"No crescente impacto do processo de globalização, a reestruturação econômica e as novas tecnologias são as grandes forças transformadoras que afetam o mundo contemporâneo”
O trabalho visa demonstrar como o meio urbano se relaciona com a produção de alimentos, e como isto interfere na vida dos seus cidadãos e consumidores. Demonstrando como atualmente a produção de alimentos é totalmente insustentável, analisando os gastos de energia e desperdícios, que também são resultados de uma sociedade exageradamente consumista que surgiu ao longo da história.
do livro: para um pequeno planeta Atualmente, observamos o *Esquema processo deCidades espraiamento na maioria das cidades, principalmente pelo fênomedo da especulação imobiliária e o desejo da população de viver em condomínios fechados, que vendem a ideia da calma campestre e portanto normalmente surgem nas periferias urbanas. Além de causar um esvaziamento aos centros urbanos, que quando em horários não funcionais se encontram abandonados e à merce da marginalidade, o aumento das distâncias entre os moradores da cidade e os polos onde acontecem suas principais atividades, gera uma excessiva necessidade de locomoção, que normalmente é feita com veículo particular, gerando mais gastos de combustíveis, piorando a qualidade do ar, gerando poluição sonora e aumentando os congestionamentos e portanto, piorando a qualidade de vida do cidadão.
SISTEMA AGRÍCOLA ATUAL
O sistema atual é de monoculturas produzidas em grandes latifundios longe das áreas urbanas. Além do gasto de combustível exorbitante, visto que a maior parte do transporte é feito através de caminhões, aproximadamente 20% da produção acaba sendo deixada nas rodovias.
Além disto, é a responsável pelo maior desperdício de água no mundo. No Brasil, é responsável pelo gasto de 70% da água potável, sendo 80% desta evaporada devido ao falho sistema de irrigação empregado.
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
ESPRAIAMENTO URBANO
ESPRAIAMENTO URBANO
Vila Tibério Campos Elíseos
PRONTO SOCORRO
TERMINAL RODOVIÁRIO
IPIRANGA
AGRICULTURA
CIDADES
A proposta aqui apresentada é verticalizar a produção, podendo assim reaproximá-la aos centros urbanos. Para isso, o meio de produção também deveria mudar, utilizando-se prioritariamente a hidroponia. Método que utiliza 1% da água utilizada no método atual, com taxa nula de desperdício de água. Além de não ser necessário o uso de agrotóxicos prejudiciais à saúde dos consumidores e ao ecossistema.
escolhido
VILA TIBÉRIO LEGENDA CARREFOUR
Via Expressa
CAMPOS ELÍSEOS
Centro Universitário Estácio UniSEB Curso de Arquitetura e Urbanismo Trabalho Final de Graduação
CIDADES
AGRICULTURA
Carrefour
TFG’15
“Até a metade do próximo século, a pressão para o fornecimento de alimentos virá de muitos lugares: até agora, estivemos a salvo por causa da revolução verde, mas as perspectivas para a ocorrência de uma outra revolução similar são bastante fracas. Até recentemente o principal problema no setor de alimentos era a distribuição, porém hoje isso não mais ocorre. Com as recentes mudanças no clima e o constante crescimento da demanda, o mundo pode estar entrando em um período de escassez.” (ROGERS, Richard 1997 – Cidades par um pequeno planeta, p iii)
Avenidas Área escolhida Ferrovia desativada
MÓDULO 1
MÓDULO 3
área próxima ao quadrilátero central e entre bairros antigos que hoje estão degradados, como a Vila Tibério, Ipiranga e Campos Elíseos. É uma área sem uso, próxima a rotatória Amin Antônio Caliu, onde se encontra um supermercado da rede Carrefour. A região está bem guarnecida de água graças aos córregos próximos. Além disto, uma via expressa de fluxo rápido passa pelo lote, assim sendo uma boa escolha visando a propagação dos produtos da fazenda pela cidade. Além da preocupação com a produção alimentar, o edifício deverá também servir como área de lazer e forma de melhorar os acessos entre os bairros que o rodeiam. Foi
ÁREA ESCOLHIDA
Rotatória Amin Calil
compreender o presente e melhorar o futuro.
MÓDULO 2
Ipiranga
CLUBE RECREATIVA
O surgimento das cidades sempre esteve ligado ao ambiente. Lugares próximos à rios, córregos e veios d'água sempre eram os locais escolhidos, pois sem água não seria possível a manutenção da vida daqueles que lá morariam além de também não ser possível a criação de animais e agricultura. Com o surgimento da Locomotiva à vapor, a produção pôde alcançar cada vez mais distâncias mais longas. Assim, a agricultura acabou por se afastar cada vez mais dos centros urbanos. Houveram também mudanças socioeconômicas importantes que transformaram o mundo para este em que vivemos. Porém, estamos novamente passando por mudanças, e as vezes é necessário olhar para o passado para
A ideia é criar um edifício com esqueleto baseado na circulação vertical e caixas d'água, e a partir daí seriam 'encaixados' 3 tipos de módulos, 2 com produção por hidroponia e 1 com cultivo comum (utilizando terra), visto que nem todos alimentos se adaptam bem à hidroponia.
Foram analisadas diversas áreas e regiões que pudessem abrigar uma Torre Vertical. Na realidade, a proposta é que uma mesma cidade possuísse diversas torres que abastecem determinadas regiões, para que houvesse o menor deslocamento possível além de poder também fortalecer vínculos entre uma mesma vizinhança.
QUADRILÁTERO CENTRAL
Propor um novo sistema de produção de alimentos, aproveitando melhor o espaço e os recursos naturais. A ideia consiste em retirar a produção de alimento das extensas áreas que abrigam as monoculturas, e trazêlas para dentro do meio urbano em grandes torres. Assim, o alimento é produzido mais próximo do consumidor, economizando uma série de recursos como combustíveis, água, e até mesmo o tempo de transporte. Além disso, as antigas áreas agrícolas poderiam retornar ao seu bioma de origem, recuperando áreas de mata atlântica, cerrados e etc.
OBJETIVO
INTRODUÇÃO
(LEITE, Carlos – Cidades Sustentáveis, Cidades Inteligentes, p.70)
A verticalização da agricultura
TORRES AGRÍCOLAS
uma
Privilegiar o pedestre e criar novos acessos para que os cidadãos pudessem passar foi uma das questões fundamentais do projeto. Para isso foi criado uma passarela que interligue o bairro Ipiranga à edificação.
Cerâmica São Luiz
TORRES AGRÍCOLAS A verticalização da Agricultura Catherine Palis Francisco Gimenes (in memorian) e Vera Lúcia Blat Migliorini (O)
A praça de alimentação central é um espaço criado para a população usufruir dos alimentos produzidos na fazenda em um ambiente agradável. Seu acesso é através da passarela. O espaço está sobre um deck de madeira, respeitando a topografia e a vegetação existente ficando um pouco acima do terreno, que consiste em uma área ambientalmente delicada, visto que é área de várzea do Córrego.
IMPLANTAÇÃO
Aqui se encontra a área das composteiras, voltada para o norte acelerando o processo de compostagem. Além de servir para gerar adubo para os canteiros com terra da própria fazenda, ela também servirá como forma de incentivo para a população, que poderá trazer seu lixo orgânico e trocar por húmos.
Espaço Livre
Composteiras
Passarela de ligação com bairro Ipiranga
Terraço jardim Pomar Jaboticabas
Fazenda Vertical
Praça de alimentação central
Pomar Pitangas
Banheiros
Praça de entrada (Feirinha)
Pomar Goiabas
APP
A passarela além de ter função de acesso entre o bairro Ipiranga e a Fazenda vertical, ela também é uma possibilidade para o morador do bairro atravessar a Via Francisco Maggioni de forma segura. Observando a Implantação, pode-se observar que existe uma rampa contínua pós a fazenda vertical, que faz essa ligação direta da passarela para a Rua Industrial, que dá acesso ao Hipermercado Carrefour e à Cerâmica São Luiz, marco histórico que a partir de 2015 está em processo de revitalização utilizando o espaço para eventos comunitários. Usando o Highline Park como referência ela também deverá funcionar como passarela-parque, com canteiros, gramados, bancos e espaços de permanência.
Preocupação com a conservação da APP ao longo do córrego, reflorestando com a vegetação nativa.
Devido à grande área do local, há também um grande pomar, que além de ter função de produção é mais um atrativo para a comunidade.
ACESSO RÁPIDO
TFG’15 Centro Universitário Estácio UniSEB Curso de Arquitetura e Urbanismo Trabalho Final de Graduação
Pomar Laranjas
Pomar Mexericas
Pomar Limões
Pomar Manga
A praça de acesso, é o principal acesso ao edificio pela Rua Industrial, portanto espaços de permanência, banheiros, bebedouros e uma feirinha onde será comercializado produtos da fazenda entre outros. É rodeada por árvores frutíferas como jaboticabeiras, goiabeiras,pitangueiras, pé de acerola etc.
Estacionamento para visitantes
Para as pessoas que quiserem apenas atravessar a Via Francisco Maggioni, foi criado um acesso rápido. A Passarela chega no primeiro andar na Torre Vertical, vindo perpendicularmente ao nível de origem, chegando portanto a uma altura de 14m do piso térreo. Em linha reta, já se tem uma outra passarela: uma rampa com inclinação de 6%, que leva até a Praça de Acesso. Assim o pedestre pode vir do Ipiranga até a Rua Industrial, atravessando a Via de grande fluxo sem maiores dificuldades.
TORRES AGRÍCOLAS A verticalização da Agricultura Catherine Palis Francisco Gimenes (in memorian) e Vera Lúcia Blat Migliorini (O)
TÉRREO
O pé direito até o primeiro andar é bem alto, devido a topografia do local, pois, a intenção foi que a passarela que interliga este espaço com o bairro Ipiranga chegasse paralela ao chão, encontrando o primeiro nível da edificação. Assim, o pé direito aqui ultrapassa 14m. Assim, para as lajes das coberturas das estruturas vistas na planta anterior ficariam sem uso, e portanto, foram feitos espaços de permanência e plantações de berries nestes espaços, que podem ser acessados pela comunidade através de uma série de rampas, todas com inclinação máxima de 8%. Além disto, pode-se acessar também a parte superior da marquise que leva até a "Praça de Acesso", na Rua Industrial. Ao subir as escadas, antes de chegar a superfície desta laje jardim, que se estende com gramados e canteiros até a praça, chega-se à um patamar de estrutura metálica, com laje em grade metálica onde há plantação de morangos hidropônicos, onde todos podem degustá-los.
Este nível é o mais importante em questões de acesso, pois é atracvés dele que se tem ligação da edificação com a passarela que liga ao espaço e a Rua Industrial ao bairro Ipiranta. Em um eixo horizontal rente à passarela, pode-se observar a presença de uma rampa, com inclinação de 6%, que traça um caminho em linha reta até o outro lado do lote. No caso daqueles que querem passear pela fazenda vertical, existem uma série de equipamentos de circulação vertical, podendo subir até outros níveis e ver a própria produção da fazenda, como usufruir do próprio andar, que consta com todos os tipos de cultivo que existem nos níveis superiores, ou descer para o mesanino de berries, ou o térreo com a "praça coberta". A partir deste nível, as lajes de circulação de pessoas serão todas de grades metálicas, dando certa leveza a estrutura apesar de seu porte robusto e bruto com ares industriais, proporcionando diferentes experiencias sensoriais ao usuário. Este é o nível menos repetido na extensão vertical da edificação, por ser o mais denso em produção, e portanto o que suporta mais peso, além de ter os maiores balanços na estrutura.
Composteiras
Área de degustação de morangos hidroponicos
cxa. d'água
local de carga e descarga dos caminhões para transporte, parte administrativa, banheiros, alguns canteiros com hortas e outros ornamentais, além das composteiras, em que além de produzirem adubo com a matéria orgânica residual da própria fazenda conta com o sistema de incentivo à comunidade, que pode trazer seu lixo orgânico até o local e trocar por húmos para que possam adubar as plantas de suas casas. Neste piso, para a comunidade funciona como uma praça coberta, com vários canteiros, bancos, mobiliário. Em síntese: vários espaços de permanência
MESANINO
O térreo abriga o estoque, o
elevador
cxa. d'água
elevador
elevador
Praças suspensas de frutinhas Área de embarque de cargas
cxa. d'água
cxa. d'água
Praça coberta elevador
Praças suspensas de amoras
Neste nível, podemos observar que os módulos presentes se concentram no centro da estrutura. Este posicionamento foi adotado para que, durante a repetição dos níveis houvesse um certo 'espaçamento' maior entre os módulos, possibilitando uma maior captação de luz para todos os módulos. Podemos observar também, que as lajes superiores dos módulos do andar abaixo estão rentes ao piso, formando 'terraços jardins' que podem ser utilizados.
Com sua composição diferente do Nível 2 porém com características semelhantes. Este nível e o anterios são repetidos verticalmente na edificação de modo regular e em proporções semelhantes.
Módulo 1
Módulo 2
Módulo 3 Módulo 2
Módulo 1
Módulo 2
Módulo 3
NÍVEL 1
NÍVEL 2
NÍVEL 3
ELEVAÇÕES
TFG’15 Centro Universitário Estácio UniSEB Curso de Arquitetura e Urbanismo Trabalho Final de Graduação
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PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO CENTRAL
Este é um espaço de convivência e usufruto da produção da fazenda. No meio do canteiro central, sobre um deck que evita a modificação do espaço existente, que se trata de uma área delicada visto que é um espaço alagável devido ao córrego que passa pelas proximidades. No deck, obervamos uma série de 'barraquinhas' onde serão vendidos diversos tipos de refeições, entre outros. Árvores existentes permanecem preservadas, 'surgindo' pelo deck. Entre os equipamentos também há banheiros e bebedouros.
Passarela de ligação com bairro Ipiranga
Praça de alimentação central
Banheiros
PRAÇA DE ACESSO
PRAÇA DE ACESSO (superior)
Terraço jardim Pomar Jaboticabas
Além da passarela, este é o principal acesso para a fazenda vertical. A praça, localizada na fachada da Rua Industrial, próxima ao Carrefour Pomar e à Cerâmica São Luiz, possui uma área para Pitangas uma feira, onde poderão ser comercializados produtos da fazenda entre outros. Além disto, há vários espaços de permanência, como bancos e extensos gramados, uma área ótima para piqueniques, visto que é rodeada de diversas árvores Pomar Goiabasé retomar o hábito de frutíferas. A ideia aqui, 'panhar e comer a fruta no pé', estreitando novamente as relações que temos com o alimento, com as árvores e até mesmo com a terra. A praça possuí uma marquise, gerando espaços sombreados. Além disto, sobroe ela Pomar há um terraço jardim, com mais espaços de Pomar Manga permanência onde aLimões população pode passear e ter novas vistas da paisagem.
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Praça de entrada (Feirinha)
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