Projeto IV

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CENTRO ADMINISTRATIVO DO CONDE nayara carolly soares barbosa



SUMÁRIO 1.CENTRO ADMINISTRATIVO DO CONDE

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2.LINGUAGEM ARQUITETÔNICA

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3.O PARTIDO ADOTADO

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4.A SETORIZAÇÃO

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5. O EDIFÍCIO

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6.A PRAÇA

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7.AS TORRES DE SERVIÇO

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8.OS PAVIMENTOS

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9.REFLEXÕES E ANÁLISES

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CENTRO ADMINISTRATIVO DO CONDE LUGAR, PROPOSTA E DESENVOLVIMENTO PROGRAMÁTICO Localizado no município do Conde, estado da Paraíba, o projeto abarca um centro administrativo para a cidade, que possui, atualmente, suas secretarias e departamentos dispersos em residências alugadas com verbas municipais. Tal situação promove problemas como a onerosidade dos gastos e dificuldades de locomoção e logística devido à falta de proximidade entre secretarias. A proposta de um centro unificado, espera-se, que além de incentivar a melhor produtividade e amenizar despesas de verbas e tempo, também estimule a população a participar mais ativamente da esfera administrativa, dialogando com as diferentes camadas de poder que operam no município. Relatos da própria população abarcaram o problema da falta de uma “praça da cidade”, fator que foi considerado nas decisões projetuais.

A maior dimensão do terreno (aproximadamente 135 m) está orientada a leste-oeste, o que configura, desde já, um desafio, visto que é preferível ter-se faces menores nas orientações de maior incidência solar. Uma das fortalezas é que no limite da porção leste dos lotes há um grande desnível seguido de um extenso vale, e, portanto, nenhuma edificação foi erguida, promovendo a desobstruição dos ventos dominantes, vindos da direção sudeste; além de promover a vista livre para a natureza não-explorada do vale. O terreno está a aproximadamente 1 minuto de caminhada do “boulevard” da cidade (Rua Nossa Senhora da Conceição e da igreja matriz (Paróquia Nossa Senhora da Conceição); e é alinhado, aproximadamente na metade, à rua do mercado (Rua Ovídio Alves). O maior fluxo de pedestres se dá pela porção noroeste, vinda do boulevard e na porção da

metade, vinda da rua do mercado. Além destes, há o fluxo vindo do sul, região onde estão as praias; e do norte, de onde vem a grande parte dos que saem da capital João Pessoa. Toda a porção oeste é acessível e tem contato direto com a calçada e a rua; diferente da porção leste, que está em adjacência ao acidente geográfico. O programa de necessidades foi gerado a partir de entrevistas às secretarias e o desenvolvimento de layouts compatíveis com as relações de funcionários e atividades realizadas, a partir de uma matriz de relações. Considerando os fluxos urbanos, forças principais como ventilação e insolação, a matriz de relações e as necessidades da população, foi desenvolvido um projeto que procura se imergir na cidade e na paisagem.


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Esquema das proximidades e fluxos urbanos no lote proposto para o projeto.


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LINGUAGEM ARQUITETÔNICA RITMOS FUNCIONAIS E ABERTURAS ANTROPOMÓRFICAS Buscou-se inspiração nas produções contemporâneas que utilizam o ritmo da fachada como elemento de solucionamento projetual e partido visual da edificação, criando enquadramentos. Rafael Moneo, na prefeitura de Múrcia (imagens 1 e 2), utiliza elementos verticais que marcam a fachada e geram enquadramentos visuais para o entorno histórico onde o edifício está inserido. Também os escritórios suíços Baumschlager & Eberle e Gigon e Guyer, em projetos de apartamentos como o Ruggächern (imagens 3) e Brunnenhof (imagem 4), ambos localizados em Zurique, criam fachadas cujo jogo de cheios e vazios dá possibilidade para aberturas antropomórficas (imagem 5), proporcionando a visualização do exterior a partir

do indivíduo ou coletivo que utiliza o edifício. Suas aberturas foram dimensionadas a partir destes usuários. Para o projeto do Centro Administrativo, considerando suas principais atividades - de trabalho burocrático, onde a maioria dos funcionários ficará, em sua maior parte do tempo, localizados em suas estações de trabalho - foram pensadas aberturas cujas dimensões gerassem uma relação entre o usuário e o edifício, os visuais que a edificação pode oferecer ao entorno. Uma das medidas fundamentais para as decisões foi a de um ser humano sentado em uma estação de trabalho que possui uma faixa de visão localizada a 1,2m a partir do piso (imagem 6). Os ritmos, além de solucionarem decisões e inten-

ções projetuais, podem gerar interessantes partidos visuais.


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casas en suiza, etsam, UPM. 2012.

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PARTIDO ADOTADO TORRES CONECTANTES Resultante dos testes com diferentes partidos e estudos programáticos, o edifício buscou criar um acesso em forma de escadaria de permanência, oferecer vistas dinâmicas para a praça central, dispor as secretarias no sentido longitudinal do lote na porção leste - a fim de oferecer vistas à natureza, e a locar a bibilioteca no pavimento semienterrado gerando, ademais, uma superfície de visualização desde a praça. Para isso, o bloco das secretarias foi levantado em uma altura de um pavimento, de forma que os módulos das salas de espera, no nível do acesso, tivessem a visualização desobstruída, e um grande átrio foi aberto no pavimento central para ampliar o espaço da biblioteca. Assim, foi gerado um partido de caráter horizontal, conectado a duas torres de caráter verticalizado, unindo blocos paralelepípedos nas extremidades.


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SETORIZAÇÃO COMO AS FUNÇÕES DO EDIFÍCIO SE DIVIDEM Fatores como a ventilação, insolação, dinâmicas urbanas e as relações entre atividades e funcionários foram levados em conta para a disposição dos espaços no lote. As torres verticais ligam as lâminas do edifício do subsolo até o último pavimento e são quase idênticas: abrigam as funções de foyer no subsolo, sala de espera e atendimento no nível do acesso, elevadores, escadas de emergência, wcs, depósitos de material de limpeza, salas técnicas, paredes hidráulicas e shafts para abrigar os sistemas prediais. As lâminas horizontais abrigam a biblioteca, salas de reunião e leitura no subsolo; secretarias no primeiro e segundo pavimento. Os blocos das extremidades possuem funções diversas tais como o auditório, secretaria de saúde e secretaria de educação no bloco meridional; e serviços de manutenção, gabinete da prefeita e salas de capacitação no bloco setentrional. Os serviços prediais foram locados neste setor em função da proximidade ao estacionamento e acesso de veículos, facilitando a carga e descarga de mercadorias e saída de lixo.

praça torres de serviço secretarias biblioteca auditório salas de reunião prefeitura sala de capacitação copa / refeitório depósitos, sala de servidores e arquivos espaço comum


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O EDIFÍCIO VOLUMES E ESTRUTURA Conectados pelas torres, procurou-se gerar, nos pavimentos do edifício, espaços amplos e com o mínimo de choques de fluxos. Buscou-se gerar uma desobstruição dos visuais das secretarias para a natureza, de forma que os funcionários tivessem a paisagem estática do vale enquadrado no ambiente de trabalho. Essa intenção foi materializada desde a volumetria - dispondo os departamentos no maior eixo do lote - até a organização espacial das estações de trabalho e dimensionsamento das aberturas, com repercussões, inclusive, nas vedações. No pavimento semienterrado, onde estão locados os depósitos, almoxarifado e sala de servidores, buscou-se separar os fluxos públicos dos fluxos de serviços, a fim de não gerar conflitos.

Foram utilizados perfis metálicos para compor a estrutura do edifício, adotando o perfil tubular quadrado de 20x20cm para os pilares, e vigas de alma cheia de 57,3 cm de altura. Foi utilizado ainda o perfil de viga de altura de 29 cm para o nível de mezanino, onde foi utilizado um vão menor entre pilares. Para a laje foi sugerido o uso do tipo nervurado, de 35 cm de altura já que vence maiores vãos sem necessitar de vigas complementares, além de oferecer boa resistência para a instalação das estruturas das evaporadoras, forros e sistemas lumínicos. O bloco que recebe a escada de emergência será em alvenaria estrutural de 20 cm de espessura.


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2 1

1 - Arquivo morto 2 - Sala de servidores 3 - Depósito 4 - Almoxarifado 5 - Depósito de lixo e DML 6 - Sala técnica 7 - Salas de reunião P 8 - Salas de reunião M 9 - Salas de reunião G 10 - Salas de leitura 11 - Biblioteca 12 - Auditório 13 - Camarins 14 - Depósito do auditório 15 - Sala técnica

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N

PLANTA BAIXA PAV. SEMIENTERRADO ESCALA 1:500


4 3

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N

PLANTA BAIXA PILOTIS ESCALA 1:500

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1 - Área de chegada e espera 2 - Atendimento ao público 3 - Depósito de lixo/DML 4 - Sala técnica 5 - Vazio/biblioteca 6 - Área comum/mezanino 7 - Team Meeting 8 - Área de carga e descarga


4 3

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11 11

11 10

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N

14

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C

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6

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1 - Prefeitura 2 - Gabinete da prefeita 3 - Depósito/DML 4 - Sala técnica 5 - Secretaria de Trabalho e Ação Social 6 - Secretaria de Comunicação 7 - Ouvidoria 8 - Team Meeting 9 - Guarda Civil 10 - Secretaria de Agropecurária e Pesca 11- Secretaria de Administração 12 - Depósito/DML 13 - Sala técnica 14 - Secretaria de Educação

8%

PLANTA BAIXA PRIMEIRO PAV. ESCALA 1:500


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N

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1 - Copa/Cozinha 2 - Sala de capacitação 3 - Área de descanso e espera 4 - Depósito/DML 5 - Sala técnica 6 - Controladoria Geral 7 - Procuradoria 8 - Finanças 9 - Secretaria de Planejamento 10 - Secretaria de Infraestrutura 11 - Secretaria de Turismo 12 - Orçamento Participativo 13 - Meio Ambiente 14 - Sala técnica 15 - Secretaria de Saúde

PLANTA BAIXA SEGUNDO PAV. ESCALA 1:500


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PLANTADE COBERTA ESCALA 1:500

3% 3% 3% 3% 3% 3% 3%

3% 3%

3% 3%

3% 3%

3% 3%

3% 3%

N coberta escala 1:500

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2 2

3% 3% 3% 3% 3% 3% 3% 3% 3% 3% 3% 3% 3% 3% 3% 3% 3% 3% 3% 3% 3% 3%

3% 3% 3% 3%

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15 1 - Telha termoacústica sanduíche 2 - Laje da área técnica 3 - Condensadoras 4 - Acesso técnico


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A PRAÇA RELAÇÃO COM A RUA E O EDIFÍCIO

Foram levadas em conta as observações as relações urbanas com o lote, de forma que se criaram dois acessos principais: um que provém do eixo proveniente do mercado central; outro proveniente do boulevard e da igreja, locada ao lado do terreno do edifício. O agenciamento, forma de escada, pretende sugerir um ambiente de permanência e ocupação pela cidade. O paisagismo procura replantar as espécies já existentes no lote. A paginação do piso da praça procura fazer referência às linhas dos degraus, trazendo alguns canteiros para vegetação rasteira. Como a praça pode ter um caráter cívico, buscou-se inserir a vegetação de forma que não dificultasse a ocupação.


A praça coberta é considerada um ambiente não só do edifício, mas principalmente da cidade; oferecendo conforto pela sombra e vento e a possibilidade de manifestações públicas, artísticas e políticas


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A opção de se elevar os pavimentos e deixar apenas o módulo da sala de espera - contido à torre de serviços - ao acesso direto do público oferece maior legibilidade nas entradas, não só pelo revestimento como também pela volumetria destacada.


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O descolamento do edifício e a composição com os volumes verticais foi pensado de forma a gerar enquadramentos para o visual da serra na porção leste, além de trazer ventilação natural para a praça, principalmente através dos ventos dominantes proveniente do sudeste.


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CÓDIGO

SOLUÇÃO coberta ventilada com telha termoacústica laje plana impermeabilizada e acesso técnico coberta em treliça espacial com telha termoacústica

Para a coberta da praça foi sugerida uma estrutura de treliça espacial - buscou-se utilizar o mínimo de pilares para evitar a obstruição na praça, cuja intenção é ser utilizada, também, para eventos. Para isso, utilizou-se uma modulação de 30m x 30m, com treliças de 1,5 m de altura, forrada com ACM fixado com montantes na treliça. Acima dessa estrutura, locaram-se as telhas termoacústicas e as calhas de captação de águas pluviais.

Com um caráter de teatro público, a praça ganha uma escadaria escultural que permite a apropriação dos usuários. Inclui também uma rampa acessível de inclinação 8% que, além de um sistema, ornou-se um partido plástico para a escada


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A fim de criar legibilidade para a biblioteca, criouse um plano inclinado que tem contato direto com a praça, oferecendo a visualização de suas atividades pelos usuários do espaço público. Assim, é possível que se tenha clara a existência de um espaço semienterrado logo no exterior do edifício, convidando os usuários a buscá-lo. Foram utilizados revestimentos com a mesma aparência - concreto e placa cimentícia - no piso da praça e nas envoltórias da coberta do pavimento semienterrado, respectivamente, de forma que permita uma percepção de continuidade visual. A fachada de contato com a praça foi pensada de forma que permitisse visualização e enquadramentos de fora para dentro e vice-versa, como é exemplificado no corte de pele a seguir.


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estrutura de apoio para fachada ventilada

barrotes de sustentação para piso elevado

piso elevado em concreto celular

fachada ventilada em painéis cerâmicos

forro em gesso 3cm

tirantes e canaletas para fixação do forro

grelha metálica para ventilação do ático

estrutura de apoio para fachada ventilada

barrotes de sustentação para piso elevado

piso elevado em concreto celular

pilar metálico perfil tubular quadrado 20x20cm

perfil auxiliar para fixação do forro metalon 30x30mm

grelha metálica para ventilação do ático

telha termoacústica com revestimento EPS PainelBras 4m

treliça metálica Gerdau 12 cm para caimento da telha

elemento de fixação pilar/treliça

revestimento em ACM

tirantes em aço para fixação do forro

treliça espacial

montantes para inclinação

telha termoacústica com revestimento EPS PainelBras 4m

CORTE DE PELE ESCALA 1:50


vigas baldrame em concreto 20x30cm

piso elevado em concreto celular

dreno

laje de piso em concreto 10cm

cascalho de filtração

camada impermeabilizante com manta drenante

muro de contenção em bloco de concreto 20x20cm

guia em concreto drenante

laje de piso em concreto nível praça

grelha metálica para escoamento

esquadria inclinada fechamento em vidro

viga metálica perfil I Gerdau W310x79

laje nervurada 70x70x35cm cuba atex

fechamento em placa cimentícia fixada com perfis metalon 30x30mm

viga invertida perfil I metálico Gerdau W610x82

estrutura de apoio para fachada ventilada

barrotes de sustentação para piso elevado

piso elevado em concreto celular

fachada ventilada em painéis cerâmicos


escada de emergência

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AS TORRES AGLUTINADORES VERTICAIS

wcs

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elevadores salas técnicas, dml área de acesso, distribuição, espera e atendimento

Estes dois elementos funcionam, no edifício, como pontos de acesso e distribuição vertical para os demais setores. Nesses volumes foram locadas as escadas de emergência, sanitários, elevadores, as salas técnicas com os racks do cabeamento de fibra ótica e quadros de energia, e e os shafts para as instalações prediais. Para compor o caráter vertical desses elementos, um átrio foi aberto a partir do nível 0, de forma que o usuário, na sala de espera, possa visualizar o plano da coberta. N


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Vista do usuário na sala de espera, onde se buscou criar visuais dinâmicos para a praça de chegada e espaços de trabalho do centro. Com a elevação dos demais blocos, a área da sala de espera corresponde à única ao mesmo nível da praça, respondendo à intenção de desobstrução dos visuais ao mesmo tempo que conforma a sua geometria na volumetria do edifício.


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CÓDIGO

SOLUÇÃO coberta ventilada com telha termoacústica laje plana impermeabilizada e acesso técnico coberta em treliça espacial com telha termoacústica

Utilizou-se a laje plana como coberta das torres, já que servirá como área técnica e de apoio das condensadoras. Possui acesso a partir do prolongamento das escadas de emergência.


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Vista do átrio a partir do segundo pavimento, onde pode-se visualizar a sala de espera no pavimento pilotis. Foi criado para evitar a sensação de confinamento nas áreas de espera e atendimento. Também possui comunicação com o pavimento de secretarias sociais através de uma escada e dos elevadores. Na parte posterior das torres se encontram os shafts dos sistemas prediais a seguir.


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CAPTAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA A água da chuva, captada pelas calhas locadas na da praça, irá passar por um filtro e, em seguida, reservada nas cisternas, representadas pelos blocos de cor azul. Utilizou-se o método prático inglês (V = 0,05 X P X A, sendo P = pluviosidade média anual e A = área de coleta em projeção) para dimensionar o reservatório de águas pluviais, obtendo as dimensões de 2,2 m x 2,2 m de base e 2 m de altura. Houve a preocupação de locar as tubulações verticais que ligam a captação das calhas aos shafts adjacentes aos pilares que sustentam a coberta, para que os tubos não fiquem aparentes. A distribuição de água provinda do sistema da cidade será feita a partir da caixa d’água pública locada no mesmo lote, armazenada em reservatórios subterrâneos. A distribuição horizontal será feita no exterior ao edifício para facilitar as manutenções.


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REDE DE ESGOTOS

Os dois shafts de esgotamento levam as águas negras e cinzas às caixas de gordura e passagem no subsolo, para a seguir se conectarem à rede de esgoto pública. Foi levada em consideração a separação do shaft de esgoto dos demais shafts através de paredes, e a angulação das tubulações em 2º.


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REDE LÓGICA

Foi sugerido o sistema de cabeamento estruturado para a instalação da rede lógica do edifício. Cada andar possui um hub para melhor aproveitamento da capacidade da fibra ótica, locado nas salas técnicas das torres verticais em racks com capacidade de 44 U, adjacentes ao shaft do cabeamento. Após a conversão da fibra ótica nos hubs, os cabos serão distribuídos pelos pavimentos através do piso elevado.


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ENERGIA

Assim como a rede lógica, a rede elétrica do edifício será distribuída pelos pavimentos através do piso elevado, em eletrocalhas de 10 cm de altura. Em cada pavimento foi locado um quadro de 36 disjuntores, adjacente ao shaft lógico.


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AR CONDICIONADO

Para oferecer a capacidade de condicionamento de todo o edifício, foi sugerido o sistema VRF multi split. Estima-se que é necessário utilizar uma evaporadora de 24 mil BTUs para cada área de 70 m². Considerando a área total condicionada de 5880m², utilizaria-se um total de 84 evaporadoras ligadas, através de um shaft exclusivo, às 4 condensadoras de 48 HP - com capacidade de 511.950 BTUs - locadas no último pavimento.


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SAÍDAS DE EMERGÊNCIA

Para o cálculo das escadas de emergência foi estimada uma população de aproximadamente 345 pessoas por pavimento no edifício. Considerando os 3 pavimentos, segundo a NBR 9070, são necessárias 6 unidades de passagem por pavimento com capacidade de vazão de 60 pessoas por minuto. Assim, foram locadas duas escadas de emergência não enclausuradas cuja largura acomoda 3 unidades de passagem de 55 cm (totalizando 1,65 de largura de patamar); levando em consideração, também, a localização dos egressos a menos de 4 metros de distância de cada escada e uma distância de menos de 80 metros entre as duas.


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PAVIMENTOS LONGITUDINAIS ESPAÇOS, ABERTURAS E ADEQUAÇÃO CLIMÁTICA No primeiro pavimento foram locadas as secretarias com maior atendimento ao público, oferecendo maior proximidade às salas de espera. Foi levada em consideração a matriz de relações para a organização espacial do pavimento. As secretarias de trabalho burocrático foram locadas no pavimento acima deste, mas seguindo as mesmas intenções de visuais e percepção espacial adotadas no primeiro. Secretarias com maior número de funcionários como Educação e Saúde foram locadas nos blocos paralelepípedos da porção oeste. Nos pavimentos longitudinais, utilizou-se a circulação perimetral marcada pela diferença de forro, sem separação vertical.

A abertura do átrio que vem desde o pavimento semienterrado até a laje de piso do segundo pavimento permite permeabilidade visual e acesso à área de convivência e team meeting locada no mezanino. Utilizou-se a laje nervurada nos dois pisos de secretarias e no mezanino, já que são estruturas que devem comportar o peso do mobiliário e grande fluxo de pessoas. Houve a preocupação de se formarem átrios ventilados entre os pisos e na coberta, a fim de promover uma melhor adequação climática que possibilitasse conforto térmico dependendo de uma operação menor de condicionamento.

O objetivo era de ocultar parcialmente e otimizar a manutenção dos sistemas, passando o cabeamento estruturado e elétrico pelo piso elevado, e as tubulações hidráulicas e de ar condicionado pelo intermédio entre o forro e a laje. Tal objetivo teve de ser alinhada com a necessidade de um pé direito generoso, a fim de se criar um ambiente amplo, com sensação de leveza. O forro aberto escolhido permite a ocultação do equipamento lumínico e de ar condicionado sem prejudicar suas performances. Possui, no primeiro pavimento, estrutura metálica fixada na laje nervurada do piso logo acima e em perfis metálicos auxiliares no segundo pavimento, espaçados de uma forma que deixa a laje, em alguns segmentos, à mostra. O pé direito entre o piso elevado e o forro é de aproximadamente 2,90m.


ar condicionado cassette fixado na laje

O piso elevado, que acomodará o cabeamento estruturado e a fiação elétrica em eletrocalha de 10 cm, terá uma altura de aproximadamente 17 centímetros em relação à laje, e aproximadamente 3 de espessura.

2.4 .2

Foi adotado o modelo de evaporadora de teto cassette, fixadas na laje. Houve o cuidado de deixar espaço suficiente entre a laje e o início do plano do forro para abarcar as evaporadoras e as tubulações hidráulicas. Fabricantes como a Hitachi, por exemplo, possuem aparelhos que são fixados na laje e têm altura de 29 centímetros, que foi usada como base.

4.08

divisórias internas

piso elevado viga invertida laje nervurada

0.5

1

2

pé esquerdo

laje nervurada viga metálica perfil I forro aberto ripado

.29

.8 .33 .35

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Notas: Vista geral das secretarias do primeiro pavimento, onde buscou-se gerar um único espaço com divisórias leves, a fim de ter-se a apreensão total do espaço em qualquer localização. Buscou-se, também, não confinar as circulações perimetrais.e demarcá-las com um tipo diferente de forro, sugerindo maior horizontalidade.


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Também é possível a visualização dos átrios das torres a partir das estações de trabalho, como da secretaria de Trabalho e Ação Social, por exemplo. É possível visualizar a diferença de materialidade entre o forro e a laje aparente, além das marcações verticais de elementos que compõem a torre, como os sanitários.


CÓDIGO

SOLUÇÃO coberta ventilada com telha termoacústica laje plana impermeabilizada e acesso técnico coberta em treliça espacial com telha termoacústica

Utilizou-se a coberta ventilada composta por telha termoacústica apoiada nas vigas e em estruturas secundárias (para dar inclinação), dispensando o uso de lajes. A ventilação do ático se dá pelo uso de uma grelha metálica.


No átrio, utliza-se o forro sem espaçamento a fim de se criar uma percepção unificada do espaço. Buscou-se criar uma unidade material através da escolha de um guarda-corpo com ripas de madeira, assim como o forro.


cia máxima

cia média

média

transparência média opacidade média 05

PAVIMENTOS LONGITUDINAIS ENVOLTÓRIAS: REVESTIMENTOS, ABERTURAS E SISTEMAS A vedação em fachada ventilada foi utilizada em todas as faces do edifício, já que seu sistema de juntas abertas possibilita a entrada de ar, proteção contra as intempéries e um certo grau de opacidade. As aberturas e suas respectivas esquadrias foram pensadas de acordo com o método a seguir, levando em consideração a ventilação e insolação incidentes em cada face e as funções que encerram. CÓDIGO

OPACIDADE

FENÔMENOS

transparência máxima

pouca ou nenhuma insolação devido à sombra da coberta

SOLUÇÃO cortina de vidro

transparência média

pouca insolação / ambiente de trabalho

fachada ventilada; aberturas com painéis móveis translúcidos

opacidade média

alta insolação em determinados períodos do dia

aberturas protegidas pela segunda pele com brises

opacidade máxima

alta insolação em períodos do ano / ambientes de serviço

aberturas com painéis pivotantes opacos

opacidade

transparência máxima

pouca ou nenhuma insolação devido à sombra da coberta

cortina de vidro

transparência média

pouca insolação / ambiente de trabalho

fachada ventilada; aberturas com painéis móveis translúcidos

opacidade média

alta insolação em determinados períodos do dia

aberturas protegidas pela segunda pele com brises

opacidade máxima

alta insolação em períodos do ano / ambientes de serviço

aberturas com painéis pivotantes opacos

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De acordo com testes no SolarTool, as fachadas voltadas ao norte recebem insolação durante todo o dia nos meses de abril a setembro. As esquadrias em painéis opacos pivotantes foram aplicadas nestas fachadas por oferecerem a possibilidade de proteção contra a incidência dos raios solares angulados, sem comprometer as vistas no interior do ambiente; além de possibilitar a movimentação e controle pelo usuário.

transparência máxima transparência média opacidade média opacidade

CÓDIGO

A grande fachada adjacente à praça estará protegida da incidência de raios diretos durante quase todo o ano devido à coberta - salvo em horas próximas ao pôr do sol nos meses chuvosos, a fim de haver a possibilidade de amenização de proliferações de doenças e fungos relacionados à umidade. O espaço adjacente à fachada é de circulação; a envoltóSOLUÇÃO ria, portanto, terá painéis translúcidos ritmados, possibilicortina de vidro tando a visualização da praça, e fechamentos em fachada ventilada, além da instalação de telas para ventilação fachada ventilada; aberturas do ático entre os pavimentos. com painéis móveis translúcidos

OPACIDADE

FENÔMENOS

transparência máxima

pouca ou nenhuma insolação devido à sombra da coberta

transparência média

pouca insolação / ambiente de trabalho

opacidade média

alta insolação em determinados períodos do dia

aberturas protegidas pela segunda pele com brises

opacidade máxima

alta insolação em períodos do ano / ambientes de serviço

aberturas com painéis pivotantes opacos

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Para as fachadas leste e oeste foi utilizada uma estrutura secundária com brises horizontais de 33 cm de profundidade, baseados em estudos feitos no Solar Tool, oferecendo sombreamento à pele interior do edifício, com esquadrias translúcidas. Os brises são transparência fixados de forma máxima que exista uma faixa de visão livre de 1,6m a partir do piso (elevado), de forma que o usuáriotransparência sentado em sua média estação de trabalho possa ter visualização para o exterior. Buscou-se gerar o sombreamento sem compromemédia ter os visuais. Partindo da necessidadeopacidade de haver tirantes para reforço da estrutura dos brises, foram utlizadas chapas verticais criando um ritmo queopacidade dialoga com as demais fachadas.

CÓDIGO

tra

tra


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Visando não obstruir o visual do funcionário para a natureza adjacente ao lote da edificação, as proteções solares foram fixadas em uma segunda pele, de forma que fornecessem sombreamento à abertura antropomórfica que vai de 80 cm de altura em relação ao piso elevado a 1.6m do mesmo. Assim, o funcionário, em seu posto de trabalho, pode visualizar a paisagem estática natural.


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DETALHAMENTO CRIAÇÃO DE GRAMÁTICA DA FORMA Continuou-se o estudo da Secretaria de Educação, para detalhamento das vedações a partir da criação e aplicação de regras de uma gramática da forma. Segundo as leituras realizadas, os elementos de uma gramática da forma são: um vocabulário de formas (1); as relações espaciais (2); e, por fim, as regras (3). Visando criar um gradiente de opacidade e interação, a partir dos estudos de relações entre secretarias/departamentos, o vocabulário de formas foi gerado a partir das necessidades de permuta de documentos físicos e informações, a entrada de luz natural em todos os departamentos e a oferta de privacidade para determinados espaços. As relações entre secretarias e departamentos,

estudadas na primeira unidade, nortearam o desenvolvimento das relações espaciais da gramática. As regras da gramática - 3, no total - para as vedações norteiam a criação da estrutura de base das vedações - o grid de perfis metálicos; o preenchimento da faixa principal - a faixa central - dessa estrutura com o gradiente de opacidade, utilizando o vocabulário de formas e o preenchimento das demais faixas, visando uma melhor composição formal. As medidas do grid basearam-se no dimensionamento de um ser humano sentado no posto de trabalho, cuja faixa de visão está em 1 metro e 20 centímetros do chão, e em oferecer permeabilidade.


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1.FORMAS PRIMITIVAS VOCABULÁRIO DE PREENCHIMENTOS

CHAPA PERFURADA permite entrada de luz não permite troca de documentos

2. RELAÇÕES ESPACIAIS

TIPOS DE INTERAÇÃO ENTRE DEPARTAMENTOS

INTERAÇÃO TIPO A existente, com necessidade de privacidade INTERAÇÃO TIPO B existente, sem necessidade de privacidade

PAINEL OPACO oferece privacidade VAZIO permite entrada de luz possibilidade de troca de documentos

INTERAÇÃO TIPO C inexistente, com necessidade de privacidade INTERAÇÃO TIPO D inexistente, sem necessidade de privacidade

3. REGRAS

REGRAS FORMAIS DE DIVISÃO E DE COMPOSIÇÃO VISUAL

3.1 DEFINIÇÃO DO GRID alturas baseadas na faixa de visão do ser humano sentado larguras baseadas na modulação das estações de trabalho 3.2 PREENCHIMENTO DO GRID preenchimento baseado nas relações entre secretarias e departamentos


3.1 DEFINIÇÃO DO GRID R1 - a = 0.8 m R2 - b = 1.2 m R3 - c = (x · b) + (x +1) · e R4 - d = 3a + 0.2 R5 - e = 0.05 onde 3 < x < 12; x Z+ 3.2 PREENCHIMENTO DO GRID 3.2.1. preenchimento da faixa a2 3.2.1.1 - para interação A: mais de 50% opaca, pelo menos 1 vazia 3.2.1.2 - para interação B: mais de 50% vazia, pelo menos 1 perfurada 3.2.1.3 - para interação C: mais de 50% opaca, pelo menos 1 perfurada 3.2.1.4 - para interação D: mais de 50% perfurada, pelo menos 1 opaca

3.2 PREENCHIMENTO DO GRID 3.2.2. preenchimento das faixas a1 e a3 a partir de diagonais 3.2.2.1 quando houver vazio na célula a2

b1

3.2.2.2 quando houver uma chapa perfurada

b2

bx... a3

d 3.2.2.3 quando houver uma chapa opaca

a2

e a

a1 b

c


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sala multidisciplinar

gabinete secretário financeiro esportes

program. e projetos

divae creches pedagogia

inspetoria

Visando maior economia, foram postas vedações apenas onde estritamente necessário, assim, optou-se por dispensar seu uso entre a sala multidisciplinar e o setor de creches e pedagogia, pois são postos de trabalho burocrático sem atendimento ao público. Entre o bloco central de setores e o da direita - gabinete, programas e projetos e inspetoria - também dispensou-se o uso de vedações, afim de gerar um corredor de acesso entre os departamentos. Nas demais vedações, foi aplicada a gramática da forma criada.


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0

.4

.8

ESCALA GRÁFICA

INTERAÇÃO TIPO A A interação entre o gabinete do secretário e o departamento de programas e projetos existe, mas necessita de privacidade para o secretário, já que atende a outros secretários em sua sala. Para isso, foi aplicada a regra 3.2.1.1 na faixa central (a2), e as regras 3.2.2.1 e 3.2.2.3 nas faixas a1 e a3.


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0

.4

.8

ESCALA GRÁFICA

INTERAÇÃO TIPO D Os departamentos de projetos e programas e inspetoria não necessitam de privacidade e não possuem interação entre si. Foram aplicadas as regras 3.2.1.4 (para faixa a2) e as regras 3.2.2.2 e 3.2.2.3 para as faixas a1 e a3


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0

.4

.8

ESCALA GRÁFICA

INTERAÇÃO TIPO D Os departamentos DIVAE, de esportes e de finanças não necessitam de privacidade e não possuem interação entre si. Foram aplicadas as regras 3.2.1.4 (para faixa a2) e as três regras para as faixas a1 e a3 para as cinco colunas do grid.


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0

.4

.8

ESCALA GRÁFICA

INTERAÇÃO TIPO B Os departamentos de projetos e programas e inspetoria não necessitam de privacidade e possuem interação entre si. Foram aplicadas as regras 3.2.1.2 (para faixa a2) e as regras as três regras para composição das faixas a1 e a3. Mais de 50% do grid permanece vazio, de forma que exista grande interação. Imagem ao lado: vista a partir do departamento de inspetoria..


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Panorama geral dos departamentos da Secretaria de Educação, com vista para o corredor entre os departamentos de atendimento (DIVAE, esportes e finanças) e os departamentos de inspetoria, programas e projetos e sala do secretário, localizada ao fundo do lado direito da imagem.


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PAVIMENTOS LONGITUDINAIS ESPAÇOS COMUNS Além dos espaços de estações de trabalho, os pavimentos principais também incluem outras atividades, como o espaço de convivência e team meeting do mezanino, salas de reunião, sala de capacitação, copa, e salas de leitura/biblioteca e de reuniões no pavimento semienterrado. As salas de reunião foram dimensionadas de acordo com a sua capacidade de oferecer uma reunião a cada hora. Considerando um intervalo de meia hora para preparação da sala, foi estimado que cada sala comportaria, em média, 6 reuniões por dia, de acordo com o horário do expediente. Considerando as demandas das secretarias, foram sugeridas 2 salas de reunião pequenas (para 6 pessoas), 2 salas de reunião médias (para 12 pessoas) e 3 salas de reunião grandes (para 20 pessoas).

As divisórias seguem uma estrutura semelhante à das secretarias, utilizando principalmente os painéis opacos - considerando a necessidade de privacidade da reunião. Assim como as divisórias das secretarias, estas também não chegam ao teto, gerando mais leveza tanto do interior das salas, quanto do exterior. Na imagem ao lado pode-se ver uma sala de reunião tamanho grande, com capacidade para 20 pessoas. Também foi sugerido o forro ripado em madeira, visando ocultar equipamentos e promover melhor condicionamento acústico.


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A abertura do átrio que vai desde o pavimento semienterrado até o piso do segundo pavimento promoveu uma amplitude espacial maior para as salas de leitura e reuniões, além de gerar o espaço do mezanino.


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As salas de leitura da porção leste (imagem do lado esquerdo) estão afastadas do ambiente mais social da biblioteca, das salas de reunião e da comunicação com o exterior, visando criar um ambiente de maior concentração. Foi criado um talude nesta porção do lote a fim de trazer a iluminação natural para este setor; as aberturas estão posicionadas em uma altura de aproximadamente 2 metros em relação ao piso elevado, de forma que a luz não incida diretamente sobre os planos de trabalho. As salas de leitura da porção oeste (imagem do lado direito), por sua vez, possuem comunicação visual com o exterior e pé direito triplo, conferindo grande amplitude espacial. O plano inclinado, já tratado anteriormente, demarca, ademais, um espaço longitudinal diferente, onde estão locadas parte das estantes.


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O espaço do mezanino, destacado em vermelho no esquema ao lado, possui acesso às secretarias do primeiro pavimento e bastante comunicação visual com grande parte do edifício e também com a serra. Localizado acima de parte das salas de reunião, foi estruturado com vigas de altura menor e recebe suas instalações elétricas a partir do cabeamento do pavimento semienterrado. Configura um espaço de descanso, contemplação da natureza, do edifício e da biblioteca; contando ainda com 2 mesas de reuniões pequenas e team meetings.



Espaços como a sala de capacitação e copa também entraram no programa de necessidades e foram locados no paralelepípedo da porção norte, acima da prefeitura. A copa conta com outro pequeno espaço de descanso, que pode servir para os funcionários que utilizam a cozinha e também para os alunos que aguardam a aula. Apesar de serem espaços menores, têm comunicação visual com o átrio de uma das torres, configurando uma espécie de espaço de contemplação. Para a copa, também utilizou-se o forro ripado, assim como o das secretarias. Já para a sala de aula foram utilizadas outras soluções como o forro branco com luminárias de sobrepor. As vedações que separam a sala do corredor se dão por cortinas de vidro, visando maior permeabilidade visual com o exterior - já que as fachadas norte e oeste são mais opacas, tentando amenizar a incidência solar e gerando uma superfície de apoio do quadro na face oeste.



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ANÁLISE REFLEXÕES FINAIS Após a análise do processo projetual, foram identificadas as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças no projeto. Percebeu-se, como força, que o edifício possui legibilidade e uma volumetria claras, onde o usuário provavelmente não terá dificuldade em acessar as variadas funções. Além disso, unindo a biblioteca ao centro administrativo, é sugerido, também, a aproximação do público às esferas de poder. Como fraquezas foram identificados a ausência de um foyer principal que reúna todos os fluxos - público e administrativo - pois as áreas de acesso ao público estão divididas em dois (nas duas torres de serviços); e a ausência de centralidade na volumetria, cujo caráter tende ao longitudinal.

As oportunidades dizem respeito, principalmente, a criação de uma praça cívica para uma cidade cuja população demanda um espaço público. O grande espaço pode ser utilizado como teatro de rua, feira de produtores, espaço de lazer, eventos e demais atividades citadinas. Como ameaças identifica-se que a demasiada cristalização do mobiliário e da organização espacial torna difícil a reorganização caso as secretarias recebam ainda mais postos; se existir uma tendência de aumento de funcionários, é possível que o edifício torne-se obsoleto funcionalmente. Durante o processo produtivo, houve uma introdução à gramática da forma, discussão atual que remete à arquitetura paramétrica. Existem softwa-

res, como o Rhino+Grasshopper, por exemplo, onde pode-se codificar funções matemáticas em regras e traduzi-las em volumetrias, gerando diferentes partidos. As regras criadas, além de poderem ser aplicadas em todos os pavimentos de secretarias, também dão oportunidade para uma futura customização do projeto.

forças

fraquezas

oportunidades

ameaças



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