Guia Sabores de Minas

Page 1

83

ROTEIROS GASTRONÔMICOS - BOM DESPACHO

HOSPITALIDADE DE FORNO E FOGÃO PREÇO R$ 1,00 - NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE DO JORNAL ESTADO DE MINAS


83

ROTEIROS GASTRONÔMICOS - BOM DESPACHO

HOSPITALIDADE DE FORNO E FOGÃO EXEMPLAR DE ASSINANTE - VENDA PROIBIDA



PLANÍCIE DAS MARAVILHAS

Foram inúmeras idas e vindas de nossa equipe pela BR-262, com algumas paradinhas, às vezes mais curtas do que gostaríamos. Sempre que passávamos naquele trecho de retas sem fim, batia uma imensa vontade de desbravar a baixada nos arredores de Bom Despacho. Desta vez, a belíssima planície, cujos diferentes tons de verde se perdem no horizonte, não escapou de nossa gula e foi devidamente explorada, ou melhor, degustada. Nela, o povo preserva as características interioranas que tanto encantam a todos que visitam Minas Gerais. Os costumes simples e verdadeiros, a religiosidade representada pela imponente matriz (foto), a hospitalidade, assim como os sabores dos fornos e fogões apresentam-se bem vivos, fortalecidos pelo orgulho que as pessoas sentem ao nos oferecer o que a cidade tem de melhor. Lá, assim como em todos os quatro cantos de Minas, doceiras, salgadeiras, cozinheiros e botequeiros buscam na paixão pelos tesouros culinários de família uma forma de agradar os amigos ou mesmo de complementar a renda doméstica. São histórias que emocionam, receitas que fazem viajar às mais remotas lembranças de infância, como a maçã do amor, o coquinho queimado, as rosquinhas, o doce de leite na palha e os biscoitos de queijo – estes representantes mais ilustres dos fornos da cidade. A partir deste mês, todos os sábados, estas e outras delícias poderão ser encontradas na feira que será montada na praça da estação. Se você passar por aquelas bandas, não espere a próxima vez. Visite e desfrute da hospitalidade e de todos os sabores que Bom Despacho oferece. Bom apetite Eduardo Avelar Chefe de cozinha


D

O CADERNO PARA A MESA

Junte tradição com criatividade, tempere com boa prosa e finalize com a já conhecida receptividade mineira. Seguindo essa receita, o Sabores de Minas convida a percorrer as cozinhas de Bom Despacho, a 141 quilômetros de Belo Horizonte, na Região Centro-Oeste do estado. Para começar a jornada, folheamos as páginas já amareladas de um precioso caderno. O croquete de bacalhau, uma variação do famoso salgadinho à base de carne bovina, é uma das gostosuras preparadas na cozinha de Maria Balbina Franco, uma referência na cidade quando o assunto é boa mesa. Em seu restaurante e buffet Delícias da Bina, apelido pelo qual é popularmente conhecida, o croquete reina como estrela e já até rendeu o segundo lugar no último concurso Especiarias de Buteco, promovido anualmente no município. Com 14 anos de dedicação aos fogões, que na sua casa já são quatro, Bina tem rotina puxada, que começa logo nas primeiras horas do dia. Porém, o cansaço cede terreno à satisfação. “Eu adoro o que faço. A melhor coisa é você fazer uma comida e as pessoas elogiarem.” E, para esse salgadinho, Bina, o que não faltam são elogios. Experimente e comprove.

Cozinhar com carinho é receita de sucesso de Balbina

04


CROQUETE DE BACALHAU INGREDIENTES

300 g de bacalhau 2 copos (de requeijão – 250 ml) de leite 1 colher (sopa) de azeite de oliva 50 g de manteiga 1 cebola ralada 1 dente de alho socado Meia xícara de cheiro-verde 100 ml de leite de coco 1 colher (sobremesa) de azeite de dendê 1 batata cozida e espremida Tempero a gosto 2 copos (tipo americano) da água do cozimento do bacalhau Aproximadamente 1 kg de farinha de trigo Óleo para fritar Farinha de pão para enrolar

COMO FAZER

Deixar o bacalhau de molho por três horas, escorrer, limpar e ferventar até cozinhar. Desfiar e reservar. Em uma panela, refogar, no azeite de oliva e na manteiga, a cebola e o alho. Pôr o restante dos ingredientes, exceto a farinha, que deverá ser acrescentada, aos poucos, após a mistura levantar fervura. Mexer até começar a se soltar do fundo da panela. Tirar do fogo, esperar esfriar um pouco e fazer rolinhos. Para empanar, passar os croquetes em água com sal (uma colher de sopa para dois litros de água) e, em seguida, na farinha de pão. Fritar em óleo bem quente, em quantidade suficiente para cobrir. Receita fornecida por Maria Balbina Franco, de Bom Despacho: (37) 3521-1956

DO MILHO Pamonhas fresquinhas, suco de milho, mingau e bolo são as principais delícias servidas na lanchonete O Pamonhão, há 12 anos na MG-164. Contato: (37) 9126-9143 (com Valdete).

05


D

ELÍCIAS APAIXONANTES

Se é verdade que primeiro se come com os olhos, também é fato que o coração pode ser tocado a partir da visão. Ao menos é o que acontece quando os biscoitinhos preparados por Maria do Carmo Gontijo chegam ao alcance dos nossos olhares. De delicadeza única, as iguarias, de tão graciosas, são mimos dignos de serem oferecidos como presentes a quem reservamos verdadeiro apreço. Sejam os minúsculos biscoitinhos de queijo, que consomem quase o dia todo para ser moldados, seja os moreninhos de nata com linhaça, o encanto é inevitável. Quando levados à boca, a magia se completa e o talento da quitandeira, aperfeiçoado em mais de 20 anos de ofício, vem à tona. Habilidosa desde a infância, Maria do Carmo começou a trilhar seu caminho por essa atividade na cozinha da fazenda em que morava. Da época, ficaram lembranças e receitas que, ainda hoje, enchem os fornos de sua casa. Apaixonese por essa arte você também.

CASEIRA

Maria do Carmo lapidou talento na cozinha da fazenda

06

Na comunidade do Engenho do Ribeiro, o Restaurante Central serve carne de porco bem-feita, frango caipira e o que mais o freguês quiser encomendar do fogão de Valeriana de Araújo. Contato: (37) 3524-3175.


BISCOITO DE NATA COM LINHAÇA INGREDIENTES

1 copo (requeijão – 250 ml) de nata 3 colheres (sopa) de açúcar refinado 1 ovo 1 colher (sopa) de manteiga, mais o suficiente para untar 1 pitada de sal Aproximadamente 500 g de farinha de trigo, mais suficiente para polvilhar no tabuleiro 1 colher (sopa) de linhaça Açúcar cristal para finalizar

COMO FAZER

Em uma vasilha ou gamela, misturar todos os ingredientes, deixando por último a farinha, que deve ser colocada aos poucos, até dar o ponto de enrolar. Amassar, fazer rolinhos bem finos e cortar em pedaços de cerca de 5cm de comprimento. Passar no açúcar cristal e pôr no tabuleiro untado com margarina e farinha. Levar ao forno médio, pré-aquecido, até ficar bem dourado.

Receita fornecida por Maria do Carmo Gontijo, de Bom Despacho: (37) 3521-2884

07


T

EMPERO DA DESCONTRAÇÃO

Por trás do balcão, três amigos abrem as panelas, enchem seus pratos e se apoiam na bancada para comer. Se os copos estão vazios, basta abrir o freezer e pegar uma gelada. Sem cerimônia. Um extenso roteiro de piadas é desfiado em alto e bom som e as gargalhadas preenchem o ambiente marcado pela descontração. Para recarregar as energias, generosas porções da mais famosa paçoca de pilão da cidade. Nessa atmosfera transcorrem dias e noites no Bar Galáctikus, que tem à frente Emerson Batista de Oliveira, o popular Galo Cego. O apelido vem de uma brincadeira da infância. Se é pejorati-

vo para uns, para Emerson é mais um motivo para risadas. Seguindo os caminhos do pai, tradicional comerciante de Bom Despacho, há 25 anos ele se dedica ao bar, que tem a paçoca como verdadeiro ícone. Gente de todo canto vai à cidade em busca da iguaria, uma receita da avó de sua mulher, Mércia Maria Santos. Por semana, o casal prepara 35 quilos da mistura, que, de tão bem socada, se torna mais um motivo de brincadeira dos frequentadores. “Eles falam que eu bato no liquidificador”, diverte-se o dono do bar. Na escolta da cerveja gelada, o fato é que é petisco para ninguém botar defeito.

Emerson e Mércia: sucesso com simplicidade e sabor

08


PAÇOCA DE PILÃO INGREDIENTES

10 kg de acém cortado em cubos 2,5 kg de toucinho picado 3 cabeças de alho Pimenta-malagueta a gosto Tempero a gosto Aproximadamente 5 litros de gordura de porco (para cobrir a carne) 1 kg de farinha de mandioca

medida que for socando. Socar por cerca de 45 minutos.

Receita fornecida por Emerson Batista de Oliveira e Mércia Maria Santos, de Bom Despacho: (37) 3522-5282

Material Pilão de madeira

COMO FAZER

Fritar o toucinho em sua própria gordura, para obter o torresmo. Reservar. Temperar a carne e levar ao fogo, coberta com a gordura. Deixar cozinhar até secar toda a água que a carne soltar. No pilão, socar bem o torresmo, o alho e a pimenta, até obter uma pasta. Pôr a carne, sem a gordura, e, aos poucos, a farinha, à

BOA DICA Seja para o pirão ou para o feijão de tropeiro, farinha de mandioca é ingrediente que não pode faltar. Na comunidade do Mato Seco, basta perguntar por Tico e Geralda para conseguir saboroso ingrediente artesanal.

09


D

OCES SURPRESAS

Alguns detalhes ao nosso redor, muitas vezes, passam despercebidos na correria do dia a dia, mas nada como exercitar o olhar para fazer grandes descobertas.. No Centro de Bom Despacho, por exemplo, é provável que os mais distraídos passem pela casa de Valmira Luiza Pinto Santos sem notar a placa acomodada ao lado do portão, onde se lê: “Vende-se doce caseiro”. Para os viajantes atentos, é um convite ao deleite. Chamado aceito, a equipe segue pelo corredor da casa e se surpreende diante de um imenso quintal. Mangueiras, jabuticabeiras, galinheiro, plantas bem cuidadas e um fogão a lenha dividem o espaço, um verdadeiro refúgio em meio ao movimento da região central. E é rodeada por essa paz que há 23 anos Valmira prepara suas iguarias.. “No começo, eu tinha que sair oferecendo o doce, mas agora faço encomendas e vendo aqui em casa.” O modo de fazer segue à risca as tradições, como o uso do tacho de cobre, da colher de pau e de um coité para tirar o ponto do doce. “Não abro mão disso. Tem gente que fala que não pode usar, mas tem doce que só dá certo se for feito no tacho de cobre, como o de figo.” A defesa de Valmira tem legítimos fundamentos, comprovados a cada colherada de suas criações.

Preservação de costumes é a fórmula de Valmira

10


DOCE DE RAIZ DE MAMÃO INGREDIENTES

4 kg de massa obtida da raiz do mamoeiro 2,5 kg de açúcar cristal Doce de leite cremoso

COMO FAZER

Com uma faca, descascar as raízes até chegar ao miolo, que é uma parte mais macia e bem clara. Passar em um ralo não muito grosso, lavar e levar ao fogo, coberto com água, por 30 minutos. Lavar bem (para facilitar, pôr em um escorredor forrado com um pano), escorrer e espremer bem, para retirar toda a água. Pesar e levar ao fogo com o açúcar, seguindo a proporção de 4 kg de massa para 2,5 kg de açúcar. Deixar cozinhar por cerca de 30 minutos ou até que seque bastante. Deixar esfriar e misturar

com o doce de leite na quantidade desejada.

Receita fornecida por Valmira Luiza Santos, de Bom Despacho: (37) 9965-2924

QUEIJO De produção familiar, o queijo de minas tipo frescal vendido por Jadir José Leandro, que vai muito bem com um docinho, é feito na Fazenda Matador, km 485 da BR-262. Contato: (37) 9108-2177.

11


S

alve a cultura de boteco

É batata: toda cidade tem seu boteco tradicional. Aquele lugar que não atrai o público por sua decoração, cardápio mirabolante, estrutura ou grandes atrações musicais. Um ponto afastado do burburinho do Centro, como se a intenção, de fato, fosse fugir da badalação. Um lugar em que o dono nem sempre está com humor nas alturas, mas onde nunca se nega um ombro amigo a quem chega, seja para consumir, seja para conversar. Assim é o Bar do Aritana: espaço simples e democrático, onde não há motivos para não se sentir à vontade. De portas abertas há 12 anos, o boteco está sob comando de Gilmar José de Oliveira, o Aritana, que também assume o pequeno fogão do estabelecimento. Dele, saem pratos para degustar sem frescura, como a dobradinha, a costelinha com grão de bico ou o angu à baiana, este premiado na última edição do concurso Especiarias de Bar. Servidas em cumbucas individuais, as porções são daquelas que conferem força e ânimo para o corpo. Algo que, com certeza, não pode faltar aos bebedores de plantão.

Aritana pilota fogão de onde saem saborosas atrações do bar

12


ANGU À BAIANA INGREDIENTES

Para o angu 1 litro e meio de água 3 copos de fubá dissolvido em um pouco de água 1 tablete de caldo de costela Para o molho 3 tomates picados 1 cebola picada 600 g de carne moída (corte desejado) temperada e refogada 2 kg de costela de porco picada Tempero a gosto 5 colheres (sopa) de óleo 3 colheres (sopa) de extrato de tomate 1 cubo de caldo de costela Cheiro-verde a gosto

COMO FAZER

Para o molho, temperar a costela e levar ao fogo, em uma panela com quatro colheres (sopa) de óleo já aquecido. Pingar água até que a carne fique cozida. Reservar. Refogar, no restante do óleo, o tomate, a cebola e o tempero. Pôr o extrato de tomate e três copos (tipo americano) de água. Deixar cozinhar e, em seguida, pôr as carnes.

Deixar o molho encorpar e reservar. Para o angu, levar a água ao fogo, com um cubo de caldo de costela. Quando começar a ferver, pôr o fubá e mexer. Deixar cozinhar por cerca de 30 minutos. Servir, em cumbucas individuais, o angu regado com o molho, com cheiro-verde a gosto.

Receita fornecida por Gilmar de Oliveira, de Bom Despacho: (37) 3522-3308

DA ROÇA Mais uma especialidade da comunidade do Mato Seco é o polvilho, que aparece em inconfundíveis quitandas como o pão de queijo. Pode ser comprado com Conceição Maria de Oliveira. Contato: (37) 9124-3398.

13


E

VOLUÇÃO DOS SABORES

De início, o trailer vendia coco. Depois, os lanches ganharam espaço e, aos poucos, chope e tira-gosto também deram as caras. O trailer ainda está lá, mas ao seu redor uma estrutura com mesas e banheiros foi montada para dar cara nova ao Rei do Coco, em Bom Despacho. Sob o comando do paulista Paulo Teixeira, o ponto atrai um público bem variado, que vai desde as famílias, que querem deixar a noite mais saborosa com sanduíches, às turmas de amigos, que buscam os famosos petiscos do bar, como a isca de peixe. Preparada seguindo uma lista de cuidadosos detalhes, que passam pela escolha do tempero e pelo modo de fritar, a isca ganhou fama na cidade. Para acompanhar, Paulo lançou mão de uma ideia criativa. “Sempre gostei de abacaxi com carne. Resolvi testar empaná-lo para comer com o peixe e ficou ótimo.” Para que os pedaços fiquem sequinhos e crocantes, o segredo, segundo Paulo, é congelar os ingredientes logo após o processo de empanar. O resultado é de pedir bis.

NO FORNO

Paulo comanda cardápio que atrai cada vez mais fãs

14

No café da manhã ou da tarde, fazem sucesso as roscas preparadas por Sônia Aparecida, da comunidade de Engenho do Ribeiro. Quem chegar tarde fica sem, tamanha a procura. Encomendas: (37) 9138-4440.


PINE FISH INGREDIENTES

400 g de filé de panga ou pangasius (espécie de peixe) congelado Suco de limão, sal a gosto e lemonpepper (tipo de tempero que mistura pimenta com limão, pode ser comprado em mercados ou em lojas gourmet) a gosto Ovo batido e farinha de rosca para empanar Gordura hidrogenada ou azeite para fritar 1 abacaxi descascado e cortado em cubinhos Canela a gosto

COMO FAZER

Deixar o peixe descongelar apenas um pouco e cortar em tirinhas. Misturar o sal, o limão e o lemonpepper e deixar a carne nesse tempero por dois minutos. Passar no ovo batido e

na farinha de rosca. Repetir o procedimento, pôr em uma bandeja, embalar com um papel filme e levar ao freezer, até congelar. Para o abacaxi, passar os cubinhos em ovo batido com canela e, em seguida, na farinha de rosca. Pôr em uma bandeja e deixar no congelador por cerca de uma hora e meia. Empanar novamente e retornar para o congelador, com cuidado para que os pedaços não fiquem presos uns aos outros. Aquecer bem a gordura ou o azeite, suficiente para cobrir o abacaxi e o peixe, que serão preparados separadamente. Fritar até dourar e servir com salada e batata frita.

Receita fornecida por Paulo Teixeira, de Bom Despacho: (37) 3522-5349

15


R

ECEITA DA VITALIDADE

Disposição é produto que não falta para Maria José

A rotina começa às 4h30 da manhã, com uma caminhada de quatro quilômetros em estrada de terra. Ao longo do dia, surge uma série de outras tarefas, como tirar leite da vaca, produzir queijo, preparar polvilho caseiro, molhar a horta, colher frutas, alimentar os porcos e as galinhas, fazer comida, tirar a poeira da casa e ainda fazer artesanato e quitandas. Se você se cansou apenas de ler, saiba que a protagonista desta história ainda guarda fôlego para muito mais.. Com uma alegria de viver que salta aos olhos, Maria José dos Santos, moradora da comunidade rural Capivari dos Marçal, é pau para toda obra. A boa vontade e o carinho depositado em tudo o que faz tornam cada atividade de Maria José merecedora de aplausos. É o caso das maravilhas elaboradas na cozinha, que fazem bonito com as visitas. As rosquinhas caipiras, receita de sua avó, são exemplos da singeleza, da força de sua culinária e, por que não, de sua própria personalidade.

16


ROSQUINHA CAIPIRA INGREDIENTES

3 xícaras (chá) de polvilho azedo 2 xícaras (chá) de farinha de trigo com fermento 2 xícaras (chá) de açúcar cristal 2 xícaras (chá) de queijo de minas meia cura, ralado 2 terços de xícara (chá) de nata 1 quarto de xícara de óleo, mais o necessário para untar 3 ovos 1 colher (sobremesa) de sal

COMO FAZER

Em uma vasilha ou gamela, misturar os ingredientes e sovar bem, até dar o ponto de enrolar com as mãos. Enrolar as rosquinhas no formato desejado (redondas ou trançadas) e pôr no tabuleiro untado com óleo. Pré-aquecer o forno por quatro minutos, a

150 graus, e assar por cerca de 15 minutos.

Receita fornecida por Maria José dos Santos, de Bom Despacho: (37) 9934-4084

GELADO Para deixar os dias quentes mais saborosos, a dica é a Sorveteria Avalanche, no Shopping Praça Mall. Os sorvetes naturais, como o de milho verde, são de fabricação própria e fazem sucesso. Um delícia gelada.

17




T

EMPERO PARA AS TARDES

Chega o fim de semana e o que os viajantes querem é um lugar para comer bem, relaxar e retomar o fôlego para a jornada. Chama a atenção o movimento na Mercearia Paraíso, onde mesas são acomodadas sob a copa de árvores frondosas, como mangueiras e jabuticabeiras. O atendimento é feito pelo dono do estabelecimento, Germânio Roterdã Ferreira, que também administra uma grande chapa instalada na calçada. De lá saem o incomparável feijão de tropeiro e o macarrão, que chegam às mesas para acompanhar a cervejinha gelada. Da churrasqueira, também no passeio, petiscos como torresmo de barriga têm aroma que conquista de longe. Por fim, na cozinha são preparadas iguarias como o picadinho paraíso, uma criação de Germânio que, ao lado das pedidas tradicionais, tem feito sucesso. Aberta há 11 anos, a mercearia se transforma em bar nos fins de semana e atrai a clientela com a promessa de tardes agradáveis. Sentados tranquilamente à sombra, os viajantes se deleitam com as iguarias que abrilhantam a mesa. E, com energias recarregadas, se preparam para seguir em frente, ansiosos por outras surpresas.

FEIRA

Germânio administra chapa de mil e uma utilidades

20

A partir desse mês, a Praça da Estação de Bom Despacho vai receber, nas manhãs de sábado, feira de produtos originários das comunidades rurais, como hortaliças fresquinhas, quitandas e doces caseiros. Confira.


PICADINHO PARAÍSO INGREDIENTES

Para a carne 400 g de filé mignon cortado em tiras 1 lata de cerveja preta 200 ml de vinho tinto seco 1 lata (350 g) de extrato de tomate Louro, pimenta-do-reino, orégano e sal a gosto 2 cebolas picadas 1 tablete de caldo de carne Sal a gosto Para o molho branco 1 copo (tipo americano) de leite 1 copo de requeijão (200 g) 1 colher (sopa) de amido de milho 1 colher (sopa) de óleo Para finalizar Batata palha

COMO FAZER

Temperar a carne com sal. Em uma panela, aquecer o óleo e refogar a cebola. Pôr a carne, deixar dourar e acrescentar os demais ingredientes, exceto os reservados ao molho e a batata. Deixar o caldo encorpar e retirar do fogo. Para o molho branco, levar ao fogo os ingredientes e deixar engrossar. Servir a carne acompanhada do molho, batata palha e pãezinhos. Se preferir, pôr a carne em uma travessa, cobrir com o molho e a batata palha e levar ao forno para gratinar.

Receita fornecida por Germânio Roterdã Ferreira, de Bom Despacho: (37) 9103-9299

21


O

DOM DE ENCANTAR

Habilidade, paciência e dedicação. Dotado desses atributos, Pedro Cardoso de Araújo fez fama em Bom Despacho com seus deliciosos docinhos na palha, uma iguaria que encanta os olhos e seduz o paladar. Delicadamente enrolado, um a um, em pedaços de palha de milho, o doce feito com rapadura e leite tem sabor que só remete a bons sentimentos. Funcionário público, Pedro começou a preparar a guloseima há 26 anos, como forma de complementar a renda da família. Um prazer antigo, cozinhar é, para ele, algo como uma terapia, à qual se dedica especialmente nos finais de sema-

na. “Dia de domingo a cozinha é minha”, conta. Para que o doce dê certo, algumas lições devem ser seguidas. Uma delas é despejá-lo em um tabuleiro coberto com plástico, para que não agarre. Além disso, é importante que a palha seja de milho novo, para garantir que a finalização fique no jeito. Com a desenvoltura acumulada em anos de prática, Pedro embrulha os doces com facilidade de dar inveja. Para se ter uma ideia, por dia ele chega a preparar 400 unidades. E com a mesma velocidade com que são elaborados, os docinhos são consumidos. Afinal, resistir, sim, é tarefa difícil.

Terapia de Pedro na cozinha vira quitanda apaixonante

22


DOCE NA PALHA INGREDIENTES

lada à mão, no tamanho desejado. Fechar as balas amarrando as extremidades com pedaços da própria palha.

Material Palha de milho verde

Receita fornecida por Pedro Cardoso, de Bom Despacho: (37) 3522-2264

4 litros de leite 1 kg de rapadura quebrada 1 colher (sopa) de bicarbonato de sódio

COMO FAZER

Misturar o bicarbonato ao leite e levar ao fogo alto, em um tacho de cobre. Quando começar a ferver, pôr a rapadura e mexer até dar o ponto de bala. Para medir, basta pegar, com uma colher, uma pequena quantidade do doce e colocar em um pouco de água fria. Se formar uma balinha, está no ponto. Despejar o doce em uma vasilha ou tabuleiro forrado com um plástico e deixar esfriar por cerca de cinco horas. Cortar pedaços da palha de milho e colocar, ao centro de cada um, uma balinha, que deve ser enro-

CACHAÇA A dica da “marvada” em Bom Despacho é a Melicana, nas versões prata e aguardente de melado. Facilmente encontrada no mercado local. Contato: (31) 9956-2342 (com Carlos Ricardo).

23


D

OÇURA DE INFÂNCIA

Lambuzar a boca com o caramelo que envolve a maçã do amor. Se empanturrar, até as últimas migalhas, de amendoim e coco cobertos de açúcar. Se sujar de chocolate derretido e lamber, dedo por dedo, o que sobrou da guloseima. Quem nunca experimentou alguma dessas situações, que atire a primeira pedra. Afinal, é na infância que a liberdade para a gula se encontra em seu estágio mais avançado. E, se depois de adultos o controle nos é imposto, nada como se permitir exageros, ao menos em certas ocasiões. Diante da barraca de Cecy Ferreira dos Santos, é impossível manter-se alheio a esse tipo de pecado. Os olhos chegam a brilhar diante do desfile de iguarias que ela, cuidadosamente, monta, para admiração da freguesia. Como se fosse possível, a gente entra em uma máquina do tempo, que nos transporta para as mais doces lembranças de criança. Sem culpa, se entregar é o mais recomendado a fazer. Cricri de coco, espetinhos de frutas, maçãs cobertas de confeitos... Diante de tantas delícias, a felicidade vem de forma instantânea e o que fica é o prazer que só o paladar pode proporcionar.

Barraca de Cecy exagera na diversidade de tentações

24


CRICRI DE COCO INGREDIENTES

6 kg de coco seco (já sem a casca grossa), picado em pedaços bem pequenos 1 kg de açúcar cristal 2 copos (tipo americano) de água 3 colheres (colher de arroz) de achocolatado em pó

COMO FAZER

Levar ao fogo o coco, o açúcar e a água. Quando começar a ferver, pôr o achocolatado e mexer, até secar bem. Despejar em uma peneira, para que saiam os pedaços maiores da calda.

Receita fornecida por Cecy Ferreira dos Santos, de Bom Despacho: (37) 9114-7031

ARTESANATO Nas manhãs de sábado, a praça da Matriz de Bom Despacho recebe a feira da associação Artebom. O grupo de 20 artesãos produz peças para deixar sua cozinha mais bonita. Contato: (37) 3521-3083 (com Joana).

25


I

GUARIA COBIÇADA

Se a fome chegou acompanhada da pressa, nada como uma refeição rápida, mas nem por isso de pouco sabor. Nesse contexto, o ovo, esse fiel companheiro da cozinha, aparece como um versátil ingrediente. Mexido, é uma maravilha para incrementar o arroz branco ou o sanduíche. Cozido, com a gema molinha, dá energia pela manhã. E o que dizer da omelete, essa iguaria que, com criatividade, faz as vezes de uma verdadeira refeição? Pois em Bom Despacho, o prato é uma das opções de maior popularidade da Pizzaria Libre. O curioso na receita de Sônia Maria de Souza, dona do estabelecimento, está no modo de preparo. “Uso apenas as claras, que não podem ser muito batidas, mas quem preferir pode fazer da maneira convencional.” Na chapa, o omeletão, feito com quatro ou seis ovos, ganha recheio de queijo, presunto, catupiri, milho e frango. Ao chegar à mesa, a iguaria faz bonito, deixando com água na boca e provocando cobiça em quem está por perto. Algumas garfadas depois, os viajantes estão prontos para voltar à jornada. Prontos e satisfeitos, diga-se de passagem.

Especialidade de Sônia tem valor de refeição completa

26


OMELETE LIBRE INGREDIENTES

4 ovos (só as claras ou inteiros) Cebolinha e sal a gosto (opcional) 100 g de presunto ralado 100 g de muçarela ralada 3 colheres (sopa) de milho 100 g de peito de frango cozido e desfiado Catupiri a gosto Óleo

um envelope e virar, para que doure dos dois lados..

Receita fornecida por Sônia Maria de Souza, de Bom Despacho: (37) 3522-5293

COMO FAZER

Bater as claras (ou os ovos inteiros) suavemente, com o sal, se desejar, e a cebolinha. É importante não bater muito, para conseguir o ponto certo. Untar com um pouco de óleo uma frigideira grande ou chapa e despejar as claras ou ovos batidos, espalhando bem, para formar uma camada fina. Pôr os ingredientes do recheio em camadas, deixando por último o catupiri. Fechar a omelete como se fosse

LICOR O de jabuticaba é o preferido do público, mas também tem de menta, pequi, jenipapo e laranja. São os licores Gotas de Sabor, produzidos em Bom Despacho por Armando Lima. Experimente: (37) 9985-2004.

27


S

AÚDE QUE PÕE MESA

Desde os tempos antigos, a sabedoria popular está por trás das mais saborosas receitas de nossa gastronomia. Graças a ela, a natureza se faz aliada da boa mesa, levando aos paladares o que há de mais versátil e criativo. Na comunidade rural do Engenho do Ribeiro, a cantineira Judite Maria da Silva é uma das abençoadas pela dádiva do conhecimento. Para alimentar os cerca de 300 alunos da escola em que trabalha, ela lança mão de sábias artimanhas. “Você sabe como são as crianças: é só falar em verdura e legume que fazem cara feia. Por isso, a gente tem que criar receitas gostosas com esses ingredientes para os alunos comerem.” Assim, a farofa ganha como complemento a couve picadinha e a sobremesa surge com combinações inusitadas, como o doce de beterraba com abacaxi. “Muitas mães encomendam comigo esse doce, porque ele faz bem para a saúde, principalmente para os filhos que estão com anemia.” Com esse exemplo, nos despedimos com a certeza de que a cozinha é mesmo um manancial de ensinamentos.

Treinada na lida da cantina, Judite sabe cativar a criançada

28


DOCE DE BETERRABA COM ABACAXI INGREDIENTES

1 kg de beterraba 1 abacaxi 1 rapadura quebrada 200 ml de mel 1 pacote de coco ralado (200 g), mais o suficiente para finalizar o doce

COMO FAZER

Lavar bem a beterraba e descascar. Passar no ralo grosso e reservar. Descascar o abacaxi, cortar em pedaços menores e levar ao fogo, em um tacho, com a beterraba e a rapadura. Mexer até começar a desgrudar do fundo da panela. Pôr o coco e o mel e misturar. Polvilhar coco ralado num tabuleiro e despejar o doce. Pôr mais

coco por cima. Depois que esfriar, cortar os quadradinhos.

Receita fornecida por Judite Maria da Silva, de Bom Despacho: (37) 3524-3163

MEL A caminho da comunidade de Engenho do Ribeiro, no km 123 da MG-164, chama a atenção o Apiário Florimar, onde são produzidos mel, própolis e cera. Contato: (37) 9163-0125 (com João Bosco).

29


T

EMPERO DA TRADIÇÃO

Arroz, tutu, frango caipira e macarrão. Alface colhida na hora, tempero de alho socadinho no pilão, gordura de porco para incrementar o sabor. Galinha ciscando no quintal, almoço às 11 em ponto. Simpatia e portas abertas, um sorriso gratuito e o prazer que somente uma típica refeição na roça é capaz de oferecer. Assim é na casa de dona Esmeralda Maria Rangel, moradora tradicional do Engenho do Ribeiro. Em suas panelas de ferro, das quais não abre mão, ela prepara receitas à moda antiga. A conversa se desenrola de forma espontânea e, aos poucos, dona Esmeralda vai recordando histórias de seu passado, como a do frango cheio, um dos pratos que não faltam no cardápio de domingo. “A gente fazia o frango e decorava com flores de papel crepom para oferecer nos leilões das festas de igreja. Os rapazes que queriam nos namorar arrematavam o frango para agradar”, recorda, entre risos. A prosa é ingrediente especial servido à mesa. Um item que não se paga e que se recebe com os mais sinceros agradecimentos.

RESTAURANTES

Dona Esmeralda não dispensa o que a tradição consagrou

30

Ki Massa (37) 3521-1686 Churrascaria Fazendinha (37) 3522-2408 Bukinha (37) 3521-2261


FRANGO CHEIO INGREDIENTES

1 frango caipira 4 ovos cozidos 3 batatas descascadas e picadas em cubos 1 cabeça de alho 1 cebola batidinha 1 colher (sopa) de sal Pimenta-cumarí, pimenta-do-reino e cheiro-verde a gosto Óleo ou gordura de porco para fritar Material Linha grossa e agulha

COMO FAZER

Limpar bem o frango, retirando todos os miúdos. Furar com um garfo e temperar, por dentro e por fora, com uma mistura de alho socado, as pimentas e o sal. Temperar também os miúdos (moela, fígado e coração). Deixar descansar por cerca de duas horas. Picar

bem os miúdos e reservar. Em uma panela, aquecer um pouco de óleo e refogar a cebola, os miúdos, a batata e o cheiro-verde. Pôr um pouco de água e deixar cozinhar, até secar. Desligar o fogo e pôr dois ovos cozidos e picados. Misturar bem e rechear. Pôr um ovo cozido inteiro em cada extremidade do frango. Com a agulha, costurar as aberturas. Em uma panela funda, de preferência de ferro, pôr óleo ou gordura de porco suficiente para cobrir metade do frango. Deixar aquecer e pôr a ave. Pingar água à medida que for cozinhando e espetar com um garfo, para que o tempero entranhe. O cozimento deverá durar cerca de uma hora e meia. Retirar da gordura e servir.

Receita fornecida por Judite Maria da Silva, de Bom Despacho: (37) 3524-3163

31


P

ORÇÕES DE PERSISTÊNCIA

O dia começa bem cedo e os viajantes se preparam para a última parada da viagem. Momento para tomar um merecido café reforçado, que chega com uma iguaria que é verdadeiro símbolo da cidade. O biscoitinho de queijo, aquele em formato de meia lua, é quitute que não falta nas padarias e mesas locais, nascendo a partir de diferentes receitas. Uma delas é preparada pela quitandeira Denise Maria Rodrigues, que chega a gastar 25 quilos de polvilho por semana na produção. Há sete anos com uma pequena padaria montada nos fundos de casa, Denise é exemplo de persistência. “Eu e meu marido não queríamos mais trabalhar para os outros, queríamos ter nosso próprio negócio. Sempre gostei de cozinhar e resolvi arriscar. Comecei com três pacotes de polvilho e vendia as quitandas para poder comprar mais ingredientes.” Hoje, Denise já emprega três pessoas e alimenta o sonho de ampliar o negócio. Meta que se torna a cada dia mais próxima, graças à qualidade de tudo o que sai do fornos. É com mais esse exemplo inspirador na bagagem que nos despedimos da cidade e de sua gente. Até a próxima.

ONDE FICAR

Com sabedoria e perseverança, Denise cativa a freguesia

32

Mata do Tio João (37) 3522 – 2218 Hotel Glória (37) 3521 – 2424 Pousada Bom Despacho – SESC Laces (37) 3522 -7253


BISCOITO DE QUEIJO INGREDIENTES

1 kg de polvilho azedo 7 ovos 250 g de manteiga 1 colher (sopa) de sal 250 g de queijo de minas meia cura, passado no ralo fino 1 copo (tipo americano) de leite 1 copo (americano) de farinha de milho

COMO FAZER

Deixar a farinha de milho de molho,

por alguns minutos, em um copo de leite. Em uma vasilha, misturar o polvilho, o sal e a manteiga com as mãos, até que fique bem homogêneo. Pôr a farinha de milho com leite, os ovos e sovar bem. Pôr o queijo e, se a massa estiver dura, acrescentar um pouco de leite. Amassar, até dar ponto de enrolar, quando a massa não esteja grudando na mão. Fazer biscoitinhos em formato de meia lua e levar para assar em tabuleiro untado, no forno bem quente, até dourar.

Receita fornecida por Denise Rodrigues, de Bom Despacho: (37) 3522-5142

33


ROTEIRO DO GUIA

● Bom

Despacho | 141 KM DE BH

Na cozinha de Bom Despacho reina a democracia. Há espaço para a culinária de

PRINCIPAIS RODOVIAS DE ACESSO:

boteco, com tira-gostos temperados pela

BR-381 (até Betim) BR-262 (rumo ao Triângulo, até a MG-164)

descontração, assim como para os doces de rua, que remetem à infância. Na área rural, comidas cheias de tradição. Isso sem falar nas quitandas, relíquias da terra. Siga o mapa e experimente essa diversidade.

EXPEDIENTE DIRETOR DE REDAÇÃO

PROJETO GRÁFICO

Gerência de Circulação

Josemar Gimenez

Greco Design

Tel.: (31) 3263-5800

EDITOR DE ARTES GRÁFICAS

DIAGRAMAÇÃO

Gerência de Documentação

Álvaro Duarte

Carlos Augusto

Tel.: (31) 3482-8327

CONSULTOR TÉCNICO

FILM-LESS E

Eduardo Avelar

IMPRESSÃO

REDAÇÃO

TEXTOS

TCS Soluções Gráficas

Avenida Getúlio Vargas, 291

Funcionários.

Bárbara Fonseca

CEP 30.112-020,

FOTOS

Paulo Filgueiras

Gerência de Publicidade

Belo Horizonte - MG

EDIÇÃO

Tels.: (31) 3263-5306/

Telefone: (31) 3263-5105

Roney Garcia

3263-5224

gerais.em@uai.com.br




Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.