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Compêndio de Palestras do 6º Congresso de Discipulado Para o Brasil Editor e Organizador: Joary Jossué Carlesso Departamento de Discipulado da IEADJO: Joinville, 2018 Revisão: Joary Jossué Carlesso Diagramação e arte final: Adilson Carlin Impressão: Grafica Suloeste Capa: Willian Jones - STUDIO LUNETA Tiragem: 2500 exemplares
Pastor Presidente: Pr. Sérgio Melfior 1º Coordenador: Pr. Joary Jossué Carlesso 2º Coordenador: Pr. Mário Sérgio Araujo Silva 3º Coordenador: Pr. Marco Aurélio Bittencourt de Oliveira 4º Coordenador: Pr. Medsi Mendes 1º Secretário: Pr. Ricardo Adir dos Santos 2º Secretário: Pr. Leandro Machado 3º Secretário: Pr. Domingos de Moura 1º Tesoureiro: Pr. Carlos Alberto Farias 2º Tesoureiro e Marketing: Pr. Paulino Guilherme 3º Tesoureiro: Pr. Emerson da Silva Secretária Executiva: Karina Simas Bittencourt de Oliveira Secretário Adjunto: Pr. Everton Martins Relações Publicas: Pr. Fernando Bragagnolo Equipe de Apoio: Pr. Eliseu da Silva
PALAVRA DO PASTOR PRESIDENTE Avançando em Unidade: benção para uma igreja em missão. “[...] mas eles continuam no mundo, ao passo que eu vou para junto de ti. Pai santo, guarda-os em teu nome, que me deste, para que eles sejam um, assim como nós. Quando eu estava com eles, guardava-os no teu nome, que me deste, e protegi-os, e nenhum deles se perdeu, [...]”. (João 17:11-12, ARA).
Seja bem-vindo(a), é com imenso prazer que hospedamos, e ajudamos a realizar o 1º Congresso de Discipulado para o Brasil aqui na Região Sul/SC. Este que é o maior evento de Discipulado do Brasil tem chegado ao Sul de Santa Catarina. Durante 03 dias acontecerão 10 PLENÁRIAS + 6 WORKSHOPS, totalizando 34 PALESTRAS, com preletores reconhecidos na área da Evangelização e do Discipulado no Brasil e no Exterior. Parabéns porque você abraçou essa oportunidade e está investindo no seu aperfeiçoamento ministerial para cumprir a Grande Comissão, qual seja: ganhar vidas para Jesus e cuidar bem delas. Queremos que esta visão de unidade e amor pelos perdidos seja transformado no estilo de vida e na missão diária de todos os participantes desse maravilhoso Congresso. Pois o discipulado é uma estratégia fundamental para alcançarmos o ideal de sermos uma Igreja mais Missional, Unida, Avivada e Relevante, que é a meta da nossa Igreja – rumo ao centenário da ADC e da CIADESCP. Pois de fato o que nos define como igreja, é se nós estamos comprometidos com a missão de Jesus, em virtude disso precisamos avançar em unidade, pois é benção para uma igreja em missão. Pr. Roberto Ohlweiler Pr. Presidente da Igreja Assembleia de Deus em Criciúma SC Fevereiro 2019.
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Índice Plenárias Gerais Família Unida Fazendo Discípulos. ...............................................11 Envisionar a Igreja Para Fazer Discípulos............................................17 Ganhando e Discipulando Através Dos Pequenos Grupos....................25 Frutificação Que Permanece...................................................................29 Desenvolvendo Um Acompanhamento Pessoal Personalizado.............31 Discipulado e Escola Bíblica Dominical: Parceria Para o Crescimento Da Igreja................................................33
Discipulado Infantil Ganhando, Integrando e Discipulando Crianças...................................58 Discipulado Infantil X Discipulador: Atitudes Que Geram Crescimento. .........................................................62
Implantação Implantação do Discipulado Na Igreja e Nos Lares.............................71 Consolidação, Integração e Discipulado De Novos Convertidos. .......................................................30 Organização, Relatórios E Documentação Do Departamento De Discipulado. ..........................................................74
Teen Fundamentos Do Discipulado Teen..........................................................84 Aplicando o Discipulado Teen. ..............................................................106
Casais Implantação Do Discipulado No Departamento De Casais.........................................................................113 Discipulado Com Casais Na Prática 1: Momentos Com Os Casais.......................................................................116 Discipulado Com Casais Na Prática 2: Obra De Fazer Discípulos É Espiritual................................................119 Discipulado Com Casais Na Prática 3: Vinculados Ao Amor Discipulamos Vidas.............................................121
Jovens E Universitários Juventude Missional o Desafio Do Discipulado..................................126 Como Discipular Jovens Com Excelência............................................129 Implantação De Discipulado Com Jovens.............................................134 Discipulando Universitários Na Era Da Doutrinação Ideológica. ....................................................138
Feminino Esposa De Pastor: Chave Para o Discipulando Feminino...................147 Dinâmicas Criativas Para o Discipulado Feminino..............................149 Os Resultados Do Discipulado Feminino..............................................153
Reconciliação Reconquistando Afastados e Desigrejados...........................................174 Praticando A Reconquista Através Do Culto Do Amigo....................180
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Plenรกrias Gerais
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FAMÍLIA UNIDA FAZENDO DISCÍPULOS Sérgio Melfior é Pastor Presidente da IEADJO (Igreja Evangélica Assembleia de Deus de Joinville), 1º Vice-Presidente da CIADESCP (Convenção das Igrejas Evangélicas Assembleia de Deus de Santa Catarina e Sudoeste do Paraná) e Presidente do Conselho de Missões da CGADB (Convenção Geral das Assembleias de Deus do Brasil). Graduado em Teologia.
INTRODUÇÃO Vivemos em uma época de grandes desafios para a vida em família. Nosso adversário tem lutado de todas as formas para destruir as famílias, principalmente as famílias cristãs. A falta do discipulado familiar é um grande problema, pois a ausência de valores bíblicos gera deficiências espirituais nas famílias. A estratégia de satanás é enfraquecer a fé e consequentemente destruir os lares cristãos, através de ideologias mundanas e diabólicas. No mundo, que “jaz no maligno” (1 Jo. 5:19), a situação é ainda mais catastrófica. Quantas famílias que não servem a Deus tem histórias tristes para contar! Muitas pessoas já vivenciaram em casa casos de suicídios, tragédias, assassinato entre parentes e brigas intermináveis geradas por ciúmes, traições e dureza de coração, pois são fruto de famílias desestruturadas. Muitas famílias estão sendo destruídas por divórcios irresponsáveis, onde homens e mulheres quebram a aliança divina sem pensar nos filhos indefesos e inocentes. Podemos imaginar a tristeza de um filho, de uma mulher ou de um marido abandonado. A pobreza e a misé11
ria das famílias são, na maioria das vezes, consequências de desajustes e desequilíbrios familiares. Este é o retrato do mundo em que vivemos. Devemos olhar para ele com compaixão, assim como o nosso Mestre. A Igreja de Cristo, “coluna e firmeza da verdade” (1 Tm. 3:15), luta incansavelmente para levar o evangelho pleno à todas as famílias que vivem nas trevas espirituais, para que possam converterse a Cristo e receber a “vida com abundância”. Quando a família cristã se une para fazer a obra de Deus, o resultado são outras famílias alcançadas pela graça de Deus e discipuladas para servir ao Senhor e ganhar outras famílias. Desta forma, a “família unida fazendo discípulos” é a causa de “uma Igreja missional, avivada e relevante”. Um Igreja composta por famílias unidas que fazem discípulos cumpre a sua missão, tem o avivamento espiritual e é relevante para a transformação do mundo ao seu redor. 1 FAMÍLIA UNIDA FAZENDO DISCÍPULOS “Oh! Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união” (Salmos 133:1). É necessário que a família esteja unida para fazer discípulos. Como podemos compartilhar algo que não vivemos? Como edificar a Igreja se o alicerce está danificado (Sl. 11:3)? O futuro de qualquer sociedade depende de apenas uma coisa: a família. Ela é o alicerce da igreja e precisa estar firme diante de Deus e unida para cumprir a sua missão. “E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gênesis 12:3) Observamos nesse texto bíblico que a bênção de Deus não está vinculada aos indivíduos, mas às famílias. A família deve viver em unidade, pois ela tem um papel importante no plano de Deus. Quando a família se fragmenta ela perde o equilíbrio espiritual, se desfuncionaliza e muitas vezes a iniquidade assume o controle. Pela desunião, muitas famílias têm naufragado na imoralidade sexual, na miséria, na violência e na insegurança. É impossível algum indivíduo ir bem na fé maltratando a famí12
lia. Não tem como adorar a Deus na Igreja e negá-lo em casa. A Palavra de Deus nos mostra que orações são impedidas pela conduta errada no relacionamento familiar (1 Pe. 3:7). Assim, a autoridade ministerial de um homem de Deus está vinculada à sua vivência familiar (1 Tm. 5:8). E o mover de Deus e o avivamento estão ligados à restauração familiar (Ml. 4:26, Jl. 2:28,29). Quando a família é restaurada, acende uma pequena fagulha do Espírito Santo, que pode gerar um grande avivamento em outras famílias ao seu redor. O dever de todas as famílias salvas é compartilhar o evangelho com outras famílias que ainda não conhecem a Cristo, e fazer delas suas discípulas. O discipulado familiar não é algo novo. Vemos no Antigo e no Novo Testamento Deus chamando famílias para ensinar a outras famílias sobre o grande plano de Deus. 1.1 A família de Abraão - Gn. 12:1-3 Deus chamou Abraão e abençoou sua família, para através dela abençoar todas as famílias da terra. 1.2 A família de Noé - Gn. 6:17-18 A família de Noé foi salva do dilúvio e através dela, por consequência, toda a humanidade. Deus ordenou claramente que todos entrassem na arca: ele, sua mulher, seus filhos e suas noras. 1.3 A família de Obede-Edom - 2 Sm. 6:12 A Arca da Aliança, que representava a própria presença de Deus, entrou na casa de Obede-Edom e durante o tempo em que ficou lá (três meses), toda a sua casa foi abençoada, e serviu de testemunho aos judeus e aos gentios da bondade de Deus. 1.4 A família de Cornélio - At. 11:14 Após ser visitado pelo anjo, Cornélio convidou toda a sua família para ouvir a Palavra de Deus e receber a salvação em Cristo, através da mensagem de Pedro. Mas ele não se limitou aos seus parentes, ele convidou as famílias dos seus amigos íntimos para serem alcançadas pelo Senhor. 13
Na Palavra de Deus os exemplos de famílias abençoadoras são inúmeros. Que a sua casa possa ser um testemunho vivo, através do discipulado, para outras famílias, que precisam conhecer Jesus. Meu desejo é que sua família seja bem-sucedida como a família do Salmo 128. 2 FAZER DISCÍPULOS: PRIORIDADE DA IGREJA Jesus estabeleceu para a Igreja algumas prioridades, que fluíram a partir do derramamento do Espírito (At. 2). Vemos que os primeiros cristãos consideraram a comunhão dos santos (At. 2:42,46), a adoração ao Senhor (At. 2:47a), a evangelização (At. 2:47b), a ação social (At. 2:44,45) e o discipulado dos recém convertidos (At. 2:40,41) como prioridades de sua marcha terrestre. Quero destacar a prioridade do discipulado como modelo para o crescimento da Igreja, cumprindo a determinação do Senhor em Mt. 28:19-20. Por discipulado entenda-se o processo em que o novo convertido recebe todas as instruções indispensáveis para sua formação e crescimento de sua fé, até que esteja apto a fazer outros discípulos, reproduzindo assim o modelo do caráter cristão (2 Tm. 2:2). Vemos que o crescimento explosivo da Igreja no Século I se deu por meio do discipulado. Jesus formou o seu grupo de discípulos, inicialmente com os 12 (Mt. 10:1-4), depois com 70 (Lc. 10:1) e, finalmente, com mais de 500 discípulos (1 Co. 15:6). Logo após o Pentecostes, os discípulos começaram a multiplicar, ensinando e batizando aqueles que iam sendo salvos. Jesus optou pelo discipulado como meio de alcançar todas as nações (Mt. 28:19-20), pois este modelo de crescimento supera as barreiras temporais, isto é, funcionou no passado, funciona hoje e funcionará até o arrebatamento da Igreja. Quando Jesus estava na Terra muitos quiseram segui-lo, mas não pagaram o preço do discipulado (Mt. 19:16-24). O chamado de Cristo inclui renúncia, abnegação e compromisso com o Mestre. Podemos ver a diferença entre os seguidores e os discípulos na “Primeira Multiplicação de Pães” (Jo. 6:5-13). Jesus fez o milagre, mas deu aos discípulos a incumbência de alimentar as multidões. Note que os seguidores vivem atrás dos sinais, mas são os discípulos quem operam 14
sinais (Mc. 16:17-18). Um dia depois de saciar a multidão, o discurso de Cristo foi mais veemente, e, por conta disto, os seguidores deixaram-no, ficando com o Mestre apenas os verdadeiros discípulos (Jo. 6:60-68). O seguidor está apenas envolvido com Cristo, enquanto o discípulo está totalmente comprometido com Ele. A Igreja deve investir maciçamente no discipulado, pois tratase da formação do caráter de Cristo (Ef. 4:13) nas pessoas que aceitam a Jesus como Salvador, e também do melhor meio para que os crentes se tornem frutíferos na Obra e sadios na fé. A falta de discipulado na Igreja produz crentes fracos espiritualmente e descomprometidos com a cruz de Cristo (Mt. 16:24). Sem falar no grande número de seitas e heresias que enganam diariamente muitos cristãos sinceros, que desconhecem as doutrinas cardeais da fé cristã (2 Pe. 3:18). Além disso, a Igreja sem discipulado estagna seu crescimento e compromete o seu futuro, gerando com isso muitos desviados, que não permanecem servindo a Deus pela falta de estrutura de fé (Mt. 7:26,27). CONCLUSÃO Devemos unir as famílias cristãs em torno da missão de Deus, que é cumprir seu chamado discipulador. Através da ação discipuladora das famílias cristãs, muitas famílias que sofrem sem Deus e sem salvação serão salvas e alcançarão a transformação em todos os aspectos de suas vidas. Não podemos nos contentar em apenas fazer com que o pecador aceite a Jesus como Salvador, mas ensiná-lo a identificar-se com Cristo, desde seus primeiros passos de caminhada de fé por meio do discipulado. Quando este crente amadurecer, será um verdadeiro discípulo do Senhor, o Mestre por excelência. O discipulado se constitui uma poderosa ferramenta para ajudar a Igreja a ser cada vez mais Missional, Avivada e Relevante. Cabe a todos os cristãos colocarem em prática estes princípios, cumprindo a missão a nós delegada pelo Senhor, buscando a face de Deus para experimentar o genuíno avivamento. Que o Senhor nos use! 15
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BÍBLIA SAGRADA. Versão Almeida Corrigida e Revisada Fiel. <https://www.bibliaonline.com.br/> acesso em 10.09.2018. CARLESSO, Joary Jossué (org.). 8ª Oficina de Discipulado. Departamento de Discipulado: Joinville, 2018. TEIXEIRA, Linderson. Envisionar : metas e valores para a igreja que faz história. Blumenau: Volante, 2018.
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ENVISIONAR A IGREJA PARA FAZER DISCÍPULOS Joary Jossué Carlesso é Pastor (CIADESCP/CGADB), Supervisor do Setor 08 (Shalom) da IEADJO, Coordenador Geral do Departamento de Discipulado da IEADJO. Secretário do DECOM (Departamento de Comunicação) da CIADESCP, Membro da Comissão Pró-Centenário da CIADESCP e Membro da Comissão de Planos e Estratégias de Evangelização e Discipulado e Coordenador de Discipulado da CGADB. Bacharel em Teologia, Pós-Graduado em Aconselhamento Cristão, Professor do Curso de PósGraduação em Discipulado e Cuidado da Faculdade Refidim.
TEXTO BÍBLICO “Não havendo profecia (“visão”), o povo perece (ou se corrompe); porém o que guarda a lei, esse é bem-aventurado” (Pv. 29:18) - grifos nossos. INTRODUÇÃO: ENVISIONAR? Envisionar é um neologismo recente na língua portuguesa brasileira, um verbo transitivo que significa “introduzir uma visão”, que no sentido espiritual refere-se a “alinhar o olhar com aquilo que Deus quer mostrar, contemplar, ousar e agir”. Segundo o Pr. Nilton dos Santos, presidente da CIADESCP: “Envisionamento é o processo através do qual as pessoas que compõem uma estrutura organizacional se alinham numa mesma visão para o futuro dessa organização”1. Isso quer dizer que “ter visão é muito mais do que enxergar, é antecipar o futuro”2. 1 TEIXEIRA, Linderson. Envisionar : metas e valores para a igreja que faz história. Blumenau: Volante, 2018.p.9. 2 CARLESSO, Joary Jossué (org.). Capacitar : capacitação para líderes de jovens. UMADESCP - 6ª
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Envisionar no contexto do discipulado é implantar e implementar a visão de discipulado na Igreja, iniciando pela liderança e alcançando cada membro e congregado, até que todos estejam vivendo o discipulado na prática diária, como igreja missional. Primeiramente é despertar na Igreja a visão de Deus para ela, a implementação de uma “cultura de Discipulado”. 1 A VISÃO DE DEUS Helen Keller, escritora e ativista social norte-americana, que mesmo sendo cega e surda lutou em defesa das pessoas com deficiência, certa vez afirmou que “a pessoa mais patética do mundo é aquela que vê, mas não tem visão”. A visão de Deus é a visão das necessidades do mundo perdido, que gera em nós a compaixão. Jesus possuía a visão de Deus. Inúmeras vezes a Bíblia afirma que o nosso salvador viu. Em João 9.1 “(...) Jesus, viu um homem cego de nascença”. Outros apenas enxergaram, mas só Jesus realmente o viu. Observe qual era a visão dos personagens desta história com relação ao cego de nascença: - Visão dos discípulos - ele era um problema teológico a ser resolvido; - Visão dos vizinhos - era a notícia do momento; - Visão dos fariseus - ele era cúmplice de um violador da lei do sábado; - Visão de Jesus - era uma vida preciosa que precisava de visão física e espiritual. Ter visão de Deus é uma necessidade para que possamos mobilizar a Igreja para a Grande Comissão. Para além de enxergar o que está fisicamente ao nosso redor, precisamos ver o que Deus quer realizar através de nós, e qual é o seu propósito específico para nossas vidas e para a Igreja a qual servimos. E sobretudo, entender que a visão de Deus para a Igreja, no sentido universal, é fazer discípulos: “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; Ensinando-os a guardar todas as Região Planalto Norte. Joinville: Departamento de Discipulado, 2018.p.8.
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coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém” (Mateus 28:19,20). 2 COMO RECEBER A VISÃO DE DEUS? O texto que fundamenta esta palestra afirma: “não havendo profecia (“visão”), o povo perece (ou se corrompe); porém o que guarda a lei, esse é bem-aventurado” (Pv. 29:18) - grifos nossos. No sentido literal o texto original apresenta a palavra profecia como visão, até porque nos primórdios do profetismo judaico, o profeta era chamado de “vidente” (cf. 1 Sm. 9.9), porque era ele que tinha a capacidade espiritual de receber a visão de Deus, e entregar a mensagem de Deus ao povo. Por conseguinte, se Deus não desse visão aos profetas para corrigir e advertir o povo sobre a Sua vontade, o povo se corrompia e finalmente perecia, por não ter conhecimento de Deus (Os. 4.6). Da mesma maneira a “visão” do discipulado precisa estar viva no coração do pastor (que representa o profeta de Deus), para que envisione, instrua e fomente o discipulado na Igreja. Parafraseando o texto bíblico: Se a liderança não tiver a “visão”, o discipulado se corrompe (ou perece). E quando o discipulado perece em uma igreja, o resultado lamentável são muitas ovelhas perdidas, feridas e machucadas, que se desviam e voltam para o mundo “(...)como ovelhas que não têm pastor” (Mt. 9:36). Não podemos aceitar esta realidade! Para receber a visão de Deus, é preciso: - Buscar ao Senhor– Isaías 6:1 - Abrir os olhos espirituais – 2 Reis 6:17 - Ser limpo de coração - Mateus 5:8 - Ter os olhos abertos para a Palavra - Salmos 119:18 - Cumprimento da promessa pentecostal - Joel 2:28 / Atos 2:17 - Jovens terão visões Convém lembrar que a visão do discipulado não é visão humana e nem uma grande ideia de algum líder, mas é o prosseguimento do mandamento de Jesus, que viu o evangelho sendo alcançando todas as partes do mundo (Mc. 16.15). 19
3 TRANSMITINDO A VISÃO DE DEUS – ENVISIONANDO A visão de Deus precisa ser transmitida a toda a Igreja de forma contínua até que todos estejam inteirados e “encharcados” com a visão bíblica de fazer discípulos. Não podemos desanimar em transmitir a visão discipuladora. John Maxuel afirmou: “A visão vaza. Precisa ser comunicada clara, criativa e continuamente”3. Isso significa que a visão do discipulado precisa ser repetida constante e continuamente, e muito bem comunicada, para que se mantenha “cheia”. Geralmente os líderes falam pouco da visão porque tem medo de parecerem repetitivos, mas é justamente pela repetição e pela constante abordagem do assunto que as pessoas vão entendendo e “entrando” na visão bíblica. Todas as estratégias cristãs são válidas. Podem ser promovidas Oficinas, Seminários, Congressos, Simpósios e Fóruns de debate para conscientizar e treinar a igreja. Porém, o envisionamento não deve parar por aí. O discipulado precisa estar em evidência constante para que as pessoas se envolvam e se comprometam. É importante também fazer a divulgação impressa do discipulado através de adesivos, cartazes, faixas, banners, outdoors, marca-páginas, folhetos para alcançar a todos a Igreja. E usar de forma correta as redes sociais (whatsapp, facebook, instagram, youtube, etc.) e a mídia eletrônica (site, rádio, televisão, etc.), sempre comunicando a visão do discipulado. O discipulado não pode ser esquecido pela igreja, precisa estar vivo na mente e no coração dos irmãos. Acima de todas as estratégias e trabalhos, que têm o seu valor, porém o mais importante é a oração constante, para que a sua Igreja desenvolva uma cultura de Discipulado. Mark Dever4 afirma: Na vida de uma Igreja, o crescimento e a saúde espiritual devem ser a regra. Deve ser normal ver pessoas crescer e amadurecer espiritualmente. Na verdade, o crescimento espiritual não é opcional para o cristão; ele indica vida. O que está vivo de verdade cresce; as coisas mortas não. 3 MAXWELL, John C. O líder 360°. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2012. 4 DEVER, Mark. Discipulado : como ajudar outras pessoas a seguir Jesus. São Paulo: Vida Nova, 2016.p.78-79
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Deus dotou a igreja com presbíteros objetivando o crescimento, e ele nos deu uns aos outros. É no contexto de todos esses relacionamentos, tanto com os membros quanto com os pastores – todos em aliança – que encontramos o solo mais fértil (junto com a família cristã) para que os relacionamentos de discipulado cresçam de forma (sobre) natural. Nossa doutrina e nossa vida adquirem forma de acordo com a doutrina e a vida da comunidade. Essa é uma cultura do fazer discípulos. (...) Na minha igreja oro e trabalho para a implementação de uma cultura como essa.
Ore e busque a direção de Deus para implantar e manter a visão do Discipulado em sua igreja! 4 A VISÃO DO DISCIPULADO A visão do discipulado é a visão missional de Deus, “o qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade” (1 Timóteo 2:4). Toda a igreja precisa saber o que é o discipulado e quais são os objetivos e benefícios em realizar a obra do discipulado. 4.1 O que é discipulado? 5 “Discipulado é o processo em que o novo convertido recebe todas as instruções indispensáveis ao crescimento de sua fé, até poder fazer outros discípulos”. Segundo Keith Phillips “o discipulado Cristão é um relacionamento de mestre e aluno, baseado no modelo de Cristo e seus discípulos, no qual o mestre reproduz tão bem no aluno a plenitude da vida que tem em Cristo, que o aluno é capaz de treinar outros para ensinarem a outros”. “Evangelismo é dar um copo com água. Discipulado é mostrar a fonte” (Pr. Sérgio Melfior). 4.2 Quais são os objetivos do discipulado?6 5 CARLESSO, Joary Jossué (org.). 1ª Oficina de Discipulado. Departamento de Discipulado: Joinville, 2011. 6 CARLESSO, Joary Jossué (org.). 8ª Oficina de Discipulado. Departamento de Discipulado: Joinville, 2018.
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a) Proclamar o todo o evangelho, integralmente, sem omitir as partes difíceis do discipulado cristão; b) Ganhar vidas para o reino de Deus; c) Consolidar àqueles que se decidiram por Cristo; d) Integrar plenamente os novos convertidos à igreja local; e) Discipular os novos convertidos para que alcancem a certeza de salvação; f) Doutrinar os novos crentes para que sejam preparados para o batismo e batizados de forma consciente; g) Ensinar os recém batizados para que adquiram firmeza doutrinária; h) Envolver na obra da evangelização e do discipulado todos os membros da família, tornando-os discipuladores. i) Apoiar as famílias na resolução de seus conflitos e problemas, ajudando-os a viver a vida com abundância através dos conselhos da Palavra de Deus; j) Formar obreiros eficazes para atuar na obra de Deus com disposição para servir. 4.3 Quais são os benefícios do discipulado?7 a) Encontro real com Deus; b) Conversão genuína; c) Crescimento espiritual de cada um dos seus membros; d) Presença de Deus no dia-a-dia do lar; e) Desenvolvimento de uma fé viva na presença de Deus; f) Conhecimento mais profundo da Palavra de Deus; g) Resposta à grandes questões da vida; h) Antídoto contra as seitas e as heresias; i) Poder para alcançar amigos, parentes e vizinhos; j) Batismo no Espírito Santo e sinais que seguem àqueles que creem (Mc. 16.16). 7 Idem 22
CONCLUSÃO Para que o líder tenha êxito em envisionar a igreja para fazer discípulos, faz-se necessário que ele abrace a visão, a tal ponto de entregar sua vida no cumprimento dela, a exemplo do nosso mestre Jesus. Finalizo com uma meditação do Pr. Josué Campanhã sobre “alguns requisitos para se chegar à visão”8: Uma visão depende de líderes dispostos a ajustar o próprio caráter a seu favor. Uma visão depende de líderes dispostos a pagar o preço para fazer o que é certo. O preço é alto, mas a satisfação de fazer o que dever ser feito é muitas vezes maior. Uma visão depende de líderes dispostos a dar exemplo. Como pedir a alguém para seguí-lo a favor de uma visão, se você não a segue em sua vida? Uma visão depende de líderes dispostos a capacitar outros. Sucesso sem discípulos é fracasso. Uma visão depende de líderes honestos no trato com o dinheiro.
Que Deus nos ajude a sermos líderes dignos de levar a cabo a Sua visão – cumprir a Grande Comissão! REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BÍBLIA SAGRADA. Versão Almeida Corrigida e Revisada Fiel. <https://www.bibliaonline.com.br/> acesso em 14. Set. 2018. CAMPANHÃ, Josué. 50 segredos para o líder. São Paulo: Hagnos, 2009. CARLESSO, Joary Jossué (org.). 1ª Oficina de Discipulado. Departamento de Discipulado: Joinville, 2011. CARLESSO, Joary Jossué (org.). 8ª Oficina de Discipulado. Departamento de Discipulado: Joinville, 2018. CARLESSO, Joary Jossué (org.). Capacitar : capacitação para líderes 8 CAMPANHÃ, Josué. 50 segredos para o líder. São Paulo: Hagnos, 2009.p.174-175
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de jovens. UMADESCP - 6ª Região Planalto Norte. Joinville: Departamento de Discipulado, 2018. DEVER, Mark. Discipulado : como ajudar outras pessoas a seguir Jesus. São Paulo: Vida Nova, 2016 TEIXEIRA, Linderson. Envisionar : metas e valores para a igreja que faz história. Blumenau: Volante, 2018.
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GANHANDO E DISCIPULANDO ATRAVÉS DOS PEQUENOS GRUPOS Wilson Filho é Pastor (COMADESMA/CGADB), Vice-Presidente da AD em Imperatriz-MA, e membro do Conselho de Ministro, atualmente Coordenador Geral do Projeto de Pequenos Grupos de Discipulado da Missão no Lar. Bacharel em Teologia e cursando o décimo período do Curso de Direito pela FEST. Autor de seis obras na área de evangelização e discipulado.
INTRODUÇÃO Se você fosse enviado para ganhar o mundo para Deus e começasse em Jerusalém, como faria para chegar a todo mundo, sendo que você só teria três anos e meio para preparar essa conquista? REFLEXÃO: Como nós estamos crescendo? - Crescimento Interno? - Crescimento por Transferência? - Crescimento por Evangelismo e Discipulado? 1 OS PEQUENOS GRUPOS DE MISSÃO NO LAR É um grupo de irmãos unidos em Cristo que se reúnem uma vez por semana em uma CASA para se ajudarem mutuamente no crescimento espiritual e no cumprimento da Missão de EVANGELIZAR a redondeza, parentes e amigos. É um encontro semanal de pessoas para participarem de momentos de: Confraternização e louvor; Testemunho e evangelização; Comunhão e oração e Estudo da Bíblia. Onde o novo convertido é discipulado e integrado ao convívio da igreja. 25
2 PEQUENOS GRUPOS DA MISSÃO NO LAR E DISCIPULADO 2.1 Segredos do crescimento de uma igreja As igrejas crescem quando mobilizam os seus membros à obra de Cristo. Todos os cristãos pertencem ao povo de Deus e são chamados pelo Espírito Santo a se envolverem na obra. 2.2 O padrão do discipulado: excelência Os ensinamentos de Cristo têm sido interpretados de modos variados. “Portanto sede vós perfeitos, como perfeito é vosso pai celeste” (Mt. 5:48). No discipulado precisamos entender que, como filhos de Deus temos de refletir em todo o nosso ser a excelência do Pai. Paulo demarcou para Timóteo as cinco áreas que revelam se o discípulo está refletindo acertadamente o seu Deus e Pai. Ele escreveu: “Ninguém despreze a tua mocidade pelo contrário, torna-te padrão dos fiéis, na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza” (1 Tm. 4:12). 2.3 Requisitos para ser um discipulador 2.3.1 Ter salvação pessoal (Lc. 10:20) 2.3.2 Estar sob autoridade (Lc. 10:17) 2.3.3 Conhecer o público alvo (Lc. 10:3) 2.3.4 Reconhecer a necessidade da obra 2.3.5 Reconhecer os perigos 3 O MESTRE E SEU PLANO DE CONQUISTA DO MUNDO 3.1 Conhecendo o método utilizado Os pequenos grupos sempre estiveram presentes nos cuidados com o povo e na conquista de vidas para Jesus, assim como na consolidação e no treinamento de pessoas (Êxodo 18:20,21; Mt. 4:18-22). 26
3.2 A igreja primitiva era uma igreja de duas asas Em Jerusalém a igreja era composta de grupos grandes e também era uma igreja de pequenos grupos, em Jerusalém como no resto do mundo. A igreja apostólica era a igreja dos lares: - A igreja na casa de Maria, mãe de Marcos (Atos 12.12). - A igreja na casa de Priscila e Áquila (Rm 16.3-5; I Co 16.19). - A igreja na casa de Filemon (Filemon 2) - A igreja na casa de Ninfa (Cl 4.15; Atos 2.41-47). - Os crentes se reuniam diariamente no templo e nas casas (Atos 5.42). - As casas eram a espinha dorsal da estrutura da igreja. Os maiores crescimentos de igreja e abertura de novos trabalhos aconteceram e acontecem com os pequenos grupos. Por que os melhores resultados aconteceram através pequenos grupos? A casa do crente é muito importante para expansão do Reino de Deus. As pessoas passam a conhecer Cristo através da vida do crente. 3.3 Problemas enfrentados pela igreja após o terceiro século 3.3.1 Deixou de ser uma igreja de duas asas. 3.3.2 Passou a ficar isolada da sociedade. 3.3.3 Deixou de crescer como antes. 3.3.4 A figura do “ungidão” eliminou quase que totalmente a participação dos membros da igreja no processo de expansão do Reino de Deus. 3.3.5 Muitos passam a achar que o Ide de Jesus é apenas para poucos. Alguns consideram que o chamado divino é apenas para missionários, evangelistas e pastores. Que o púlpito é o responsável por ganhar almas, e crentes destemidos, de cuidar desses novos irmãos. Se a Bíblia nos mostra a igreja primitiva utilizando os pequenos grupos, e os grandes resultados das que o utilizam, por que você não faz parte de um pequeno grupo? O retorno a essa vivência de igreja depende de cada um de nós. 27
CONCLUSÃO Jesus deu início a conquista do mundo através de um pequeno grupo, os apóstolos deram continuidade, através dos séculos muitos irmãos deram continuidade ao plano de Deus até chegar a nós. E agora, vai parar em você? REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA MOREIRA FILHO, Wilson Alves. Ganhando e Discipulando através dos Pequenos Grupos. Imperatriz: Brasil, 2015.
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FRUTIFICAÇÃO QUE PERMANECE Josadak Lima da Silva é Pastor. Bacharel em teologia. Pós-graduado em Docência do Ensino Superior. Escritor, com mais de 50 obras editadas. Missionário da Sepal. Diretor Executivo da ABPP (Aliança Brasileira de Pastoreio de Pastores). Líder da ATREV (Aliança de Treinamento Vivencial). Especialista em mentoria de líderes e assessoria a igrejas e instituições. Casado com Nilva Lima e pai de Ellen, Kamilla e Victor Renan.
Plenária 1 ESTABELECENDO PONTOS DE CONTATOS OBJETIVOS O texto bíblico básico, nas três plenárias que seguem, é a carta de Paulo a Filemom, a qual nos fornece uma excelente fundamentação de como conduzir alguém a Cristo e integrá-lo na igreja de forma eficaz. Onésimo, um dos personagens desta carta, foi levado a Cristo e integrado na igreja local de Colossos (Cl 4.8-9). Observe que Paulo faz um apelo direto a Filemom, o discipulador: “Receba-o” (Filemom 17). Esta é uma frase curta, mas comovente; é uma frase pequena, mas forte. A palavra “receba-o” implica em acolhimento. Significa, também, receber em seu círculo familiar. Com isto, Filemom estar sendo encorajado a acolher a Onésimo de forma calorosa, generosa e aberta, sem relutância ou ressentimento. Filemom deveria receber Onésimo com o mesmo grau de afeto que receberia o próprio amigo Paulo. Veja, agora, três personagens interagindo (Filemom 1-2): A. _________________, o avalista ou advogado em favor de Onésimo; 29
B. ________________, o escravo fugitivo que precisa ser integrado; C. _________________, o integrador-discipulador. 1. ELEMENTOS INDISPENSÁVEIS NO PROCESSO DO DISCIPULADO DE UM NOVO CONVERTIDO. “5 Estando ciente do teu amor e da fé que tens para com o Senhor Jesus e todos os santos, 6 para que a comunhão da tua fé se torne eficiente no pleno conhecimento de todo o bem que há em nós, para com Cristo. 7 Pois, irmão, tive grande alegria e conforto no teu amor, porquanto o coração dos santos tem sido reanimado por teu intermédio” (Filemom 5-7) Elemento 1: ______________________________________ Elemento 2: ______________________________________ Elemento 3: ______________________________________ 2. VANTAGENS DE ESTABELECER NA IGREJA PESSOAS COMO PONTOS DE CONTATOS OBJETIVOS PARA OS NOVOS CONVERTIDOS: A. Primeira vantagem: ____________________________. “Se, portanto, me considera companheiro, receba-o como se fosse a mim mesmo” (Filemom 17). B. Segunda vantagem: ____________________________. “E, se algum dano te fez ou se te deve alguma coisa, lança tudo em minha conta. Eu, Paulo, de próprio punho, o escrevo: Eu pagarei ...” (Filemom 18-19). C. Terceira vantagem: ____________________________. “Certo, como estou, da tua obediência, eu te escrevo, sabendo que fará ainda mais do que estou pedindo” (Filemom 21). Em suma, o trabalho de discipulado do novo na fé não é uma 30
mera atividade; não pode se restringir a mais um dos departamentos da igreja. É, sobretudo, o acolhimento e cuidado de pessoas; deve ser uma ação que visa tornar a igreja um ambiente fascinante e encantador. Plenária 2
DESENVOLVENDO UM ACOMPANHAMENTO PESSOAL PERSONALIZADO A partir da história de Onésimo, aprendemos que o ato de levar alguém a Cristo e integra-lo na igreja local é de vital importância para o seu desenvolvimento espiritual e emocional. Assim como Onésimo, àqueles que chegam à igreja precisam de um ambiente familiar acolhedor e um acompanhamento pessoal personalizado, que possibilite convivência saudável, para se sentir útil e frutífero para o Reino de Deus. 1. A NECESSIDADE DE ACOMPANHAMENTO PESSOAL! Com efeito, todo novo convertido precisa ser “adotado” e acompanhado de forma intencional. Não basta dizer-lhe: eu te amo, abraçá-lo e beijá-lo; tudo isto é muito fácil, e até agradável, mas é preciso muito mais: o discipulador precisa reanimar sempre o novo convertido na fé, cuidando dele como um bebê recém-nascido. Vejamos, agora, as etapas da vida de Onésimo, e como ele se tornou totalmente integrado à igreja: Na casa de Filemom na condição de escravo – sua desonestidade; Em Éfeso – uma grande cidade de liberdades sem limites, e muitas tentações; Sob a influência de Paulo – um ouvinte e um convertido a Jesus, pela graça; De volta para casa (e igreja) de Filemom – perdão, reconciliação, integração e serviço. 31
2. COMO FAZER UM ACOMPANHAMENTO BEM-SUCEDIDO? A. _______________________________________________: “Sim, solicito-te em favor de meu filho Onésimo, que gerei entre algemas” (Filemom 10)
B. _______________________________________________: “Eu to envio de volta em pessoa, quero dizer, o meu próprio coração” (Filemom 12)
C. ______________________________________________; “Não como escravo; antes, muito acima de escravo, como irmão caríssimo, especialmente de mim e, com maior razão de ti, quer na carne, quer no Senhor?” (Filemom 16). Desta forma, o discipulador precisa tomar alguns cuidados básicos em relação ao seu trabalho: Dosar a exposição do novo na fé; Não assumir a postura de juiz; Não criar uma relação de dependência doentia. Há pessoas que facilmente se acomodam a uma condição de dependência. Sempre criam novas situações problemáticas para ficarem na dependência de outro.
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DISCIPULADO E ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL: PARCERIA PARA O CRESCIMENTO DA IGREJA Quemuel Lima é pastor e coordenador geral de Discipulado na Primeira Igreja Assembleia de Deus – Ministério de Cordeiro/RJ. Bacharel em Direito. Bacharel em Teologia pelo IBAD e pela UMESP. Escritor e conferencista.
INTRODUÇÃO A parceria entre o Discipulado e a Escola Bíblica Dominical (EBD) trará crescimento à igreja local, a partir do momento em que nós entendermos os objetivos do discipulado e os objetivos da Escola Bíblia Dominical. Para que essa parceria gere crescimento à igreja, precisaremos unir experiências, preparar o ambiente da EDB, mudar a mentalidade a respeito da própria igreja, em relação à Escola Bíblica Dominical, bem como desenvolver uma visão de crescimento saudável do Reino de Deus. 1 QUAIS SÃO OS OBJETIVOS DO DISCIPULADO? 1.1 ‘Paternar’ O objetivo do discipulado cristão é fazer com que o novo crente seja acolhido e acompanhado por um pai espiritual, que cuidará dele com responsabilidade. Afirma o escritor Keith Phillips (1983, p. 26): “O discipulado não pode ser separado da paternidade responsável. O pai espiritual, como o pai físico, é responsável perante Deus pelo cuidado e pela alimentação do seu filho”. O apóstolo Paulo sabia o que 33
era paternar: “Porque ainda que tivésseis dez mil aios em Cristo, não teríeis, contudo, muitos pais; porque eu, pelo evangelho, vos gerei em Jesus Cristo” (1Co 4.15). O novo discípulo pode vir a receber a instrução bíblica e teológica através de muitos “aios” (gr. pedagogos) na igreja, mas só terá um “pai espiritual”, ou seja, aquele irmão ou aquela irmã que geraou novos filhos na fé e amou, dedicou esforços e atenção e cuidou deles. 1.2 ‘Maternar’ O objetivo do discipulado cristão é fazer que o novo crente receba, em nosso meio, o devido cuidado de uma mãe. À semelhança do apóstolo Paulo, o discipulador precisa atuar como uma ‘ama’: “Antes fomos brandos entre vós, como a ama que cria seus filhos” (1Ts 2.7). A palavra grega para “ama” é trófos, referindo-se a alguém que alimenta, ama, atuando como babá e enfermeira. O discipulador precisa tratar os filhos espirituais com brandura (gr. epios), carinho, gentileza, cuidado constante, provisão diária, de maneira afável. O discipulador tem a missão e o dever de alimentar os novos discípulos com genuíno leite espiritual, não podendo ser falsificado: “desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que, por ele, vades crescendo;” (1Pe 2.2). 1.3 Colocar o fundamento certo O objetivo do discipulado cristão é colocar o fundamento certo na vida dos novos crentes, como o apóstolo Paulo fez junto à igreja em Corinto: “Segundo a graça de Deus que me foi dada, pus eu, como sábio arquiteto, o fundamento, e outro edifica sobre ele; mas veja cada um como edifica sobre ele. Porque ninguém pode pôr outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo” (1Co 3.10,11). O discipulador atua também como um sábio arquiteto, tendo todo o cuidado para colocar cada discípulo sobre o fundamento certo, que é Jesus. 1.4 Frutificar O objetivo do discipulado cristão é preparar o novo crente para 34
a frutificação, capacitando-o para que seja ganhador de almas. Através do discipulado cristão, o novo convertido compreende a necessidade e a importância de estar ligado a Cristo, videira verdadeira, para depois começar a frutificar: “Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podereis fazer” (Jo 15.5). 1.5 Conduzir o discípulo a ter uma experiência com o Espírito Santo O objetivo do discipulado cristão é conduzir o novo convertido a ter uma vida cheia do Espírito Santo. A primeira orientação espiritual que Paulo recebeu, depois de sua conversão, na estrada de Damasco, foi a de Ananias. Nesse encontro com Ananias, Paulo recebeu a cura e tornou-se cheio do Espírito Santo: “E Ananias foi, e entrou na casa, e, impondo-lhe as mãos, disse: Irmão Saulo, o Senhor Jesus, que te apareceu no caminho por onde vinhas, me enviou, para que tornes a ver e sejas cheio do Espírito Santo” (At 9.17 – grifo nosso). 2 QUAIS SÃO OS OBJETIVOS DA ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL? 2.1 Ganhar almas [Evangelizar e Multiplicar] A Escola Bíblica Dominical tem o objetivo de ganhar pessoas de todas as idades e realidades para Jesus. Sem dúvida, é um eficiente meio de evangelização. Nas salas de aula, o professor precisa evangelizar enquanto ensina, encorajando os alunos a aceitarem a Jesus como Salvador. A evangelização - associada ao ensino sistemático das Escrituras - produzirá a multiplicação. 2.2 Desenvolver a espiritualidade e o caráter [Consolidar] A Escola Bíblica Dominical tem o objetivo de desenvolver a espiritualidade e caráter dos seus alunos. À semelhança de um verdadeiro discipulador, os professores de Escolas Dominicais devem cooperar para que seus alunos tenham o caráter moldado pela Palavra de Deus e que cresçam espiritualmente. Através dos ensinos na Escola Dominical, os crentes vão se firmando na fé e vão crescendo em dire35
ção à maturidade cristã. É na Escola Dominical que o aluno tem as suas raízes aprofundadas nas Escrituras: “Como, pois, recebestes o Senhor Jesus Cristo, assim também andai nele, arraigados e edificados nele e confirmados na fé, assim como fostes ensinados, crescendo em ação de graças” (Cl 2.6,7 – grifo nosso). Assim acontece a consolidação. 2.3 Desenvolver a comunhão [Integrar e Interagir] A Escola Bíblica Dominical tem o objetivo de desenvolver a comunhão na igreja. É o melhor lugar para que haja integração e interação dos novos convertidos com os crentes mais antigos na fé. É uma comunhão que envolve todas as idades, experiências, níveis de fé, ministérios e departamento da igreja local. Assim acontece a construção da comunhão na Casa de Deus. 2.4 Capacitar vidas para o serviço cristão [Enviar] A Escola Bíblica Dominical tem o objetivo de capacitar e treinar o cristão para o serviço do Mestre. É na Escola Dominical que os futuros discipuladores receberão o devido treinamento espiritual. Segundo o experiente mestre e pastor Antônio Gilberto (1997, p.121), o lema da EBD é: “Cada aluno um crente salvo; cada salvo, bem treinado; cada aluno treinado, um obreiro ativo, diligente, dinâmico”. 3. PARA CRESCER, É PRECISO UNIR EXPERIÊNCIAS O Departamento de Discipulado e a EBD precisam trabalhar em cooperação, a fim de que seus objetivos sejam alcançados. Os professores da EBD precisam interagir com os seguintes objetivos do discipulado: “paternar”, “maternar”, colocar o fundamento e conduzir o aluno a ter uma experiência transformadora com o Espírito Santo. Os professores e superintendentes precisam desenvolver experiências com o discipulado, ou seja, precisam ser discipuladores, pois dessa forma, eles terão um olhar mais sensível para com os novos convertidos que chegam à EBD. 36
Os discipuladores precisam ser alunos da Escola Dominical. De que maneira o discipulador vai amadurecer na fé, sem frequentar, assiduamente, a EBD? Se os discipuladores forem alunos da EBD, eles servirão de exemplo para trazerem seus discípulos para ela. Será de grande proveito fazer uma reunião ou uma palestra de conscientização para professores e discipuladores sobre a importância da parceria entre EBD e Discipulado. 4. PARA CRESCER, É PRECISO PREPARAR O AMBIENTE É preciso preparar o ambiente da Escola Bíblica Dominical, a fim de que ela receba os novos alunos, os novos crentes que estão sendo salvos. Seguem algumas sugestões para a EBD, que despertarão interesse nos novos alunos e em toda a igreja: Apoio pastoral e ministerial: a presença e o incentivo do pastor e dos obreiros na EBD trazem excelentes resultados; Gestão: Uma gestão dinâmica na EBD, em harmonia com a liderança pastoral e com o Departamento de Discipulado, certamente atrairá novos convertidos e também alcançará os membros da igreja que ainda não são alunos; Recepção: deve ser acolhedora e atenciosa; é importante ter uma pessoa preparada para conduzir os alunos à classe adequada; Material didático: deve atender às necessidades das classes; Ministração das aulas: espiritualidade, dinamismo e criatividade; Professor: atuar como facilitador da aprendizagem e como conselheiro; Qualidades indispensáveis aos professores da EBD: plena convicção da salvação, paixão pelas almas, preparo espiritual, preparo bíblico-teológico e facilidade de relacionamento; 37
Aulas: fundamentação bíblica e práxis cristã; Espiritualidade: enfatizar mais comunhão com Deus e menos academicismo; Linguagem: simples e descomplicada; Devoção: incentivo ao estudo diário da Bíblia; Memorização: estimular o uso de versículos no dia a dia; Reprodução: gerar novos convertidos, novos professores e discipuladores; Classe de discipulado: havendo uma classe específica para os novos convertidos na EBD (crianças, adolescentes, jovens e adultos), eles não podem ser tratados com menosprezo. As instalações devem refletir o nosso amor e cuidado por eles; Ausência de espaço físico: nesse caso, os novos convertidos terão de estudar junto com os membros da igreja. Nessa configuração, a sala de aula não pode ser palco de polêmicas, mas um lugar de refrigério e edificação espiritual. A exposição da Palavra de Deus precisa alcançar o coração dos novatos e dos antigos; Perspectiva evangelística: pastores, superintendentes e professores devem olhar para as classes da Escola Dominical, sob uma perspectiva evangelística; Ficha de decisão: A EBD precisa ter esta ficha, pois muitos poderão aceitar a Jesus nas aulas e nas classes; Fora das quatro paredes: Poderão divulgar os trabalhos da EBD, saindo das quatro paredes da igreja, no domingo ou em outro dia: caminhadas, passeatas, carreatas, ciclismo; Projetos com crianças: investir no discipulado infantil e nas classes infantis de EBD. As crianças costumam trazer os pais para a Igreja; Projetos evangelísticos e missionários: Através de um plane38
jamento, a EBD poderá atuar em ações evangelísticas no próprio domingo, fazendo parceria com departamento de música, com o departamento de evangelização, discipulado e missões. As classes poderão realizar visitas evangelísticas e cultos evangelísticos nos lares. É possível que as classes de EBD apoiem, espiritualmente e financeiramente, projetos missionários; Projetos sociais: A EBD poderá realizar ações sociais, mobilizando cada classe ou fazendo um mutirão social com todos os alunos; Projetos de oração: A classe de EBD pode se reunir periodicamente para orar por um propósito: salvação do bairro, salvação da cidade, missionários, cura divina, alcance de mais alunos, avivamento; Projetos de socialização: comemorar, trimestralmente, o aniversário daqueles que participam da EBD e daqueles que a visitam; promover café da manhã, almoço; Projetos de inclusão bíblica: gincana e maratona bíblicas, podendo ser feitas na classe ou com toda a igreja; Certificado: entregar um certificado de reconhecimento para aqueles alunos que conseguiram participar de todos os domingos do trimestre. Que desafio! 5. PARA CRESCER, É PRECISO MUDAR A MENTALIDADE Reflexão: É a Escola Bíblica Dominical na Igreja ou a Igreja toda na Escola Bíblica Dominical? O avivamento vem pela Palavra ou pela criação de eventos? A liderança da igreja não pode se conformar em ver a Escola Dominical com poucos alunos. A liderança também não pode se conformar em ter os novos convertidos fora da EBD. 6. PARA CRESCER, É PRECISO UMA VISÃO DE CRESCIMENTO 6.1 Uma visão: o crescimento saudável da Igreja 39
Precisamos ter a visão de que o crescimento saudável da igreja passa pela evangelização, discipulado e ensino sistemático das Escrituras. A expansão não pode se divorciar da consolidação. Cada crente salvo deveria ter essa consciência. É um sonho possível: toda a igreja abraçando o discipulado. Toda a igreja na Escola Bíblica Dominical. 6.2 Uma visão que contempla o discipulado: expansão Ao buscarmos o crescimento da igreja, precisamos entender que o discipulado coopera para a expansão do Reino de Deus. Um discipulador que não traz seus discípulos para a Escola Bíblica Dominical estará contribuindo para que esses não sejam enraizados na santíssima fé. Um alerta: a igreja que só investe no discipulado, não valorizando a EBD, no transcorrer dos anos, sofrerá um crescimento “gelatinoso” e vulnerável. 6.3 Uma visão que contempla a Escola Dominical: consolidação Ao buscarmos o crescimento da igreja, também precisamos entender que a EBD coopera para a consolidação e para a permanência dos discípulos na Casa de Deus. Um professor de Escola Bíblica Dominical que não tem paixão pelas almas, em pouco tempo, deixará de ser professor, porque não haverá alunos em sua classe. Outro alerta: Uma igreja que só investe na Escola Bíblica Dominical, não se importando com o discipulado, ao longo do tempo, sofrerá a estagnação, seguida de esvaziamento das classes. CONCLUSÃO Uma igreja será missional, quando cada crente entender que precisa ganhar almas e fazer discípulos; uma igreja será avivada, quando cada crente compreender que precisa estudar a Palavra de Deus, na Escola Bíblica Dominical; uma igreja será relevante quando conseguirmos consolidar a fé das pessoas que ganhamos para Jesus. 40
A EBD não é um projeto falido como alguns pastores e líderes vêm divulgando pelo Brasil. Se a nossa EBD abraçar o discipulado, certamente será revitalizada e multiplicada. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Bíblia. Português. Bíblia de estudo aplicação pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004. Bíblia. Novo Testamento Trilíngue. São Paulo: Vida Nova, 1998. Bíblia, Português. Bíblia de Estudo do Discipulado, Novo Testamento. Barueri: SBB, 2017. DORNAS, Lécio. Socorro! Sou professor da escola dominical. 5. ed. São Paulo: ECLESIA, 2001. SILVA, Antonio Gilberto da. Manual da escola dominical. 21. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1997. CAMPANHÃ, Josué. Discipulado que transforma. 1. ed. São Paulo: United Press, 2012. PHILLIPS, Keith. A Formação de um discípulo. 1. ed. São Paulo: Vida, 1983. RIENECKER, Fritz; ROGERS, Cleon. Chave linguística do Novo Testamento Grego. São Paulo: Vida Nova, 2000.
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Discipulado Infantil
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GANHANDO, INTEGRANDO E DISCIPULADO CRIANÇAS Jean Porto dos Santos é Pastor (CIADESCP/CGADB), Coordenador do Discipulado Infantil e Coordenador Geral do Departamento Infantil Herança do Senhor na IEADJO em Joinville/SC. Coordenador Geral do Departamento Infantil da CIADESCP.
Nós discipuladores de crianças somos chamados por Deus com uma missão muito especial, temos a responsabilidade de influenciar a próxima geração de discípulos. Somos privilegiados pois quem ajuda uma criança a conhecer Cristo influencia uma vida inteira. Um discipulador infantil pode marcar a vida de uma criança para sempre. Por essa razão precisamos nos esforçar para que os trabalhos que desenvolvemos através do nosso departamento infantil alcance o maior número as crianças. Não devemos nos contentar somente com as crianças que fazem parte da nossa igreja, precisamos crescer, ampliar e multiplicar e reter as crianças que são alcançadas através do nosso trabalho missional. Sabendo da importância de desenvolver ações que sejam realmente relevantes, por essa razão vamos discutir sobre três ações importantíssimas que farão toda diferença em seu departamento infantil. 1 GANHADO CRIANÇAS As crianças realmente fazem parte do plano de Deus, por essa razão elas devem ser alcançadas pela mensagem do evangelho. Evangelizar crianças não é algo que deve ser feito somente nos períodos das 43
EBF’S, mas com certeza essa atividade deve fazer parte do dia a dia de todo departamento infantil. Jesus não desprezou as crianças, muito pelo contrário Ele repreendeu aqueles que queriam impedir que elas se aproximassem dele (Mc. 10:14). A evangelização infantil é um meio de aproximar as crianças de Jesus, pois permite que a criança tenha a oportunidade de conhecer o Evangelho completo, podendo desde muito cedo compreender e aceitar o plano de salvação. Nós realmente devemos evangelizar as crianças porque elas precisam ser salvas. A Bíblia diz que “todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm. 3:23). As crianças estão incluídas nessa totalidade, não existe uma verdade para crianças e outra para adultos, como também não existe um plano de salvação para adultos e outro para as crianças. Por essa razão a solução para o pecado tanto para os adultos como para as crianças, é Jesus. Se quisermos que as crianças sejam salvas necessitamos anunciar o Evangelho. Jesus está voltando por isso precisamos urgentemente ganhar as crianças para o Senhor, elas devem ser direcionadas para o céu. Eu creio na conversão de crianças, pois sou prova viva de que isso pode acontecer, afinal Jesus entrou em meu coração quando eu tinha oito anos de idade. 2 INTEGRANDO CRIANÇAS Depois que ganhamos as crianças para Jesus elas precisam ser integradas à igreja. A palavra integrar significa adaptar (alguém ou a si mesmo) a um grupo, uma coletividade; fazer sentir-se como um membro antigo ou natural dessa coletividade. O ato de integrar é fundamental, pois percebemos que existem muitas crianças que participam de nossas atividades, mas que infelizmente ainda não estão integradas nas atividades cotidianas da igreja. Jamais podemos aceitar que a indiferença seja um obstáculo para que meninos e meninas frutifiquem na fé. As crianças não são somente a igreja do futuro, na verdade elas fazem parte e são a igreja de hoje. Por essa razão as crianças precisam de uma igreja que possibilita opor44
tunidades de crescimento espiritual, uma igreja onde elas tenham a liberdade de exercitar seus dons e que nesse lugar recebam atenção especial. Segundo Andrade (2009) “integrar os homens a Deus e à igreja é um projeto que nasce primeiramente no coração de Deus. Percebe-se o próprio Senhor usando de todos os meios para unir, integrar e fazer do seu povo uma unidade, um só coração”. 2.1 Como integrar as crianças à igreja? Acolhendo-as, dando atenção, visitando, demostrando afeto, ouvindo, aconselhando, sendo ponte, proporcionando sentido de propósito, buscando e proporcionando meios para que as necessidades espirituais, emocionais e psicológicas da criança sejam realmente supridas. As crianças precisam sentir que são bem-vindas, amadas e percebidas, tratadas com dignidade como um indivíduo que realmente faz parte do meio (corpo de Cristo). Nós como igreja precisamos aprender a valorizar a criança como um ser cheio de potencial, que precisa ser cuidada para que possa frutificar. 3 DISCIPULANDO CRIANÇAS Ganhar e integrar são o início do processo de incluir as crianças no Reino de Deus. Esse processo é facilitado quando nós discipuladores entendemos que a fé precisa ser fundamentada nas verdades do Evangelho. Segundo Costa (2000) “a criança aceita Jesus com facilidade, praticamente sem resistência; o difícil é discipulá-la e proporcionar-lhe prazer, ensino e meios para crescer espiritualmente, fazendo com que frutifique e permaneça na igreja”. Por essa razão precisamos investir no discipulado infantil, pois o discipulado infantil é uma ferramenta fundamental que ajuda na construção da fé. Quando a criança é discipulada ela tem a oportunidade de fortalecer suas convicções. Devemos discipular as crianças a fim de preparar uma geração de cristãos fieis a Jesus e a sua Palavra. Como discipuladores devemos estar cientes que as crianças também precisam de cuidado pastoral. Segundo Andrade (2009) “a 45
igreja não apenas se congratula com as decisões, mas busca conhecer essas pessoas, apoiá-las e orientá-las para o discipulado” Que o Senhor nos use para ganharmos, integramos e discipulamos as crianças dessa geração. Que possamos desenvolver atividades que promovam à formação espiritual das nossas crianças. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANDRADE, Edson Murcia. Integração : saiba como receber e manter quem chega à igreja. Curitiba: AD Santos Editora, 2009. COSTA, Debora Ferreira. Evangelização e discipulado infantil. Rio de Janeiro: CPAD, 2000.
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DISCIPULADO INFANTIL X DISCIPULADOR: ATITUDES QUE GERAM CRESCIMENTO Sandra Silva é 2ª Coordenadora do Departamento Infantil Herança do Senhor da IEADJO. Pregadora da Palavra, formada em Pedagogia, atualmente cursa Teologia na Faculdade Refidim.
TEXTO BÍBLICO “Ensina o menino no caminho em que deve andar... possivelmente uma Família inteira o siga...” (Provérbios 22.6 – adaptação da autora) INTRODUÇÃO “O segmento mais importante da população e da igreja são as crianças. Uma geração, apenas, separa a igreja da extinção. Se não ganharmos crianças para Cristo e discipularmos as crianças salvas nas doutrinas bíblicas, o futuro da igreja e da civilização estará em jogo” (Warren W. Wiersbe). 1 DISCIPULADO INFANTIL Nosso propósito no discipulado infantil, é levar as crianças a entenderem que quando mantemos um relacionamento com Deus, vamos compreender a sua vontade; e não somente isso, criar o desejo de praticá-la. É natural do ser humano o desejo de pôr em prática tudo o que aprende. Na vida espiritual não é diferente, embora as for47
ças contrárias sempre tentam nos desestimular em fazer aquilo que aprendemos, o nosso desejo, é servir ao Senhor da melhor maneira possível. Quando vemos uma criança, um pré-adolescente, expressando a vontade de descer as águas do batismo, após o discipulado, isso nos traz um imenso prazer pessoal e ministerial. A vontade de Deus não pode ser cumprida somente em nós, deve ser repartida com o corpo de Cristo, a igreja. Sendo assim, a vontade dele é: “Ide e fazei discípulos”. “E que desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus” (2 Tm. 3.15). 2 ATITUDES DO DISCIPULADOR INFANTIL O discipulador deve ter uma vida exemplar, pautada na vontade de Deus, para que ninguém o acuse. O discipulador é o espelho destes pequeninos. Possivelmente eles irão lembrar dele durante toda a vida. Isso é maravilhoso! Deve ser irrepreensível, respeitável e acima de tudo, sensato. Isso irá ajudá-lo na tomada de decisões. O bom senso (faculdade de julgar, de sentir, de apreciar, juízo, entendimento, percepção, sentido), não deve ser desprezado com o intuito de ser espiritual. O bom senso, nos deixa mais espirituais. Se queremos ser bons discipuladores, devemos edificar um ministério pautado na simplicidade do bom senso, ter dignidade, organização e disciplina. CONCLUSÃO Por fim, um discipulador deve ser apto para ensinar, e isso inclui aprendizado contínuo, sempre se reciclando, porque o saber e principalmente o saber das coisas espirituais, é dinâmico. Nunca deve esquecer que o maior ensino que se transmite aos alunos, é a de uma vida exemplar... nós somos copiados, analisados e seguidos por eles. Que vivamos uma vida baseada nos princípios de um viver santo e digno em Deus! 48
Implantação
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CONSOLIDAÇÃO, INTEGRAÇÃO E DISCIPULADO DE NOVOS CONVERTIDOS Mário Sérgio de Araújo Silva é ministro do evangelho, pastor auxiliar na Assembleia de Deus em Joinville/SC, sendo supervisor do Setor 41 (Estevão de Mattos). Também atua como segundo coordenador geral do Departamento de Evangelismo e Discipulado, e como segundo coordenador do Departamento de TI. Possui formação em Sistemas de Informação, Direito e Teologia.
DA INTRODUÇÃO “Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.” (Mt. 28:18-20). Mais uma vez vamos tratar sobre um tema já atual, porém a cada dia mais desafiador para a Igreja do Senhor, que o discipulado e suas fases, frisando aqui a consolidação e a integração de novos convertidos. Certa vez, ao ministrar em uma turma da faculdade de teologia, sobre liturgia, chegamos à conclusão, com a turma, que o problema de certas liturgias, era ter se nacionalizado como sendo de respectivos lugares. Aonde quero chegar? Eu diria que é mais ou menos o problema do discipulado atualmente, está se tornando tudo e se distanciando do modelo e dos objetivos bíblicos aos quais foi constituído por Deus desde o princípio. Já existem guerras entre grupos, cujas disputas giram em torno da melhor metodologia, melhor definição, melhores es51
pecialistas, e até quem foi chamado primeiro ou não. Existem até os que reivindicam a ‘fundação’, a ‘autoria’, o ‘mentorismo’, do discipulado bíblico. Bom, frente a esse quadro assustador, não podemos esquecer os inúmeros casos de sucesso. Os casos aonde o discipulado bíblico, independente da estratégia de aplicação, tem funcionado e acrescentado à Igreja do Senhor frutos dignos do nome de Deus ser glorificado e exaltado. O que precisamos fazer, não é outra coisa senão voltar sempre ao modelo bíblico. Observar sempre os objetivos de Jesus, assim como a aplicação que foi dada pelo próprio Jesus à sua ordenança. 1 DE ALGUNS ASPECTOS FUNDAMENTAIS Alguns elementos são indispensáveis a exercício do discipulado nos dois sentidos (discipulador x discípulos), e que estão meio que sendo esquecidos, ou simplesmente não foram ainda bem compreendidos por muitos. Vejamos alguns: • A Maturidade Necessária - Normalmente quando se pratica o discipulado, se observa muito o caráter daquele público alvo, o público passivo, a ponta da seta para onde o discipulado está indo, e se esquece do outro lado do processo, que também precisa ser maduro o suficiente para poder transmitir maturidade. Objetivamente, tanto o discipulo precisa ser trabalhado para contrair certa maturidade, como também o discipulador precisa ser trabalhado, até por si próprio, a fim de aperfeiçoar a ordenança de Cristo em sua vida. • O Preparo Intelectual – Não é novidade, infelizmente, no meio cristão, nem precisa contratar uma ampla pesquisa, para chegar a conclusão que a maioria dos crentes não leem a bíblia regularmente, o que dirá ler livros, ou fazer cursos complementares para o exercício de suas missões bíblicas. Temos casos e casos de discipuladores que perdem seus discípulos por serem desacreditados por eles, por falta de conhecimentos mínimos fundamentais. 52
• O Preparo Espiritual – Biblicamente, nossa luta é espiritual (Ef 6.12), e não física. Nesse contexto, também são muito poucas as horas de oração e consagração dedicadas ao exercício do discipulado. O discipulado em si, inclusive, se não vigiarmos, gera uma sensação de autossuficiência a ponto de alguns discipuladores se acharem tão capazes que nem precisam mais buscarem a Deus. Vou lembrar aqui dos riscos espirituais que está exposto alguém que discipula, lembrando Mc 16.17, 18. • Conceitos Fixados – O que é discipulado? Aonde está a base? Como vou praticar? Por que vou praticar dessa forma? Quais os objetivos? Qual o foco? Enfim, são perguntas que não podem deixar de ser compreendidas, principalmente por quem deseja ser discipulador. • Capacidade Perceptiva – É a capacidade que o discipulador precisa ter para identificar a evolução espiritual e intelectual do discípulo. Com ela é que se evolui ou se retrocede fases e procedimentos. Também, é importante aqui se compreender, por parte dos discípulos, sobre a própria evolução espiritual, sobre a consciência própria da necessidade de crescimento. Bom, poderia citar outros elementos essenciais a esse contexto, mas vamos refletir somente sobre esses nesse momento, devido limitação de contexto nesse material. 2 DO DISCIPULADO Compreendo o discipulado como um processo bíblico, cujo objetivo principal é a formação do caráter de Cristo em alguém, cuja consequência maior e a aproximação desse ao próprio Cristo. Se isso é verdade, uma série de outros aspectos serão desenvolvidos, como a maturidade cristã e a reprodução natural dessa maturidade, através dos mesmos elementos, na vida de outra pessoa, que é a reprodução. O que é um processo? (do latim procedere) é um termo que indica a ação de avançar, ir para frente (pro+cedere) e é um conjunto sequencial e particular de ações com objetivo comum. Pode ter os 53
mais variados propósitos: criar, inventar, projetar, transformar, produzir, controlar, manter e usar produtos ou sistemas. Ainda pode ser definido como a sincronia entre insumos, atividades, infraestrutura e referências necessárias para adicionar valor para o ser humano. Ou ainda, é a sequência de passos, tarefas e atividades que convertem entradas de fornecedores em uma saída. Exemplos de processos incluem a formação, preparação, tratamento ou melhora de materiais em suas características físicas ou químicas, resultando na sua transformação. Perceba então o quão amplo se torna o discipulado quando aplicamos bases bíblicas ao contexto de processo, a ponto de não termos como conquistar êxito em tentar explicar tudo por aqui. Com isso então foquemos nos novos convertidos e digamos que, nesse contexto, precisamos formar o caráter de Cristo neles que estão iniciando uma vida de fé. Neles, o discipulado precisa estabelecer fases e conferir a correta aplicação de cada uma, acrescentando elementos que irão compor o êxito dessas fases (curso bíblico, por exemplo). Veja que o processo é o mesmo e que, portanto, os objetivos são os mesmos, apenas dividiremos em fases no sentido de observarmos a própria evolução do objetivo principal do processo. Por exemplo, após a fase da ‘decisão para Cristo’, precisamos nos preocupar com a ‘consolidação’ dos novos convertidos na fé, trabalhando, através de elementos (visitas, contatos e instruções bíblicas), a fim de que o novo convertido não desista da vida com Cristo por causa de aspectos próprios (internos), ou dos outros (externos). Ainda precisamos trabalhar o convívio social, levando em consideração vários focos (crescimento doutrinário, espiritual, social, representativo, dentre outros), que é a integração. 3 DA CONSOLIDAÇÃO Em rápidas palavras, a consolidação é a fase do discipulado aonde o novo convertido deve ser conduzido a conscientização sobre sua decisão a Cristo. É o aperfeiçoamento do relacionamento vertical, entre a pessoa e Deus. É algo que deve ser buscado de imediato, pois, após o novo nascimento precisa-se aplicar as primeiras vacinas. 54
Essa é a definição básica e, ao mesmo tempo, o objetivo principal de uma série de ações que serão tomadas a partir de então. Essas ações giram em torno de: primeiro contato, primeira visita, primeiro estudo bíblico, primeiras visitas à congregação... 4 DA INTEGRAÇÃO A integração é outra fase indispensável. Essa, em muitos casos, é trabalhada em discípulos e, por vezes, até em discipuladores, durante até todo o processo do discipulado. O objetivo aqui, de uma forma direta é tornar o alvo participante da igreja em todos os seus aspectos (doutrinário, cultural, social e litúrgico), no nosso caso os novos convertidos. Essa fase é entendida por muitos como algo à parte do discipulado, porém não há mandamento direto para integração na bíblia, o que há é mandamento para discipular, e, integrar como parte desse mandamento de discipular. O discipulado em si, embora deficiente, sobreviveria sem a fase da integração, mas o contrário, ainda que fosse com deficiência, não sobreviveria; o que comprova mais uma vez que a integração é parte de um processo, uma fase, as vezes longa, que precisa ser trabalhada com muito cuidado. A falta, ou a não observação, da integração, traz consequências tão negativas que as vezes chega a justificar a existência de alguns problemas comuns nas igrejas (problemas de relacionamentos e comportamentos de diversas naturezas). Também precisamos lembrar que integrar uma pessoa à Igreja do Senhor não é só atribuir determinada função à mesma. Existem outras áreas da integração que devem ser percebidas, como fase do discipulado..., como: Se o novo convertido está se adaptando aos horários de cultos e atividades que promovam seu crescimento espiritual; se está conseguindo se relacionar com os demais membros locais; se está conseguindo se adaptar à vida devocional diária; se está se adaptando aos costumes da comunidade cristã que está fazendo parte; se está conseguindo entender o funcionamento e a hierarquia da igreja... É uma fase muito ampla e constante! 55
5 DA CONCLUSÃO Analisei aqui, de forma rápida e superficial, embora consistente, alguns aspectos fundamentais e indispensáveis do discipulado bíblico. Vale a pena ressaltar que o alvo do discipulado bíblico não é só novos convertidos, sendo esses o principal alvo. Também temos pessoas que retornam aos caminhos do Senhor, além daqueles que já estão no caminho e, por algum motivo ou pela não participação em algumas das fases apresentadas, não possuem elementos no caráter espiritual, precisando assim serem assistidos também. Isso tudo independe do tempo de fé, e, inclusive inclui pessoas que nem aceitaram a Cristo ainda. Deus nos abençoe e nos dê graça e disposição para cumprirmos tão sublime mandamento! DAS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BÍBLIA SAGRADA. Bíblia de Estudo Pentecostal : edição Almeida Revista e Corrigida. Tradução de: João Ferreira de Almeida. São Paulo: 1995. FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Aurélio : o minidicionário da língua portuguesa. 4ª edição revista e ampliada do minidicionário Aurélio. 7ª impressão – Rio de Janeiro, 2002. IBARZ, A.; BARBOSA-CÁNOVAS, G. V. Unit operations in food engineering. 2002. ISBN 1-56676-929-9
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Implantação
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IMPLANTAÇÃO DO DISCIPULADO NA IGREJA E NOS LARES. Adriano Sebben é Pastor (CIADESCP/CGADB), 3º Vice-presidente ADC e E Supervisor do Setor 02 IMPLANTAÇÃO DO DISCIPULADO NA da IGREJA NOS LARES. (Próspera), Professor de Teologia, E.B.D. e DiscipuAutor - Adriano Sebben é Pastor 3º Vice-presidente da lado. Possui (CIADESCP/CGADB), formação Superior em Administração e ADC e Supervisor do Teologia, Setor 02 Pós-graduado (Próspera), Professor em CiênciasdedaTeologia, Religião eE.B.D. e Psicopedagogia Institucional. Discipulado. Possui formação Superior em Administração e Teologia, Pósgraduado em Ciências da Religião e Psicopedagogia Institucional.
TEXTO BÍBLICO TEXTO BÍBLICO “E“E todos de ensinar ensi- e de todosososdias, dias,no notemplo templo ee nas nas casas, casas, não não cessavam cessavam de nar e de anunciar 5:42ARC). ARC). anunciara aJesus JesusCristo”. Cristo”. (At (At 5:42 INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO PorPor inúmeros fatores uma igreja hoje em dia pode apresentar inúmeros fatores uma igreja hoje em dia pode apresentar resistência resistência em aderir ao discipulado. Contudo é plenamente possível em aderir ao discipulado. Contudo é plenamente possível sensibilizar, sensibilizar, conscientizar e implementá-lo. conscientizar e implementá-lo. HáHá pelo menos 4 etapas para uma boa implantação e consepelo menos 4 etapas para uma boa implantação e consequente quente perpetuação do trabalho de discipulado A perpetuação do trabalho de discipulado numanuma igreja igreja local. local. A proposta em proposta em questão é desenvolver a terceira etapa, a implantação dos questão é desenvolver a terceira etapa, a implantação dos grupos na prática. grupos na prática.
1º) Envisionar liderança e Igreja.
2º) Recrutar e formar Discipuladores.
3º) Implantar os grupos.
4º) Organizar e alimentar relatórios.
Gráfico Gráfico 01 SmartArt 01 –da Etapas da implantação do discipulado na igreja. (Tópicosmeus) meus) SmartArt – Etapas implantação do discipulado na igreja. (Tópicos
1 IMPLANTANDO OS GRUPOS NOS LARES (Ganhar e Consolidar). 59 1.1 Os preparativos da Integração para convergir ao Discipulado
1 IMPLANTANDO OS GRUPOS NOS LARES (Ganhar e Consolidar). 1.1 Os preparativos da Integração para convergir ao Discipulado 1.1.1 Onde começa o Discipulado - a porta de entrada do processo do discipulado é o curso bíblico, mas ele não se resume a esta etapa apenas. O discipulado eficaz inicia com a recepção e integração dos visitantes (os recepcionistas são discipuladores no sentido de contribuir com o processo) pela natureza do serviço que exercem para com os não crentes e novos convertidos. A integração é o processo de criar condições de chegada e permanência e que começa antes mesmo de sua conversão e se prolonga até que o novo convertido esteja integrado as atividades da Igreja e ao serviço cristão, conduzindo outros aos pés do Senhor Jesus1 (1 Ts 2:8,11). 1.1.2 Preparar a recepção e acolhimento - em pelo menos 3 momentos, na chegada ao templo, durante o “bem-vindo” do culto e no término do mesmo, inclusive podendo ser coletado informações com uma ficha para visitantes. O membro que convidou esse visitante deverá sentar com ele no culto, nos outros casos deverá haver pessoas previamente dispostas a fazer companhia aos visitantes durante o culto, isso é muito relevante para uma pessoa que chega onde não está ambientado, como bem disse Pr.Antônio Gilberto: “[...] o povo entra onde é convidado, e fica onde é bem tratado. Ninguém é obrigado a ficar num lugar onde não é bem recebido nem bem tratado”.2 1.1.3 Momento do apelo - se estamos tratando de alguém que ainda não tomou sua decisão a Cristo, na hora do apelo é necessário que a igreja entre em trabalho de parto espiritual e esteja orando em espírito (Gl 4:19), nesse momento o crente que sentou com o visitante se oferece para conduzi-lo a frente, será semelhante a mulher que está para dar à luz e que precisará de alguns agentes auxiliares (médico, enfermeiras, ...), (1 Co 3:9-11; Zc 4:6; Jo 16:8). 1 MELFIOR, Sérgio. 1ª Oficina de Discipulado. Departamento de discipulado: Joinville, 2011. p.1. 2 GILBERTO, Antônio. Manual da Escola Dominical. 34ª edição. RJ: CPAD, 2008. p.151
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2 UMA INTEGRAÇÃO EFICAZ ENVOLVE PELO MENOS 6 PASSOS 2.1 Sondagem para implantação (compreende os 4 primeiros passos). 2.1.1 Ficha de decisão - assim como um recém-nascido tem a sua identificação imediata e posterior registro de nascimento (Certidão) da mesma forma o novo convertido deve receber também o seu, claro que em sentido primário seu nome está no livro da vida no céu, contudo a nível humano alguém precisa preencher para ele a sua certidão “ficha de decisão”; 2.1.2 Estabelecer vínculo – imediatamente após o culto deve-se enviar uma mensagem, através do whatsApp, SMS, ou facebook, etc, parabenizando-o pela decisão em nome do pastor e da Igreja, depois pode-se enviar uma carta ou e-mail de “boas vindas”. 2.1.3 Contato telefônico 24h – de “boas vindas e agendamento da visita”. Deve ser feito preferencialmente pelo líder do discipulado. Depois da decisão de seguir a Jesus, é quase certo que o converso vai receber ataques do inimigo através de dúvidas, desânimo, críticas e desprezo de parentes e amigos, vergonha ou qualquer outro artifício. Por isso, as próximas 24 horas após a decisão têm sido um tempo crítico e delicado na vida do recém-convertido, e demanda uma atenção especial. Nesse contato deve-se falar diretamente com a pessoa e não deve ser demorado. Tal ação tem como propósito parabenizá-lo pela melhor decisão que já fez na sua vida, e dar umas rápidas e calorosas boas-vindas ao novo convertido. Serve também para marcar um encontro mais formal, ao qual pode-se chamar de “visita para o convite do discipulado.” 2.1.3.1 O que falar ao converso nesse contato 24 horas. Segue uma ideia: “É um prazer muito grande conhecê-lo! Meu nome é...., seja bem-vindo à família de Jesus! (Demonstrar amor genuíno), fui designado pela igreja para te apoiar nessa decisão tão maravilhosa. Preciso 61
saber quando é que daria para a gente se reunir para nos conhecermos melhor, e falar mais sobre Jesus?”. Agende especificamente o dia, o local, e a hora para a visita. 2.1.3.2 Convide o converso para o culto. É muito importante convidá-lo para ir com você (discipulador) ao próximo culto, mesmo que esta reunião seja antes do horário que você marcou para sua primeira visita. Explique objetivamente acerca do culto, enfatizando como é tão boa a comunhão da igreja, etc. Ofereça-se para apanhá-lo em casa. Pois espiritualmente falando ele é como uma criança em formação, em fase de crescimento. Ele pode ter vergonha de chegar à reunião sozinho. Pode ainda ser distraído por hábitos e agendas diferentes, com outras atividades não sadias no mesmo horário dos cultos. 2.1.4 Primeira visita – se possível no máximo 48h após a decisão. A conversa na visita deve envolver todos os presentes, caso contrário pode-se fracassar na integração. Demonstrar total interesse no que eles têm a dizer ouvindo com amor, fazendo uma leitura visual do ambiente, sondando as dificuldades e necessidades da pessoa e assim apresentando o discipulado como uma proposta de “solução” a fim de poder contextualizar o curso. Em caso de impossibilidade de fazer no lar do converso, pode-se fazer no templo, ou outro local favorecendo à disponibilidade dele. 2.1.4.1 Como encorajá-lo a começar o discipulado sem forçar: a) Enfatizando os benefícios que o discipulado trará para ele e sua família; b) Fazendo uma boa propaganda do material; c) Falando de como serão muito prazerosos e edificantes esses encontros. 2.1.4.2 Objetivos. Essa primeira visita não deve se prolongar muito, e tem os seguintes objetivos: a) Estabelecer um vínculo forte de amizade e discipulado com o novo seguidor de Jesus. b) Ensinar algumas verdades importantes para a nova vida que ele tem agora. c) Definir dia, hora, e local para começarem o Curso. O converso deve ser orientado a convidar seus familiares a participar dos estudos bí62
blicos, e no final da visita o discipulador deve reforçar esse convite para toda família participar3. 2.1.4.3 Como proceder nessa primeira visita: Os próximos passos são muito importantes, porém, você deve ter muito cuidado para não entrar em muitos detalhes prolongando demais a visita. Contudo é necessário inteirar o converso acerca dos cultos e das atividades da igreja. a) Criar uma atmosfera de tranquilidade e um tom amigável, ouvindo mais e falando menos, demonstrando um sorriso impactante cheio de Jesus. b) Entregar ao converso a revista do discipulado orientando como usá-la e explicando como ele deve estudar e pontuar os exercícios. Pode-se ensinar aqui a manusear a Bíblia. c) É aqui que o líder do discipulado deverá avaliar o perfil social e religioso da pessoa a ser discipulada, conjugada com a disponibilidade do discipulador mais adequado objetivando que o trabalho tenha assim uma maior eficácia. 2.2 Implantação do curso (compreende os últimos 2 passos). 2.2.1 Abertura do discipulado no lar. Os discipuladores se encaminham juntos para iniciar o trabalho com pontualidade, aferindo se todos da família possuem a revista do aluno para a prévia leitura das lições e a Bíblia; Encorajando aos participantes a lerem o Evangelho de João durante a semana o qual embasa a revista “Conhecendo o Amor de Deus”. Pode haver casos que requerem o apoio da assistência social ou de aconselhamento específico. Buscar no início do discipulado integrar o converso à rotina da igreja. Preferencialmente ao Novo Viver (grupo de louvor e integração de novos convertidos)4. Pode-se estabelecer um propósito de oração sobre os problemas que estejam enfrentando (campanha de oração nos 12 encontros) para estimular a fé do novo discípulo5. 3 MENDES, Medsi. 6ª Oficina de Evangelismo e Discipulado. Departamento de discipulado: Joinville, 2016.p.33 4 MELFIOR, Sérgio. 1ª Oficina de Discipulado. Departamento de discipulado: Joinville, 2011. p.5. 5 CARLESSO, Joary Jossué (Org.). SILVA, Celso. 1ª Oficina de Discipulado. Departamento de disci-
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Sempre antes de iniciarem a lição “Conhecendo o Amor de Deus”, o discipulador pode perguntar: • Qual aspecto da lição que mais chamou a sua atenção ou mais falou com você? Por quê? • Há algum ponto da lição que não ficou bem claro, que não estava bem compreensível? Qual foi? • Você aprendeu alguma coisa nova nessa lição? 2.2.1.1 Execução do roteiro no lar. a) Saudação e socialização - ouvindo muito e falando pouco, tratando todos pelo nome buscando quebrar o gelo (dinâmica simples) para conduzir a pessoa ao assunto do dia e assim cristalizando um vínculo de amizade; b) Oração inicial - breve e em tom de voz baixo, sem manifestação de dons (apenas uma pessoa ora e os demais concordam), formato simples e específico, conforme o discipulador avaliar pode futuramente solicitar aos participantes para orarem; c) Louvor - utilização de louvores, corinhos e hinos da harpa mais conhecidos, sempre levar uma cópia para os participantes ou presenteá-lo com uma harpa, ou enviar a letra e a música via whatsApp, etc; d) Ao iniciar o estudo - utilizar revista do discipulado e jamais fugir do tema proposto; Falar em tom de conversa normal, jamais em tom de pregação ou que escandalize; Limitar-se somente ao ensino da revista. Não divagar, a abordagem é generalizada mas deve-se ensinar os pontos chave da lição ilustrando com exemplos corriqueiros e diários; De acordo com o perfil de cada participante o discipulador pode solicitar que leiam partes da lição inclusive os versículos bíblicos e que opinem sobre algum aspecto do assunto; e) Uso de testemunho e experiências – durante as lições o discipulador poderá contar seu testemunho de vida ou partes dele e suas experiências com Deus de acordo com o tema de cada semana, se o discípulo tiver alguma experiência com Deus dentro do assunto ele o poderá compartilhar com o discipulador; f) Tira-Dúvidas e Exercícios – os exercícios podem ser usados pulado: Joinville, 2011.p.12
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como revisão da aula da semana anterior na abertura de cada encontro ou no final de cada aula para promover um reforço em relação ao conteúdo ministrado, porém questões polêmicas devem ser tratadas com muita cautela, evitando especulações, terminar perguntando se você foi claro, se de repente ficou algum ponto que faltou maior esclarecimento de sua parte; g) Conclua com a aplicação e uma oração intercedendo nominalmente por todos que moram no lar de acordo com o propósito estabelecido e pedindo à Deus que os ajude a praticar o ensino bíblico; A aplicação - em última análise, deve conduzir o converso, do estudo a prática. Ele precisa se aproximar mais de Deus a cada aula. O discipulador precisa através de perguntas e da amizade que vai fluindo ao longo do tempo aplicar o ensino e acompanhar se o discípulo está praticando o que vem sendo ensinado. Ex: falando sobre perdão, contar uma experiência sua ou de alguém e perguntar se existe alguma mágoa, ou ressentimento no seu coração, mostrar biblicamente que isso vai impedi-lo de crescer espiritualmente e de ser um salvo em Cristo (Mt 6:12,14-15). Para facilitar a fixação do conteúdo pode-se ao final fazer um resumo dos pontos principais pelo discipulador, e ainda questionar o discípulo: 1) Me diga as três coisas principais que você aprendeu hoje? 2) Como esse aprendizado será colocado em prática na sua vida? 3) Existe alguém com quem você pode compartilhar esse ensino? É importante também que a Aplicação tenha metas a serem seguidas. Exemplo - se o discipulador estiver falando sobre a Bíblia, ele pode aplicar da seguinte forma para o converso, deixando como “tarefa de casa”: • Memorizar os livros bíblicos em sequência. • Carregar a Bíblia quando ir para a Igreja. • Instituir um devocional diário utilizando a Bíblia. • Estabelecer um cronograma para leitura anual e sequencial da Bíblia. Etc. h) Socialização - antes de ir embora confirme e reforce o próximo encontro, despedida6. 6 CARLESSO, Joary Jossué (Org.). SILVA, Celso. MELFIOR, Sérgio. 1ª Oficina de Discipulado.
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i) Na próxima semana - pergunte se está dando certo, se ele conseguiu executar as tarefas, etc. Nunca em tom de cobrança mas de incentivo, mostrando que você se preocupa com o progresso espiritual dele. Assim, você vai poder ajudar o converso a estabelecer e cumprir alvos em todas as áreas da vida dele7. 2.2.1.1.1 Orientações norteadoras a) Seguir a regra do sexo oposto. É importante que seja sempre em dupla ou casal, mulheres discipulam mulheres, homens discipulam homens; b) Tempo, em torno de 50 minutos, procurando não ultrapassar o tempo de 01h00 (uma hora); c) Quanto a alimentação, se for oferecido deve-se aceitar, afim de não ser deselegante, contudo orientar que durante as aulas não se faz necessário, podendo combinar uma confraternização de encerramento a cargo do discipulador; d) Sempre cumprir o horário combinado, não sendo possível não deixar de entrar em contato com o discípulo com a máxima antecedência possível; e) No decorrer do curso, levar sempre em pelo menos um dos encontros o pastor local (Dirigente da congregação) para participar; f) Nunca desistir do trabalho, ser perseverante! Lembrar que o seu trabalho servirá de referência para o crescimento espiritual do novo convertido!; g) O discipulador precisa ser criterioso em sua amizade com o discípulo, Pois ele será o confidente do converso, mas o novo convertido jamais poderá ser o confidente do discipulador! Ou seja, o discipulador não deve jamais levar seus problemas aos discipulandos, mas levar soluções; Departamento de discipulado: Joinville, 2011.pp.13-14 7 HUBER, Abe. Manual do Discipulador. Apostila - Acompanhamento Inicial. Santarém - PA, 2015. p.8
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g) O discipulador precisa ser criterioso em sua amizade com o discípulo, Pois h) oComunicar líder demas discipulado o término dopoderá curso ser para ele será confidente doaoconverso, o novo convertido jamais o do discipulador! Ou seja, oediscipulador não deve jamais levar seus queconfidente seja organizada a formatura providenciado o certificado com problemas aos discipulandos, mas levar soluções;
antecedência;
h) Comunicar ao líder de discipulado o término do curso para que seja i) Preencher e entregar em dia os relatórios disponibilizados organizada a formatura e providenciado o certificado com antecedência;
pela coordenação geral do Ministério de Discipulado8.
i) Preencher e entregar em dia os relatórios disponibilizados pela coordenação 8 Dependendo da necessidade do con2.2.2 Edificar e Treinar. geral do Ministério de Discipulado .
verso, e da dificuldade dele vir ao templo, se faz oportuno buscá-lo 2.2.2 Edificar e Treinar. Dependendo da necessidade do converso, e da para participar E.B.D. e demais atividades, imdificuldade deledos vir aocultos templo,de seensino, faz oportuno buscá-lo para participar dos cultos de ensino, E.B.D. e demais atividades, implantar o culto doméstico no seu lar plantar o culto doméstico no seu lar especialmente nos casos de pesespecialmente nos casos de pessoas impossibilitadas de ir ao templo. Treiná-lo soas impossibilitadas de ir ao templo. Treiná-lo para discipular outros para discipular outros e com o tempo e a medida que ele desperte seus dons, e com o tempoàeum a medida que ele despertepertinente. seus dons, encaminhá-lo à encaminhá-lo departamento ou ministério
Edificar •Decisão •Contato 24h •Visita inicial 48h •Culto na Igreja •Implantação do curso
Ganhar e Consolidar
•Curso do discipulado •Culto de Ensino e E.B.D. •Incluído à um depto/ministério •Relacionam. (vertical e horizontal)
•Ser mentoriado •Se tornar um discipulador •Preparado para reproduzir o ciclo de ganhar, consolidar, edificar, treinar e enviar outros.
Treinar e Enviar
Gráfico SmartArt 02 – Ciclo do Discipulado - Passo a passo. (Tópicos meus)
um departamento ou ministério pertinente.
CONCLUSÃO Gráfico SmartArt 02 – Ciclo do Discipulado - Passo a passo. (Tópicos meus) Uma eficiente implantação do curso passa pela percepção de todo o ciclo do discipulado, ganhar, consolidar, edificar, treinar e enviar. Ou seja, uma boa implantação e condução desse curso é uma parte reguladora para eficácia da CONCLUSÃO funcionalidade de todo o ciclo. Pois o discipulado não se resume ao curso e Uma implantação do contrário, curso passa pela percepção de portanto nãoeficiente termina em 3 meses, pelo o discipulador continuará sendo uma referência espiritual ganhar, e mentoriando esse converso em seu progresso todo o ciclo do discipulado, consolidar, edificar, treinar e enpara uma vida cristã vitoriosa. Dessa forma vamos conquistando e cuidando bem viar. Ou seja, uma boa implantação e condução desse curso é uma a fim de que nenhum deles se perca (Jo 17:9,12a).
parte reguladora para eficácia da funcionalidade de todo o ciclo. Pois o discipulado não se resume ao curso e portanto não termina em 3 me8
OLIVEIRA, Marco Aurélio Bittencourt de. 5º Congresso Discipulado para o Brasil. Departamento de discipulado:
Joinville, 2017. p.92
8 OLIVEIRA, Marco Aurélio Bittencourt de. 5º Congresso Discipulado para o Brasil. Departamento de discipulado: Joinville, 2017. p.92
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ses, pelo contrário, o discipulador continuará sendo uma referência espiritual e mentoriando esse converso em seu progresso para uma vida cristã vitoriosa. Dessa forma vamos conquistando e cuidando bem a fim de que nenhum deles se perca (Jo 17:9,12a). REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BÍBLIA SAGRADA. Bíblia de Estudo Pentecostal: Edição Almeida Revista e Corrigida, ARC. Tradução de: João Ferreira de Almeida. RJ. CPAD,1995. 2195p. CARLESSO, Joary Jossué (Org.). SILVA, Celso. MELFIOR, Sérgio. 1ª Oficina de Discipulado. Departamento de discipulado: Joinville, 2011. GILBERTO, Antônio. Manual da Escola Dominical. 34ª edição. RJ: CPAD, 2008. HUBER, Abe. Manual do Discipulador. Apostila - Acompanhamento Inicial. Santarém - PA, 2015. MENDES, Medsi. 6ª Oficina de Evangelismo e Discipulado. Departamento de discipulado: Joinville, 2016. OLIVEIRA, Marco Aurélio Bittencourt de. 5º Congresso Discipulado para o Brasil. Departamento de discipulado: Joinville, 2017.
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ORGANIZAÇÃO, RELATÓRIOS E DOCUMENTAÇÃO DO DEPARTAMENTO DE DISCIPULADO
Ricardo Adir dos Santos é Ministro do Evangelho (CIADESP/CGADB), Pastor Setorial do Setor 57 (Aeroporto) e 1º Secretário do Departamento de Discipulado da Ieadjo. Bacharel em Teologia pela faculdade Refidim.
TEXTO BÍBLICO “E os apóstolos ajuntaram-se a Jesus, e contaram-lhe tudo, tanto o que tinham feito como o que tinham ensinado” (Marcos 6:30). INTRODUÇÃO Em seu ministério terreno o Senhor Jesus não subestimou a necessidade da prestação de contas. Cada atividade desenvolvida pelos discípulos era seguida de um relatório detalhado, para que o Senhor se inteirasse da real situação do trabalho. Os relatórios, além de glorificarem ao Senhor pelos frutos do trabalho, também servem de parâmetro para o crescimento da obra de Deus. Com eles podemos descobrir os pontos positivos e intensificar as ações nos pontos fracos, para que o Discipulado atinja seu máximo potencial. É necessário que cada discipulador preste contas ao seu líder, que por sua vez prestará contas ao seu dirigente e à Coordenação Geral do Departamento. Com os resultados dos relatórios em mãos, as decisões podem 69
ser tomadas com maior facilidade e a obra de Deus pode ser realizada com mais excelência. Sabendo dos resultados a Igreja se alegra pelos frutos do seu trabalho, que são vidas salvas, discipuladas, batizadas nas águas e plenamente integradas ao serviço do Mestre. 1 CONCEITOS DE ORGANIZAÇÃO, RELATÓRIOS E DOCUMENTAÇÃO 1.1 Organização: ato de organizar, reunir sob uma direção lógica os melhores dons e talentos, com objetivos específicos. 1.2 Relatório: é um conjunto de informações, utilizado para reportar resultados parciais ou totais de uma determinada atividade, experimento, projeto, ação, pesquisa, ou outro evento que esteja finalizado ou em andamento. 1.3 Documentação: é o conjunto de todos documentos, que são todas as fontes contendo informações que ajudem a tomar decisões, comuniquem decisões tomadas, registrem assuntos de interesse da organização ou do indivíduo. Tem como característica reunir informações escritas acumuladas numa série sucessiva de anotações, quando dizem respeito a uma organização ou a um indivíduo, assumem a característica de documento. O conjunto dos documentos passa a constituir a documentação, com fins comerciais, industriais, jurídicos, escolares, eclesiásticos, etc. 1.4 Arquivo: é a guarda de documentos concernentes a fatos. Sua finalidade é armazenar a informação sob a forma de documentos, reunidos de maneira que permita uma localização segura e rápida. Tem como função adequar-se às exigências da organização, constituir-se num centro ativo e dinâmico de informações e ser um instrumento de conservação de documentos. 2 ORGANIZAÇÃO 2.1 A infraestrutura organizacional do Discipulado Existe a necessidade de organização no Departamento de Discipulado, por várias razões, mas a principal é que o nosso Deus é um 70
Deus de ordem. A criação demonstra isso. A complexa organização da vida humana em que cada órgão tem as suas funções coordenadas com os demais órgãos do corpo. O apóstolo Paulo dá a seguinte recomendação em sua carta à Igreja de Corinto: “Tudo porém seja feito com decência e ordem” (1 Co. 14:40). 2.2 Cristo foi um organizador A maneira sistemática de como Jesus desenvolveu o seu ministério e a forma como procedia demonstravam o grau de sua organização para ensinar os discípulos que lhe acompanhavam. As pequenas coisas que Cristo fazia eram organizadas. Por exemplo, quando alimentou a multidão de cinco mil homens, sem contar as mulheres e crianças. Jesus fez com que a multidão sentasse em grupos de 50 e 100, numa verdadeira lição de como administrar para não faltar. O poder de Cristo foi evidenciado na ordem e o milagre da multiplicação aconteceu. Nos ensinamentos de Cristo, aprendemos também a maneira como Ele organizou as parábolas em direção a um propósito. O Reino de Deus foi o centro de convergência de todas as parábolas proferidas por nosso Senhor Jesus Cristo. 2.3 Muitos dos que Deus tem usado são organizadores Os grandes homens de Deus são organizadores. Podemos exemplificar isso em Neemias, que no capítulo 3 de seu livro ele nos mostra como a organização foi a base para a reconstrução dos muros e do templo de Jerusalém. Moisés, seguindo a orientação de seu sogro Jetro, organizou os líderes para conduzir o povo de Israel. O apóstolo Paulo, no cuidado que tinha com as igrejas, estabeleceu os diáconos para exercerem responsabilidades detalhadas de nutrição nos lares, especialmente o de alimentar as viúvas. Em Atos, no capítulo 15, encontramos o aspecto organizacional da igreja. A organização deverá sempre existir para viabilizar a efetivação da obra que estiver sendo proposta. Organização é ordem em ação. É método no trabalho, no vi71
ver, no agir e em tudo mais. A organização permeia toda a criação de Deus, bem como todas as suas coisas. A desorganização e a desordem destroem a vida de qualquer pessoa, igreja ou organização secular. Por seu turno, o crescimento sem ordem é aparente e infrutífero. Sim, porque toda energia sem controle é prejudicial e perigosa. Pode haver muito esforço e nenhum crescimento real, porque a desorganização aniquila os resultados positivos surgidos. Uma vez que a ordem permeia o universo de Deus, temos base para crer que o céu é lugar de perfeita ordem. Leis precisas e infalíveis regulam e controlam toda a natureza, desde o minúsculo átomo até os maiores corpos celestes. 2.4 Organização na Bíblia Todos os símbolos bíblicos da Igreja falam de organização, ordem e método. Ela é comparada a: - Um templo (1 Co. 3:16; Ef. 2:21) (vide o Templo de Jerusalém) - Um corpo (1 Co. 12:27; Cl. 1:24). - Uma lavoura (1 Co. 3:9). - Um edifício (1 Tm. 3:15; Hb. 3:6; 1 Pe. 2:5). - Um rebanho (Lc. 12:32; 1 Pe. 5:2). - Um jardim (Ct. 4:16). - Uma noiva (2 Co. 11]:2; Ap. 22:17). - Um castiçal ou candeeiro (Ap. 1:20). Todos estes símbolos demonstram organização, ordem e método. 2.5 A organização do pessoal A organização do Departamento de Discipulado de uma igreja começa com a formação de uma diretoria, assim composta: - Diretoria Geral do Campo Eclesiástico: Coordenador Geral, 2º e 3º Coordenadores; 1º e 2º Secretários; 1º 2º Tesoureiros; Regente Geral do Grupo de Novos Convertidos; podem ser agregadas outras funções segundo a necessidade. 72
A coordenação geral trabalha com os líderes e com os discipuladores. - Liderança Local (Congregação): Líder, Vice-Líder, Tesoureiro, Secretário e Regente do Grupo de Novos Convertidos e Discipuladores. Estes têm sobre si uma grande responsabilidade, pois lidam diretamente com o discipulador e o discípulo (aluno do discipulado). Estes por sua vez são a “matéria prima” do Discipulado. 2.6 A organização material – a secretaria O Departamento deve funcionar em instalações apropriadas, tendo um espaço independente para o melhor cumprimento de suas funções. 3 RELATÓRIO SEGUNDO JESUS CRISTO Jesus estabeleceu a norma de ouvir os relatórios de Seus discípulos, após as jornadas de serviço deles, a fim de compartilhar com eles dos benefícios de sua experiência, ao fazer as mesmas coisas que ele. Nesse sentido, poderíamos asseverar que o ensino ministrado por Ele as revezava entre a instrução e a incumbência. Sempre que estava em companhia deles, Jesus ajudava-os a compreenderem a razão de alguma ação ou atitude anterior, a fim de prepará-los para alguma nova experiência. Suas perguntas, ilustrações, advertências e admoestações eram calculadas para destacar aquelas coisas de que precisavam saber a fim de cumprirem as tarefas determinadas por Ele, as quais visavam a evangelização do mundo. Em conformidade com isso, não muito depois dos doze discípulos terem sido enviados, eles se reuniram na presença de Jesus e então lhe relataram tudo aquilo quanto haviam feito e ensinado (Marcos 6:30; Lucas 9:10). No que parece nos relatos das Escrituras, essa reunião foi previamente determinada, pelo que, a excursão inicial dos discípulos, em seu primeiro solo, foi meramente uma tarefa de campo, mediante a qual dariam prosseguimento ao seu treinamento diante do Mestre. 73
Apesar de ter confiado aos doze algumas responsabilidades evangelísticas, Jesus não os considerava ainda como um produto acabado, pronto para a graduação. Mesmo nas poucas obras que faziam em seu ministério, precisavam de supervisão. Assim sendo, Jesus estabeleceu a norma de ouvir os relatórios dos discípulos, a fim de compartilhar com eles dos benefícios de sua experiência, acerca de dificuldades que pudessem ter encontrado ou das vitórias que pudessem ter alcançado. Na verdade, este não é um incidente isolado. Através de sua presença constante no meio deles, Jesus estava observando permanentemente os doze. Em todo o seu ministério com eles, as experiências dos discípulos, quer representassem sucesso ou fracasso constituíam matéria-prima nas mãos de Jesus, tanto no sentido de ensino como de aplicação. Ele estava sempre alerta às ações e reações deles, mantendo em mente o fato de que a sua supervisão era mais um passo a fim de equipá-los para o ministério. Quando finalmente deixou-os para voltar ao Pai, ele prometeu-lhes que o Espírito Santo viria a fim de continuar a supervisão do seu trabalho. Ao preparar obreiros para o ministério do discipulado hoje, não podemos presumir que simplesmente mostrar o caminho às pessoas resultará na realização do trabalho. Também não podemos pensar que a execução de uma tarefa com êxito reflete disposição por parte da pessoa que está sendo treinada para trabalhar por conta própria. Enquanto os discípulos não atingirem a maturidade, será necessária supervisão. 4 DOCUMENTAÇÃO A documentação envolvida em um bom trabalho do discipulado na igreja para acompanhar todas as informações do trabalho é composta por: - Ficha de Decisão (Nome, endereço, telefone, data de decisão, etc.) - Relatório Mensal do Discipulado (Setor, Congregação, mês referente, nome de discipuladores ativos, nº de Grupos Ativos, Nº de 74
Mestres, nº de Discípulos, Contatos Realizados, Atividades Realizadas, Informação da Equipe de Trabalho, Decisões, etc.), - Ficha de Requisição de Material (Setor, Congregação, Cidade, Responsável pela retirada do Material, quantidade, descrição do Material, Assinatura do Pastor, Assinatura do Responsável pela entrega do Material, etc.) - Cadastro de Discipuladores - Cadastro dos Novos Convertidos - Certificados 5 REUNIÃO Para um bom desempenho do discipulado na igreja e entender como se encontra numericamente, deve se instituir uma reunião mensal do departamento com todos os Líderes de Discipulado. Nesta reunião os Líderes de Discipulado devem trazer as Fichas de Decisão (1ª via), o Relatório Mensal do Discipulado (1ª via) e as Atualizações Cadastrais dos Discipuladores e Novos Convertidos para o acompanhamento estatístico de cada igreja. O relatório, dependendo da Diretoria da Igreja, tem peso de obrigatoriedade. Do mesmo modo, a Coordenação Geral do Discipulado solicita às igrejas que, a cada 06 meses, enviem a atualização cadastral dos Discipuladores e Novos Convertidos (Censo). 6 PROCESSAMENTO DOS DADOS Tendo em mãos essas informações o secretário geral do discipulado do campo eclesiástico irá lançar no sistema do departamento. A partir dessas informações, serão formuladas estatísticas para a tomada de decisão. A estatística é uma ferramenta muito importante já que podemos, a partir dela, ver como o discipulado está crescendo ou diminuindo e, assim criar ou melhorar estratégias que nos ajudem a implantar o Reino de Deus.
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CONCLUSÃO Os relatórios, glorificam o nome do Senhor pelos frutos do trabalho, bem como nos oferecem parâmetro para o crescimento da obra de Deus. Com eles podemos descobrir os pontos positivos e intensificar as ações nos pontos fracos, para que o Discipulado atinja seu máximo potencial. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS COLEMAN, Robert E. Plano Mestre de Evangelismo. São Paulo: Mundo Cristão, 2001. INTERNET. http://www.cibi.org.br/cdr/liderebd.pdf <acesso em 10.ago.2018> INTERNET. https://pt.wikipedia.org/wiki/Relatório. <acesso em 10.ago.2018> INTERNET. https://pt.wikipedia.org/wiki/Documentação. <acesso em 10.ago.2018>
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Teen
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FUNDAMENTOS DO DISCIPULADO TEEN Aloísio Lucas é Ministro do Evangelho (CIADESCP/ CGADB), Pastor Auxiliar no templo sede da IEADJO, Coordenador Geral da UNIAADJO, Diretor da Rádio 107.5 FM, acadêmico de teologia, formado em Gestão do Empreendimento, casado com Andréa e pai de André Luís.
1 DEFINIÇÕES 1.1 Discípulo Por definição, um discípulo é um seguidor, aquele que aceita e auxilia na divulgação das doutrinas de outro. 1.2 Discípulo Cristão Um discípulo cristão é uma pessoa que aceita e auxilia na divulgação das boas novas de Jesus Cristo. 1.3 Discipulado Cristão É o processo pelo qual os discípulos crescem no Senhor Jesus Cristo e são equipados pelo Espírito Santo, que reside em nossos corações, para superar as pressões e provações desta vida presente e tornar-se cada vez mais semelhantes a Cristo. 1.4 Mandamento de Jesus “Então Jesus chegou perto deles e disse: - Deus me deu todo o poder no céu e na terra. Portanto, vão a todos os povos do mundo e façam com que sejam meus seguidores, batizando esses seguidores em nome do Pai, do Filho e do 79
Espírito Santo e ensinando-os a obedecer a tudo o que tenho ordenado a vocês. E lembrem disto: eu estou com vocês todos os dias, até o fim dos tempos” (Mt 28:18-20 NTLH). 2 BENEFÍCIOS DO DISCIPULADO TEEN 2.1 É a melhor maneira do crente (adolescente) se envolver na obra de Deus Quantos membros há em sua igreja e quantos estão envolvidos na obra de Deus? A maioria gostaria de se envolver mais com a igreja, mas não sabe como. O discipulado ajuda a aproximar as pessoas para que elas possam utilizar seus dons. 2.2 É a maneira mais eficiente do crente (adolescente) alcançar a maturidade cristã Maturidade nem sempre significa o tempo em que uma pessoa faz parte de uma igreja. Maturidade cristã está relacionado com o crer, praticar e ensinar a Palavra de Deus. Antes de ensinar eu preciso praticar, dando o exemplo que fará a diferença na vida do discípulo que por sua vez se esforçará em também zelar pelo seu bom testemunho pessoal. 2.3 O crente (adolescente) começa a amar a Palavra de Deus Este processo exige que os adolescentes respondam ao impulso do Espírito Santo para examinar seus pensamentos, palavras e ações e compare-os com a Palavra de Deus. Isso requer que estejamos na Palavra diariamente, estudando, orando e obedecendo. 2.4 O crente (adolescente) aprende a colocar Jesus em primeiro lugar em todas as coisas (Marcos 8:34-38) O discípulo de Cristo precisa ser separado do mundo. Nosso foco deve estar no nosso Senhor e agradá-Lo em todas as áreas da nossa vida. Devemos nos livrar do egocentrismo e assumir uma vida centrada em Cristo. 2.5 O crente (adolescente) aprende a seguir os ensinamentos de Jesus (João 8:31-32) 80
Devemos ser filhos obedientes e praticantes da Palavra. A obediência é o teste supremo da fé em Deus (1 Samuel 28:18), e Jesus é o exemplo perfeito da obediência, pois Ele viveu uma vida na Terra de completa obediência ao Pai até o ponto da morte (Filipenses 2:6-8). 3 RESULTADOS DO DISCIPULADO TEEN Além disso, sempre devemos estar prontos para dar testemunho do motivo da esperança que está dentro de nós (1 Pedro 3:15) e para discipular os outros a andar em Seu caminho. 3.1 Frutificação (João 15:5-8) O nosso dever não se trata de produzir frutos. O nosso dever se trata de permanecer em Cristo e, se o fizermos, o Espírito Santo produzirá o fruto, e esse fruto é o resultado da nossa obediência. À medida que nos tornamos mais obedientes ao Senhor e aprendemos a caminhar em Seus caminhos, nossas vidas mudarão. A maior mudança ocorrerá em nossos corações, e esse transbordamento resultará em uma nova conduta (pensamentos, palavras e ações) representativa dessa mudança. A mudança que buscamos é feita de dentro para fora, através do poder do Espírito Santo. Não é algo que possamos conjurar sozinhos. 3.2 Amor por outros discípulos (João 13:34-35) A Bíblia ensina que o amor por outros crentes é a prova de que somos membros da família de Deus (1 João 3:10). O amor é definido e elaborado em 1 Coríntios 13:1-13. Estes versículos nos mostram que o amor não é uma emoção; é ação. Devemos fazer algo e nos envolver no processo. Além disso, somos instruídos a pensar mais nos outros do que em nós mesmos e a cuidar dos seus interesses (Filipenses 2:3-4). O versículo seguinte em Filipenses (versículo 5) resume realmente o que devemos fazer quando se trata de tudo na vida: “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus”. Que exemplo perfeito Ele é para nós quanto a tudo que devemos fazer em nossa caminhada cristã. 81
3.3 Evangelismo – fazendo outros discípulos (Mateus 28:18-20) Devemos compartilhar nossa fé e contar aos descrentes sobre as mudanças maravilhosas que Jesus Cristo tem feito em nossas vidas. Não importa qual seja nosso nível de maturidade na vida cristã, temos algo a oferecer. Muitas vezes, acreditamos na mentira de Satanás que realmente não sabemos o suficiente ou não temos sido cristãos tempo suficiente para fazer a diferença. Não é verdade! Alguns dos representantes mais entusiasmados da vida cristã são novos crentes que acabaram de descobrir o incrível amor de Deus. Eles podem não conhecer muitos versículos da Bíblia ou o modo mais “aceito” de dizer as coisas, mas experimentaram o amor do Deus vivo, e é exatamente isso o que devemos compartilhar. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS MELLO, Cyro. Manual do Discipulador Cristão. Rio de Janeiro: CPAD, 2003. INTERNET. https://www.bible.com/pt/bible/211/MAT.28.18-20.NTLH INTERNET. https://www.gotquestions.org/Portugues/discipulado-cris-
tao.html
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APLICANDO O DISCIPULADO TEEN
Mateus Bueno Neto é Diácono e líder de Adolescentes na IEADJO - Setor 08 - (Shalom). Representante regional da UNIAADJO - Região Leste. Acadêmico de Teologia (Refidim)
TEXTO BÍBLICO “Quem deu crédito à nossa pregação? E a quem se manifestou o braço do SENHOR? Porque foi subindo como renovo perante ele, e como raiz de uma terra seca; não tinha beleza nem formosura e, olhando nós para ele, não havia boa aparência nele, para que o desejássemos. Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores, e experimentado nos trabalhos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum. Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados” (Isaías 53.1-5). INTRODUÇÃO Bem-vindos à nova saga! A história da morte de Cristo, do incrível plano da salvação e 83
da remissão de nossos pecados é bastante conhecida, mas muitos ainda precisam entender melhor os detalhes dessa graça salvadora e assim poder se aproximar de Jesus, entre esses muitos estão nossos adolescentes, discípulos em potencial e que anseiam por conhecer mais dessa história e suas peculiaridades. Pensando nisso criamos uma lição com um formato inovador, atrativo e interessante aos olhos dos nossos adolescentes, escrita e pensada como se fosse uma série de TV, com temporadas, episódios e um enredo bastante significativo. Afinal, já que a maioria deles adora ver séries ou filmes, por que não adaptar nossa tradicional lição do discipulado no formato de um seriado, recheado de novidades e com uma pegada que nossos adolescentes gostem e se identifiquem? Bem-vindos à maior história de todos os tempos, contada de um jeitinho especial, para um público especial, mas com a mesma ideia de sempre, falar do amor de Deus. 1 SIGA O ROTEIRO Pensando na proposta de uma aula com a cara dos nossos adolescentes, moderna, porém descolada e com foco no evangelho foi desenvolvido um roteiro específico que tornara sua lição agradável, dinâmica e eficaz buscando levar os adolescentes a compreender e assimilar os alvos de cada lição. Preste atenção em alguns momentos chave que devem ser abordados durante a aula: *Vigiando e orando: Assim como nenhuma serie começa sem apresentar o estúdio que a produziu, nenhum episodio do DT deve iniciar sem a oração , é como se fosse a “musiquinha” que toca no começo de cada filme, indispensável como regra, na abertura de cada aula, afinal, é através da oração que pedimos a bênção de Deus para iniciar e sabedoria para atingir os alvos da cada aula, aliás, falando em alvos, este é outro ponto fundamental que deve ser apresentado no início da aula, devemos nortear desde o começo a nossa aula, isso passara firmeza e convicção aos nossos alunos. *Warmup: É a apresentação da introdução do assunto abordado nessa aula específica, de forma direta esse momento deve ser apre84
sentado com entusiasmo pelo discipulador para instigar nos alunos o interesse desde o inicio da aula. * Munição básica para esse DT: É o texto bíblico de cada aula, este texto vai diretamente de encontro ao tema e confirma que a aula, apesar de diferenciada é embasada na Palavra de Deus. * Brainstorming: Momento em que são lançadas as ideias da lição e os adolescentes são estimulados a falar, debater e interagir sobre o assunto, nesse momento surgem muitos comentários inusitados e interessantes, é sempre uma oportunidade de todos aprenderem, inclusive o professor. * Entrando de sola... Scriptura: Após o debate entra em ação a palavra de Deus trazendo luz e esclarecendo as duvidas com referencias e textos bíblicos, é fundamental tentar responder todas as questões levantadas, isso trará solidez e credibilidade a sua aula. *Se liga DT, Na real DT: Momentos de conclusão e aplicação da aula, aqui o professor precisa deixar clara a ideia que o episodio se propôs em passar e demonstrar que o que foi falado durante a aula não é apenas história ou discussões motivacionais, mas sim a verdade deixada por Deus na Bíblia para todos nós e a prova de que se confiamos Nele, podemos vencer assim como Cristo venceu. *QR CODE: Haverá na lição dois códigos QR, o primeiro trará sempre uma ajuda para a aula com comentários da equipe responsável pela produção dos episódios, o outro trará um desafio exclusivo para os adolescentes que será aberto apenas após o término da aula, o professor deve instigar nos alunos o desejo de cumprir as tarefas, pois será sempre algo que acrescentara muito a conclusão da aula. *Que a força esteja com você: Momento reservado para orar pelos adolescentes, nesse momento eles devem ser levados a abrir o coração e contar suas necessidades para Deus, se algum deles ainda não Aceitou Jesus, eis ai uma ótima oportunidade. *Pílulas anti-burrice e vai na minha nuvem: Sugestão de livros e conteúdos virtuais que acrescentarão na discussão do tema. *Spoiler: Por fim encerramos a aula com o spoiler, o famoso 85
“cenas do próximo capítulo”, aqui é comentado sobre o próximo tema e de forma entusiasmada é feito o convite para ninguém perder a continuação dessa grande saga. Além de estudar e preparar a aula o professor deve também orar por cada lição e pelos seus alunos, o desafio de tirar adolescentes do mundo e trazê-los para Cristo mexe com o sobrenatural e por tanto é fundamental se preparar espiritualmente para cada batalha, quero dizer aula. CONCLUSÃO Enfim, para o sucesso completo do discipulado o professor deve se reinventar, utilizar a linguagem que a lição trará, tratar cada episódio como um desafio, buscando sempre um conhecimento a mais e levar atividades diferenciadas para seus alunos, quiz, gincanas e confraternizações esporádicas após as aulas são sempre formulas que dão resultado e uma formatura ao final da primeira temporada fechara com chave de ouro a experiência de cada um deles.
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Casais
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IMPLANTAÇÃO DO DISCIPULADO NO DEPARTAMENTO DE CASAIS Luís Rogério Graviesky é Pastor (CIADESCP / CGADB), Supervisor do Setor 21 (Petrópolis) da IEADJO, Coordenador Geral do Departamento de Casais Ágape da IEADJO, Tesoureiro do Departamento Estadual de Casais (CIADESCP); Coord. Da IEADJOLOG, Bacharel em Teologia pela UFPR e Bombeiro formado em APH/CBMSC.
TEXTO BÍBLICO “Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo” (Filipenses 1:6) INTRODUÇÃO Mediante as palavras do texto bíblico, conforme já destacamos na primeira parte do assunto, abordado na apostila da Oficina de Discipulado anterior, com todas as mudanças morais e sociais de nosso tempo, a família e o casamento, precisam urgente de uma palavra contundente, de uma luz no fim do túnel. Somente com a união e o incentivo de nossos líderes, pastores, ensinadores, enfim, obreiros da casa do Mestre Jesus, indicando e apontando a saída para esses problemas emblemáticos da nossa sociedade hodierna, conforme a Palavra de Deus. Vejamos então alguns passos nesse processo. 89
1 CONSCIENTIZAÇÃO Em primeiro plano a liderança da Igreja deve ter plena consciência das adversidades que o casamento vem sofrendo e da realidade das situações ao seu redor, e tomar conhecimento através da mídia das estatísticas com relação ao casamento. 2 PLANEJAMENTO Elabore uma planilha com as principais necessidades dos casais e da família nesse tempo, e apresentar à Igreja, para chamar atenção dos ouvintes. Ex.: CASAIS E FAMÍLIAS NO BRASIL (ANO 2017) CASAMENTOS DIVÓRCIOS
1.095.535 (Um milhão, noventa e 344.516 (Trezentos e quarenta cinco mil, quinhentos e trinta e cinco)
e quatro mil, quinhentos e dezesseis)
PRINCIPAIS PROBLEMAS ENFRENTADOS Financeiro Mídia Moral Incompatibilidade de gênios
2.1 Desenvolva métodos de ajuda Aconselhamento, oração, participação do casal em algo produtivo, manter viva a fé, sanar as possíveis feridas. 2.2 Mantenha a união do grupo Será de grande valia, por isso, como líder promova passeios, palestras, jantares, com palestras direcionadas aos casais. 2.3 Ajude a todos os casais Após o casal em conflito ter se entendido, o líder deve também ajudar a outros que estão em dificuldade, promovendo assim um elo, uma corrente de solidariedade. 90
3 CONTINUIDADE O discipulado não deve ter fim, pois sempre haverá casais que necessitam de auxilio e socorro na hora do sofrimento conjugal. CONCLUSÃO O inimigo sempre vai querer atingir a união. Cônjuges unidos, são alvos certos para os ataques malignos. Todavia se estivermos em Cristo, um cordão de três dobras não consegue se romper, conforme Eclesiastes 4:9-12. Portanto, se tivermos casais firmes e famílias sedimentadas teremos igrejas fortalecidas. Diante disso é importante que haja o departamento de casais, com o discipulado para casais ativo, observando as dificuldades, apontando à luz da Palavra de Deus as devidas saídas e soluções para as dificuldades que vão aparecendo, até que obra se complete. BIBLIOGRAFIA BÍBLIA PORTUGUÊS. Bíblia Sagrada. Versão Revista e Corrigida na grafia simplificada, da Tradução de João Ferreira de Almeida. ARCANJO, J. Miguel. Família Cristã. Clube dos Autores, 2015.
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DISCIPULADO COM CASAIS NA PRÁTICA 1: MOMENTOS COM OS CASAIS Raquel Mara Delgado da Luz Graviesky é Coordenadora do Departamento de Casais Ágape da IEADJO, Coordenadora do Setor Jurídico da IEADJO, 2ª Secretária Geral da IEADJO, Supervisora da UFADVILLE – Setor 21 (Petrópolis); Advogada, Pós-graduada em Direito Ambiental (UFSC), Bacharel em Teologia/ Missiologia (EMAD/RJ), Autora do Livro “ABC DO DIREITO” - Editora UNIVALI).
TEXTO BÍBLICO “Porque já passou o Inverno, a chuva parou, foi-se. As flores começam a brotar nos campos; é o tempo dos cantos dos pássaros. Sim, chegou a primavera, as árvores enchem-se de folha e os cachos começam a aparecer nas vinhas” (Cantares 1:11-13). INTRODUÇÃO Às vezes nos perguntamos se as dificuldades vão passar? Sim elas passam, mais sempre teremos, inverno, e antes dele o outono e após ele a primavera e o verão... isso nos permite entender que estaremos sempre passando por várias estações na nossa vida, principalmente na conjugal, é preciso está preparado para todos os momentos sejam estes bons ou ruins... MOMENTOS COM OS CASAIS Sempre devemos observar se ambos os cônjuges estão realmente querendo ajuda, pois é muito difícil quando apenas um quer o auxílio por parte do discipulador. Se ambos estiverem dispostos então 92
já conseguimos atingir 50% (cinquenta por cento) da tarefa de ensinar e ajudar. Mas não podemos deixar de lutar, mesmo se apenas um deles deseja ser ajudado. Outro ponto importante, é o evidente anseio da procura do conhecimento. Quando o que está direcionado o discipulado começa com uma reflexão, vem então questionamento: “o que está dando errado”? Então é hora de começar o auxílio através da Palavra de Deus. A Bíblia nos traz infinitos ensinamentos que podemos colocar em prática: Por exemplo, se você falar em AMOR, há inúmeros versículos que você poderá usar, por exemplo: “o amor é forte como a morte” (Cantares 8:06). Você pode usar inúmeras ilustrações sobre isso, trazendo algo sólido, como uma pedra, uma madeira, ou um instrumento sólido, e pedir para que todos os presentes falem sobre aquele elemento, e, no final, você compara aquele elemento com o Amor, que atravessa tempos, estações e infortúnios mas não perde sua essência. Falando sobre o PERDÃO: “Suportando-vos uns aos outros e perdoando-vos uns aos outros, se algum tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também” (Cl. 3:13). Este é um assunto muito sério nos relacionamentos e é importante que você fale que somente com a graça de Deus conseguimos perdoar. Você pode ilustrar levando uma vasilha transparente, e jogando anilina na água, e levando outra vasilha com água e derramando a água até esvaziar o conteúdo da primeira vasilha com líquido colorido, deixando-o transparente novamente. Esse é o coração que perdoa, não se lembra mais do que aconteceu, torna tudo novo de novo. Outro ponto crucial é a UNIÃO. “Andarão dois juntos se não estiverem de acordo?” (Amós 3:3). Ninguém é igual a ninguém, Deus nos fez diferentes, mas devemos nos moldar ao outro e chegarmos a um denominador comum. O Discipulador terá a importante tarefa de demonstrar que as opiniões e diferenças devem ser bem aceitas, não se deve fazer uma guerra. Por isso, é bom falar por exemplo do café com leite, são líquidos diferentes, com cores diferentes, mais quando estão juntos, possuem um sabor que é inigualável. Juntos não perdem a sua essência, mais se tornam mais fortes e mais resistentes. 93
Também não se pode deixar de falar para casais sobre a ROTINA, a mesmice que leva ao enfado. O que diz a Palavra de Deus sobre isso? “Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm. 12:2). O Senhor, no seu infinito amor, sempre evidenciou que o ser humano é criativo e que pode achar meios para a renovação de sua vida dia após dia, respeitando a sua integridade emocional, física e moral, e experimentar sempre uma forma que não desagrade a Deus, buscando a sua perfeita e agradável vontade. Sendo assim um casal pode buscar em Deus soluções para que seu casamento não caia em uma rotina, mas sempre tenha coisas novas para desfrutar. A COMUNICAÇÃO também é item a ser abordado no casamento. Existe um ditado popular “que quem não se comunica se trumbica”, portanto, trocar ideias, se fazer conhecer, compartilhar é uma forma de crescer no casamento. A comunicação deve ser matéria do discipulado demonstrando que o Senhor nos fez com necessidade de compartilhar, de dividir e de somar. Para isso é sempre bom também ser um bom ouvinte, é preciso aprender a ouvir não só falar. Nesta esfera é bom fazer com que cada casal pare um pouco e converse sobre algo e ore junto no final. CONCLUSÃO Quando casamos estamos na primavera da vida, depois vai surgir o verão, dias quentes e precisamos da Sombra do Onipotente. Passa o verão, vem o outono, chuvas caem, o frio do inverno se aproxima e no inverno são dias difíceis, de lutas e adversidades, mas passa e vem a primavera novamente com todo seu encanto e com lindas flores... Vale a pena viver a plenitude de Deus! BIBLIOGRAFIA BÍBLIA PORTUGUÊS. Bíblia Sagrada. Versão Revista e Corrigida na grafia simplificada, da Tradução de João Ferreira de Almeida. 94
DISCIPULADO COM CASAIS NA PRÁTICA 2: OBRA DE FAZER DISCÍPULOS É ESPIRITUAL James Marlon Kleis é Pastor Local da sede da IEADJO, palestrante para casais e cantor. Comunicador do programa Casamento em Destaque radio 107.5 FM. Possui o curso fundamental de teologia. Casado com Michele Kleis.
INTRODUÇÃO A oração é o meio mais eficaz para todas as realizações da vida e não podia ser diferente quando o assunto é discipular, ajudar as pessoas a crescerem espiritualmente por meio da compreensão do amor de Deus. Por isso, o primeiro passo para ajudar é colocar-se de joelhos em favor dos outros! “Por causa disto me ponho de joelhos perante o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, do qual toda a família nos céus e na terra toma o nome” (Efésios 3:14-15). 1 A NECESSIDADE DE ESTAR EM ACORDO NA ORAÇÃO Porque devemos orar juntos? Em Mateus 18:19 lemos: “Também vos digo que, se dois de vós concordarem na terra acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus”. 1.1 Oração é a demonstração de fé A oração em Nome de Jesus é poderosa e eficaz, e ela é uma das principais armas de todo aquele que crê. “Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei” (João 14:14). 95
O relacionamento com Deus através da oração neutraliza a ação da incredulidade no Discipulado 1.2 Importância de ensinar os Discípulos a orar Certa vez, Jesus ensinava aos discípulos sobre orar sempre e nunca desistir. Ao terminar, Ele fez uma pergunta: “Contudo, quando vier o filho do homem, achará, porventura, fé na terra?” (Lc. 18:8). É muito claro e terrível perceber de que maneira o inimigo tenta trabalhar no casamento na família, ele quer nos derrota, e para isso ele tenta destruir a nossa fé com notícias de desgraça, de desemprego, de miséria, de corrupção, de doenças, de epidemias, de fome e de vários outros males. Sutilmente, essas notícias vão manipulando a mente e roubam o ânimo dos corações. Muitos pensam que a solução virá de algo como a ordem natural das coisas. Entretanto hoje desafiamos todos a olhar pela janela da fé e crer que temos o suficiente, pois “tudo é possível ao que crê”, se cremos que a solução dos nossos problemas está em Cristo 2 ENSINAR OS DISCÍPULOS QUE JESUS ESTÁ PERTO Muitos não reconhecem que Jesus está perto. “E aconteceu que, indo eles falando entre si, e fazendo perguntas um ao outro, o mesmo Jesus se aproximou, e ia com eles. Mas os olhos deles estavam como que fechados, para que o não conhecessem” (Lucas 24:15-16). Por que eles demoram tanto a reconhecer Jesus? Porque estavam preocupados, aflitos, descrentes, amedrontados. Infelizmente a muitos lares assim na incredulidade, e quando estão nesse estado, é impossível enxergar a presença de Jesus e acreditar em Sua providência no milagre. Os discípulos mesmo mantendo diálogo com Jesus, não O reconheceram. CONCLUSÃO É fundamental o discipulador ensinar e incentivar os Discípulos a manterem uma vida de oração. Deus fará milagres em lares que buscam a Sua presença! “Discipular é ação genuína do Cristão que compreendeu o evangelho (Mc. 16:15)” (Pr. James Marlon Kleis). 96
DISCIPULADO COM CASAIS NA PRÁTICA 3: VINCULADOS AO AMOR DISCIPULAMOS VIDAS Micheli Kleis é palestrante para casais e cantora. Comunicadora do programa Casamento em Destaque radio 107.5 FM. Possui o curso fundamental de teologia. Casada com James Marlon Kleis.
INTRODUÇÃO O caminho da excelência é o amor, um presente de Deus dado a todo ser humano, que exercitado traz um impacto absoluto. O amor é indispensável para discipular famílias. “Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros” (João 13:35). 1 PRÁTICA PARA APLICAÇÃO DOS CONTEÚDOS DA REVISTA DISCIPULADO FAMÍLIA CRISTÃ “Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos. Como o Pai me amou, também eu vos amei a vós; permanecei no meu amor” (João 15:8-9). Jesus, mais do que qualquer outra pessoa, viveu para revelar o amor de Deus à humanidade Um Discipulador que demostra amor apresenta a melhor imagem de Cristo, as pessoas irão segui-Lo melhor, quando se sentirem amadas. Discipulado Família Cristã tem um formato diferenciado na aplicação, ou seja, na interação da família no geral. 1.1 É preciso que o casal de Discipuladores demonstre interesse 97
em ajudar Pergunte-lhes sobre suas vidas. Pergunte-lhes sobre seus pais, esposa, filhos, testemunho, trabalho, caminhada com Cristo, e assim por diante. Para que o Discipulador entenda o nível de relacionamento que a família tem com Deus. Não podemos engessar um padrão específico para igualar todas as famílias. É preciso orar e discernir qual a estratégia que será trabalhada com cada família, com a base principal - a Palavra de Deus aplicada com amor. 1.2 Pratique a hospitalidade para com os discípulos Vocês precisam criar um vínculo com os Discípulos. “E, sobre tudo isto, revesti-vos de amor, que é o vínculo da perfeição” (Colossenses 3:14). E quando nós não temos a segurança de que somos amados, se torna muito difícil nos vincular às pessoas. A mulher samaritana é um exemplo disso, pois não tinha dentro de si a segurança de ser amada. “Sendo tu judeu, como pedes de beber a mim, que sou samaritana!?” Jesus lhe disse: “Se conhecesses o dom de Deus, e quem é que te diz: Dá-me de beber, certamente lhe pedirias tu mesma e ele te daria uma água viva”. Jesus lhe anuncia a “água viva”, o amor e graça de Deus que salva. Que não é o amor de sentimento ou paixão, mas o amor incondicional, que todos necessitamos “fonte de água que jorrará para a vida eterna”. A mulher começa a se interessar por aquela água diferente de que Ele está falando: “Senhor, dá-me desta água, para eu já não ter sede nem vir aqui tirá-la”! Que água é essa? Então Jesus pede que ela chame o seu marido. A mulher respondeu: “Não tenho marido”. Então Jesus começa a entrar na sua alma para ali lançar o Seu amor: “Tens razão em dizer que não tens marido. Tiveste cinco maridos, e o que agora tens não é teu. Nisto disseste a verdade”. A mulher leva um susto, pois Ele lhe revela o passado de pecados: “Senhor, vejo que és profeta”. Então a conversa se aprofunda… 98
Discipulador que é direcionado pelo Espírito Santo ama o pecador, e consegue se aprofundar, trabalhar vidas marcadas, casamentos que estão crise, famílias que precisam de salvação. O discipulado é a fonte, Jesus é água da vida. Portanto, o discipulado funciona melhor através do amor. Apresente Jesus às pessoas de forma que elas irão receber de Deus esse amor, totalmente destituído de qualquer interesse pessoal. 3 DISCIPULADO NA PRÁTICA - Você pode discipular um casal ou em um grupo de casais. - Prepare um ambiente espiritual, e fisicamente limpo e bem organizado. - Dinâmicas são importantes e há diversas, que podem ser utilizadas com foco determinado. - Quebra-gelo. É uma técnica muito utilizada no início da dinâmica de grupo, pois auxilia a tirar as tensões do grupo, desinibindo os participantes. Geralmente são atividades mais lúdicas e descontraídas, nas quais os participantes precisam se movimentar e interagir uns com os outros. - Memorização. Explore diferentes formas. - Parábolas. Jesus falava por parábolas para explicar verdades complexas de uma forma simples. Ele usava parábolas para responder a perguntas e tirar dúvidas. Usar parábolas era um método de ensino muito comum no tempo de Jesus. Ele usava figuras que seus ouvintes entendiam: comida, casamento, a relação entre um pai e um filho. Através de suas parábolas, Jesus tornou o caminho da salvação acessível a todos. - Interação. Deixe que os integrantes do grupo participem. - Orações. Demonstrem para seu grupo que eles estão sob a cobertura espiritual do seu líder e do seu pastor. 99
CONCLUSÃO “Esta é a minha oração: que o amor de vocês aumente cada vez mais em conhecimento e em toda a percepção, para discernirem o que é melhor, a fim de serem puros e irrepreensíveis até o dia de Cristo, cheios do fruto da justiça, fruto que vem por meio de Jesus Cristo, para glória e louvor de Deus” (Filipenses 1:9-11). “Discipulado é a Fonte de Água Viva que deve jorrar até a vida eterna. Discipular é tornar acessível o plano da salvação a todos” (Micheli Kleis).
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Jovens e Universitรกrios
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IMPLANTAÇÃO DE DISCIPULADO COM JOVENS Felipe de Paula é Presbítero da IEADJO, Representante Regional - Região Sudeste do Discipulado da IEADJO e líder do Discipulado de Jovens. Cursa Engenharia Mecânica na UNISOCIESC
TEXTO BÍBLICO “O discípulo não está acima do seu mestre, mas todo aquele que for bem preparado será como o seu mestre” (Lucas 6:40). INTRODUÇÃO Um novo estudo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) mostra que oito a cada dez pessoas de 18 anos de idade acreditam que os jovens correm perigo de ser abusados sexualmente ou explorados online. E mais de cinco em cada dez jovens acham que seus amigos têm comportamentos de risco ao usar a internet. Na puberdade, os jovens são tomados por novos sentimentos e sensações. Sofrem pressões diárias dos professores e colegas. A televisão, os filmes, a indústria fonográfica e a internet exercem uma influência implacável sobre eles. Um relatório da ONU descreve a adolescência como “um período de transição normalmente caracterizado pelo estresse e ansiedade”. Ou seja, o jovem sem Deus é como uma ovelha sem pastor. Por isso é necessário o despertamento para discipular jovens. 1 IMPLANTAÇÃO PASSO-A-PASSO É necessária atenção redobrada para o momento do apelo, estar 103
em espírito de oração intercedendo por novas vidas que vão nascer. Observar também se dentre os aceitaram o convite existem jovens. Havendo jovens após a oração final ou confissão de fé aborde o mesmo para colher os dados. 1.1 Ficha de decisão É de suma importância que seja preenchida a ficha de decisão, ali contem todas as informações importantes para o registro do jovem crente. 1.2 Contato e agendamento No dia posterior ao da conversão ligue e parabenize pela de decisão e agende a visita (dia e hora). Não se atrase nem falte à visita se surgir um imprevisto ligue e remarque. 1.3 Visita Nessa visita ouvimos o jovem a fim de conhecê-lo e assim ajudá-lo, não ofereça já de início o discipulado, pois o maior índice de aceitação é no final da visita. É importante que fique claro que o discipulado vai condicionar o jovem a uma melhora, pois é um momento de oração, louvor, comunhão e ensino. É extremamente importante que nessa visita seja marcado o dia e a hora para iniciar o discipulado dessa forma cria-se um compromisso tanto para o discípulo quanto para o discipulador. 1.4 Encaminhamento Após a visita realizada com sucesso, encaminhe um jovem do grupo para iniciar o discipulado. 2 DISCIPULADO UM A UM Esse modelo o estudo pode ser realizado na casa o qualquer outro lugar (igreja, praças, cursinhos e outros). O discipulador tem como objetivo: - Estudar a palavra de DEUS apresentando as doutrinas de fé e práticas da igreja. 104
- Integrar o jovem as atividades do grupo tais como círculo de oração, EBD, ensaios e cultos proporcionando momentos de oração, louvor e ensino. - Influenciá-lo através de atitudes no modo de agir, falar, como se vestir e outros, pois agora é uma nova criatura, que não anda segundo a carne mais segundo o Espírito de Deus. O estilo de vida o comportamento e a postura do discipulador serão imitados pelo discípulo dessa forma o professor deve ser irrepreensível (1 Co. 11.1). - Prepará-lo e desenvolvê-lo para o serviço da obra, sendo ele agora um multiplicador que poderá alcançar a muitos. 2.1 Implementação do Discipulado Um a Um 2.1.1 Saudações e louvor “quebra gelo”. 2.1.2 Oração inicial, em baixo tom sem manifestação de dons. 2.1.3 Inicie o estudo, utilize a Bíblia e não fuja do tema. 2.1.4 Não ultrapasse o tempo de 50 minutos. 2.1.5 Termine com uma oração e comprimentos lembrando-o do próximo encontro. 3 DISCIPULADO EM GRUPO O discipulado em grupo pode ser realizado tanto na casa como na igreja. Nesse formato precisamos considerar alguns aspectos. 3.1 Rotatividade O discipulado rotativo permite que qualquer pessoa possa participar do estudo independente da lição sem fim o ciclo de estudos. 3.2 Módulos É interessante trabalhar como módulos (ex.: m1, m2, m3 e m4). Dessa forma conseguira fazer um estudo aprofundado em um período maior com os alunos. 3.2 Implementação do Discipulado em Grupo 3.2.1 Selecionar um pequeno grupo entre 8 a 12 pessoas. 105
3.2.2 Promover um momento inicial de trabalho com o grupo. 3.2.3 Reunir semanalmente o grupo. 3.2.4 Propiciar momentos de lazer, comunhão e convivência. 3.2.5 Escolher um espaço acolhedor, que propicie vínculo de intimidade, sem interferências e oportunize a espontaneidade (Sala do discipulado). 3.2.6 Quando na igreja é interessante que o horário do estudo possa ser a hora que antecede o culto, assim de forma estratégica o jovem crente cria o habito de participar de outros cultos (da vitória, de ensino e da família). 3.2.7 Ao fim de cada módulo realize a certificação (formatura). 4 RECRUTAMENTO O recrutamento deve ser feito de uma forma minuciosa e organizada, onde devemos estar atentos ao nosso grupo. Em jovens que expressam interesse no ensino, evangelismo e em ações sociais. Fazer com que os mesmos entendam que o discipulado é um dos principais pilares do grupo e base para o crescimento. Dentro desse trabalho o líder deve: - Desenvolver os novos discipuladores; - Realizar reuniões periódicas; - Acompanhar treinamento prático; - Avaliar o desempenho e características dos novos discipuladores;
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DISCIPULANDO UNIVERSITÁRIOS NA ERA DA DOUTRINAÇÃO IDEOLÓGICA Emerson Ernani Souza é Presbítero da IEADJO, 3º Dirigente do Setor 10 – Iririú, Pós-graduado em Teologia pela Universidade Católica Dom Bosco - UCDB, Graduado em Letras pela Universidade Regional de Blumenau - FURB. Professor de Hermenêutica pelo CCOM – Joinville...
1 SOBRE A SECULARIZAÇÃO OU DOUTRINAÇÃO IDEOLÓGICA – O CANTO DA SEREIA E ULISSES A secularização ou Doutrinação Ideológica é um fenômeno pós-moderno onde o que é espiritual deixa de possuir algum valor para as pessoas. Assim, quaisquer instituições que possuam um caráter claramente religioso acabam por perder ou merecer o nome ou definição de representantes daquilo que é considerado divino. Entretanto, ao perder aquilo que é chamado de sagrado, a sociedade secularizada acaba dando espaço maior ao que denominamos “profano”. Por profano consideramos aquilo que é estranho à religião ou não está de acordo com os preceitos religiosos. Também é o que desrespeita a santidade de coisas sagradas e que foge ao âmbito religioso e que por sua vez não tem a religião como propósito. Jovens, especialmente nas academias, acabam mesmo considerando a prática da religião algo desproposital para suas intelectualidades sofisticadas e cheias de títulos honoríficos, entretanto, ainda que superficialmente, a praticam, pois tal prática sugere à sociedade que eles são cidadãos respeitáveis. Assim, acabam por frequentar uma religião de meras confor107
midades e aparências e desde que eles sejam vistos pouco importa se rompem ou não com a sociedade pecadora que frequentam, pouco importa se há mudança de caráter, pouco importa se Cristo vive em suas vidas. Infelizmente, frutos de uma doutrinação ideológica de esquerda, com viés Gramsciano, que é oriunda dos bancos acadêmicos, parece-nos que a cada dia há uma nova parcela de jovens se rendendo ao canto da sereia. Algo que pode ser compreendido a partir de Homero e seu Ulisses. Como é sabido, na Odisseia, Ulisses, durante seu regresso a Ítaca, sabia que enfrentaria provações de toda sorte. A mais conhecida destas provações era o “canto das sereias” que, por seu efeito encantador, desviava os homens de seus objetivos e os conduzia a caminhos tortuosos, dos quais dificilmente seria possível retornar. Não sugerimos que os que se entregam facilmente a ventos de doutrinas e modismos acorrentem-se e ou coloquem cera em seus ouvidos, mas fiquem presos a Cristo, assim como o apóstolo Paulo afirma em Efésios 3:1: “Por esta causa eu, Paulo, sou o prisioneiro de Jesus Cristo por vós, os gentios” em Filemon 1:1: “Paulo, prisioneiro de Jesus Cristo, e o irmão Timóteo, ao amado Filemon, nosso cooperador,” e em Filemon 1:9: “Todavia peço-te antes por amor, sendo eu tal como sou, Paulo o velho, e também agora prisioneiro de Jesus Cristo.” A Igreja deve anelar constantemente pela volta de nosso Senhor, mas enquanto ele não volta naquele dia glorioso a ‘Noiva’, através do discipulado, e, nesse caso, dentre jovens que estão em período de estudos universitários, deve continuar a fazer a diferença, ou seja, instruir com solidez; vigiar, ou seja, proteger com bases bíblicas e orar, ou seja, interceder pelos acadêmicos questão em um ambiente evidentemente profano que é a universidade, sabendo que os últimos dias, o princípio das dores, já nos é chegado pois Paulo avisou a Timóteo em 2 Tm. 4:3-5. Não podemos aceitar a fraca influência, primeiro de cada um de nós discipuladores entre nossos jovens, segundo da nossa própria igreja dentro da universidade. Nota-se que, em geral, jovens crentes sabem uma dezena de louvores mas, que devido a ausência de ensino bíblico rigoroso e uma 108
certa liberdade de usos e costumes são verdadeiros bebês espirituais, mal suportando o primeiro leite (1 Co. 3:2) É nesse ponto que verificamos a mornidão espiritual de jovens acadêmicos e uma espécie de neopaganismo, que existe fortemente em qualquer sociedade ocidental pós-moderna, mas que nós, que já nos dispusemos a viver pelo Evangelho, assim como Paulo asseverou: “Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho,” (Fp. 1:21) não podemos deixar de alertar a todos quantos buscam a verdadeira Salvação em Cristo e todas as bênçãos advindas de um bom viver e um bom testemunho nesta vida. Friesen, 2016, afirma que “a igreja contemporânea também está desafiada a evidenciar-se por meio de propostas realmente superiores para voltar a influenciar a sociedade”. A doutrinação ideológica na pós-modernidade não persegue nem mata os crentes, mas os seduz por meio de propostas hedonistas, repletas de supostas liberdades, respostas rápidas e sexo promíscuo. 2 A GERAÇÃO Z E O RETORNO DO PAGANISMO Fala-se abertamente nas universidades sobre “A Nova Era” ou a “Era de Aquário” e seus seguidores parecem sempre como pessoas de bem, felizes e que estão na moda. Em todas as instituições de ensino de 3º grau, há milhares de profissionais e professores influentes que estão de alguma forma, ligados à prática e aos ensinamentos da Nova Era, por meio de livros teóricos, jogos eletrônicos, sites O paganismo impregnou o mundo de tal maneira que muitos não percebem sua atuação avassaladora como, por exemplo, na indústria do cinema em Hollywood onde o ocultismo e o espiritismo têm tomado conta de inúmeras produções. Filmes como Harry Potter, têm feito sucesso nos cinemas do mundo inteiro. George Lucas, diretor do filme Guerra nas Estrelas, declara que o cinema e a televisão suplantaram a igreja como grandes comunicadores de valores e crença. A Palavra de Deus nos adverte: “Não porei coisas má diante dos meus olhos...” (Sl. 101:3). Uma maneira adequada de ensinarmos jovens universitários que já são membros da igreja e aqueles que serão al109
cançados pelo discipulado na universidade a discernirem corretamente entre o bem e o mal é dispormos a eles materiais e informações adequadas que ensinem os preceitos divinos assim como o livro de Provérbios afirma: “Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele” (Pv. 22:6). Ainda nessa esteira da doutrinação ideológica, há também os jogos eletrônicos e os Youtubers. Se em outros tempos tínhamos nossos desenhos e programas preferidos, hoje a geração Z tem outros ídolos. Essa geração é conhecida pelo seu mundo tecnológico e virtual. “Para eles é impossível imaginar um mundo sem internet, telefones celulares, computadores, iPods, videogames com gráficos exuberantes, televisores e vídeos em alta definição e cada vez mais novidades neste ramo. Sua vida é regada a muita informação, pois tudo que acontece é noticiado em tempo real e muitas vezes esse volume imenso acaba se tornando obsoleto em pouco tempo. Se a vida no virtual é fácil e bem desenvolvida, muitas vezes a vida no real é prejudicada pelo não desenvolvimento de habilidades em relacionamentos interpessoais. Vive-se virtualmente aquilo que a realidade não permite. Talvez daí venha o fascínio dos jovens por jogos fantasiosos onde estes podem ser o que quiserem, sem censura ou reprimenda.” Assim, percebemos que os valores promovidos na pós-modernidade, dentro das universidades, com pretexto de cultura avançada, sem supostos preconceitos, nada têm a ver com os princípios da fé cristã. Na verdade, doutrina-se a pessoa para o egoísmo, a cobiça, a vingança, a luxúria, o orgulho, etc. Tudo isso, deixando claramente o ensinamento bíblico da busca do fruto do Espírito (Gl. 5:22). 3 O DES CRENTE! DOUTRINAS ESTRANHAS ONDE TUDO É DES Durante mais de dez séculos a Europa nutriu-se de valores morais emanados da teologia cristã e pelas diversas filosofias metafísicas. Alimentando-se do que era sagrado ela construiu uma sociedade em que a experiência do sagrado delimitava os valores e o modus vivendi era evidentemente eivado de sacralidade e subjetividade espiritual. 110
Entretanto, a secularização, fruto da pós-modernidade, foi desconstruíndo a sociedade em termos globais. Friesen, 2016, citando a socióloga das religiões Sandra Duarte afirma que “a secularização teve como efeito a des-institucionalização, a des-tradicionalização, a des-territorialização, o des-compromisso, a des-regularização, e o des-enraizamento.” A pós-modernidade líquida tornou tudo provisório e em constante mudança e então, percebe-se que a religião não é mais fonte de saber, resposta e comportamento para a cultura. Nessa inversão de valores agora é a cultura que dita as normas comportamentais. Porém, cremos que assim como JOHNS, C. B.; e WHITE, V. W. 200, p.314 sustentam “A Igreja é a Igreja e não a cultura popular. Sua práxis deve permanecer fiel ao seu caráter. A igreja permanece fiel ao seu caráter ao preservar sua distinguibilidade. Ela não faz nenhum favor à sociedade adaptando-se à cultura popular prevalecente, porque falha em sua tarefa justamente no ponto em que deixa de ser ela mesma. Como Hauerwas argumenta com exatidão: ‘A Igreja não tem uma ética social, mas é uma ética social, [...] na medida em que é uma comunidade que pode ser claramente distinta do mundo. Pois o mundo não é uma comunidade e não tem tal história, visto que está baseado na pressuposição de que os seres humanos, e não Deus, governam a história’. Quando a Igreja adota uma ética moral formada pela cultura popular prevalecente, está negando sua natureza. Antes, a Igreja tem de expressar a ética social que já encarna; tem de transmitir a história de Cristo, uma história que continuamente causa impacto nas relações sociais dos seres humanos. A igreja deve ser ela mesma pelo bem da humanidade.”
Para poder sobreviver no mundo liquefeito e escorregadio da era do pós-tudo a religião faz movimentos de adaptação para sua sobrevivência. Não é mais possível, sustentam os professores pósmodernos, dentro das academias, que existam formas fixas, sejam elas de qualquer natureza. Por isso que Bauman (2003) entende a sociedade contemporânea como “sociedade líquida”: “Fluidez” é a qualidade 111
de líquidos e gases. (…) Os líquidos, diferentemente dos sólidos, não mantêm sua forma com facilidade. (…) Os fluidos se movem facilmente. Eles “fluem”, “escorrem”, “esvaem-se”, “respingam”, “transbordam”, “vazam”, “inundam” (…) Essas são razões para considerar “fluidez” ou “liquidez” como metáforas adequadas quando queremos captar a natureza da presente fase (…) na história da modernidade”. O mesmo autor ainda relembra que os autores do Manifesto Comunista: Karl Marx e Engels cunharam a expressão “derreter os sólidos” e isto significava que tudo deveria ser dissolvido e essa intenção era claramente de “profanar o sagrado”, “pelo repúdio e destronamento do passado, e, antes e acima de tudo, da tradição - isto é, o sedimento ou resíduo do passado no presente; clamava pelo esmagamento da armadura protetora forjada de crenças e lealdades que permitiam que os sólidos resistissem à liquefação.” Desse modo não é difícil perceber os claros desejos já alcançados pela secularização dentro das universidades e que irradiam para nossos jovens já foram conseguidos: instalou-se a importância do fazer, do saber, do ter e deixou-se de lado a importância do ser, pois é necessário trabalhar, consumir e estar informado. Ser um filho de Deus, ser um adorador, ser um pai de família, ser um embaixador de Cristo, ser um cidadão do Céu foi colocado em segundo plano. Não esqueçamos jamais que somos coroa da criação, temos o Ruah de Jeová soprado nas narinas de Adão e que não pertencemos a esta terra, somos embaixadores do Deus Altíssimo, e a nossa cidade é a Nova Jerusalém. 4 O DESAFIO DA IGREJA QUE DISCIPULA – RESISTIR À RELATIVIZAÇÃO EM TEMPOS TRABALHOSOS E MANTER A TRADIÇÃO ECLESIÁSTICA COMO MARCO REFERENCIAL As Escrituras Sagradas a cada dia são cumpridas através do evangelho da cruz, com o desafio a cada um de nós de sofrermos por Cristo. Paulo mesmo assegurou aos crentes de Filipos: “Porque a vós 112
vos foi concedido, em relação a Cristo, não somente crer nele, como também padecer por ele” (Fp. 1:29); São muitos os desafios nessa última hora, desafio de renunciar ao pecado “Porque, se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis” (Rm. 8:13), o desafio de sacrificar-se pelo Reino de Deus e de renunciar ao nosso próprio ego, pois o 13º apóstolo assegurou ao seu filho na fé, Timóteo: 2 Tm. 3:1-5. A Bíblia é clara ao afirmar que, nos dias anteriores a manifestação do Anticristo, ocorrerá uma terrível avalanche de apostasias: 2 Ts. 2:3,4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BAUMAN, Z. Modernidade Líquida. Rio de Janeiro: Zahar, 2001. _________. Vida Líquida. Rio de Janeiro: Zahar, 2007. _________. Bíblia Sagrada, Edição Revista e Corrigida, Sociedade Bíblica do Brasil, 1995. FRIESEN, A. Teologia bíblica pastoral na pós-modernidade. Curitiba: Intersaberes, 2016. JOHNS, C. B.; WHITE, V. W. A ética de ser: caráter, comunidade, práxis. In: PALMER, M. D. (ed.) Panorama do pensamento cristão. Rio de Janeiro: CPAD, 2001, p.314. O que é a Geração Z. Revista Tecmundo. https://www.tecmundo. com.br/curiosidade/2391-o-que-e-a-geracao-z-.htm. Acesso em 28 de julho de 2017.
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Reconciliação
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RECONQUISTANDO AFASTADOS E DESIGREJADOS
Sinfrônio Jardim Neto é Pastor (CIADESCP/CGADB), coordenador nacional do Projeto da Reconcialiação - Jesus não desistiu de você. Conferencista e escritor, serve na IEADJO setor Shalom Joinville/SC.
TEXTO BÍBLICO “Tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, ou seja, que Deus em Cristo estava reconciliando consigo o mundo, não lançando em conta os pecados dos homens, e nos confiou a mensagem da reconciliação.” (2 Coríntios 5:18-19) INTRODUÇÃO Reconquistar pessoas afastadas do evangelho sempre é um grande desafio. A Bíblia diz que: “O irmão ofendido é mais difícil de conquistar do que uma cidade forte; e as contendas são como os ferrolhos de um palácio” (Provérbios 18.19). Portanto, precisamos ter amor pelas almas, estarmos movidos de íntima compaixão e utilizarmos a estratégia correta com sabedoria, pois “o que ganha almas é sábio” (Provérbios 11.30). 117
1 TRÊS PERGUNTAS QUE NUNCA PODEM SAIR DO NOSSO CORAÇÃO Como posso fazer para ganhar mais almas para o reino de Deus? O que posso fazer para não perder as almas que já conquistei para o reino de Deus? O que posso fazer para reconquistar aqueles que se desviaram? O dobro do lado de fora Após 10 anos de existência da igreja ela tem 100 membros na igreja e 200 do lado de fora. Por que há o dobro do lado de fora? Há muitos obstetras e poucos pediatras, o que ocasiona muita morte prematura. 2 PROJETO DA RECONCILIAÇÃO – JESUS NÃO DESISTIU DE VOCÊ 3.1 Planejamento “Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação” (2 Coríntios 5.18-19). Realizar um projeto mal organizado, sem planejamento e de última hora é como balançar uma mangueira de frutos verdes. Realizar um projeto bem organizado e bem planejado é como balançar um pé de manga no tempo certo e colher frutos que já estão amadurecidos Não queremos chegar nas igrejas para realizar este trabalho como uma onda passageira. Mas como uma semente, que cairá em terra fértil e produzirá muitos frutos. Imagine seu irmão desviado como um fruto verde em vez madura, para colher esse fruto você precisa aguardar o amadurecimento! 118
3.2 Comece orando Antes de irmos visitá-los, devemos pedir ao Espírito Santo que vá na frente e prepare o coração deles. Então você precisará descobrir o nome e endereço de todos os irmãos desviados (pode pedir que os membros tragam os nomes e endereços de todas as pessoas que conhecem). 3.3 Estabeleça os alvos Reconquistar irmãos desviados para o reino de Deus. Levar a visão da reconciliação para a igreja. Que objetivos teremos ao visitar os feridos? Não perca de vista estes três objetivos: Que os desviados retornem para Cristo, Voltem para a Igreja, Sejam reconquistadores de outros que ainda estão desviados. Defina alvos que serão possíveis. Não fique apenas sonhando, pense no que é possível realizar. 3.4 Desenvolva um trabalho de visitas em grupo Por que levantar líderes e formar grupos? Porque esta é a melhor maneira de envolver a igreja na prática da estratégia sem sobrecarregar o pastor. Em grupos haverá maior envolvimento da igreja. Haverá mais responsabilidade, pois todos terão que prestar relatórios das visitas. Ao saírem para fazer as visitas, os irmãos irão de 2 a 2. Cada 2 irmãos visitarão 4 desviados. Farão, no mínimo, 4 visitas para cada um destes desviados, até o dia da campanha. Se o líder não falhar, os liderados sairão para visitar e muitos afastados retornarão. Os liderados também não podem falhar! Se os liderados falharem, os afastados não serão visitados. 3.5 Tipos de Evangelismo Evangelismo microondas ou Evangelismo fogão de lenha? 119
Defina seu foco Libere todo seu potencial para alcançar o objetivo Tenha o casco da tartaruga
Como reconquistar e não morrer? Certifique-se de que todos irão começar e terminar. 3.6 Estratégia das visitas A maioria dos desviados já foram agredidos várias vezes por crentes sem sabedoria; e hoje estão armados de argumentos para rebater nosso evangelismo. Não se apresente como xerife da igreja. Não se apresente como um pregador, mas chegue como um amigo disposto a ouví-lo. Sempre crie uma expectativa para uma próxima visita. 3.7 As Quatro Visitas - Primeira visita Erros que devemos evitar ao fazermos a primeira visita: Nunca dizer: “estou sabendo que você está desviado”! Não perguntar: “porque você saiu da igreja”? Mas pergunte: “como foi que você teve um encontro com Cristo”? Não leve a Bíblia na primeira visita, para não o intimidar. Não o convide para ir à igreja no primeiro momento. Não faça um apelo que o obrigue a voltar para Deus sem que ele esteja preparado. Leve o livro Não Desisti De Você - Volume 1 como presente Crie expectativa para seu retorno prometendo-lhe levar na próxima visita um presente (livro Não Desisti De Você - Volume 2) Sempre use esta frase: eu quero voltar para continuar te ouvindo. Após as visitas, Telefone! Ore! Cultive a amizade! - Segunda visita Leve o livro Não Desisti De Você - Volume 2 como presente e pergunte se ele leu o livro Volume 1 que você lhe deu anteriormente. 120
Se a resposta for positiva, pergunte qual a parte do livro que mais lhe falou ao coração se a resposta for negativa, leia com ele algumas páginas conforme a instrução da apostila. Após as visitas: Telefone! Ore! Cultive a amizade! - Terceira visita Retorne para saber o que ele achou do segundo livro use esse folheto como convite para a Cruzada Jesus Não Desistiu De Você, e marque com ele o dia e a hora que você estará retornando em sua casa para levá-lo no Culto do Amigo. - Quarta visita Quando chegar os dias do Culto do Amigo, saiba que é o tempo da colheita. Não se deixe desanimar por nada. Ore intensamente. Vá buscar seus convidados. A equipe de 2 pessoas se dividirá nesses dias e cada 1 buscará 2 desviados em suas casas. - Culto do Amigo Ao chegar na igreja, não os abandone. Sente-se ao lado deles e acompanhe-os o tempo todo. Eleger guerreiros de oração para interceder durante as reuniões do Culto do Amigo. Louvores específicos: os hinos deverão conter uma mensagem de reconciliação. Ex.: “Quero voltar ao primeiro amor”, “Cem ovelhas”, “Quero que valorize”, etc. Hinos da Harpa sugeridos: 15, 73, 104, 156, 200, 318, 570, etc. A mensagem também deverá ser específica. O objetivo é a restauração. O apelo será feito na conclusão do sermão, e o pregador convidará aqueles que decidirem voltar para Cristo a virem até a frente para receberem oração, e você virá à frente junto com ele para acompanhá-lo. CONCLUSÃO Nossas experiências têm mostrado que é possível reconquistar famílias que estão afastadas dos caminhos do Senhor. Para tanto, é necessário que você irmão, pessoalmente, assuma o compromisso diante de Deus de interceder e agir em prol das famílias que outrora serviam a Deus e hoje estão escravizadas por satanás. Que Deus te use neste grande Projeto da Reconciliação! 121
ANEXO 01 - DIAGRAMA DO PROJETO DA RECONCILIAÇÃO
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PRATICANDO A RECONQUISTA ATRAVÉS DO CULTO DO AMIGO Mário Sérgio de Araújo Silva é ministro do evangelho, pastor auxiliar na Assembleia de Deus em Joinville/SC, sendo supervisor do Setor 41 (Estevão de Mattos). Também atua como segundo coordenador geral do Departamento de Evangelismo e Discipulado, e como segundo coordenador do Departamento de TI. Possui formação em Sistemas de Informação, Direito e Teologia
INTRODUÇÃO Dada a eminência da volta de Jesus, pelo cumprimento sinais conforme registra a bíblia sagrada, a Igreja precisa despertar para o cumprimento dos mandamentos bíblicos em sua plenitude, abrindo mão de suas próprias vaidades, desprezando a vida baseada em chavões e voltando-se à sua principal missão; “formar discípulos de todas as nações” (Mt. 28.19). Como parte da observância disso, surge o ‘Projeto da Reconciliação’, que foca nos irmãos que pararam a caminhada na vida de fé. 1 O PROJETO DA RECONCILIAÇÃO Com base em Mt. 28.19,20, o projeto da reconciliação visa a reconquista para uma vida de fé e prática em Jesus Cristo daqueles irmãos que pararam de caminhar. São os desviados, afastados, e também irmãos que não possuem convívio com a igreja (chamados por alguns ‘desigrejados’). Tudo isso utilizando-se de uma metodologia bíblica simples, com base em objetivos espirituais emanados da palavra do Senhor. 123
2 OBJETIVO PRINCIPAL DO PROJETO DA RECONCILIAÇÃO O objetivo principal não é outro, senão: ‘Buscar a Dracma Perdida’: “Ou qual a mulher que, tendo dez dracmas, se perder uma dracma, não acende a candeia, e varre a casa, e busca com diligência até a achar?” (Lc. 15.8). Hoje, temos milhões de pessoas, dracmas perdidas, no mundo. São vidas preciosas que se desviaram da vida de fé e prática em Cristo Jesus, e muitos já se perderam. O que fazer para acha-las? 2.1 Acender a Candeia do Amor – Devemos pedir ao Espírito Santo que acenda dentro de nós, a Igreja, a chama do amor. Também para que nos dê a mesma compaixão que o Senhor Jesus possui pelos desviados. Quando esta candeia se acende, desistimos de ressentimentos, das acusações, da falta de perdão, e passamos a amá-los como estão, como amor de Cristo. 2.2 Acender a Candeia da Oração – Orar, para que os ‘corações de pedra’ sejam quebrantados pelo Espírito Santo, e, assim, se tornem novamente sensíveis à voz de Deus. Devemos orar ainda para que os desviados ‘caiam em si’ como o filho pródigo (Lc 15.11-32), reconheçam seus pecados e voltem-se para o Pai amoroso. 2.3 Varrer a Casa e Procurar Diligentemente até Encontrá-los – Isso significa procurá-los com intensa determinação, ainda que os lugares sejam locais incomuns quando se trata das maiorias das evangelizações de nossas igrejas, tipo: bares e boates. Há ainda aqueles que vivem uma vida atolada em profunda indiferença. 3 METODOLOGIA DO PROJETO DA RECONCILIAÇÃO A metodologia adotada é simples e bem fácil de ser seguida, pois consiste em orações, visitas, presentes, e no culto do amigo. Veja os passos abaixo: 3.1 Oração pelos Desviados – Orar, pedindo a Deus para revelar um ou mais desviados dos caminhos do Senhor, para que esses sejam os alvos principais a partir daquele momento; 124
3.2 Localizar seus Endereços – É importante localizar os endereços e, se possível, a disponibilidade de visitas, para que sejam visitados posteriormente, no decorrer do projeto; 3.3 Orar em Favor do(s) Alvo(s) – Assumir, diante de Deus, o compromisso de orar para que o Senhor abra a porta dos corações à sua palavra e que possam retornar aos caminhos do Senhor. Essa oração deve começar antes do período de visitas (pelo menos 30 dias antes), e durar enquanto o projeto estiver em execução; 3.4 Primeira Visita – Essa visita, assim como as demais, tem por finalidade uma demonstração do amor de Deus para com o visitado. Apesar das possíveis reclamações, ressentimentos ou argumentos que possam ser apresentados pelo visitado, nossa mensagem deve ser uma só: “vim para te dizer que Jesus não desistiu de você”. Nessa visita, o desviado deverá receber de presente o livreto ‘Não Desisti de Você 1’, assim como ser informado que receberá uma nova visita, em até uma semana, para ver como está e para receber um novo presente, que é o volume 2 do livreto. Não esqueça de orar pela vida do desviado, juntamente com ele; 3.5 Segunda Visita – Após uma semana da primeira visita, conforme prometido. Agora, pode-se conversar rapidamente sobre os assuntos mencionados no primeiro livro. Lembre-se que é conversar (“Jesus não desistiu de você”), e não para discutir ou alimentar polêmicas. Presenteie o visitado nesse momento com o segundo volume do livreto, pois juntos, esses livretos tocarão em pontos fundamentais que visam acordá-los espiritualmente e arrepender-se. Por fim, convide o visitado para o ‘Culto do Amigo’, e em seguida ore cautelosamente, fazendo-o entender o amor de Deus para com ele. 3.6 Terceira Visita – Próximo ao culto do amigo, dois, um, ou mesmo no dia do culto, agora visite para perguntar sobre os livretos. Deixe-os falar à vontade para o caso de estarem precisando desabafar ou tirar dúvidas. Esteja preparado para o caso de o visitado não ter lido o livreto e, tendo lido ou não, não esqueça de demonstrar a misericórdia de Deus. Faça o convite para o culto do amigo, informando data e horário 125
e colocando-se inclusive à disposição para conduzir as pessoas até a igreja. Lembre-se que não existe caso perdido para Deus e que, por esse propósito você está em oração. 4 O CULTO DO AMIGO É o ápice do projeto da reconciliação, ou seja, o momento em que a Igreja do Senhor se reúne de forma unânime para colher os frutos do projeto. Para esse culto, de preferência num domingo, quando as famílias se reúnem para adorar a Deus, toda a congregação (recepção, acomodação, estacionamento, grupos de louvor, peças, pregação...), espiritualmente e pessoalmente, sejam elementos do culto ou os irmãos e suas atitudes, devem se voltar a dois objetivos, além de adorar a Deus, o retorno dos desviados e a decisão para Cristo dos não crentes. 5 A IMPLANTAÇÃO DO PROJETO Em se tratando de igreja, a implantação do projeto não poderia deixar se seguir um elemento básico, que gira em torno da conscientização de três níveis: 5.1 A diretoria da igreja: deve ser informada sobre as minúcias e objetivos de cada fase do projeto. Comumente aqui, se constroem ou agregam-se conceitos locais com a finalidade e complementar e/ ou adaptar o projeto a determinada realidade. Também é a direção da igreja quem autoriza e direciona os custos necessários para a que o projeto aconteça de fato; 5.2 A liderança local: queira ou não, a liderança local é responsável pela execução das diretrizes gerais, assim como pela formação de opiniões e motivação da congregação. Assim, devem ser muito bem informados, às minúcias, do que será implantado na congregação; 5.3 A igreja local: enfim, os membros da igreja são indispensáveis, eles serão os agentes de Deus nesse projeto. Devem ser muito bem conscientizados e visionados para que estejam todos no mesmo propósito, usados e comprometidos com esta causa do mestre. Para a cons126
cientização da igreja, existe o folheto ‘Buscando a dracma Perdida’. Em todos os níveis, os projetos devem ser apresentados em ambiente e momento dedicado à essa finalidade, não abrindo mão de oração e consagração. O lançamento oficial do projeto, aconselha-se, que seja feito em ato solene durante o culto, dada a conclamação para um período de luta e conquistas espirituais. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BÍBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL – Editora CPAD, 1995 NETO, Sinfrônio Jardim. Folheto Buscando a Dracma Perdida. Departamento Discipulado para o Brasil: Joinville, 2016. FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário da língua portuguesa. 5. ed. Curitiba: Positivo, 2010.
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