Jornal boas novas mar abr 2016

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MAR/ABR 2016 Nº 14

Diabetes em foco no Dia Mundial da Saúde Câncer Colorretal: sintomas, tratamento e prevenção Histórias de Superação

Unidade de Niterói é um sucesso no tratamento por radioterapia Referência no tratamento de câncer no Rio de Janeiro, o Grupo COI inaugurou, em junho do ano passado, a sua primeira unidade em Niterói, em um prédio localizado na Avenida Sete de Setembro, 179, Icaraí. Com 2.200 m² e cinco andares, o espaço é exclusivo para os tratamentos oncológico, hematológico e radioterápico. A unidade oferece um atendimento de excelência aos seus pacientes, reunindo alta tecnologia com acolhimento humano. Além de uma competente equipe multidisciplinar, o COI de Niterói possui um equipamento de radioterapia de última geração: o acelerador Trilogy, que, por ter velocidade até quatro vezes maior que outras máquinas, reduz o tempo da sessão e também a duração do tratamento. “A radioterapia por intensidade

modulada (IMRT), associada à técnica Rapid Arc, permite focar o tratamento exatamente no órgão-alvo, garantindo que o paciente receba a dose de radioterapia exata para seu tratamento, poupando órgãos vizinhos e diminuindo a toxicidade ou reações que poderiam acontecer”, explica Kamilla Lopes, gerente de radioterapia do Grupo COI. A radioterapia guiada por imagem (IGRT) é outra técnica de ponta à disposição na unidade, na qual o especialista pode acompanhar, em tempo real, a área a ser tratada, tornando o método mais eficaz e seguro. “Desde sua inauguração, a demanda pelo serviço na unidade de Niterói foi muito grande. Em aproximadamente um ano de funcionamento, os resultados foram tão impressionantes que decidi-

Equipamentos de última geração da radioterapia do COI Niterói

mos adquirir uma segunda máquina para oferecer o serviço para o maior número possível de pessoas”, comenta Fernando Meton, diretor médico executivo do Grupo COI. O novo equipamento passará a ser utilizado nos tratamentos a partir de junho deste ano. Mais de 470 pacientes de Niterói, São Gonçalo, Região dos Lagos e até do Rio de Janeiro já foram beneficiados com a melhor tecnologia em radioterapia oferecida no estado. “Como o serviço é credenciado a praticamente todos os convênios, acreditamos que, com a chegada da segunda máquina, conseguiremos aumentar de forma significativa o número de pacientes atendidos em um ano”, comenta o Dr. Meton. Atualmente, a unidade recebe cerca de 70 pacientes por dia na radioterapia. “Temos uma demanda reprimida. Com a chegada da segunda máquina Trilogy, esperamos chegar a mais de 100 pacientes por dia”, diz Kamilla Lopes. O Grupo COI é hoje a instituição que possui a maior experiência da América Latina com a tecnologia Rapid Arc, tendo tratado mais de 2.500 pessoas. O serviço conta com o suporte de uma equipe multiprofissional especializada, muitos treinados nos maiores centros internacionais. “Não basta ter a tecnologia e não ter experiência e um acolhimento completo. Os nossos pacientes são vistos de forma individualizada, pois todos precisam de carinho e cuidados específicos”, comenta Fernando Meton.


Diabetes em foco no Dia Mundial da Saúde A diabetes é o tema central das ações do Dia Mundial da Saúde, comemorado em 7 de abril e promovido pela Organização Mundial da Saúde. A cada ano, a OMS escolhe um assunto relevante que demanda atenção especial. A data – criada em 1948 pela Assembleia Mundial da Saúde, com o objetivo de conscientizar a respeito da qualidade de vida e dos diferentes fatores que afetam a saúde da população – foi estabelecida propositalmente a fim de coincidir com o dia de

Sinais e sintomas da diabetes tipo 2 Surge em adultos e idosos com excesso de peso, sedentários e com práticas alimentares inadequadas.

fundação da Organização. “A diabetes é uma das principais causas de morte no mundo e indicadores mostram o aumento de casos”, explica o oncologista e sanitarista Ronaldo Silva, responsável pela área de prevenção e detecção precoce de doenças no Grupo COI. “De forma geral, os fatores de risco para desenvolvê-la são os mesmos do câncer: excesso de peso, sedentarismo e alimentação inadequada”, alerta ele. A diabetes tipo 1, geralmente fruto da herança genética, costuma aparecer na infância e na adolescência. Já a tipo 2, a mais comum, é identificada em adultos na faixa dos 40 e 50 anos. “A doença é causada por uma intolerância ao excesso de açúcar. De tanto produzir insu-

lina para equilibrar a taxa de açúcar do sangue, o organismo entra em falência”, diz o Dr. Ronaldo. Portanto, prevenção é a palavra de ordem. “Devemos privilegiar alimentos naturais e evitar os que vêm enlatados, em caixinhas ou sacos, defumados, prontos para aquecer, além de biscoitos e refrigerantes, entre outros. Eles têm excesso de sódio, carboidratos, gordura e conservantes. O ideal é abolir da rotina”, reforça o médico. Segundo ele, a diabetes pode aumentar os riscos de AVC e infarto, também ligados ao sedentarismo e excesso de peso: “Se melhorarmos nossos hábitos, prevenimos não só a diabetes, mas também várias doenças, como o câncer e a hipertensão.”

Urinar frequentemente

Sensação habitual de muita sede

Fome constante, mesmo se alimentando regularmente

Fadiga intensa

Ferimentos e arranhões que não cicatrizam

Visão turva

Perda de peso (mais comum na diabetes tipo 1)

Formigamento, dormência ou dor nos pés e nas mãos

Outros tipos de diabetes: Diabetes tipo 1 - comum em crianças, adolescentes e adultos jovens. Não está relacionada ao excesso de peso.

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Diabetes gestacional - como diz o nome, costuma aparecer na gestação em indivíduos predispostos, que frequentemente não apresentam os sintomas clássicos da diabetes.

expediente Unidades: Barra da Tijuca MD.X Barra Medical Center Botafogo I Torre do Rio Sul Botafogo II Rua da Passagem, 29 Niterói - Icaraí Nova Iguaçu Ed. Vitality | Centro Central de Atendimento: (21) 3385-2000

Informativo do Grupo COI Publicação interna bimestral

Projeto Gráfico e Diagramação Tutti Design

Coordenação Editorial

Jornalista Responsável Mônica Schettino (17825 DRT)

Editor Médico do Grupo COI Dr. Fernando Meton

Tiragem: 3.000

Editor Responsável Renato Duarte Portugal

Contato/Sugestões marketing@grupocoi.com.br


Câncer Colorretal: sintomas, tratamento e prevenção O câncer colorretal é um tumor maligno que tem origem na camada interna do intestino grosso e reto, sendo mais comum em adultos na faixa dos 60 anos. Alterações no hábito intestinal, sangramento pelo reto, anemia, fraqueza e dores abdominais são alguns sinais de que pode haver algum problema. Geralmente ele surge a partir de pólipos benignos que podem sofrer alterações progressivas em suas células e evoluir para um câncer. Para esclarecer e alertar sobre o câncer colorretal, o jornal Boas Novas conversou com Dr. Alexandre Palladino, oncologista do Grupo COI. A colonoscopia é o principal exame para o rastreamento da doença. É feito um estudo do intestino grosso e reto a partir de uma câmera flexível introduzida no ânus do paciente, sob sedação, que permite a visualização de lesões suspeitas. Segundo o Dr. Palladino, é possível detectar de forma precoce pólipos que podem virar tumores malignos. “O exame é indicado a partir dos 50 anos, mas, para quem tem histórico familiar, sugiro saber quando o parente teve o câncer e buscar prevenção dez anos antes da idade detectada”, destaca o médico. Ter uma dieta rica em fibras, vegetais e frutas e evitar carne vermelha, embutidos e defumados, além de praticar atividade física regular, são atitudes que ajudam a impedir o desenvolvimento da doença. “O impacto da prevenção do câncer colorretal é enorme. Uma vez detectado e retirado o pólipo, evita-se que vire câncer. É preciso falar mais disso”, alerta. Boas Novas: Quais são os sintomas desse tipo de tumor? Alexandre Palladino: As queixas mais frequentes são alterações no hábito intestinal, sangramentos pelo reto, anemia, fraqueza e dor abdominal. BN: Quais são os tipos de câncer colorretal? AP: O principal tipo de tumor colorretal é o adenocarcinoma, representando mais de 95% dos casos. Outros tipos, como tumores carcinoides e GIST, são raros. BN: Como posso prevenir esse câncer? AP: Procure manter hábitos de vida saudável. Tenha uma alimentação rica em vegetais, frutas e cereais. Evite carnes vermelhas, embutidos e bebidas alcoólicas. Não fume. Faça exercícios físicos regulares. Mas lembre-se de que a principal forma de prevenção é a partir de exames de rastreamento, como a colonoscopia, para identificação e remoção de pólipos.

Dr. Alexandre Palladino, oncologista do Grupo COI

BN: Quais são os fatores de risco para o câncer colorretal? AP: Idade acima de 50 anos; história familiar de câncer de cólon; história pessoal de outros tumores, como câncer de ovário, útero ou mama; doença inflamatória intestinal; baixo consumo de fibras e ingestão de alimentos com alto teor de gordura; tabagismo e consumo de bebidas alcoólicas; obesidade e sedentarismo. BN: Como detectar precocemente essa doença? AP: A detecção deve ser feita a partir de exames de rastreamento, como pesquisa de sangue oculto nas fezes e colonoscopia. Tais exames são indicados para toda a população a partir dos 50 anos. BN: O que é colonoscopia? AP: É o principal exame de rastreamento do câncer colorretal. Consiste no estudo do intestino grosso e reto, a partir da introdução de uma câmera flexível no ânus, com o paciente sob sedação, que permite a visualização de lesões suspeitas, a realização de biópsias e a remoção de pólipos. BN: Como é feito o diagnóstico? AP: Necessita de comprovação com biópsia, na maioria dos casos, feita durante a colonoscopia, após identificação da lesão suspeita. BN: Quais são os tratamentos do câncer colorretal? AP: O tratamento vai depender do tamanho, da extensão e da localização do tumor. A cirurgia é o principal tratamento nos tumores localizados,

podendo ser combinada com quimioterapia e/ou radioterapia (particularmente nos tumores de reto). Nos tumores avançados, ou seja, com metástase, o tratamento se baseia principalmente na quimioterapia, mas, em alguns casos, pode ser indicada a cirurgia. BN: O câncer colorretal é hereditário? AP: A maioria dos casos ocorre de forma esporádica. No entanto, em torno de 20% dos casos, esse tipo de câncer pode ser hereditário. BN: O câncer colorretal tem cura? AP: Sim, principalmente aqueles tumores em fase inicial. Quanto mais precoce o diagnóstico, maiores as chances de cura. BN: Quais são as novidades do tratamento do câncer colorretal? AP: Com os avanços nos estudos de biologia molecular e a genética dos tumores, novos medicamentos surgiram para o tratamento do câncer colorretal. Essas drogas apresentam alvos específicos nas células tumorais, sendo tratamentos mais direcionados e personalizados. BN: Qual a incidência da doença no Brasil? AP: Estimativas do INCA apontaram 34.280 novos casos no Brasil, em 2016. Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer colorretal é o terceiro tipo de câncer mais comum em homens, ficando atrás do câncer de próstata e de pulmão, e o segundo entre as mulheres, antecedido apenas pelo câncer de mama.


Histórias de Superação: Ana Maria Tepedino

“A coisa mais importante do mundo é a fé” O ano de 2014 foi marcante na vida da teóloga Ana Maria Tepedino. Um dia, sua filha notou que ela possuía um inchaço no pescoço, achou estranho e pediu que ela consultasse um médico. Como faria bodas de ouro em meados daquele ano e toda sua atenção e alegria estavam voltadas para a comemoração, Ana resolveu adiar a consulta. Depois da data festiva, em julho de 2014, ela começou uma série de visitas a médicos, que encontraram três nódulos em sua tireoide. Um deles era maligno – carcinoma, considerado violento e muito invasivo –, e já havia penetrado na traqueia. “Foi um grande soco no estômago, um verdadeiro nó na garganta. A gente perde a fala, perde o chão, deixa de ver e escutar. Mas engoli as lágrimas, criei um mecanismo de defesa, fechei os olhos e disse para mim mesma: vai dar tudo certo! Esperança e otimismo nos infundem uma coragem que desconhecemos e que é importantíssima para enfrentar a doença”, conta Ana Maria. Foram dois meses de tratamento intenso, com sessões de radioterapia cinco vezes por semana. “Uma experiência única, maravilhosa. Conheci pessoas de mundos tão diferentes do meu e ali éramos todos iguais. Fui descobrindo que a coisa mais importante do mundo é a fé e que o bom humor ajuda muito. O ‘bar da água’, por exemplo, ideia de uma das pessoas que também se tratavam ali, o Roberto Cabral, é o bebedouro onde todos os pacientes

[ acabam se encontrando e virou um lugar de bate-papo e brincadeira. Isso fez uma enorme diferença para mim”, lembra Ana Maria. Claro que, apesar de todo o otimismo, a teóloga teve seus momentos de medo e questionamento. “Por quê eu tenho isso? Como Deus permite? Essas são perguntas erradas. Isso não é castigo, acontece porque somos humanos e estamos sujeitos a isso. Entendi que tinha que mudar a pergunta. Em vez do ‘Por quê?’, usei o ‘Para quê?’, remetendo ao futuro o que poderia aprender com tudo isso”, afirma. “Meus quatro filhos me botaram no colo com uma maturidade, um amor, que me fizeram perceber a boa educação que dei para eles. Enxerguei amigos maravilhosos ao meu lado. Antes eu me magoava com coisas bobas, agora me tornei mais paciente e tolerante. Minha relação com Deus melhorou. Toda essa reviravolta

Ana Maria Tepedino

]

teve um saldo muito positivo.” Mesmo com o fim do tratamento e após receber a notícia de sua cura, Ana Maria Tepedino ainda frequenta a unidade do COI. Ela gosta de participar de eventos e palestras que acontecem por lá. “A atenção, o cuidado e o carinho que recebi da recepcionista até o médico foram incríveis, um bálsamo nas horas difíceis. Digo que o COI é um milagre”, brinca. “Sempre ensinei aos meus alunos que em latim existem duas palavras para alegria: a laetitia e a gaudium. A laetitia é a alegria das brincadeiras, das piadas, dos momentos bons, que a gente perde no sofrimento. Já a gaudium é a alegria profunda por ter fé, um projeto de existência, algo que norteia a vida, uma direção que imprimimos e que nada nos faz perder. No meu caso, é a fé cristã. Muita gente me via alegre e se surpreendia. A resposta é a minha fé.”

Destaques do Breast Cancer Symposium em evento Há cinco anos consecutivos, Aline Gonçalves, oncologista do Grupo COI, participa do Breast Cancer Symposium, que acontece na cidade de San Antonio, Texas, Estados Unidos. A 38ª edição do evento foi em dezembro de 2015 e teve a participação de 7.576 profissionais, de 93 países. Eles abordaram temas como biologia molecular, etiologia, prevenção, diagnóstico, tratamento e seguimento do câncer de mama. “Esse é considerado o melhor encontro sobre câncer de mama no mundo, excelente oportunidade para atualização e consequente melhoria da prática de cuidados com as nossas pacientes”,

diz a Dr.ª Aline. Para discutir os assuntos mais relevantes do simpósio com os médicos que não puderam ir a San Antonio, o Grupo COI organizou um evento no restaurante Mr. Lam, na Zona Sul do Rio de Janeiro, no último dia 2 de fevereiro. Segundo a Dr.ª Aline, os oncologistas e mastologistas do COI contaram com as apresentações do Dr. Antônio Luiz Frasson, mastologista do Hospital Albert Einstein, de São Paulo, e da Dr.ª Fabíola Procaci Kestelman, radiologista da Clínica Cavalieri, no Rio de Janeiro, que engrandeceram as discussões científicas.

Dr.ª Aline Gonçalves, oncologista do Grupo COI


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