Evangelhos gnósticos

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EVANGELHOS GNÓSTICOS

Em Nag Hammadi, Egito, em 1945 foi achado 53 escritos, dentre eles, 40 inéditos. Estes são conhecidos como Evangelhos GNÓSTICOS que, segundo pesquisas, são datados do séc II à IV. Entre eles estão o evangelhos de Maria Madalena, Tomé, atos de Pedro, Filipe, diversos apocalipses,... e trazem relatos de uma compreensão gnóstica (gnósis - conhecimento interior - ramificação filosófica grega) sobre Jesus e sua mensagem. Se esta mensagem gnóstica dos evangelhos achados for comparada com os quatro evangelhos tradicionais (Mateus, Marcos, Lucas e João), não haverá uma diferença absurda da visão sobre a Pessoa de Jesus. Por quê? Porque estes evangelhos também têm características gnósticas, isto é, o pensamento de um Jesus “divindade, desumanizado, sobrenatural, espírito, em corpo fantasma, místico,...". Os evangelhos tradicionais foram, primeiramente, canonizados pelo Bispo Marcion de Sinope (séc II), um gnóstico declarado, e depois reafirmados pelo concílio de Roma. O gnosticismo era fortemente corrente no 1º séc, e por assim ser, influenciou profundamente a visão sobre a mensagem de um homem judeu de palavras poderosas chamado Yeshua, colocando sobre ele uma roupagem gnóstica. Paralelamente aos discípulos judeus, os quais carregavam uma mensagem judaica, semita e hebraica (Lei e Profetas), corria um evangelho gnóstico grego que, por algumas vezes, foi alertado pelos discípulos nazarenos de Yeshua: Porque, se alguém for pregar-vos outro Jesus que nós não temos pregado, ou se recebeis outro espírito que não recebestes, ou outro evangelho que não abraçastes, com razão o sofreríeis. 2 Coríntios 11:4. Porque já muitos enganadores entraram no mundo, os quais não confessam que o Ungido Yeshua veio EM CARNE. Este tal é o enganador e o anticristo. 2 João 1:7. Desta forma, os textos do chamado Novo Testamento, canonizado pela Igreja Cristã Romana, contêm, não só textualmente, mas também interpretativamente, muitas influências gnósticas gregas, sendo que, para se obter uma maior compreensão de seu contexto, é preciso entrar no campo semita, e cavocar sob a superfície gnóstica, removendo tal roupagem grega. Obviamente, o gnosticismo, enquanto conhecimento interior de si mesmo, pode ter algo de bom para o Homem, porém, esta pode não ser uma visão mais coerente com o propósito da pessoa judaica de Yeshua e seus discípulos. Quem tiver interesse em ver alguns escritos gnósticos, apócrifos e outros escritos históricos, está disponibilizado o site: http://www.earlychristianwritings.com/index.html Carlos Coléct


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