MIDIATECA LIVRE

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MIDIATECA LIVRE


Carmen Jimenez Castro JoĂŁo Paulo Silva Prado Lorena Leonel Abreu




ASPECTOS CONCEITUAIS Introduzindo o projeto, este capítulo tem o intuito de abranger todo o processo construtivo da Midiateca LIVRE, além de explicar os conceitos norteadores para a criação do projeto: percurso, sinestesia e perene.

ANÁLISES DO TERRENO

DESENHOS TÉCNICOS

MATERIAL E MOBILIÁRIO


IMPLANTAÇÃO RESOLUÇÃO Nº 302, DE 20 DE MARÇO DE 2002 Dispõe sobre os parâmetros, definições e limites de Áreas de Preservação Permanente de reservatórios artificiais e o regime de uso do entorno. Art 3º Constitui Área de Preservação Permanente a área com largura mínima, em projeção horizontal, no entorno dos reservatórios artificiais, medida a partir do nível máximo normal de: I - trinta metros para os reservatórios artificiais situados em áreas urbanas consolidadas e cem metros para áreas rurais; Mapa...


STORYBOARD E DESENVOLVIMENTO DO PARTIDO 1

2

3

4

Desde o início foi imaginada a ideia de um complexo composto por três prédios, o que criaria para o visitante a possibilidade de percorrer diferentes caminhos, de acordo com a palavra chave “percurso”. No primeiro momento foram estudadas formas regulares dispostas em traçado ortogonal e variação na altura dos volumes. Com a intenção de tornar a forma mais livre e em sintonia com o local de implantação, o desenho tornou-se mais irregular e despojado. Nas duas etapas finais os volumes foram interligados com uma passarela suspensa que permitiu melhor acessibilidade entre eles.

A obra do artista plástico espanhol Pablo Palazuelo “A Vida Não Acaba Nem Com A Morte” serviu como referência para o desenvolvimento da forma irregular, inspirada no conceito de perenidade, que se traduz no projeto da midiateca a partir da concepção de que o conhecimento é perene e se perpetua mesmo após a morte.


CONCEITO

PERCURSO

“o caminho que se deve percorrer, a ação de se movimentar através de um espaço”.

SINESTESIA

A combinação dos sentidos que permite a sensação simultânea dos estímulos externos; é a relação entre diferentes planos sensoriais.

MIDIATECA LIVRE

PERENE

“O que permanece ao longo do tempo; contínuo; duradouro.”


LIVRE O conceito LIVRE se dá no projeto a partir de ambientes em que o acesso é completamente público, tendo apenas o auditório interno com acesso controlado por motivos de segurança O LIVRE também está presente no projeto a partir da flexibilidade dos ambientes, em que os layouts podem ser facilmente alterados, possibilitando novas atividades nos espaços.

O uso de poucas divisórias nos ambientes também está relacionado com o conceito LIVRE: não apenas o exterior, mas o interior do projeto promove um fluxo de pessoas contínuo e livre.

Zona de livre acesso

Zona de acesso controlado

Zona de acesso interno



ASPECTOS CONCEITUAIS

ANÁLISES DO TERRENO Este capítulo é um breve diagnóstico de toda a pesquisa realizada durante o semestre no terreno em que o projeto foi implantado: o Parque da Cidade Sarah Kubitschek. Além dos aspectos conceituais, o diagnóstico tfoi um importante norteador para a realização do projeto da Midiateca LIVRE, a partir do entendimento das demandas, carências e particularidades do local.

DESENHOS TÉCNICOS

MATERIAL E MOBILIÁRIO


PERCURSO SOLAR E VENTOS

N Fonte: SOL-AR e Ecotect


INSOLAÇÃO NAS FACHADAS Como pode ser observado pelas análises das fachadas realizadas com o Ecotect, a posição dos volumes do projeto são favoráveis para o conforto térmico ambiental, de modo que as fachadas mais prejudicadas - o Noroeste na Sala de Estudos e no volume principal - foram resolvidasa partir do uso de brises (volume principal) e ripas de madeira (Sala de Estudos), sombreando as aberturas. Além disso, essas fachadas abragem ambientes de curta permanência, como banheiros.

N


CURVAS DE NÍVEL E ELEVAÇÕES

1

2

2

1

Curva de 1m - 1997 (SEGETH) Curva Intermediária Curva Mestra

1:2,500 0

170

0

50

340 100

680 ft 200 m


CURVAS DE NÍVEL E ELEVAÇÕES

Curvas de nível de 1m em 1m - 1:5000

N

Vista aérea do terreno. Fonte: Google Maps

Área total do terreno: 18.000m²

Maquete 3D do terreno


RELAÇÕES COM O ENTORNO

Grupo Escoteiro

Drenagem

Drenagem

Praça das fontes

Pesque e pague

N

Escala 1:2500 Fonte: SEGETH

Poucos banheiros no entorno, fechados -> grande demanda de banheiros públicos Estacionamento 2 que supre a demanda, sem a necessidade de criar mais estacionamentos para o projeto Boa iluminação pública no entorno + atividades noturnas no projeto = segurança


ACESSOS

SIG

Sudoeste

903 sul

907 sul N

Escala 1:10000 Fonte: SEGETH

Paradas de ônibus próximas do terreno, porém carece de acessos diretos da rua Acesso existente Acessos propostos


Carro de manutenção

Manutenção da energia elétrica

Banheiro com Athos Bulcão

Caminho de desejo dos pedestres

Drenagem das águas pluviais

Caminho desejável dos pedestres

Mobiliário urbano (pouco)

Mobiliário urbano (pouco)

Mobiliário urbano (pouco)


MOBILIDADE Ciclovias Existentes Ciclovias Propostas Calçadas Existentes Calçadas Propostas

Os caminhões de lixo e de abastecimento transitam pelas ciclovias. Para realização do abastecimento e da coleta de lixo, foi destinado um espaço adjacente aos ambientes de serviço, onde os caminhões podem estacionar e ter acesso à edificação.

N ESC.: 1:1000


ÁREAS


CLIENTELA O conceito da Midiateca LIVRE abrange os utilizadores do Parque para que eles possam continuar frenquentando a área da mesma maneira que ja frequentavam, tendo o projeto como uma extensão de atividades que são proporcionadas no Parque. A partiri de algumas visitas ao terreno, pode-se observar o público que frequenta o local de implantação da Midiateca e, dessa forma, foi feita uma análise de atividades que já são realizadas no entorno.


ÁRVORES ORIGINAIS

Foi pensado desde oinício da idealização do projeto, no conceito de liberdade, que a Midiateca deveria permear entre as árvores já existentes no Parque e que, as que não fossem possíveis manter, apenas seriam realocadas no projeto. Pensando no conceito de sinestesia, foi criada a proposta de implantação de novas árvores, que trouxessem sensações aos frequentadores da Midiateca, como sensações degustativas, como árvores frutíferas, e sensações de memória, com árvores nativas do cerrado. Todas essas ao alcance dos visitantes.

N


ÁRVORES PROPOSTAS

N


ÁRVORES REALOCADAS

N


N


VISTA DA FACHADA NORTE

VISTA DA FACHADA SUL


VISTA DA FACHADA OESTE

VISTA DA FACHADA LESTE



ASPECTOS CONCEITUAIS

ANÁLISES DO TERRENO

DESENHOS TÉCNICOS O presente capítulo contém informações técnicas sobre o projeto, tais como plantas baixas, cortes, isométrica estrutural e detalhamentos - realizados individualmente pelos integrantes do grupo. A informação técnica tem como intuito justificar ao leitor como e porquê o programa de necessidades foi desenvolvido e solucionado no projeto de tal forma.

MATERIAL E MOBILIÁRIO


FLUXOGRAMA - PAVIMENTO TÉRREO

SEGURANÇA RECEPÇÃO GRANDE VÃO (FEIRAS)

ADM

SALA SENSORIAL

APOIO/DML

ACERVOS ESTUDOS INFORMÁTICA

AUDITÓRIO

PLANETÁRIO

Fluxo mais importante Fluxo menos importante

N 1:700


FLUXOGRAMA - PRIMEIRO PAVIMENTO

BAR RESTAURANTE

EXPOSIÇÃO

ESPAÇO INFANTIL SALA SENSORIAL ACERVO ESTUDOS INFORMÁTICA

Fluxo mais importante Fluxo menos importante

N 1:700


Recepção Segurança

Apoio

Elevad

ores

DML arga e desc carga

RECEPÇÃO, SALA SENSORIAL, RESTAURANTE, EXPOSIÇÃO, INFANTIL

Adm

l

ensoria

DETALH

2,25m

1,60m

Sala s

EE

S

CA

DA

1:5

N

0

PLANTA BAIXA - PAVIMENTO TÉRREO 1:250


RECEPÇÃO, SALA SENSORIAL, RESTAURANTE, EXPOSIÇÃO, INFANTIL 16,85m 55m

2

nte

ra Restau

Cozinha

GSPublisherVersion 0.0.100.100

m

13,65

Espaço infantil

Bar

m

5 0,2

Sala de máquinas

Sala

de e

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l

ensoria

Sala s

Pas

sar

ela

22m

N PLANTA BAIXA - PRIMEIRO PAVIMENTO 1:250


ACERVOS, ESTUDOS, PLANETÁRIO

30,10 13 ,7 5m

m

Ac

Re

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erv

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ão

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Planetário

de

,75

m

os

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5m

33

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31

N PLANTA BAIXA - PAVIMENTO TÉRREO 1:200


Pa

ssa

rela

ACERVOS, ESTUDOS, PLANETÁRIO

Re

ce

ão

la

Sa de Ac erv

o

ca

áti

orm

inf

N PLANTA BAIXA - PRIMEIRO PAVIMENTO 1:200


AUDITÓRIO

30m

20,85m

15,25m

Camarim

Recepção

Palco

Camarim

28,85m

N PLANTA BAIXA - PAVIMENTO TÉRREO 1:150


COBERTURA

i = 4% i = 4%

i=

i=

i = 4% i = 4%

% i=4 % i=4

4%

4%

i = 4% i = 4%

N PLANTA BAIXA - COBERTURA 1:500


RECEPÇÃO, SALA SENSORIAL, RESTAURANTE, EXPOSIÇÃO, INFANTIL

CORTE A - 1:250

B A

C

CORTE B - 1:200

CORTE C - 1:200

N


ACERVOS, ESTUDOS, PLANETÁRIO

B A

CORTE A - 1:200

C

CORTE B - 1:200

N

CORTE C - 1:200


AUDITÓRIO

A

B

CORTE A - 1:150

CORTE B - 1:150

N


FACHADAS

FACHADA NORTE - 1:250

FACHADA SUL - 1:250

FACHADA LESTE - 1:250

FACHADA OESTE - 1:250


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SALA SENSORIAL

8

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N

0

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SALA DE ESTUDOS E PLANETÁRIO

0

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N


ISOMÉTRICA ESTRUTURAL

2 VIGAS DE 25m A solução estrutural adotada para o grande vão, localizado no volume principal do projeto, foi a viga vierendeel, que soluciona o carregamento do edifício com maior eficiência. Por abranger um vão de 50m, foram necessárias 2 vigas de 25m, que se apoiam, cada uma, em 2 pilares em uma lateral e em 1 pilar na outra cada pilar tem seção de 65cm. Dessa forma, no centro do grande vão há dois pilares que aparentam ser apenas um, circundados pela recepção do projeto.


ISOMÉTRICA ESTRUTURAL


DETALHAMENTO ESTRUTURA - JOÃO PAULO



DETALHAMENTO PASSARELA - CARMEN calha

O ÇÃ PTA DETALHE CA

Tendo em vista que a passarela é uma importante marca da Midiateca LIVRE - principalmente devido ao conceito “percurso” que influenciou a criação do projeto, ela foi detalhada com o objetivo de unir o funcional com a estética. Sua estrutura é composta por três pilar-árvores de madeira laminada colada, que distam 20m e 15m entre si, com seção de 40cm. Foi planejado um sistema de drenagem da água pluvial que a armazena em cisternas - localizadas sob cada pilar - para regar o jardim do próprio projeto. A passarela tem inclinação de 2% para escoar a água pluvial até a calha que passa internamente em cada pilar, ligando-o às cisternas. Distando 3,5 do chão, a passarela sustenta um pergolado, a partir de tirantes de madeira, que suporta o peso de trepadeiras sobre todo o passeio que a acompanha no pavimento térreo. Dessa forma, a sombra para os pedestres se dá de maneira mais eficaz e duradoura, como pode ser observado nas análises feitas com o software de análises bicolimáticas Ecotect.

pergolado

encanamento interno para cisterna cisterna capacidade 2100L

ÁG

UA

PL

UV

IA L

1:5 0

pilar-árvore

cobertura

1º pavimento

térreo

CORTE PASSARELA 1:200

PLANTA BAIXA PASSARELA 1:1000


ba

0,4m

a m ala

n

O projeto Nine Bridges Country Club-Clubhouse do arquiteto japônes, de 2010, foi a principal referência para a criação dos pilar-árvores. A madeira laminada colada foi escolhida por ser uma madeira mais resistente, com maior estabilidade dimensional tendo em vista que a passarela receberá sol e chuva frequentemente, maior leveza e por possuir grandes envergaduras, o que permite pequenas dimensões para suportar grandes cargas.

Eficiência de sombreamento da passarela

N

Sem pergolado

tect

: Eco

Fonte

nd

s hig er u

a a m r ela a

Suporte pergolado

2,5m

15 “galhos” de 10x10cm

4m

Com pergolado

Relacionando a principal cor da Midiateca LIVRE com o paisagismo, o amarelo está presente em toda a passarela, com o uso da trepadeira Alamanda Amarela (Allamanda cathartica). Uma planta de médio porte, que pode atingir 3 metros de altura com facilidade, sendo uma trepadeira bastante eficiente na produção de sombras para canteiros. A espécie floresce quase o ano inteiro e os melhores climas para cultivá-la são o subtropical e tropical.




DETALHAMENTO BRISES - LORENA

Os brises do projeto foram elaborados a partir da necessidade do controle da incidência de radiação solar no projeto. Portanto, foi projetado um brise móvel vertical que será instalado nas fachadas norte e sul do volume principal do projeto. Porta painel Barra de acionamento elétrico

Perfil Tubular 10x10cm

Os brises serão instalados em módulos de 5,7m de comprimento, facilitando a manutenção das fachadas. As placas são produzidas em alumínio extrudado e preenchidas com poliuretano expandido injetado, garantindo leveza às peças. A instalação é feita mediante porta painéis em perfil tubular nos quais se encaixam os outros componentes do sistema.

Porta painel

Bucha PVC

DET. 1

Bucha PVC PERSPECTIVA ISOMÉTRICA ESC.: 1:20

Anel PVC DET. 2


12.23 375.54

12,5

12.23

375

12,5

CORTE ESC.: 1:40 65 65

5 5

65 65

5

65

5 5

65V

3210

10 2 3 PLANTA BAIXA - Brises na posição 1(B=45º) ESC.: 1:20

PLANTA BAIXA - Brises na posição 2 (B=20º) ESC.: 1:20

Para garantir a eficiência do dispositivo foi escolhido o sistema de acionamento elétrico, que ajustará automaticamente a posição do brise de acordo a demanda de luz solar em determinadas horas do dia. Para isso foram calculados dois ângulos que permitem o melhor aproveitamento da incidência solar nas fachadas norte e sul. Para o período da manhã na fachada norte, foi calculado o ângulo Beta de 20º (posição 2), que permite a entrada de luz solar enquanto as temperaturas ainda estão amenas. Já para a tarde foi calculado o ângulo Beta de 45º (posição 1), que sombreia o interior do edifício no período mais quente do dia, permitindo maior conforto térmico aos visitantes. A fachada sul do edifício não recebe tanta radiação como a norte, e por isso não exige tanta proteção, tendo seu melhor desempenho com os brises na posição do ângulo Beta 20º.



ASPECTOS CONCEITUAIS

ANÁLISES DO TERRENO

DESENHOS TÉCNICOS

MATERIAL E MOBILIÁRIO O presente capítulo tem como objetivo transmitir ao leitor todos os materiais (internos e externos), cores e texturas que serão utilizados na Midiateca LIVRE. O mobiliário também ganha um importante espaço neste capítulo por estar diretamente relacionado ao conceito de sinestesia do projeto, tendo em vista que a Sala Sensorial tem como principal objetivo despertar diferentes sensações aos por meio dos materiais e dos mobiliários.


MATERIALIDADE


MADEIRA PLÁSTICA Produzida a partir da reciclagem de embalagens plásticas, como xampús e amaciantes, a madeira plástica foi um material escolhido para o revestimento dos bancos externos da Midiateca LIVRE: além de diminuir a quantidade de plástico descartável inutilizável, essa madeira é mais resistente às intempéries e acumula menos calor, de modo que os bancos externos poderão ser utilizados até mesmo durante a hora mais quente do dia, por não ficarem tão quentes como um banco de madeira comum, além de aumentar a durabilidade e diminuir a manutenção desses mobiliários urbanos.



MOBILIÁRIO URBANO

LIXEIRAS

BEBEDOUROS

BANCOS

As lixeiras do projeto possuem dois componentes: a caixa, revestida em madeira plástica, e o conjunto de lixeiras de encaixe identificadas com as cores da coleta seletiva. As partes são separadas para facilitar o recolhimento do lixo e a limpeza e manutenção das peças.

Os bebedouros do projeto possuem duas alturas para que possam ser utilizados tanto por adultos como por crianças e pessoas portadoas de deficiências físicas. f

Todos os bancos serão revestidos com madeira plástica ecológica , material resistente à ação das chuvas e de grande durabilidade.

Bicicletários

Bebedouros

Lixeiras

Água para pets

Bancos

Tomadas públicas fotovoltaicas





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