AHMS - Arquivo Histórico Municipal de Salvador

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AHMS ARQUIVO HISTÓRICO MUNICIPAL DE SALVADOR


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TFG - 2017.2 UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

AHM

FACULDADE DE ARQUITETURA | SALVADOR - BA

TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO | DOSSIÊ TEMA ARQUIVO PÚBLICO MUNICIPAL GRADUANDA CAROLINA FERREIRA CARICCHIO DE SANTANA ORIENTADOR FEDERICO CALABRESE CO-ORIENTADORA ANA CAROLINA DE SOUZA BIERRENBACH ASSUNTO INTERVENÇÃO EM EDIFICAÇÃO HISTÓRICA DESTINADA À IMPLANTAÇÃO DO ARQUIVO PÚBLICO MUNICIAL TRABALHO DESENVOLVIDO PARA APROVAÇÃO DE GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA EM URBANISMO PELA FACULDADE DE ARQUITETURA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA, COMO REQUISITO PARA OBTENÇÃO DE TÍTULO.

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SALVADOR - BA FEVEREIRO DE 2017


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AGRADECIMENTOS Há 7 anos atrás se iniciava uma jornada que se revelou mais difícil e desafiadora do que eu jamais tentei imaginar. Ao longo desses anos amadureci não apenas como profissional mas também como ser humano, como aprendiz que está sempre aberta para perceber o mundo com sensibilidade. Agradeço à arquitetura, aos meus professores, aos colegas e a família por terem me ajudado e por continuarem me ajudado a desenvolver olhos sensíveis e dispostos a fazer algo que faça diferença no mundo. Agradeço a Deus pelas forças que foram renovadas para enfrentar cada desafio da caminhada acadêmica. Agradeço a minha família, principalmente à minha mãe Ariadne, minha madrinha Karina e minha tia Zuganna por terem me dado todo o apoio e suporte que precisei e por sempre me deixarem ir até onde a minha vontade alcançar... Eu amo muito vocês! Agradeço aos meus colegas, que foram como a minha família durante esses anos. Gabe, Annoca, Lucas, Mario, Sil, Polly, Bia, obrigada pela paciência, pela amizade, pelo carinho e pela disposição cultivados a cada dia. Contem sempre comigo! Por fim, agradeço aos meus orientadores, Federico Calabrese e Ana Carolina Bierrenbach por toda a disposição e empenho para que pudéssemos desenvolver o melhor trabalho. Sem dúvidas o maior saldo desse TFG foi ter tido a oportunidade de trabalhar e aprender com vocês. Os admiro!

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PRÓLOGO A iniciativa deste traballho é fruto do interesse de experimentar de forma prática as possibilidades e limites que envolvem o campo do restauro e da conservação do patrimônio edificado. Além do fato de estarmos imersos como comunidade acadêmica em uma cidade com vasto campo de atuação, alguns fatores foram importantes na criação de afinidade com o tema. Dentre eles, está o período de intercâmbio estudantil na cidade de Florença, Itália, no qual foi possível perceber de forma efetiva os ganhos que as intervenções em prol da valorização do patrimônio trazem para a construção da identidade de um local, a movimentação da sua economia, o fortalecimento da sua cultura e do desenvolvimento da sociedade como um todo. Com base nessa impressões, o objeto estudo foi escolhido. Trata-se de um casarão de estilo eclético localizado no bairro do Comércio, na cidade de Salvador, que encontra-se em estado de arruinamento e que, junto com outros casarões históricos da região, compõe o conjunto arquitetônico existente no perímetro do Centro Antigo, tombado pelo IPHAN no ano de 2009. A enfase do trabalho foi dada na apreensão do entorno no qual o edifício está inserido, resultante da etapa de levantamento de dados da preexistência, no entendimento do seu valor como objeto arquitetônico, possível através do estudo de seus elementos compositivos e na reinserção do mesmo dentro da estrutura de fluxos e atividades existentes na região através da atribuíção de um novo uso; o de Arquivo Público. Palavras-chave: preexistência, patrimônio, arquivo público

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SU MÁ RIO TÓPICO

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JUSTIFICATIVA PÁG 20

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APRESENTAÇÃO PÁG 13

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OBJETIVO

PÁG 30 À 33

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CARACTERIZAÇÃO PÁG 15 À 19

P Á G 21

MORFOLOGIA

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HISTÓRICO P Á G 24 À 2 9

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MOBILIDADE E INFRAESTRUTURA PÁG 34 À 35

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ESTUDO DA EDIFICAÇÃO PÁG 38 À 43


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REFERÊNCIAS PÁG 46 À 49

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PÁG 55

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O PROGRAMA

T ÓPIC O

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CONCEPÇÃO PÁG 53 À 54

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SETORIZAÇÃO P Á G 5 6 À 57

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PÁG 70

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PÁG 52

VOLUMETRIA

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TÓPIC O

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ESTRUT. E MATERIAIS PÁG 58


I N T R ODUÇ ÃO . 10


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APRESENTAÇÃO

Imagem 01: Casarão número 02 e demais edifícios históricos do comércio/ Fonte: Mais de Salvador, acesso 2017

1.1 OBJETOS E OBJETIVOS

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A proposta deste trabalho consiste na criação de um espaço adequado para atender as necessidades de uma instituíção arquivistica, mais especificamente, o Arquivo Histórico Municipal de Salvador, possibilitando a ampliação da oferta de serviços e visando explorar as potencialidades do edifício histórico no qual será inserido como forma de preservação do mesmo. A escolha da edificação para o novo uso foi adotada a partir de declaração do poder público, oficializada no ano de 2014 através da publicação no Diário Oficial do Município, na qual torna de utilidade pública sete imóveis históricos da região do Comércio para fim da instalação de novos equipamentos para a cidade - dentre eles, o Museu da Música, a ser instalado no Sobrado Azulejado e o Arquivo Público, destinado ao Casarão número 02 da Rua Portugal.

Segundo o IPHAN, esses edifícios integram o conjunto arquitetônico do bairro do Comércio tombado em 2009 e encontram-se em avançado estado de degradação, necessitando de ações em prol da sua manutenção. Sobre o Arquivo Histórico Municipal de Salvador, sabe-se que atualmente funciona junto à Fundação Gregório de Mattos, na Rua Chile, com um acervo extramamente rico mas que, devido as limitações de espaço e a falta de infraestura do local, necessita de atenção quanto a conservaçãos e manutenção de suas coleções. A decisão de trabalhar com o local indicado por parte do poder público; - o Casarão número 2, partiu da conclusão de que sua localização, facilidade de acesso entre outras potencialidades, tornam pertinente a escolha do mesmo para abrigar o Arquivo e isso será discutido ao longo das análises deste dossiê.


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CARACTERIZAÇÃO 2.1 O COMÉRCIO O Comércio é um bairro de importância fundamental na formação de Salvador. Permaneceu como centro econômica da cidade até a década de 70, quando o surgimento de novas lógicas urbanas deslocaram o vetor de expansão do setor para a região do Iguatemi. Após esse fato, se iniciou na localidade um processo de esvaziamento e degradação que se mantém até os dias de hoje. Possui uma população estimada em 2.006 habitantes, sendo considerado um dos bairros de menor densidade demográfica do município, e renda mensal por chefe de família entre 0,5 á 1 salário mínimo (IBGE). A recente implementação de incentivos fiscais como isenção de IPTU e redução do ISS, têm incenti-

Imagem 02: Bairro do Comércio Fonte: Salvador em um dia, acesso 2018

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vando a instalação de novos empreendimentos institucionais de serviços que por sua vez, contribuem para a geração de novos fluxos e demandas; - A instalação de universidade por exemplo, além elevar a taxa ocupacional de jovens entre 18 e 25 anos (plataforma SIM, governo da Bahia), aumentam a necessidade de mais espaços educacionais e incentivo à atividades coletivas. A sua localização centralizada, eixo de ligação entre cidade alta e cidade baixa, o acesso a vias arteriais que a conectam com os demais extremos do município e o acesso à via marítima proporcionam ao local uma rede de transporte público bem servida e necessária às 525 mil pessoas que circulam no centro por dia, segundo dados do Governo.


2.2 OS ARQUIVOS E O VALOR DOCUMENTAL A informação é um instrumento essencial para o crescimento da humanidade no que diz respeito ao desenvolvimento cultural e a produção de conhecimento. O ato de torná-la pública e verificável é o que lhe confere credibilidade e diante da enorme massa de informações que é produzida ao longo do tempo, torna-se imprescindível a existência de instituições que se ocupem por organizá-las, geri-las e torná-las acessíveis à sociedade. Segundo a lei número 8.159. Art 2, ‘‘Consideram-se arquivos, os conjuntos de documentos produzidos e recebidos por órgãos públicos, instituições de caráter público e entidades privadas, em decorrência do exercício de atividades específicas, bem como por pessoa física, qualquer que seja o suporte da informação ou a natureza dos documentos”. (BRASIL, 1991) Este artigo ressalta em primeira instância o caráter funcional dos documentos produzidos e recebidos pelas instituições públicas que é de servir à administração, ao serem conservados como prova para possíveis questionamentos junto à justiça. No que diz respeito a esta condição pode-se afirmar que o documento de arquivo possui um ciclo de vida no qual, após perderem validade frente a sua entidade produtora, adquirem um novo valor; o valor histórico. Os arquivos históricos, em sua definição de valor documental, são constituídos de registros que perderam função de natureza administrativa mas que se conservam em virtude da possibilidade de oferecer meios de conhecer o passado. Na sua definição de valor institucional, representa a entidade que se ocupa por gerir e difundir entre sociedade cientifica e/ou civil

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a grande massa de documentos que se forma no decorrer dos anos. Para que consiga servir tal finalidade, são necessárias instalações adequadas que garantam a execução das suas funções técnicas, bem como, a acessibilidade do seu acervo aos usuários. 2.2 O ARQUIVO HISTÓRICO MUNICIPAL DE SALVADOR Regulamentado como Arquivo Geral do Município através do ato 112, no ano de 1931 e inaugurado no dia 10 de Abril de 1932, o Arquivo Histórico está encarregado de preservar a memória do município de Salvador ao colocar seu acervo a disposição do poder Público, como forma de subsidiar as suas ações e dos pesquisadores e cidadãos em geral que buscam conhecer a história da cidade. Atualmente a instituição também busca ampliar a sua oferta de serviços; ‘‘Procura inserir-se no novo modelo de arquivo público, buscando efetivar seu compromisso com os princípios da participação, transparência, responsabilidade e controle social e viabilizando cada vez mais o direito ao acesso à informação.’’(Prefeitura de Salvador, 2018) Para isso, além dos espaços destinados à consultas, pretende viabilizar também pesquisa online ao seu acervo, projetos de extensão; exposições temáticas, gestão documental; reprografia e digitalização de documentos, e editoração e venda de suas publicações.


Estruturalmente é formado por setores que se dividem de acordo com a natureza do documento salvaguardado podendo ele ser de caráter textual, audiovisual, iconográfico e cartográfico. Com base em informações fornecidas pela própria instituição, serão discriminados a seguir os seus acervos e os documentos dos quais são constituídos:

Câmara Municipal; - Depósito Legal: recolhimento das publicações editadas pela Prefeitura Municipal - Dec. nº 9.236 /1991 e Câmara Municipal - Lei nº 4.508/1992; - Hemeroteca: clippings relativos aos aspectos sócio – econômico – político – culturais da cidade.

Acervo Textual: - Fundo Câmara Municipal (1624 – 1979); - Fundo Intendência Municipal (1890 – 1929); - Fundo Prefeitura Municipal de Salvador (a partir de 1929); - Coleções Especiais: escrituras de escravos (18271903), certidões (1877-1924), documentação eleitoral e EPUCS; Acervo Audiovisual, Iconográfico e Cartográfico: - Filmoteca: filmes com temática especial referente à cidade ou documentando eventos administrativos e cívicos; - Iconográfica: fotografias, slides, negativos e postais relativos à cidade; - Cartográfica: projetos arquitetônicos e urbanísticos da cidade; - Coleções Especiais: partituras musicais (Sec. XIX-XX) e cartões postais; Acervo Impresso e Biblioteca: - Livros e periódicos: apoio à pesquisa referente à história da cidade e editados pela Prefeitura Municipal e

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Imagem 03: Ata de Inauguração do Arquivo Fonte: Acervo Arquivo Histórico


Imagem 04: Vista interna Arquivo Fonte: Carolina Caricchio, 2017

Imagem 05: Área de atendimento Fonte: Carolina Caricchio, 2017

Imagem 06: Área de Acervo Fonte: Carolina Caricchio, 2017

FUNDAÇÃO GREGÓRIO DE MATOS A Fundação Gregório de Matos, é uma instituição cultural municipal, vinculada à Secretária de Desenvolvimento, Turismo e Cultura (Sedes), responsável pela administração de espaços culturais soteropolitanos. Atualmente, ocupa um imóvel alugado na Rua Chile, o Edifício Monte-pio,1935, e divide espaço com o Arquivo Histórico. De acordo com notas emitidas por órgãos da Prefeitura, devido às limitações de espaço, ambas serão deslocadas para prédios próprios; - o Arquivo ganhará lugar no Casarão número 2, no comércio e a Fundação será instalada em quatro prédios que passam por processo de desapropriação, na Barroquinha. Arquivo Histórico existente, Rua Chile

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Mercado Modelo

Elevador Lacerda


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Imagem 07: Átrio de ventilação do Ed. Monte-Pio Fonte: Carolina Caricchio, 2017

Imagem 08: Área de Atendimento, Consulta e Acervo Fonte:Carolina Caricchio, 2017

O espaço limitado não é o único problema para o bom funcionamento do Arquivo. As condições de conservação do local; problemas como umidade, insolação, exposição à salinidade, bem como o mau acondicionamento dos documentos, não só prejudicam a manutenção dos acervo, como aceleram a sua deterioração.

A disposição dos ambientes também não é adequada. As áreas de consulta e de atendimento ao usuário muitas vezes se misturam entre as estantes de armazenagem, prejudicando dessa forma a gestão e o controle dos arquivos por parte da instituíção.


TÓPICO

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JUSTIFICATIVA 3.1 JUSTIFICATIVA:

O Arquivo Histórico de Salvador é uma entidade que tem a oferecer ao município serviços de grande valia na construção e preservação da sua memória. As suas potencialidades não podem ser bem aproveitadas sem um local adequado para o exercício das suas funções. O edifício no qual se encontra atualmente não consegue suprir as atribuições da instituíção e nem oferecer o espaço adequado para o bom aproveitamento dos usuários, além de limitar a sua oferta de serviços. O bairro do Comércio necessita de intervenções que atribuam novos usos às edificações que compõem o seu patrimônio como forma de preservar a sua própria existência e potencializar a sua relação com a cidade.

Os novos fluxos da localidade também apontam para a necessidade de equipamentos que proporcionem espaços flexíveis que absorverão as novas demandas de uso coletivo. As universidade instaladas no local por exemplo, apontam a demanda por um espaço de estudos flexível e com boa infraestrutura e o Arquivo pode servir a essa função. Além disso a localização central, a boa oferta de transporte público são pontos que contribuem com o uso democrático do equipamento. Por fim , a proposta pretende oferecer um espaço que contribua para a consolidação da memória da cidade, tanto nas decisões projetuais, quanto na salvaguarda do conteúdo ao qual dará abrigo.

RECICLAR 20


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OBJETIVOS

4.1 OBJETIVOS GERAIS:

4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Elaborar projeto para o Arquivo Histórico Municipal que possibilite o máximo aproveitamento dos seus serviços e permita a ampliação do seu leque de usuários a fim de expandir a abrangência de sua função social. Reciclar o uso da Pré-existência adotada para o Arquivo como forma de preservá-la e de valorizar o conjunto histórico no qual está inserida

- Desenvolver diretrizes de intervenção que sejam compatíveis com o conjunto histórico preexistente. - Reconhecer e recuperar as principais características arquitetônicas remanescentes do casarão número 2, valorizando as suas características compositivas - Promover espaços que possam ser utilizados democraticamente e que disseminem atividades culturais, de ensino e outras formas de expressão do conhecimento

CONECTAR 21


O EN T O RNO . 22


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HISTÓRICO

5.1 BREVE HISTÓRICO DE SALVADOR

Imagem 09: Panorama Mulock, séc. 19 / Fonte: bahia-turismo.com

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Em 1594 nasce a cidade de Salvador. Pensada para sediar o centro de decisões do governo colonial português no Brasil, foi implantada em um território com atributos convenientes às questões de segurança, facilidades portuárias e conexão com a Metrópole. Inicialmente seu núcleo de ocupação se dividia entre dois níveis de território separados por uma escarpa de aproximadamente 60 metros de altura. Segundo Azevedo (1985, p.16) A cidade baixa - onde se localiza o antigo bairro do Comércio- desempenhava o importante papel de armazém e porto, enquanto a cidade alta detinha as funções administrativas e religiosas da elite. A partir de sua fundação, a cidade logo se consolidara como a maior exportadora de açúcar das Américas. Entre 1651 e 1730, entrou naquela que foi considerada ‘’ fase de ouro da Bahia’’ na qual as produções de fumo e açúcar tiveram o seu ápice. Nessa época a burguesia comercial em ascensão começa a conquistar espaço na Câmara Municipal de Salvador, e sua participação nas

questões administrativas traz à luz as novas necessidades da Cidade Baixa; - ‘’ Questões de valorização de ruas e praças, antes mal cuidadas e iluminadas e que serviam apenas como lugar de passagem, ganham uma nova conotação com o desenvolvimento do Comércio’’ (BRANDÃO, 1958) Havia uma preocupação especial com a modernização da Cidade Baixa, por ser este o primeiro ponto da cidade visto por quem chega por mar, e o seu centro comercial. Conforme Vasconcelos (2002), a atual Rua Miguel Calmon era o espaço mais valorizado da cidade pelos diversos agentes transformadores do espaço na época. Era onde se localizavam a Alfândega e diversos bancos de capital nacional e internacional. A função portuária de Salvador também era fator de suma importância na busca por intervenções de melhoria das suas instalações, ampliação e acessibilidade (PINHEIRO, 2002). A partir de então o Comércio passou a ser palco experimental para a aplicação dos conceitos de ocupação


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adotados pelo Brasil na época - regularidade do traçado, a uniformidade das fachadas e a instalação de novos equipamentos urbanos. Começa a se formar um rígido traçado urbano de conjunto arquitetônico regular - no que diz respeito alinhamento, número de andares, e acabamentos externos e etc. É importante destacar que a expansão e a construção dessa paisagem só foi possível graças aos diversos aterros realizados sobre o mar da Baía que inicialmente contava com uma estreita faixa de terra aos pés da colina e foram sendo realizados em função das necessidades portuárias. ‘‘O período de expansão do século XIX finalizou, em 1889, até quando os comerciantes implantaram, na beira da baía, prédios considerados magníficos, de padrão uniforme com cinco andares, em estilo pombalino, antes dos aterros

para ampliação do porto. A expansão mais marcante para o mar, no entanto, foi no início do século XX, quando foram aterrados e urbanizados oitenta hectares de área conquistada da Baía de Todos os Santos, permitindo uma ampliação da ferta de terrenos, em padrão em quadrícula, em um dos trechos mais valorizados da cidade, do ponto de vista comercial. ‘‘(METTIG,2007,p.66)

Imagem 10: Cais das Amarras, 1886/ Fonte: Bahia Velha Fotografias, Autor desconhecido

Mapa 01: Evolução dos Aterros no Comércio Fonte: Produção própria


Imagem 11: Comércio em 1901 Fonte: Acervo Museu Temporal, autor desconhecido

Até o início do século XX o panorama econômico do estado já havia se alterado; - a produção de açúcar, fumo e cacau e outros insumos agrícolas entraram em declínio mas apesar disso a Bahia ainda era considerada o segundo estado brasileiro em volume de exportações A partir daí, por parte do governo federal, surge a iniciativa de renovação e modernização da zona portuária justificada no discurso de que a estrutura do local se encontrava obsoleta e por isso, constituía um obstáculo ao bom desenvolvimento do comércio no estado. Viabilizado pela influência de José Joaquim Seabra na altas esferas do governo, em 1907 foram aprovados os desenhos e orçamentos do projeto. A sua construção alterou mais uma vez a relação do bairro com o mar, já que a nova e enorme faixa aterrada rompeu a comunicação entre ele e os antigos armazéns aos pés da encosta. A proposta de modernização também contemplava o arruamento da nova faixa conquistada ao mar em paralelo ao alargamento de ruas preexistentes, que necessitavam ser readequadas aos novos fluxos. Nesse momento foram adotadas duas maneiras de adequar os imóveis preexistentes aos novos alinhamentos;- A primeira consistiu na demolição total de alguns edifícios que foram substituídos por outros totalmente novos, enquanto que a segunda, aconteceu por meio do corte e do remodelamento de testadas que, recuadas, cederam espaço para a adaptação das vias. Nesse 26

Imagem 12: Comércio em 1920 Fonte: CEAB, autor desconhecido

momento, ‘’ a produção da nova arquitetura apresentava fortes traços de continuidade em relação à preexistente. Essa continuidade era visível em diversos fatores, como o número de pavimentos das edificações, as tipologias de plantas e fachadas, o tamanho dos lotes, as técnicas construtivas empregadas, os materiais de construção. Isso ocorria porque aquela era uma época em que valorização fundiária não era sinônimo de verticalização.’’ (De Paoli, 2014, p.9). Nesse momento, muitos edifícios que não necessitaram de intervenção acabaram remodelando suas fachadas em estilo eclético, como forma de acompanhar a modernização.

Imgem 13 e 14: Sobrado à Rua Conselheiro Dantas Dantas s/n, com fundos para a Rua Conselheiro Saraiva Apenas a fachada para a Rua Conselheiro Dantas foi remodelada, enquanto as demais permaneceram como eram. Notar a diferença entre os repertórios formais nas duas fachadas/ Fotos e Legenda: Paula De Paoli, 24/07/2013.


Imagem 15: Comércio em 1930 Fonte: CEAB, autor desconhecido

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Imagem 16: Comércio em 1940 Fonte: CEAB, autor desconhecido

Durante muito tempo os novos terrenos conquistados ao mar, advindos das iniciativas de modernização, permaneceram desocupados. Apenas no ano de1925, quando foi promulgada a isenção do imposto da décima urbana (equivalente ao IPTU), começaram a serem erguidos os primeiros edifícios. A ocupação se deu de dentro para fora, ou seja as primeiras áreas edificadas partiram das proximidades do bairro consolidado, especificamente na Rua Miguel Calmon, em direção ao Porto. A maioria dessas novas edificações eram sede de bancos e grandes empresas e devido à crise de 1929, a nova área atravessou muitos anos com baixo ritmo de crescimento. A contratendência desse panorama surgiu com a cons-

trução do edifício sede do Instituto do Cacau, que em meio ao período de recessão, foi construído em contraposição a todas as características do entorno. O seu uso era misto, abrigava escritórios, armazéns, sede social e etc, as suas dimensões fugiam totalmente ao padrão do bairro, chegando o quarteirão inteiro em sua totalidade, além de ter sido construído mais perto do porto; - um dos primeiros a serem construídos na Rua do Estados Unidos. A partir de então a localidade do Comércio passa a reafirmar a predominância de uso comercial com fixação de novos empreendimentos do setor e passa a ser palco de experimentação de uma nova estética arquitetônica; especificamente a Moderna, contrastante com o seu entorno.

Imagem 17: Comércio, segunda metade da década de 30. Fonte: Acervo Museu Temporal

Imagem 18: Intituto do Cacau no Fim da Década de 30. Fonte: Acervo Museu Temporal


5.2 A QUESTÃO DO PATRIMÔNIO NO COMÉRCIO As disputas de interesses que se desenrolam no território urbano, o tornam um campo de conflitos no qual as suas vulnerabilidades se acentuam em função das pressões exercidas pelo poder dominante. Na questão da conservação do patrimônio isso não é diferente; -Centros antigos no mundo inteiro passam pela ameaça da descaracterização e da gentrificação devido à dificuldade por parte do agentes hegemônicos em discernir propostas de intervenção que ajam em favor da conservação do patrimônio. A forma como o Comércio foi ocupado teve grande importância na construção paisagística da cidade de Salvador; - A consolidação da atividade comercial no

local impulsionou a ampliação da área e por consequência, o surgimento da massa edificada existente entre o mar e a falha geológica que divide o município entre Cidade Alta e Cidade Baixa. Como ja foi abordado, esses novos conjuntos edificados não partiram de iniciativas espontâneas; a modenatura arquitônica, a regularidade da fachadas, o ritmo de aberturas e a unidade do conjunto demonstravam o interesse público em zelar pelo centro comercial, que se consolidava com o avançar do século XIX, e pelo seu maior acontecimento cenográfico; O frontispício.

Imagem 19: Panorama Mulock, séc. 19 / Fonte: bahia-turismo.com

Com o passar dos anos, essa paisagem foi se modificando em função do surgimento de novas lógicas urbanas; A mudança da atividade agro-exportadora para a urbano-industrial, a abertura dos shoppings centers e a transferência de orgãos públicos para o Centro Administrativo da Bahia deram início ao processo de esvaziamento e decadência do Comércio; - O conjunto de casarões históricos formado ao longo de tantos anos e a linguagem paisagística que dava identidade a cidade de Salvador entrou em processo de arruinamento. Desde de fins da década de 80, o consenso da 28

crise instalada na localidade levou os poderes públicos atuantes à buscar alternativas no sentido de promover a valorização do local, reverter o processo de degradação e atrair investidores. No ano de 2005, o casarão nº2 e mais 5 edifícios históricos vizinhos, foram comprados pela construtora Imocom (jornal A Tarde) para a implantação do Hotel Hilton. Apesar de, no decorrer do processo de aprovação do projeto junto ao IPHAN, o empreendimento ter se comprometido em manter e restaurar o conjunto preexistente além de dar suporte a manutenção da Praça


Visconde de Cairu, a natureza da intervenção foi tida como incoerente e fora dos parâmetros que salvaguardam o patrimônio. A proposta consistia na implantação de uma torre de vidro de 13 andares, equivalentes à 51 metros de altura, fora do limite definido para a área que é de 45 metros, no terreno gerado na parte posterior do casarão nº2 após demolição de outros dois casarões preexistentes e passarelas que interligariam a nova torre aos demais casarões do lado oposto da rua, gerando impacto não só para as edificações históricas como para a Rua Portugal. As inconsistências de projeto e o impacto que causa-

Imagem 20 Proposta de Implantação do Hotel Hilton / Fonte: Jornal Correio da Bahia

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riam para o entorno foram pauta de um longo processo no qual o empreendimento acabou sendo inviabilizado e posteriormente o conjunto edificado em questão, acabou sendo desapropriado pela prefeitura para a abrigar equipamentos de uso cultural em uma obra que contemplará também a requalificação da Praça Cairu e do Entorno do Terminal Máritmo Diante de tais desdobramentos, torna-se imprescindível que sejam delineadas para as futuras intervenções, a eficaz adaptação das edificações históricas aos novos usos, priorizando o respeito ao valor de referência das edificações e do contexto no qual se inserem.


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MORFOLOGIA

6.1 PERFIL DAS RUAS O Bairro do Comércio apresenta duas linguagens formais bastante distintas que coexistem entre si. No Trecho A, na parte que corresponde aos aterros realizados no movimento de modernização, pode-se perceber a predominância de edifícios modernos de alto gabarito que marcam o sentido da verticalidade no local. No treco B, temos o remanescente de edificações no estilo colonial e eclético, que mantém o gabarito mé-

Imagem 21: Perfil da Rua da Bélgica Fonte: Priscila Heeger

Imagem 22: Perfil Cidade Alta e Cidade Baixa Fonte: Priscila Heeger

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dio, entre 4 e 5 pavimentos, e marcam o contraste de altura e estilos entre as duas tipologias. Em ambos os casos, as edificações ocupam todo o lote e somado ao tráfego intenso da localidade, resta pouco espaço para arborização, calçadas e áreas de permanência. A leitura das ruas é predominantemente fechada, os edifícios modernos não se abrem para a rua e os antigos estão sem uso, passando dessa maneira a sensação de barreira entre espaço público e o privado.


Imagem 23: Vista aérea Rua da Bélgica em 1912, Fonte: Acervo Museu Tempostal

Imagem 25: Perfil da Rua Santos Dummond e Lafayette Coutinho Fonte: Priscila Heeger

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Imagem 24: Vista aérea Rua da Bélgica em 2016, Fonte: Rafael Dantas


Mapa 02: Gabarito Fonte: Carolina Caricchio

6.2 GABARITO

Os lotes do bairro do Comércio encontram-se consolidados, não havendo a construção de novos edifícios desde os anos 2000. Ainda partindo da análise das temporalidades distintas que se rebatem na composição do espaço, é possível perceber que existe maior homogeneidade em relação ao gabarito das edificações coloniais e ecléticas enquanto que, no conjunto moderno das décadas de 60 à 80, existe maior heterogeneidade entre as alturas dos edifícios. Na Rua Portugal e na Av. Miguel Calmon, essa diferença de gabaritos se acentua ainda mais já que, nesses logradouros, existem construções de ambas as temporalidades.

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Mapa 03: Mapa de Uso Fonte: Carolina Caricchio

6.3 USO FORMAL

Existem muitas edificações vazias ou subutilizadas na região de estudo. A maioria delas são edifícios históricos em processo de arruinamento concentrados na região aos pés da encostas, entre as ruas Visconde do Rosário, Santos Dummond e Corpo Santo. O fechamento parcial das edificações também é recorrente; em algumas edificações apenas o térreo é utilizado como comércio e prestação de serviços. Existem também lotes remanescentes, fruto de demolições, que são utilizados como estacionamento. Sobre o uso institucional, destacam-se universidades como a FTC na Praça da Inglaterra, UNIJORGE na Miguel Calmon, Dom Pedro II, na AV. Estados Unidos, entre outras, que hoje dão novo uso aos prédios nos quais estão instaladas e geram novo movimento no bairro, principalmente no período noturno.

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MOBILIDADE

7.1 CARACTERIZAÇÃO DAS VIAS O Comércio se conecta com todas as regiões de Salvador. A Av. Lafayete Coutinho (Contorno) juntamente com a Av. França, fazem o papel de via arterial ligando o bairro, tanto com a porção Atlântica da cidade, quanto com a zona suburbana. A Cidade Alta é atendida principalmente pela Av. Sete de Setembro, em consonância com a rua Chile, e as conexões Verticais ficam a cargo das ladeiras da encosta; - Ladeira da Montanha, Ladeira da Conceição, por exemplo e também pelo Elevador Lacerda. A consequência do papel de conexão que desempenha dentro da cidade é o aumento do fluxo de automóveis que transitam no bairro todos os dias e geram problemas de tráfego, principalmente nas horas de pico. O Uso predominantemente comercial e de serviços e as faculdades existentes no bairro ocasionam uma grande demanda por estacionamentos. A oferta desse tipo de serviço é considerável; - Alguns terrenos remanescentes de demolições e edifícios vazios são utilizados como estacionamento e até mesmo algumas ruas locais são usadas para suprir a grande demanda existente no horário comercial. Quanto ao transporte público, pode-se dizer que; Atualmente o Comércio tem uma das maiores distribuições de serviços de ônibus, sendo atendida por até 300 linhas(ERC,2016). O bairro também é contemplado pelo transporte marítimo que é mais utilizado pela demanda turística.

Imagem 26: Av. Contorno grande fluxo, área sub-utilizadas Fonte: Google Street View

Imagem 27: Rua Portugal estacionamento de Rua e grande atividade comercial / Fonte: Google Street View

Imagem 28: Rua Miguel Calmon, Alto fluxo de veículos pessoas e serviços/ Fonte: Google Street View

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Mapa 04: Mapa de Mobilidade Fonte: Carolina Caricchio

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O CA S A RÃO . 36


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ESTUDO DA EDIFICAÇÃO Todas as informações acerca do histórico do edifício, materiais e estado de conservação que serão abordadas a seguir foram extraídas dos estudos feitos para a elaboração do projeto ‘’ Museu Casa da História e Arquivo Público’’, a ser implantado no local. O projeto, juntamente com relatórios de vistorias técnicas realizadas pelo IPHAN e fotos do estado de conservação do edifício foram cedidos, gentilmente, pelo arquiteto Alberto Bonachea.

8.1 PROSPECÇÕES ARQUITETÔNICAS: O Casarão número 02, alvo da intervenção, faz parte do conjunto histórico remanescente no bair-

ro do Comércio. Foi construído entre 1851 e 1860, como pode ser visto na Imagem 29, de 1860, onde já é possível perceber a sua existência na lateral esquerda do edifíco que hoje é o Mercado Modelo. Nessa época o imóvel possuía características do estilo colonial tardio que se mantiveram até a intervenção realizada na década de 20, aproximadamente no ano de 1928, no qual o mesmo foi refeito dentro dos padrões do estilo eclético, conservados até os dias de hoje (Imagem 31). Em imagens de do ano de 1913 (imagens XX) pode-se notar ainda que junto ao casarão nº02 existiam outros dois edifícios geminados, casarões nº04 e 06 respectivamente, que sem recuos frontais, laterais e posteriores definiam a ocupação da quadra.

Imagem 29: Comércio em 1860 Fonte: Benjamin Mulock Casarão número 02

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Mercado Modelo

Elevador Lacerda


Sobre o uso formal do edifício, algumas características construtivas indicam que as funções desenvolvidas no local, no seu período de atividade, estavam relacionadas de alguma forma com o uso comercial. O seu tipo de planta reforça essa ideia. Em todos os pavimentos as paredes internas que dividem o espaço se concentram em um único ponto, geralmente com uso de apoio; banheiros, copa e etc. O restante do espaço mantem-se como planta livre, permitindo dessa forma a flexibilidade do espaço.

Imagem 30: Casarão número 2 em 1913 ainda em estilo colonial Tardio/ fonte: Priscila Heeger, autor desconhecido

39

6 7

5

4

2 3 1

Legenda: 1- Salão 2- Copa

3- Banheiro 5- Depósito 4- Banheiro 6- Reservatório Inferior 7- Circulação Vertical

Imagem 31: Data da reconstrução em estilo eclético gravada na fachada/ Fonte: IPHAN, autor desconhecido

Imagem 32: Casarão já em estilo eclético, após demolição de edificações vizinhas/ Fonte: Mais de Salvador, acesso 2017


8.2 DESCRIÇÃO DO IMÓVEL: O edifício possui 4 pavimentos, com 3 fachadas em estilo eclético e uma empena na parte posterior que era compartilhada com a edificação vizinha. Originalmente, sua cobertura era em telha canal com 4 águas ocultas por platibandas. A fachada principal do andar térreo possuía nove portas metálicas de enrolar, cuja a abertura central era maior e mais alta do que as demais, enquanto que as fachadas laterais possuía quatro vãos com portas do mesmo tipo O primeiro andar apresenta na fachada principal, oito esquadrias com sacadas anteparadas por ba-

Imagem 33: Imagem externa do casarão Fonte: Mais de Salvador, acesso 2017, autor desconhecido

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laústres de argamassa armada e 1 grande vitral de estrutura metálica que demarca o eixo central do edifício. As fachadas laterais possuem 4 esquadrias, das quais as mais próximas a fachada principal apresentam maiores dimensões. O terceiro pavimento, apresenta o mesmo número de aberturas frontal e lateralmente, porém das 9 esquadrias da fachada principal, apenas 3 apresentam balaústres. As demais se configuram como janelas de peitoril assim como todas as esquadrias do terceiro andar.


8.3 MATERIAIS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS: Vedações Quanto ao sistema construtivo e os materiais que compõem o edifício, pode-se afirmar que o mesmo foi construído originalmente em alvenaria mista, de tijolo e pedra, com paredes internas em alvenaria de tijolos cerâmico. Ambos agregados a base de argamassa de cal com alto índice de salinidade. O acabamento era em pintura Cobertura O telhado foi feito em dois materiais diferente utilizados em momentos distintos do tempo; A telha canal, utilizada desde a sua versão inicial, do século XIX, até o século XXI, e a telha de fibrocimento que foi mantida até o recente colapso da cobertura devido à falta de

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Imagem 34: Parede em Alvenaria de tijolo cerâmico

Imagem 35: Cobertura em telha de Fibrocimento

Imagem 37: Portas de metálicas de enrrolar, Pav. Térreo

Imagem 38: Esquadrias em madeira

manutenção. A estrutura de sustentação das telhas era composta tesouras, caibros, terças e ripas de madeira que provavelmente também foram trocadas na transição entre as telhas canal e de fibrocimento. Pisos Forros e Esquadrias Além da estrutura do telhado, a madeira também foi empregada na construção dos pisos e forros, feitos com tábuas de madeira barroteados, e nas esquadrias que demarcam a fenestração da fachada Os ornamentos que compõem a estética do edifício, como por exemplo os frisos e balaústres, foram feitos em argamassa armada moldadas em formas pré-fabricadas.

Imagem 36: Empena em alvenaria de pedra e tijolo

Imagem 39: Vitral em perfil metálico

Imagem 40: Adornos em balaústres em argamassa armada


8.4 O ESTADO DE CONSERVAÇÃO:

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A edificação encontra-se em estado de arruinamento devido ao grande período de tempo sem uso e sem manutenção. Praticamente apenas as paredes externas ainda apresentam possibilidade de uso. A cobertura após passar grande período de tempo exposta às intempéries e às pragas, no caso da sua estrutura em madeira, acabou ruindo ocasionando dessa maneira, a aceleração de degradação na parte interna. As janelas em madeira em sua grande maioria apresentam ataques de agentes biológicos e partes faltantes; perda parcial ou total de folhas e vidros. Os forro e pisos em Taboado também ruíram após a

exposição intensa a água da chuva e outras intempéries ocasionadas pela queda da cobertura. O elementos metálicos de ligação vertical; escada e elevador, também se encontram em avançado grau de oxidação. A estrutura metálica que estrutura o grande vitral da fachada principal, apesar de oxidado, ainda oferece possibilidade de recuperação e uso. As paredes externas, apresentam grande camada de sujidades e crostas negras advindas da poluição externa que se acumulam com a ação da humidade. Existem também algumas rachaduras no substrato provocadas pela oxidação e consequente expansão da tubulação.

Imagem 41: Mapeamento de patologias Fonte: Projeto Museu Casa da História e Arquivo Público’

Imagem 42: Mapeamento de patologias Fonte: Projeto Museu Casa da História e Arquivo Público’


43

Imagem 43: Estado de conservação do edifício, vista externa. Fonte: Alberto Bonachea

Imagem 44: Estado de conservação do edifício, vista externa. Fonte: Alberto Bonachea

Imagem 45: Estado de conservação do edifício, vista Interna. Fonte: Alberto Bonachea

Imagem 46: Estado de conservação do edifício, vista Interna. Fonte: Alberto Bonachea


RE F E RÊNC I A S . 44


45


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09

REFERÊNCIAS

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9.1 REFERÊNCIAS COMPOSITIVAS

9.2 REFERÊNCIAS DE PROGRAMA

As referências compositivas foram determinantes para escolher a forma como a preexistência seria tratada. Buscou-se observar projetos de intervenção que estabelecessem uma relação sensível com a arquitetura preexistente e com o contexto no qual se inserem, para que a compreensão das nuances e dos limites entre o novo e o antigo fossem incorporadas ao projeto do Arquivo. O princípio da intervenção seguiu a tentativa de perceber os elementos de força que compõem a arquitetura preexistente; - sua linguagem formal, estética e expressão, com o intuito de criar uma arquitetura que potencializasse o valor do antigo sem perder a capacidade de de se fazer presente.

A referência de programa foi necessária para entender as potêncialidade que um Arquivo Público tem a oferecer para a sociedade. Em visita realizada ao Arquivo Nacional no Rio de Janeiro, foi possivel conhecer um programa de necessidades mais amplo que excede os limites do funcionamento técnico da instituíção, tendo principal foco no atendimento ao usuário e na disseminação do conhecimento guardado dentro do seu acervo. Além disso, por também se tratar de uma intervenção em preexistência, o Arquivo Nacional pode oferecer uma idéia de como os ambientes podem ser adaptados para a tipologia proposta.


UNIVERSIDADE DE HUMBOLDT, ALEMANHA AUTOR: MAX DUDLER ÁREA: 37,460 M² ANO: 2009 LOCAL: BERLIM Tem uma capacidade de 750 estudantes e abriga um acervo de quase dois milhões e meio de exemplares. Se destaca pela inserção no contexto urbano, o centro de Berlim, a pouca distância da Museumsinsel, Ilha dos museus, declarada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO em 1999. A intervenção considera elementos formais da arquitetura preexistente, como ritmo de aberturas, uso de materiais para a concepção da sua própria estética e com isso consegue se integrar ao entorno sem perder a natureza contemporânea da intervenção. Imagem 47: Detalhe Fachada/ Fonte: Archdayli

Imagem 48: Fachada Universidade de Humboldt/ Fonte: Archdayli

47

Imagem 49: Fachada Universidade de Humboldt/ Fonte: Archdayli


NEUES MUSEUM, ALEMANHA AUTOR: DAVID CHIPPERFIELD ÁREA: 20,500 M² ANO: 2009 LOCAL: BERLIM

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``O desenho desse projeto é focado em reparar e restaurar o volume original, respeitando a estrutura histórica. Tanto a restauração como o reparo do existente são impulsionados pela idéia de que a estrutura original deve ser enfatizada em seu contexto espacial e materialidade original - o novo reflete o antigo sem imitá-lo.`` (Archdaily, 2018)

Imagem 50: Neues Museum/ Fonte: Archdayli

Imagem 51: Neues Museum/ Fonte: Archdayli

Imagem 51: Neues Museum/ Fonte: Archdayli


ARQUIVO NACIONAL AUTOR: ALFREDO BRITO ÁREA: ANO: 2005 LOCAL: RIO DE JANEIRO Projeto de Restauro realizado no edifício neoclássico onde funcionava a antiga Casa da Moeda. Adaptado para abrigar o Arquivo Nacional, conta com um programa que contempla salas de oficina, auditório para conferências, espaço para exposições Itinerantes, espaço para eventos e etc.

Imagem 52: Arquivo Nacional, Pátio Central/ Fonte: Carolina Caricchio

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Imagem 52: Arquivo Nacional, Exposições Itinerantes/ Fonte: Carolina Caricchio

Imagem 52: Arquivo Nacional, Sala de Consulta/ Fonte: Carolina Caricchio


O PRO J E T O . 50


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O PROGRAMA

O programa foi definido com o intuito de ampliar os serviços oferecidos pelo Arquivo Histórico. Hoje, a restrição de espaço não permite que uma série de atividades de grande valia para a manutenção da instituição e para o apoio de estudantes, pesquisadores e interessados sejam oferecidos. Como foi dito, o Arquivo Nacional foi importante na definição do programa, com base nele serão propostos uma série de espaços que vão muito além do armazenamento do acervo e das salas de atendimento e pesquisa; como auditório para paletras, conferências e cursos em geral, ambientes e salas de estudo de uso comunitário, área para exposições, sala de editoração e tipografia, restaurante e etc.

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PROGRAMA ATUAL

PROGRAMA PROPOSTO

- Atendimento ao usuário - Área de acervo - Setor administrativo - Sanitários - Copa

- Recepção - Espaço museológico - Salas de oficinas - Auditório - Espaço para estudo - Setor de Serviços e ADM - Sala de Consulta - Atendimento ao usuário - Acervo -Sala de Editoração - Restaurante - Café


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CONCEPÇÃO

Constituíção Original da Quadra

Quadra descaracterizada após demolições

1.

A concepção do projeto partiu da apreensão histórica do local. Mais especificamente da observação de como era constituída a qual o edifício pertence antes da demolição das edificações vizinhas. Desde a sua implantação, o Casarão nº 2 dividia espaço com outros dois Casarões de mesma tipologia, com gabaritos intermediários, até 4 pavimentos, fenestração continuada e ocupação total do lote, que passavam a impressão de compor uma única edificação. Essas edificações, também em estado de arruinamento e com menos expressividade do ponto de vista histórico, foram demolidas no período de movimentação para a construção do hotel Hilton. O diagrama acima representa essa apreensão inicial. 53


2. Para atender ao novo programa de ne-

cessidades foi preciso incorporar à proposta o terreno remanescente da demolição das edificações vizinhas que hoje é utilizado como estacionamento. A partir de então surgiu a problemática de como ocupar este espaço levando em consideração o valor histórico do casarão. A primeira decisão de projeto consistiu em utilizar todo o perimetro do lote visando a recomposição do caráter original da quaApós isso, buscou-se marcar na fachada três volumes que remetem aos preexistentes. Isso foi possível, através do recúo do volume do meio. Em seguida, as linhas dos frisos do edifício número 2 também foram projetadas no novo volume para que fosse dada a noção de continuidade entre às duas edificações.

3.

4.

As linhas verticais e horizontais resultantes da sobreposição das esquadrias também foram incorporadas à composição marcando o ritmo das novas aberturas.

5. E por fim, foi criado um átrio central que agrega à composição um caráter mais público ao interior do edifício, que será abordado mais adiante, e a possibilidade de trabalhar com uma estética e elementos formais independentes do exterior.

Diagramas ao lado mostrando o processo de construção da forma

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VOLUMETRIA 1. A definição da volumetria surgiu a partir de decisões

paralelas relacionadas à composição externa do edifício e a forma como seria tratado o seu interior. A potencialidade existente na conexão entre o casarão e as ruas do perímetro imediato também foi adotada como princípio de projeto. Num primeiro momento, decidiu-se estabelecer a comunicação entre as ruas da parte frontal e posterior do prédio, a Rua da Bélgica e uma estreita rua pedonal respectivamente, criando uma passagem direta que corta o interior do casarão, com o objetivo de tornar o próprio prédio, uma extensão do espaço público. O átrio central também parte desse princípio, no momento que a sua existência permite que os pavimentos superiores possam se voltar para esse espaço permeável existente no térreo.

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Mapa mostrando a abertura do edifício ao fluxo público

Diagrama que mostra a relação d áreas públicas dentro do Edifício


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SETORIZAÇÃO

1. A ideia de trazer o espaço público para dentro do casarão, ou

pelo menos, aproximar os seus ambiente à ideia de permeabilidade, acessibilidade e outros valores inerentes ao uso comunitário, fez surgir em contrapartida a necessidade de espaços de caráter mais privado, com controle de acesso e baixo índice de ruído, porque afinal, o projeto contempla áreas de estudo e leitura. O contraste entre essas duas característica deram origem ao diagrama de ‘’privacidade X ruído’’, que pode ser visto ao lado, que nortearam a setorização do projeto. Numa escala de privacidade ascendente, os ambientes que necessitam de controle acústico e de acesso, ficam nos pavimentos mais acima e os espaços mais amplos, livres e ruidosos ficam na parte de baixo da edificação.

Diagramas de subtrações da volumetria

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Diagramas mostrando a relação ‘‘privacidade x ruído’


Diagrama da setrorização final/ obs: neste diagrama não foi representada existencia do café na cobertura

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ESTRUTURA E MATERIAIS 1.

Devido à intenção de criar espaços livres e flexíveis foi utilizado o sistema estrutural misto com pilares de concreto e vigas metálicas. As vigas metálicas também possibilitaram a armarração e consolidação estrutural da pré-existência.

2. Por causa da necessidade de vencer vãos intermediários, de até 11 metros, foi usado o sistema de laje de concreto alveolar. Ela é composta básicamente por painéis pré-fabricados de concreto protendido produzidos com concreto de alto desempenho. Possui diversos alvéolos ao longo de seu comprimento, que são responsáveis por reduzir o peso do painel. Além disso é uma opção mais economica para o tipo de vão que está sendo utilizado.

3.

As vedações são feitas básicamente com bloco de concreto celular, que é uma alternativa mais leve e com maior desempenho termo-acústico em relação aos blocos de concreto tradicionais.

4.

As esquadrias são em alúminio anodizado que, além da durabilidade, são resistêntes a ação da salinidade.

5.

Os pisos de todos os pavimentos, exeto a recepção do pavimento térreo e áreas molhadas, são em vinilico, devido a sua fácil manutenção e a durabilidade.

58


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PLANTA BAIXA TÉRREO

9

10

7

6

12

5 8

4

13

3

14 2

N

1

Legenda:

60

1- Recepção 2- Átrio 3- Exposição

4- Sanit Fem. 5- PCD 6- Sanit Masc.

7- Recp. Serviço 10- Vest. 13- Cozinha 8- Lobby 11- Copa 14- Salão 9- Vestiário 12- Recep. Coz.

11


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PLANTA BAIXA - PAV 1

19 18 17

20

21 16

N

15

Legenda:

62

15- Sala de Estudo 18- DML 21- Projetor 16- Sala Multi-uso 19- ร . Enclausurada 22- Foyer 17- Lobby 20- Auditรณrio

22


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PLANTA BAIXA - PAV 2

26

24

25

N

23

Legenda:

64

23- Sala de Leitura 26- Lav. e DML 24- Consulta 27- Acervo 25- Ă . de Trabalho

27


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PLANTA BAIXA - PAV 3

30

31

29

N

28

Legenda:

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28- Sala de Consulta 29- Acervo 30- Sala de Editoração

31- Lav. e DML


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PLANTA BAIXA - TERRAÇO

36 37

35 34

32

N

33

Legenda:

68

32- Café 35- Área Técnica 33- Lanchonete e Lavabos 36- Reservatório Superior 34- Ar- Condicionado 37- Casa de Máquinas


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FACHADA SUDESTE

RUA PEDONAL

RUA BÉLGICA

+0,20

0,00

FACHADA SUDESTE ESCALA: 1/100

FACULDADE DE ARQUITETURA - UFBA

TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO ANTEPROJETO - BANCA FINAL

FACHADA SUDESTE

70

11

/ 13

1/100 ESCALA

FEVEREIRO / 2018 DATA

CAROLINA CARICCHIO GRADUANDA

FEDERICO CALABRESE ORIENTADOR

ANA CAROLINA BIERRENBACH CO-ORIENTADORA


FACHADA NOROESTE

RUA PEDONAL

RUA BÉLGICA

+0,20

0,00

FACHADA NOROESTE ESCALA: 1/100

FACULDADE DE ARQUITETURA - UFBA

TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO ANTEPROJETO - BANCA FINAL

FACHADA NOROESTE

71

10

/ 13

1/100 ESCALA

FEVEREIRO / 2018 DATA

CAROLINA CARICCHIO GRADUANDA

FEDERICO CALABRESE ORIENTADOR

ANA CAROLINA BIERRENBACH CO-ORIENTADORA


FACHADA NORDESTE

RUA PORTUGAL

RUA MIGUEL CALMON

0,00

0,00

FACHADA NORDESTE ESCALA: 1/100

FACULDADE DE ARQUITETURA - UFBA

TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO ANTEPROJETO - BANCA FINAL

FACHADA NORDESTE

72

12

/ 13

1/100 ESCALA

FEVEREIRO / 2018 DATA

CAROLINA CARICCHIO GRADUANDA

FEDERICO CALABRESE ORIENTADOR

ANA CAROLINA BIERRENBACH CO-ORIENTADORA


FACHADA CORTE TRANSVERVAL 1

73


FACHADA CORTE TRANSVERVAL 2

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CORTE LONGITUDINAL 1

CORTE AA ESCALA: 1/100

75


CORTE LONGITUDINAL 2

76


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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BELLOTTO, Heloisa Liberali. Arquivística: objetos, princípios, rumos. São Paulo: Associação Arquivistica de São Paulo. DE PAOLI, Paula. Um outro conceito de novo: o bairro do Comércio na modernização do Porto de Salvador (1912-1933). SANTOS, Jacileida Evolução, Decadência e Requalificação do Centro Comercial e Financeiro da Cidade do Salvador -BA BAETA, Rodrigo Espinha eCARDOSO, Luiz Antonio Fernandes. O frontispício de Salvador e seu impacto na paisagem urbana da cidade no século XIX METTIG, Heliana. VISUALIZAÇÃO URBANA DIGITAL: SISTEMA DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS E HISTÓRICAS PARA O BAIRRO DO COMÉRCIO - SALVADOR

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78


TFG - 2017.2 UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

FACULDADE DE ARQUITETURA | SALVADOR - BA

TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO | CAROLINA CARICCHIO 79


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