Sismicidade Açores, terramoto de 1980, Terceira

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SISMICIDADE NO ARQUIPÉLAGO DOS AÇORES | MÓDULO 4

Aceite para publicação em 24 de Novembro de 2011.

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FICHA TÉCNICA

Autora da Atividade: Maria Filomena Teixeira de Melo Rebelo

Licenciatura em Biologia/Geologia Mestrado em Vulcanologia e Riscos Geológicos

LICENÇA DA ATIVIDADE: Creative Commons da Casa das Ciências

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APRESENTAÇÃO O ensino das Ciências da Terra, e no caso particular da sismologia, deve ser apoiado na observação direta de produtos e processos naturais ou em experiências laboratoriais. Na impossibilidade de tal concretização, a abordagem de alguns conteúdos programáticos a partir da exploração e apresentação de diapositivos e de filmes, conduz ao levantamento de questões, facilita o diálogo e contribui para motivar os alunos, estimulando o interesse e a curiosidade pelos temas em análise. Esta apresentação em Microsoft Power Point® pode ser utilizada para motivar os alunos para o conhecimento da sismicidade no arquipélago do Açores, despertar e incutir nos alunos a premente necessidade do contributo de todos para a mitigação do risco sísmico. A par das aprendizagens dos conteúdos, pretende-se proporcionar aprendizagens de processos e de atitudes que permitam aos alunos um exercício de cidadania mais consciente e responsável e, por consequência, uma vida mais segura perante desastres naturais, como são os sismos. O aluno deve ser envolvido em situações de aprendizagem que se relacionem com as suas vivências e com o mundo real. A exploração destes diapositivos facilita a discussão e a análise dos fatores que contribuem para a elevada sismicidade no arquipélago dos Açores, conduzindo a uma interiorização da influência que a atividade sísmica tem no quotidiano dos habitantes dos Açores ao longo da sua história. Permite, ainda, que os alunos tenham a perceção que os conteúdos científicos não são algo que existe para ser meramente registado na memória, mas que podem ter um papel fundamental nas vivências das comunidade e na promoção de ações consertadas que podem contribuir para a mitigação do risco sísmico. Cientes de que o conhecimento do passado, em termos de terramotos, permitirá tomar medidas de mitigação no futuro, espera-se que estes diapositivos possam ser úteis para despertar, nos alunos, uma consciência para a mitigação do risco sísmico.

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Filomena Rebelo 1/10

Módulo 1  Sismicidade Mundial  Placas Tectónicas  Enquadramento Geoestrutural  Sismicidade nos Açores  Sismicidade Histórica dos Açores

Módulo 2  Terramoto de 1522 (S.Miguel)  Relatos históricos  Características do terramoto  Movimentos de Vertente

Módulo 3  Terramoto de 1926 (Faial)  Relatos históricos  Características do terramoto  Impacto causado  Capacidade de resposta

Módulo 4  Terramoto de 1980 (Terceira)  Relatos históricos  Características do terramoto  Impacto causado  Capacidade de resposta  O lado positivo ...

Faial 1926

Faial 1998

Terceira 1980

Faial 1998

Terceira 1980

Faial 1998

Módulo 5  Terramoto de 1998 (Faial)  Relatos históricos  Características do terramoto  Impacto causado  Capacidade de resposta  O lado positivo ...

Diapositivo 1/22 Este diapositivo apresenta a organização geral do diaporama sobre a Sismicidade no Arquipélago dos Açores, onde se insere este diaporama. As fotografias são alusivas aos grandes terramotos ocorridos nos Açores no século XX, cujo impacto está bem patente nas mesmas.

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Filomena Rebelo 2/22

Módulo 4  Terramoto de 1980 (Terceira)  Relatos históricos  Características do terramoto  Impacto causado  Capacidade de resposta  O lado positivo ...

Terramoto de 1980 (Terceira) No dia 1 de Janeiro de 1980, às 15h e 42 m, a zona central do arquipélago tremeu com violência. Um forte sismo abalou profundamente as ilhas Terceira, S. Jorge e Graciosa e gerou um pequeno tsunami.

Diapositivo 2/22 Este diapositivo apresenta o módulo 4, o qual caracteriza, de modo sucinto, o terramoto de 1 de janeiro de 1980. A hiperligação permite visualizar um pequeno vídeo sobre o sismo de 1980, que motivará os alunos para o conhecimento das características deste evento sísmico.

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Filomena Rebelo 3/22

RELATOS HISTÓRICOS “...os animais estavam inquietos...Poucos minutos depois...corremos para a rua e neste instante já só ouvia gritos e barulho de casas a cair.” Manuel António Arruda (Agricultor) Correio dos Açores, 4 de Janeiro de 1980

“... a estrada parecia borracha, subia e descia aos solavancos.” Correio dos Açores, 4 de Janeiro de 1980

Filomena Rebelo 4/22

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RELATOS HISTÓRICOS “…Condutores na estrada da Achada queixaram-se da direcção o carro como se de um pneu furado se tratasse. Um carro estacionado na freguesia da Fonte do Bastardo, na direcção NE-SW, balançou lateralmente, denunciando um movimento preferencial de direcção NW-SE.”

“… as descrições indicam que primeiro houve um impulso rápido que se atenuou durante um certo intervalo de tempo, seguido de um balanço marcado, terminando num arranque forte que logo parou. A duração total estimada é entre 20 a 30 segundos.” Oliveira (1992) in colectânea de trabalhos reunidos sob o título “10 anos após o sismo dos Açores de 1 de Janeiro de 1980”

Diapositivos 3 e 4/22 A análise e interpretação dos relatos permitirá aos alunos identificarem algumas características do evento e o impacto que o mesmo causou. Sugere-se que o docente alerte os alunos para a importância desses relatos no estudo macrossísmico do evento, pois através destes relatos (das pessoas nas várias localidades onde foi sentido o evento) os investigadores determinam a intensidade com que foi sentido o sismo.

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Filomena Rebelo 5/22

CARACTERÍSTICAS DO TERRAMOTO Duração: 20s, tendo sido muito mais intenso nos primeiros 10s. Hora local: 16h 42m 40s. Intensidade máxima: VIII na Escala de Mercalli Modificada. Profundidade do Foco: 10km Magnitude: Ms = 6,7 (Ms = magnitude com base nas ondas superficiais). Mb = 6,0 (Mb = magnitude com base nas ondas longitudinais ou transversais.

Localização do epicentro do sismo de 1 de Janeiro de 1980 (in Oliveira, 1992)

U.S.G.S., com base em 249 estações

Diapositivo 5/22 Este diapositivo mostra a localização do epicentro do sismo de 1 de janeiro de 1980. Este evento foi registado por todo o Mundo designadamente na rede sismológica mundial, WWSSN (World Wide Seismological Station Network) (Oliveira, 1992). Com o seu epicentro localizado no mar, entre as ilhas Terceira, S. Jorge e Graciosa, foi sentido em todos as ilhas do Arquipélago com exceção das Flores e Corvo (Correia et al., 1992). Segundo a Universidade de Boulder (Colorado – USA) o seu epicentro localizou-se a uma profundidade de 10 km, a 38º39´de latitude Norte e 27º 68´de longitude W, ou seja a 25 km para SW de Angra do Heroísmo (Rita, 1992). Este sismo foi registado em 249 estações de redes internacionais a partir das quais foi calculado o epicentro. De acordo com o United States Geological Survey (USGS), os dados do evento são os seguintes: Hora de origem, 16h42m40,0s; latitude 38.815N; longitude 27.780W; profundidade focal de 10 km; Mb = 6,0 e Ms =6,7. Mb é a magnitude com base nas ondas longitudinais (P) ou transversais (S) e Ms a magnitude com base nas ondas superficiais.

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Filomena Rebelo 6/22

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CARACTERÍSTICAS DO TERRAMOTO SISMOGRAMAS

Cópia do original obtido no acelerógrafo SMA-1 localizado no Observatório Príncipe do Mónaco, Horta (Oliveira, 1992).

Registos no Observatório José Agostinho, Angra (Oliveira, 1992).

Diapositivo 6/22 Nas estações sismográficas existentes em 1980 nos Açores, em Angra (Observatório José Agostinho), na Horta (Observatório Príncipe Alberto do Mónaco) e em Ponta Delgada (Observatório Afonso Chaves), o movimento foi suficientemente violento para provocar a saturação com «salto das penas», apenas se podendo reconhecer o instante da chegada das primeiras ondas e o sentido do primeiro movimento (Oliveira, 1992). O único registo do movimento intenso conseguido no arquipélago dos Açores foi o obtido no acelerógrafo colocado na altura no observatório da cidade da Horta, a cerca de 80 km a SW do epicentro. O instrumento era do tipo SMA-1 da Kinemetrics, com registo das três componentes, N-S, E-W e vertical (Oliveira, 1992). Este instrumento só inicia o seu registo para uma aceleração limiar de 0,010 g, pelo que só a parte mais violenta do movimento fica registada, uma mistura de P, S e ondas de superfície. O registo que corresponde à cópia do original (figura à direita), não ficou totalmente claro em vários troços do seu desenvolvimento, designadamente nos intervalos t = 2 a 4 s e t = 7 a 9 s, apresenta uma duração total de 26,5 s, distribuída da seguinte maneira (Oliveira, 1992):

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Os primeiros 9 s consistem num movimento de pequena amplitude e frequência elevada (5 Hz);

Seguem-se outros 9 segundos de maior amplitude e frequência bastante baixa (2 Hz), com uma envolvente aproximadamente constante, aparecendo algumas oscilações com frequências bastante baixas (da ordem do 1 Hz);

A fase final do registo apresenta uma redução significativa da amplitude do movimento em que as frequências predominantes alternam entre os 5-6 Hz e os 2,5 Hz.

No último segundo do registo observa-se uma arcada com maior amplitude de movimento, apenas na componente N-S. O estado do filme não permite visualizar o que se passou nas outras componentes.

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Filomena Rebelo 7/22

CARACTERÍSTICAS DO TERRAMOTO A localização dos epicentros das réplicas mostra que o sismo foi gerado por um acidente tectónico de orientação NNW-SSE, que encurva para uma direcção mais superficial com componente vertical, como prova o tsunami registado nos marégrafos de Angra do Heroísmo e da Horta.

Réplicas do sismo de 1 de Janeiro de 1980 (segundo Hirne et al., 1980).

Registo do marégrafo de Angra do Heroísmo.

Registo do marégrafo da Horta.

Diapositivo 7/22 O sismo de 1 de janeiro de 1980 originou um tsunami (maremoto) de pequena magnitude, registado em Angra do Heroísmo e Horta com amplitudes de 28 e 5 cm respetivamente (Machado et al., 1980, Madeira e Ribeiro, 1992; Rita, 1992). A primeira onda do tsunami foi registada no mareógrafo de Angra do Heroísmo às 16h50m, cerca de 7m19s após a ocorrência do sismo e durou aproximadamente 1h40m, tendo uma altura média de 19 cm e máxima de 41 cm (Rita, 1992). Madeira e Ribeiro (1992), baseando-se na localização dos epicentros das réplicas do sismo principal consideraram que este evento foi gerado por um acidente tetónico com uma orientação NNW-SSE. As numerosas réplicas do sismo deram, naturalmente, informação sobre as falhas que atuaram. Os epicentros das réplicas distribuiram – se de NW para SE, (Hirn et al., 1980).

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Filomena Rebelo 8/22

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CARACTERÍSTICAS DO TERRAMOTO CARTAS DE ISOSSISTAS

Carta de isossistas de 1 de Janeiro de 1980 (V.H.Forjaz, F. Machado et al., 1980)

Carta de isossista para o sismo de 1980 (Farrica, 1980).

Diapositivo 8/22 Machado et al. (1980), com os diversos dados disponíveis, calculou o epicentro, localizado no mar a oeste da Terceira, e traçou uma carta de isossistas com base nas intensidades na escala de Mercalli Modificada de 1931. Calculada uma a intensidade máxima de X para o foco epicentral, as intensidades máximas sentidas em terra foram de VII-IX (Terceira) e VII (S. Jorge). Justificou as anomalias (distribuição irregular de intensidades) atribuindo-as a dois elementos perturbadores como falhas ativas e “sombras” de câmaras magmáticas dos vulcões destas ilhas. Considerou haver anomalias positivas numa linha que parte do epicentro que passa pelas Doze Ribeiras e na parte norte de S. Sebastião e anomalias negativas que faz corresponder às “sombras” das câmaras magmáticas dos vulcões da Terceira, S. Jorge e Graciosa. Considerou, ainda, que o foco do sismo se localizou numa falha transformante que liga dois troços do rift médio do Atlântico, existente entre as ilhas da Terceira, Graciosa e S. Jorge. Farrica (1980) propôs também uma carta de isossistas em que atribuiu a intensidade de 9 nas Doze Ribeiras e propõe uma isossista de grau 4 para o interior da ilha, englobando o maciço de Santa Bárbara, toda a Caldeira de Guilherme Moniz e Serra do Morião, a Caldeira do Pico Alto e a Caldeira dos Cinco Picos.

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Farrica (1980) justificou a isossista de grau 4 pela sua observação direta dos danos, como se pode constatar pelo que escreveu: «...levou-me a constatar que ali o sismo terá sido sentido com fraca intensidade, passando mesmo despercebido às pessoas que se encontravam ao ar livre...os muros de pedra solta ficou quase intactos...as construções rústicas destinadas a albergar gado...sendo as paredes feitas de pedra solta, aí a intensidade não foi suficiente para as desmantelar...».

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Filomena Rebelo 9/22

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CARACTERÍSTICAS DO TERRAMOTO CARTAS DE ISOSSISTAS

Carta de isossistas do sismo de 1980,para as ilhas Terceira e S. Jorge resultante da reinterpretação dos dados à luz da Escala Macrossísmica Europeia (EMS-98) e respectiva localização epicentral (Silva,2005). Carta de isossistas do sismo de 1980, resultante da reinterpretação dos dados à luz da Escala Macrossísmica Europeia (EMS-98) (Silva,2005).

Diapositivo 9/22 Silva (2005), reavaliando os estudos anteriores com base na Escala Macrossísmica Europeia (EMS-98), traçou a carta de isossistas apresentada neste diapositivo. Segundo Silva (2005), com base na Escala Macrossísmica Europeia (EMS-98), admite-se grau VIII para intensidade máxima, a qual terá sido observada na freguesia das Dozes Ribeiras, considerando, ainda, a mesma intensidade para as freguesias de Santa Bárbara, Serreta e Cinco Ribeiras, embora com danos sejam ligeiramente inferiores. Verificaram-se algumas anomalias positivas na zona central da cidade de Angra do Heroísmo. Ali, terá sido atingido o grau VIII (EMS-98), enquanto na freguesia de S. Sebastião o valor observado terá sido de VI a VII (EMS-98). Naturalmente, à medida que a distância ao epicentro aumenta, os danos vão sendo menores e a intensidade diminuindo. No interior da ilha os danos foram mínimos e a intensidade proposta foi de grau IV a V, nomeadamente para a região da Serra de Santa Bárbara, Caldeira Guilherme Moniz, Cinco Picos, Pico Alto e Serra do Cume, considerada uma anomalia negativa. Pela análise da carta, verifica-se que há um paralelismo entre o norte e o sul, tendo as freguesias aí localizados atingido uma intensidade VII e VI (EMS-98). Na zona leste da ilha, das Lajes até

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ao Porto Judeu, os danos foram menores correspondendo a uma intensidade V (EMS-98). Relativamente a S. Jorge, Silva (2005) admite a intensidade máxima de VIII (EMS.98) no Topo. Na zona de Santo António, Ribeira Seca, Calheta, Norte Pequeno, foram considerados danos de nível 3 e 4, atingindo-se o grau VII (EMS-98). Os danos vão diminuindo para NW, considerando-se danos de nível 2 e alguns de nível 3, nomeadamente em Manadas, Urzelina, Norte Grande e Santo Amaro, a que corresponde uma intensidade de VI. Nas freguesias de Velas e Rosais as habitações sofreram danos ligeiros, equivalendo a uma intensidade não inferior a V (EMS-98).

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Filomena Rebelo 10/22

IMPACTO CAUSADO O terramoto de 1 de Janeiro de 1980, causou elevados danos nas ilhas da Terceira, S. Jorge e Graciosa. Tabela 1 – Vítimas Total

Terceira

S. Jorge

Graciosa

Fonte

Mortos

Feridos

Desalojados

Mortos

Feridos

Desalojados

Mortos

Feridos

Desalojados

Mortos

Feridos

Desalojados

Forjaz, 1980

61

-

15.587

44

-

13.032

17

-

2.066

-

-

489

Açoriano Oriental, 1980

44

+100

16.000

40

+100

12.000

4

4.000

-

-

-

Correio dos Açores, 1980

46

-

15.000

-

-

-

-

-

-

-

-

-

União,1980

43

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

Leão, 1992

60

-

21.296

-

-

-

-

-

-

-

-

-

Diapositivo 10/22 O quadro apresentado neste diapositivo resume, de acordo com diversas fontes o número de vítimas do terramoto, com indicação do número de mortos, feridos e desalojados. O fato de apenas 60 das cerca de 40 000 pessoas da ilha Terceira tenham perdido a vida deveu-se, sobretudo, à feliz coincidência desta catástrofe ter ocorrido durante a tarde de um dia feriado e, por tal motivo, a grande maioria das pessoas estar acordada e muitas fora de casa. Segundo Bruno e Forjaz (2005), se o evento tivesse ocorrido durante a noite teriam morrido cerca de 15.000 pessoas. O sismo de 1 de janeiro de 1980 causou grandes danos nas construções. Em certos locais da ilha a percentagem de edifícios colapsados atingiu os 90% (freguesia das Doze Ribeiras. Cerca de 20.000 pessoas ficaram sem lar devido ao colapso total ou parcial das construções antigas urbanas e rurais.

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Filomena Rebelo 11/22

IMPACTO CAUSADO

Tabela 2 – Danos Materiais Ilhas

Nº de Fogos (1970)

Fogos destruídos (% dos existentes)

Fogos danificados (% dos existentes)

Fogos afectados (% dos existentes)

Terceira

19.068

4.726 (24,8)

7.173 (37,6)

11.899 (62,4)

S.Jorge

4.829

577 (11,9)

1.424 (29,5)

1.998 (41,4)

Graciosa

2.991

155 (5,2)

1.478 (49,4)

1.633 (54,6)

Total

26.888

5.455 (20,3)

10.075 (37,5)

15.530 (57,8)

Construções danificadas (segundo o GAR 1980-1983)

Diapositivo 11/22 A tabela com um resumo dos danos materiais, elaborada pelo Gabinete de Apoio à Reconstrução (GAR), mostra a sua distribuição geográfica, fazendo uma comparação com o número de habitações existentes em 1970. Verifica-se que cerca de 5500 casas sofreram colapso total ou danos severos. O sismo causou ainda grandes danos nos edifícios monumentais, de que se destacam muitas igrejas. Os edifícios de betão armado praticamente não sofreram danos. Segundo Soeiro (1992), a principal causa de tal destruição residiu no tipo tradicional da construção açoriana, com paredes-mestras de espessuras médias de 60 cm, constituídas por duas folhas de pedra não aparelhada e com barro a servir de elemento de ligamento. Por outro lado, as armaduras dos telhados, formadas no maior número dos casos por pernas de madeira, sem travamento entre si e descarregando diretamente nas paredes, imprimem movimentos que dificilmente qualquer construção deste tipo poderia aguentar. Ainda segundo este autor, os edifícios que resistiram bem à intensidade do sismo eram de pouca altura e estavam construídos com paredes de blocos de cimento argamassados, possuindo cintas de travamento à altura dos pisos e armação de telhado racionalmente executada.

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Manaças (1992) refere que a generalidade dos edifícios existentes nos Açores não oferecia condições para suportar uma ação sísmica, uma vez que eram usadas, na sua construção, argamassas ligantes sem resistência, com a agravante de se utilizarem pedras de pequenas dimensões, o que proporciona uma fácil desagregação face às vibrações. Deste modo, a maior parte das casas ruíu por colapso, resistindo apenas as construções executadas segundo as regras da construção sismo-resistente.

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Filomena Rebelo 12/22

IMPACTO CAUSADO

Distribuição dos danos e da população desalojada na ilha Terceira ( in Oliveira e Carvalho,1984).

Diapositivo 12/22 Este diapositivo mostra a distribuição dos danos e da população desalojada na ilha Terceira. Para além das vítimas humanas, os danos causados no parque habitacional foram, de longe, a grande parcela dos prejuízos globais infligidos pelo sismo. Os parques habitacional e monumental foram gravemente atingidos havendo maior percentagem de construções danificadas do que em ruínas. Nas três ilhas atingidas pelo sismo existiam 25.000 edificações, das quais cerca de 20% ficaram destruídas e cerca de 58% foram afetadas. Na ilha Terceira, com 19.000 habitações existentes, dois terços foram afetadas e um pouco menos de um terço ficaram em ruínas. Estes números referentes à ilha Terceira dominam claramente o conjunto total do parque afetado (Oliveira et al., 1992).

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Filomena Rebelo 13/22

IMPACTO CAUSADO

Distribuição esquemática dos danos observados em Angra do Heroísmo (in Oliveira, 1992).

Diapositivo 13/22 Na cidade de Angra do Heroísmo mais de um terço das construções ficou em ruínas, tendo sido aí feito um grande esforço no sentido da sua reconstrução (Oliveira et al., 1992).

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Filomena Rebelo 14/22

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IMPACTO CAUSADO A DESTRUIÇÃO

Imagem do movimento diferencial ao longo de um quarteirão, na Rua da Rocha , Angra do Heroísmo.

Danos observados nos pilares do r/c do Hospital de Angra do Heroísmo.

Movimento de rotação em pedestais no cemitério de Angra do Heroísmo.

Movimento de translação em pedras soltas – S. Jorge.

Fotografias do Prof. Sousa Oliveira, retiradas do livro « 10 Anos Após o Sismo dos Açores de 1 de Janeiro de 1980».

Diapositivo 14/22 A primeira fotografia (na Rua da Rocha) documenta o movimento ondulatório da propagação das ondas sísmicas, bem visível ao longo de um quarteirão. Como se pode observar nesta fotografia, as fachadas dos prédios adjacentes encontram-se deformadas em sentidos contrários, relativamente ao plano vertical, denunciando uma variabilidade espacial com um comprimento de onda da ordem dos 50-60 cm. Neste caso, a componente de maior amplitude é perpendicular ao plano das fachadas, ou seja, na direção aproximada N-S (Oliveira, 1992). O Hospital de Angra do Heroísmo sofreu danos importantes no andar inferior do edifício do bloco central (Oliveira e Carvalho, 1980), como se observa na fotografia. O sentido preferencial do movimento pode ser estimado aproximadamente a partir do comportamento de algumas estruturas simples ou de partes de estruturas que possam indicar determinados aspetos do movimento (Oliveira, 1992). No cemitério de Angra do Heroísmo (Farrica, 1980) foi visível o acoplamento de movimento de rotação dos pedestais com movimento de translação.

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Para obter o sentido do movimento que apresenta maior amplitude ou para indicar as direções principais de propagação e a existência de componentes de rotação, pode recorrer-se, por exemplo, a movimentos de pedras soltas, rotura de torres sineiras, orientação da queda de objetos ou de derrube de muros de pedra solta (Oliveira, 1992).

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Filomena Rebelo 15/22

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IMPACTO CAUSADO A DESTRUIÇÃO

Rua do Barcelos, Angra do Heroísmo

Colapso total de uma torre da Igreja da Freguesia do Raminho.

Colapso Parcial da Igreja da Freguesia das Doze Ribeiras.

Alto das Covas, Angra do Heroísmo.

Rua do Pau São, Angra do Heroísmo.

Topo (S.Jorge)

Fotografias cedidas pelo GAR (Gabinete de Apoio à Reconstrução).

Diapositivo 15/22 Estas fotografias evidenciam o grau de destruição causado, na ilha Terceira, pelo sismo de 1 de janeiro de 1980. Observa-se, neste diapositivo, o colapso total ou parcial em monumentos e em casas, bem como danos graves em edifícios de habitação que, embora de pé, ficaram inabitáveis. No que diz respeito às estruturas geológicas, os casos mais importantes a mencionar foram os deslizamentos de terreno, observados sobretudo nas fajãs da ilha de S. Jorge e na encosta da Atalaia, junto a Angra do Heroísmo. Outros deslizamentos menos importantes ocorreram em diversos locais.

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Filomena Rebelo 16/22

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IMPACTO CAUSADO O SOFRIMENTO

Fotografias cedidas pelo GAR (Gabinete de Apoio à Reconstrução.

Diapositivo 16/22 Este diapositivo mostra vários aspetos de sofrimentos causados pelo terramoto. Poderá ser explorado no sentido de levar os alunos a discutirem o sofrimento que abalou a população atingida por esta catástrofe.

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Filomena Rebelo 17/22

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IMPACTO CAUSADO A SOLIDARIEDADE

Fotografias cedidas pelo GAR (Gabinete de Apoio à Reconstrução).

Diapositivo 17/22 A análise das fotografias permite que os alunos identifiquem as várias formas de solidariedade manifestadas às vítimas desta catástrofe.

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Filomena Rebelo 18/22

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CAPACIDADE DE RESPOSTA Apesar da desarticulação das estruturas existentes foi possível uma resposta muito rápida à situação gerada pelo sismo. De um modo geral, a resposta foi imediata, tentando por um lado evitar a emigração maciça e, por outro, o abandono da cidade de Angra do Heroísmo. De entre as acções efectuadas, merecem especial destaque (Valente et al.,1992):  Rápida desobstrução da rede viária;  Reposição do funcionamento das redes de infra-estrutura, mesmo que com soluções provisórias;  Relocalização de serviços e equipamentos em edifícios menos afectados;  Realojamento dos habitantes desalojados em áreas livres próximas do centro da cidade;  Montagem , pela Cruz Vermelha, de 60 tendas e 12 pré-fabricados , para realojamento em S. Gonçalo (no serrado do Bailão) e de uma cozinha refeitório e outras dependências de urgência.  Intervenção nas ruínas que ameaçavam perigo.  Montagem de pré-fabricados, nas freguesias rurais, junto às antigas habitações;  Edificação de diversos bairros de pré-fabricados em vários locais da cidade de Angra do Heroísmo;  Criadas brigadas de emergência nas ruas de Angra e nas restantes localidades atingidas, para acções de desobstrução e limpeza;  Cedência de geradores de electricidade móveis ao Hospital, pelo Governo dos EUA, através da Base Americana das Lajes.

Filomena Rebelo 19/22

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CAPACIDADE DE RESPOSTA EM 1980 Tomadas as medidas referidas, foram criadas estruturas e condições necessárias à rápida reconstrução da cidade e freguesias rurais afectadas. Os aspectos fundamentais para o rápido arranque foram (Valente et al., 1992):  Criação de uma estrutura técnica específica e reforço das existentes com vista a apoiar e coordenar a reconstrução;  Criação de mecanismos financeiros específicos para a reconstrução;  Estabelecimento de circuitos de abastecimento das regiões afectadas em materiais de construção;  Desburocratização, rapidez e eficácia dos diversos serviços envolvidos no processo;  Divulgação das normas técnicas a que se deveria sujeitar a reconstrução;  Criação do GAR (Gabinete de Apoio à reconstrução) pela resolução nº 2/80 de 4 de Janeiro, do Governo Regional;  Incentivos à autoconstrução;  Distribuição gratuita ou quase gratuita de materiais;  Abertura de linhas de crédito fortemente bonificado;  Atribuição dos benefícios para o cumprimento das indicações técnicas de melhoria da resistência sísmica dos edifícios.

Diapositivo 18 e 19/22 Sugere-se uma análise e discussão sobre a importância da capacidade de resposta numa situação de catástrofe.

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O LADO POSITIVO... A instalação de novas redes sísmicas, em colaboração com o Laboratório de Geociências e Tecnologia dos Açores. Parte desta rede está presentemente incluída na rede sismográfica do Centro de Vulcanologia e Avaliação de Riscos Geológicos da Universidade dos Açores (CVARG).

Rede de estações sismográficas instaladas após o sismo de 1 de Janeiro (Correia et al., 1992).

Diapositivo 20/22 Como sempre, as grandes tragédias trazem também consigo aspetos positivos desde que os homens os saibam detetar e deles tirem os benefícios (Soeiro, 1992). Após a ocorrência do sismo foi enviada para os Açores uma brigada organizada pelo INMG, constituída por elementos desta instituição, do Departamento de Geologia da Faculdade de Ciências de Lisboa, dos Serviços Geológicos de Portugal e do Instituto de Física do Globo de Paris (Correia et al., 1992). Desta forma, foi possível instalar no arquipélago a rede de estações sismográficas em colaboração com o Laboratório de Geociências e Tecnologia dos Açores, como se pode observar no mapa do diapositivo. A partir de 1980, e na sequência do sismo de 1 de janeiro, houve necessidade de uma rede sismográfica, tendo sido instalada pelo Instituto de Meteorologia uma rede analógica, constituída por doze estações, distribuídas pelos três grupos de ilhas (Senos et al., 1999). Até ao início de 1997, as duas redes, a do Instituto de Meteorologia e a da Universidade, funcionaram de modo autónomo, não havendo integração dos dados obtidos por ambas. .

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O LADO POSITIVO...  Criação do Serviço Regional de Protecção Civil dos Açores para coordenar o planeamento e as operações de emergência em situação de catástrofe.

Plano Regional de Protecção Civil

Plano Local de Emergência

 Estabelecimento, em cooperação com o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), de medidas preventivas no sector da construção – ensaiando algumas soluções técnicas, definindo legislação e regras de construção sismo resistentes adequadas à Região.

Diapositivo 21/22 Em 1980 não existia qualquer entidade direta e exclusivamente responsável pelas operações de emergência e que coordenasse os poucos meios existentes. Esta função foi, então, assumida pelo Ministro da República, em estreita ligação com o Governo Regional, improvisando-se um Centro de Coordenação no edifício do Comando da PSP de Angra (Matos, 1992). Naquele mesmo ano, foi criado, pelo Dec. Reg. Nº 28/80/A de 20 de setembro, o Serviço Regional de Proteção Civil dos Açores (SRPCA), entidade vocacionada para assegurar a coordenação entre os vários intervenientes no domínio do socorro e emergência. A Proteção Civil na Região Autónoma dos Açores assenta em estruturas de direção e controlo. O processo de planeamento é o mais importante porque permite aos responsáveis pelos serviços de emergência tomarem consciência dos meios de que dispõem, dos meios em falta e das missões que terão de desempenhar (Matos, 1992).

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O LADO POSITIVO... Requalificação de Angra do Heroísmo Angra do Heroísmo foi reconstruída numa visão global de desenvolvimento urbano dentro de uma perspectiva de conservação integrada, ou seja, salvaguardada a valorização do tecido histórico tendo em conta a sua integração num organismo urbano em contínuo desenvolvimento.

Angra do Heroísmo depois da reconstrução http://geo.ya.com/travelimages/azores96.jpg

Diapositivo 22/22 O traçado de Angra do Heroísmo é renascentista. Os seus quarteirões mantiveram, desde a criação da cidade, uma regularidade extremamente marcada tanto em volumetria como em planimetria (Guedes e Oliveira, 1992). Foi possível, então dar uma resposta muito rápida à situação gerada pelo sismo. Procurou repor-se rapidamente as condições mínimas de funcionamento da cidade, mantendo-se assim a sua vitalidade e capacidade de atração da população como centro de serviços e de equipamentos (Valente et al., 1992). Se por um lado era urgente lançar o processo de reconstrução, por outro havia a considerar que se estava a atuar num centro urbano com um valioso património arquitetónico e urbanístico que corria o risco de se perder. Neste sentido, foram tomadas medidas que fizeram com que Angra do Heroísmo fosse reconstruída numa visão global de desenvolvimento urbano, dentro de uma perspetiva de conservação integrada, salvaguardando a valorização do tecido histórico, sem esquecer a sua integração num processo de desenvolvimento contínuo da cidade. A reabilitação de Angra do Heroísmo é um exemplo positivo de como é possível, depois de um catástrofe, reerguer-se uma cidade, reabilitá-la e preservar a sua história.

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