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Sobre os participantes da Semana de Arte Moderna de 1922 e suas obras

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Oswald de Andrade

Oswald de Andrade

Sobre os participantes da Semana de Arte Moderna de 1922 e suas obras

Cartas a um jovem escritor e suas respostas, de Fernando Sabino Para um jovem escritor mineiro de Belo Horizonte, significava verdadeira consagração receber em 1942 uma carta de ninguém menos que Mário de Andrade, considerado o Papa do Modernismo. Suas palavras constituíram extraordinário impacto para Fernando Sabino, na época com 18 anos de idade. Com o entusiasmo de sua juventude, Fernando Sabino respondeu emocionadamente, nascendo daí entre os dois, apesar da diferença de idade, uma amizade através de intensa correspondência que durou até a morte do grande escritor paulista em 1945. A influência de suas cartas sobre a evolução intelectual de Fernando Sabino representa precioso roteiro para quem deseja iniciar-se nos mistérios da criação literária.

De olho em Mário de Andrade: uma descoberta intelectual e sentimental

do Brasil, de André Botelho Com a ajuda de mais de trinta fotos e pinturas que ilustram a vida de Mário de Andrade, o sociólogo André Botelho apresenta esse poeta, romancista, contista, cronista, fotógrafo, colecionador, pianista, professor e leitor inveterado, que um dia se definiu dizendo: “Eu sou trezentos, sou trezentos-e-cinquenta”.

L’ Espirit Nouveau nas estantes de Mário de Andrade, de Lilian Escorel Este livro recupera e analisa o diálogo de Mário de Andrade com L’Esprit Nouveau, mensário internacional de estética publicado em Paris de 1920 a 1925. Projeto do pintor francês Ozenfant, do arquiteto suíço Le Corbusier e do poeta belga Paul Dermée, L’Esprit Nouveau teve entre seus assinantes o escritor brasileiro, que reuniu a coleção completa de 28 números. Crivada de anotações marginais deste especial leitor, a revista francesa é ponto alto na marginália mariodeandradiana, ao revelar-se matriz da teoria estética consolidada por ele no início dos anos 1920.

Eu sou trezentos, de Eduardo Jardim O livro examina a personalidade de um dos principais intelectuais do país a partir de seus poemas, contos, romances, ensaios, entre outras iniciativas do paulistano, nascido em 1893. O autor do clássico “Macunaíma” e um dos principais expoentes do movimento modernista tem sua vida dividida em dois momentos na obra - antes e depois de 1937, quando Mário deixa o Departamento de Cultura de São Paulo e vai para o Rio de Janeiro, onde vive um momento de grande prostração.

Macunaíma, de Noemi Jaffe A obra apresenta a obra “Macunaína”, de Mário de Andrade, que conta a vida do herói sem nenhum caráter, personagem que sintetiza o homem brasileiro. Comenta em detalhes cada capítulo do livro, analisando todos os mitos e lendas que Mário adaptou do folclore indígena, africano e europeu, além de discutir os desdobramentos de “Macunaíma” na cultura brasileira.

Macunaíma, direção de Joaquim Pedro de Andrade Adaptação da rapsódia de Mário de Andrade, é a história de um anti-herói, ou “um herói sem nenhum caráter”, nascido no fundo da mata virgem. De preto vira branco, troca a mata pela cidade onde vive incríveis aventuras acompanhado de seus irmãos. Na cidade, segue um caminho zombeteiro, conhecendo e amando a guerrilheira Ci e enfrentando o vilão milionário, Venceslau Pietro Pietra, para reconquistar o amuleto que herdara de Ci, o muirakitã. Vitorioso, Macunaíma retorna à floresta carregado de eletrodomésticos, inúteis troféus da civilização.

Macunaíma em quadrinhos, adaptação de Angelo Abu e Dan X Com riqueza de imagens e cores, Angelo Abu e Dan X recriam a saga imaginada por Mário de Andrade sobre um personagem singular, a quem falta caráter, mas sobra carisma - e preguiça. Macunaíma nasce índio, se transforma em um belo e loiro príncipe, encontra seres fantásticos da Floresta Amazônica, enfrenta armadilhas e perigos e viaja à cidade grande com seus irmãos em busca de mais confusões e enrascadas. Uma história que se traduz com perfeição aos quadrinhos, em uma versão que se mostra tão divertida e irreverente quanto a obra original.

Makunaimã: o mito através do tempo, de vários autores Mário de Andrade ressurge do além mais de setenta anos depois de ter morrido, caminha até a sala de sua casa e encontra alguns estranhos criticando seu livro mais famoso, “Macunaíma”. A partir daí, inicia-se um debate sobre direitos indígenas, exclusão social, arte e literatura. Nesta peça em dois atos, uma mescla de tempos e espaços político-culturais que resume um pouco do Brasil.

Mário de Andrade por ele mesmo, de Paulo Duarte Paulo Duarte foi o responsável pelo convite a Mário de Andrade para que dirigisse o Departamento de Cultura da cidade de São Paulo, em 1935. As cartas enviadas por Mário ao seu companheiro são candentes, confessionais e muito esclarecedoras das condições em que se implantou uma intervenção do poder político na máquina pública para promover o acesso à cultura numa cidade que cultua o trabalho. Neste clássico, publicado originalmente em 1971, Duarte faz um balanço desse período conturbado na vida cultural e política brasileira. Híbrido de ensaio e correspondência, este livro traz os fundamentos de uma concepção de cultura democrática, até hoje em luta para se constituir.

O Mário que não é de Andrade, de Luciana Sandroni Construído a partir de cartas, poemas, romances e outros textos de Mário de Andrade, este livro narra o encontro do garoto Mário com o autor de “Macunaíma”, que lhe conta sua história e descreve-lhe o movimento modernista no Brasil, um dos momentos mais criativos e importantes da nossa cultura.

Muito prazer, sou Mário de Andrade!, de Karina Almeida Você sabia que o Mário de Andrade não gostava de viajar, mas foi até a Amazônia? Que ele comprou uma bengala para afugentar jacarés? Que foi de lá que ele tirou ideias para o seu livro “Macunaíma”? Voltado para o público juvenil, a obra traz essas e outras curiosidades sobre um dos principais nomes da Semana de Arte Moderna e da cultura brasileira.

A música popular brasileira na vitrola de Mário de Andrade, organizado por Flávia Camargo Toni Ao ouvir os discos de seu acervo, Mário de Andrade anotava suas impressões de audição em cartolinas numeradas que os encapavam. Este livro publica essas anotações de 161 discos, contextualizadas por cartas e artigos. O livro é acompanhado de CD com fonogramas originais da discoteca de Mário de Andrade. A pesquisa de Flávia Camargo Toni resgata a ordenação da coletânea feita pelo próprio Mário a partir de 1935 e estabelece um catálogo que reúne grande parte dos discos do escritor.

O tupi e o alaúde: uma interpretação de Macunaíma, de Gilda de Mello e Souza

Breve e denso, bem estruturado e aberto, este livro de Gilda de Mello e Souza reúne todas as qualidades dos melhores ensaios literários. Aproximando música e literatura, criação e crítica de arte, a autora parte de Bakhtin e Marcuse para desvendar as ambiguidades da obra máxima de Mário de Andrade.

O homem do pau Brasil, direção de Joaquim Pedro de Andrade Comédia, delírio sobre a vida, paixão e obra do revolucionário escritor modernista Oswald de Andrade. Último longa-metragem de Joaquim Pedro no qual recria o universo do movimento modernista de 22, centrado nas atividades frenéticas do escritor e dos demais artistas e simpatizantes do período. Com imagem e som restaurados digitalmente, o longa-metragem vem acompanhado pelo documentário ‘Cinema Novo’, de Joaquim Pedro que filma os cineastas do movimento em atividade nas diferentes fases de produção de seus filmes.

Neve na manhã de São Paulo, de José Roberto Walker Em 25 de junho de 1918, São Paulo amanheceu coberta de branco. A névoa congelada da manhã foi a única neve que a cidade conheceu e, naquele dia, o mais frio da sua história, um caso de amor se consumou. Um grupo de rapazes se reunia numa garçonnière e discutia política e literatura em meio a aventuras amorosas. Comandados por Oswald de Andrade, a roda incluía outros escritores que se tornariam famosos nos anos seguintes. Foi nesses dias que Oswald encontrou uma estudante de dezessete anos com quem se envolveu de imediato. Diferente em tudo das moças que aqueles rapazes conheciam, Daisy logo se integrou ao grupo como se fosse um deles. Esse amor, no entanto, desafiou Oswald de várias maneiras. Cabe a Pedro, amigo de infância de Oswald, e o único do grupo que não alcançou a fama nem se tornou escritor, o papel de narrador do drama do qual foi um dos personagens. A partir de sólida pesquisa documental, José Roberto Walker recria de maneira notável a atmosfera vibrante da cidade de São Paulo no início do século XX.

Oswald de Andrade: biografia, de Maria Augusta Fonseca Um dos maiores nomes da cultura brasileira, Oswald de Andrade foi um daqueles raros homens certos no lugar certo na hora certa: nas palavras de Antonio Candido, “sua personalidade excepcionalmente poderosa atulhava o meio com a simples presença.” Esse meio era o da provinciana vida cultural brasileira do começo do século XX, que Oswald de Andrade ajudaria a ir ao encontro do mundo moderno. O resgate da vida do artista não leva apenas às suas agruras pessoais, mas recobre uma parte substantiva da tumultuada história do país, que vai de fins do século XIX à primeira metade do século XX.

Pagu, Oswald, Segall

Catálogo da exposição realizada de 17 de outubro de 2009 a 31 de janeiro de 2010, com tema central focado em Oswald de Andrade nas décadas de 1930 e 1940 – uma das fases mais intensas de sua obra – e suas relações com Patrícia Galvão e Lasar Segall.

Por que ler Oswald de Andrade, de Maria Augusta Fonseca Este volume segue a clássica divisão vida & obra de maneira sintética (buscando, em ambas, o que Pound chamou de “pontos luminosos”) e ao mesmo tempo abrangente. A abrangência fica por conta da divisão do volume em cinco partes: “Um retrato do artista” (síntese biográfica), “Cronologia”, “Ensaio de leitura” (comentários sobre a obra), “Entre aspas” (reprodução de passagens importantes da obra) e “Estante” (com os principais títulos de e sobre Oswald).

A prosa vanguardista na literatura brasileira: Oswald de Andrade, de Kenneth David Jackson

Kenneth David Jackson, professor do Departamento de Espanhol e Português da Universidade do Texas em Austin, defendeu em 1972, sob a orientação de Jorge de Sena, uma tese de doutoramento intitulada “Vanguardist prose in Oswald de Andrade”. Dois capítulos dessa tese, devotados à análise dos livros “Memórias sentimentais de João Miramar” e “Serafim Ponte Grande”, precedidos de uma introdução sobre o problema da prosa de vanguarda, constituem a matéria do presente livro.

O teatro antropofágico de Oswald de Andrade: da ação teatral ao

teatro de ação, de Carlos Gardin Contemporaneidade é o traço usado pelo autor para resgatar a obra teatral de Oswald de Andrade e a inauguração de uma nova forma de teatro no Brasil: teatro antropofágico, um constante diálogo com outras culturas, outras obras, outros contextos. O diálogo se faz também no campo teórico, principalmente com Brecht. “O homem e o cavalo”, “O rei da vela” e “A morte” constroem a trilogia da devoração que se evidencia como um teatro de ação ética, estética e moral.

Textos do Trópico de Capricórnio: modernismo, arte moderna e o

compromisso com o lugar, de Aracy Amaral O primeiro volume dos “Textos do Trópico de Capricórnio” - reunião de artigos, ensaios, palestras e entrevistas realizados ao longo de 25 anos pela historiadora, curadora e crítica de arte Aracy Amaral - traça uma abordagem panorâmica do modernismo brasileiro, desde seus primórdios até os anos 50, e reexamina criticamente as posturas da arte moderna e contemporânea à luz dos cruzamentos entre estética e política.

Anita Malfatti, de Carla Caruso Anita Catarina Malfatti nasceu na cidade de São Paulo, em 1889. Foi uma importante e famosa artista plástica brasileira com suas pinturas e seus desenhos. Em 1922, participou da Semana de Arte Moderna. Ela fazia parte do Grupo dos Cinco, composto por Anita Malfatti, Mario de Andrade, Tarsila do Amaral, Oswald de Andrade e Menotti del Picchia. Nesta obra, Carla Caruso apresenta a trajetória de Anita Malfatti, artista plástica do Modernismo que conquistou o Brasil e o mundo com suas obras que mudaram o rumo da arte brasileira.

Villa-Lobos, de Nereide Schilaro Santa Rosa Neste livro da coleção Crianças famosas, a infância de Villa-Lobos é descrita como uma deliciosa experiência de sensações em relação à música, pois, desde muito pequeno, esse mestre do Modernismo no Brasil sentia intensamente a música e encontrava nela a oportunidade de expressar tudo aquilo que via e vivia.

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