mODULO dIAMANTE

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ÍNDICE Aula 01................................................................................ 7 Introdução.................................................................................................7 A estrutura da bíblia.............................................................................. 7 I – Por que estudar a bíblia?.............................................................11 Ii – quando estudar?............................................................................11 Iii - onde estudar?.................................................................................12 Iv - como devemos estudar a bíblia?............................................12 Aula 02.............................................................................. 15 Introdução...............................................................................................15 I - principais métodos de estudos..................................................15 Ii - métodos secundários de estudos............................................15 Iii – como interpretar a bíblia...........................................................16 Iv - linguagem figurada......................................................................17 V - figuras de retórica.........................................................................18 Vi - método de estudo devocional................................................18 Aula 03.............................................................................. 21 Introdução...............................................................................................21 I - a inspiração das escrituras...........................................................22 Ii - a verificação das escrituras.........................................................23 Aula 04.............................................................................. 27 Introdução...............................................................................................27 I - sua existência provada..................................................................28 Ii - sua existência negada..................................................................28 Iii - a natureza de deus.......................................................................29 Iv - atributos............................................................................................29 V - a trindade..........................................................................................31 Módulo diamante – teologia basica Autoras: Thayza Araújo e Viviane Campelo Feltz 5

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AULA 01 TEXTO BASE: “Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho.” Sl 119:105 INTRODUÇÃO A Bíblia Sagrada é o livro mais sublime que existe na terra. É a palavra escrita de Deus, sua carta magna para a humanidade. Nela aprendemos mais sobre Deus e sua vontade que em qualquer outra parte. Este livro é o mais lido em todo o mundo. Suas histórias são maravilhosas, suas doutrinas, santas, seus princípios, eternos. Ler a Bíblia é como mergulhar em um rio de prazer, escavar em uma mina de riqueza, desfrutar de um paraíso de glória. Cada pessoa, estudando a Bíblia individualmente, precisa ter noções de como compreendê-la de forma adequada, sem violar o sentido do texto sagrado. Por isso, é preciso muito cuidado, pois muita gente a interpreta errado porque não conhece as regras da correta interpretação, ou a propósito, a interpreta ao seu modo. Neste estudo aprenderemos alguns métodos de estudos, os quais deverão ser aplicados na vida cotidiana. A ESTRUTURA DA BÍBLIA A palavra Bíblia é de origem grega e significa “livros”. Pode ser definida como coleção de livros pequenos”, por se tratar de uma coletânea de pequenos livros sagrados. 7


A Bíblia divide-se em duas partes: Antigo Testamento e Novo Testamento. Cada Testamento, por sua vez, se divide em livros. Cada livro, em capítulos. Cada capítulo, em versículos. O Antigo Testamento foi escrito lentamente, livro por livro, no decurso de 11 séculos, começando no séc. XV a. C., e terminando no séc. V a. C. É composto de 39 livros, de acordo com o cânon hebraico. Nas Bíblias de tradução católica, oriundas da versão vulgata, o Antigo Testamento tem 46 livros, portanto 7(sete) a mais que as Bíblias comuns. Esses livros são chamados apócrifos pelos protestantes, e deuterocanônicos, pelos católicos. Foram incluídos no Concílio de Trento (1546-1563), como uma das reações da Contra-Reforma Católica ao Protestantismo. São eles; Judite, Tobias, Sabedoria, Eclesiástico, Baruch, 1 e 2 Macabeus. O Novo Testamento foi escrito depois da ressurreição de Cristo pelos apóstolos e discípulos. É composto de 27 livros, e foi escrito durante seis décadas, entre os anos 42 e 96 d. C. Vejamos como se organizam os livros da Bíblia:

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Livros do Antigo Testamento A lei (Pentateuco) – Poesia – 5 livros 5 livros 1. Gênesis 1. Jó 2. Êxodo

2. Salmos

3. Levítico

3. Provérbios

4. Números

4. Eclesiastes

5. Deuteronômio 5. O Cântico dos Cânticos Historia – 12 livros Profetas – 17 livros Maiores Menores 1. Josué 2. Juízes

1. Isaías

1. Oséias

3. Rute

2. Jeremias

2. Joel

4. 1Samuel

3. Lamentações

3. Amós

5. 2Samuel

4. Ezequiel

4. Obadias

6. 1Reis

5. Daniel

5. Jonas

7. 2Reis

6. Miquéias

8. 1Crônicas

7. Naum

9. 2Crônicas

8. Habacuque

10. Esdras

9. Sofonias

11. Neemias

10. Ageu

12. Ester

11. Zacarias 12. Malaquias

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]Livros do Novo Testamento Evangelhos 1. Mateus

História 1. Atos dos Apóstolos

2. Marcos 3. Lucas 4. João Epístolas 1. Romanos

12. Tito

2. 1Coríntios

13. Filemom

3. 2Coríntios

14. Hebreus

4. Gálatas

15. Tiago

5. Efésios

16. 1Pedro

6. Filipenses

17. 2Pedro

7. Colossenses

18. 1João

8. 1Tessalonicenses

19. 2João

9. 2Tessalonicenses

20. 3João

10. 1Timóteo

21. Judas

11. 2Timóteo Profecia 1. Apocalipse 10


I – POR QUE ESTUDAR A BÍBLIA? O Dr. Tim Lahaye1 lista algumas razões por que devemos estudar as Escrituras: 1) Para sermos crentes mais fortes (1 Jo 2.14). 2) Termos a certeza da salvação (1 Jo 5.13). Jo 5.14, 15)).

3) Adquirirmos confiança e poder na oração ((1

4) Nos certificarmos da purificação dos nossos pecados (Jô 15.3). 5) Alegrarmo-nos (Jo 15.11). 6) Sentirmos paz (Jô 16.33). mo 119.115).

7) Sermos orientados nas decisões da vida (Sal-

8) Capacitarmo-nos a testemunhar sobre a nossa fé (I Pe 3.15, 16). 9) Obtermos garantia de sucesso (Js 1.8). II – QUANDO ESTUDAR? “Persiste em ler, exortar e ensinar”, é a recomendação de Paulo a Timóteo, que serve também para nós. Seguindo a exortação divina em Js 1.8 e no Salmo 1, devemos meditar na Palavra de Deus dia e noite. Entretanto, o estudo precisa ter horário adequado, o que for mais conveniente ao aluno2. Sugerimos o seguinte modelo: Pela manhã: leitura devocional com anotações em um diário. Pode ser feito um estudo diário nesse horário, recheado com oração e cânticos. Esse horário é o melhor para o estudo, todavia não é exclusivo. 1 LAHAYE, Tim. Como estudar a Bíblia sozinho. Venda Nova: Betânia, 1984, pp. 13-20. 2 http://www.cacp.org.br/a-doutrina-de-deus/

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Algumas pessoas acordam muito cedo e o seu ambiente não permite fazer o devocional matutino. Assim, pode-se optar pelo horário que mais lhe convier. III - ONDE ESTUDAR? Aproveitando os momentos e as oportunidades, muitas pessoas lêem a Bíblia ou livros em cadeiras de balanço ou em cadeiras diversas, ou sofás. Contudo, para estudar é interessante um lugar específico, que seja bem arejado e bem iluminado, onde se evitem ruídos. O ideal é que seja em uma mesa, com cadeiras que ajudem o bom posicionamento da coluna. IV - COMO DEVEMOS ESTUDAR A BÍBLIA? O Pr. Rich Warren3 afirma que o objetivo de todo estudo bíblico é a sua aplicação, e que todo estudo deveria ter caráter devocional. Ele fornece orientações simples e detalhadas de como proceder ao estudo bíblico. Salienta também que o estudo é facilitado quando são feitas as perguntas adequadas. Os principais pronomes interrogativos que devem ser usados no estudo bíblico são:      

Quem? O que? Quando? Onde? Como? Por que?

3 WARREN, Rick. 12 maneiras de estudas a Bíblia sozinho. São Paulo: Vida, 2003, pp. 15-33.

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Aplicando estas perguntas ao texto, as respostas fluirão. Qualquer estudo será dinamizado com o uso adequado desses pronomes. O grande Mestre Antônio Gilberto4 nos orienta em algumas formas: 34.16; Jr 1.12).

1) Leia a Bíblia conhecendo o seu autor: Deus (Is 2) Leia a Bíblia diariamente (Dt. 17.19). 3) Leia a Bíblia com oração (Sl 119.18; Ef 1.16, 17). 4) Leia a Bíblia aplicando-a a si próprio (Js 5.14b).

EXERCÍCIO PRÁTICO: Escolha um livro da Bíblia da sua preferência e leia durante essa semana para nos contar sua experiência.

4 GILBERTO, Antonio. Manual da Escola Dominical. Rio de Janeiro, CPAD, pp. 22-23.

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AULA 02 TEXTO BASE: “Em Deus louvarei a sua palavra; no Senhor louvarei a sua palavra.” Sl 56:10 INTRODUÇÃO I - PRINCIPAIS MÉTODOS DE ESTUDOS Há dois métodos principais: a. DEDUTIVO – o estudante já tem uma ideia formada e busca apoiá-la no texto. É bastante perigoso e tem levado muitos a heresias. b. INDUTIVO – o estudante busca no texto extrair a ideia do autor. Deixa Deus falar e busca ouvir a sua voz. É o método excelente, no qual devem se fundamentar os demais. II - MÉTODOS SECUNDÁRIOS DE ESTUDOS a. SINTÉTICO – busca resumir as ideias principais do texto. FONTES DE AUXÍLIO: Obras introdutórias, Bíblias de Estudos, chaves-bíblicas, dicionários e enciclopédias. b. ANALÍTICO – ao inverso do sintético, busca dividir bem as ideias do texto. FONTES DE AUXÍLIO: Comentários e as outras já mencionadas. c. BIOGRÁFICO – é o estudo da vida do personagem bíblico. FONTES DE AUXÍLIO: Comentários, chaves-bíblicas, dicionários, enciclopédias e principalmente concordâncias. 15


época.

d. HISTÓRICO – é o estudo do texto à luz da história da

e. TEOLÓGICO – Tem por objetivo expor verdades teológicas. FONTES DE AUXÍLIO: Comentários, chaves-bíblicas, dicionários, enciclopédias e principalmente concordâncias. f. DEVOCIONAL – busca aplicar os princípios aprendidos à própria vida. TODO ESTUDO PRECISA SER DEVOCIONAL. FONTES DE AUXÍLIO: Comentários, chaves-bíblicas, dicionários, enciclopédias e principalmente concordâncias. g. TEMÁTICO – É o estudo de uma tema. Por exemplo: “O amor de Deus”; “A Justiça de Deus”. FONTES DE AUXÍLIO: Chaves-bíblicas, dicionários, enciclopédias e principalmente concordâncias. h. ESTUDO DE CAPÍTULOS. Pode ser feito através do método sintético ou analítico. FONTES DE AUXÍLIO: Comentários Bíblicos, Bíblias de Estudos, chaves-bíblicas, dicionários e enciclopédias. i. ESTUDO DE LIVROS. Primeiro deve ser feito pelo método sintético para então se proceder ao analítico. FONTES DE AUXÍLIO: Introdução e Comentários Bíblicos, Bíblias de Estudos, chaves-bíblicas, dicionários e enciclopédias. III – COMO INTERPRETAR A BÍBLIA E. Lund e P. C. Nelson alistam as seguintes regras básicas para a interpretação correta das escrituras: REGRA FUNDAMENTAL: a ESCRITURA É EXPLICADA PELA ESCRITURA, ou seja, A Bíblia é sua própria intérprete. 1. Tomar as palavras no sentido usual e comum, sempre que possível. 16


Ex.: Gn 6.12: carne => pessoas; caminho => modo de proceder, costumes, religião. 2. Tomar as palavras no sentido que indica o conjunto das frases Ex: Fé significa confiança, mas em Gl. 1.23 é crença; Rm 14.23 – convicção. 3. Tomar as palavras no sentido indicado no contexto. Ex: Ef. 3.4 – Mistério => participação dos gentios nos benefícios no evangelho. 4. Considerar o desígnio do livro ou do texto. Ex: Gálatas e Colossenses foram escritos para corrigir erros das doutrinas dos judaizantes e dos falsos mestres. Têm por desígnio expor com toda clareza a salvação através da morte expiatória de Jesus Cristo. 5. Consultar passagens paralelas. Ex: Gl. 6.17 com 2 Co 4.10 – marcas. IV - LINGUAGEM FIGURADA a. Metáforas – é um recurso pelo qual comparamos dois elementos, identificando um com o outro. Ex.: Vós sois o sal da terra (Mt. 5.13). Isto é o meu corpo oferecido por vós (Lc 22.19, 20). b. Símiles – comparação entre dois elementos, geralmente usando as palavras “como” e “assim”. Mt 10.16; c. Analogia – comparação entre dois elementos, em que um explica o outro. 1 Co 1.18. d. Hipérbole - comparação exagerada para se ensinar um conceito (Mt 7.3). 17


Deus.

e. Antropomorfismo – atribui características humanas a

V - FIGURAS DE RETÓRICA a. Parábolas – narrativa curta de um fato natural ou acontecimento possível com objetivo de ilustrar e ensinar verdades importantes. Ex. Lc18.1-7. b. Tipo – fatos, pessoas ou objetos que no AT representavam pessoas, coisas ou fatos que haveriam de vir. Ex. Jo 3.14; Mt 12.40; 1 Co 5.7 etc. Símbolo – coisas que representam algo no porvir. Geralmente no A.T. Ex.: chaves => autoridade VI - MÉTODO DE ESTUDO DEVOCIONAL Consiste em tomar uma passagem bíblica, grande ou pequena, e meditar nela com devoção até que o Espírito Santo lhe mostre um meio de aplicar a verdade na sua vida de modo que seja pessoal, prático, possível e mensurável. 1. ETAPAS a) Ore em busca de compreensões intuitivas sobre como aplicar a passagem. b) Medite no texto que escolheu para estudar.  Visualize na mente a cena da narrativa. Coloque-se na situação bíblica e imagine-se como participante ativo.  Enfatize as palavras da passagem sob estudo. Leia um versículo em voz alta e por várias vezes, cada vez enfatizando uma palavra diferente. Ex.: Fl 4.13: TUDO posso naquele que me fortalece; Tudo POSSO naquele que me fortalece; tudo posso NAQUELE que me fortalece; tudo posso naquele QUE me fortalece; Tudo posso naquele 18


que ME fortalece; Tudo posso naquele que me FORTALECE.  Parafraseie a palavra sob estudo. Reformule o texto com suas palavras.  Ponha o seu nome no lugar dos pronomes ou substantivos do texto.  Coloque o texto na primeira pessoa do singular, transforme-a numa oração e ore a Deus.

EXERCÍCIO PRÁTICO Escolha um texto bíblico e aplique o método devocional para desenvolver uma mensagem. Registre-a para uso ou para necessidade futura. Memorize o versículo-chave.

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AULA 03 TEXTO BASE: “Examinai as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam;” Jo 5.39 INTRODUÇÃO A existência das Escrituras só pode ser aceita e a sua mensagem assimilada, na medida da nossa compreensão da necessidade da revelação de Deus. Segundo A Bíblia, Deus é conhecido somente através da sua auto revelação. É de Deus a iniciativa de “dar-se a conhecer”, viabilizando assim, sua comunicação com o homem. Tudo quanto o homem necessita saber acerca de Deus e do Seu propósito redentor para com a humanidade caída, ele encontrará nas Escrituras. (Dt 4.29, Jr 33.3, IITm 3.15) David S. Clarke declara: “Não podemos crer que um pai se oculte de seu filho, sem nunca se comunicar com ele. Tampouco podemos imaginar um Deus bom que retivesse o conhecimento do seu ser e de sua vontade, ocultando-o às suas criaturas que ele criara a sua própria imagem. Deus fez o homem capaz e desejoso de conhecer a realidade das coisas. Será que ele ocultaria uma revelação que satisfizesse esse anseio? A Bíblia é a revelação de Deus para a humanidade. 21


I - A INSPIRAÇÃO DAS ESCRITURAS •

“Toda a Escritura é inspirada por Deus...”(II Tm3.16)

“Pois jamais a profecia teve origem, na vontade humana, mas homens falaram da parte de Deus, impelidos pelo Espírito Santo” (2Pe 1.21 ) •

Segundo Dr. Gaussen, inspiração “é o poder inexplicável que o Espírito Divino exerce sobre os autores das Escrituras, ao guia-los até mesmo no emprego correto das palavras e ao preservá-los de todo erro, bem como de qualquer omissão”. As escrituras são o resultado da divina inspiração espiritual, da mesma maneira que o falar humano é efetuado pela respiração, que possibilita a emissão das palavras5. Por isso, o que quer que fiquem implícitos na doutrina dos escritos inspirados, os dados das Escrituras mostram com clareza que elas incluem o emprego de grande variedade de fontes literárias e de estilos de expressão. Nem todas as mensagens vieram diretamente de Deus, mediante ditado, tampouco foram expressas de modo uniforme e literal. É preciso que se entenda a inspiração da perspectiva histórica e gramatical. Assim a inspiração não pode ser entendida como um ditado uniforme, ainda que divino, que exclua os recursos, a personalidade e as variadas formas humanas de expressão. A Bíblia não só é inspirada é também, por causa de sua inspiração, inerrante, isto é, não contém erro. Tudo quanto Deus declara é verdade isenta de erro. Com efeito, as Escrituras afirmam ser a declaração de Deus. Nada do que a Bíblia ensina contém erro, visto que a inerrância é consequência lógica da inspiração divina. Deus não pode mentir (Hb 6:18); sua Palavra é a verdade (Jo 17:17). Por isso, seja qual for o assunto sobre o qual a Bíblia diga alguma coisa, ela só dirá a verdade. Não existem erros históricos nem científicos nos ensinos das 5 https://sub-ebd.blogspot.com/2017/06/licao-1-inspiracao-divina-e-autoridade.html

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Escrituras. Tudo quanto a Bíblia ensina vem de Deus e, por isso, não tem a mácula do erro. II - A VERIFICAÇÃO DAS ESCRITURAS a. Elas afirmam ser inspiradas: •

No AT a História, a Lei os Salmos e as profecias, foram escritos por homens sob a inspiração especial de Deus (2 Rs 17.13; Is 34.16;59.21; Sl 78.1)

• Cristo mesmo sancionou o AT, citou e viveu em harmo-

nia com seus ensinos. Ele aprovou sua veracidade e autoridade (Mt 5.18; 23.1,2; 26.54; Jo 10.35; Lc 18.31-33; Lc 24.25,44)

• Os apóstolos fizeram o mesmo (Lc 3.2; Rm 3.2; 2 Tm3.16;

Hb 1.1; 2Pe 1.21; iCo 2.9-16)

b. Elas parecem ser inspiradas: • Sua exatidão: nota-se a ausência total de absurdos en-

contrados em outros livros “sagrados”

• Sua unidade. Contém 66 livros, escritos por uns 40

autores diferentes, num período de aproximadamente 1.600anos e trata de uma variedade de tópicos; no entanto demonstra uma unidade de tema e propósito que só se explica se houver uma mente diretriz. • Ela pode ser lida centenas de vezes sem que se consiga esgotar suas riquezas profundas ou sem que o leitor perca o interesse. • Sua assombrosa circulação. Já foi traduzida para milhares de idiomas e dialetos. • Sua atemporalidade e eternidade. É o livro mais antigo do mundo e ao mesmo tempo o mais moderno. 23


• Sente-se que elas são inspiradas: • O mesmo Espírito que falou por intermédio dos profetas deve entrar em nosso coração para convencer-nos de que esses profetas entregaram fielmente a mensagem que Deus lhes confiara (Is 59.21) • As defesas intelectuais da Bíblia têm seu lugar; mas no

fim das contas, o melhor argumento ainda é o prático. A Bíblia tem influenciado civilizações, transformado vidas, trazido luz, inspiração e conforto a milhões. EXERCÍCIO PRÁTICO

1- Resuma em poucas palavras a necessidade das Escritu-

ras.

2- Mencione dois versículos que demonstram a inspiração

das Escrituras.

3- Dê uma definição de inspiração, com base na declaração

de 2Pe 1.21.

4- De que maneira nosso coração confirma a inspiração das

Escrituras.

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AULA 04 TEXTO BASE: “No princípio criou Deus o céu e a terra” Gn 1.1 INTRODUÇÃO Não obstante ser um livro que trata essencialmente de Deus e do seu relacionamento com o homem, a Bíblia não tem como objetivo provar a existência de Deus. A existência de Deus é um fato indiscutível, portanto pacífico, no decorrer de toda a narrativa bíblica. Assim como a Bíblia, a sã teologia não se propõe a dissecar o Ser de Deus, mas apresentá-lo ao nível da compreensão do homem. Evidentemente, Deus como um Ser eterno, onisciente, onipresente, onipotente e santo, não pode ser aquilatado em sua plenitude pelo homem, cuja capacidade é limitadíssima em si mesma. Se a Bíblia afirma que os céus, nem o céu dos céus podem conter a Deus (1Rs. 8.27), como a nossa ínfima compreensão seria capaz de aquilatá-lo? Comece onde começar, nossa pesquisa quanto à Pessoa de Deus será consumada sempre que nos virmos diante da declaração de Jesus à mulher samaritana “Deus é espírito…” (Jo. 4.24). Por isso mesmo, não propõe em parte alguma uma série de provas da existência de Deus como preliminares à fé; Ela declara o fato de Deus existir, e chama o homem a crer “Aquele 27


que se aproxima dele( de Deus) precisa crer que ele existe e é galardoador dos que o buscam” (Hb11.6), esse é o ponto inicial na relação entre o homem e Deus: crer na sua existência. I - Sua existência provada Deus?

• Onde acharemos evidências da existência de

• Na criação: que proclama a glória e o poder de Deus (Rm 1.18-21) • Na natureza humana: o homem dispõe de natureza moral, sua vida é regulada por conceitos do bem e do mal, ele sabe que há um caminho reto que deve seguir, e há um caminho errado que deve evitar. Esse conhecimento chama-se de “consciência. (Rm 2.16, Jo 1.9) ; “Sede de Deus” (Sl42.2) a alma não enganaria o homem com sede daquilo que não existe. • Na história humana: O curso dos eventos da história universal, seu progresso, fornece evidencia de um poder e de uma providência dominantes. Toda história bíblica foi escrita para revelar Deus na História, para ilustrar a obra de Deus nos assuntos humanos, em especial a forma de ele tratar com os indivíduos fornece prova de sua presença ativa. II - Sua existência negada • Ateísmo: negação absoluta da existência de Deus, pois para o ateísmo tudo é explicado a partir do que é visível natural. Refutação: Rm1:18 Sl14.1 • Agnosticismo: nega a capacidade humana de conhecer Deus. “A mente finita não tem condições de alcançar o in finito” Refutação: Rm 11:33,34; ICo 13.9-12; Jó 11.17) 28


• Materialismo: declaram ser a única realidade a matéria, as palpáveis, as não espirituais. Não crê na existência de Deus, porque não o vê. III - A NATUREZA DE DEUS 1. Deus é espírito (Jo 4.24; 2 Co3.17; Is 31.3) 2. Os nomes de Deus mais comuns que encontramos nas Escrituras são:  Elohim: Deus Criador  Jeová- Rafá “o Senhor que cura” (Ex15:26)  Jeová-Nissi “o Senhor é minha bandeira” (Ex 17.8-15)  Jeová-Shalom “o Senhor é Paz” (Jz 6.24)  Jeová-Tsidkenu “o Senhor é Nossa justiça” (Jr.23.6)  Jeová-Jiré “o Senhor Proverá” (Gn 22.14)  Jeová-Shammá “o Senhor Está Aqui” (Ez 48,35) IV - ATRIBUTOS 1. NATURAIS: são todos aqueles que pertencem a Sua existência como Espírito infinito e racional. A revelação desses atributos ao ser humano, o possibilita reconhecer a imensa glória do Senhor. • Infinitude: Deus é infinito, não está sujeito a limitações, natural e humana, não está sujeito a limitações de espaço (1Rs 8.27) e tempo (Sl 90.2; Jr.10.10. 29


• Onipotência: A) Liberdade para fazer tudo que esteja em harmonia com a Sua natureza (Lc 1:3). Ter controle e soberania sobre tudo que existe ou que pode existir (Jó 1.2) Toda vida é sustentada por Deus (Hb1.3; Dn 5.23) • Onipresença: Ele está presente em todos os lugares. (Sl 139) • Onisciência: Deus conhece todas as coisas. Seu conhecimento é perfeito, passado, presente e futuro. (Sl94.9; Jr1.4;2Tm2,19) 2. MORAIS: são aqueles que pertencem a Deus infinito e justo e são revelados através da comunhão com as suas criaturas, e os compartilha com seu povo. • Santidade: Deus é Santo (Ex15.11; 1Sm2.2; Sl5.4; Sl111.9) • Misericórdia: Deus é misericordioso. A misericórdia de Deus manifestou-se de forma preeminente quando enviou Cristo ao mundo (Lc1.78) • Justiça: Deus é Justo. “Justiça, é a Santidade de Deus em ação”. (Gn 18.25; Is 11.3; Sl51.14; Hb 6.10) • Bondade: Deus é bom. A bondade de Deus é o atributo por meio do qual ele concede vida e outras benção as suas criaturas. (Sl25.8; 31.19;68.10;85.5) • Fidelidade: Deus é Fiel Absolutamente digno de confiança, (Ex 34.6; Nm23.19; Dt.4.31; Hb6.18) • AMOR: Deus é essencialmente Amor (I Jo 4.8-16) Por causa desse amor, Deus não abre mão de relacionar-se com Suas criaturas. 30


V - A TRINDADE As Escrituras ensinam que Deus é um e que além dele não existe outro. É verdade que o termo Trindade, não se encontra nas Escrituras, sendo considerado assim, um termo técnico teológico, mas com certeza essa doutrina pode ser explicada no NT. 1- Pai, Filho e Espírito Santo são três pessoas distintas. 2- Uma é distinta da outra. 3- A Divindade pertence a cada uma das três pessoas individualmente 4- A Divindade é uma só e pertence as três benditas pessoas. Textos que corroboram com o ensinamento dessa doutrina. 1- O Pai é Deus (Mt 11.25; Jo 6.27; 8.41; rRm15.6; 1Co 8.6; Gl1.1) 2- Jesus é Deus (Jo 1.1; Jo 20.28; Rm9.5; Hb 1.8{cfm Sl45.6}) 3- O Espírito Santo é Deus (At 5.3; 1Co 2.10-11; Ef 2.22; I Co 3.16) EXERCÍCIO PRÁTICO 1- As Sagradas Escrituras não procuram demonstrar formalmente a existência de Deus. Por que? 2- Cite algumas provas da existência de Deus. 3- O que é justiça? 4- Cite algumas referências bíblicas do Pai, Filho e Espírito Santo. 5- O que significa a onipresença de Deus? 31


CONSIDERAÇÕES FINAIS Conforme bem salientou Rick Warren, a finalidade do estudo bíblico é a sua aplicação mais que a sua interpretação.6 Todavia precisamos considerar que a interpretação é importante e precede a aplicação, e a segunda não substitui a primeira. Mas também precisamos entender que estudar a Bíblia e não pratica-la é um verdadeiro absurdo. Fiquemos, pois, com o mandamento do irmão do Senhor: “Sede praticantes da Palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos (Tiago 1.22)”. Por fim, o estudo da Bíblia só fruirá se houver disciplina, constância e perseverança. Ele é árduo, mas saboroso; fácil de ser concebido, difícil de ser praticado, mas recompensador. Além do mais, Deus nos brindou com 24 horas por dia: em algum momento podemos parar para ouvir o que o Adonay tem para dizer aos seus servos.

6 WARREN, Rick. 12 maneiras de estudar a Bíblia sozinho. São Paulo: Vida, 2003.

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BIBLIOGRAFIA WARREN, Rick. 12 maneiras de estudar a Bíblia sozinho. São Paulo: Vida, 2003. LAHAYE, Tim. Como estudar a Bíblia sozinho. Venda Nova: Betânia, 1984. BRAGA, James. Como estudar a Bíblia. São Paulo: Vida, 2004. HENRICHSEN, Walter A. Métodos de Estudo Bíblico. São Paulo: Mundo Cristão, 1997. ______________. Princípios de Interpretação Bíblica. São Paulo: Mundo Cristão, 1997. BERKHOF, Louis. Princípios de Interpretação Bíblica. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2004. LUND. E & NELSON, P. C. Hermenêutica. São Paulo: Vida, 1994. VIRKLER, Henry A. Hermenêutica Avançada. São Paulo: Vida, 1998. DOCKERY, David S. Hermenêutica Contemporânea à luz da igreja primitiva. São Paulo: Vida, 2005. BENTHO, Esdras Costa. Hermenêutica fácil e descomplicada. Rio de Janeiro: CPAD, 2007. GILBERTO, Antônio. Manual da Escola Dominical. Rio de Janeiro: CPAD, 1997. https://sub-ebd.blogspot.com/2017/06/licao-1-inspiracaodivina-e-autoridade.html http://www.cacp.org.br/a-doutrina-de-deus/

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