi do restaurante vegano. Até parece com sopa de galinha. — digo, observando-a comer. — Você pediu sopa vegana para mim? Você trocou os lençóis suados para mim? — ela abaixa a tigela de sopa vazia. — Se eu não estivesse doente, você ganharia um boquete agora. — diz ela e espirra em cima de mim. Minha cabeça dispara para evitar ser pulverizado, mas cai tudo na minha mão. — Desculpe. — ela diz, tentando limpar, mas eu caminho até o banheiro, onde eu tento não ficar enojado que todos os seus germes estejam sobre mim. Quando eu consigo voltar para o quarto, ela está deitada de lado em posição fetal, com o cabelo molhado espalhado sobre o travesseiro. — Eu só vou tirar um cochilo. — diz ela, com os olhos já fechados ao falar. Eu fico na cama ao lado dela, ligo a televisão baixa e observo-a dormir. Eu não sei quanto tempo eu a observo. Eu desligo e fico sob as cobertas, meu corpo a encontra, e nós adormecemos abraçados.
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Na manhã seguinte, ela acorda ainda com febre. Depois que ela toma os remédios e mais Tylenol, ela adormece no sofá, enquanto eu assisto à CNN. Seus pés estão no meu colo, meu braço em sua perna. Eu tirei folga do trabalho, sabia que não poderia deixá-la sozinha, o telefone dela ao lado vibra uma vez. É uma mensagem de Lauren, então eu abro. Espero que você esteja se sentindo melhor e que a mamãe não esteja fazendo você querer cometer suicídio Devo acordá-la ou devo apenas dizer para a Lauren que ela está comigo? Opto pelo plano B. É o Noah, ela está comigo. Vou cuidar bem dela. Ela responde imediatamente. Ela não estava com meus pais? Ela estava, até entrar e pegá-los brincando de Tarzan e Jane. Sua mãe fica sexy de tanga, a propósito. Ecaaaa! Você é um homem doente. Vamos patinar com Austin. Diga para ela me mandar uma mensagem mais tarde. Ele finalmente superou aquela besteira de não foder onde come? Não. Vou me demitir, sabe quem está contratando? Você pode ir trabalhar comigo. Com certeza não vou querer transar com você. Eu atiro isso, sem sequer pensar. Pode ser realmente bom, uma vez que preciso de uma assistente decente, mas Austin vai cagar em cima de mim quando descobrir que ela vai trabalhar comigo. Eu rio pensando nisso. Engraçadinho. Ok, bem, se você tiver uma sugestão de verdade, me avise.
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Estou falando sério. Eu preciso de uma assistente para manter minhas coisas em ordem, e eu soube que você é a melhor. Pense nisso. Avise-me. Assim, as bolas de Austin não vão ficar inchadas de novo. A propósito, eu nunca vou pedir para você pegar café ou comida para mim. Ela não me responde, então eu desligo o telefone e continuo a ver besteiras na televisão, enquanto abraço a minha garota. Eu sorrio. A minha garota. Porra, sim.
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Capítulo Vinte Kaleigh Faz dois dias que eu achei que estivesse morrendo. Eu sabia que estava ficando doente. Começou com dor nos ossos, em seguida, os calafrios e pelo meio-dia eu estava completamente letárgica. O que eu não esperava, era que Noah entrasse em um cavalo branco, um cavaleiro de armadura brilhante, mas com Kilt, sem nada por baixo. Ele fez sopa para mim, tirou folga, trocou os lençóis suados, e nenhuma vez tentou fazer sexo comigo. Quero dizer, não me interpretem mal, seu pau estava alerta e pronto toda vez que me virava ao lado dele, ou quando ele me via tomando banho e até fungando. Agora, acabei de acordar de um cochilo, mais um. Jesus, parece que dormi a semana inteira. Noah está cochilando também. Nós fizemos nada além de ver televisão e dar um novo significado à Netflix e frio. Eu pego meu telefone quando ele vibra na mesa ao lado da cama. Eu me certifico que o barulho não o acordou. Ele está usando shorts e nada mais. Uma coisa que eu aprendi sobre Noah é que, se ele está em casa, está sem camisa. Eu também notei que ele tem TOC com pratos sujos na pia. A minha bunda esteve sobre o balcão, mas Deus me livre colocar um prato na pia e não enxaguar e colocá-lo na máquina de lavar. O mundo tem que parar. Ontem eu fiz isso apenas para vê-lo pirar. Foi bastante divertido, até que ele percebeu que eu estava fazendo e me jogou por cima do ombro e bateu na minha bunda com tanta força que doeu. O telefone vibra novamente na minha mão. Diga para o Noah me ligar depois das nove para discutir sua proposta.
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Eu realmente espero que a proposta dele não seja sobre sexo. Você ainda está alta? Não. Talvez, Sim. Eu estou tão doente. Eu espero que você pegue. Caramba, valeu. Ele disse que o trabalho é seu e para perguntar quando você quer começar. Quando acordei da minha soneca, ele mencionou que ele e Lauren trocaram mensagens e que ele pode ter lhe oferecido um emprego. Fiquei surpresa que ele tenha feito isso, mas o jeito que ele falou fez sentido. — Ele quer transar tanto com ela, que está tornando a vida de todo mundo miserável. Vou fazer apenas pela equipe. Além disso, ouvi dizer que Lauren coloca os e-mails em ordem alfabética. — era como se ela conseguisse pendurar a lua. O que ele acha de segunda-feira? Ela pergunta e eu sei que funciona perfeitamente, porque ele mencionou que ficaria sem assistente a partir de segunda-feira, então não sobra muito tempo, uma vez que já é quarta-feira. Parece que eu preciso transar com ele. Ele está cuidando tão bem de mim. Eu deveria fazer um boquete nele. Com infecção na garganta? Ele pode pegar!!! No pau? Não, idiota, na garganta. Tenho que ir. Eu rio dela, em seguida, coloco o telefone de lado e olho para ele com as mãos cruzadas sobre a barriga. Meu corpo começa a se recuperar para
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ele. Eu me ajoelho lentamente e tiro o roupão, ficando nua. Eu lambo os lábios, rastejando nele, a cama afunda um pouco, mas não o suficiente para acordá-lo. Minhas mãos vão para o elástico do seu short. Eu puxo um pouco. Eu não tenho muito espaço, uma vez que ele está deitado de costas, mas apenas o suficiente para conseguir tirar o seu pênis. Já está semiduro. Eu o aperto na mão suavemente, olhando para ele para ver se ele vai se mexer. Seus olhos nem piscam, então eu dou um passo além, inclino para baixo e coloco-o na boca, apenas a ponta. Quando minha mão fecha na base, ele fica totalmente ereto, eu jogo a minha perna sobre seu quadril e me inclino para baixo, levo-o todo na a boca. Eu repito três vezes antes de sentir suas mãos no meu cabelo e um gemido escapar dele. Solto seu pau e olho para cima. — Desculpa. Eu não podia esperar mais. — eu digo a ele, voltando para ele novamente. — Você pode me acordar toda vez assim. — ele levanta os quadris, empurrando as calças para baixo e me dando acesso total a seu pênis. Eu torço a mão na base, minha boca a segue. Meus mamilos esfregam no short dele, deixando-os duro com o atrito, e também doendo para serem tocados. — Foda-se. — diz ele quando eu o levo até o fundo. — Então. — eu digo, tirando-o da boca, e lambendo até a base, — Quando foi a última vez que você foi testado? — minha língua gira ao redor de suas bolas. Seus quadris empurram para cima em minha mão. — No mês passado. — diz ele, fodendo minha mão, e eu passo da bola esquerda para a direita. — O meu anual. — os olhos dele tentam ficar abertos, mas eu chupo uma de suas bolas suavemente. — Eu também. — eu pisco para ele. — Deve ser um sinal. — eu digo, rastejando de volta para chupá-lo de novo. Suas mãos encontram o caminho para o meu cabelo. Seu pau começa a ficar maior na minha boca 177
e eu sei que ele está quase lá, porque seus quadris começam a empurrar a minha boca toda vez. Solto seu pau e ele geme de frustração, mas para lentamente quando eu subo. — Então, se eu sentar minha boceta em seu pau agora sem preservativo, estaria tudo bem? — pergunto enquanto eu agacho sobre seu pênis. Meus pés estão de cada lado dos seus quadris e os joelhos suspensos. — Estaria mais do que bem. — diz ele, agarrando meus quadris. Eu pego seu pênis, agachada em cima dele. Eu esfrego a cabeça no meu clitóris até minha entrada. Uma vez que ele está lá, eu uso as pernas para abaixar sobre ele. Minhas coxas tremem por que estou indo lentamente. Ele desliza em mim, um centímetro de cada vez. É tão lento que sinto cada parte de seu pênis. Nós dois jogamos as cabeças para trás quando ele está todo dentro de mim. Usando as pernas de novo, eu me levanto e quando eu vou descer, ele empurra para cima, com força. — Eu quero fazer todo o trabalho. — eu digo a ele sem fôlego. — Você descansa. — eu digo, montando-o, minhas coxas começando a queimar um pouco. Suas mãos deixam meus quadris e vão até meus seios. Ele gira meus mamilos com os dedos enquanto eu o monto. Lentamente no início, então meu corpo assume. A necessidade de tê-lo e de gozar me domina. Meus gemidos preenchem o silêncio do quarto. — Eu amo seu pau. — eu digo e movo uma mão para seu estômago e outro para a minha boca, chupando um dedo, em seguida, levo-o para o meu clitóris. Eu começo a esfregar em pequenos círculos. Minha boceta fica apertada, e meu ritmo um pouco mais frenético. Eu olho para Noah e vejo que ele está assistindo seu pênis entrar na minha boceta. — Gosta do que vê? — pergunto ofegante. Uma mão sai do meu peito e ele assume meu clitóris. Ele segue meu dedo, me expulsando às vezes. É uma batalha de quem vai jogar com o meu clitóris. Uma batalha que vou deixá-lo vencer.
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— Este pequeno clitóris rosa. — diz ele, os dentes quase cerrados. — Se eu beliscá-lo, você acha que pode gozar mais forte? — ele pergunta e eu estou quase além da lucidez. Eu lamento minha resposta, estendo as mãos para brincar com meus mamilos. Eu os aperto ao mesmo tempo que ele belisca o meu clitóris. É muito. Meu estômago aperta, os dedos dos pés enrolam, e minha boceta pulsa ao redor de seu pau. — É isso aí. — diz ele. Quando eu desço sobre ele, meus sucos escorrem em seu pênis e pingam em suas bolas. — Foda-se. — ele solta o meu clitóris e eu gozo nele novamente. Minhas pernas começam a tremer quando chego ao orgasmo, a tal ponto que agora o ardor aumenta. Estou quase no final do orgasmo quando ele agarra meus quadris, as pontas dos dedos afundando, e me descendo no seu pênis. Meus joelhos caem para frente. Seus quadris saem da cama, tentando ir mais e mais profundamente enquanto ele goza em mim com um rugido. Eu desabo em cima dele. Nossa respiração começa a voltar ao normal. — Se você quiser me acordar assim todos os dias, eu não vou dizer não. Nunca. — diz ele, empurrando o cabelo do meu rosto, inclinando para beijar o topo da minha cabeça. — Eu vou manter isso em mente. — eu digo. — Estou muito feliz que aconteceu no seu lado da cama. Eu odeio dormir em lugar molhado. — eu rio, seu pau ainda dentro de mim. Eu saio de cima dele e caminho até o banheiro. — Preciso de um banho. — eu olho por cima do ombro para ele. — Você vem? — eu não tenho que perguntar duas vezes, ele já está tropeçando para fora da cama e as pernas estão tentando sair dos shorts. Nós ficamos no chuveiro até nossas mãos parecerem ameixas secas e a água se transformar em gelo. Quando a noite chega, sentamos no balcão, apreciando o resto da sopa, eu me sinto quase humana.
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— Eu tenho duas reuniões amanhã de manhã. — diz ele, colocando o prato na máquina de lavar. — Você acha que vai ficar bem? — pergunta ele, o cabelo todo bagunçado. Ele está diante da pia apenas de cueca. Uma cueca branca da Calvin Klein, que o molda em todos os lugares. — Hum, olá? — diz ele em voz alta. Eu pisco os olhos, finalmente saindo do meu sonho de pau. — Sim, eu vou ficar bem. Eu acho que estou bem para voltar para casa. Não estou mais na fase contagiosa. Ele vem até mim, me pega sob as axilas, e minhas pernas envolvem a sua cintura. — Quer me ver colocando minhas pernas atrás da minha cabeça? — eu mexo as sobrancelhas quando ele começa a caminhar em direção as escadas, parando perto das escadas. — Este espaço é suficiente para você me mostrar e para eu empurrar meu pau em você? — ele pergunta com fogo nos olhos azuis. Eu engulo. — Sim, é perfeito. — e então eu mostro exatamente a aparência de um pretzel. Nua. No momento que eu me afasto dele na manhã seguinte às seis da manhã eu estou contando as horas até que eu o veja novamente. Eu abro a porta assim que Lauren está descendo as escadas para o café. — Você parece muito melhor. — diz ela, caminhando para cafeteira, tirando duas canecas para nós. — Sinto-me cento e cinquenta vezes melhor. Jesus, eu achei que fosse morrer. — eu digo, pegando a caneca de café que ela serviu para mim. Eu me levanto, vou até a geladeira, e pego o meu leite de coco. — Você fodeu com o meu leite? — eu pergunto a ela, observando-a levar a caneca aos lábios, e sorrir por trás dela. — Quem, eu? Não, eu não. — ela toma um gole. — Mas eu não posso confirmar que Austin não tenha.
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Eu gemo, jogo-o na pia. — Cretino. — digo baixinho, sentando no banco, bebendo meu café preto. — Ele bebeu leite materno de alguém. — ela tenta defender seu amante. — Alguém que não conhecemos. Eu a dispenso com a mão, revirando os olhos. — Blá-blá-blá, como estão meus macacos? — pergunto sobre as crianças. Ela começa a me contar uma história sobre Rachel e suas poses de ioga. — Estou tão inchada. — eu a interrompo. — Quando é o seu período? — pergunta ela, inclinando-se sobre o balcão. — Eu acabei de sair dele. — eu falo para ela, empurrando para baixo a pequena barriga que está lá. — Sabe, acho que é ar. Lauren olha para mim, confusa. — Eu transei tanto nos últimos dois dias, que ele provavelmente empurrou ar para dentro de mim. — eu a vejo levantar-se. — Você sabe, a coisa de entrar e sair. — Você está louca? Não é possível inchar por causa de ar sendo empurrado no sexo. — ela cruza os braços sobre o peito. — Bem, o pau dele é enorme. — eu dou de ombros. — Kaleigh, é a merda mais louca que você já disse, e confie em mim, você fala muita merda. Você não está inchada porque o pinto dele é grande e empurrou ar para dentro de você. Isso não pode acontecer. — ela se vira para colocar a caneca na pia. — Você não entende. — eu digo, fechando a mão em punho e batendo em cima da outra, fazendo o gesto do movimento de ar sendo empurrado. — Veja, está sendo empurrado para dentro.
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— Eu não tenho tempo para falar sobre isso com você. Eu tenho filhos para arrumar. — diz ela, afastando-se. — Isso é porque estou certa. — eu respondo. Levanto a caneca, eu levo-a aos lábios. — Você pode totalmente ficar inchada pelo ar que é empurrado para dentro por um pau grande.
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Capítulo Vinte e Um Noah Eu dou um beijo de adeus e assim que ela sai, eu me preparo para ir para a minha corrida. Eu vejo seu traseiro se afastar, pensando que talvez esta noite devêssemos tentar outra coisa. Eu sorrio, pensando nisso. Eu começo a corrida, fazendo listas na cabeça sobre coisas que eu preciso fazer. A primeira coisa é encontrar Sal e garantir que tudo esteja perfeito com o contrato. Tenho que me certificar de que Lauren está realmente disposta a trabalhar comigo. Então faço uma nota mental para pegar algumas coisas veganas para Kaleigh. O escritório está fluindo sem problemas quando eu me preparo para sair para a reunião. A reunião com o Sal é tão rápida que saio antes da hora de terminar. Eu decido visitar Austin. Eu sorrio para Carmen quando saio do elevador e atravesso o corredor. Quando entro na sala, John está sentado no sofá já conversando com Austin. — Jesus, essa semana passou devagar ou o quê? Eu achei que nunca fosse acabar. — eu bato nas costas do John e me sento ao lado dele no sofá. Olho para Austin. — Você está doente? — Ele não está doente. Lauren está segurando a vagina até que ele pare com aquela merda de "Eu não fodo onde como”. — explica John. — Não é besteira. — ele rebate para nós dois. — E se nós tivermos uma boa foda e ela ficar com raiva de mim, nós terminamos, e ela me processa por assédio sexual? E se você passar o resto da vida evitando a melhor vagina da sua vida? — eu finalmente disparo de volta. — Escute, se você quiser, ela pode ir trabalhar para mim. — eu tento me colocar em seu lugar.
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Ele senta ereto na cadeira imediatamente. Oh, porra, isso não é bom. — Sem chance. Você fode com toda assistente que contrata. — Isso foi antes. Sou um homem diferente. Fui a um clube de strip ontem atender um cliente, e meu pau nem se contorceu. Na verdade, ele ficou entediado. Eu acho que pode até ter bocejado. — eu olho para a minha virilha. John me estuda. — Não, merda, você está doente? Eu simplesmente balanço a cabeça. — Eu estou. A propósito, vou levá-la amanhã. — eu me inclino para trás. Porra, tenho que falar para ela que vamos à inauguração de uma boate amanhã. — Ela é tão gostosa. Ela pode colocar as pernas atrás da cabeça, cara. — Eu não quero saber dessa merda! — grita Austin. — Ela é a irmã de Lauren. — Ela não é sua irmã. — eu viro para olhar para o John. — E ela pode segurá-las lá. — levanto a mão para um high five com John. — Lauren vai levar um acompanhante amanhã? — pergunta John para o Austin. Eu deixo minha mão no ar e viro a cabeça para ouvir sua resposta. — Não. — mas ele pega o telefone para enviar uma mensagem para ela. Não sei o que ela diz, mas ele joga o telefone. — Jesus, ela está fazendo da minha vida um inferno. — Pobre bebê. Apenas supere. Transe com ela, trabalhe com ela, e então receberei menos queixas no meu e-mail. — John levanta. — Agora, se vocês me derem licença, eu vou para casa fazer sexo com minha esposa. No sofá, porque nós podemos. — Mentiroso. — eu digo. — As pessoas casadas só fodem na cama. Dá um Google. — eu olho para John enquanto ele sai.
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— Eu aposto que nem fodem no banho. — continuo enquanto Austin ainda olha para o telefone. — Vamos à academia. Você pode resolver sua frustração lá. — eu me levanto. Passamos as próximas três horas batendo em um saco de pancadas. Entro no carro, e jogo a bolsa de ginástica no banco de trás. Quando estou na estrada, eu ligo para a Kaleigh. — Ei. — ela responde suavemente. — Ei, você está dormindo? — eu pergunto a ela. — Sim, eu acabei de deitar. — ela diz e ouço os lençóis se movendo ao fundo. — Você recebeu minha mensagem sobre amanhã? Está tudo bem? — pergunto, desejando poder ir até a sua casa. — Sim, já até planejei a roupa. A que horas você vem me buscar? — ela pergunta, bocejando no final. — Eu ligo para você amanhã e combinamos todos os detalhes. — eu digo a ela, virando na minha rua. — Ok, durma bem. — ela diz, rindo e depois se despede. Paro, estaciono na garagem e fecho-a atrás de mim. Entro em casa, jogo a bolsa na lavanderia, e subo as escadas. Uma vez que entro no quarto, paro na porta. Lá no meio da cama está Kaleigh, que se levanta no cotovelo, olhando para mim. — Espero que você não se importe comigo em sua casa. — ela sorri e eu ando até ela, um sorriso tão grande no rosto que sinto meus olhos cerrarem. — Esta é a melhor surpresa de todas, mas como você entrou? — eu pergunto a ela, retirando a camiseta.
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— Pela garagem. — ela se vira para sentar, segurando o lençol em seu colo, mostrando-me os ombros nus. — Quem falou o código? — eu pergunto, desabotoando o jeans e deixando-o cair nos tornozelos e saindo dele. — Noah, você realmente deveria ser mais original do que 6-9-69. Rachel poderia quebrar esse código. — Se faz você chegar à minha cama, eu iria de 1-2-3-4. — eu digo a ela, e vou para debaixo do cobertor, segurando sua cintura. — E nua para melhorar. Devo ter feito algo realmente bom hoje para você estar aqui em casa. — Bem. — ela diz, encostando- se em mim, — Podemos garantir que você faça algo realmente, muito bom agora. — ela passa pelos meus ombros, e as mãos sobem para o meu cabelo. — Eu acho que quero comer biscoitos. — eu digo a ela, beijando sua bochecha, depois a mandíbula, depois o pescoço, depois seus seios, e depois vou até o biscoito e mostro exatamente o quanto estou feliz por ela me surpreender. No dia seguinte, tomamos café da manhã juntos à beira da piscina. Depois de limpar os pratos, Kaleigh pega um tapete de ioga no carro e sai para fazer ioga junto à piscina enquanto vejo televisão lá dentro. Ela entra, pega uma garrafa de água e vem sentar ao meu lado. — A que horas eu preciso estar pronta? — ela pergunta, colocando os pés debaixo dela. — Precisamos estar lá cerca de oito horas. — eu olho para ela. — Nunca tive uma mulher se arrumando comigo. Você precisa de um banheiro separado ou algo assim? — eu pergunto, incerto de como ficaria o meu banheiro. Vai parecer uma explosão de maquiagem ou ela é o tipo de garota que fica trancada no banheiro durante cinco horas.
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— Oww, você é virgem nessa coisa de namorada, Noah? — ela sorri para mim, inclinando-se, esfregando o nariz contra meu maxilar. — Você ficará feliz em saber que não sou muito fã de maquiagem e demoro cerca de trinta minutos para me arrumar depois de tomar banho. — Você é uma beleza natural, não pensei que demoraria muito, mas eu só tinha que me certificar. — eu a arrasto para meu colo. — É uma banana no seu bolso ou você está feliz em me ver? — ela ri, seu traseiro remexendo em cima do meu pênis. — Devíamos tomar banho juntos para poupar água. — Sério? — eu pergunto a ela, uma mão na sua camiseta e outra no seu seio. — É pelo meio ambiente. — ela ri quando meu rosto enterra em seu pescoço. Eu a carrego ao andar de cima onde economizamos água pelo meio ambiente, e agora estou aqui no meu armário, decidindo o que vestir. — Devemos ir combinando ou isso é demais? — eu grito sobre o ombro e ela entra no quarto usando um sutiã creme e o que parece uma calcinha gigante. — É calcinha de vovó? — pergunto, vendo o tanto que ela está coberta. — Sim, calcinha de vovó. E eu vou usar um vestido creme, então pode escolher a cor. — ela se vira e volta para o banheiro. Porra, nunca pensei que calcinha de vovó fosse tão sexy, mas agora estou tentado a fazê-la usar com mais frequência. Pego meu terno azul e camisa. Estou deslizando meus braços no paletó e colocando meus sapatos marrons quando ela sai do banheiro. Os cabelos loiros estão amarrados em um rabo de cavalo, com o cabelo ondulado, mas o que me para é a roupa, ou a falta dela. O vestido é todo de renda, mangas compridas, com flores bordadas. Você pode ver através dele, por isso que ela escolheu aquela calcinha. A bainha cai na
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metade da coxa e não é reto. Ele ziguezagueia. E em seus pés estão os sapatos mais sexys que já vi na vida, são de uma cor dourada e rosada, saltos baixos, com uma renda amarrada no tornozelo. Uma bolsa champanhe paira no pulso dela. — Estou pronta. — diz ela. Tudo que ela está usando é rímel e brilho labial rosa. Eu sei, de fato, que o brilho labial tem gosto de cereja. — Então, estou bonita? — ela diz, girando e depois a minha boca cai porque ele apenas amarra no pescoço e as costas estão nuas. Não há sequer a alça do sutiã. Meu pau luta contra a restrição para sair. — Hum. — eu gaguejo, meus olhos piscando, minhas palmas suando, meu colarinho nem sequer fechado, mas pareço estar sufocando. — Você está tão quente agora. Se não tivéssemos que sair, eu ficaria de joelhos. — ela me dispensa saindo do quarto, e tudo o que posso fazer é observá-la. Eu ajusto meu pau. — Sinto muito, amigo, mas prometo que você terá muito tempo para brincar. Uma vez que descemos, não entro na garagem. Em vez disso, eu vou para a segunda porta da garagem e pressiono o código, abrindo a porta para revelar o meu Aston Martin DB11 Coupe. Estou prestes a sair quando Kaleigh toca em mim. — É seu? — pergunta ela, olhando-o e piscando. — É. — digo, tiro as chaves do bolso e pressiono o botão de desbloqueio, ouvindo o sinal sonoro. Eu ando até o lado do passageiro e abro a porta para ela. — Depois de você, querida. Ela para na minha frente. — Você já trancou neste carro? — ela pergunta, inclinando a cabeça para trás. — Não. — eu digo, levando a mão ao maxilar, esfregando-o com o polegar.
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— Interessante. — ela diz, fica nos dedos do pé e beija o meu queixo e depois entra no carro. A saia se levanta, e mostra suas pernas longas e perfeitas. Pernas que estavam enroladas na minha cintura não muito tempo atrás, pernas que se entrelaçaram com as minhas durante a noite. Fecho a porta e sento no banco do motorista. Suas pernas estão cruzadas no tornozelo, e as mãos no colo. Eu ligo o carro, e o ruído é música para meus ouvidos. — Eu amo esse carro. — eu digo, dando ré e saindo para a rua. — É muito bonito por dentro. — diz Kaleigh do seu lado do carro, os dedos correndo pela costura do console ao meio. — E o assento é tão confortável. — ela move a bunda no assento. Meu pau sobe como uma besta tentando sair. — O seu assento reclina todo para trás? — ela pergunta. — Eu me pergunto se caibo nesse assento com você. Eu olho para frente, e depois viro para ela, indo para o meio da rodovia e depois voltando para a pista da esquerda, coloco meus olhos na rodovia para não sair da estrada. — Eu teria que me sentar em você, é claro. — ela agora se inclina, seu dedo arrastando minha coxa. — Mas eu teria que me sentar de frente para você ou virada para o volante? — ela pergunta, inclinando-se cada vez mais enquanto eu manobro o carro nas ruas, procurando por um lugar para estacionar, quando eu viro à direita e chego na parte industrial da cidade. Todas as empresas estão fechadas para o fim de semana. Paro em um estacionamento vazio, eu nem chego a estacionar direito antes de nossos cintos de segurança voarem e mergulharmos um no outro. Minhas mãos agarram seu rosto e as mãos dela o meu pescoço. Nossas bocas se encontram no frenesi, meus lábios sobre os dela, nossas línguas deslizando uma na outra. Seguro a bunda dela com uma mão e a outra se move pelo seu pescoço, me aproximando dela. Nossos lábios, nossas respirações saem pesadas enquanto ela passa pelo console. Seus joelhos vão para os lados dos meus quadris. Minhas mãos levantam o vestido e ela desabotoa os
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botões da minha camisa. Seus lábios vão para o meu pescoço onde ela inala profundamente, logo antes de aspirar e depois girar a língua. — Foda-se. — eu digo, minhas mãos agarram sua bunda, apertandoa. Sua mão vai ao meu cinto, e ela desafivela e abre o botão. O som do meu zíper sendo puxado para baixo ecoa muito alto no pequeno espaço do carro. Meu pau fica livre enquanto ela me toma. — Mova minha calcinha para o lado. — ela diz sem fôlego, esfregando a buceta coberta quente no meu pênis. — Você quer meu pau? — eu pergunto a ela, agarrando seu rabo de cavalo em uma mão, puxando-o para trás, me dando todo o acesso ao pescoço dela. — Vá pegá-lo. — eu digo a ela. Ela se levanta de joelhos um pouco mais e leva uma mão para a calcinha, empurrando-a para o lado. Espero que ela pegue meu pênis e afunde sobre ele. O que eu não esperava é que ela enfiasse dois dedos dentro de si e gemesse. Suas costas arqueiam enquanto ela se fode duas vezes e eu olho seus olhos ficam turvos. Eu observo seu prazer até ela tirar os dedos e colocá-los na minha boca. — Você quer minha boceta? — ela pergunta enquanto minha língua lambe seus dedos. Ela finalmente pega meu pênis na mão, esfrega a cabeça na sua fenda molhada. Ela me alinha e depois afunda lentamente, muito devagar, então eu empurro com força, deixando-a ofegante ao preencher sua boceta com fome no meu pau. Pego seus quadris, guiando-a para cima e para baixo. Meu coração bate mais rápido, meu peito aperta como se eu estivesse correndo uma maratona. Estou tentando não pensar que sua boceta é macia como seda, quente como o sol. Suas mãos vão para os meus ombros quando ela me monta, seu rosto aproximando-se do meu, seus lábios bem à minha frente. Sua respiração sopra nos meus lábios. Eu lambo os lábios, sabendo que eu quero prová-la, sabendo que o gosto da sua boceta ainda está na minha língua. Inclino-me mais perto dela, minha
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língua agora está saindo para lamber seus lábios, a língua dela sai para seguir a minha, até que ela se inclina e sua boca funda na minha. Suas mãos se movem dos meus ombros para o meu pescoço, conforme ela sobe e afunda, o tempo todo mantendo o beijo. Minhas mãos esfregam suas costas para cima e para baixo, nossos lábios se conectam e meu pau a preenche. Nossos quadris encontram-se cada vez que ela volta. As mãos nunca deixam meu pescoço, exceto quando ela goza. Eu posso sentir sua vagina convulsionando ao meu redor, e seu gemido sai enquanto ela joga a cabeça para trás e eu me aproximo. Minhas mãos levantam seus quadris para cima e para baixo enquanto eu deixo que ela aproveite seu orgasmo. Quando eu sei que ela está quase no final, eu vejo sua cabeça virar para olhar para mim, seus olhos dilatados, as bochechas coradas, e ao olhar em seus olhos eu gozo profundamente dentro dela. Eu a golpeio com meu pênis e tiro uma e outra vez. Quando eu termino, minhas mãos vagueiam dos seus quadris para suas costas, sua pele se arrepiando com meu toque. — De agora em diante, nós sairemos com este carro pelo menos uma vez por semana. — eu sorrio para ela e ela apenas sorri e olha timidamente. — Eu acho que não posso me mover. — ela diz e coloca a cabeça no meu pescoço. — Então não se mova. — Eu cruzo as mãos sobre suas costas e beijo sua cabeça e ficamos ali, no meio de um estacionamento deserto, quase sem roupa, em que eu acabei de fazer amor com ela.
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Capítulo Vinte e Dois Kaleigh Coloco a mão quase debaixo do meu peito e repouso a cabeça no pescoço de Noah. Eu não sei o que aconteceu, mas foi diferente de tudo que eu já fiz. Quero dizer, já fiz sexo em carro, mas este foi mais. Foi muito mais. Eu pude ver em seus olhos e sentir no meu corpo e não era só o pau grande que ele tinha introduzido dentro de mim. Não sei por quanto tempo ficamos no estacionamento escuro, mas quando finalmente levantei, Noah estava com os olhos fechados. Inclino, beijo sua bochecha e ele abre os olhos. — Docinho. — ele diz e eu sorrio e arrumo minhas roupas. Abotoo a camisa dele e me levanto, tentando passar pelo console graciosamente. — Por que foi tão fácil ir, mas para voltar estou batendo nas coisas? — eu pergunto enquanto me atrapalho para sentar. Meus pés ainda estão sobre o console e os puxo de volta para mim. Eu observo-o enfiando o pau nas calças e fechá-la. Ele abre a porta, sai para se certificar de que suas calças estão fechadas apropriadamente. Quando ele volta, diz: — Saindo, tomada dois. — lentamente, ele nos leva de novo para a estrada. Quando chegamos à boate, já tem uma fila na frente. O valet tem seis homens correndo para levar todos para dentro. Um manobrista abre a minha porta, e estende a mão para me ajudar. Eu pego e coloco uma perna para fora e depois outra, e a bolsa na frente da minha virilha para me certificar que não haja visão nenhuma da minha vagina. Noah me encontra na parte de trás do carro, e segura minha mão na dele. — Pronta? — ele pergunta e eu aceno com a cabeça deixando-o me levar para dentro. Caminhamos pelo tapete vermelho, passamos pelos
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fotógrafos que vêm e gritam o nome de Noah. Ele cumprimenta com a cabeça, sorri, até que para no final do tapete logo antes da porta. — Sorria. — ele diz enquanto me agarra pela cintura e me coloca ao seu lado. As portas se abrem e entramos. A música está alta em comparação com o silêncio lá fora. O chão treme por causa de todas as pessoas dançando e se movendo. Olho em volta e vejo que a iluminação é suave, com velas. É quase impossível mexer-se na multidão, mas Noah, de alguma forma, a atravessa e sobe as escadas para encontrar todos. Eu busco rostos familiares quando ouço Noah dizer: — Este lugar está insano. — ele balança a mão de Austin. — Parabéns, cara. — Sua camisa nem sequer está abotoada corretamente. — Austin aponta para ele e nós dois olhamos para sua camisa que está, na verdade, sobrando um botão em cima. Eu sorrio e encolho os ombros. — Não posso evitar se ele se veste como um cara na GQ. Onde está Lauren? — eu olho para ele e para fora para ver se consigo ver Lauren, mas em vez disso acho Jake. Porra. — Ah, merda. É o Jake e a destruidora de lares? — eu viro em direção ao bar. — Foda-se. — diz Austin logo antes de ir atrás da Lauren e, agora, um Jake irritado. Vejo que os dois começam a falar e depois, Jake se vira e se afasta. — Deixe-me apresentá-la a todos. — diz Noah, entrando na cabine que seus amigos estão sentados. — John. — ele diz, apontando para um cara que está com as mãos esticadas sobre o sofá em que ele está sentado. — Está é Kaleigh, minha garota. John se inclina para frente e levanta a mão para cumprimentar a minha. — Finalmente, alguém estragou o pau dele. — ele diz, rindo e olha para a mulher que está sentada à sua direita. — Esta é minha esposa, Dani. Sou eu que agora se inclina para apertar sua mão.
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— Nunca pensei que veria o dia em que alguém iria domesticá-lo. — diz ela, tomando sua bebida. — Vocês vão assustá-la. — diz Noah, inclinando-se para pegar uma garrafa de água enquanto prepara uma vodca com cranberry para mim. — Você não estragou o meu pau, eu juro. — ele me beija no nariz e continua apresentando-me: Cooper, um ex-jogador da NHL e muito gostoso, e sua esposa igualmente gostosa, Parker. — Vocês simplesmente perderam Matthew e Karrie. — diz John. — Oh, merda, desculpe, nós estávamos em outro... — ele olha ao redor, tentando pensar em uma palavra — Entretenimento. Dani explode em uma gargalhada. — Desde quando você é tímido em nos contar sobre suas aventuras? — ela acena com a cabeça para mim. — Eu já gosto de você. — Eu não beijo e conto. — diz Noah, sentando-se ao lado deles e me puxando para o lado dele. Seu braço vai para a parte de trás do sofá ao redor dos meus ombros, e Cooper ri alto, se intrometendo. — Cara, você beija e se vangloria. John se inclina para dizer: — Foda-se, teve uma vez que ele me mostrou uma foto do pau dele. Eu quase vomitei. Eu me inclino para trás no braço dele, rindo. — Só porque você descobriu que seu pau era pequeno e sabia que não tinha uma chance na vida. — ele diz, apontando para ele com a garrafa de água. John apenas ri dele, enquanto Dani se inclina. — Seu pau é ótimo. Não deixe que ele fale assim com você. Todos rimos agora. É então que vejo Lauren subir as escadas com Austin seguindo logo atrás dela.
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— Ei. — eu digo quando está perto o suficiente. — Onde você esteve? — pergunto, inclinando-me sobre Noah para olhar para ela, enquanto nos deslocamos na cabine, para dar espaço para sentarem. Austin senta primeiro e depois puxa Lauren no colo. Olho minha irmã, cabelo um pouco desgrenhado, bochechas rosadas. Abro a boca e me inclino para ela. — Você, com certeza, estava transando! Ela suspira alto e olha para mim, tentando negar, balançando a cabeça. — Oh, sim, você estava. Você está brilhante e com aquela cara de quem acabou de ser fodida. Confie em mim, eu conheço esse olhar. — eu me aponto com dois dedos. Lauren olha em volta e vê que todos estão conversando entre si e a música está alta, então ninguém está realmente prestando atenção na nossa conversa. — Você está louca. — ela me diz e depois muda o assunto. — Estou morrendo de fome. — falo alto e todos concordam. — Pizza? — Dani sugere, levantando-se. — Vamos. Todos nos levantamos e caminhamos para a saída. Nós seguimos o grupo para fora enquanto eu olho ao redor da boate, que está ficando cada vez mais cheia. Na saída, Noah se dirige para o manobrista, e entrega um cartão, organizando para que o carro seja entregue em sua casa. Eu puxo Lauren de lado. — O que Jake queria? Ela balança a cabeça. — Apenas me informar que agora está noivo e que eu não deveria estar namorando meu chefe, ou pelo menos, foi isso que entendi. Depois que eu vi o anel de noivado, apenas saí. Alguns fãs chamam o Cooper, e ele vai até eles tirar algumas fotos. Enquanto eles fazem isso, nós subimos em um enorme ônibus preto
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de festa, que Scarlett reservou para que os convidados que bebem não dirijam de volta para casa. — Eu mal posso esperar para tirar esses sapatos. — Parker lamenta, apoiando os pés no colo de Cooper. — Você pode usar sandálias amanhã quando formos patinar com Austin. — ele diz para ela. — Patinar? — Lauren pergunta. — Oh, sim. Eu contei para eles sobre Gabe, e uma vez que Matthew está na cidade e quer praticar com Cooper, vamos nos encontrar na pista ao meio-dia. — Oh, vai ser divertido. Posso ir? — John pergunta do seu lado do ônibus. — Você sabe patinar? — pergunta Austin. — Bem, não como vocês, mas eu posso tentar. — ele afirma e Dani ri alto. — Querido, eu te amo muito, mas você não sabe patinar. — Dani se inclina e beija sua bochecha. — Eu vou. — Noah anuncia de seu assento. — Você patina? — eu pergunto para ele, de repente ficando excitada novamente. — Sim, eu joguei na faculdade. — diz Noah. — Ele era muito bom, poderia ter feito profissionalmente se ele não tivesse seguido os passos de sua família. — diz Cooper. — Ele era só bom. — Austin acrescenta. — Não há necessidade de aumentar ainda mais o ego dele. — Só bom, o caralho, eu fui o segundo melhor marcador dos times. Eu tive mais minutos na linha defensiva.
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— Eu era o melhor avaliador. — diz Cooper. — No caso de alguém estar perguntando. — ele sorri e Parker ri dele. Passamos duas horas na pizzaria, rindo com as histórias deles dos velhos tempos. Austin pergunta para a Lauren: — Sua casa ou a minha? Eu acho que isso responde à pergunta se eles estão juntos ou não. — Eu vou para a casa do Noah. Então você pode ir para casa e gritar alto como macacos sem que eu escute. — eu corro atrás de Noah, que já acenou para um táxi. — Vamos passar pela minha casa e pegar algumas roupas para amanhã. — sugere Austin, gritando com Noah para esperá-los. Nós nos despedimos de todos e entramos no táxi. — Vocês moram perto um do outro? — Lauren pergunta. — Eu não podia deixar o meu mano. — brinca Noah. Nós paramos na rua acima da dele, um bairro elegante e moderno, onde todas as casas são de três andares. — Eu não tinha ideia de que vocês eram vizinhos. — eu digo a eles ao saírmos do táxi. — Lá se vai o nosso mergulho, nus. — eu pisco para eles e Austin finge vomitar. — Feche as janelas, vocês dois. — brinca Noah enquanto sigo seus passos. Uma vez dentro da casa, eu jogo a bolsa na mesa e ele agarra meus quadris por trás, beijando meu pescoço. — Eu acho que vamos transar só de sapatos dessa vez. — suas mãos levantam e agarram meus peitos. — Além disso, acredito que você me prometeu que me deixaria provar. — ele diz, levando-me ao sofá, onde me empurra e me mostra exatamente o que quer provar.
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Quando o sol aparece, estamos apenas terminando. Ambos cobertos de um leve suor, nossos peitos subindo e descendo e ele cai ao meu lado, seu pau escorregando para fora de mim. — Foda-se, nunca fica chato. — sua mão está na minha barriga. — Eu preciso de um banho e precisamos acender uma vela. É fato que essa sala está cheirando sexo. — Eu não estou sentindo cheiro de nada. — ele diz, me puxando mais para o seu lado. — Vamos descansar alguns minutos e depois podemos tomar banho. Eu fecho os olhos. — Apenas alguns minutos. — eu digo e escuto seus roncos lentamente preencherem a sala. Eu não sei por quanto tempo durmo, mas quando tento me mexer, estou presa pela perna de Noah que está jogada por cima das minhas. — Sai. — eu digo, escorregando debaixo dele enquanto ele geme e se vira de bruços. Nós não tomamos aquele banho. Pego minhas roupas e empilho-as na mesa e eu vou para a cozinha fazer o café. Pego nossas roupas e subo as escadas para o banheiro. Só faz algumas semanas, mas metade das minhas coisas está aqui. Parece que eu moro aqui. Quero dizer, não. Ligo a água, tentando pensar quando foi a última vez que dormi na minha casa. Minhas pernas estão mais sensíveis do que o normal. Coloco a cabeça debaixo da água e ela cai em volta do meu corpo. Eu relaxo sob a água morna, e mexo os ombros quando sinto seu corpo atrás de mim. — Você tomou banho sem mim? — ele diz e beija a minha nuca. — Nós devemos economizar água. — seu pênis agora me cutuca na parte de trás. — Eu estou de folga sexual até amanhã. — eu digo, e suas mãos levantam, agarrando meus peitos e rolando meus mamilos. — Bem, pelo menos até esta noite. — eu sinto seus lábios no meu pescoço agora sorrindo enquanto a mão vai para minha boceta e dois dedos deslizam pelas minhas
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dobras. — Tudo bem, pelo menos por uma hora. — eu me afasto dele, virando-me para vê-lo. Seu cabelo está meio molhado da água, seu peito com gotas de água sobre ele, algumas gotas seguem o caminho até seu pênis, que está pronto para mais. Seus braços levantam tentando me alcançar, mas eu saio do caminho. — Não, folga de vagina! — eu digo para ele, pego o sabonete e a esponja. — Você não tem câimbras no pênis se usá-lo demais? — eu pergunto enquanto se lava. — Eu não acho que isso realmente aconteça. — ele encolhe os ombros e começa se lavar. — Quero dizer, nós usamos muito, mais do que eu já usei antes. Enxaguo-me e saio do caminho para que ele possa entrar debaixo da água. Saio do chuveiro, e agarro uma toalha fofa e grande que ele tem no suporte. Embrulho uma em volta do meu corpo e a outra no meu cabelo, e vou escovar os dentes. Eu olho para ele enquanto ele termina o banho, ele sai e pega uma toalha, envolvendo-a em volta da cintura. Ele se aproxima do balcão, vai para a pia fazer a higiene dele. Ele agarra a escova de dente e nos olhamos. — Vê algo que você gosta? — ele pergunta, piscando para mim e continua a escovar os dentes. Balanço a cabeça e entro no quarto. Eu remexo as roupas que tenho na cadeira no quarto. Não vejo nada que eu quero usar, vou até seu armário e pego uma camiseta branca. Ela vai até o meio da coxa. Eu desço as escadas com a toalha ainda enrolada no cabelo. Abro as persianas ao redor da casa, deixando entrar luz e acendo algumas velas. O cheiro do sexo da noite passada desapareceu. Eu vou à cozinha, e preparo o nosso café. Eu me sento no banquinho, pego seu iPad e entro no meu Facebook. Eu vejo algumas fotos da noite passada que John postou. Há uma foto nossa que ele tirou na pizzaria. Estou rindo de algo que Noah disse sobre seu pau
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enquanto ele se inclina e seu nariz toca minha testa, e a minha cabeça esconde o sorriso, que é perceptível no rosto dele por causa dos olhos enrugados. Seu paletó está ao redor dos meus ombros, porque estava frio. Uma foto simples, mas ainda assim tão íntima. Eu salvo a foto e envio para mim. — Eu gosto dessa foto. — ele diz sobre o meu ombro. — Salve como meu protetor de tela. — ele diz, e vai pegar o café, depois abre a geladeira para pegar um pouco de suco de laranja. — E tirar as bolas de Austin. Você tem certeza? — eu digo, sorrindo para o iPad. Ele pega cereal da despensa e derrama em uma tigela. — Não posso acreditar que são quase onze. — digo, fechando o iPad. — Meu corpo está rígido de dormir no sofá. Eu vou alongar. — eu digo a ele quando eu saio do banquinho e coloco a xícara na pia. — Lava-louças. — ele diz com a boca cheia de cereais. Reviro os olhos para ele e coloco-a na máquina. Balançando a cabeça, eu vou para a sala de estar, desenrolo a toalha do meu cabelo, meu cabelo úmido cai. Pego meu cabelo e enrolo-o para o lado. Eu começo com as mãos ao lado, colocando um braço à frente e o outro no ombro. Repito com o outro braço. Então, me inclino para frente com as pernas juntas, segurando os tornozelos, levando a cabeça às canelas e esticando as pernas. Eu respiro e paro quando sinto a mão dele mover minha camiseta sobre minha bunda. — Devíamos fazer isso nus. — ele diz, tirando a bermuda. Eu rio dele, e me levanto, a camisa me cobre de volta. — É muita roupa. — ele diz e puxa a camiseta sobre a minha cabeça. — Agora está muito melhor, você não acha? Eu balanço a cabeça e me viro. Ele quer brincar com fogo, eu vou queimá-lo. Então, eu começo meu alongamento novamente da esquerda para a direita. Eu olho por cima do ombro e ele imita meus movimentos. Eu
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me inclino na frente dele, segurando meus tornozelos de novo. Ele curva os joelhos um pouco, alinhando seu pênis comigo. Ele se curva sobre mim. — É ioga de casal? — ele pergunta quando começa a mover seus quadris. — Como devo empurrar para você se centrar? — De onde você tirou isso? — eu rio enquanto estou tentando não me concentrar em sua dureza. — Eu vi em um filme uma vez. — ele diz e então começa a voltar. — Boom. — impulso. — Boom. — impulso. — Boom. — impulso. — Boom. — Estou prestes a abrir as pernas e dar-lhe acesso quando ouço a voz de uma mulher gritando. — O que está acontecendo aqui? Minha cabeça levanta e vejo uma mulher loira usando uma saia de linho e um casaco correspondente. Minha boca se abre, dou um grito ao pular e me cubro com as minhas mãos. Inclino-me para agarrar a camiseta que Noah acabou de tirar, colocando-a na minha frente. — Sério, Noah? — a mulher pergunta novamente enquanto eu a observo. Seu cabelo está perfeitamente penteado, uma bolsa Chanel na mão. — Mãe. — ele diz e minha cabeça vira de repente e vejo Noah inclinando-se para pegar a bermuda e colocá-la na frente dele. Ele também fica na minha frente, bloqueando-me de sua mãe, que nem sequer está tentando cobrir os olhos. — Você já ouviu falar em bater? Ou, eu não sei, ligar? — ele diz e eu seguro a camiseta no meu peito, me apoio nas suas costas e fecho os olhos, desejando que o chão me engula. — Eu bati. Eu bati e nada, então eu usei minha chave. — ela diz, indo ao sofá se sentar, olhando em volta e cheirando. — Que cheiro é esse? — ela diz. — Você não vai dispensá-la? — ela fala, fazendo-se confortável.
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— Mãe, se alguém vai ser dispensado, é você. Você não pode simplesmente entrar aqui. — ele para no meio da frase porque a mão dela sobe. — Ah, Noah, não foi suficiente ontem à noite e esta manhã? — ela balança a cabeça, fazendo um sinal de gatilho. — E sem preservativo. Achei que você se cuidava melhor. Ela provavelmente está tentando prendê-lo com uma criança ou — ela me dá um longo olhar —quer alguma coisa. Minhas costas viram, junto com a minha cabeça. — Chega. — eu ouço Noah gritar. — Não. — eu digo de trás dele, coloco a camiseta, e vou para a frente dele. — Para sua informação, eu não quero nada dele, além dele mesmo. — eu gaguejo. Boa hora para ficar sem palavras. — Você não me conhece e ainda assim você chega aqui, sem avisar, e assume que você sabe o tipo de pessoa que eu sou. Uau. Eu vejo que ele não herdou isso de você. — eu estou prestes a me afastar, mas a mão de Noah pega a minha. — Eu acho que você precisa ir, mãe, e na próxima vez que vier, ligue e não use sua chave. Você nunca sabe como vai nos pegar. E haverá uma próxima vez. — diz ele, sua mão se move em torno do meu ombro e a bermuda ainda cobre seu pênis. Ela olhos nós dois, levanta-se, e agarra a bolsa. — Eu diria que espero vê-la novamente, mas vamos ser honestas, você vai ser apenas uma história engraçada que vamos contar no Natal. — ela se vira e sai da casa. — Eu preciso ir. — eu sussurro, indo para o andar de cima.
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Capítulo Vinte e Três Noah — Eu preciso ir. — ela sussurra, indo para o andar de cima. Como os dois melhores dias da minha vida viraram merda tão rápido? Eu jogo a cabeça para trás, esfrego rosto com as mãos. Sem esperar mais um segundo, eu corro até as escadas, subindo de dois em dois degraus. Uma vez que eu chego à porta do quarto eu a vejo correndo ao redor do quarto, e embalando não apenas o que ela usou na noite passada, mas tudo o que ela tem aqui. — Que diabos está acontecendo agora? — eu pergunto para ela, entrando no quarto. — Hum, eu acho que deveríamos ter um pouco de espaço. — diz ela soltando a bolsa, indo para o banheiro pegar mais coisas. Caminho até a bolsa, eu começo a desempacotar e colocar as coisas de novo onde elas pertencem. Ela sai do banheiro, as mãos cheias com as merdas dela, e deixe-me dizer que eu amo suas merdas, e para de repente. — O que você está fazendo? Eu não me incomodo de olhar para ela. Acabo de colocar as roupas de volta na cadeira em uma confusão empilhada, algumas caem para os lados. — Eu acho que é bastante autoexplicativo. — eu digo, caminhando de volta para ela, agarro as coisas de sua mão. — Não tem negócio de espaço, porra. — eu ando para trás, despejo o material em cima do balcão, volto e olho para ela na porta do banheiro e me inclino no balcão. — Minha mãe é uma cadela. Esse é um fato já conhecido. Foda-se, nem meu pai gosta dela. Ele a tolera, mas... — eu paro quando vejo as perguntas em seus olhos. — Meus pais me tiveram porque era a coisa certa a fazer. Dois advogados importantes criando uma vida. Isso os levou para um novo
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nível, mas uma vez que eu cheguei, foi um nível que minha mãe não queria, então eu fui criado por babás. Seus olhos ficam moles. — Meus pais não são amorosos como os seus, docinho. — eu ando até ela, e aproximo seu rosto do meu. — Minha mãe será uma cadela até fechar os olhos e, mesmo assim, é possível que ela volte apenas para foder comigo. Não defina a mim, ou nós, por causa da minha mãe. Ela coloca as mãos na minha. — Ela é realmente uma cadela. É bom que meus pais tenham me ensinado boas maneiras porque... — e eu a impeço, levo os lábios aos dela e eu aperto suas bochechas com as mãos. — Agora, podemos voltar para baixo e fazer ioga nus, por favor? Seu sorriso brilha, os olhos enchem de luz, e seu riso dispara direto para o meu coração, depois para o meu pau. Opa, eu acabei de dizer coração? Porra. Parece que sim. Eu meio que gosto disso. Poderia ser pior. — Nós não vamos fazer ioga nus até que as fechaduras sejam trocadas. — diz ela e eu a solto, caminhando até minha mesa de cabeceira onde eu pego o telefone. — O que você está fazendo? — Chamando um chaveiro. — eu me viro e sento na cama e quarenta e cinco minutos mais tarde, eu tenho novas fechaduras na porta. E quarenta e sete minutos depois eu estou enterrado até as bolas nela, enquanto fazemos ioga nus. No dia seguinte eu lhe dou um beijo de adeus quando saímos para o dia e eu estou entrando no prédio ao ver Lauren. — Olhe para você aqui tão cedo. — eu sorrio, segurando a porta aberta para ela. — Começamos às nove, certo? — ela pergunta, olhando para o relógio.
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— Sim, mais ou menos. — eu digo a ela, cumprimentando os seguranças na entrada. — Mais ou menos? Como assim, mais ou menos? — ela pergunta, pressionando o botão do elevador para subir. — Lauren, eu não sou Austin. Eu não vou te enlouquecer se você chegar dez minutos atrasada. Merdas acontecem. Agora eu tenho Norma para te mostrar como as coisas funcionam. Você a terá por duas horas porque Leonard volta esta tarde. — eu digo, saindo do elevador e mostrando-lhe o escritório de Norma. — Eu espero que você seja uma aprendiz rápida. — eu pisco para ela enquanto ela tira um caderno da bolsa. Eu sorrio para ambas, em seguida, vou para o escritório, verificar meus e-mails. Duas horas mais tarde, quando olho para cima, Lauren está sentada à sua mesa com quatro colegas, do primeiro andar. Eu não sei o que ela está falando para eles, mas parece que está contando uma história de sexo sujo superquente. Eu pego o telefone, tiro uma foto e envio para Austin. Meu assistente é melhor que o seu! Foda-se! Ele responde, me fazendo rir. Cara, ela é muito boa, esses idiotas estão comendo-a. Eu olho para trás enquanto ela aponta para algo na tela do computador. Deixando as piadas de lado, ela simplesmente limpou a minha agenda em dez minutos. Ele não me responde mais. Em vez disso, flores chegam. Muitas delas. Eu rio, pensando na boa jogada. Eu pego o telefone, ligo para a minha garota. Ela responde sem fôlego após o segundo toque. Eu sorrio e abaixo a voz. — Você está brincando sozinha?
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Ela ri. — A maioria gosta. Como você sabia? — Meu pau tem um radar para quando você está com disposição. Ele está atento e pronto para batalha. — Isso é uma imagem. Seu pau vestido e pronto para a guerra, com um pequeno capacete. — Ei. — eu estalo, — Não há nada pequeno sobre meu pau. Você nunca coloque pequeno e pau na mesma frase. — Tudo bem. — diz ela, rindo. — Sua cabeça é tão grande que não tem um capacete adequado. — Melhor, muito melhor. — eu viro a cadeira, olhando para fora. — Agora o que vamos fazer para o jantar? — Eu tenho que tomar conta de Rachel e Gabriel para Lauren pode ir buscar o carro. — Oh, bem, então eu vou até lá. Que tal eu levar pizza? Crianças comem isso? — Sim, Noah, crianças adoram pizza. Você pode levar uma vegana para mim? — ela diz baixinho. — Pode haver uma surpresa esta noite se você levar. — Eu mesmo farei pizza se não tiverem uma. Ela ri. — Bem, nos vemos pelas cinco, mais ou menos. — Veja, você usa o mais ou menos. O que a sua irmã tem contra mais ou menos? — Ela nunca vai entender o conceito de mais ou menos. Nunca. — ela suspira. — Vejo você às cinco. — Até mais tarde, docinho. — eu digo, deligando. A tarde passa sem incidentes. Lauren organiza tudo e eu não sei o que eu fazia antes dela. A pizza agora está no banco do passageiro. Sem saber do que as crianças gostavam, eu acho que eu optei pelo cardápio 206
inteiro. Porque tem seis pizzas. Uma só de queijo, uma de pepperoni, uma para amantes de carne, uma de vegetais, uma havaiana e uma vegana. Estaciono na entrada da garagem, e vejo que eles estão todos do lado de fora. Gabe está com um taco de hóquei, fazendo alguns movimentos, enquanto Kaleigh está fazendo algumas posições com Rachel. Quando eu desligo o carro, todos eles correm para o carro. — Oi. — eu digo saindo, dando um beijo de olá em Kaleigh, em seguida, inclino-me para beijar Rachel. — Você pegou de pepperoni? — Rachel coloca as mãos nos quadris. — Sim. — eu digo, batendo no ombro de Gabe. — Quem é que vai me ajudar a carregar? — falo, abro a porta e levanto as caixas. — Quantas pessoas você estava esperando? — Gabe pergunta, rindo. Encolho os ombros, sigo-os para dentro, levando todas as caixas. Quando as coloco no balcão, abrimos e Rachel enruga o nariz quando vê a de vegetal. — Eu não quero essa. Kaleigh vai pegar pratos, volta e entrega para mim e Gabe. Então, ela pega uma fatia de pepperoni para Rachel. Sentamo-nos à mesa onde eu ouço histórias de todas as crianças da sala de aula de Rachel. Cada uma delas. Quando é hora de limpar, digo a Kaleigh que vou cuidar disso para que ela possa dar um banho na Rachel. Eu arregaço as mangas e Gabe vai fazer sua lição de casa, e eu vou colocando a louça na máquina de lavar. Eu abro e vejo que ela não está organizada. Balanço a cabeça e começo a reorganizar tudo. Até o momento que eu termino, Rachel já está saltando para baixo. — A tia Kay disse que está tomando banho e que é para você não ir mostrar seu brinquedo. Que brinquedo você tem? — ela pergunta e pego a menina com pijamas limpos e cabelos molhados penteados e trançados. — Hum. — eu começo a pensar em algo.
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— Posso pintar suas unhas? — ela pergunta. — Claro. — eu digo, se isso vai levá-la a não pensar sobre o brinquedo que eu tenho para a tia. Ela grita de alegria, batendo palmas e pulando para cima e para baixo. — Eu vou pegar minha maleta. — diz ela, correndo de volta para o canto da sala de jantar, trazendo uma maleta de maquiagem quadrada rosa brilhante. Ela caminha até a sala e coloca sobre a mesa. — Venha sentar, Noah. — ela diz e eu vou me sentar. Ela abre a maleta rosa, mostrando-me que ela tem cerca de dez cores de esmaltes. — Que cor você quer? — ela pergunta e eu me inclino, e olho as cores. Verde, amarelo, azul, laranja, vermelho, rosa, marrom, branco, cinza e preto. — Eu não sei. — eu digo, tirando um vidro da maleta. — Que cor você acha que eu devo usar? — eu pergunto, pegando outro vidro. — Eu amo laranja. — diz ela, agarrando o laranja brilhante. — Significa ser uma borboleta social. Eu levanto as sobrancelhas. — Sério? — eu pergunto a ela. — Sim, Google. — ela diz, fazendo Gabe rir da sala de jantar, onde ainda está fazendo a lição de casa. Pego meu telefone, e procuro informação, e você sabe o quê? Ela está certa. — Olhe para isso. Que tal fazer laranja nos meus pés e rosa na mão? — eu digo a ela, lendo a descrição de rosa. Ela balança a cabeça e vai pegar um banquinho para sentar-se e pintar as unhas, ou, na verdade, pintar a pele ao redor das unhas, junto com as minhas unhas. Um dedo tem esmalte todo até os nós dos dedos. — Não mova as mãos ou você vai estragar. — ela me diz para colocar os pés sobre a mesa.
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Felizmente, eu tinha tirado minhas meias quando começamos esta aventura. — Você tem pés grandes. — diz ela, pintando meu dedão do pé. — Tia Kay diz que pés grandes significam... — Rachel. — Lauren grita da entrada da sala de estar. — Mamma, você está em casa. Olha, eu estou pintando as unhas de Noah. Ele não quer que ninguém saiba que ele é uma borboleta social, assim coloquei nos pés. Ela entra, olhando o trabalho de pintura. — Oh, está tão bom, você está fazendo um trabalho maravilhoso. — ela beija sua bochecha e Rachel perde toda a minha unha completamente e pinta o topo do meu pé. Lauren vai conversar com Gabe e eu espero minhas unhas secarem. Quando Kaleigh finalmente desce, eu vejo que ela está vestindo pijama e o cabelo está amarrado em um coque. — Presumo que você vai ficar aqui? — pergunto quando ela se senta ao meu lado. — Você não está enjoado de mim ainda? — ela inclina a cabeça para o lado. — Ainda? Por que, você está enjoada de mim? — eu imito seu movimento com a cabeça. — Nem um pouco. — Bom, então deixe seu carro aqui e eu a levo para o trabalho amanhã. Eu tenho que estar no tribunal às nove. Então vai funcionar. — eu digo, inclinando-me. — Além disso, você me deve uma surpresa e eu quero mostrar o meu brinquedo. — Ah, sim, o seu brinquedo é grande? — ela se inclina para mim. — Vocês podem não falar sobre brinquedos no meu sofá, por favor? — Lauren grita da cozinha.
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— Eu não vi nenhum brinquedo. — diz Rachel de algum outro lugar. — Ok, vamos lá. — eu digo, levantando e dizendo adeus a todos. Quando eu saio do tribunal no dia seguinte eu dirijo para o escritório de Austin para ver o que o bastardo está fazendo. — Olá, estranho. — eu vou para o sofá, desabotoo o paletó e me sento. Eu olho para Austin. — Bem, pelo menos você não vai tentar foder seu novo assistente, certo? — eu rio, passando as mãos no cabelo. — Realmente essa cor não combina com você. — ele aponta para a minha mão. — Rachel pintou as minhas unhas ontem. — eu as inspeciono. — Você deveria ver o que ela fez com os meus pés. Ele joga a caneta para baixo e senta-se ereto. — Você viu Rachel ontem? — Bem, nós tivemos que tomar conta de Rachel e Gabe para Lauren levar o carro para consertar o rádio. — eu digo e, em seguida, noto uma mudança em sua expressão facial. — O quê? — ele grita. — Um CD do Frozen estava preso no tocador e em repetição, por isso que tocava o tempo todo. Você sabe disso. — certamente, ele se lembra, ele reclamou sobre isso um mês. — Eu sei o que você quer dizer. O que eu não entendo, é por que você ficou de babá. — Ela precisava de ajuda. — eu abro as mãos. — Por que ela não me pediu? — Eu não sei, talvez porque você saiu de lá correndo quando a merda do minuto de família começou acontecer no domingo à noite? — eu levanto, agora lembrando da história que Kaleigh me contou na cama na noite passada.
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— Foda-se! — ele grita para mim. Austin senta-se na cadeira um pouco mais ereto. — Ela estava ocupada, então eu fui embora. Eu olho para ele. — Você foi embora ou fugiu, é a mesma coisa. — Foi isso o que ela disse? — ele espera por uma resposta. — Ela não disse nada. Eu só achei estranho ela nos pedir e não para você. Kaleigh falou para deixar para lá, deduzi que você não queria. — Ela não me pediu. Eu nem sequer sabia. Ele se levanta, pegando o paletó, pronto para sair do escritório, quando eu agarro seu braço. — Onde diabos você pensa que está indo? — Eu vou falar para ela que eu não tenho medo dos filhos dela. — Pense no que está fazendo. Você está planejando invadir o seu local de trabalho para dizer isso a ela. Cara. — eu balanço a cabeça e pego meu telefone para ligar para Kaleigh. — Docinho, você está em casa? — eu sorrio e aceno. — Sim. — ela responde. — Por quê? Você vai vir e me alimentar com seu brinquedo no almoço? Eu olho para Austin para me certificar de que ele não ouviu. — Ok. Austin precisa ir aí e fazer algo. Você pode ir para a minha casa? Arrume uma mala, melhor ainda, basta levar tudo com você. — Engraçado, se você está me pedindo para me mudar esse não é exatamente o jeito certo. Vou deixar a porta aberta para ele e pedir aos nossos pais para olhar as crianças. Eu sorrio, em seguida, desligo. — Ok, Kaleigh vai deixar a porta aberta para você. Vá cortejar a sua menina. — Cortejar? — ele pergunta. Como ele ao menos conseguiu transar está além da minha compreensão.
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— Uma refeição, pétalas de rosa, champanhe, lingerie, vibradores, algemas. Você sabe, romance. — Isso, eu posso fazer. — ele bate no queixo, pensando. — Eu vou cortejá-la pra caralho. Ele corre para fora do escritório, enquanto eu rio e sigo, parando em frente do seu assistente. — Não faça planos para ele. Ele vai cortejar. — eu pisco e vou embora.
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Capítulo Vinte e Quatro Kaleigh O alarme vibra e meus olhos se abrem lentamente, absorvendo a luz que vem de fora. — Noah. — eu dou um tapa no seu braço enquanto ele murmura no sono. Já faz mais de duas semanas que ele me falou para trazer tudo. Eu não trouxe, mas poderia muito bem ter trazido. Eu nunca mais fui para casa. Quer dizer, eu vou para casa para cuidar das crianças quando saem do ônibus, mas na hora do jantar, eu volto para cá. Eu continuo esperando ele se cansar de nós. Mas é justamente o oposto. Nós chegamos a esta rotina sem nem um esforço. É apenas natural. Como sempre tivéssemos feito isso. — Noah. — eu bato novamente e ele levanta a cabeça do travesseiro, em seguida, bate a mão no telefone para parar o alarme. Ele então vira para perto de mim, me saudando com a ereção da manhã me desejando bom dia também. Sua mão vai par ao meu peito. — Eles estão tão doloridos. — eu digo enquanto ele rola meus mamilos, fazendo-me arquear as costas. — Eu acho que é por causa de todas as mordidas que você dá neles. — Não é culpa minha se você os esfrega na minha cara. — diz ele no meu pescoço, me dando beijos suaves. — Eu estava assistindo televisão. Como eles estavam na sua cara? — eu sorrio e coloco minha mão sobre a dele. — Mas depois você montou em mim, esfregando-os na minha cara. — Você me puxou e disse: vamos dar um passeio, vaqueira.
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— O que você fez e esfregou-os na minha cara. — diz ele, movendose um pouco para que seu pênis possa roçar em mim. — Deixe-me colocar apenas a ponta dentro. Eu rio, abrindo as pernas e dando-lhe acesso. — Apenas a ponta, o caralho. — eu digo e ele coloca a ponta, em seguida, o eixo, e depois ele está enterrado completamente. Nós dois gememos, sem dizer uma palavra enquanto ele me fode por trás lentamente, as mãos brincando com meus mamilos enquanto eu brinco com meu clitóris. — Hmm. — ele geme atrás de mim. — Porra, você está tão molhada. Meus olhos se fecham e eu me perco na sensação dele em mim, ao meu redor. Meus sentidos estão sobrecarregados esta manhã. — Eu vou gozar. — eu digo, quando eu sinto em meus seios, meu estômago e meu clitóris. É demais, então eu deixo ir pulsando ao redor dele, uma, duas, três vezes até que ele penetra em mim ao máximo e eu o sinto gozar em mim. — Bem, foi um grande bom dia. — diz ele depois de alguns minutos, quando eu me afasto, e ele escorrega fora de mim. — A que horas temos de estar na casa da sua irmã? — ele me pergunta quando vou para o banheiro. — Ela disse almoço, então sem atrasos. — eu paro de andar. — Fodase, eu estou enjoada esta manhã. — Mais uma vez? — Noah diz, sai da cama, vem até mim. — Será que é a mesma virose que você teve? Eu me olho no espelho. — Estou tão pálida. — Você está linda. — diz ele, envolvendo os braços na minha cintura, sorrindo. — Tão linda. — Sim, sim, sim. — eu digo e começo a me preparar para o almoço. Quando chegamos à casa de Lauren algumas horas mais tarde, meu estômago está roncando novamente. — Eu acho que vou vomitar. — eu digo, saindo e entrando na casa.
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— Bem, você vomitou a maior parte da noite, então acho que não tem mais nada em você. — Noah diz, saindo do carro e andando comigo. — Você está bem? — Lauren me pergunta assim que eu entro. Ela está ocupada preparando o assado e a visão de carne crua me deixa ainda mais doente. — Eu me sinto cansada, e eu acho que eu peguei uma virose. — eu sento no banco no balcão. Eu percebo a mudança em Lauren, a felicidade nos olhos, as bochechas de recém-fodida. — Ela ficou acordada a noite todo vomitando. Você sabe que é amor quando pega água para alguém que está vomitando — Noah diz, pegando uma xícara de café e enchendo. — Muito legal da sua parte, amigo. — comenta Austin do seu lado do balcão, enquanto ele olha para nós. Ambos, Austin e Noah, estão vestindo jeans e camisa. — Eu posso fazer um monte de coisas. Só não consigo essa coisa toda de vômito. Mas fiquei orgulhoso de mim. — ele se aproxima mais e esfrega minha cabeça. Não temos uma chance de dizer mais nada antes de ouvir minha mãe. — Toc, toc, toc! — ela grita antes de entrar na casa. — Mãe, isso acaba com o propósito se você simplesmente entra. — eu digo. — E se estivéssemos todos nus? Minha mãe suspira. — É meio-dia, por que vocês estariam nus ao meio-dia? — Oh, meu Deus. — Lauren diz baixinho. As crianças estão no andar debaixo, gritando vovó e vovô. — Ei, Austin. — meu pai cumprimenta, batendo nas suas costas. — Como vai você, meu filho? Deveríamos estar esperando alguns pênis hoje?
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— ele ri e vem até mim para me dar um abraço de lado. — Ei, menina bonita. — ele sussurra. — Kaleigh, você parece a morte. — minha mãe observa e vem me abraçar, e depois a Lauren. — Austin, é bom vê-lo, sem você sabe. — ela faz um gesto de pênis com as mãos no ar. — Foi engraçado. — Noah diz sorrindo, enquanto Austin e Lauren apenas olham para ele. — Eu não me sinto bem. — eu digo e me levanto para ir ao banheiro. Eu vou lá em cima até o banheiro no meu quarto. Quando eu entro nele parece tão vazio, sem roupas jogadas ao redor, sem copos vazios ao lado da cama, apenas nada. Eu olho para a mesa de cabeceira e vejo uma caixa de absorventes lá. Vou até a caixa e pego um. — Quando foi a minha última menstruação? — eu digo para as paredes. Eu começo a contagem na cabeça e meus olhos arregalam. — Oh não, não, não, não, não, não, não. — eu falo, corro para a minha mesa e abro a gaveta. Eu pego o teste de gravidez que ganhei de presente de sacanagem no meu último aniversário. Vinha na cesta de sobrevivência da menina solteira junto com preservativos que estão muito longe de serem vistos. — Isso não está acontecendo agora. Não pode estar acontecendo. — eu digo enquanto vou ao banheiro, escondendo o teste sob a camisa. Eu abro a caixa e leio as instruções. Pego o teste, eu o deixo pronto para fazer xixi. Eu puxo as calças para baixo e agarro o teste e me sento. Fico ali com a mão entre as pernas, esperando o xixi sair. — Ótimo, minha bexiga ficou tímida agora, justo hoje. Eu fico lá, pensando em lagos, água, e ondas e nada. Levanto-me um pouco, inclino e abro a torneira da água. Talvez se eu ouvir a água correndo a minha bexiga funcione. Eu não sei quanto tempo fico lá. Parece uma eternidade, uma hora, talvez duas, mas na verdade são alguns minutos, e finalmente faço xixi e perco o teste completo, molhando toda a minha mão. Eu paro e olho pelas minhas pernas e aponto para o fluxo de urina.
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Levanto, coloco o teste no balcão, eu me limpo e lavo as mãos. Eu pego o bastão molhado de xixi, que molha as minhas mãos de novo, e o observo enquanto faço uma oração. Eu assisto uma linha virar azul brilhante, então pego a caixa, lendo para ver o que significa. — Negativo. — eu sorrio e olho para baixo novamente e vejo que outra linha está aparecendo, fraca no início, quase como que não estivesse lá, em seguida, fica azul brilhante. — Oh, merda. — eu digo. Talvez esteja quebrado. Talvez este esteja quebrado. Pego outro teste. Obrigada vadias por me darem o pacote combo, e eu começo a coisa novamente. Desta vez eu faço xixi em questão de segundos. Eu coloco para baixo e vejo a primeira linha aparecer imediatamente, em seguida, a segunda linha, mais brilhante desta vez. — Oh meu Deus. — eu olho para cima e para baixo, para eles. Eu envolvo em papel higiênico e eu estou colocando-os na caixa quando Rachel bate na porta, me assustando tanto que eu os deixo cair no lixo. — Tia Kay, eu preciso entrar. — diz ela suavemente. Então eu abro a porta e ela entra. Eu me olho no espelho, para ver se dá para perceber o que está acontecendo. As pessoas saberão que estou grávida só olhando para mim? Eu entro na cozinha e ouço minha mãe dizendo: — Talvez você pegou a virose de Kaleigh. — minha cabeça se vira para Lauren quando vejo a frustração no seu rosto. — Eu acho que o almoço está pronto. — Austin vai para o fogão. — Kaleigh, fizemos algumas coisas de tofu para você que Lauren achou no congelador. Fiz questão de colocar na outra panela.
— Owww, então você me perdoou por enganá-lo sobre o leite materno? — pergunto-lhe com um sorriso, tentando agir normalmente, quando tudo que eu quero fazer é voltar lá para cima e olhar para os testes novamente.
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Lauren pega a lateral dos pratos que estavam aquecendo no forno junto com o assado, e Austin pega o assado. Meu pai tira bebidas do congelador, e minha mãe chama as crianças. Noah caminha até adega de vinho, e pega duas garrafas. Nós vamos para a sala de jantar. Gabe entra correndo, enquanto Austin acomoda o assado. Rachel entra na sala batendo duas coisas brancas. — Tap, tap, tap! — ela grita. — Clique, clique, clique. — O que é isso? — Lauren olha para as varas brancas em sua mão. E eu acho que isso é como ter um ataque cardíaco. Eu tenho uma dormência no braço. Eu acho que é dormência. Eu realmente não sei, por que na verdade não consigo ouvir nada sobre o barulho acontecendo em meus ouvidos. — São baquetas. Encontrei no banheiro. — ela ainda está batendoas. — Como uma varinha. Pirlimpimpim. — Oh meu Deus. — eu digo num sussurro, quando minha mãe agarra uma das varas da mão de Rachel. — Oh meu Deus. — ela olha para Lauren. — Você está grávida! — ela se senta à mesa. A cabeça de Lauren vira de repente e ela agarra a outra vara de Rachel. Com certeza, é mais um teste de gravidez positivo. Ela olha para Austin, que ficou mais pálido do que um fantasma. — Lauren? — ele questiona, segurando a mesa com uma mão, enquanto parece que vai desmaiar. — Você tem que se casar com ela. — minha mãe anuncia com lágrimas nos olhos. — Um filho fora do casamento é um não-não. — ela balança a cabeça uma e outra vez — Lauren. — ouvimos Austin novamente, desta vez com a voz trêmula.
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Ela olha em volta, para os rostos na mesa. Seu olhar me procura, ela sabe que eu sei que ela sabe só de olhar para mim. — São meus. — eu digo, então eu olho para Noah. — Estou grávida. Noah coloca as garrafas de vinho sobre a mesa. — O que você quer dizer? — Quero dizer, que estou grávida. — repito, jogando as mãos para o ar. — Mas... mas... mas. — Noah gagueja. — Isso é pior do que Lauren estar grávida. — minha mãe geme com lágrimas escorrendo pelo rosto. — Mãe. — Lauren a repreende, caminhando até mim e me abraçando apertado, sussurrando em meu ouvido, — Vai ficar tudo bem. — as lágrimas agora correm pelo meu rosto. E se ele não quiser um bebê? E se eu tiver que ter o bebê, sozinha? E se o meu bebê me odiar por não lhe dar um pai? — Puta merda. — Austin suspira, finalmente sentando. Noah caminha para nós, agarra o meu rosto com as duas mãos. — Eu te amo. Demais. Mais do que eu me amo. — ele sorri para mim e esfrega as lágrimas que estão rolando pelo meu rosto. — Case comigo? Seja minha esposa? — Tem certeza? — pergunto e eu coloco minhas mãos sobre as dele. Ele acabou de declarar seu amor por mim na frente de toda a minha família, ao mesmo tempo que descobriu que vai ser pai. — Mais certeza do que qualquer coisa que já fiz em toda a minha vida. — ele me puxa para perto dele. — Sim. — eu digo bem antes de me jogar para ele, beijando-o. — Isso é maravilhoso. — minha mãe grita. — Frank, vamos planejar um casamento. — Ótimo! — meu pai olha para Austin. — Abra o vinho. 219
— Eu vou me casar! — viro-me, gritando para todos na sala. — Hum. — Noah murmura e todos nós viramos para olhar para ele. — Eu só preciso me divorciar primeiro. — Você precisa se divorciar? — minha irmã, Lauren, grita do outro lado da sala. Almoço na casa da minha irmã geralmente é agitado, mas não tão agitado. Cinco minutos atrás, eu descobri que estava grávida. Quatro minutos atrás todos os outros descobriram também. Três minutos atrás eu concordei em casar com Noah, que é o pai do bebê. Dois minutos atrás eu descobri que ele é casado e precisa de um divórcio. O que diabos aconteceu? — Oh meu Deus. — minha mãe grita da cadeira que ela caiu quando eu declarei que estava grávida. — Ele é um adúltero. — sua mão vai para o peito. — Eu acho que estou tendo um ataque cardíaco. — ela olha para o meu pai. Meu pai vai para o seu lado, e segura a mão dela. — Agora, querida, não vamos tirar conclusões. Eu tenho certeza que há uma explicação lógica para tudo isso, certo, Noah? — meu pai olha para o meu futuro noivo, que apenas me olha, sua boca abre para dizer algo, mas minha mãe o corta. — Ela será marcada como a outra mulher. Nós também podemos marcá-la com o A em vermelho na sua camisa. — minha mãe continua agarrando a mão de meu pai, com lágrimas nos olhos. Ela está quase hiperventilando a este ponto. — Ok, todo mundo precisa se acalmar por um segundo. — minha irmã tenta ser a única razoável. — Você é casado? — dirijo-me para o Noah, puxando minha mão da dele. — Como você não me contou isso? — eu pisco as lágrimas se formando. Ok, tudo bem, quando estávamos juntos éramos como coelhos transando, mas eu ainda acho que “eu sou casado” podia ter saído antes.
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— Ele pode explicar. — Austin vira para Noah. — Diga para eles. — ele faz um gesto para Noah com a mão. — Conte que é tudo um engano. — Eu realmente não estou casado, casado. Por assim dizer. — a voz de Noah é suave, enquanto ele pega a minha mão. — Ou você é casado, ou você não é casado. — Lauren olha pra ele, cruzando os braços sobre o peito. Tenho certeza que ela está planejando sua vingança enquanto falamos. — Eu sou casado, mas não sou. — ele fala com as mãos. — Você é casado ou não, caralho? — eu grito, me levantando. Como isso pode estar acontecendo comigo? — Querida, o estresse não é bom para o bebê. — meu pai fala em voz baixa. — Eu me casei para ajudar uma amiga. — Noah se levanta, indo até mim, as mãos esfregando meus braços para cima e para baixo. — Ela era canadense e precisava de um Green Card. — Idiota. — Austin diz por trás da minha irmã, balançando a cabeça. — Foi Sabrina. — Noah olha para Austin, como se o nome fizesse sentido. — Sabrina, a da faculdade, Sabrina? A Sabrina que você perseguiu por nove meses? A que você tentou transar? Mas então descobriu que era uma Sabrina lésbica? — pergunta Austin. — Eu não tentei transar com ela ou a persegui por nove meses. Foram apenas nove semanas. — Noah diz, balançando a cabeça. — Você entrou sorrateiramente no quarto dela no dormitório e deitou na cama nu com uma lata de creme chantilly. — Austin lembra ele. — Você perguntou se ela queria creme no café, enquanto ensaboava-se com o creme chantilly.
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— Ok, tudo bem, eu tentei dormir com ela uma vez. — Noah finalmente olha para ele. — Ela não pediu uma ordem de restrição contra você? — Austin pergunta, batendo a mão na calça, rindo. — Você mandou uma foto do seu pau, e ela enviou-lhe a foto de uma faca com uma cenoura cortada em duas. — Ok, chega. — Noah aponta para ele. — Ela precisava de ajuda, então foi até mim, porque ela sabia que eu iria ajudá-la. — Por que você ajudaria uma canadense lésbica? — Lauren faz a pergunta que todo mundo está morrendo de vontade. — Sabrina e a sua namorada, Tonya, vieram até mim e pediram ajuda. Você veja, o visto de estudante de Sabrina estava acabando e a única maneira dela ficar no país era conseguindo um Green Card. Bem, naquela época, casamentos entre lésbicas não era legal, então elas foram até mim. — Noah nos conta o seu lado da história. — Então, você apenas as ajudou, sem amarras? — Lauren pede com seus olhos se estreitando. — Bem, na verdade não. — Noah olha para baixo e depois para cima. — Eu tinha que vê-las fazer sexo. — ele levanta as mãos, minha mãe suspira e meu pai fecha os lábios para não rir. — Você tinha o quê? — Austin tenta esconder seu sorriso. — Foi uma vez e eu não tive permissão para participar. Elas me amarraram a uma cadeira. Eu não poderia de qualquer jeito. — ele faz um gesto de sua mão, movendo-a para cima e para baixo. — Você sabe. — Ele ficou louco. — Austin olha para ele, depois para mim. — Está bem. Vai ficar tudo bem. Eu só vou preparar os documentos, e então assinamos. Podemos nos casar imediatamente. — ele empurra meu cabelo para trás das orelhas. — Eu só tenho que encontrá-la.
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Eu olho nos olhos do homem que vai ser o pai do meu filho. Dentro dos olhos azuis do homem que, literalmente, me tirou o chão. Só para eu descobrir que ele é casado. — Você é casado. — eu me afasto dele, olhando para todos no quintal. — Você está brincando comigo? — eu vou para a cozinha pegar uma faca. Papai entra em ação, vai até mim, enquanto Austin empurra Lauren atrás dele e mamãe grita, horrorizada. — Seu filho da puta, eu vou cortar o seu pequeno pau e enfiá-lo na sua bunda. — eu ataco com a faca, mas meu pai a tira de mim. — Depois de tudo o que eu lhe disse, depois que eu derramei meu coração para você, você podia ter falado: Ei, olha que história engraçada, eu sou casado, ou: Eu sou um idiota de merda e fiz algo estúpido, mas nada, nem uma maldita palavra. — minhas mãos sobem e eu as abaixo. — Você é um idiota e você é igual a eles. — minha voz fica fraca. — Eu preciso de algum tempo sozinha. — eu começo a caminhar para fora da sala, sentindo todos os olhos em mim, e o calor do corpo de Noah atrás de mim. Viro-me para encará-lo e ele quase tropeça em mim. — Isso significa você, também. — subo as escadas, tentando deixar de fora o barulho da discussão que está vindo da sala de estar. Fecho a porta atrás de mim, viro e tranco a chave. Caio na minha cama, fazendo com que alguns dos travesseiros caiam no chão.
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Capítulo Vinte e Cinco Noah — Eu sei que você já fodeu as coisas antes, mas essa é a pior da sua vida. — Austin diz para mim no quintal. Eu acabei de ver o amor da minha vida, isso mesmo, o amor da minha vida de merda, se afastar de mim com o nosso bebê. Eu me viro, e encontro todo mundo me olhando. — Eu vou arrumar isso, e depois vamos nos casar e ficaremos casados para sempre. — eu digo para a mãe dela, que está me olhando de um jeito assassino, enquanto Lauren está planejando minha morte, e pelo olhar dela será dolorosa. — Todo mundo precisa se acalmar agora. — Frank diz atrás de Dede, e está com uma mão em seu ombro. — Ele ajudou uma amiga, então, agora basta encontrar essa amiga, e se divorciarem. Ninguém tem que saber de nada. — ele acena para mim, dando-me o apoio moral que um pai deve dar. — Exatamente. Ninguém tem que saber qualquer coisa. Amanhã de manhã, preparamos a cavalaria e achamos a Sabrina, e até o final da semana estaremos divorciados. — eu olho de novo em direção às escadas, a necessidade de correr lá em cima coçando nas minhas pernas. Eu sinto uma mão no meu braço e vejo que é Lauren. — Vou ver como ela está. Concordo com a cabeça e vejo-a subir as escadas para a minha mulher e filho. Minha família. Ela desce imediatamente. — Ela está dormindo, então eu não me incomodei em acordá-la. Por que não vamos comer? Ela descerá mais tarde. — diz ela enquanto se senta e come. Eu mal toco em nada. Meus pés balançam para cima e para baixo, enquanto espero Kaleigh voltar aqui em baixo.
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Quando todos os pratos estão lavados e arrumados eu me sento no sofá, o tempo todo observando as escadas, esperando vê-la descer. — Como ela ainda está dormindo? — pergunto para Lauren, que está sentada com Rachel fazendo a lição de casa. — O corpo dela está passando por mudanças. — diz Lauren. — É normal, confie em mim. Eu aceno para ela, em seguida, olho de novo para as escadas. — Eu deveria ir. — eu digo, levantando. — Eu não quero, mas eu quero que ela se sinta segura. — eu olho para as duas. — Pode me enviar uma mensagem depois só para me dizer que está tudo bem? Ambas acenam para mim e eu saio. — E diga a ela que eu a amo. Eu vou para casa. Ir para casa sem ela é estranho. Há coisas pequenas em todos os lugares que me mostram que ela mora aqui. Seu tapete de ioga enrolado no canto com os pesos em uma cesta. Suas revistas de ioga na mesa de centro, uma garrafa vazia de água ao lado delas. Suas sandálias estão na cozinha. Toda vez que me viro, vejo alguma coisa dela. Eu apago as luzes, subo as escadas para o nosso quarto, porque não é mais meu. É nosso. Desabo na cama, seu cheiro ao meu redor. Eu pego o travesseiro dela, levo ao rosto. Viro-me e olho pela janela. Levanto, levo o travesseiro comigo e desço para o sofá. Eu olho para o teto, fazendo uma lista de tudo o que preciso fazer. Quando ouço algo na porta, eu viro a cabeça, me perguntando se era coisa da minha cabeça, quando de repente, eu a vejo entrando. Ela me vê no sofá e vem. — O que você está fazendo no sofá? — ela pergunta, sentando-se na mesa à minha frente. — A cama ficou vazia sem você. — eu digo, sentando de frente para ela.
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— Então você desceu com o meu travesseiro? — ela aponta para o travesseiro ainda em meus braços. — Tem seu cheiro. — eu digo, colocando-o de lado, e me inclinando para pegar suas mãos nas minhas. — Docinho, você tem que saber, honestamente, não lembrei da Sabrina até aquele momento, e bem, então eu não tive escolha, além de contar. — Eu sei. — ela diz baixinho, olhando para nossas mãos. — Eu não fiz isso de propósito. — ela para de falar de novo. — Eu sei que as pessoas vão dizer que sim. — ela encolhe os ombros. — Mas não foi. Devem ter sido os antibióticos que tomei por causa da dor de garganta. — Eu não dou a mínima para quando foi, ou quem diz o quê. O fato é que eu sei e você sabe, e é tudo o que importa. — eu tranquilizo-a. — Agora, como você está se sentindo? Você está bem? — eu pergunto, colocando seu cabelo atrás da orelha. — Sim, eu dormi como um bebê, na verdade, e quando eu acordei tudo o que eu queria era você, então me levantei e vim aqui. Mas essa é a última chance. Se você estiver escondendo algo e eu descobrir, eu corto seu pau fora da próxima vez. Levanto-me, pegando-a em meus braços. — Eu não tenho dúvidas. Agora, vamos para a cama. Eu tenho um dia ocupado amanhã. Eu preciso me divorciar. No dia seguinte, salto da cama e coloco meu terno do poder. Um terno com o qual eu sei que vou chutar uns traseiros. Eu saio do elevador. — Reúna a cavalaria. Temos um grande cliente. Sala de reuniões em dez minutos. — digo à recepcionista, que pega o telefone e anuncia no ramal. Caminho para a minha mesa, vejo que Lauren já está lá. — Ei, bom, você está aqui. — diz ela, levantando-se. — Precisamos começar a trabalhar. — ela diz, sem rodeios. — Eu não vou decepcionar minha sobrinha ou sobrinho.
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— É um menino. — eu digo enquanto passamos pelo corredor, indo para a sala de conferências. — Como você sabe? — ela olha com um sorriso. — Porque de acordo com um artigo que li online, o sexo é determinado sobre quem é o dominante na cama. Assim, portanto, nós teremos um menino. Agora, não me interpretem mal, a sua irmã pode me levar à loucura, mas... Ela levanta a mão. — Podemos não discutir a vida sexual da minha irmã? — ela balança a cabeça, abre a porta, entra e encontra a sala cheia. Eu aceno para Harvey, que me dá um olhar estranho. — Ok, pessoal, temos um código vermelho. — Que porra é um código vermelho? — Harvey pergunta, confuso. — Como alguns de vocês sabem, eu estou fora do mercado. — eu olho em volta para ver se todo mundo está olhando para mim. — Estou apaixonado por uma pessoa e apenas uma pessoa. — Essa reunião é para isso? — diz Fred, outro advogado do processo criminal. — Quer dizer, eu estou feliz por você cara, mas... Eu levanto a mão para impedi-lo de falar. — Eu preciso encontrar minha esposa e me divorciar, antes de casar com quem eu realmente amo. — Você é casado? Eu escuto alguém gritar. Eu olho para cima e vejo o associado do terceiro ano que levava rosquinhas para mim ano passado. — Sou, mas agora precisamos encontrar minha esposa falsa e conseguir um divórcio. O nome dela é Sabrina Collins. A última vez que tive notícia, ela estava em algum lugar na costa leste. Ela estava se formando em pediatria. Ela também é lésbica. — Por que isso é um problema? — alguém pergunta. Eu olho e vejo uma cara nova. — Quem é você?
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— Oh, me desculpe, meu nome é Luca. Sou um dos novos associados, acabei de me formar em Harvard. — diz ele, com a voz segura de si. Eu olho-o, terno e cabelo perfeitos, rosto bonito. Eu gosto dele. — É importante porque se você a encontrar no Facebook, provavelmente vai estar em um relacionamento com outra mulher. — Agora, eu quero todos em cima disso. Eu gostaria que isso acabasse até sexta-feira. — eu digo, olhando para todo mundo enquanto todos balançam a cabeça. — Vamos, gente. Todo mundo se levanta para sair, exceto Harvey, que continua sentado na cadeira. Depois que todo mundo sai, e ficamos apenas Harvey, Lauren e eu, ele finalmente fala. — Você cometeu uma fraude. — ele joga a caneta para baixo. — Sério, Noah. Você é um advogado. — Não era fraude. — eu olho para Lauren, que cruza os braços e diz: — Explique. — Ok, tudo bem, eu sabia que ela era lésbica, mas nunca se sabe, as pessoas podem mudar. — Eu concordo. — diz ele, agora se sentando, e cruzando os braços. — As pessoas mudam o tempo todo, mas a orientação sexual não muda. Ela insinuou que mudaria? — Ela enviou uma foto de uma faca em resposta à foto do pau dele. — Lauren se intromete, recebendo uma encarada minha. — Não foi meu melhor momento, tudo bem, mas eu preciso conseguir esse divórcio. Eu vou ser pai. — eu falo. Eu não acho que já tive mais orgulhoso na vida ao dizer essas palavras. — Eu vou ser pai. — eu digo novamente. Desta vez o meu peito incha mais. — Um pai. — eu me levanto, sorrindo. — Lauren, encomende flores para Kaleigh e cestas de frutas e algumas merdas veganas que ela come. — dirijo-me, para fora do escritório,
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em seguida, viro. — Um pai. Eu. Tenho um superesperma. — eu falo, indo em direção ao meu escritório para começar a minha própria pesquisa. Até o final do dia, Harvey, Luca, e eu estamos na sala de reuniões passando por todas as pistas que os associados nos deram. A sala de reuniões está cheia de notas, sobras de caixas de almoço, copos da Starbucks vazias. — Como esta garota não é rastreável? — eu digo, passando as mãos pelo meu cabelo, puxando-os. — É como se ela fosse um fantasma. — diz Harvey. — Hum, Noah, sem ofensa, mas você tem certeza que essa mulher existe? — Harvey diz para mim. Luca levanta as sobrancelhas, esperando a resposta. — Confie em mim. Ela era real. Até Austin a conheceu. — eu falo para eles. — Bem, nós sabemos que ela tinha carteira de motorista quando vocês estavam juntos, mas nunca foi renovada. — Luca diz, olhando para o quadro branco todo escrito. — Então, provavelmente, ela não dirige mais. — ele se senta, estalando os dedos. — Precisamos olhar nos estados em que o transporte público é mais rápido do que carro. Harvey bate a mão na mesa. — Sim, Nova Iorque, Chicago, talvez? L.A. Luca balança a cabeça. — Não, todos em L.A. dirigem. É por isso que você fica preso no trânsito por horas. Harvey olha para o relógio, levantando-se. — Eu tenho que ir. Meu filho tem jogo de futebol hoje à noite. — Isso é divertido. — eu digo.
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— Bem, considerando que ele tem cinco anos e colhe margaridas porque odeia o maldito esporte, sim, vai ser ótimo para todos. — eu rio quando ele sai. — Ok, Luca, vamos tomar fôlego e começar de novo amanhã. — eu digo, recolhendo os papéis. — Está tudo bem, vá em frente. Eu sou novo na cidade. Eu não conheço ninguém, então eu não me importo em ficar. — Você não tem nenhum encontro? — pergunto-lhe enquanto guardo meus papéis. — Não. — diz ele. — A faculdade de Direito era o meu único foco. — ele dá de ombros. — Além disso, tenho toda a minha vida para isso. Eu sorrio ao sair, desejando-lhe uma boa noite. Eu pego o meu celular, e ligo para o Austin. — Ei, eu acho que eu preciso comprar um anel para Kaleigh. — Você acha? — pergunta ele, rindo. — Não é para ser antes de toda a merda quer se casar comigo? Eu rio. — Eu gosto da forma não convencional. — Então, preste atenção. Eu ouvi umas fofocas pelas ruas, e pelas ruas eu quero dizer, meus pais me ligaram para saber se os rumores são verdadeiros. Parece que seus pais receberam o memorando que o filho deles vai ter um bebê. Eu xingo. — Porra. — Sim, bem, achei bom avisar. Sua mãe está voando na vassoura e eu só espero que alguém tenha água por perto para atirar sobre ela. — Se você vir a polícia em minha casa quando chegar na sua, você saberá porquê. Eu desligo o telefone e tento ligar para Kaleigh e vai direto para o correio de voz. Porra. Eu rosno, agora correndo para o carro. Penso em
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ligar para a minha mãe, mas primeiro eu tenho que me certificar de chegar até Kaleigh antes da minha mãe.
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Capítulo Vinte e Seis Kaleigh Meu corpo inteiro dói. Por que o meu corpo dói tanto? Eu abro os olhos. E por que tudo que eu quero fazer é me enrolar em uma bola e dormir? Eu fui para o trabalho hoje e tirei um cochilo de duas horas na sala de relaxamento. Então me levantei, voltei para casa, e depois cochilei novamente até as crianças voltarem para casa. Cheguei ao Noah às cinco e meia e adormeci enquanto assistia House Hunters. Eu pego o telefone e noto que Noah me ligou quatro vezes nos últimos cinco minutos. Estou prestes a ligar de volta quando a campainha toca. Eu ando até a porta e abro, e fico cara a cara com a mãe dele. Se eu achei que ela estava bem vestida quando esteve aqui da última vez, não é nada comparado com agora. Ela está usando uma saia de comprimento até o joelho cor de chumbo, com casaco combinando, apertado na cintura na altura dos quadris. Uma bolsa Hermes creme, fechando sua aparência bem polida. Seu cabelo está arrumado, mais uma vez impecável. — Bem, olhe para isso. — diz ela, passando por mim e entrando na casa. Eu fecho os olhos e faço uma oração para Noah chegar aqui antes de eu matá-la. — Por favor, entre. — eu digo para ninguém na verdade. — Onde está meu filho? — ela pergunta, olhando ao redor da sala de estar. — Ele está no trabalho ou a caminho de casa. — Entendo. Bem, então é ainda melhor. Nós podemos ter uma conversa de mulher para mulher. — diz ela, segurando a alça da bolsa com
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as duas mãos agora. — Então, me diga, quanto vai me custar para fazê-la ir embora? Minha cabeça vira rápido e eu paraliso. Eu não posso engolir porque minha boca está seca de repente. — O quê? — eu pergunto quase em um sussurro. — Recebi um telefonema hoje. Parece que você tem uma situação e eu preciso saber quanto tempo vai demorar para você e a situação irem embora. Minha mão vai direto para a minha barriga em modo de proteção. — Nós duas sabemos que você viu Noah, descobriu quem ele era, em seguida, começou a armar um plano para colocar as garras em cima dele. Então, eu vou perguntar de novo, quanto vai me custar para você se tornar uma memória ruim? — Eu vou ser o mais educada possível, porque meus pais me ensinaram isso. Mas vaza. — eu digo, apontando para a porta. — Não há preço para como você disse “me tornar uma memória ruim”. E esta situação que você está se referindo é seu neto. — Podemos realmente ter certeza? — diz ela e eu suspiro de choque. — Dê o fora. — um rugido vem atrás de mim. Viro-me e fico cara a cara com Noah. Na verdade não é Noah. Eu nunca vi essa pessoa antes. Acabaram seus olhos azuis claros. Estão escuros e sombrios. As mãos cerradas ao lado do corpo, e a veia na testa está pulsando. — Tire suas merdas e suas palavras maldosas e dê o fora da minha casa, mãe. Ela, na verdade, revira os olhos para ele. — Noah, pode me dizer honestamente, não passou pela sua cabeça que a criança pode não ser sua? — Eu posso ser um monte de coisas. Descuidada, indiferente, e posso até me atrasar na maioria das vezes. Mas uma coisa que você nunca pode dizer sobre mim, é que eu sou uma mentirosa. — minhas mãos agora
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apertam ao meu lado, e sinto Noah vir até mim, e colocar o braço em volta dos meus ombros, me dando força. — Eu vi você fazer um monte de acrobacias na vida, mãe, mas essa aqui foi a última gota. Toda a minha infância, tudo que eu sempre quis era que você desse a mínima para mim, por dois malditos segundos, mas a única vez que você realmente prestava atenção em mim, era quando me exibia como um cão em uma exposição. Eu me formei como primeiro da classe e você não apareceu porque precisava se preparar para um caso. Eu escorrego a mão na cintura dele, e ele me puxa para mais perto agora. — Você não é uma mãe, você é o nome que eles colocaram em uma certidão de nascimento. Mas Kaleigh, ela é tudo que eu quero que meus filhos tenham. Ela é linda, gentil, e acima de tudo, fodidamente leal. —
Foi
um
baita
discurso,
mas
não
responde
à
minha
pergunta. Quando é que você vai fazer um teste de paternidade? Noah balança a cabeça. — Vai colocar a sandália, docinho. — ele me diz e eu vou pegar as sandálias que deixei perto do sofá. — Já que você não consegue entender que é pra sair daqui, nós vamos. — Ele pega minha mão, virando-se. — Ah, e mãe, apenas se não ficou claro, você nunca colocará os olhos nos meus filhos. A porta se fecha atrás de nós com um grande baque. Eu olho para Noah, e vejo lágrimas em seus olhos quando ele pisca. — Foda-se. — eu digo, viro e entro como um furacão pela porta. — Você é... — eu começo a falar, e vejo-a piscar os olhos para mim. — Seu filho é gentil. Ele é muito gentil, amoroso. Ele cuidou de mim e comprou comida vegana só porque eu estava doente. Ele se importa. Ele segurou o meu cabelo enquanto eu vomitava. Ele é altruísta. Deixou a minha sobrinha pintar as unhas das mãos e dos pés dele, apenas para mantê-la ocupada. Ele é tudo o que você poderia desejar em um filho e
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muito mais. E em vez de recebê-lo em sua vida, você o expulsou, porque você é uma vaca egoísta Sua boca se escancara. — Sim, isso mesmo, falei. Você é uma vaca. Uma classe alta de nariz tão empinado, que me surpreende que você ache que pode enxergar todas as pequenas coisas. — minhas mãos voam para cima em frustração. — Você sabe que o trono em que está sentada é alto, bem, deixe-me falar, quando você cair, será um choque fodido e você não terá ninguém lá para ajudá-la, ninguém. — viro, saindo da sala e olho por cima do ombro. — E tudo porque você é uma vaca. — saio novamente e encontro Noah e, agora, Austin lá me assistindo. — Foi um baita discurso. — Noah diz para mim. — Sim, bem, ela cutucou a onça. — eu digo, passando por eles. — Agora, alguém, por favor, pode me alimentar? Tudo isso me deixou com fome. — Vou deixar vocês dois irem. Só estava me certificando que não precisaria de um saco para enterrar o corpo. — Austin pisca para mim, em seguida, dá um tapa no ombro de Noah. — Podemos ir comer, por favor? — eu digo, caminhando para o seu carro, entro e afivelo o cinto. — Posso apenas dizer que fiquei muito excitado assistindo você me defender? — ele se inclina, me dando um beijo nos lábios. — Muito excitado, com certeza vou te mostrar exatamente quão excitado. Eu reviro os olhos. — Como se eu pudesse impedi-lo de me mostrar. Nós saímos da garagem e vamos para o nosso restaurante italiano favorito, quando ele recebe um telefonema pelo Bluetooth. — Alô. — ele responde. — Você está no viva-voz. — Ei, Noah, é Luca. — uma voz masculina enche o carro. — Adivinha?
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— Eu não tenho ideia. — ele responde. — Eu a encontrei. — diz ele. — Ela mora em Nova Iorque e trabalha no hospital Lennox na UTIN. — Não acredito!!! — diz ele, quase gritando. — Sim, senhor, mora no Brooklyn, por isso que ela não precisa de um carro. Ela tem dois filhos e vive com sua parceira, Ruthie. — Caralho. Te devo uma, cara. — diz ele, desligando. Ele olha para mim. — Quer passar o fim de semana em Nova Iorque? — Você quer que eu vá com você? — pergunto, não sei como eu vou me sentir conhecendo sua atual esposa. — Claro que eu quero que você venha comigo. Nós podemos tirar umas miniférias lá. Passear pelo Central Park, tirar fotos na Times Square, tirar férias sexuais. Eu rio para ele. — Eu gostaria de sair de férias com você e férias sexuais. Ele joga o punho no ar e disca o número de Lauren. Ela atende ao terceiro toque. — Ei. — Eu preciso que você reserve dois bilhetes de primeira classe para Nova Iorque. De quinta-feira à domingo. Eu também preciso de um hotel chique para levar sua irmã. — Primeira coisa que farei amanhã de manhã. Então, eu imagino que você a encontrou? — ela pergunta. — Sim, nós encontramos. — Noah diz e faz planos para vê-la no dia seguinte, claro, e bem cedo, e por cedo ele disse que estará lá por volta das dez. — Eu te amo. — eu digo, virando de costas para a porta. Sua cabeça vira para olhar para mim.
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— Eu nunca tive a chance de dizer quando você declarou seu amor por mim, e eu queria dizer de volta. — eu sorrio para ele enquanto ele estaciona ao lado da rua. — Essa coisa com a gente começou com apenas o desejo de um bom sexo. — Ótimo sexo. — ele exclama. — Com o meu pau enorme. Prossiga. — Sim, ótimo sexo com o maior pau que eu já vi na minha vida. — eu sorrio. — Assim fica mais parecido com ele. — Eu fugi depois da primeira noite. — eu digo e fico de joelhos no meio do assento. — E na segunda. — ele ressalta. — E na segunda, mas você me perseguiu e nunca aceitou não como resposta. Você comeu da minha comida, que eu esqueci de contar que eu queimei uma panela e enterrei nos fundos do armário. — eu rio ao ver seus olhos arregalarem. — Você ficou lá e me fez ver que o amor não é difícil, é trabalhoso, mas é um trabalho que eu quero ter. Então, vamos a Nova Iorque para você se divorciar e eu colocar um anel no seu dedo.
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Capítulo Vinte e Sete Noah — Senhoras e senhores, por favor, apertem os cintos, vamos aterrissar em breve. — o piloto informa. Os últimos três dias foram corridos. Todos os papéis foram preenchidos e o divórcio está no meu bolso. Eu tenho alguém esperando por mim em Nova Iorque, que será testemunha quando nós dois assinarmos. Eu reproduzo a conversa que tive com Sabrina em minha mente. — Olá. — ela respondeu no quarto toque, respirando como se estivesse em movimento. — Ei, é Sabrina? — perguntei apenas no caso de ser sua parceira. — Sim, é ela. — Ei, sou eu, Noah. Noah King. Seu, hum, marido. — eu disse em um longo suspiro. — Puta merda, Noah. — ela disse e ouvi pessoas ao fundo e o som de buzinas longe. Definitivamente Nova Iorque. — Como diabos você está? — Eu estou bem. — disse. — Na verdade, estou ótimo. Eu estou noivo e vou ser pai. — Isso é maravilhoso. — disse ela. — Parabéns. — Obrigado, obrigado. — eu fiz uma pausa. — Então, sobre isso, eu preciso do divórcio. — É mesmo? — ela perguntou e eu percebi que ela estava sorrindo. — Bem, no começo eu quis pedir o divórcio, mas a minha futura sogra
teve
um
ataque
cardíaco
quando
eu
mencionei
uma
audiência. Assim, o divórcio estava fora e a anulação foi colocada sobre
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a mesa. Quer dizer, uma vez que nunca realmente consumamos o casamento. No momento ela riu alto. — Entendo. Na verdade, a minha parceira tenta me arrastar para o altar durante anos, mas eu sempre travei. Acho que isso significa que posso ser uma noiva também. Eu sorri e recostei na cadeira. — Isso é maravilhoso. Ouça, eu estou voando para Nova Iorque nesta quinta-feira. Que tal nos encontrarmos na sexta-feira e assinarmos os papéis? — Ótimo. Eu vou mandar meu endereço de casa por mensagem, eu não estarei trabalhando, mas em casa com as crianças. — Maravilha. Bom falar com você. — eu disse, desligando. Agora eu olho para Kaleigh, que está desmaiada. Ela adormeceu assim que se sentou. Tudo o que ela faz é dormir e comer. Eu fiquei preocupado no início, mas depois de falar com um médico descobrimos que é perfeitamente normal. Uma vez que as rodas tocam o chão ela abre os olhos. — Já chegamos? — pergunta, grogue, sentando e olhando para fora da janela. — Acabamos de aterrissar. — eu a observo olhar pela janela. — Como você dormiu? — Bem. Devo ter desmaiado logo que me sentei. — Quase. Como está o estômago? Você ainda está se sentindo enjoada? — outra coisa que é normal, ela está sempre enjoada. Ela come tantas bolachas água e sal que é possível que eu precise comprar alguma sociedade com a fábrica. — Eu me sinto um pouco melhor. — diz ela, deslizando as sapatilhas para frente. Ela se inclina para mim, beijando meus lábios. Outra coisa que mudou. Quero dizer, éramos muito ativos no departamento de sexo antes, mas agora, eu tenho que fazer algumas manobras para saciar seu apetite. Seus hormônios estão elevados. Teve um
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momento, que realmente achei que meu pau fosse se desgastar. Mas não, não aconteceu. Nós saímos do avião primeiro, por estarmos na primeira classe, e eu seguro a mão dela, e vou pegar as nossas malas. Ela está usando calça de ioga e um cardigã largo e blusa de malha, e é a coisa mais linda que já vi. Também é possível ver as mudanças em seu corpo. Seus seios estão maiores e tão sensíveis, que eu a fiz gozar ontem apenas rolando-os. — O que você está pensando? — pergunta ela, rindo. — Hum. — É melhor que este tesão seja por mim. Aqui.— ela me dá sua bolsa. — Cubra. Eu tomo dela, e seguro na frente. Quando entramos no carro, eu dou o endereço do hotel ao taxista. — Chique. — diz ela, observando a cidade entrar em vista. — Nunca estive aqui. — diz ela, olhando a ponte do Brooklyn. — Você acha que teremos tempo para ir à Estátua da Liberdade? Minha mão estende para segurar a dela. — Nós podemos fazer isso acontecer. O que você quer fazer primeiro? — Essa é mole. Eu quero ir fazer ioga no Central Park. — quando fazemos o check-in, seus olhos arregalam ainda mais quando entramos na suíte da cobertura, com vista para o Central Park. As janelas do chão ao teto proporcionam uma vista panorâmica. Ela fica na lateral e o funcionário coloca nossa bagagem no quarto. Eu ando até ela, puxando seus ombros por trás na minha direção. — Parece tão lotado. — diz ela, observando os pequenos táxis amarelos buzinando na rua. — Olhe ali. — ela aponta para o parque onde vemos todo aquele verde e pequenos pontos que devem ser pessoas. — Eu quero ir lá. — Então vamos trocar de roupa. — eu digo a ela. — Deve ser muito legal aqui à noite com a iluminação e tudo. — diz ela, afastando-se da janela. — Pergunto-me se acendêssemos velas e você
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me pressionasse na janela e me fodesse, se as pessoas veriam. — ela sorri para mim como a pequena provocadora que ela é. — Eu posso ou não ter trazido algumas lingeries comigo, algumas que não exigem que você as tire. — ela corre as mãos no meu peito e para no meu pau. — Algumas que darão fácil acesso. Você sabe, se eu me curvar e abrir as pernas não haverá nada impedindo-o de me penetrar. — Ok, primeiro sexo, depois, ioga. — eu digo a ela, pego-a e coloco-a sobre a mesa da sala de jantar. — Eu acho que preciso me alongar. Você pode jogar minhas pernas sobre seus ombros. — as mãos dela começam a arrancar minha camisa enquanto tiro a dela. O sutiã de renda branco mostra que os mamilos estão duros e esperando por mim. Minhas mãos vão direto para eles e inclino, tomando um na boca, com sutiã de renda e tudo. Eu mordo-o, fazendo-a jogar a cabeça para trás enquanto esfrega a boceta quente coberta contra a minha fúria dura. A próxima coisa que eu sei é que estou enterrado até as bolas nela e ela está inclinada um pouco para trás na mesa e com ambas as pernas ao redor do meu pescoço. Quando finalmente chegamos ao parque, vimos que não somos os únicos com essa ideia, e um casal para ao nosso lado seguindo Kaleigh enquanto ela faz diferentes posições. Ela faz amizade com cerca de quinze pessoas enquanto eu deito no meu tapete de ioga aperfeiçoando a pose de cadáver. — Eu estou bem? — Kaleigh pergunta ao sair do banheiro. É finalmente o dia da anulação e Kaleigh está uma pilha de nervos o tempo todo. Ela já trocou de roupa quatro vezes. Agora ela está usando calça jeans apertada com um suéter pêssego solto. — Você está incrível, assim como quando estava de saia, shorts, e os outros jeans. Pare, vai ficar tudo bem. — E se ela não assinar? — ela pergunta baixinho enquanto torce suas mãos. — E se ela decidir que ainda quer ficar casada com você?
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Eu ando até ela, agarro seu rosto nas mãos. — Docinho, vai ficar tudo bem. Agora, vamos, antes que você precise se trocar de novo. — eu digo, agarrando-lhe a mão caminhando para o hall, onde o carro está esperando para nos levar à minha esposa. Nós chegamos no endereço dela, e entramos no prédio. Subimos os seis lances de escadas, eu estou começando a suar até que finalmente chegamos à porta. Kaleigh aperta minha mão, sorrindo para mim. Eu bato uma vez na porta e uma voz profunda diz: — Um minuto. Eu não sei o que eu estou esperando ou quem, mas a mulher que atende a porta é quase uma amazona. Ela tem, facilmente, mais de dois metros, os ombros são quase mais largos que os meus, e eu tenho certeza que ela pode quebrar meu pescoço como um galho entre as pernas. Seu cabelo está enrolado em um coque no alto da cabeça. — Sim. — sua voz sai dura. — Hum, eu estou aqui para ver Sabrina. — eu finalmente murmuro enquanto tento ficar na frente de Kaleigh para proteger, no caso dela se exaltar. — Então. — diz ela, cruzando os braços sobre o peito. — Você é o marido. Eu não sei o que dizer, porque meus olhos estão sobre seus bíceps protuberantes. — Aham. — eu gaguejo e vejo Sabrina ao fundo, vindo em direção à porta. Ela coloca a pequena mão delicada em seu bíceps e ri. — Relaxe, Zena. — ela vai para frente dela e Zena coloca a mão em seu ombro e o braço ao redor de seu pescoço. — Noah. — Sabrina diz, sorrindo. — Você não mudou nada. Vamos entrar. Seu amigo acabou de chegar. — diz ela, girando e empurrando Zena para longe. — Eu vejo que você conheceu minha parceira, Ruthie. — diz ela para nós dois. — A casca é pior do que a mordida. — eu sorrio e olho de novo, certeza que a mordida dela pode arrancar um pedaço meu. 242
— Oi. — Kaleigh diz ao meu lado. — Eu sou Kaleigh, a mãe do bebê. — ela estende a mão para apertar a mão de Sabrina e Ruthie. E nesse momento dois meninos vêm do quarto, ambos cercando as mães. — Mãe. — um deles fala. — Mamãe. — o outro diz, enquanto se perseguem. — Bryan me bateu. O outro reclama: — Dominic me bateu primeiro. — Vocês dois, temos companhia. — Ruthie diz, parando ambos. — Agora se comportem ou eu terei que dar uns tapas em vocês. Eu olho para ela, depois para Sabrina e depois os meninos riem alto. — Tá certo, mãe, era só fazer cócegas em você, até você gritar por misericórdia. — Vão assistir a um filme enquanto a mamãe e eu assinamos alguns papéis. — ela os leva pelo corredor para onde quer que seja, para assistir à televisão. — Vamos. Eu tenho apenas que olhar na cozinha, se está tudo bem. — Sabrina diz, e vai por outro minúsculo corredor. Ao voltarmos da cozinha, que não é maior do que o meu closet, Will, que vai ser a nossa testemunha, levanta-se, aproximando-se de mim. — Ei, cara, como vai? Há quanto tempo. Eu aperto sua mão, acenando. — Vamos logo ao objetivo? — eu digo, ansioso para ter esses papéis assinados. Quando Will se senta, eu puxo os papéis para ele olhar. Eu tinha enviado uma cópia para Sabrina um dia depois que conversamos. Ela lê apenas para ter certeza que nada foi alterado e pega a caneta de Will e assina na linha pontilhada. Eu quase suspiro de alívio, mas até eu assinar e entregar, essa coisa ainda é legal. Quando ela termina, me entrega a caneta e eu assino apressadamente, devolvendo a caneta para Will.
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Uma vez que ele termina, eu jogo a minha mão para o ar e grito, — Mazel Tov6. O que me faz ganhar uma encarada de Ruthie, um sorriso de Sabrina, um aceno de cabeça de Will, e um beijo da minha menina. Saímos logo depois, de mãos dadas, balançando-as enquanto caminhamos. — Eu tenho uma surpresa para esta noite. — eu digo a ela, e vejo seus olhos iluminarem. — O que é? — ela sorri. — É o seu pau em uma caixa, porque eu tenho que dizer que eu já tive essa surpresa. Na verdade, duas vezes hoje. — ela levanta dois dedos. Teriam sido três, se eu tivesse tido tempo suficiente para me recuperar depois que ela me montou esta manhã no café da manhã. — Não, mas é uma ótima ideia para a próxima vez. — digo a ela, que revira os olhos. — O que devo vestir? — ela me pergunta. — Eu acho que não trouxe nada chique. Levanto a mão para chamar um táxi, e abro a porta para ela entrar. — Eu já organizei tudo. Tudo que você tem que fazer é sentar e ser mimada. — Mesmo? Eu olho para o meu relógio. Bem na hora. — Quando voltarmos para o hotel, haverá duas mulheres lá esperando por nós. — Um trio? Sério, essa é a minha surpresa? E porque duas meninas e não dois caras? — ela bate na minha perna com raiva. — Primeiro, as duas mulheres vão massageá-la, depois, arrumarão o seu cabelo e maquiagem. Mas vamos discutir este trio, você faria? Ela cruza os braços sobre o peito. — Você vai me ver foder outro cara? 6
Frase usada no hebraico moderno para expressar congratulações para uma ocasião ou evento significante ou festivo. A principal diferença na pronúncia é que na língua hebraica a ênfase se dá na segunda sílaba ao passo que em iídiche se dá na primeira.
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— Porra, não. — eu não levo nem um segundo para responder. — Então eu acho que isso responde a sua pergunta sobre o trio. — diz. — Tudo que eu quero é que você relaxe e seja mimada. E esteja pronta às dez. — Às dez? — ela engasga. — Eu terei que tirar um cochilo antes de sair. — Já planejei isso. — eu digo, sabendo muito bem que ela estaria meio dormindo no momento em que saíssemos do quarto do hotel. Quando chegamos, a mesa de massagem já está montada, bem como as velas e rosas. — Ahhh. — diz ela, andando. — Não é que está romântico. — ela se inclina e me beija. — Então transaremos hoje à noite. Eu ergo as sobrancelhas e rio, como se isso já não fosse um direito adquirido. Deixo-a na massagem e vou planejar a maior surpresa da minha vida e espero que até o final da noite ela diga sim para sempre. Quando faltam cinco minutos para as dez eu a escuto gritar: — Ok, eu estou saindo. Eu estou olhando para as luzes da cidade enquanto saboreio um pouco de uísque, meu smoking e gravata quase me sufocando. Viro-me e a vejo saindo do quarto e meu coração para. Ela
está
deslumbrante. Seu
cabelo
amarrado
para
trás
e
enrolado. Alguns fios soltos, mas eu não vejo nada além do seu vestido. Um vestido que confiei em Lauren para escolher. É cor champanhe, coberto de renda, decote em forma de coração com pequenas mangas de renda. Há cristais em toda parte debaixo do vestido, e nas pequenas mangas. Ele vai até o chão, com um fundo solto e balança quando ela caminha. — Você está linda. — eu digo a ela quando se aproxima.
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— E você nunca esteve tão bonito. Eu abaixo meu uísque e a pego em meus braços. — Vamos? — eu a inclino para trás, e beijo seus lábios levemente. Nós chamamos atenção ao caminharmos através do mármore, com o som de seus saltos no chão. O motorista da limusine espera por nós para abrir a porta. — Oh, uma limusine. — ela bate as palmas com alegria. — Melhor noite de todas. — Espero que sim. — murmuro, ficando atrás dela. — Para onde estamos indo? — ela pergunta, logo que a porta se fecha. — Tudo no seu devido tempo. — eu digo e as minhas mãos começam a suar e o coração começa a bater rápido. Eu uso o dedo para puxar o colarinho do pescoço, e ganhar espaço para respirar. Nós chegamos em uma garagem subterrânea. Saio primeiro quando o motorista abre a porta e ofereço minha mão para ela sair. — Oh, é uma missão secreta. — ela ri e eu a guio até o elevador. Eu pressiono o botão, em seguida, viro para ela. — Você confia em mim? — pergunto e ela balança a cabeça. — Bom, agora feche os olhos. — e assim que ela fecha a porta do elevador abre. Eu seguro a mão dela, acompanho-a para dentro e pressiono o botão para subir. Quando para novamente e a porta se abre eu a guio para fora. É perfeito, eu olho em volta e aprecio as luzes das velas que estão penduradas em todos os lugares. A pequena mesa no meio do terraço está cheia de comida e uma garrafa de champanhe sem álcool gelada. Um quarteto de cordas espera para começar. Eu vejo o homem que organizou tudo. Marshall, o irmão de Barbara, também conhecido como o chefe da segurança do Empire State Building. Eu a levo para o meio do Empire State Building, onde você pode ver toda a cidade. Parando-a, eu seguro suas mãos nas minhas, beijo-as, em
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seguida, abaixo em um joelho. — Abra seus olhos. — eu digo e a vejo, apenas ela, e a reação dela. Ramalhetes de rosas champanhe estão colocadas em todo o topo do terraço. As luzes cintilam. Ela olha para o quarteto que agora está tocando Can’t Help Falling in Love with You. Sua mão vai para sua boca e ela olha para baixo e me encontra de joelhos. A coisa toda finalmente fica nítida para ela. — Desde o momento que pus os olhos em você, eu sabia que você mudaria a minha vida. — eu digo a ela, engolindo o nó que está se formando em minha garganta, uma lágrima escapa do seu olho. — Sentei-me ao seu lado e fui atraído por você como um ímã. Você sabia que quando cheguei em casa naquela noite eu a procurei no Instagram? — eu digo rindo, quando eu me lembro que parece uma eternidade atrás, e ela balança a cabeça. — Então eu mandei uma mensagem para você, e você me dispensou, me matou, especialmente o meu ego. Ela agora ri. — De modo que no outro dia, eu fui até o seu trabalho e a vi através dos arbustos. — O quê? — ela pergunta, sorrindo, limpando outra lágrima. — John, Austin, e eu fomos te vigiar. É por isso que estava o preto sob meus olhos. Eu tinha que ver se você estava com outra pessoa. Eu tinha que saber se estava fora da competição. — Não havia mais ninguém. — diz ela, balançando a cabeça. — Então eu fingi que queria ser seu amigo, quando tudo que eu queria era passar um tempo com você. Você vê, pela primeira vez na vida, eu não precisei fingir estar interessado. Eu estava. Eu não tinha que fingir que estava feliz, porque eu simplesmente estava feliz, onde quer que você estivesse. Bem, exceto naquela merda de ioga com cabra. Simplesmente me senti violado, mas eu faria novamente se você me pedisse. Quando você me
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deixou pela segunda vez, eu pensei que fosse ficar verde como o Hulk e ficar louco. Mas então eu a vi, e olhei dentro dos seus belos olhos azuis e vi que você estava tão insegura sobre o que estava acontecendo quanto eu, mas o mais importante, eu vi que você queria estar comigo. Ela revira os olhos para isso. — Eu nunca pensei que eu queria ter filhos, mas no minuto que você me disse que estava carregando meu filho, meu único pensamento foi quando poderíamos ter outro. A única coisa que eu conseguia pensar, era em me certificar de que você ficaria comigo para sempre. — eu sorrio e uma lágrima cai sobre nossas mãos. — Então, eu sei que fazemos as coisas um pouco diferentes, e eu sei que a deixo louca. — eu digo, alcançando dentro do meu smoking, para pegar a caixa azul com o anel, que quase fez um buraco no meu bolso, no segundo que ela me disse que estava grávida. Ok, não no segundo, mas dois dias depois. Abro a caixa e vejo-a ofegar. Eu sei que dizem que o tamanho importa, mas não com Kaleigh. Em vez de um diamante redondo perfeito, eu optei por um oval rosa em ouro branco. — Kaleigh Harrison, você me dá a honra de ser minha esposa? De envelhecer comigo, de me enlouquecer com seus copos vazios por toda a casa? De ser a melhor mãe para os nossos filhos? As lágrimas estão fluindo livremente, no momento que ela balança a cabeça e sussurra: — Sim. — eu levanto, coloco o anel no seu dedo, agarroa, e beijando-a enquanto eu a giro. — Vocês podem sair agora. — eu grito, e ela olha em volta em estado de choque, quando toda a sua família sai, todos vestidos com elegância. Os homens com trajes a rigor e as mulheres em vestidos de festa. Lauren e Austin estão lá com Rachel e Gabe. Sua mãe e seu pai com sorrisos nos rostos. John, Dani, Harvey, e sua esposa, junto com Stephanie, todos vêm até nós para nos parabenizar. Ela olha em volta. — O que todos estão fazendo aqui?
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— Bem, veja, eu sei que prometi um grande casamento religioso para a sua mãe, mas eu não queria viver mais um minuto sem você como minha esposa, por isso vamos nos casar aqui. Esta noite. Sua mão voa para a boca enquanto eu levo-a ao redor da mesa e ela vê o corredor que eu criei para ela. Há um tapete vermelho no meio com cadeiras brancas de cada lado. Um dossel adornado de rosas champanhe e no meio alguém esperando para nos casar. Lauren vem e lhe entrega o buquê. Ela estende a mão para encostar nela e elas sussurram algo no ouvido uma da outra, enquanto Lauren balança a cabeça e diz: — Onde mais eu estaria? Então, tomamos nossos lugares, na frente do altar com Austin ao meu lado, Lauren entra primeiro e depois Kaleigh, seu rosto irradiando o maior sorriso que eu já vi, com o braço enlaçado no do pai. Em uma bela noite em Nova Iorque, no topo do Empire State Building, eu finalmente beijo a minha noiva e ela diz a todos que finalmente ganhou o Playboy.
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Capítulo Vinte e Oito Kaleigh Mais ou menos três meses depois Estou aqui sentada no sofá com lágrimas escorrendo pelo rosto. Meu corpo parece quase o mesmo, exceto que meus seios estão maiores e tenho uma bola de basquete na barriga, ou melhor ainda, o filho de Noah. Isso mesmo. Um mês atrás fomos fazer um ultrassom. Bem, não houve dúvida. Assim que colocaram o bastão na minha barriga, acharam as pernas abertas do meu pequeno homem e um pênis flutuante. Noah ergueu as mãos para o ar como se tivesse acabado de ganhar na loteria. — Eu preciso de uma foto disso. O meu filho e seu pacote. — disse ele ao médico sério. — Na verdade, quero dez. Eu preciso enviar para todos os meus amigos. Eu fiquei hipnotizada que um ser humano realmente estivesse crescendo dentro de mim. Agora estou aqui sentada, esperando Noah voltar para casa. Eu não tenho que esperar muito antes de ele correr para dentro da casa, preocupação e pânico no rosto. — Oh meu Deus, você está bem? O bebê está bem? — ele se senta na minha frente, e coloca a mão na minha barriga, o bebê chuta assim que percebe que seu pai está próximo. Ele limpa a minha bochecha com as lágrimas que caem. — Olha. — eu digo a ele, apontando para o saco do Mcdonald. — Olha, o que o seu filho me fez comprar. — eu soluço enquanto ele se inclina e abre o saco, vendo que há oito cheeseburgers lá. Não um, não dois, mas oito. — O quê? — ele olha para o saco com um sorriso e então pergunta. — Você comeu algum?
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— Não, ainda não. Mas eu quero. — eu pego o saco dele, e levo ao nariz. Enfio a mão, pego um e o abro. — Eu odeio carne, eu odeio laticínios. — eu digo, mordendo e gemendo, — Mas o seu filho quer. Meu único desejo é carne. Essa criança não podia querer, não sei, couve de Bruxelas? Ou, quem sabe espinafre já que está noventa por cento pronto? — eu dou outra mordida, e depois outra até que estou no terceiro. — Por que isso é tão bom? — eu digo entre as mordidas. Minha boca está cheia de cheeseburger. — Docinho, você sabe que isso é normal. O médico disse. — ele olha para mim, segura meu joelho em uma mão e coloca a outra na minha barriga. — Você me fez comer cinco sanduíches na semana passada, para poder sentir o cheiro. — diz ele e o bebê chuta sua mão, ele se inclina, e beija minha barriga e fala: — Ei, olá, jogador, você pode dar uma pausa para a sua mãe, por favor? Os chutes do bebê aumentam. Eu olho para ele. — Eu aposto que ele vai gostar mais de você do que de mim. — eu digo e meus olhos começam a arder. Então eu pisco rapidamente. — Eu sou a mãe. Eles devem amar mais a mãe. Quero dizer, olhe para mim. — eu digo, olhando para minha barriga. — Ele está dentro de mim. Ele deveria me amar mais. — Kaleigh. — diz ele, sentando-se ao meu lado, e depois me puxa para ele. — Ele vai adorar o chão que você pisa. Você vai ser a razão dele sorrir e seus olhos se iluminarem. Você será o mundo inteiro dele. Eu engulo as lágrimas. — Você acha? — pergunto-lhe, enquanto o bebê brinca de ginástica na minha barriga. — Não, eu sei que será assim. — ele se inclina para beijar meus lábios suavemente. — Agora, que tal eu levá-la para cima e arrumar um banho para você? — ele beija minha bochecha e depois o queixo. — Você vai se juntar a mim? — pergunto-lhe. Eu pensei que uma vez que casássemos, e nos acostumássemos um ao outro, o sexo ia parar. Eu estava errada. Transamos mais do que nunca. A única coisa a se preocupar é quais posições podemos fazer. Papai e mamãe está praticamente fora de
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questão, a minha barriga fica no caminho, mas sempre mantemos as coisas interessantes. — Você está me perguntando isso? — ele questiona, levanta-se e caminha até as escadas. — Espere! — eu grito antes que ele chegue mais longe. — Os hambúrgueres. — eu digo, levantando a mão para o ar, enquanto ele se vira para voltar até a mesa. — Você vai levar os hambúrgueres para o banho com a gente? — pergunta ele, apontando para o andar de cima. Eu inclino a cabeça para o lado. — Não, bobo, molha. Vou comê-los depois. — O que você quiser, docinho. — e é ai que fico mais apaixonada por ele. — Não podemos encher a banheira demais. Nós quase inundamos a cozinha da última vez. — Foi tudo culpa sua. Você me provocou. — eu sorrio, pensando em quando ele entrou na banheira e decidiu me limpar. — Eu queria ter certeza de que sua vagina estava bem limpa. Não foi culpa minha o sabão deixar tudo escorregadio e eu ter que esfregar todos os lugares. — ele se inclina, lambendo minha orelha. — Você amou cada segundo. — suas palavras quentes em meu ouvido fazem o meu corpo tremer. — Você quer de novo, que eu lave a sua boceta, meus dedos entrando e saindo de você enquanto os pés ficam de cada lado da banheira, aberta para mim, seu clitóris. — e é a última coisa que ele tem a dizer, porque eu viro e ataco sua boca com a minha. E eu o faço me lavar até eu virar e montá-lo duro, nós realmente inundamos a cozinha neste momento. Eu estou sentada no meio da cama quando ele finalmente chega lá em cima, depois de ter pago o rapaz da entrega. — Jesus, você comeu tudo? — diz ele ao ver a caixa vazia de pizza na minha frente.
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— Não fui eu, foi o bebê. — eu começo a sentir as lágrimas. — Eu não queria comer. Eu falei para ele que não era bom. — eu esfrego a barriga cheia, sentindo meu filho fazer piruetas. — Querida. — diz ele, aproximando-se de mim. — Não importa. Só que na próxima vez eu vou ter que pedir duas de carne, em vez de uma. — diz ele, abrindo a vegetariana, comendo tudo de uma única vez. — As coisas que você faz pelos seus filhos. — diz ele, enquanto come a pizza. — Você acha que devemos fazer um chá de bebê? — vou para o seu lado, enquanto ele come. — Quero dizer, é uma coisa normal. — Quem quer organizar um chá de bebê? — ele pergunta comendo outra fatia — Bem, Lauren faz. — eu olho para ele. — É tradição. — Oh, eu me pergunto se podemos conseguir a mesma garota que Austin contratou quando ele pediu os balões de pênis. — Nós não teremos balões de pênis. — eu falo, sentando e meus ombros relaxam. — Por quê? Ele tem um pênis. — diz ele, jogando a pizza vegetariana de volta na caixa. — Nós temos que ter algumas decorações de pênis. Sento-me e coço a barriga redonda. — Eu vou deixar tudo para Lauren. Precisamos ir fazer compras. Eu o escuto gemer enquanto deita de costas. — Nós quase não sobrevivemos à compra do berço. — Só porque você perguntou se podia entrar para se certificar que era forte o suficiente. — eu aponto para ele. — Se meu filho vai dormir nele precisamos saber que é top de linha. — ele se levanta, agarrando as caixas de pizza. — De qualquer forma, vamos fazer essa coisa toda de compras e ver o que acontece. — ele pisca para mim e sai.
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— Traga-me alguns daqueles petiscos nojentos de pepperoni! — eu grito, depois mando uma mensagem para Lauren seguir em frente com o chá de bebê e vou para o chuveiro. *** Com a quantidade de carne que estou comendo, estou surpresa por não rolar quando eu ando na rua. — Noah. — eu grito do banheiro. Agora estou quase aos nove meses. Trinta e sete semanas, para ser exata. Noah vem correndo ao andar de cima, seu corpo magro suado por causa de correr. — O que aconteceu? — pergunta ele, pânico em seus olhos. — Eu estou tão gorda. — Eu choro, minhas mãos caindo aos meus lados. — Eu não sei nem se minha vagina está inchada ou não. — eu tento olhar para baixo e não vejo nada. — Veja, nada. Eu não posso ver nada. Só barriga. Tenho saudades dos meus dedos. — Docinho, você parece uma deusa. — ele esfrega minha barriga enorme. — Você é uma deusa para o meu filho. — ele a beija. — E aos outros que vierem. — Eu acho que não quero outro filho. Quer dizer, eu quero mais do que um, mas eu não tenho certeza se meu corpo consegue lidar com isso. Quero dizer, olhe para mim. — eu aponto para cima e para baixo no meu corpo. — Vai dar tudo certo. Você tem um belo vestido novo. Você vai colocá-lo e sorrir e comer muitos cachorros-quentes e hambúrgueres. — Meu corpo inteiro parece inchado. — eu olho para baixo e embora eu tenha ganhado quase vinte quilos, foram todos para os meus seios, bunda e barriga. — Você colocou o bebê em mim. Você precisa fazer sexo comigo para tirá-lo. Ele olha para mim, confuso.
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— Lauren disse que se eu excitar meus mamilos e nós transarmos, eu poderia dilatar, ou algo assim. — Uau, eu acho que nunca me senti tanto um pedaço de carne como agora, e eu gosto disso. — diz ele, entrando no chuveiro. — Mas Lauren ligou e disse que se atrasarmos ela nos esfola vivos. Eu primeiro, você depois de ter o bebê. Eu bamboleio, sim, você leu certo. Eu dou a porra de um bamboleio até a cama onde eu sento, sinto que meu estômago está na minha garganta. Eu me inclino para trás, e pego o sutiã que vou usar hoje. Este é um lugar que passou de nada à herói. Meu agradável 38 é agora um sólido 42, se não for 44. Coloco o sutiã e calcinha fio dental, vou até o armário que ambos compartilhamos agora, pego o vestido de renda longo azul com fendas nas pernas. Noah entra no armário com uma toalha enrolada na cintura. Pequenas gotas de água permanecem em seu peito. Eu me inclino, beijo seu peito, depois entro no meu vestido, e viro para ele fechar. O zíper sobe e ele beija meu pescoço e eu me inclino em seu peito, virando a cabeça para que ele me beije na boca. Sua mão vai para a minha barriga, enquanto ele me beija suavemente nos lábios. — Amo você, esposa. — diz ele com um sorriso. — Amo você, marido. Ele segura minha mão suavemente, com segurança, ao entrarmos no quintal de Lauren. Eu paro quando vejo a cena. Há mais balões de pênis do que eu pensei que seria possível em uma festa. Fez a festa de aniversário parecer brincadeira de criança. — Que diabos é isso? — eu olho em volta, e encontro Lauren com uma careta. Ela vem bufando, os olhos atirando punhais para o meu marido. — Eu disse que você podia pedir dois balões. Eu não disse mais de quinhentos. — ela olha em volta o pênis de hélio flutuando alto.
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— Na verdade, há seiscentos e cinquenta. — ele olha para o seu trabalho com um sorriso no rosto. — Os fornecedores correram. — diz ele, pegando uma bebida do garçom que passava, na forma de um pênis, com um canudo pênis. — Oh, querida, você está aqui. — minha mãe vem até mim, ela está usando óculos com um pênis apontado para cima no meio. — Estes óculos são tão engraçados. Olha, eu tenho um pênis na cara. Observo minha mãe com um vestido floral, com óculos de sol cor-derosa e um pênis, mas o que me deixa mais impressionada é um chapéu com abas de um material preto, com uma fita branca grossa com bolinhas pretas, pequenas pérolas e uma enorme rosa branca. — Mãe, que chapéu é esse? — eu pergunto confusa. — Oh, é um chapéu-coco. — diz ela, jogando as mãos para o ar. — Eu não queria que os amigos de Noah pensassem que eu não tenho humor. — Eu amo isso. — Noah coloca os dois olhos em meu pai que está saindo de casa. — Olha aquilo. — diz ele, observando os pés dele conforme ele desce as escadas. Ele está vindo até nós com algo preso ao peito. — Chama amamenteme com carinho. É para o Noah, para ele saber como é o aleitamento materno. — a coisa está amarrada na sua cintura e ombro, uma mamadeira no lugar do peito. Ele pega uma boneca e coloca na mamadeira. — Olha, eu sou quase uma mulher. — Puta merda. — Austin diz assim que chega ao quintal. Ele vai até Lauren e envolve seu braço na cintura dela, inclinando-se para sussurrar em seu ouvido. Sua expressão de assassina vai para tudo bem. Ela acena com a cabeça para ele, enquanto ele caminha até nós, olhando para o meu pai tentando amamentar o bebê, em seguida, minha mãe e seu chapéu ridículo.
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— Você tem sorte de estar me dando um sobrinho. — diz Austin para Noah e sorri. Minha barriga fica dura e se aperta por um segundo e eu a esfrego em círculo. — Oh. — eu digo. — Foi um pontapé grande. — falo e minha barriga aperta de novo. — Opa. — eu digo, e Noah olha para mim, em seguida, o impensável acontece. Minha bolsa de água rompe, jorrando nos sapatos de Austin. — Que porra é essa? — Austin fala enquanto olho para Noah. — Eu acho que a minha bolsa estourou.
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Capítulo Vinte e Nove Noah — Heee hhheee hoooo hooo hooo hooo heee heee. Isso, apenas respire pelo nariz, e solte pela boca. — a enfermeira diz à Kaleigh enquanto seus olhos estão fechados e ela está se concentrando na dor. Ela está sentada no meio da cama do hospital com as pernas cruzadas, usando roupa hospitalar. As contrações estão de quatro em quatro minutos. Estou ajoelhado atrás dela, esfregando seus ombros e as costas quando as contrações vêm novamente. Estamos no hospital, finalmente, depois da sua bolsa estourar sobre os sapatos de Austin e ele quase vomitar. Todos nós entramos no carro onde eu nos levei para o hospital. Passamos por muitas discussões sobre onde ter o bebê. Kaleigh queria tê-lo no nosso quarto, em uma banheira. Eu estava quase concordando quando ela nos levou para assistir outro casal fazer
isso. Um
olhar
para
a
banheira
e
eu
vetei. Então,
nós
resolvemos. Vamos tê-lo no hospital, se eu trouxesse todas suas coisas esotéricas. As luzes do quarto estão turvas, quase apagadas, o som suave do mar e das ondas ao fundo, tocando junto com algumas flautas e sinos. — Toc. Toc. Toc. — Dede diz ao entrar com balões em uma mão e flores na outra, o chapéu ainda na cabeça. — Que barulho é esse? — ela enruga o nariz. — É música Zen, Mãe. — Lauren entra na sala, empurrando-a da frente. Ela espirra uma, duas, três vezes. — Isso é salva? — ela pergunta e Kaleigh apenas grunhe. — Ok, é hora de fazer uma verificação. — a enfermeira diz e ela sai da cama. — Deite-se, pés para cima. — diz ela, e vai ao lado pegar um par de luvas. — Ok. — diz ela, levantando o vestido. Assim que ela faz isso Austin
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entra no quarto, seus olhos vão direto para Kaleigh na cama. — Oh meu Deus. — diz ele e olha para o lado e depois para o chão e depois coloca a mão na boca. — Eu vou passar mal. — diz ele pálido. Lauren vai até ele e segura seu rosto. — Por que está assim? — parece que ele vai chorar. — Por que está inchado? Eu jogo a cabeça para trás e rio. — Cara, o bebê está quase coroando. Você chegou na hora. — Você é um louco fodido? — Austin diz e sai da sala, enquanto Lauren ri. — Ele fica enjoado. Eu olho para baixo e vejo que a enfermeira está com a mão inteira dentro da Kaleigh. — Você está com nove centímetros. Vai ser rápido. — É porque brincamos com seus mamilos e transamos no chuveiro. — eu olho para Lauren. — Me desculpe por isso. Eu simplesmente não consegui resistir. Ela precisava do meu esperma. A enfermeira se levanta, joga as luvas no lixo, e chama alguém no telefone. — Ok, o médico está a caminho. Vamos deixar tudo pronto. — diz ela, vai para o canto da sala e acende uma luz em uma dessas caixas de vidro. Ela pega alguns cobertores e os abre. Ela os coloca perto da cama. — Algo está acontecendo. — diz Kaleigh, seu rosto coberto de suor. — Eu sinto tanta pressão. Dói muito agora. — sua cabeça vai da esquerda à direita e ela tenta respirar, mas já era, ela está uivando de dor. Minhas mãos vão para a minha cabeça, puxo o cabelo enquanto Lauren segura as mãos dela e fala que vai ficar tudo bem. Estou segurando a outra mão agora, e afasto o cabelo dela do rosto.
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— Ok, Kaleigh, que tal tentarmos empurrar um pouco? — a enfermeira diz e se posiciona na frente dela. — Força e empurre. — Kaleigh agarra minha mão, abaixa o queixo ao peito, e geme ao empurrar. — Um, dois, três, você está indo muito bem. Sete, oito, nove, dez. Ok. — diz ela, e pega outro par de luvas. — Ok, foi ótimo. O bebê está coroando. — ela fala, olhando para Kaleigh. O médico entra com outra enfermeira, que coloca o jaleco. — Ei você, Kaleigh, Noah. — ela nos cumprimenta e se senta no banquinho na frente de Kaleigh e olha a cabeça do bebê. — Ok, está tudo indo bem. Que tal empurrar mais uma vez? — dra. Noelle diz e coloca as luvas e a enfermeira começa a contar. Eu olho para a cabeça que está saindo e coloco a mão sobre a boca. Não é uma cabeça de tamanho normal. — Puta merda, ele vai ter uma cabeça pequena? O meu pênis bateu na cabeça dele? É por isso que é tão pequeno? Dra. Noelle me olha e ri. — Noah, ele está coroando, o que significa que a cabeça está descendo. Vai aparecer mais em breve. Kaleigh, pare de empurrar um segundo. — ela diz e coloca o dedo dentro, curvando-o em torno da cabeça do bebê. — Agora vamos empurrar de novo, ok? — ela fala e quando Kaleigh empurra eu pego o telefone e filmo a cabeça do meu filho saindo de sua mãe. — Ok, pare de empurrar. A cabeça já está fora. — eu olho para cima e vejo Lauren e Dede com lágrimas escorrendo pelo rosto. Vejo a médica segurando a cabeça e quando seus ombros saem, todo o seu corpo desliza para fora como uma cobra, e ela aspira sua boca enquanto o segura de cabeça para baixo, as lágrimas correm pelo meu rosto. Olho para Kaleigh, que está com o rosto vermelho e o peito subindo e descendo, enquanto ela suspira e chora no momento que a médica coloca o nosso filho sobre seu peito. — Oh meu Deus. — ela soluça e sua mão embala o nosso filho à medida que ele solta o seu primeiro grito. — Meu bebê. — ela chora, e eu
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me inclino e beijo sua cabeça molhada e depois beijo a mãe do meu filho, a mulher que eu sou tão sortudo de ter e a guerreira em nossa família. — Eu te amo muito. Você é tão corajosa, baby, tão, tão corajosa. — eu beijo seu rosto enquanto a enfermeira leva o bebê de nós e a médica me pede para cortar o cordão umbilical. Ela me dá a tesoura e corto entre os grampos. A enfermeira o leva para a cama, pesa, limpa, e coloca uma fralda nele, e depois o traz de volta para nós. — Aqui está, um gigante com quatro quilos, e cinquenta e três gramas. — ela sorri enquanto a médica termina com Kaleigh e levanta. Lauren e Dede dão um tempo para nós e vão dar a notícia a todos. — Olá, sou eu, seu papai. — eu digo a ele enquanto ele pisca para nós, apenas observando. — Esta é a sua mãe. Ela é a melhor. Ela vai fazer você experimentar algumas coisas malucas com a comida. Apenas aceite, ok? Ela vai nos levar a fazer coisas que não queremos, mas vamos fazer mesmo assim, apenas porque a amamos e queremos vê-la sorrir. Você provavelmente se apaixonou por ela no segundo que a viu, não é? Eu sei, aconteceu comigo também. Foi ela quem finalmente domou o Playboy. — e com isso, eu beijo minha esposa e agradeço a qualquer estrela da sorte lá em cima, que a fez cair na minha vida.
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Epílogo Um ano depois
— Papai chegou. — eu digo ao entrar em nossa nova casa, que acabamos de comprar na praia. É uma propriedade enorme e possui um celeiro na parte de trás, que Kaleigh converteu em um estúdio de ioga. Eu olho em volta e não vejo, ou ouço ninguém, então eu ando pela casa, que agora tem cada brinquedo de criança conhecido pela humanidade. Minha mãe, mesmo sendo uma vaca, tomou gosto pelo neto. Alguns até dizem que ela gosta muito dele. Às vezes, ela manda dois pacotes em um dia. Ainda somos cautelosos, e nossa relação ainda é tensa, mas Kaleigh diz, que enquanto minha mãe amá-lo, ela vai segurar a língua. Com o cabelo louro encaracolado e olhos azuis da cor do céu, o rosto gordinho está sempre sorrindo, exceto quando a mãe sai do ambiente ou não ganha carne rápido o suficiente. Vou até a porta dos fundos, abro e vejo o meu menino correndo com as mãos ao ar, tentando equilibrar-se, enquanto Kaleigh corre atrás dele. Eu observo os dois com um grande sorriso. Amor é um sentimento de merda gigante. — Eu vou pegar você. — diz ela e nosso filho grita com prazer, com as pernas rechonchudas indo tão rápido quanto podem. — Não, mamãe, não. Eu vou até eles e ambos não me veem até eu pegar minha mulher pela cintura, e jogá-la por cima do meu ombro. O peso do bebê se foi há muito tempo e ela está realmente magra. Suas pernas nuas, bronzeadas, chutam furiosamente enquanto ela ri. — Matteo, olha, peguei a mamãe. — falo e ele se vira e olha para nós. Ele cai de bunda e depois se inclina para levantar-se novamente e vir até mim. — Dada, Dada, Dada. — ele vem e puxa minhas calças para pegá-
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lo. Eu deixo Kaleigh descer e me curvo para agarrá-lo. Levanto-o, ele segura meu rosto e me dá um beijo babado de boca aberta. — Ei, lindo. Você foi um bom menino para a mamãe? — pergunto-lhe e ele aponta para si mesmo e diz: — Menino. Sorrio para ele e olho sua mãe. — Ei, você. — inclino-me e beijo seus lábios, e eles sempre me recebem como se fosse a primeira vez. Ainda fico duro cada vez que estou perto dela. — Jesus, vocês dois nunca mantêm as mãos longe um do outro? — eu ouço Austin, que está entrando no quintal, seguido por Rachel, Gabe, que eu juro, cresceu 30 cm no último mês, e uma Lauren gingando. — Enquanto ela estiver perto de mim, minhas mãos estarão sobre ela. — Sim, lembra quando eu dormir aqui e você e a tia Kaleigh fizeram uma festa do pijama pelados? Foi nojento. — diz Rachel, enquanto Austin olha para nós. — Ela está exagerando. Eu não estava nu; Kaleigh cobriu todas as minhas partes. — eu sussurro. — Eu estava escondido dentro da vagina dela. — eu rio, enquanto Austin geme. — O que vocês estão fazendo aqui? — pergunto. — Viemos pegar Matteo para uma festa do pijama em nossa casa. — diz Rachel, estendendo as mãos para o Matteo, que se joga para se juntar à prima favorita. — O quê, por quê? — pergunto, olhando para Kaleigh. — Bem, eu queria ter um tempo de adulto. Além disso, é nosso aniversário de namoro. — ela envolve as mãos na minha cintura. — Ok, eu já peguei a bolsa. Vamos. — diz Lauren. — Está tão quente aqui fora, estou suando rios. Eu olho para Austin. — Se você acha que é uma grande quantidade de água, espere até ver o que ela vai jorrar quando der à luz. — eu rio e seu
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rosto empalidece. — Lembra quando eu fui para sala de espera depois do Matteo nascer, e mostrei-lhe o vídeo, você desmaiou. — eu jogo a cabeça para trás rindo ao lembrar dele empalidecendo e caindo na cadeira. — Ok, dê beijos na mama. — Kaleigh pega Matteo e o beija na boca. — Seja bonzinho com a tia Lolo e o tio Austin. — Lolo. — Matteo murmura e estende a mão para ela. — Não é o meu menino? Tia Lolo trouxe uma bola. Você quer a bola? Eu vejo eles carregarem meu filho para fora do quintal, e olho para a minha esposa. — Então, o que você planejou para o nosso aniversário de namoro? Por acaso estaremos nus durante essa coisa? — Estou certa de que podemos resolver isso. — diz ela e pega a minha mão e caminha para a casa comigo de mãos dadas. — Eu estava pensando em uma massagem. Com óleo. — ela mexe as sobrancelhas para mim. — Uma pizza na cama. — ela se vira e sussurra: — Netflix e gemidos. Eu paro nas escadas e coloco a mão no peito. — Jesus, eu acho que só me apaixono mais por você. Que tipo de pizza? — Uma para amantes de carne. Existe alguma outra escolha? — ela sorri para mim, virando para colocar as mãos em volta do meu pescoço e beijar meus lábios. — Vamos lá, Playboy. Deixe-me tentá-lo com um pouco de carne. — ela joga a cabeça para trás e ri com todo o seu coração. E, naquele momento, não há nenhum lugar que eu preferiria estar do que aqui, com ela.
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