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JAN/FEV 2015 Nº 7

Vinte e cinco anos do Grupo COI Perguntas e Respostas HPV e o Carnaval Dia do Farmacêutico Dia Mundial Contra o Câncer

Vinte e cinco anos de atendimento com foco no paciente Grupo COI celebra aniversário de fundação com atenção em qualidade e cuidado multidisciplinar Quando começaram a atender pacientes no pequeno consultório de Ipanema, em 1990, os médicos Nelson Teich, Monica Schaum e Mauro Zukin não imaginavam que construiriam uma clínica com o tamanho e estrutura que tem hoje o Grupo COI. Com unidades na Barra da Tijuca, duas em Botafogo – uma com inauguração marcada para março -, Niterói e Nova Iguaçu, hoje o grupo é presente em várias áreas importantes da região metropolitana. Embora em estrutura física pequena, o primeiro consultório já nascia com o pioneirismo dos tratamentos de quimioterapia em um ambiente mais acolhedor que um hospital. Naquela época não havia estrutura ambulatorial que oferecesse ao paciente essa possibilidade. Igualmente importante foi a realização de parcerias com as operadoras de saúde, que puderam dar suporte a tratamentos de custos elevados viabilizando atendimento para um grupo significativo de pacientes com câncer. - No começo, não tínhamos ideia de que poderíamos crescer a este ponto. Após alguns anos, no entanto, percebemos a capacidade e começamos a planejar uma estrutura mais completa – afirma Teich, presidente do Grupo COI. No início, eram apenas três cadeiras para terapia infusional, ou seja, aplicação de medicamentos por via endovenosa, intramuscular e subcutânea. A primeira expansão foi a montagem de um serviço de atendimento de oncologia na Casa de Portugal, no Rio Comprido, local que já abrigava clínicas de outras especialidades. Depois, veio a oportunidade de se instalar no Centro Médico do Barra Shopping, em meados dos anos 90, então uma inovação. - Naquela época, a Barra ainda estava sendo desbravada e um centro médi-

Nelson Teich, presidente, Monica Schaum, Oncologista, e Mauro Zukin, Oncologista e Diretor Técnico do Grupo COI

co em um shopping era uma novidade. Saímos de Ipanema, mas conquistamos a Barra e um grande espaço na medicina carioca – lembra Zukin. Foi dessa experiência, segundo Monica, que veio o conceito de tratamento multidisciplinar, ou seja, em que se agregam ao atendimento oncológico outras especialidades, como radioterapia, nutrição, fonoaudiologia, psicologia e genética, por exemplo. Todas de alguma forma podem colaborar para o melhor atendimento, diz ela: - O paciente com câncer tem muitas demandas. Para um cuidado completo é necessário desenvolver uma visão holística do que se precisa para um bom tratamento. O suporte emocional para o enfrentamento da doença é fundamental e uma orientação nutricional adequada possibilita maiores recursos para os pacientes em terapia, por exemplo. Esse perfil multidisciplinar, acrescenta Teich, aumenta a eficiência do tratamento, reduz o risco para os pacientes, diminui os erros e torna os profissionais mais qualificados por causa da troca de experiências. O sucesso da empreitada no Barra Shopping levou à inauguração da unidade no Rio Sul, com o tratamento multidisciplinar como destaque.

Com o crescimento do Grupo chegaram novos colaboradores e mais pacientes, sendo então necessária uma área física maior que oferecesse mais conforto e incorporasse novas tecnologias de tratamento. Essa busca levou à transferência das atividades para o MD.X Barra Medical Center. Com a inauguração do MD.X iniciou-se as atividades na área de Radioterapia. O Grupo COI fez um grande investimento nessa área trazendo profissionais capacitados em radioterapia e física médica, bem como tecnologia de ponta em equipamentos. A inauguração do Serviço de Radioterapia em novembro de 2009 trouxe a mais moderna máquina de radioterapia da América do Sul para o Rio de Janeiro. Mais uma vez renovou-se o compromisso de ofertar o melhor aos pacientes que procuram o Grupo. A entrada de um fundo de investimentos como sócio, em 2011, ajudou na conquista de recursos para a continuidade da expansão e na adoção de práticas mais modernas de gestão. ‘O Paciente é centro de tudo’ Antes mesmo do caráter multidisciplinar do atendimento, no entanto, a marca do Grupo COI é a preocupação com o pa-


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- Vinte e cinco anos de atendimento com foco no paciente

ciente e a qualidade do atendimento: - Mesmo com o crescimento, tentamos manter a simplicidade e humanização do atendimento – destaca Mauro Zukin. A fidelidade aos princípios do início do grupo, com o objetivo de colocar o paciente no centro de tudo, também é ressaltada por Monica: -A medicina avançou, a gente inovou, mas nunca perdeu o foco de que o paciente é o centro de tudo – destaca Monica. Ainda que não seja das tarefas mais fáceis administrar esse foco no paciente em um mercado com dificuldades para valorização e remuneração adequadas. Entre as principais lições desses 25 anos de Gru-

po COI, Nelson Teich aponta o aprendizado da combinação entre uma visão essencialmente médica e a visão empresarial, necessária para levar o negócio adiante: - Com o foco nas pessoas, a lucratividade tende a cair porque se gasta mais para prestar um bom serviço, com bons profissionais e tecnologias. Isso é pouco valorizado, nem todos podem pagar. É difícil, mas é possível combinar qualidade e retorno. Um dos importantes investimentos na busca por melhores serviços nesses 25 anos foi a inauguração do Instituto COI, em 2008, para desenvolver pesquisa e educação em oncologia. A ideia, diz Teich,

veio do desejo de obter informações que pudessem ser comparadas com centros de tratamento de outros lugares do mundo, além de permitir a avaliação sobre os tratamentos junto aos pacientes. Ao olhar para os próximos 25 anos, os fundadores do Grupo COI têm como meta o aprimoramento constante da qualidade do atendimento prestado aos pacientes, mas também ao quadro de funcionários: - Nosso principal projeto é montar uma instituição cada vez melhor, que atenda aos pacientes da melhor forma possível. Mas esse cuidado também se estende aos nossos funcionários, para que tenham dias menos difíceis – afirma Teich.

Perguntas e Respostas Jornal Boas Novas: O que mudou no tratamento de câncer nesses 25 anos? Nelson Teich: O tratamento mudou radicalmente. O volume de medicamentos e de opções de tratamento aumentou barbaramente, as máquinas de radioterapia são muito mais sofisticadas, as cirurgias avançaram muito e a oncologia é outra. São dois mundos completamente diferentes. Pelo nosso lado, é preciso acompanhar os avanços para manter o foco nas pessoas e garantir a rentabilidade. Monica Schaum: Houve melhoria dos exames de diagnósticos, foram incorporados exames que permitem a detecção da doença em fases mais iniciais, a chegada de novas drogas, que são incluídas no dia a dia do paciente, além de novas tecnologias de radioterapia. O Grupo COI foi pioneiro e trouxe, em 2009, a máquina mais moderna de radioterapia da América Latina. Esta é uma característica nossa: investir para trazer o que é melhor para os pacientes. Mauro Zukin: Muito. A incorporação 2de novas drogas e estratégias mudou o cenário. O atendimento e cuidado integral é a tônica do momento e o Grupo COI caminha para esse foco. JBN: Quais foram as principais dificuldades para o Grupo COI chegar até aqui? Teich: Não somos um país rico, não

temos o mesmo volume de dinheiro para remunerar os serviços como em outros países. As dificuldades são enormes de se prestar um serviço com foco no cliente em um país menos desenvolvido. Monica: A maior dificuldade é a valorização da qualidade. Nossa oferta de serviços é para o cliente, mas na maior parte das vezes a fonte pagadora é a operadora de saúde. Isso traz uma dicotomia significativa, dificulta o entendimento do que é mais necessário para o bom atendimento. É muito difícil trazer as melhores tecnologias, profissionais e equipamentos para um ambiente que não prima pela remuneração adequada. Para nós, o principal não é o custo, mas a oferta de serviços de qualidade, do melhor da medicina, com infraestrutura e profissionais bem treinados. Isso demanda um investimento enorme. Zukin: Fazer investimentos cada vez maiores em vez de poupar e guardar foi sempre uma área de atrito. Felizmente estávamos certos e os investimentos nos trouxeram aqui. As dificuldades com as seguradoras, muitas vezes nossas parceiras, foram grandes e a queda de braço para economizar sem cair a qualidade sempre foi um desafio. JBN: Os senhores lembram de casos mais marcantes?

Teich: Atendi a uma moça que teve câncer no estômago muito jovem, em seus trinta e poucos anos. Ela chegou a se tratar nos Estados Unidos com nosso acompanhamento, mas infelizmente não resistiu. Era muito forte, assim como sua família, e foi muito difícil. Monica: Há quase 20 anos, atendi o caso de uma compressão de medula nervosa por tumor em uma jovem de 14 anos, que por isso estava sem movimento nas pernas. Ela fez a cirurgia, recuperou os movimentos, mas anos depois a doença voltou no pulmão. Ela foi operada e fez nova quimioterapia. No mês passado, aos 32 anos, veio numa consulta de rotina, grávida de cinco meses. Isso é muito emocionante, não tem preço. Zukin: Tenho vários, ainda bem. Depois de um tempo, muitos pacientes tornam-se amigos que falamos várias vezes ao dia, na semana, no mês e no ano. Quando partem, ficamos tristes. Seria uma injustiça lembrar de só um caso, guardo muitos com carinho. Alguns engraçados como o da senhorinha que me perguntou sobre o efeito colesterol da medicação. JBN: Quais as lições que os pacientes ensinam todos os dias? Teich: Nossos pacientes são guerreiros, são pessoas que nos ensinam como a vida

expediente Unidades: Barra da Tijuca MD.X Barra Medical Center Botafogo I Torre do Rio Sul Botafogo II Rua da Passagem, 29 (em breve) Niterói - Icaraí Nova Iguaçu Ed. Vitality | Centro Central de Atendimento: (21)3385-2000

Informativo do Grupo COI publicação interna bimestral Coordenação Editorial Oncologia Clínica Dr.ª Monica Schaum Gerência de Marketing Viviane Serretti Barbosa

Projeto Gráfico e Diagramação Tutti Design Jornalista Responsável Lucianne Carneiro (Mtb 23212) Tiragem: 3.500 Contato/Sugestões marketing@grupocoi.com.br


vale a pena e como enfrentar desafios permanentes. É inevitável que se passe a dar mais valor para sua vida. Monica: São muitas lições, mas principalmente buscar estar sempre de bem com a vida. Zukin: Somos todos iguais nessa noite. Cuidamos de pessoas com res-

peito e carinho, mas com o que tem de melhor que a medicina oferece. Nossos funcionários pensam como nós, o espírito do Grupo COI. JBN: Que frase diria hoje a uma pessoa que acabou de receber o diagnóstico de câncer? Teich: A vida pode voltar ao normal

lá na frente, mesmo que seja difícil hoje. Monica: Acredite sempre, não se esconda e enfrente o câncer da melhor maneira possível. Converse com os profissionais: hoje a oncologia está avançada e tem muito a oferecer. Zukin: Sorria, estamos juntos, vamos cuidar de você com o que temos de melhor.

servativo, mas seu uso reduz significativamente a transmissão. Estudos apontam que 60% a 80% das pessoas com vida sexualmente ativa têm ou terão contato com o HPV. Na maioria dos casos, o organismo elimina as infecções. Alguns tipos de HPV, no entanto, têm maior risco de provocar infecções persistentes, que facilitam o desenvolvimento de lesões precursoras que, se não forem tratadas, podem levar ao câncer. Para identificar o vírus, é reco-

mendado que mulheres a partir dos 24 anos realizem o exame de Papanicolau, a cada dois ou três anos. O exame é importante para a detecção e o tratamento precoce de lesões iniciais. Quando detectado em estágio inicial, a cura do câncer de colo de útero se aproxima de 100%. Por isso, previna-se. Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) apontam que a incidência deste tipo de câncer chega a 17.500 casos por ano.

HPV e o Carnaval Carnaval é época de folia, mas também de aumento do contágio de doenças sexualmente transmissíveis, como o papilomavírus humano, mais conhecido pela sigla HPV, responsável pelo câncer de colo de útero. Assim, é preciso redobrar a atenção e usar o preservativo durante o contato sexual, seja com ou sem penetração. Isso porque a transmissão do vírus se dá pelo contato com a pele ou mucosa infectada. Há casos de contágio mesmo com o pre-

Dia do Farmacêutico

Participação em Congressos e Eventos - Médicos Grupo COI Novembro e Dezembro Fronteiras do Conhecimento em Oncologia 5 nov | RS Oncologista clínico - Dr. Carlos Gil Ferreira Hemo 2014 6 a 9 nov | Florianópolis - SC Hematologista clínico Dr. Ricardo Bigni Philips – Workshop sobre soluções analíticas 6 nov | Rio de Janeiro - RJ Oncologista clínico - Dr. Fernando Meton 16º Simpósio de Odontologia - 8 nov Cirurgião-dentista - Dr. Héliton Spíndola II Jornada Nacional de Física Médica – ACOFIMPRO 7 nov | Bogotá - Colômbia Físico médico - Helio Salmon Ad. Board Regorafenib 7 nov | São Paulo - SP Oncologista clínico - Dr. Fernando Meton Programa de Educação Continuada em Uro-oncologia realizado pela parceria da SBU-RJ com a SBOC 10 nov Oncologista Clínico - Dr. Humberto Cottas Radio Oncologista - Dr.ª Juliana Panichella Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde – Encontro da Rede Nacional de Pesquisa Clínica em Câncer – RNPCC 12 a 14 nov | Brasília Oncologista Clínico - Dr. Carlos Gil Ferreira XIV Jornada de Nutrição Parenteral e Enteral-RJ e IV Encontro Sudeste de Nutrição 13 a 15 nov | Centro de Convenções Sul América - RJ Nutricionista Luciana Fernandes Nutricionista Patricia Albuquerque

Third Annual Conference of ICHOM (International Consortium for Health Outcomes) 14 nov | Boston (EUA) Oncologista clínica - Dr.ª Clarissa Baldotto Encontro Científico do Grupo de Tumores de Cabeça e Pescoço 19 nov | Restaurante Rubaiyat Rio - RJ Radio Oncologista Dr. Igor Migowski Oncologista clínico Dr. Paulo Mora Mini Meeting Avastin CCR (Roche) 20 nov | Salvador - BA Oncologista Clínico - Dr. Fernando Meton IV Simpósio de Odontologia Oncológica 22 nov | Hospital de Câncer de Barretos Cirurgião-dentista - Dr. Héliton Spíndola Curso de Especialização em CTI da Universidade UNIGRANRIO 22 nov | Rio de Janeiro - RJ Enfermeira - Adriana Crespo Encontro Científico do Núcleo de Oncologia Torácica 27 nov | Restaurante Rubaiyat Rio - RJ Oncologista clínica Dr.ª Clarissa Baldotto Oncologista clínico Dr. Carlos Gil Oncologista clínica Dr.ª Eloá Pereira Brabo Oncologista clínico Dr. Mauro Zukin Oncologista clínica Dr.ª Tatiane Montella Radio Oncologista Dr. Igor Migowski Projeto CIRCUITO SAÚDE GEAP 27 nov | FUNARTE - RJ Radio Oncologista – Dr.ª Juliana Panichella XIV Congresso Brasileiro de Oncologia Pediátrica 27 nov | Brasília - DF Oncologista Clínico - Dr. Carlos Gil Ferreira

Novembro Azul 28 nov | Sede da AAFBB – Associação de Aposentados e Funcionários do Banco do Brasil - RJ Radio Oncologista- Dr. Igor Migowski 1º Simpósio de Odontologia Hospitalar do Hospital São Francisco - 28 nov Cirurgião-dentista - Dr. Héliton Spíndola Workshop para Enfermeiros (as) sobre Manejo de Pacientes em Terapias com Inibidores Multi-quinases 28 nov | São Paulo - SP Médicos Palestrantes: Oncologista clínico - Dr. Fernando Meton Gerente de Enfermagem - Patricia Passos Supervisora de Farmácia - Lucyana Carvalho Workshop de Inovação Janssen Brasil 01 de dezembro | Rio de Janeiro - RJ Oncologista Clínico - Dr. Carlos Gil Ferreira Reunião para atualização do consenso de câncer de cólon 5 dez | Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa - RJ Oncologista Clínico - Dr. Fernando Meton PLEURA IN RIO 2014 - 5 dez | Rio de Janeiro - RJ Médicos Palestrantes: Oncologista Clínico - Dr. Mauro Zukin Oncologista Clínica - Dr.ª Tatiane Montella Oncologista Clínica - Dr.ª Eloá Brabo Radio Oncologista - Dr. Igor Migowski Curso SBRT - 11 a 13 dez | Amsterdam (Holanda) Médicos Palestrantes: Físico Médico - Helio Salmon Radio Oncologista - Dr. Igor Migowski Radio Oncologista - Dr.ª Rosana Andrade Radio Oncologista - Dr. Antonio Pedro Ribeiro Físico Médico - Fábio Cursino


“É preciso ir para cima do problema e não deixar que ele o domine” Marcos Paulo Quando vê o pequeno Marcos Henrique, seu filho que acaba de completar um ano, Marcos Paulo Orphão Pinto tem a comprovação de sua vitória contra um câncer de testículo diagnosticado em 2004. Em outubro, quando tinha 28 anos de idade, teve que se submeter a uma cirurgia apenas dois dias depois de uma visita ao urologista. - O urologista só disse que eu precisava operar urgentemente e que “aquilo não podia ficar em mim”. Visitei um segundo médico, que deu o mesmo diagnóstico. Tinha uma vida muito corrida porque estudava e trabalhava. E foi tudo muito rápido: minha consulta foi na quarta-feira e operei na sexta-feira conta Marcos. O diagnóstico de câncer só veio depois da operação, mas Marcos não se deixou abater. Ele chegou a se assustar na hora, mas a decisão de encarar a questão de frente, continuar sua rotina, confiar na equipe do Dr. Mauro Zukin e em Deus foram fundamentais para vencer a doença. Na época, teve duas opções de tratamento: fazer logo as 13 sessões de quimioterapia ou acompanhar mensalmente a evolução de seu quadro com exames. - Preferi ser objetivo e fazer logo a quimioterapia. Não é fácil, mas quis logo zerar isso no meu corpo e não ter dúvida de que estava curado. É preciso ir para cima do problema e não deixar que ele o domine - afirma.

Durante o tratamento, manteve sua rotina de trabalho durante o dia, a faculdade de Administração de Empresas à noite, o lazer e encarou a batalha que incluiu efeitos colaterais e a perda de cabelo. Mesmo nos dias em que fazia as sessões de quimioterapia não deixava suas atividades de lado. A postura foi sempre considerar aquele período como passageiro e seguir a vida. Nessa tarefa, contou com a ajuda dos pais, da irmã e dos amigos, que mantiveram o clima de alegria no cotidiano. - Em nenhum momento pensei de forma negativa e fiquei imaginando o pior. Segui minha vida normalmente e não parei nada. Tive o apoio da família e dos amigos. Não havia melancolia e comemoramos com alegria o Natal e o Ano Novo, por exemplo. A confiança na equipe médica responsável pelo tratamento também é fundamental, lembrou. Depois de uma primeira experiência não tão positiva, teve empatia imediata com o Dr. Mauro e passou a se sentir seguro: - É preciso confiar que o médico e sua equipe estão fazendo o melhor. Isso é muito importante – diz Marcos Paulo, que recebeu alta do tratamento no fim de 2009. E o apoio da equipe médica também ajudou numa decisão importante: antes de se submeter à quimioterapia, Marcos Paulo fez o congelamento de seu esperma, diante do risco de que pu-

desse ter dificuldades para ter filhos mais à frente. Depois de concluído o tratamento, no entanto, um exame descartou o risco e Marcos Paulo até mesmo cancelou o contrato com a empresa responsável pelo congelamento. A confirmação de que o câncer tinha ficado para trás veio com o nascimento de Marcos Henrique, em 20 de dezembro de 2013, fruto do casamento com Michelle, em 2012. - O fato de o Marcos Henrique ter vindo perfeito, com saúde e muito lindo é uma resposta. É uma prova de que venci a doença - diz. Para os que recebem o diagnóstico de câncer, Marcos Paulo afirma que o melhor caminho é manter a atitude positiva e a rotina. - A melhor cura está dentro da pessoa, dentro da cabeça e do coração. É preciso entender que os problemas acontecem e deve-se olhar para frente e persistir nos seus sonhos. Quem tem fé, deve também se apegar a ela.

Dia Mundial contra o Câncer Com o tema “Nada além do nosso alcance”, será celebrado em 4 de fevereiro o Dia Mundial do Câncer (World Cancer Day). A campanha é liderada pela União Internacional para o Controle do Câncer (UICC, na sigla em inglês), uma organização não governamental (ONG) que reúne mais de 800 entidades em 155 países, como centros de tratamento, institutos de pesquisas e grupos de pacientes, entre outros. A ideia para 2015 é assumir uma abordagem positiva e proativa no controle da doença, mostrando que existem soluções e que elas estão

dentro do nosso alcance. O câncer é considerado uma epidemia e mata 8,2 milhões de pessoas por ano em todo o mundo. Desses, quatro milhões de mortes são prematuras, ou seja, de pessoas com idade entre 30 e 69 anos. A campanha está voltada para quatro dimensões principais: a escolha de vidas saudáveis, a detecção precoce, o acesso de todos ao tratamento e a melhoria da qualidade de vida. “A mensagem de que nada está fora do nosso alcance é direcionada para os diferentes atores envolvidos no controle

do câncer como os indivíduos de uma comunidade, as organizações públicas e privadas e os governos. Um indivíduo pode mudar seus hábitos, como parar de fumar ou alimentar-se de forma mais saudável; uma empresa pode promover programas de redução de fatores de risco ocupacionais; governos podem aumentar impostos de produtos que aumentem o risco de câncer para diminuir seu consumo”, explica o sanitarista do Grupo COI Ronaldo Silva. Para mais informações, acesse o site: http://www.worldcancerday.org/


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