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Eduarda da Silva Bittencourt - Santiago/RS
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Eduarda da Silva Bittencourt - Santiago/RS
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Navego no mar do esquecimento. Decido, de forma inconsciente, sair em noite de tempestade. Não há bússola que me faça encontrar os pontos cardeais; na mala não levei nada, nem comida, nem água, nem instrumentos pra me proteger: sou eu e meu rosto refletido no mar. Sou eu, o mar, a tempestade e a lua.
Agora, mais calma, eu noto a lua. Na astrologia nós a estudamos como um arquétipo de afeto; dos sentimentos mais íntimos, do passado. Então posso ver: o mar não mais reflete somente meu rosto, reflete o rosto dela, também.