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RESUMO

RESUMO

Baptista, Carolina Ferreira. Neurociência aplicada à arquitetura de Organizações Sociais Culturais e Esportivas: voltadas a atender o público infantil. 2020. Artigo (Ensaio Teórico) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília, Brasília. 2020.

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Partindo do tema arquitetura, educação, esporte e cultura, a pesquisa teve por objetivo compreender o espaço ocupado por organizações socioculturais que atendem crianças e jovens em alguma situação de vulnerabilidade, contextualizando quais os maiores problemas espaciais encontrados e apresentar possíveis soluções por meio da NeuroArquitetura e da biofilia para se criar um ambiente rico didaticamente e que melhore a qualidade de vida de seus usuários. Considerou-se as hipóteses de que a maioria destas Organizações não apresentam espaços físicos de qualidade para a realização das atividades essenciais para o processo de desenvolvimento e aprendizagem de seu público e que um espaço construído utilizando os conceitos de NeuroArquitetura e biofilia se apresentam como um agente facilitador nesse processo de ensinoaprendizagem. Embasada em autores como Paiva, Fonseca, Lima, Silva, dentre outros e em pesquisas que envolvam de alguma forma esse tema, a presente pesquisa considerou conceitos importantes relativos à qualidade do espaço na NeuroArquitetura e à importância da percepção na relação criança-ambiente. Verificou-se como atividades extracurriculares, realizadas de forma lúdica, como o exemplo da dança, oferecidas por estas organizações, estimula nas crianças a linguagem, o pensamento, a socialização, a exploração, a invenção, a motricidade e a criatividade. Demonstrando sua importância para formação e desenvolvimento destas. Em um mundo cada vez mais urbano, que retira a autonomia das crianças, espaços projetados especialmente para elas podem proporcionar a oportunidade de um desenvolvimento livre, propicia também o reconhecimento e a apropriação do espaço. O uso dos conceitos fundamentais da NeuroArquitetura e da biofilia em um projeto voltado para o público infantil trás qualidades a estes ambientes, os tornando mais interativos, atraentes, estimulantes e acolhedores, contribuindo para que promovam a relação entre seus usuários e corresponde às necessidades da criança. Esses conceitos arquitetônicos também determinam as diretrizes que definem qual deve ser a

essência espacial dessas organizações esportivas, educacionais e culturais: integração com a comunidade; interação com o meio natural; iluminação e ventilação natural; ambientes acolhedores; sustentabilidade; materiais, texturas e cores como elementos de identidade. Conclui-se que essas diretrizes e conceitos podem mostrar-se úteis quando se deseja melhorar o espaço físico dessas organizações, que buscam acima de tudo melhorar a qualidade de vida dessas crianças e jovens. Ao apresentar espaços com essas características, podem se tornar fontes de estímulos de aprendizado e desenvolvimento.

Palavras-chave: Neuroarquitetura. Biofilia. Cultura. Esporte. Educação

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