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NEUROARQUITETURA
3.3 A PERCEPÇÃO DE UM AMBIENTE DE ACORDO COM A
NEUROARQUITETURA
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Percebemos o ambiente ao nosso redor utilizando os cinco sentidos, visão, audição, olfato e tato. Erroneamente julgamos o sentido da visão como o mais importante para a percepção do mundo exterior, porém também captamos outras informações como sons, cheiros, texturas, temperaturas e sabores para interpretar um ambiente.
Somos muito mais do que nosso cérebro, nós pensamos com o corpo inteiro. Nesse sentido, compreendemos e respondemos ao mundo com o corpo inteiro. Sempre que vivenciamos o mundo, estamos vivenciando a nós mesmos simultaneamente, como o que podemos fazer, e ampliando nossas possibilidades de percepção e ação (Louise T. Chawla, O COMEÇO... 2020).
Outro importante fator para a percepção de um ambiente é o tempo de ocupação neste, podendo gerar dois tipos principais de efeitos no nosso organismo: efeitos de curto prazo, mais imediatos e efêmeros, e efeitos de longo prazo, mudanças mais estruturais que demoram mais a acontecer, mas que também persistem por mais tempo (PAIVA e JEDON 2019).
Logo, percepção é algo relativo, diferentes fatores podem distinguir como percebemos uma mesma realidade (LOTTO, 2019). O estudo na área de NeuroArquitetura contribui para a melhor compreensão de como diferentes características sensoriais podem afetar as percepções de um determinado ambiente.
Esses fatores variam de acordo com as diferenças dos órgãos sensoriais de cada pessoa, podendo fazer com que a mais simples seja realidade percebida de maneira completamente diferente. Depende, por exemplo, se o usuário possuí ou não alguma deficiência e até mesmo da sua idade, idosos possuem maior dificuldade de visualizar algumas informações e crianças ainda não adquiriram muito senso de direção. Extrapolando essa noção básica, até mesmo diferenças culturais afetam diretamente a forma de percepção, um caso disso é que enquanto algumas culturas associam a com preta ao luto, outras associam a cor branca.
Essas diferenças devem ser compreendidas por arquitetos e designers para que, ao projetarem um determinado ambiente, se utilizem de elementos que tenham maior relevância para seus usuários, facilitando a conexão com o espaço, sua memorização e impacto emocional das experiencias ali vividas (MCCLURE et al, 2004).
Os cinco fatores que vinculam a exposição humana a um ambiente e a nossa resposta emocional completa a um local são: as respostas emocionais fundamentais e universais aos estímulos ambientais de todos os seres humanos; as experiencias vividas no locais, respostas a elementos específicos de design; a personalidade individual de cada usuário; e a respostas compartilhadas às experiencias de vida de uma cultura.
Um sentido pode influenciar na percepção dos outros. Como descrito em estudos sobre como o som do ambiente pode influenciar na nossa percepção de sabor (Spence et al, 2019), ou como a iluminação pode afetar também a noção de valor de um produto (OBERFIELD et al, 2009). A conclusão desses estudos é que a percepção depende da somatória de informações trazidas por diferentes sentidos. Arquitetos e designers, ao projetar, devem considerar não apenas os aspectos visuais, mas que a atmosfera de um ambiente é gerada pela combinação de todas as informações sensoriais, como cores, texturas, sons, iluminação, cheiros e vivencias pessoais, construindo a experiencia desejada dos usuários em cada ambiente (SPENCE et al, 2014).
Humanos e natureza coexistem de forma interdependentes, estar em contato com ela nos ajuda a estar em contato com nós mesmos. Mas natureza não é apenas a encontrada no exterior e sim numa ampla diversidade de ambientes, construídos e não construídos, compostos por elementos naturais (O Começo da Vida 2: Lá Fora, 2020)
Não basta criar um projeto esteticamente agradável, é importante entender quais as necessidades específicas dos usuários que o utilizarão e como eles irão perceber esse ambiente, considerando suas diferenças de idades, órgãos sensoriais e memorias culturais. O planejamento das informações sensoriais de forma integrada cria atmosferas completas, que contribuam para as experiencias desejadas no espaço (SPENCE, 2020).
3.3.1 A PERCEPÇÃO DE UM AMBIENTE PELO PÚBLICO INFANTIL
Ao longo do desenvolvimento, o cérebro humano passa por intensas transformações, a infância é o período mais crítico de desenvolvimento das mais diversas áreas cerebrais (PAIVA e JEDON 2019). Por isso, a vulnerabilidade aos estímulos do espaço ao redor se altera nos diferentes períodos da infância e da adolescência. As lembranças desse período da vida são algumas das mais fortes para a maioria das pessoas.
O processo de desenvolvimento transforma o nosso cérebro e o seu funcionamento significativamente com o passar do tempo. Desta forma um mesmo ambiente pode gerar efeitos distintos a jovens, adultos, crianças e idosos. Mais especificamente, o cérebro não se desenvolve de maneira uniforme ao longo da infância ou em indivíduos com condições especiais como deficiência intelectual.
Hensch (2004) afirma que a neurociência vem mostrando que durante a infância ocorre diversas “janelas de desenvolvimento” ou “períodos sensíveis” em que diferentes sistemas neurais passam por amadurecimento. Mostrando que o ambiente afeta o indivíduo de formas distintas dependendo da etapa de desenvolvimento em que se encontra. Mesmo assim o cérebro mantém parte de sua capacidade de transformação ao longo de toda a vida.
Crianças mais novas por exemplo tem dificuldade de utilizar estratégias de navegação como a seleção de marcos ou mesmo um mapa para navegar em locais não conhecidos, como escolas e hospitais infantis. Estratégias projetuais, como a utilização de diferentes pistas sensoriais que possam ajudar as crianças a se sentirem seguras e a conseguirem navegar com certa independência pelo espaço, podem ser adotadas de forma a facilitar o uso daquele espaço e contribuindo na estimulação e desenvolvimento das habilidades de navegação.
Primeiramente, a aplicação da neurociência em ambientes voltados ao público infantil precisa levar em consideração que o desenvolvimento de algumas áreas relacionadas ao processamento sensorial só ocorre se forem recebidos estímulos adequados. Segundo Greenough, Black e Wallace (1987) Determinadas habilidades dependem da experiência para que o cérebro se desenvolva normalmente, principalmente no período pós-natal. Isto é, nós
precisamos de alguns estímulos básicos durante determinadas “janelas de sensibilidade” (Hensch, 2004) para garantir o desenvolvimento adequado do cérebro.
Logo, necessitamos que ambientes em que as crianças vão passar mais tempo, como a escola e sua casa, por exemplo, sejam ricos em estímulos que contribuam para um desenvolvimento saudável. Estudos nas áreas de arquitetura e NeuroArquitetura sobre como projetar corretamente esses espaços já estão bem fundamentados, porém outros, também destinados a esse público, necessitam de igual atenção.
Para se ouvir as crianças em sua linguagem natural, é importante utilizarse de metodologias que criem situações que as levem a se expressar para além da via oral e escrita, por seus meios próprios: pela gestualidade corporal, pela expressão gráfica, pela construção de objetos tridimensionais, pelo brincar. É por meio dessas linguagens que ela mais facilmente comunica sua dimensão simbólica e, portanto, seus afetos e representações.
Precisamos compreender que tipo de ambiente é capaz de otimizar a função cognitiva, como aprendizado, memória, emoções, comunicação e inteligência social, em uma criança em desenvolvimento, utilizando a NeuroArquitetura e a biofilia como agentes facilitadores no processo de ensinoaprendizagem. Espaços que oferecem elementos naturais por exemplo trazem inúmeros benefícios para o desenvolvimento integral das crianças e se suas habilidades. Ajuda nos sentimentos de liberdade, autonomia, solidariedade, empatia, humildade e pertencimento. Melhorando a saúde física, emocional e mental.
Integrado às primeiras sensações do ser humano, o espaço é o elemento material através do qual a criança experimenta o calor, o frio, a luz, a cor, o som, e, em certa medida, a segurança que nele se sente [...] para a criança existe o espaço-alegria, o espaçomedo, o espaço-proteção, o espaço-mistério, o espaço-descoberta, enfim os espaços da liberdade ou da opressão (LIMA, 1989, p. 13,30)
3.3.2 AMBIENTES SOCIAIS CULTURAIS E ESPORTIVOS VOLTADOS PARA O PÚBLICO INFANTIL
Os ambientes sociais culturais e esportivos vêm se tornando cada vez mais relevantes, como resposta a necessidade de vivência das crianças fora de casa, que não seja a própria escola. A crescente urbanização e a consequente violência das cidades tornam os espaços externos como ruas e praças locais inseguros para o desenvolvimento livre, reconhecimento e apropriação do espaço. O meio urbano retira a autonomia e liberdade das crianças. Como forma de suprir essa necessidade as famílias buscam outros ambientes, além da escola, que possam oferecer outros meios de vivencia a esse público.
Ainda hoje, muitas escolas de educação infantil e fundamental se fundamentam em processos de ensino-aprendizagem centrados apenas do desenvolvimento cognitivo, sem se atentar em oferecer um ambiente com elementos como iluminação e ventilação natural; materiais e vista para a natureza, texturas e cores ricas sensorialmente. Consequentemente deixa as crianças cada vez mais distantes de elementos importantes para o desenvolvimento integral de suas múltiplas potencialidades, seja intelectual, social, emocional e espiritual.
Atualmente, grande parte do público infantil também participa de atividades extracurriculares no contraturno escolar, como dança, música e esportes em geral. Os ambientes onde ocorrem essas atividades são tão importantes quanto a escola ou a casa para o desenvolvimento dessas crianças, podendo também ser considerado um local de socialização e desenvolvimento cognitivo. Por isso é tão importante e fundamental que estes ambientes sejam um espaço estratégico de transformação e saber projeta-los da melhor forma pode auxiliar no conforto, qualidade de vida e melhoria na aprendizagem de seus usuários.
Como resposta a essa necessidade, principalmente para crianças e jovens em alguma situação de vulnerabilidade, surgem as organizações sociais culturais e esportivas, que oferecem essas atividades de maneira gratuita para a comunidade, mesmo dispondo de espaços físicos sem a melhores condições e, em muitos casos, utilizados de forma improvisada.
Outra importante função desses ambientes em que as crianças crescem e se desenvolvem é o apoio a criação de um senso de identidade. É durante essa fase de crescimento, da infância a adolescência, que formamos nosso banco de memórias básicas que influenciarão nosso comportamento ao longo da vida, integrando nosso self-autobiográfico (DAMÁSIO, 2000).
Ambientes projetados para esse público quando enriquecidos sensorialmente ajudam a criar memórias mais fortes, para isso devem ser desafiadores, de forma a estimular não somente a mente, mas também o corpo e, ao mesmo tempo dar a sensação de segurança. Precisamos levar em consideração que as necessidades de um público infantil são diferentes dos adultos, pois a forma de percepção, as emoções e a cognição ainda estão em desenvolvimento, se modificando de acordo com o seu crescimento, crianças de diferentes idades perceberão um mesmo ambiente de maneira distinta. Durante essa fase desenvolvemos nossas habilidades e sentidos, criando um banco de memórias e senso de identidade, tendo a necessidade de crescer não somente em um ambiente seguro e confortável, mas que também intensifique essas mudanças.
O modo como espaços construídos são organizados é um fator importante no desenvolvimento cognitivo e na interação entre nós e o ambiente, o ambiente construído tem ligação direta com nossas percepções cerebrais. Nesse sentido, alguns fatores externos como: luminosidade, temperatura, acústica, ventilação e uso de cores, materiais e texturas são importantes elementos na configuração de um ambiente de qualidade, sendo geradores de conforto e saúde. Os estudos da NeuroArquitetura e biofilia podem ser aplicados em diversos tipos de ambientes, dentre eles os sociais culturais e esportivos, que é como se classifica a maioria das atividades extracurriculares.
Esses ambientes, assim como o lar e a escola, é onde as crianças passam a maior parte de seu tempo, influenciando-as na intimidade familiar e na educação pois está relacionado às percepções e emoções que envolve o cérebro em formação, sejam elas negativas ou positivas. Os estímulos externos são ainda mais impactantes na primeira infância, onde o desenvolvimento cerebral e crescimento sináptico ocorre de forma acelerada.
O uso dos conceitos fundamentais da NeuroArquitetura e da biofilia trás qualidades a estes ambientes voltados para o público infantil, os tornando mais interativos, atraentes, estimulantes e acolhedores, contribuindo para que promovam a relação entre seus usuários e corresponde às necessidades da criança. Esses conceitos arquitetônicos podem determinar as diretrizes que definem qual deve ser a essência espacial dessas organizações sociais culturais e esportivas, por meio de fatores externos citados a seguir, utilizados como elementos de identidade. Gerando assim um ambiente que ofereça a infraestrutura adequada para ser promotor de conforto, segurança e rico didaticamente.
o LUZ NATURAL
O contato com a luz natural possui um contributivo significativo para a nossa saúde e bem-estar. Pesquisas apontam que salas de aula amplas, com grandes janelas e luz natural produzem maior rendimento acadêmico de seus alunos por exemplo (DETERMAN et al, 2019).
O nosso relógio biológico está programado para funcionar de acordo com a luz solar. No início do dia a luz solar é mais fria e por isso de cor branca, o que nos permite estar mais despertos, mais ativos, mais produtivos. Com o fim do dia a luz solar começa a diminuir a sua intensidade, ficando mais quente e por isso com uma cor mais amarelada, nos fazendo relaxar e estimular a produção do hormônio do sono, a melatonina, que nos permitirá ter uma noite de sono descansado e regenerador.
A luz natural está diretamente ligada ao aumento de rendimento acadêmico, luz em um nível adequado também é necessário para atividades como leitura e escrita. Quando estamos num ambiente sem luz natural, recorrendo por isso a luz artificial, que normalmente é uma luz branca e fria, não são dados os estímulos necessários ao nosso cérebro para que a melatonina seja produzida com o passar do dia, elevando o stress.
o VENTILAÇÃO NATURAL
A ventilação natural é outro elemento que traz a natureza para o interior, proporcionando a sensação de conforto necessária a uma boa produtividade.
Ambientes com janelas amplas que além de promoverem a luz natural possam abrir e proporcionar ventilação natural do espaço e um fator importante a ser considerado.
o PERCEPÇÃO DO CLIMA
Associado aos dois fatores anteriores surge um outro elemento: a percepção do clima. É muito importante para o ser humano ter noção das condições climáticas que estão a acontecer no exterior, uma vez que lhe dá sentido de orientação. Ao mesmo tempo que climas adversos devem ser controlados.
A alta temperatura e/ou a baixa umidade por exemplo pode tornar incômodo a permanência em salas fechadas. Parte do ano no Distrito Federal é caracterizado pelo tempo seco e quente, todos os anos vemos notícias sobre alunos reclamando sobre a perda de concentração durantes as aulas e passando mal nesses ambientes de muito calor, muitas escolas sem infraestrutura chegam a suspender as aulas de educação física durante esses períodos. A temperatura recomendada pela Anvisa é entre 20°C à 22°C.
o VEGETAÇÃO
A vegetação é outro elemento que nos remete a natureza de forma direta. Contribuindo para uma redução significativa do stress e melhora da saúde física, comodidade, rendimento e produtividade. A pesquisa mundial realizada pela Human Space (2015) mostra, que a vista para a natureza melhora em 6% a produtividade, 15% a criatividade e 15% a sensação de bem estar no ambiente de trabalho.
A natureza pode ser experimentada não somente nas florestas e nos parques naturais, mas também nas cidades, nas escolas, em casa, nos quintais, varandas, praças, ruas, hortas, e até mesmo ao cultivar uma planta em um vaso. O contato com áreas verde fomenta a criatividade, a iniciativa, a autoconfiança, a capacidade de escolha, de tomar decisões e resolver problemas, o que por sua vez contribui para o desenvolvimento de múltiplas linguagens e a melhora da coordenação psicomotora.
Além dessas vantagens diretas para o ser humano o uso da vegetação também contribuí para melhora do ambiente, por meio da purificação do ar, da redução do nível de ruído e do controle da temperatura.
o CORES
Segundo Mazzilli (2018), a cor é um dos elementos da linguagem visual que mais se destacam nos ambientes infantis. Sua presença confere alegria e funciona como um identificador da dimensão lúdica do espaço. Sua percepção não é absoluta, estando vinculada a fenômenos de ordem psicológica, fisiológica e cultural, podendo ser influenciada também pelo ambiente.
O efeito da cor no ambiente escolar deve ser harmonioso e resultar numa gama de meios tons balanceados, mas ainda com vários “aromas” cromáticos. Com o objetivo de estimular o processo de conhecimento e identidade do lugar, proporcionando aos usuários variedade e complexidade cromática suficiente e uma percepção rica e global do ambiente.
Segundo Tornquist (2008) a cor nas escolas não tem apenas função decorativa, mas ajuda a regular o comportamento dos alunos, favorecendo a orientação e facilitando a identificação do ambiente. Cores mais extrovertidas podem ser usadas em ambientes de recreio e brincadeiras, ajudando a expor as emoções das crianças e aliviar a tensão. Ambientes com tons claros inspiram uma atmosfera mais calma e tranquila, como salas de aula que exigem maior concentração. Saídas, vestíbulos, corredores e passagens podem ter paredes pintadas com cores distintas, para parecerem mais amplos e excitantes, favorecendo também a orientação, que também pode ser auxiliada por pinturas no piso, criando pistas sensoriais.
o TEXTURAS E FORMAS
Para as crianças (sobretudo as menores) poder tocar nos objetos é muito importante. Sentir texturas e temperaturas por meio do tato é enriquecedor ao seu desenvolvimento. Texturas que remetem a natureza também estimulam positivamente o nosso cérebro.
Uma análise simples das estatísticas da imagem visual do mundo natural revela que este está repleto de suavemente contornos curvilíneos variáveis
(GEISLER, 2008), como as veias de uma folha ou as ondas do mar. Detectamos esses padrões ao longo da evolução humana e os reproduzimos na arquitetura e no design, como por exemplo na forma de padrões de papel de parede, frisos de cornija, ou montantes radiais (ALBRIGHT, 2015), como forma de representar o meio natural no meio construído.
o SONS
Para o desenvolvimento sensorial da audição das crianças, é essencial preocupar-se com dois parâmetros complementares em ambientes infantis: a música e o silêncio. Há diversos estudos que comprovam os benefícios da música clássica no desenvolvimento fetal e também durante a primeira infância. Por outro lado, o silêncio é essencial para assegurar maior concentração das crianças. O ideal é buscar um equilíbrio entre o som e sua ausência.
Ruídos exagerados podem atrapalhar o aprendizado tornando o ambiente menos confortável. A acústica tem interferência direta na produtividade, locais muito barulhentos, onde os sons reverberam demais, causam desconforto.
o CHEIROS
Muito se fala sobre a memória olfativa ser a mais forte em nosso campo cerebral. Logo, é importante preocupar-se com os cheiros que se tornarão, no futuro, a memória olfativa das crianças. Ambientes que proporcionem cheiros naturais de plantas por exemplo estimulam o relaxamento e proporcionam o contato direto das crianças com outros seres vivos.
o EQUIPAMENTOS
Além de todas essas características anteriores também é necessário se atentar como espaços pouco ou mal equipados podem gerar sensações de angústia e ansiedade nas crianças.
O mobiliário pode favorecer a interação das crianças com o espaço, quando se apresenta mais próximo de sua escala, sendo um bom instrumento para o desenvolvimento de atividades com maior independência, como lavar as mãos e se sentar à mesa. Ao mesmo tempo que espaços amplos e livres de equipamentos permitem o desenvolvimento de atividades motoras, como correr e saltar.