Estudo Causas Enchentes Ribeirão Piçarrão - Campinas - SP

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ESTUDO DE DRENAGEM NA SUB-BACIA HIDROGRÁFICA DO RIBEIRÇÃO PIÇARRÃO | EA-SU | PROF. THAIS

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ESTUDO DE DRENAGEM NA SUB-BACIA HIDROGRÁFICA DO RIBEIRÇÃO PIÇARRÃO | EA-SU | PROF. THAIS

AUTORIA UNIVERSIDADE PAULISTA 2016

CAUÊ MARTINS SILVA

B40468-0

FELIPE FORATO FARIAS

B2506B-2

GIOVANNA ANDRADE

B4226D-4

JULIANE CAMPOS

B27CAI-0

MARIA GABRIELI DOS SANTOS B423GG-9 SUSIMEIRE DE S. GARCIA

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T575GJ-6


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ESTUDO DE DRENAGEM NA SUB-BACIA HIDROGRÁFICA DO REIBEIRÃO DO PIÇARRÃO UTM 286.731m E / 7.464.588m N a estruturação de vias para melhor servir às

INTRODUÇÃO

necessidades de ampliação da malha urbana. Este

A bacia hidrográfica do córrego Piçarrão é a

processo acaba por atrair problemas ambientais

área de estudo para o referente trabalho e analise

que afetam o espaço urbano com inundações,

de drenagem, como também as marcas e

muito recorrentes na cidade de Campinas nos dias

consequências de deste processo.

atuais.

Campinas vivenciou um intenso crescimento

Com a expansão da Vila Industrial e a

urbano em meados do século XX e foi buscado

formação do loteamento do Pq. São Bernardo, a

maneiras de garantir o bem-estar da sociedade. O

drenagem do córrego Piçarrão é incorporada à

Plano de Melhoramentos elaborado por Prestes

logica imobiliária. A partir de 1930, esta bacia sofre

Maia, datado de 1938, incorpora as várzeas na

alterações

malha urbana juntamente com o planejamento

natural

(recorrente ao surto de febre amarela, no final do

coletando

o

esgoto.

Surge

ou

quando

não,

córrego

Piçarrão

é

completamente

avenidas (avenidas interbairros) projetadas para Figura 2 Planta da malha urbana de Campinas em 1893. Planta mostrando as várzeas ainda com suas drenagens naturais.

resolver o problema de descontinuidade viária da cidade, comuns entre os novos loteamentos que

expansão da cidade e recebem mudanças em suas

necessidades de ampliação da malha urbana. Este

entorno

alta densidade urbana e sua várzea é tomada por

drenagem da cidade para analises e estudos.

a estruturação de vias para melhor servir às

seu

inserido no espaço urbano. O seu entorno possuí

espaço urbano e a necessidade de mapear a

calhas fluviais, sua vegetação nativa é retirada para

em

O

preocupação com a drenagem para o controle do

urbanização com a intenção de reordenar a

naturais,

em seu perímetro.

a

As várzeas são incorporadas no processo de

características

canalizando seus trechos e construindo avenidas

séc. XIX) pavimentando vias, canalizando córregos, e

suas

retificando seus canais, substituindo a vegetação

higienista comandado por Saturnino de Britto

tratando

em

foram surgindo com sua expansão

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Figura 1 Planta da cidade de Campinas com a remodelação de Prestes Maia. Fonte: BITTENCOURT, Luiz Cláudio. "Campinas Centro Histórico: Rupturas e (Des)continuidades" Oculum Ensaios - Revista de Arquitetura e Urbanismo da PUC Campinas. Número 2, janeiro 2002.


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OBJETIVO

quando se trata de recursos hídricos, através de duas formas:

leste da marginal do Piçarrão, no final de 2015, a um custo de oito milhões de reais, quase na

Analisar os possíveis motivos na falha

1- Como elemento receptor da drenagem de

primeira chuva esta obra foi toda danificada, não

da drenagem que ocorre no ponto escolhido

águas nas áreas no qual está inserido, delimitado

sendo capaz de vencer as forças das águas

para estudo localizado à porção sul/sudeste da

geralmente

pluviais, e houve transbordamento do córrego,

cidade de Campinas.

condução.

pela

topografia

favorável

a

esta

2- Exercendo o processo de condução

JUSTIFICATIVA

causando estragos na avenida Silvio Moro, e alagamentos em residências próximas.

dessas águas, encaminhando-as para sua coleta já

no rio Capivari, e utilização para a população O córrego Piçarrão é um ribeirão (curso Figura 5 Obra recém-inaugurada na marginal do Piçarrão danificada após enxurrada. Fonte: UOL Notícia. Denny Cesare, de dezembro, 2015. Link: presente na própria área urbana da cidade. d’agua com vão menor que um rio e maior que um 27 http://noticias.uol.com.br/album/album-doExistem vários núcleos urbanos mais a riacho), ou seja, um curso d’agua secundário, que dia/2015/12/27/imagens-do-dia---27-de-dezembro-de2015.htm<. Acessado em: 11/03/2016. montante do ribeirão, é a área mais urbanizada, até tem sua nascente (foz) próxima ao Cemitério da o médio curso dele, que formam os primeiros Saudade, divisa Campinas - Valinhos, percorre núcleos urbanos de Campinas. Nesta condição, grande parte da área urbanizada da cidade de encontra-se a Vila Industrial, bairro onde tem Campinas, no vetor principal da sua expansão pontos de transbordamento do córrego Piçarrão, urbana, cortando 23 bairros, totalizando mais de área escolhida de micro bacia para análise da 200 mil habitantes que vivem nesta região onde o condição de enchentes no local. Trata-se de uma córrego está localizado. área de urbanização antiga no qual Sendo assim, o córrego Piçarrão representa Seja por falta de planejamento, ou pelo um catalisador das micro drenagens urbanas nos crescimento desordenado da cidade, trouxe muitos bairros no qual está inserido, exercendo papel problemas principalmente se tratando da fundamental na macro drenagem, ficando permeabilidade do solo, e da densidade responsável pela coleta e condução do escoamento populacional no qual ocupou todo espaço que superficial provocado pelas precipitações que deveria ser destinado ao ribeirão. A cidade invadiu atingem estes bairros, geralmente já sua área, assim, sem amortecimento de vegetação impermeabilizados pelo processo de urbanização (APPs), e velocidade maior que o solo impermeável ao qual estão submetidos. propicia (concreto), o transbordamento deste Após atravessar a cidade, o córrego ribeirão está cada vez mais acentuado. Piçarrão desemboca no Rio Capivari, sendo este Interessante que muitas obras hidráulicas juntamente com os rios Atibaia e Jaguarí, os vêm sendo feitas para resolver e/ou minimizar a principais recursos hídricos disponibilizados para a situação dos alagamentos, aparentemente sem cidade. sucesso na cidade de Campinas. Portanto, ressaltamos que o ribeirão Figura 4 Córrego Piçarrão transborda e causa danos. Fonte: Portal G1, notícia do dia 01 de janeiro, 2016. Link: O que leva esta conclusão está ligado ao Piçarrão, chamado mais comumente como córrego http://g1.globo.com/sp/campinasfato de que após inauguração de obras na Piçarrão exerce papel de grande importância regiao/noticia/2016/01/picarrao-transborda-destroi-trechode-avenida-e-causa-perdas-familias.html<. Acessado em: construção de uma marginal no trecho da pista quando se trata de recursos hídricos, através de 11/03/2016. leste da marginal do Piçarrão, no final de 2015, a duas formas: 3 um custo de oito milhões de reais, quase na 1- Como elemento receptor da drenagem de primeira chuva esta obra foi toda danificada, não

Desta

maneira,

percebemos

que

um

conjunto de fatores pode ser determinante deste fato.

Precipitações

acima

da

média,

impermeabilização do solo, densidade populacional, obras hidráulicas com projetos equivocados, entre outros fatores, podem estar agravando a situação, talvez não sendo possível de completa solução, mas cabe uma análise crítica de estudo e proposta de medidas no sentido de pelo menos minimizar, no que for possível, tanto prejuízo aos cofres públicos e à população local.

Figura 3 Obra havia sido entregue na mesma semana pela prefeitura. Fonte: Portal G1, notícia do dia 26 de dezembro, 2015. Link: http://g1.globo.com/sp/campinasregiao/noticia/2015/12/enxurrada-destroi-parte-de-marginalrecem-inaugurada-em-campinas-sp.html<. Acessado em: 11/03/2016.


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DRENAGEM

O Ponto de alagamento em estudo, pertence à bacia hidrográfica do Córrego do Piçarrão, na região centro-sul de Campinas, próxima a divisa da cidade com Valinhos (Figura 6) , possui cerca de 22km de comprimento e 65,342 km² de área, segue da região leste para sudoeste de da cidade e

Figura 6 – Mapa de delimitação da Bacia Hidrografica do Piçarrão com o ponto de alagamento

deságua no rio Capivari. Sua altitude varia em média 230m, sendo o ponto mais alto 785m e a mais baixa 555m (Figura 8). Na figura 7 temos a delimitação da sub-bacia do Córrego Piçarrão ocupada em maior parte por uso urbano, juntamente com a delimitação da área de influência do ponto de alagamento em questão, que se estende da região leste (inicio da bacia) até o ponto em estudo(cor azul), ou seja, toda área em laranja influência diretamente o que ocorre na Avenida

Figura 7 – Mapa Delimitação da Bacia Hidrografica do Piçarrão, em conjunto com a sub- bacia área de influencia e ponto de alagamento

Silvio Moro, toda água captada pelo córrego nesses pontos

passa

pela

avenida

e

pode

causar

inundações no local.

Figura 8 - Mapa de Altitude e bacia hidrografica do Corrego do Piçarrão Todos os afluentes são direcionados para o Córrego do Piçarrão.

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DRENAGEM As principais obras e elementos utilizados no dimensionamento de um sistema pluvial são, segundo Silveira, André Luiz L. Drenagem Urbana, aspectos de Gestão:

pedestres, junto às esquinas; não é conveniente a sua localização junto ao vértice de ângulo de interseção das sarjetas de duas ruas convergentes. • Tubos de ligações: são canalizações destinadas a conduzir as águas pluviais captadas nas bocas-de-lobo para as galerias ou para os poços de visita; • Sarjetas: faixas de via pública, paralelas e vizinhas ao meio-fio. A calha formada é a receptora das águas pluviais que incidem sobre as vias públicas e que para elas escoam; (os meios-fios são elementos de pedra ou concreto, colocados entre o passeio e a via pública, paralelamente ao eixo da rua e com sua face superior no esmo nível do passeio; • Sarjetões: calhas localizadas nos cruzamentos de vias públicas, formadas pela sua própria pavimentação e destinadas a orientar o fluxo das águas que escoam pelas sarjetas; • Condutos forçados: obras destinadas à condução das águas superficiais coletadas, de maneira segura e eficiente, com preenchimento da seção transversal; • Estações de bombeamento: conjunto de obras e equipamentos destinados a retirar água de um canal de drenagem, quando não mais houver condição de escoamento por gravidade, para um outro canal em nível mais elevado ou receptor final.

• Galeria: canalizações públicas usadas para conduzir as águas pluviais provenientes das bocas-delobo e das ligações privadas; um trecho é a porção de galeria situada entre dois poços de visita; os diâmetros comerciais correntes são os seguintes: 0,30; 0,40; 0,50; 0,60; 0,80; 1,00; 1,20 e 1,50 m; as galerias pluviais, sempre que possível, deverão ser lançadas sob os passeios; •Poço de Visita: dispositivos localizados em pontos convenientes do sistema de galerias para permitirem mudanças de direção, declividade e diâmetro, reunião de vários coletores em cruzamento de ruas, além da inspeção e limpeza das canalizações; espaçamento de 120 a 180 m dependendo do diâmetro dos tubos. • Bocas-de-lobo: dispositivos localizados em pontos convenientes, nas sarjetas, para captação de águas pluviais das ruas; são locadas em ambos os lados da rua, quando a saturação da sarjeta assim o exigir ou quando forem ultrapassadas as suas capacidades de engolimento; espaçamento máximo de 60 m entre elas é recomendado caso não seja Temos também trincheiras: servem para analisada a capacidade de escoamento da sarjeta; a melhor facilitar o escoamento de águas superficiais em solução para a instalação de bocas- grande quantidade. de-lobo é que esta seja feita em A seguir, descreveremos as principais obras pontos pouco a montante de cada faixa de cruzamento usada pelos hidráulicas presentes na área de estudo: pedestres, junto às esquinas; não é conveniente a sua localização junto ao vértice de ângulo de interseção das sarjetas de duas ruas

Figura 9 - Boca de Lobo combinada (grelha + guia), com depressão

Figura 10 - Boca de Lobo de Guia, sem depressão

Figura 12 - Sarjetas dimensionamentos normal nos cruzamentos das vias públicas, à 100 metros da av. Silvio Moro

Figura 13 - Muros de gabiões tipo caixa

Figura 11 - Boca de Lobo combinada (grelha + guia) sem depressão

Figura 14 - Situação dos bueiros e vias públicas na área de estudo

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ÁREA DE ESTUDO E INDICAÇÃO DE EQUIPAMENTOS HIDRÁULICOS

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AV. DAS AMOREIRAS

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REFERÊNCIAS LIVROS, TESES E DISSERTAÇÕES

SITES

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VITTE, Antônio Carlos; CISOTTO, Mariana Ferreira; FILHO, Luiz Ribeiro Vilela. A urbanização e a incorporação das várzeas ao espaço urbano de Campinas (SP), Brasil. Revista Geografar, 2010. http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs/index.php/geografar/article/viewFil e/17784/11615<. Acessado em: 11/03/2016. Site: Prefeitura de Campinas. Plano Diretor – 2016. http://www.campinas.sp.gov.br/governo/seplama/planodiretor-2006/doc/tr_drena.pdf<. Acessado em: 11/03/2016.

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SILVEIRA, André L. L. Drenagem Urbana, Aspectos de Gestão. Apostila do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, primeira edição ,2002. Disponível em: ftp://ftp.cefetes.br/cursos/transportes/Zorzal/Drenagem%20 Urbana/Apostila%20de%20drenagem%20urbana%20do%20pr of%20Silveira.pdf<. Acesso em: 13/03/2016.

Google Earth 2016 Jornal da UNICAMP _ Sala de Imprensa. Disponível em: https://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/novembr o2005/ju310pag5b.html<. Acesso em 10/03/2016.

SILVA, Sandra F. Avaliação das alterações ambientais na Subbacia hidrográfica do ribeirão do Piçarrão, Campinas-SP. USP, 2000. file: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18132/tde02042007-154842/pt-br.php < Acesso em: 14/03/2016. OKRETIC, Gabrielle A. V. W. As ações de mitigação do risco vistas de perto: tranferência dos atingidos por enchentes no Ribeirão Piçarrão para conjuntos habitacionais em CampinasSP. PUCCAMPINAS. file: http://www.bibliotecadigital.puccampinas.edu.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=854 < Acesso em: 14/03/2016. SITES

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