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DA VIDEO ARTE “DE DENTRO”
https://youtu.be/Zo-jiu9Gpuk
CAROLINE YUKIE MARINHO NARISAWA
PLANO DE DIREÇÃO DA VIDEO ARTE
SÃO PAULO 2023
Trabalho de conclusão de curso desenvolvido na pós-graduação em cinema EAD do Centro Universitário Belas Artes, sob a orientação da Prof. Ms. Dra. Carolina Lara Kallas.
‘‘‘‘
Dedico este trabalho a toda forma de Arte e Expressão.
Proponho-me expor o que é de dentro Me faço vulnerável para o mundo
Um tanto quanto frágil, mas profundo
Te mostro o que me encanta no momento
Olhando na janela eu vejo plano
Me invade o sol, o tempo e o som do vento No espaço onde encontro meu alento A fuga para o caos de um mundo insano
IMAGEM 1
Por do Sol na Janela
Fonte: Acervo da Autora
Carol Yukie
IMAGEM 2
Sombra impressa
Fonte: Acervo da Autora
RESUMO
As construções dos espaços e das identidades individuais se influenciam mutuamente. Este trabalho pretendeu através da realização de uma vídeo arte, explorar este assunto em um único espaço, repleto de signo para a autora, que expõe parte do que compõe sua identidade em um espaço temporal.
Palavras-chave: Identidade, Video Arte, Espaços
ABSTRACT
The constructions of spaces and individual identities mutually influence one another. This project intended, through the creation of a video art, to discuss this subject in a single space, imbued of symbolism for the author, and it exposes part of what composes her identity in a space of time.
Keywords: Identidy, Video Art, Spaces
INTRODUÇÃO MEMORIAS E IDENTIDADE Um pouco do tudo que sou TE MOSTRO O QUE ME ENCANTA Estudos de caso LÍDER “DE DENTRO” A Vídeo Arte e as escolhas de projeto CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 11 18 23 31 34 38
IMAGEM 3
Cartaz na Viela
Fonte: Acervo da Autora
INTRODUÇÃO
De dentro é uma Vídeo Arte concebida a partir do desejo em continuar a explorar e entender mais sobre um tema que sempre me trouxe muitas questões. Digo continuar, pois durante minha graduação em Arquitetura e Urbanismo tive a oportunidade de abordar o assunto diversas vezes, inclusive em uma iniciação cientifica e em meu trabalho de conclusão de curso. Para melhor compreender minha motivação, cabe então relatar as ideias de ambos os trabalhos realizados.
Na iniciação cientifica, intitulada “Construções Identitárias na Transição Entre o Espaço Físico e o Virtual”, abordei o tema à luz das teorias do autor Stuart Hall em seu livro Identidade Cultural na Pós-Modernidade.
A pesquisa pretendeu também analisar, de forma sucinta, alguns filmes e series que expõem bem essa teoria: Blade Runner, Black Mirror, Sense 8 e
Ghost in the Shell, anime de Mamoru Oshii. É pressuposto que em todo produto audiovisual tenhamos os espaços como suporte para acontecimentos e relações, mas nos supracitados o espaço vai além de um suporte, ele se mescla à realidade dos personagens, infere nas identidades individuais e carrega mais significado do que somente uma identidade visual. Ademais, todos têm em comum o contexto da pós-modernidade, no qual, com os avanços tecnológicos e globalização, houve uma ruptura entre os espaços físicos e digitais e passamos a estar conectados, praticamente, a todo tempo e nossa identidade se tornou híbrida, constantemente mutável e contaminável por culturas distintas, a ponto de não ser possível retornarmos ao que éramos antes.
Já em meu trabalho de conclusão de curso “Identidade, Patrimônio e Memória: Favela do Boqueirão”, o tema identidade estava relacionado aos espaços, especificamente da favela, porém, dessa vez com uma abordagem social e da importância do registro audiovisual. Iniciei o caderno falando um pouco sobre minha identidade através de um panorama das disciplinas e projetos que
mais me identifiquei durante a graduação, inclusive a iniciação cientifica.
O produto, além do caderno explicativo, foi um álbum fotográfico intitulado “A Imagem da Favela do Boqueirão”. No álbum alterno fotos, poemas e citações. A organização do álbum foi pensada para que o leitor caminhasse pela favela enquanto folheia as páginas. Conclui com este trabalho que apesar da instabilidade de um local que sofre alterações a todo momento e sofre com as ameaças de desapropriação ou restituição de posse, através das fotografias é possível manter as memórias, identidade e valores sociais.
Assim, foi possível interpretar com ambos os trabalhos que há uma interação mútua entre nós e o espaço que no permeia. Enquanto o moldamos, ele nos molda também. Nossa identidade está intrínseca ao meio que vivemos e objetos que temos contato, assim como contaminamos os espaços com nossa identidade. A intenção deste trabalho é, portanto, expressar essas ideias em forma de vídeo arte. Desta vez, me proponho a me centrar em minha própria identidade, no que é de dentro, pois acredito ser o que tenho mais propriedade para expor.
IMAGEM 4 Cena da serie Sense 8 Fonte: oblogpave.wordpress.com.br
MEMORIA E IDENTIDADE
Acredito que todos um dia já se perguntaram “quem sou?”. Em mim, essa pergunta pairou por muito tempo e minha curiosidade sempre me instigou a ir além do questionamento. Nunca pretendi responder rigidamente à questão, mas sempre quis discutir e pesquisar sobre. Se estamos mudando constantemente, entendo que é impossível encontrar uma resposta fixa e concreta.
Entretanto, através deste vídeo pretendo ao menos registrar a identidade em inúmeros “agoras”.
Minha família, até virmos para São Paulo em 2014, nunca se fixou em um lugar por mais de 5 anos. Na maioria das vezes o período que nos fixávamos era de, no máximo, 2 anos. Era muito difícil manter uma amizade por muito tempo e me sentir pertencente de um grupo. Dessas mudanças, a que mais me marcou foi o período em que nos mudamos para o Japão, onde vivemos por 6 anos, dos meus 11 aos 17 anos. Sim, todo o período da minha adolescência, talvez a fase que mais suscitam as famosas crises de identidade.
Durante minha estadia no Japão, minha família e eu sofremos muitas vezes preconceito por sermos brasileiros. Quando voltei para o Brasil, percebi que aqui as pessoas tinham costume de me identificar como “japonesa”. Meu dilema é ínfimo, e apesar de hoje eu não me importar, eu dizia: “Sou brasileira, nasci no Brasil, então sou brasileira”. Nem se passava pela minha cabeça que, sim, sou brasileira, mas sou japonesa, sou mestiça, sou um emaranhado de acontecimentos e experiências. Outra questão que sempre me fiz também foi: “Será que sou o que os outros pensam sobre mim, ou sou o que eu penso sobre mim?”. A resposta que tenho hoje, pois amanhã posso mudar de ideia, é a mesma, sou um pouco dos dois. Toda e qualquer experiência que temos, seja física, virtual, emocional ou mental, é capaz de nos moldar. Nossa identidade está, então, em constante mudança no contato com cada corpo, cada objeto e cada espaço.
Entre todas essas mudanças de residências, devo dizer também que sempre mudei muito de ideia, gostos, hobbies e até escolha de profissão. Foi após muitas pesquisas e testes vocacionais que decidi cursar algo que me possibilitaria continuar investindo meu tempo em muitas coisas e
poder ter dinamismo na vida profissional. Nunca desisti de nada, mas sempre tive períodos de foco em coisas diferentes. E essa constante mudança justifica o cenário com a diversidade de objetos adquiridos ao longo do tempo. Praticamente um Tudo em todo lugar ao mesmo tempo. Neste caso, tudo no mesmo lugar.
IMAGEM 6
Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo
IMAGEM 5
Vejo plano
Fonte: Acervo da Autora
Minha lembrança É preto É branco
Meu coração
Sincero, mente Meus lábios falam Em pleno silencio”
Carol Yukie
“Perdoe-me se Muitas vezes Sou contraditória É que eu permaneço Em constante mudança
IMAGEM 7
O Semeador e o
Sol Poente
Fonte: wahooart.com
TE MOSTRO O QUE ME ENCANTA
Neste capítulo falarei um pouco sobre cada estudo de caso que me inspiraram para a vídeo arte.
As cores, o pôr do Sol, a sombra presentes na obra de Van Gogh “O semeador e o Sol Brilhante” conferem uma harmonia , que se estende ao analisarmos o nome e conteúdo do quadro. Vemos um semeador no campo, ou seja, está em seu lugar de pertencimento. Existem duas cores predominantes, mas com muitas nuances.
Gawx consegue expor uma atmosfera particular, através de suas escolhas audiovisuais mostra sua essência e sua interação com objetos e espaço ao realizar sua arte. Desde o primeiro vídeo que assisti, me cativou a forma que narra através das edições de vídeo e enquadramentos.
IMAGEM 8
Vídeo Gawx
Fonte: Canal “Gawx Art”, Youtube.com
Blade Runner possui em sua fotografia muito jogo de luz e sombra, nessa imagem podemos identificar isso. Temos aqui um momento importante do enredo, quando Deckard irá fazer o teste em Rachael. Enquadrada simetricamente com o por do sol ao fundo.
IMAGEM 9
Cena de Blade Runner
Fonte: archdaily.com
As musicas do álbum “Cor” do duo Anavitória fizeram parte de boa parte do tempo no processo de filmagem. As imagens são dos vídeo clipes “visualizer” que fizeram para todas as músicas do álbum. São praticamente uma vídeo performance, vídeo arte, para cada faixa e com técnicas, cores, performances distintas, que expressão as sensações das músicas.
IMAGEM 10
Mosaico de todos os “Visualizers” do álbum Cor
IMAGEM 11
Video Clipe da música “Carvoeiro”
Fonte: Canal “Anavitória”, no Youtube.com
IMAGEM 12
Cenário atual
DE DENTRO
As duas primeiras imagens deste caderno são os principais motivos da escolha tanto do local em que gravaria, quanto do horário que aconteceriam as gravações. As fotos foram tiradas muito antes de começar a desenvolver este trabalho. Um dia, pensando sobre o que falaria para concluir uma etapa muito importante para mim, o pôr do Sol me invadiu de forma certeira. Soube que seria ali. Logo me recordei de um dos meus estudos de caso, o canal do Youtube “Gawx Art”, pois algo que sempre me chamou atenção nos vídeos dele era a passagem do tempo identificada pela mudança da iluminação pela janela.
A iluminação será, exclusivamente natural e as gravações serão sempre no horário do Sol se pôr. Entre 16h30 e 18h30. O período não será preestabelecido. A edição do vídeo também não será definida por tempo cronológico.
A escolha do lugar e a definição de que todo o vídeo se passaria no mesmo local, foi também porque não há outro lugar que contenha mais de quem sou do que este, e para evitar também a presença dos não-lugares que segundo Marc Auge não constrói uma identidade específica, o qual não me seria interessante aqui.
“O não lugar é o espaço dos outros sem a presença dos outros, o espaço constituído em espectáculo” (Augé, 1994b, p. 167)
Um dia este espaço foi meu quarto e hoje é meu escritório, onde passo a maior parte do meu tempo livre. Ele foi adaptado para o vídeo. O trabalho de conclusão de curso foi, na verdade, um pretexto para realizar as mudanças que já gostaria de fazer e está agora como minhas experiencias e memórias definem o que é ideal, onde eu possa habitar e pertencer.
IMAGEM 13
Antes das adaptações
Fonte: Acervo da Autora
IMAGEM 14
Corpo no espaco
Paleta de cores
Fonte: Acervo da Autora
Decidi também que estaria sozinha, pois, por mais que nossa essência seja afetada pelas relações, a identidade é individual. E aqui a individualidade é rompida apenas através do virtual, quando há interação via redes sociais, tendo em vista que alguns vídeos para amigos ou para postagem em redes sociais serão gravados durante as gravações.
A câmera DSLR ficará fixa no local indicado. Enquanto teremos ângulos diversos de filmagem com o aparelho celular. Para cada atividade teremos um angulo diferente representados em vermelho, As imagens 15, 16 e 17 são ilustrativas, temos apenas exemplos de possíveis ângulos.
Temos na paleta, cores neutras, a cor que destoa é o vinho. O figurino na maior parte da vezes se mescla à paleta de cores do ambiente. A intenção é ser natural, registrar onde a vida acontece com a arte ao redor. O produto é o próprio processo, é o ‘EU” em construção.
IMAGEM 15
Plantas Baixas
Fonte: Acervo da Autora
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nos trabalhos citados na introdução, consegui transferir muito de minha identidade e de como vejo a vida, mas foi exposto de forma sutil. Neste trabalho encontrei a oportunidade de falar exclusivamente sobre mim. Não foi minha ideia inicial, como sempre, mudei de ideia muitas vezes até tomar a decisão de que usaria, não só minha imagem, mas o que sou no momento.
Em meu projeto de pesquisa, da disciplina de Metodologia Científica, realizado previamente ao Trabalho de Conclusão de Curso - TCC, eu sabia sobre o que eu gostaria de falar: a construção da identidade na relação entre corpo, tempo e espaço e como isso é retratado pelo cinema.
Segundo o cineasta Andrei Tarkovisky, em seu livro “Esculpir o Tempo” através da nossa consciência conseguimos avançar e retroceder no tempo e não existe simplesmente presente, passado e futuro, mas “presente das coisas passadas”, “presente das coisas presentes” e “presente das coisas
futuras”, pois a ideia de tempo é intrínseca ao nosso consciente e memórias. Ele faz, então, analogia do consciente com o cinema, o qual denomina “a Arte do Tempo”, a única arte capaz de imprimir o tempo. O cineasta é, portanto, o escultor que modela, com sua própria identidade, uma obra cinematográfica. E o espectador, por sua vez, vive uma experiência distinta do seu cotidiano. Ademais, enquanto muitos cineastas relacionam o cinema à arte da pintura ou da dramaturgia, Tarkovisky o relaciona muito mais à Poesia. Ele acredita que através da poesia temos consciência do mundo e de forma específica nos relacionamos com a realidade. “Para ser fiel à vida e verdadeira, uma obra deve ser ao mesmo tempo um relato exato e efetivo de uma verdadeira comunicação de sentimentos” (TARKOVISKY, 1998).
Após o contato com a obra de Tarkovisky, decidi que iria fazer um curta-metragem, mas apesar da intenção em realizar um curta metragem que conseguisse contemplar essas ideias, na primeira conversa com minha orientadora prof. Carolina Kallas, entendi que minha proposta estava mais voltada para uma vídeo performance ou vídeo arte e me apresentou como fazer um plano de
direção de arte. Iniciei então as pesquisas para compreender do que se tratava uma vídeo arte.
A Vídeo Arte nasceu do cinema quando foi criada a primeira câmera portátil, mas possui características e intenções distintas do cinema, ela quebra os padrões de roteiro e narrativa, mas não tem uma definição universal. O importante para este trabalho, para além de uma definição, foi compreender a possibilidade em registrar a vida sem um roteiro, em transmitir além do superficial, momento por momento. A experiência durante as gravações foram inicialmente amedrontadoras, até começar a “esculpir o tempo”, ou seja, selecionar e editar todo o material gravado, não tinha como ter uma ideia do todo e qual seria o resultado, porque estava disposta a registrar, como já dito no capitulo “Memoria e Identidade”, a construção do eu em muitos agoras. Ir contra a cabeça programada sempre para seguir um padrão e querer prever o que teria como produto, foi um desafio.
Entretanto, ao final de todo o processo, o produto foi o próprio processo, tanto o processo de
elaboração do trabalho em si, quanto o processo da construção de identidade com novas experiências e muito contato com música, pintura, costura, poesia, dança, cinema e tudo que cabe nesse infinito particular de um único espaço que não, não é tudo o que sou, mas tem muito de mim. Vivi cada pôr do Sol para transmitir neste trabalho o que é de dentro.
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DA VIDEO ARTE
“DE DENTRO”
https://youtu.be/Zo-jiu9Gpuk
“Não serei o poeta de um mundo caduco
Também não cantarei o mundo futuro
Estou preso à vida e olho meus companheiros
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças
Entre eles, considero a enorme realidade
O presente é tão grande, não nos afastemos
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história
Não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela
Não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida
Não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes A vida presente”
(DRUMMOND, 1940)
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
AUGÉ, Marc. Não Lugares. Introdução a uma antropologia da supermodernidade. Campinas: Papirus, 1994.
BAUMAN, Zygmunt, 1925 – Identidade: entrevista a Benedetto Vecchi/Zygmunt Bauman; tradução, Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2005.
BIGORNA. Videoarte é cinema? 12 de setembro de 2019
BLADE Runner. Direção: Ridley Scott. Los Angeles: Warner Brothers, c1991. 1 DVD (117 min), widescreen, color. Produzido por Warner Video Home. Baseado na novela “Do androids dream of electric sheep?” de Philip K. Dick.
CERTEAU, Michel de. A invenção do cotidiano: 1. as artes de fazer; 16a Ed. Tradução de Ephraim
Ferreira Alves. – Petrópolis, RJ: Vozes, 2009.
GHOST In The Shell. Direção: Oshii Mamoru. Produção: I.G., Companhia Bandai, Kondasha.
Flashstar Home Video, c1995, 82 minutos. Roteiro: Kazunori Ito. Baseado no mangá de mesmo nome escrito por Shirow Masamune.
HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 2004
NARISAWA, Caroline Yukie. Identidade, Patrimônio e Memória: Favela do Boqueirão. São Paulo, 2018.
NARISAWA, Caroline Yukie. URBX Construções Identitárias na Transição Entre o Espaço Físico e o Virtual. São Paulo, 2016.
ALEXANDRE LUIZ. O BÁSICO DO CINEMA: A FOTOGRAFIA DE BLADE RUNNER
E O CINEMA NOIR FUTURISTA. Cine Alerta, 31 de maio de 2012. Disponível em: <https://
www.cinealerta.com.br/basico-do-cinema/o-basico-do-cinema-a-fotografia-de-blade-runner-e-ocinema-noir-futurista/>. Acesso em: 24 de janeiro de 2023.
TARKOVSKI, Andrei. Esculpir o tempo. [tradução Jefferson Luiz Camargo]. - 2- ed. - São Paulo : Martins Fontes. 1998.
THE ART ASSIGNMENT. The Case for Video Art. YouTube, 17 de janeiro de 2019. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=YcXpAHVAxwY.
TV BRASIL. Videoarte em destaque no Mídia em Foco | Programa Completo. YouTube, 20 de agosto de 2018. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=MXX4uGGiSjE.