Telhas Térmicas Dânica
TermoRoof PUR/PIR
• Núcleo isolante em (PUR)-Poliuretano ou (PIR)-Poliisocianurato;
• Economia de energia elétrica e conforto térmico;
• Economia de até 70% na estrutura do telhado;
• Redução nos preços de seguros;
• Versatilidade de cores para atender seu projeto;
• Produção contínua de Norte a Sul do Brasil;
• A maior largura útil do mercado 1050mm;
• Agilidade na montagem;
• Material impermeável;
• Resistência ao fogo;
• Dispensa o uso de forro.
As Telhas termoisolantes podem ser revestidas com: Aço Pré-pintado (face superior e/ou inferior); Aço Galvalume Natural (face superior e/ou inferior); Filme PVC (face inferior).
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Um rápido olhar sobre algUmas referências arqU itetônicas corporativas atuais, no Brasil e no mundo, é suficiente para perceber o caráter contemporâneo do aço. Flexível, o material se adapta ao conceito de fast construction, e essa tecnologia já faz parte do repertório de um número cada vez maior de profissionais brasileiros. A composição das formas, com perfis materializando os traços e a tridimensionalidade, motiva concepções estéticas únicas.
Nesta edição de Arquitetura & Aço, as obras selecionadas demonstram diversas possibilidades técnicas dos sistemas estruturais em aço, em que, muitas vezes, se tornaria praticamente impossível chegar a resultados satisfatórios sem o seu uso, e, até mesmo, a possível inviabilização da construção. Um exemplo significativo é o da nova sede do Sebrae, na capital federal. Considerado um projeto “atípico”, dependia única e exclusivamente das facilidades do aço para ser colocado em prática, do contrário dificilmente seria possível a criação de grandes vãos livres e execução da obra em apenas 12 meses. O mesmo conceito estende-se ao prédio do Confea, na mesma cidade. Prazo enxuto também foi dado à obra do Centro Empresarial Senado, na região central do Rio de Janeiro. Neste caso, a eleição do aço foi muito além de uma opção estética, tornando-se uma condição do projeto, com o agravante das limitações do terreno, localizado, de um lado, em via de trânsito intenso e, de outro, em vias muito estreitas.
De menor porte, mas muito interessante do ponto de vista corporativo, é o Módulo Alto de Pinheiros, localizado no tradicional bairro paulistano que deu nome ao conjunto. Com linguagem leve e descontraída, que mais se assemelha a uma casa, incorpora jardins e espaços de convivência, revelando, com o aço, um efeito inovador.
Do mestre Zanettini apresentamos dois importantes projetos. A ampliação do Cenpes, no Rio de Janeiro, obra monumental da Petrobras, dedicada à produção do conhecimento, e que sintetiza os anos de carreira do arquiteto, e a dedicação ao uso de tecnologias limpas, ou como ele mesmo define “arquitetura ecossistêmica”. Já o Fórum do Meio Ambiente, em Brasília, simboliza um grande avanço na arquitetura da região, pois foi o primeiro edifício a seguir critérios internacionais de sustentabilidade e a receber o selo LEED. E para completar esta edição, a engenheira Heloísa Maringoni revela a importância do conhecimento do aço, por parte dos arquitetos.
Bem mais distante, nos Emirados Árabes, a Gate Capital Tower é a prova de que o material, de fato, não impõe limites à criatividade.
Boa leitura!
ENDEREÇOS
04. Projeto da nova sede do Sebrae Nacional em Brasília explora a espacialidade interna. 08. Na capital carioca, Centro empresarial está sendo implantando com alta tecnologia e estrutura em aço. 12. Módulo Alto de Pinheiros incorpora conceitos da arquitetura residencial. 14. Cenpes II se destaca pela arquitetura ecossistêmica e sustentável. 18. Fórum verde privilegia o aço e dá à Brasília certificação LEED. 22.
Em entrevista, a engenheira Heloísa Maringoni fala sobre o desafio do arquiteto ao projetar em aço. 26.
Ao lado, treliça de aço permitiu a exclusão de pilares do interior dos escritórios. Na página ao lado, detalhe da estrutura da cobertura do pátio em viga vagonada
Nova sede do Sebrae
De autoria De Alvaro Puntoni, João Sodré e Jonathan Davies, do Grupo SP, e Luciano Margotto, da República Arquitetura, o conjunto arquitetônico da nova sede nacional do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em Brasília (DF), tem como ênfase a espacialidade interna e a máxima flexibilidade para a organização dos escritórios. Outro objetivo dos arquitetos foi conseguir a integração entre a paisagem natural e a construção.
Com 25 mil m2, distribuídos em seis pavimentos, incluindo dois subsolos, a edificação se destaca pelo grande vazio do pátio interno, onde se concentram as atividades mais públicas.
Um dos diferenciais do projeto, segundo os arquitetos, foi a implanta-
ção de dois térreos. Ou seja, optou-se por criar um plano abaixo do nível da soleira deste pátio, integrando-o verticalmente ao nível dos acessos. No térreo inferior, encontra-se o espaço de formação e treinamento, salas multiuso, auditório, biblioteca e a cafeteria, enquanto no térreo superior estão os principais acessos do conjunto, com varandas abertas à cidade e ao lago.
O espaço livre que circunscreve os térreos também serve à entrada de
iluminação e ventilação naturais, além da umidificação do ar, reforçado pela presença dos espelhos d’água, propícios à aridez da capital federal. Apesar da linguagem contemporânea do projeto, boa parte dos elementos faz referência à arquitetura típica da região, como brises, empenas e pilotis. Contudo, ao contrário das construções cinquentenárias, somente o concreto não foi suficiente para dar forma à construção. Devido à necessidade de grandes vãos, para a estrutura foi necessário combinar aço e concreto.
De acordo com o arquiteto Luciano Margotto, a opção pela solução mista conferiu flexibilidade ao projeto, além de acelerar a execução da obra, que começou em 2009 com a concepção do projeto, sendo concluída em 2010. “Sem o uso de estrutura em aço, seria impossível chegar a esse tipo de configuração”, diz Margotto. Para tanto, foram utilizadas 550 toneladas de aço de maior resistência à corrosão.
Ele destaca que, em acordo com a equipe da Kurkdjian & Fruchtengarten Engenheiros Associados, responsáveis pelo projeto estrutural, buscou-se, na versatilidade do aço, a estruturação do pavimento de escritórios com duas treliças longitudinais espaçadas 18 m entre si, e apoiadas em pórticos transversais com modulação de 7,5 m. Estas treliças, vinculadas às empenas laterais, são apoiadas a cada 15 m, em pilares de concreto, que saem dos níveis inferiores.
Outra preocupação foi obter ótimo desempenho ambiental e econômico. “Os brises adotados na fachada, por exemplo, são painéis de chapas perfuradas, que protegem as superfícies de vidro de insolação direta e permitem a visualização da paisagem”, diz o arquiteto Alvaro Puntoni.
O aço também foi utilizado na execução da cobertura do pátio, com duas vigas-vagão e vigamento secundário. As primeiras têm
3,6 m de altura e vencem o vão principal de 36 m de comprimento.
“Esta solução procurou atender um aspecto relevante: a execução da obra em um prazo máximo de 18 meses. Nosso trabalho foi feito de forma muito próxima e integrada com a estrutura. Não podemos dizer aonde termina a arquitetura e começa a estrutura, e vice-versa. Elas são uma coisa só”, enfatiza Puntoni.
A cara de Brasília
Em linhas gerais, o edifício contrasta a cor natural dos materiais utilizados com o azul do céu e o verde da paisagem envoltória.
“Procuramos deixar o prédio ligado a uma ideia singular da cidade de Brasília (advinda do movimento modernista): o chão público da capital. Algo tão raro e inusitado nos tempos atuais, que nos parecia importante valorizar esta noção e permitir sua continuidade, ainda que sujeita à compreensão dos usuários”, explica o arquiteto Alvaro Puntoni.
Os escritórios ou espaços de trabalho permitem alterações nos arranjos e nas instalações prediais e de infraestrutura, em fun-
> Projeto arquitetônico: Alvaro Puntoni, Luciano Margotto, João Sodré e Jonathan Davies
> Área construída: 25 mil m2
> Aço empregado: aço de maior resistência mecânica e à corrosão
> Volume de aço: 550 t.
> Projeto estrutural: Kurkdjian & Fruchtengarten Engenheiros
Associados S/C Ltda.
> Fornecimento da estrutura
metálica: Medabil Sistemas
Construtivos S/A
> Execução da obra: Termoeste S/A
Construções e Instalações
> Local: Brasília, DF
> Data do projeto: 2009
> Conclusão da obra: 2010
ção do piso elevado, forro e ausência de pilares no meio dos pavimentos. “Assim, a área disponível para os escritórios é, realmente, livre”, definem os arquitetos.
As várias estruturas do conjunto são conectadas por uma estrutura periférica dupla, chamadas de castelos de circulação vertical, infraestruturas e apoios diversos. Com várias possibilidades de ligação, utilizam escadas, varandas e elevadores coletivos ou privativos, que interligam os diversos espaços. A circulação incorpora no desenho do percurso cotidiano o vazio central, reforçando sua presença e interação com o pátio e toda a sua luminosidade. (a.M. e N.F.) M
A obra exibe elementos modernos como empenas, pilotis e brises, típicos da arquiteturada região Fotos Nelson Kon
Ousadia
no centro carioca
Ousadia no centro carioca
LocaLizado em uma das regiões mais tradicionais da capital carioca, o Centro Empresarial Senado (CES) será, a partir de 2012, referência para escritórios de alto padrão do Rio de Janeiro.
A construção da WTorre possui quatro blocos divididos em dois edifícios que, ao todo, somam 185 mil m2 e pouco mais de 95 mil m2 de área locável, além das mais de 1.700 vagas de estacionamento, divididas em cinco subsolos. O conjunto foi projetado e construído para uso da Petrobras, que deverá ocupá-lo por um período mínimo de 18 anos.
Com projeto do escritório Edo Rocha Espaços Corporativos e implantado em meio a construções remanescentes e tombadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), como casarões coloniais, uma igreja barroca e um edifício público construído no século passado, um dos maiores desafios da WTorre foi investir em sistemas construtivos capazes de imprimir
velocidade à execução da obra e ao mesmo tempo minimizar a geração de entulho, ou quaisquer tipos de resíduos, reduzindo o impacto no entorno.
Segundo o arquiteto Sérgio Ficher, um dos responsáveis pelo projeto, a adoção da estrutura em aço, entre outras vantagens, reduziu significativamente o volume de concreto utilizado na obra. “O emprego de estrutura de concreto seria inviável, devido ao volume de insumo necessário a uma obra com estas dimensões, sem contar o curto prazo para a execução, de 26 a 28 meses”, diz.
g randes dimensões e prazo reduzido L evaram a construtora a adotar estrutura em aço no c entro e mpresaria L s enado, no r io de Janeiro
A solução estrutural emprega pilares mistos de aço e concreto. O engenheiro Jader Daniel Oliveira de Araújo, gerente geral da obra, afirma que, para garantir a estabilização, foram utilizados pilares retangulares com núcleos em aço e concreto de 1,20 m x 0,60 m. Na parte interna das torres também adotaram-se pilares em aço retangulares de 1,50m x 0,75m e circulares com 1,10 m de diâmetro, além de pilares em “T” de até 3,50 m de comprimento. A estabilização efetiva das torres se dá por meio dos núcleos centrais rígidos, em concreto, das caixas de escada e
elevadores, que, ao contrário do modo mais usual, foram executados após o início da montagem da estrutura em aço.
Montagem
Além do projeto, a execução também teve de ser muito bem planejada. Segundo José Carlos Neuenschwander, gerente de montagem da Codeme Engenharia, a montagem das torres aconteceu em tempos diferentes, onde cada uma foi iniciada na medida em que a escavação evoluía e as fundações eram liberadas. “O canteiro de obras era muito restrito, em via de trânsito intenso. Com isso, a viabilidade da obra, do ponto de vista da logística de movimentação, foi garantida pelo uso das estruturas em aço”, afirma. As estruturas foram produzidas em duas fábricas, uma em Betim (MG) e a outra em Taubaté (SP). Na sequência, foram transportadas até um canteiro de apoio em Nova Iguaçu, e de lá partiram para a
> Projeto arquitetônico: Edo Rocha Espaços Corporativos
> Área construída: 185 mil m²
> Aço empregado: ASTM A588 (perfis), ASTM A653 GR40 (steel deck)
> Volume do aço: 9.200 t.
> Projeto estrutural: Codeme Engenharia S.A.
> Fornecimento da estrutura
metálica: Codeme Engenharia S.A.
> Execução da obra: WTorre S.A.
> Local: Rio de Janeiro, RJ
> Data do projeto: 2009
> Conclusão da obra: 2012
Soluções industrializadas facilitaram a execução do complexo de escritórios. Projeto e montagem encontram-se alinhados: nas torres, a velocidade atingida foi de seis pavimentos a cada três semanas
Ricardo Werneck Sidnei Palatnikobra, conforme a programação do dia e horário que seriam içadas nas torres.
Um passo para a revitalização
A localização do Centro Empresarial Senado abrigou, no início do século XIX, uma vila de operários, região que mais tarde concentrou adeptos da boemia carioca até culminar em sua decadência. Foi esta degradação e demolição que abriu espaço para a expansão imobiliária desta parte do Centro do Rio de Janeiro.
O arquiteto Sérgio Ficher lembra que a obra do CES tem gerado outras modificações no entorno, como a revitalização do antigo edifício da Polícia Federal, que está sendo transformado em museu, da fachada da igreja barroca de Santo Antônio dos Pobres, bem como a reforma da galeria de águas pluviais. Outra iniciativa será a criação do piscinão na Rua dos Inválidos, para evitar enchentes naquele local. Os investimentos fazem parte de um acordo entre o incorporador e a Prefeitura do Rio.
O complexo está em processo de certificação pelo Leadership in Energy and Environmental Design® (LEED), concedido pelo USGBG. Para tanto, foi concebido de acordo com os mais modernos padrões tecnológicos e sustentáveis, como programas de eficiência energética, ar-condicionado insuflado no piso e sistema de reaproveitamento de água, entre outros. (n.F.) M
Extensão da casa
O prOjetO cOncebidO pelO escritóriO Rocco, Vidal + Arquitetos difere bastante do que já foi projetado em matéria de arquitetura corporativa. O pedido do cliente era de que fosse impresso ao conjunto de escritórios Módulo Alto de Pinheiros um jeito descontraído e leve, muito mais próximo do que se costuma encontrar em espaços residenciais. Ao contrário das janelas que não abrem e dos ambientes banhados por luz fria e ar-condicionado, a exigência era pelo uso marcante da transparência, integração com o exterior e muito verde, como se a edificação funcionasse como extensão da própria casa de todos que ali permanecessem por longas horas do dia.
Com volumetria predominantemente retilínea, o edifício localizado no tradicional bairro paulistano Alto de Pinheiros harmoniza-se completamente com o entorno. Em vez da criação de uma única torre esbelta e envidraçada, a equipe propôs a construção de três módulos baixos: dois periféricos com dois pavimentos cada, e um central que contempla três andares.
Segundo os arquitetos, as características do projeto e as condições de implantação recomendaram apostar em soluções cons-
trutivas industrializadas. O emprego de estruturas em aço e cobertura metálica termoacústica foi essencial ao sucesso do projeto. Primeiramente, porque permitiu que a montagem fosse finalizada em um prazo de apenas dez meses, ao facilitar o processo logístico do canteiro. “Isso diminuiu o prazo de construção pela metade”, explicam os arquitetos.
Em segundo lugar, a opção por um material caracterizadamente industrial sublinha o efeito inovador e despojado que os arquitetos queriam dar à construção. A estrutura “exposta em vigas e pilares” confere traço contemporâneo ao conjunto. Além disso, a opção estrutural facilitou a composição de espaços internos amplos, nos
Os arquitetos optaram por soluções construtivas industrializadas, como estrutura em aço e cobertura em telhas termoacústicas. Um gradil metálico fixa um conjunto de 30 jardineiras e garante a presença de vegetação no topo da torre
Fotos Daniel Ducciquais os vãos livres em alguns pontos chegam a 12 m. Sem contar que, para completar a intenção de uma linguagem descontraída, boa parte da infraestrutura das instalações permaneceu aparente. O aço também permitiu aos arquitetos ousar na fachada do edifício central para torná-la marcante. Um gradil metálico fixa um conjunto de 30 jardineiras, que permite levar um pouco de verde até o topo da construção.
> Projeto arquitetônico: Luiz Fernando Rocco, Fernando Vidal, Douglas Tolaine, Daniela Cunha, Erico Pacheco e Vinicius Mazzoni; (Rocco,Vidal + Arquitetos); Isabel Duprat (paisagismo)
> Área construída: 1.627 m2
> Aço empregado: ASTM A572 Gr50
> Volume do aço: 45,5 t.
> Projeto estrutural: VMC Projetos Mecânicos e Estruturais
> Fornecimento da estrutura metálica: VMC Projetos Mecânicos e Estruturais
> Execução da obra: Engeform
> Local: São Paulo, SP
> Data do projeto: 2007 a 2008
> Conclusão da obra: 2008
Os beirais e as jardineiras foram adotados para proporcionar conforto térmico ao conjunto. Abaixo, na imagem interna da edificação, vão livre com vigas metálicas aparentes fazem parte da linguagem arquitetônica proposta
Outros elementos
Para garantir conforto térmico e energético aos edifícios, pérgulas e beirais cumprem a função de brises, assim como as jardineiras evitam a entrada de insolação excessiva. No projeto também não faltou ventilação cruzada, graças ao uso de caixilhos basculantes, bem como de boa iluminação frontal e lateral. Uma área de 40 m 2 também foi transformada em praça aberta ao público – programa acrescido de jardins e espaços de convivência que prolongam o clima descompromissado por todo o conjunto. (F.r.) M
Cenpes
um novo paradigma
C entro de pesquisa privilegia o aço e traça novos rumos para a arquitetura
No primeiro semestre de 2011, a Petrobras foi considerada a quarta maior empresa do mundo no setor de energia. Por trás disso estão investimentos em diversas áreas, principalmente em tecnologia e pesquisa, e também em suas próprias instalações.
É o que se percebe quando o assunto é o Centro de Pesquisas e Desenvolvimento da Petrobras II (Cenpes), considerado um novo paradigma da arquitetura contemporânea sustentável.
Inaugurado em outubro de 2010, o prédio, projetado pelo arquiteto Siegbert Zanettini, em coautoria com José Wagner Garcia, privilegia, nas novas instalações, o uso das estruturas em aço. A obra,
na Ilha do Fundão, no Rio de Janeiro, incluiu reforma e ampliação do prédio já existente (o Cenpes I) e transformou os 150 mil m2 da área construída anteriormente em um total de 305 mil m2
Segundo Zanettini, o aço foi escolhido por “garantir a permeabilidade do olhar e transparência; possibilitar simetria e regularidade estrutural; garantir equalização de vãos e dimensões das
Divulgaçãopeças estruturais; além de favorecer a padronização em função do uso”.
A engenheira Heloísa Maringoni, da Companhia de Projetos, empresa responsável pelo cálculo das estruturas do Cenpes, acrescenta à lista de vantagens do material, flexibilidade, custo/benefício, facilidade no transporte, rapidez de montagem e organização dos canteiros de obras.
Em 2004, sem interromper as atividades do Centro, que continuou funcionando nas instalações antigas, e prevendo futuras modificações do espaço em função das pesquisas desenvolvidas e do crescimento da Petrobras, foram adotadas, basicamente, cinco soluções estruturais distintas para o complexo: estrutura dos laboratórios, do prédio central, do centro de convenções, do centro de realidade virtual e dos edifícios de apoio.
Estruturas
Nos laboratórios, localizados no térreo, a estrutura foi padronizada, com vigas mistas em “I” e vãos principais de 10 m x 10 m, com espaçamento secundário a cada 2,5 m, para a adoção de lajes alveolares protendidas, voltadas às instalações técnicas e pipe-racks. Os números impressionam: só de perfis de aço foram consumidas 1.762 toneladas e erguidos, no total, 227 laboratórios, que podem abrigar mais de 3.500 cientistas, que desenvolvem estudos simultâneos em áreas como biotecnologia, meio ambiente, gás e energia, além de demandas do pré-sal, tornando-o o maior centro de pesquisas da América Latina.
Acima, vista do prédio principal, com a geodésica do Centro de Realidade Virtual, à esquerda. Abaixo, área interna em montagem, e, na sequência, vista posterior do complexo
Fotos divulgaçãoAcima dos laboratórios está a estrutura do prédio central, uma espécie de circulação articuladora do edifício. Constituída por cinco blocos, utiliza a mesma modulação principal, de 10 m, e secundária de 2,5 m, que apoiam lajes steel deck. O travamento da estrutura metálica se dá nos blocos de circulação vertical em concreto moldado in loco. O vigamento a cada 2,50 m dispensa qualquer escoramento.
Além da concepção de arquitetura limpa, segura e ecoeficiente do projeto (ver box), conta ainda com uma grande cobertura em estrutura espacial, suportada por pilares tubulares em árvore, e revestida com telhas termoacústicas. A cobertura dos beirais recebeu chapas perfuradas.
Já para o centro de convenções, foi projetada uma estrutura radial com 75 m de diâmetro e cobertura secundária de sombreamento em tensoestrutura em alguns espaços. Tal material fica sobre uma estrutura metálica formada por 11 módulos – composta por arcos tubulares calandrados, dispostos em planos radiais sustentados e articulados nas extremidades de duas maneiras: internamente, por mastro vinculado ao solo e aos próprios arcos, e externamente, por duas escoras tubulares inclinadas.
O Centro De Realidade Virtual é lembrado como a parte mais
inusitada, desafiadora e complexa do projeto. “Por ter forma geodésica elíptica, esta estrutura exigiu uma grande variedade nas angulações de nós e comprimento de barras. Precisou ser desenvolvido um sistema especial de equalização de custos para barras e nós, e para isso foi desenvolvido um sistema original, mas muito próximo de algo ancestral: as cestarias”, explica Heloísa, da Companhia de Projetos. A geodésica elíptica construída tem dimensões de 35 m x 20 m x 14 m, formadas por 960 triângulos, 1.623 barras e 477 nós, o que consumiu 345 toneladas de aço.
As coberturas, em sheds, colaboram para a iluminação e ventilação naturais dos ambientes. Um dado que dá a medida do gigantismo do conjunto é que o projeto contou com 50 mil m2 de
> Projeto arquitetônico: siegbert Zanettini (Zanettini – Arquitetura, planejamento e Consultoria); José Wagner Garcia (coautor)
> Área construída: 305 mil m²
> Aço empregado: AsTM A572
> Volume de aço: 6.800 t.
> Projeto estrutural: Heloísa Maringoni (Companhia de projetos Ltda.)
> Fornecedor da estrutura metálica: não informado
> Execução da obra: Consórcio Cenpes (Construtora OAs Ltda., Construbase engenharia Ltda., Carioca Christiani-nielsen engenharia s.A., schahin engenharia s.A. e Construcap –CCps engenharia e Comércio s.A.)
> Local: Rio de Janeiro, RJ
> Data do projeto: 2004
> Conclusão da obra: 2010
lajes steel deck e 48 mil m2 de telhas e coberturas metálicas, que correspondem ao tamanho de seis campos de futebol e uma dimensão suficiente para cobrir o Estádio do Maracanã, no Rio, respectivamente.
Outro desafio da parte estrutural, foi lidar com o clima e salinidade do local. Devido a estes fatores, houve uma preocupação maior com a proteção da estrutura metálica, o que exigiu soluções complementares, como revestimento externo em fibra de vidro e resina pigmentada. Além disso, o material recebeu proteção contra corrosão e fogo. (C.E.) M
EcoEficiência E sustEntabilidadE
O projeto de ampliação do Cenpes ganhou o prêmio Green Building Brasil na categoria Obra pública sustentável, em 26 de outubro deste ano. “esta premiação reconhece a política da petrobras em atuar de forma sustentável, sempre preocupada com as questões ambientais em todas as esferas de atuação”, afirmou, em nota à imprensa, o gerente geral da petrobras, José Alfredo Thomaz. segundo informações da Zanettini – Arquitetura, planejamento e Consultoria, os sistemas construtivos estruturais estão aliados à arquitetura, urbanização, sistemas de conforto ambiental e eficiência energética, sistemas prediais de utilidades e de recomposição dos ecossistemas naturais para garantir o “equilíbrio e a harmonia arquitetônica, decorrentes do dimensionamento adequado de cada espaço”.
Além disso, a empresa ressalta que o projeto é resultante de uma “nova prática profissional multidisciplinar integrada”. no total, a obra envolveu 30 especialidades, entre arquitetura, estrutura, instalações, ecoeficiência, paisagismo, planejamento e organização. De acordo com informações divulgadas pela petrobras, durante a execução da obra foram gerados cerca de seis mil empregos diretos e 15 mil empregos indiretos.
Vista geral do piso de ligação entre os blocos de laboratórios, com a estrutura diferenciada de cobertura
DivulgaçãoConstrução verde
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F órum V E rd E o prim E iro c E rti F icado l EE d d E b rasília
Se 1960 é um marco para a arquitetura braSileira devido à inauguração de Brasília – projetada pelo urbanista Lúcio Costa e com obras assinadas por Oscar Niemeyer –, 2011 coloca novamente a Capital Federal em destaque no cenário arquitetônico. Em abril deste ano, foi inaugurado na cidade o Fórum do Meio Ambiente e da Fazenda Pública do Distrito Federal, o primeiro prédio do Centro-Oeste a seguir critérios internacionais de construções sustentáveis para a obtenção da certificação Leadership in Energy and Environmental Design® (LEED), do Green Building Council (USGBC).
O projeto foi elaborado pela Zanettini Arquitetura, em coautoria com a arquiteta Sandra Henriques, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), seguindo normas estabelecidas pelo plano urbanístico local. A obra durou cerca de dois anos e a estrutura, toda em aço ASTM A572, foi um dos fatores determinantes para a obtenção do selo LEED.
Ao avaliar o emprego do aço no projeto, o engenheiro André Sosti Perini, da Caenge, empresa responsável pela execução da obra, diz que o material trouxe dinamismo à construção, redução no tempo de obra, bem como na geração de resíduos, e na limpeza do canteiro, além de ter facilitado o transporte dos materiais e minimizado o uso de formas e escoramentos. Segundo ele, para uma construção sustentável, estes fatores são relevantes, ainda mais se relacionados aos processos de certificação.
O Fórum Verde, como vem sendo chamado, tem 6.282 m2 de área construída, divididos em cinco pavimentos para abrigar oito varas de Fazenda Pública, além da Vara do Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Fundiário do Distrito Federal. A estrutura em aço aparente foi desenvolvida em uma malha de 1,25 m x 1,25 m, além de contemplar o uso de lajes steel deck
Para ampliar ainda mais o conforto térmico na edificação, de acordo com a Zanettini Arquitetura, a 80 cm da fachada, foram instaladas telas de sombreamento em aço inoxidável. Tais telas foram voltadas para as faces de sol nascente e poente, integradas aos jardins horizontais. Somadas aos terraços e cobertura verdes, lajes ajardinadas na garagem e jardins térreos “cumprem o papel de amenizar o calor
Para ampliar ainda mais o conforto térmico na edificação, a 80 cm da fachada foram instaladas telas de sombreamento em aço inoxidável
e criar o microclima ideal, além de humanizar os ambientes de trabalho”, destaca a equipe do escritório.
Na cobertura, simultaneamente ao sistema ajardinado, foram utilizadas lajes impermeabilizadas e telhas metálicas zipadas simples, com 1 mm de espessura.
Equipe multidisciplinar
A obra foi realizada em nove etapas, segundo o engenheiro da Caenge: preparação do terreno; instalações provisórias; movimento de terra; execução das fundações; execução das estruturas: pilares e vigas metálicas e de concreto para as caixas dos elevadores e das escadas; execução das lajes steel deck, seguida de concretagem; execução dos projetos complementares (elétrico, hidráulico etc.); vedações (divisórias, envoltória, vidros); revestimentos e acessórios.
Já na primeira etapa, os critérios de sustentabilidade prevaleceram. A locação do edifício no terreno – com área de 1.980 m2 no Lote M do Setor de Administração Municipal – e a implantação longitudinal no eixo noroeste-sudeste, com circulação horizontal, privilegiaram a presença da natureza e a integração com a paisagem do entorno, formada por vegetação nativa. Tais soluções projetuais garantiram a entrada de iluminação e ventilação cruzadas em todos os ambientes do edifício.
O trabalho multidisciplinar também foi fundamental à construção, devido às exigências do projeto. “Uma obra que busca a certificação ambiental LEED deve incorporar mudanças de comportamento das equipes envolvidas no trabalho, sejam próprias ou empreitadas”, afirma o engenheiro Perini. Ainda de acordo com o profissional, para a obra do Fórum Verde foi fundamental um
processo educacional de conscientização e capacitação contínua de todos os envolvidos. “A participação de diversos profissionais no processo facilita a tomada de decisão e a adequação do projeto, evitando-se problemas futuros, além de proporcionar redução no tempo de obra”, completa.
O projeto também incluiu a adoção de sistemas que garantem eficiência energética, economia e reuso de água, madeira de reflorestamento, tintas, mantas e colas que obedecem às normas técnicas restritivas quanto à liberação de Compostos Orgânicos Voláteis (COV’s), entre outros itens. (c.e.) M
> Projeto arquitetônico: Zanettini Arquitetura e Sandra Henriques, TJDFT
> Área construída: 6.282 m²
> Aço empregado: ASTM A572
> Volume do aço: 384 t.
> Projeto estrutural: Meirelles Carvalho Engenharia e Projetos S/C Ltda.
> Fornecimento da estrutura metálica: CPC Estruturas
> Fornecimento de steel deck: Perfilor
> Execução da obra: Caenge S.A. – Construção, Administração e Engenharia
> Local: Brasília, DF
> Data do projeto: 2008
> Conclusão da obra: 2011
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A solução está nas bases
Formada em engenharia civil pela Faculdade de Engenharia de São José dos Campos e bacharel em matemática, Heloísa Maringoni é sócia-fundadora da Companhia de Projetos, além de docente de arquitetura desde 2004. No contato com os alunos, diz reciclar seus conhecimentos e energia profissional. Sua aproximação com o aço começou há 30 anos, quando recém-formada foi contratada por um fabricante de estruturas metálicas, passando por todas as etapas, desde o desenho, o cálculo estrutural, a fabricação e a montagem das estruturas. Em sua opinião, a linguagem do projeto é a estrutura, enquanto a escolha do tipo de material é uma consequência, por isso a importância de se conhecer as propriedades de todos, seja o aço, a madeira ou o concreto. Sabedoria que procura aplicar durante as aulas de arquitetura, na Escola da Cidade. Vencedora do 9º prêmio Talento Engenharia Estrutural, com o edifício Cenpes II, nesta entrevista, Heloísa destaca os benefícios do aço e os paradigmas estabelecidos pelo mercado da construção.
AA – Como a senhora avalia o atual estágio da construção em aço no Brasil?
HM – Nossa luta é melhorar a interface entre este mercado e a arquitetura. O problema é que, por anos, convencionou-se relacionar o uso do aço aos projetos industriais. O objetivo é indicar cada vez mais o seu uso em obras em que há participação efetiva do arquiteto, como as de edificações residenciais e corporativas. Num primeiro momento, aqui no Brasil, um dos fatores de maior tabu foi o custo. Para se ter idéia, há 15 anos, a estrutura metálica era cerca de 30% mais cara. Atualmente, deve oscilar entre 15% e 20%. Porém, se analisarmos os custos gerais, a parcela que se refere à estrutura será da ordem de 20% a 25% do valor total da obra. Tomando-se os maiores porcentuais, estaremos falando de 5% de acréscimo no custo final, valor muito pequeno.
AA – Em projetos corporativos tem sido cada vez mais comum o uso misto (aço e concreto). Que avaliação a senhora faz deste tipo de solução?
HM – Eu gosto bastante. Aliás, a tendência é usarmos os dois sistemas. Daí você tira o melhor partido que cada um pode oferecer ao projeto. A verdade é que, em primeiro lugar, é preciso analisar o que se espera de cada obra. O profissional tem de avaliar quando usar o concreto ou aço, ou os dois. Para isso, é preciso conhecer muito bem as propriedades dos materiais, pois assim terá confiança e condições de escolher o mais apropriado. Mas acredito que essa crítica somente será possível com a preparação das bases do conhe-
cimento, isto é, dos alunos nas escolas de arquitetura e engenharia. Afinal, é natural termos receio ou insegurança de algo que não dominamos.
AA – Por isso, então, ainda são raros os engenheiros de cálculo estrutural especializados em aço?
HM – Sim. Acontece que o ensino no Brasil sempre esteve atrelado à Escola Paulista de Arquitetura. Não estou criticando o movimento modernista, foi bárbaro, mas o momento é outro. Embora na grade curricular das faculdades sempre tenha constado o ensino de estruturas metálicas, muitos professores acabaram reduzindo o número de aulas devido à demanda maior pelo concreto. Mas a realidade tem sido outra, e a tendência é mudar cada vez mais. Digo que hoje é fundamental que o conhecimento seja levado, primeiramente, ao professor de arquitetura, pois as escolas de engenharia, em geral, proporcionam um embasamento maior para se projetar qualquer tipo de construção, a partir de materiais variados. Basta que o docente direcione o ensino, como tenho feito com meus alunos. Leciono cálculo estrutural, o material depende do tipo de projeto calculado naquele momento.
AA – Quais são os pontos principais do projeto estrutural em aço?
HM – O sistema é um verdadeiro “Lego”. O primeiro passo é entender como dimensionar cada elemento isoladamente, porém, é necessário ter uma visão muito clara do funcionamento desse elemento no conjunto. O pensar em aço é diferente. As intenções devem ser muito claras. O material tem sua própria linguagem, que, geralmente, vem pronta, industrializada. Você pode querer coisas prêt-à-porter, ou sob medida.
AA – Quantas obras a senhora já projetou com estrutura metálica? Quais as principais?
HM – Ao longo dos 30 anos de carreira, já projetei cerca de 380 obras com o uso do sistema estrutural metálico. Entre as quais, a torre da emissora Bandeirantes; o Terminal Rodoviário de Goiânia; as ampliações do Shopping Iguatemi; a sede da Natura, em Cajamar – uma das mais significativas; a reforma do Banco Santander, em Porto Alegre; a Casa de Cultura de Israel; o Cenpes II; o Hotel Hilton Morumbi; entre outras.
AA – Quais os principais critérios que levaram à escolha do aço?
HM – Em alguns, como por exemplo o do prédio do Hilton, tínhamos um problema sério que era resolver a altura das vigas de transição. Se a construção fosse executada em concreto, teria uma altura maior, que inviabilizaria o projeto. Em outras obras, necessitávamos da diminuição dos resíduos gerados em canteiro, devido ao perfil sustentável do projeto, como o Cenpes II; em outras, tínhamos todos estes fatores aliados ao prazo reduzido, e por aí vai.
AA – Aos longos dos anos, em um país como o Brasil, com tanta tradição em concreto, houve uma evolução no "pensar arquitetônico" a partir do uso do aço?
HM – Com certeza. E isso teve início com a globalização, sobretudo com o advento da internet. Hoje é possível viajar o mundo e pesquisar obras fantásticas em aço. Os profissionais começam a se espelhar nisso para fazer algo semelhante.
AA – A cadeia produtiva da construção civil brasileira ainda é artesanal e de baixa tecnologia. A maior aplicação da lógica construtiva do aço pode elevar o nível do setor?
HM – Sim. A maioria das construtoras é familiarizada com o concreto e acabam resistindo ao aço. Além disso, existe o agravante cultural, “o tal do improviso no canteiro”. O aço, felizmente ou infelizmente, não permite isso. Já perdi concorrência técnica, que, do ponto de vista financeiro, era até mais viável a aplicação de estrutura em aço, mas por falta de conhecimento e domínio na aplicação do aço, a empresa preferiu não optar pelo material. Se o arquiteto não se posicionar, de fato, não consegue adotar o sistema.
AA – Quais são os erros mais graves a partir de uma interface malfeita entre o aço e os outros sistemas?
HM – As conexões, ou seja, os detalhes de ligação entre um e outro. A estrutura metálica é composta de elementos mais leves, logo, quanto mais articulada for a ligação, mais barato sai o projeto. Portanto, é indispensável a precisão entre os dois materiais (aço e concreto). Esta exatidão, por vezes, será conseguida se houver integração entre as equipes de calculistas ou entre o calculista e a empreiteira. Por isso a importância da contratação do projeto estrutural em aço desde o início da obra.
AA – Quer dizer que a opção pelo emprego de estruturas metálicas requer algumas modificações nos parâmetros projetuais e até mudança de conceitos?
HM – Em minha opinião, deve acontecer uma mudança nos parâmetros projetuais e também de execução. Por isso, é imprescindível que o arquiteto esteja familiarizado com tudo. Ele será responsável pelo intercâmbio com o cliente, e deverá orientá-lo sobre os sistemas. Já na parte de cálculo, também deve haver conhecimento pleno do engenheiro para definir adequadamente o material, conforme as necessidades do projeto. Outro conceito equivocado se refere à manutenção das edificações. Algumas pessoas imaginam que o concreto requer menos reparos, o que não é verdade. Seja aço ou concreto, ambos necessitam de manutenção ao longo dos anos. O mesmo se aplica quando o assunto é incêndio, o concreto também não resiste a altas temperaturas, requer tratamento especial tanto quanto o aço. (n.F.) M
Livre de pilares
A estruturA metálicA dA fAchAdA se diferencia do concreto predominante nas edificações modernistas de Brasília (DF). Esta, porém, não foi a única ousadia do escritório de arquitetura Pedro Paulo de Melo Saraiva para o projeto da sede do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea). Atendendo a todas as restrições da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) em termos de recuos e gabaritos, os profissionais investiram na composição do aço com o concreto como forma de conferir leveza, fluidez e flexibilidade ao projeto do edifício.
“Considerávamos essencial desenvolver um projeto em que a inovação tecnológica e a flexibilidade fossem fatores fundamentais, tanto do ponto de vista do desempenho, quanto dos quesitos atuais de sustentabilidade, conforto termoacústico e economia de escala”, explica o arquiteto Pedro de Melo Saraiva, um dos responsáveis pelo projeto.
O edifício é composto por térreo, quatro pavimentos-tipo, cobertura e três subsolos para estacionamento. A fachada é revestida por um sistema de proteção solar formado por painéis de membrana
têxtil perfurada, estruturados em caixilhos de perfis metálicos, afastados 4 m da fachada de vidro. Esta estrutura propicia um espaço vazio de circulação de ar que diminui o calor e o consumo de ar-condicionado e energia no edifício. Além disso, segundo o arquiteto, a membrana têxtil foi uma opção ao brise soleil, pois oferece proteção ao mesmo tempo em que proporciona maior integração visual entre os ambientes externo e interno do prédio.
A estrutura central do edifício é formada por perfis metálicos, vigas “I” de 15 m de comprimento e 63 cm de altura, apoiados em uma estrutura de concreto em forma de “T”, com balanços de
> Projeto arquitetônico: Pedro Paulo de Melo Saraiva Arquitetos Associados
> Área construída: 10.460 m²
> Aço empregado: ASTM A572 GR 50
> Volume do aço: 151,32 t.
> Projeto estrutural: Kurkdjian & Fruchtengarten Engenheiros
Associados
> Fornecimento da estrutura
metálica: Badaruco
> Execução da obra: Kremer Engenharia
> Local: Brasília, DF
> Data do projeto: 2007-2008
> Conclusão da obra: 2010
3,75 m em cada lado. O carregamento do vão central é compensado pelo atirantamento das extremidades externas destes balanços. O arquiteto explica, ainda, que os tirantes de todos os pavimentos são ancorados nas paredes laterais de fundação, responsável também pelo sistema de contenção lateral dos subsolos.
São dez tirantes que partem do térreo, sustentando cada um dos pisos com um par de cabos. Esta estrutura se repete a cada 3,75 m. “A combinação estrutural mista entre aço e concreto procura extrair engenhosamente de cada material sua melhor propriedade: no caso do aço, a tração e a flexão”, explica Pedro de Melo Saraiva.
Sem obstáculos
Os arquitetos consideraram essencial para os quatro pisos de uso administrativo que estes fossem livres de pilares internos, e que pudessem receber qualquer configuração dos ambientes.
“O uso do aço foi ‘salutar’ para a obtenção do vão livre e fundamental flexibilidade de organização da planta dos pavimentos”, afirma o arquiteto Saraiva. “Outra vantagem é que essa flexi-
A fachada é revestida por um sistema de proteção solar formado por painéis de membrana têxtil perfurada, estruturados em caixilhos. O partido foi executado com estrutura
bilidade aumenta a vida útil do edifício, que pode receber grandes mudanças de uso no decorrer dos anos.” Para se ter ideia, a partir do sistema misto, os profissionais executaram um vão livre de 22,5 m. No pavimento de cobertura estão o refeitório, a copa, a cozinha e um espaço de lazer para os funcionários com ampla área livre e jardim. Uma cobertura formada por sistema de arcos triarticulados com perfis de 63 cm coroa o prédio com uma estrutura diferenciada para um ambiente de convívio e descontração.
Também foi importante garantir a integração do prédio com o espaço urbano e com a antiga sede do Confea, que se tornará o Centro Cultural da entidade. Para isso, o térreo recebeu pilotis com galerias amplas em seu entorno e um projeto paisagístico que previu na pequena praça um espelho d’água para amenizar o clima seco da Capital Federal. Os três andares de estacionamento têm acesso por vias de mão única com inclinação de meio pé-direito. Tal medida confere maior segurança e integração visual ao espaço, que conta com 122 vagas. (e c.) M
A torre mais inclinada do mundo
O peso total de aço utilizado na torre é de cerca de 21.500 toneladas. Ao lado, detalhe do splash (grelha de aço inoxidável) que imita o movimento das ondas e serve como um dispositivo de sombreamento. Cerca de 12.500 placas de vidro fazem o fechamento da torre
Quatro vezes mais inclinada que a Torre de Pisa, na Itália, a Gate Capital, erguida em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, é uma construção que à primeira vista parece surreal. Decididamente ousado, o projeto assinado pelo escritório RMJM Arquitetos, de Nova York, busca se destacar na paisagem urbana, cuja principal característica é o arrojo de boa parte das edificações da região.
Esta ousadia resultou em sua inclusão no livro Guinness como a mais inclinada do mundo, com uma inclinação de 18 graus em direção oeste. Quando indagados sobre a falta de simetria do partido, os arquitetos dizem que um dos objetivos era justamente este, fato que tornou o projeto ainda mais desafiador. Em pleno funcionamento, abriga o hotel Hyatt Capital Gate, além de 20 mil m2 para escritórios. Ao todo, são 35 andares, distribuídos entre os generosos 160 m de altura.
Superestrutura
Para dar origem a esta complexa configuração e sustentar os 53 mil m2 de construção, foi necessário criar um esqueleto em aço, do tipo diagrid, de diagonal grid, ou grelha em diagonais. De acordo com os arquitetos, esta solução é utilizada em diversas edificações de grande porte, pois exige uma quantidade menor de aço estrutural. A opção se deu também em razão do sistema estrutural adotado formar uma espécie de átrio cônico, na parte interna do edifício, recurso que facilita a entrada de iluminação natural em todo o prédio.
Devido às características peculiares da torre, para que a construção suportasse as grandes cargas de vento e as pressões sísmicas empregou-se, na etapa da fundação, 490 estacas de aço cravadas a 30 m de profundidade.
Uso misto
Com 35 andares, a torre tem dois tipos de ocupação. do 2º ao 16º andares, foram instalados escritórios; já do 18º em diante, os pisos foram projetados para o hotel Hyatt Capital Gate. o primeiro piso e o 17º são plant rooms, ou pisos técnicos, salas utilizadas para abrigar máquinas de grande porte, como equipamentos de ar-condicionado.
Ao todo foram utilizadas 13.200 toneladas de aço estrutural, sendo 7 mil toneladas nos sistemas de diagonais. Nestas estruturas, foram adotados perfis tubulares com 600 mm x 400 mm de diâmetro, na parte externa, e com 457 mm de diâmetro, na parte interna.
A inclinação do conjunto só foi possível devido à posição do núcleo rígido, deslocada para fora do centro.
Ecoeficiência
Outro elemento de destaque, principalmente em relação ao desempenho térmico da edificação, foi o uso de vidros duplos, empregados em toda a fachada: 12.500 placas de vidro foram instaladas em ângulos diferentes, devido ao perfil curvo da torre, e com proteção capaz de filtrar a radiação solar. Outro recurso foi a aplicação, também na fachada, de uma sobrecobertura de aço inoxidável, denominada pelos arquitetos de "splash". “Ele funciona como um dispositivo de sombreamento e elimina mais de 30% do calor do sol antes que chegue à torre, diminuindo, portanto, o uso de refrigeração no interior do edifício”, explicam os arquitetos.
A concepção do Gate Capital exigiu esforços extras de toda a equipe, e somente a montagem das estruturas em aço demandou o trabalho de 240 funcionários por um período de 14 meses. As obras tiveram início em setembro de 2009 e o prédio foi entregue no final de 2010. (N.F.) M
Fotos Capital GateNova sede do TRT Bahia
De autoria do arquiteto João Filgueiras Lima (Lelé), a nova sede do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região da Bahia (TRT-BA), com 122 mil m², tem planta circular e núcleos de apoio restritos às áreas de circulação vertical. Trata-se de um complexo formado por oito edificações que estão sendo implantadas em um terreno densamente arborizado e com topografia em forma de vale. Devido a tais características, o arquiteto
idealizou um partido arquitetônico de baixo impacto no terreno. Os edifícios são interligados por um caminho suspenso (a 30 m do solo), na forma de passarelas fechadas e envidraçadas que totalizam 200 m de vias lineares. Em favor da sustentabilidade da obra, entre outras soluções, adotou-se o sistema industrializado, com estruturas em aço. No mesmo sentido, a passarela foi projetada com número reduzido de pilares, em comprimentos variáveis de acordo com a topografia local. A maior intervenção será nas bordas do lote, onde um corte escalonado de 13 m de altura permitirá a execução de quatro pavimentos de garagem e estacionamento descoberto. O período de execução da obra é de 30 meses.
Localizada no Itaim Bibi, a torre de 26.000 m² com 26 andares, pertencente ao Wtorre Plaza, foi estruturada em aço. Os pilares são mistos em aço-concreto, as vigas em aço e as lajes em steel deck A montagem da estrutura ocorreu em 90 dias, com montagem de dois andares a cada 11 dias. O vão principal dos andares de escritórios é de 18 m, o que facilita e favorece o aproveitamento máximo da área útil de escritórios, forte argumento para a locação. Além do uso de estrutura metálica, reúne outras características baseadas nos princípios de sustentabilidade, como eficiência energética, reaproveitamento de águas pluviais, entre outras. A obra encontra-se em processo de certificação Leadership in Energy and Environmental Design® (LEED). Em fase final de construção, tem entrega prevista para dezembro de 2011.
Endereços
> Escritórios d E Arquit E tur A Edo Rocha Espaços Corporativos
End.: Av. das Nações Unidas, nº 11.857, 8º andar, São Paulo (SP)
Tel.: (11) 5505-1255 www.edorocha.com.br
Grupo SP
End.: Praça da República, nº 76, cj. 901, São Paulo (SP)
Tel.: (11) 3068-0112
E-mail: contato@gruposp. arq.br www.gruposp.arq.br
Pedro Paulo de Melo Saraiva Arquitetos Associados
End.: Rua Bela Cintra, nº 299, cj. 41, São Paulo (SP)
Tel.: (11) 3259-4240
E-mail: ppms@ppms.com.br www.ppms.com.br
República Arquitetura
End.: Praça da República, nº 776, cj. 901, São Paulo (SP)
Tel.: (11) 3129-3996
E-mail: luciano@republica. arq.br
www.republica.arq.br
RMJM Arquitetos www.rmjm.com
Rocco, Vidal + Arquitetos
End.: Rua Eugênio de Medeiros, nº 639, 1º andar, São Paulo (SP)
Tel.: (11) 3817-6963 www.roccovidal.com.br
Zanettini – Arquitetura, Planejamento Consultoria Ltda.
End.: Rua Chilon, nº 310, São Paulo (SP)
Tel.: (11) 3849-0394
E-mail: zanettini@zanettini. com.br
www.zanettini.com.br
> P roJE to E strutur AL Codeme Engenharia S.A.
End.: Av. Roberto Bertoletti, nº 851 A, Distrito Industrial, Vale do Piracangagua, Taubaté (SP)
Tel.: (12) 2123-9700
E-mail: codeme@codeme. com.br www.codeme.com.br
Companhia de Projetos Ltda.
End.: Rua Mourato Coelho, nº 69, loja 6, São Paulo (SP)
Tel.: (11) 3061-2603
Kurkdjian e Fruchtengarten Eng. Associados S.S. Ltda.
End.: Rua George Eastman, nº 160, 6º andar, São Paulo (SP)
Tel.: (11) 3759-1394
Meirelles Carvalho Engenharia e Projetos S/C Ltda.
End.: Av. Brigadeiro Faria
Lima, nº 1.478, cj.715, São Paulo (SP)
Tel.: (11) 3031-6021
VMC Projetos Mecânicos e Estruturais
End.: Rua São Benedito, nº 1.890, São Paulo (SP)
Tel.: (11) 5681-6762
> s ist E m A s d E F E ch A m E nto L At E r AL , c ob E rtur A s E stEEL dEck
Bemo do Brasil
End.: Av. Prestes Maia, nº 539, São Paulo (SP)
Tel.: (11) 4053-2366
www.bemo.com.br
Perfilor
End.: Rua Alfredo Mário Pizzotti, nº 97, São Paulo (SP)
Tel.: (11) 3065-3400
E-mail: perfilor@perfilor. com.br
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> E strutur A m E tÁL icA Badaruco
End.: Setor de Indústria Taguatinga Norte – QI 06 Lotes 41/42, Brasília (DF)
Tel.: (61) 3355-1078
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Codeme Engenharia S.A
End.: Av. Roberto
Bertoletti, 851 A - Distrito Industrial Vale do Piracangagua,Taubaté (SP)
Tel.: (12) 2123-9700
E-mail: codeme@codeme. com.br
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> construtor A s Caenge S.A.
End.: SIA Trecho 03, lote 1.893, Brasília (DF)
Tel.: (61) 3410-0000
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Carioca Christiani-Nielsen
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Tel.: (21) 3891-2200
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Construcap – CCPS
Engenharia e Comércio S.A.
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Engeform
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