ARQUITETURA AÇO ARQUITETURA AÇO &
Uma publicação do Centro Brasileiro da Construção em Aço número 17 março de 2009 Uma publicação do Centro Brasileiro da Construção em Aço número 17 março de 2009
Uma publicação do Centro Brasileiro da Construção em Aço número 17 março de 2009 Uma publicação do Centro Brasileiro da Construção em Aço número 17 março de 2009
LOCAL DE APRENDIZADO E DE TROCA DE IDEIAS, escolas e universidades são carregadas de valores socioculturais, e dão novos significados às comunidades em que estão inseridas. E, assim como as instituições que abrigam, também a arquitetura destes espaços deve se pautar pela criatividade e diálogo com o contexto, fugindo dos modelos padronizados.
Em consonância com estes princípios, trouxemos, nesta edição, exemplos de arquitetura escolar que investem nas estruturas em aço para compor projetos mais leves e comprometidos com a estética. As edificações que aqui apresentamos foram todas construídas com agilidade e, mais importante, se moldaram às diferentes necessidades de seus ocupantes.
Situadas em regiões menos favorecidas economicamente, as Escolas Estaduais Jardim Angélica, em São Paulo, e Jardim Aureny III, no Tocantins, são importantes referências arquitetônicas locais. As estruturas metálicas ajudaram a criar projetos que funcionam como espaço de ensino e interação comunitária.
Já os projetos da Unicsul e Universidade Anhembi Morumbi, na capital paulista, e da Unimep, no interior do Estado de São Paulo, também se apoiam no aço para criar espaços adequados aos cursos que abrigam, e adaptáveis a diferentes tipos de uso. Nos três casos, o aço possibilitou erguer, em pouco tempo, obras que se destacam na paisagem. Em Minas Gerais, o campus Lagoa do Piau, com apelo ambientalmente correto, faz bela mescla de aço com madeira de reflorestamento.
Mas não é só nas estruturas que o aço faz a diferença. Em uma reportagem especial, mostramos como alguns elementos metálicos – brises, escadas, coberturas etc. – podem modificar e dar mais leveza a um projeto. E, trazemos também uma intervenção bem-sucedida na Escola Estadual Barão de Monte Santo, em Mococa (SP). Construída no início do século XX e restaurada quase 80 anos depois, a escola tem no passado e no presente o aço como um elemento construtivo essencial. Boa leitura!
ENDEREÇOS
04. Bela combinação de aço e madeira no Campus Lagoa do Piau, no interior de Minas Gerais. 08.
Estruturas em aço agilizaram a construção dos edifícios da Universidade Anhembi Morumbi na Vila Olímpia, em São Paulo. 12. Anexo I da Unicsul, no Jardim Anália Franco, aposta nas estruturas em aço. 16. Em Lins, aço ajuda a enfrentar o calor em um dos blocos da Unimep. 18. Coberturas, brises e outros elementos em aço dão toque especial a projetos em São Paulo. 24. No Tocantins, Escola Estadual Jardim Aureny III, com estruturas metálicas, tem projeto funcional e fácil de ser reproduzido. 26. Restauração da Escola Barão de Monte Santo, no interior de São Paulo, contou com um aliado fundamental: o aço. 28. Em Guarulhos, estruturas em aço dão leveza à Escola Estadual Jardim Angélica III.
EM MINAS GERAIS, NO CAMPUS LAGOA DO PIAU, ESTRUTURAS EM AÇO FAZEM BELA
COMPOSIÇÃO COM MADEIRA DE REFLORESTAMENTO E DÃO TOQUE ESPECIAL A UM PROJETO
QUE PRIMA PELO RESPEITO AO MEIO AMBIENTE
EM CARATINGA, no interior de Minas Gerais, o Campus Lagoa do Piau é um bom exemplo de harmonia entre arquitetura e sustentabilidade ambiental. Integrante do Instituto Doctum, das Faculdades Integradas de Caratinga, o projeto do arquiteto Sylvio de Podestá para o campus aposta em materiais ambientalmente corretos. E, por isso, o aço, matéria-prima que pode ser facilmente montada, desmontada e reciclada, foi fartamente utili-
zado, ao lado da madeira de eucalipto vinda das áreas de reflorestamento existentes na região.
“No Campus Ecotecnológico do Piau o aço é um velho conhecido – há anos a região é um polo de siderurgia. Por isso, a mão-de-obra local é treinada para
Esboço do projeto de Sylvio de Podestá, acima, e, à direita, vista aérea da Lagoa do Piau, localizada em área de proteção ambiental e vizinha ao Parque Estadual do Rio Doce. Nas fotos abaixo, detalhe da implantação do steel deck, à esquerda, e vista frontal do prédio com destaque para a cobertura metálica
este tipo de montagem e boa parte dos componentes existem na região”, afirma Podestá. O metal está presente em toda a estrutura principal da obra e também nas secundárias – telhados e sheds, guarda-corpos e passarelas. Nas telhas, ora o material é empregado com mantas térmicas, no corpo principal do prédio ou do tipo sanduíche, na cobertura dos pátios.
O sistema do projeto é basicamente ortogonal e modular. Sua principal característica é ser uma construção suspensa – algo como uma palafita – que libera o terreno para recuperação ambiental, circulação livre de pequenos animais, instalação e manutenção da
infra-estrutura hidrossanitária, elétrica, lógica etc., bem como para uma futura ampliação. O sistema tem também função bioclimática, pois permite, em uma região que tem médias muito altas de temperatura, a circulação dos ventos que vêm da lagoa - sul/sudeste.
Para Podestá, os sistemas industrializados são mais eficientes do que uma obra convencional. “Esta é uma das maiores qualidades dos processos industrializados. No nosso caso, optamos ainda por um sistema onde a montagem eliminava qualquer tipo de máquina, como grandes guindastes ou tratores”, afirma.
“Portanto, tanto os perfis quanto os painéis celulares e os steel decks foram praticamente montados manualmente. O deslocamento de grandes máquinas seria possível, mas muito oneroso para uma obra deste porte”, conta.
O resultado final é um projeto que prima pela leveza do prédio sobre sua palafita, com um belo contraste entre metal e os troncos roliços de eucalipto, além de algumas cores, que “esquentam” o ambiente. Somadas à exuberância natural do lugar, estas
características asseguram o aconchego esperado em um projeto desse tipo.
“Como é ainda o primeiro estágio de um campus sem data de conclusão prevista, esta mistura de materiais e sua postura junto ao ambiente local dão o tom às futuras construções ordenadas pelo plano diretor inicial”, conta o arquiteto. (D.P.) M
Na foto maior, se destaca o prédio elevado do terreno, assim idealizado para liberá-lo para a recuperação ambiental. Acima, à direita, detalhe da implantação. Ao lado, projetos dos futuros laboratórios
> Projeto arquitetônico: Sylvio Emrich de Podestá
> Colaboradores: Gian Paolo Lorenzetti, Pedro Aragão de Podestá e Marcos Franchini (estagiário)
> Área construída: 1.575 m²
> Aço empregado: ASTM A572
> Projeto estrutural: Techneaço Engenharia Ltda.
> Fornecimento e montagem da estrutura metálica: Techneaço
Elevação pátio laboratórios (a construir)
Engenharia Ltda.
> Execução da obra: Plante Engenharia Ltda.
> Local: Caratinga, MG
> Data do projeto: 2005/2006
> Conclusão da obra: 2005/2006
Elevação laboratórios (a construir)
À direita, entrada principal do campus Vila Olímpia da Universidade Anhembi Morumbi: projeto de Francisco Petracco usa o aço pa ra dar movimento à fachada. Acima, as colunas metálicas ficam à vista nos fundos do edifício 6. Na página ao lado, da esquerda para a direita: vista aérea do edifício 5; as pontes que ligam o edifício 5 ao 6, e vão interno do edifício 5, que possui a estrutura aparente e uma clarabóia em sua cobertura
AO SER CREDENCIADA como universidade em 1997, a Faculdade Anhembi Morumbi, de São Paulo, investiu em estrutura predial para atender aos anseios acadêmicos. Assim, surgiram os campi do Morumbi, sede do Centro de Design e Moda, e o do Vale do Anhangabaú. Sete anos depois, a universidade decidiu reformular o campus Vila Olímpia. O primeiro edifício teve a sua construção concluída em 2001 e tem um arrojado projeto do arquiteto
Francisco Petracco, cuja imponente fachada em aço patinável, com viga treliçada de 33 m de vão, e a estrutura metálica bem marcada enfatizam a permeabilidade arquitetônica que dá as boas-vindas aos alunos.
Em 2003, iniciaram-se as obras do segundo edifício, que transforma a unidade 6 do Campus Vila Olímpia na união dos dois edifícios a partir de um projeto desafiador criado pela arquiteta Deise Galhanone. O sistema de contenção lateral com placas pré-fabricadas e a estrutura mista entre concreto armado e estruturas metálicas ofereceram a inserção de todo o projeto dentro das previsões de custo e liberdade para a criação das características arquitetônicas.
Acima, átrio de acesso ao edifício 6. Mais uma vez o aço possibilita ao projeto arquitetônico criar elementos arrojados, como as escadas metálicas que parecem “flutuar no ar”; abaixo, detalhe da compatibilização do sistema construtivo: alvenaria revestida, vidro e painéis em chapa de aço patinável. Na página ao lado, detalhe dos elementos em aço utilizados na fachada no edifício 5
Em função das duas bem-sucedidas experiências anteriores, a instituição decidiu construir uma terceira edificação, também com projeto da arquiteta e que completa o Complexo Theatro Casa do Ator. Esta terceira obra é um edifício metálico composto por três pisos de subsolo, um pavimento térreo e 11 pavimentos superiores, totalizando 14 pisos metálicos, que possuem uma área de cerca de 20 mil m2. Como era imprescindível para a universidade que a obra fosse rápida, limpa e o processo construtivo tivesse qualidade e precisão dimensional, optouse, novamente, pela utilização do aço como material estrutural.
A arquitetura do prédio exigiu um grande trabalho de compatibilização devido a variedade de revestimentos de sua fachada, que utilizou, em diferentes faces, alvenaria revestida, revestimento cerâmico, painéis de vidro e painéis em chapas de aço patinável. O prédio utilizou pré-lajes de concreto com 3 cm de espessura, que serviram de base para a concretagem final do piso. O cálculo estrutural adotou o sistema de vigas mistas, com as vigas de aço ligadas às lajes por conectores de cisalhamento.
As empresas paranaenses Andrade Rezende Engenharia de Projetos e Brafer Construções Metálicas, contratadas para detalhar e executar a estrutura metálica, respectivamente, apresentaram uma solução com as colunas em perfis soldados e todas as vigas em perfis laminados. No total, são aproximadamente 1.200 toneladas de estruturas metálicas. Parte da estrutura foi jateada com material antichama e a parte exposta com pintura intumescente.
Todo o processo, do início da fabricação até a conclusão da obra deste terceiro edifício durou apenas cinco meses. Outro aspecto importante foi o custo final reduzido. De acordo com o engenheiro Jeferson Luiz Andrade, da Andrade Rezende, os principais desafios da obra foram o curto prazo e o terreno exíguo. “Calcular, detalhar, fabricar e montar uma obra deste porte em apenas 150 dias foi um grande desafio. Além disso, devido à localização da obra em São Paulo, existia uma área muito pequena para o canteiro de obras, o que exigiu um estudo de logística de montagem e de chegada programada diária de peças”, afirma. (D.P.) M
> Projeto arquitetônico: Francisco Petracco (unidade 5) e Deise Marques Araújo Galhanone (unidades 6 e 7)
> Área construída: 19.616 m2
> Aço empregado: aço patinável de maior resistência à corrosão
> Fornecimento e montagem da estrutura metálica: Brafer Construções Metálicas S.A.
> Projeto estrutural: Andrade Rezende
> Execução da obra: Sobrosa Construtora e Racional Engenharia
> Local: São Paulo, SP
> Data do projeto: 2001 (unidade 5), 2003 (unidade 6) e 2004 (unidade 7)
> Conclusão da obra: 2002 (unidade 5), 2004 (unidades 6 e 7)
A CONSTRUÇÃO DE UM SEGUNDO BLOCO – o Anexo I – no campus da Universidade Cruzeiro do Sul no Jardim Anália Franco, em São Paulo, exigia um projeto com identidade própria, capaz de dialogar com um edifício já existente e que, por ser muito antigo, é uma referência arquitetônica local. Para concretizar estes objetivos, as estruturas metálicas foram a primeira opção do arquiteto Samuel Kruchin, pelas possibilidades de leveza, formas plásticas e desenhos que o material oferece.
No Anexo I proposto pelo arquiteto, o aço dá as cartas em todas as estruturas, a começar pela fachada – imponente, é composta por megatreliças em aço, as quais vencem um vão de 25 m apoiadas em pilares de concreto. As treliças, com 6 m de altura, servem de apoio aos três pavimentos que são sustentados por vigas de aço, com vão da ordem de 7,5 m a 8 m. O pavilhão, com duas alas de salas de aula separadas pela circulação central, tem 130 m de extensão. O conjunto tem forma retangular, com as extremidades arredondadas.
Com grandes vãos, rampas conferem mais leveza ao edifício, interligam seus vários pavimentos e são sustentadas por um grande pilar. Em vez de usar o aço em seu aspecto natural, Kruchin aposta no branco para vestir as estruturas
> Projeto arquitetônico: Samuel Kruchin (Kruchin Arquitetura)
> Colaboradores: Cristiane Souza
Gonçalves, Flávia Mayumi
Matsuoka, Luciana Bertolini e Marcelo Calchione
> Área construída: 7.193,05 m²
> Aço empregado: ASTM A36
> Projeto estrutural: Ernesto Tarnoczy Júnior
> Fornecimento e montagem da estrutura metálica:
Construcap
CCPS Engenharia e Comércio
> Execução da obra: Construcap
CCPS Engenharia e Comércio
> Local: São Paulo, SP
> Data do projeto: 2003
> Conclusão da obra: 2004
Kruchin procurou tirar partido da leveza potencial dos elementos das treliças nos planos externos e, internamente, o fez na abordagem dos grandes vãos, especialmente na rampa, elemento estrutural importante que interliga todos os pavimentos e faz a conexão entre as duas áreas do conjunto arquitetônico. De avantajadas dimensões, esta rampa possui um grande pilar cujos braços se abrem como galhos de uma árvore e sustentam a estrutura em poucos pontos.
Em uma obra que tinha apenas seis meses para ser concluída, o uso de estruturas metálicas acelerou o processo de construção. Em busca de uma estética contemporânea que interagisse com o prédio já existente, o arquiteto explorou a associação do material com a madeira, em uma conexão complementar. Os brises em madeira laminada desenham o projeto e travam com o aço um contraponto de grande efeito. O objetivo plástico é a construção do ritmo e do movimento.
A expressão do uso do aço nessa edificação e suas possibilidades plásticas são, ainda, valorizadas pelo uso do branco. “Esta é uma opção não tanto comum quando se trata deste material”, comenta Kruchin. “O aço pode ser usado no seu aspecto natural, mas, no entanto, tenho notado que cada prédio executado em aço pede uma determinada coloração. A estrutura metálica convida a uma certa solução de cor e, apesar de já ter usado tons fortes em outras obras, aqui optei pelo branco. E acho que foi a aposta certa”, finaliza. (A.B.) M
DESDE OS ANOS 1970, o arquiteto José Carlos de Lima Bueno – na época diretor do escritório Lima Bueno Arquitetos Associados – desenvolve projetos para a Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep).
Quando a universidade decidiu construir um novo pavilhão no seu campus em Lins (SP), o histórico de serviços prestados pelo profissional – que hoje é responsável pelo Grupo Novo Arquitetura – fez com que ele fosse escolhido para fazer o projeto. Batizada de Bloco 8, a construção deveria alojar novos cursos oferecidos pela universidade, como Direito e Nutrição. Isto exigia grande flexibilidade de espaço, pois o prédio abrigaria estruturas diversas, como salas de aula, auditórios, salas de audiência, laboratórios e cozinhas.
O Bloco 8, além de ficar pronto rapidamente, deveria ser confortável frente ao clima da região – que enfrenta temperaturas quase sempre acima dos 30°C – e precisaria adaptar-se ao declive do terreno. Esta somatória de variáveis conduziu, desde o início da concepção
dos estudos preliminares, para o uso do aço na estrutura principal.
“Pensei primeiro nos cortes e em como iria acomodar um prédio naquele terreno inclinado. O resultado são três pavimentos em meios níveis. Depois desenhei a planta, pensada como um espaço totalmente livre e flexível. Por exemplo, os caixilhos são a cada 0,60 m, o que facilita os arranjos internos e a colocação de divisórias em drywall”, explica Lima Bueno.
A construção se divide em dois edifícios voltados um para o outro, mas separados pela área das rampas e escadas
A topografia foi uma das variáveis levadas em conta para o partido inicial. A declividade natural do terreno facilitou a circulação vertical, viabilizando pisos desencontrados entre os dois blocos e reforçando o movimento das curvas dos pilares externos, como se observa nas vistas laterais da edificação
e por um jardim central. Os edifícios são independentes estruturalmente e estão envolvidos por uma sequência de pórticos metálicos com empenas moldadas em curvas, elementos que marcam a volumetria do pavilhão.
Na forma de arcos, a estrutura de aço com brises metálicos que envolve o prédio se afasta da edificação criando uma zona de sombra e facilitando a sua ventilação. O fechamento externo é feito em pré-moldados leves de concreto, com isolamento térmico, e o jardim central, com sua cobertura em policarbonato que permite a entrada de luz, também ajuda a dar uma sensação de maior frescor – tudo para driblar o calor do oeste paulista.
> Projeto arquitetônico:
José Carlos de Lima Bueno (Grupo Novo Arquitetura e Planejamento Urbano Ltda.)
> Colaboradores: Cauê Bueno, Carlos Eduardo Chaves e Denise Gazeta
> Área construída: 8.200 m²
> Aço empregado: aço patinável de maior resistência à corrosão
> Projeto estrutural: Gesulino Santos Bernardino e Júlio
César de Souza Andreu
> Execução da obra: MDL
> Local: Lins, SP
> Data do projeto: 2001
> Conclusão da obra: 2002
Os grandes vãos livres – 7,20 m entre os pilares, com vão entre os pórticos de 14 m – e os shafts para passagem de instalações e tubulações com dimensões maiores, como as utilizadas para ventilação, ar-condicionado e esgoto, correram externamente ao edifício, o que atendia a expectativa de flexibilidade interna exigida pelo cliente para permitir alterações de uso dos espaços. Também o drywall e a caixilharia modular facilitaram essa mobilidade. Além disso, todos os elementos usados para as divisórias entre as salas e os vedos externos são isolantes térmicos e acústicos. (C.V.) M
DETALHES IMPORTANTES, ELEMENTOS ARQUITETÔNICOS METÁLICOS DESTACAM
EDIFÍCIOS ESCOLARES NA PAISAGEM E AGILIZAM PROCESSOS CONSTRUTIVOS
Brises metálicos especiais criam belos efeitos visuais e protegem a Escola Municipal Leandro Klein, em São Caetano do Sul, da irradiação solar e da chuva. Prédio da escola é utilizado pela comunidade aos finais de semana
Agilidade, preços atraentes, facilidade de manutenção, leveza... Nem só na estrutura o uso do aço é vantajoso para a arquitetura escolar. Quando (bem) empregado em elementos como passarelas, brises ou coberturas, o material confere um diferencial à edificação. É o caso da Escola Municipal Leandro Klein, em São Caetano do Sul, na região metropolitana de São Paulo, que apresenta
um criativo sistema de brises metálicos, que diminuiu o custo da estrutura e garante a proteção contra a incidência solar. A escola, que nasceu com o claro objetivo de tornar-se um ponto de convergência comunitária, tem seu espaço organizado em três grandes “praças”. Para racionalizar o custo da obra, os arquitetos Anna Carolina Penna e Fábio Galvão desenvolveram um sistema que emprega chapas microperfuradas para produção de telhas trapezoidais comuns. Com afastamento de 1,2 m, o sistema cria uma espécie de “colchão de ar”, que passa pela fachada ventilando-a e, ao mesmo tempo, dificultando a entrada da água da chuva. Além disso, o perfil trapezoidal, por
ter mais rigidez, vence grandes vãos com menos apoios. Se durante o dia os brises metálicos permitem que se visualize o espaço exterior, à noite o efeito se inverte, e pode-se enxergar o interior iluminado da escola. Neste projeto, o aço também foi usado em uma escada que ocupa o vazio dos quatro andares do edifício. “Quando se trabalha com estrutura pré-moldada de concreto, é grande o risco de que a obra fique muito pesada”, afirma a arquiteta Ana Carolina Penna.
“A estrutura metálica permite criar elementos de maior leveza e esbeltez, e no caso da fachada, além da instalação mais rápida, sua manutenção é ainda mais fácil.”
Já a cobertura metálica da Escola Jardim Ipanema, de autoria do arquiteto Ubyrajara Giliolli, explora os contrastes entre aço e concreto e dá identidade ao edifício. Situada em um terreno com declive de 7 m no bairro do Jaraguá, em São Paulo, a escola teve suas instalações distribuídas em um único bloco com quatro pavimentos, protegido por uma grande cobertura metálica curva. Giliolli explica que a escolha deste elemento se deu por ser esta a melhor solução para os casos em que a quadra esportiva está situada no último andar. “O aço, neste caso, é indicado tanto pela facilidade em vencer
o vão de 22 m como pela sugestão da curva, o que elimina as paredes laterais de fechamento”, afirma.
Ainda em São Paulo, a Escola Estadual Dr. Pedro de Moraes Victor, no Tremembé, é outro projeto que tira proveito de elementos metálicos. Localizada em um terreno de conformação quase triangular, a escola foi projetada pelos arquitetos Ângelo Bucci e Álvaro Puntoni. Em função da topografia irregular, as instalações estão dispostas em três grandes platôs: um de nível mais alto, outro de nível intermediário e um terceiro artificialmente rebaixado, onde está a quadra esportiva. Estas três faces são interligadas por passarelas metálicas. “As passarelas são metálicas para
serem leves, pois queríamos atirantálas a fim de liberar a área abaixo para a quadra”, afirma Ângelo Bucci. “Para o projeto era fundamental que a quadra ficasse implantada junto à rua, para que pudesse ser aberta à comunidade nos finais de semana enquanto a escola fechava. Isso atendia a uma demanda dos moradores e não comprometia os espaços da escola que precisavam ficar fechados.”
Em reformas ou ampliações, os elementos arquitetônicos metálicos também desempenham papel decisivo. O arquiteto Paulo Bruna utilizou-os na restauração do clássico prédio da Biblioteca da Faculdade de Medicina
Nesta página, interior da biblioteca da Faculdade de Medicina da USP após reforma concluída em 2007. Uso de aço em estruturas como escadas e mezaninos (na foto ao alto) otimizou a circulação no local
da Universidade de São Paulo (USP), construído entre 1916 e 1928 e projetado pelo escritório de Ramos de Azevedo. A reforma iniciada em 2004 inverteu o sentido de circulação da biblioteca, e a entrada, que antes ficava no segundo andar, passou para o nível da rua e tornou-se independente. Todos os pavimentos agora são interligados por uma circulação vertical central, composta pela escada principal metálica, elevador e monta-carga. Os elevados pés-direitos da edificação, com mais de 4 m, puderam ser divididos em mezaninos estruturados em aço, para acomodar o acervo de livros e periódicos, que aumenta exponencialmente. “Algumas estruturas já existiam, de modo que o projeto apenas ampliou os mezaninos e permitiu que o acesso fosse mais bemdistribuído e mais seguro; novas escadas foram criadas, bem como patamares, corrimãos e peitoris”, explica Paulo Bruna. “O mesmo foi feito no acervo de periódicos, que já existia e que foi inteiramente restaurado.” (J.G.) M
> Projeto arquitetônico: Anna Carolina Penna e Fábio Galvão
> Colaboradores: Gabriel Farias, Maíra Carrilho, Mário de Bem, Neili Farias e Maria Faro
> Área construída: 5.500 m²
> Aço empregado: ASTM A 570, ASTM A 572 (escada)
> Projeto estrutural: Alaxis Tecnologias Inovativas (escada), Metaltec Esquadrias Ltda. (brises)
> Execução da obra: Construtora Augusto Velloso S/A
> Local: São Caetano do Sul, SP
> Data do projeto: 2005
> Conclusão da obra: 2006
> Projeto arquitetônico: Ubyrajara Giliolli
> Área construída: 3.953 m²
> Aço empregado: aço de maior resistência à corrosão
> Projeto estrutural: Kurkdjian & Fruchtengarten
> Fornecimento e montagem da estrutura metálica: Projecta
> Local: São Paulo, SP
> Data do projeto: 2004
> Conclusão da obra: 2006
> Projeto arquitetônico: Ângelo Bucci e Álvaro Puntoni
> Colaboradores: Maria Isabel Imbronito, Juliana Braga, Ciro Miguel, Tobias Xavier e Omar Dalank
> Área construída: 4.210 m²
> Aço empregado: ASTM A 36
> Projeto estrutural: Jorge Zaven Kurkdijian (consultor estrutural) e Leo Annunziata (engenheiro estrutural)
> Execução da obra: L’Annunziata e Cia.
> Local: São Paulo, SP
> Data do projeto: 2003
> Conclusão da obra: 2005
> Projeto arquitetônico: Paulo Bruna
> Colaboradores: Nestor Goulart Reis (consultor de restauro), Sonia Gouveia (coordenadora do projeto), Camila Zanchetta (colaboradora) e Kenzo Abiko (estagiário)
> Área construída: 2.850 m²
> Aço empregado: ASTM A 36
> Projeto estrutural: Kurkdjian & Fruchtengarten
> Execução da obra: Método Engenharia
> Local: São Paulo, SP
> Data do projeto: 2005
> Conclusão da obra: 2007
EM ESCOLA PÚBLICA DE PALMAS, NO TOCANTINS, ESCRITÓRIO GESTO ARQUITETURA USA O AÇO PARA CRIAR ESTRUTURAS QUE PODEM SER FACILMENTE REPLICADAS EM OUTRAS CIDADES DA REGIÃO protege o núcleo, componente interno da construção, composto de lajes pré-moldadas que se apóiam em pórticos metálicos estruturais. As partes interagem de modo que a envoltória protege a edificação das chuvas, ventos e da irradiação solar. E o núcleo, entendido como o “miolo” da edificação, se distancia da envoltória para formar as áreas internas delimitadas pelos vedos.
EM 2000, O ESCRITÓRIO GESTO ARQUITETURA foi escolhido para integrar o programa Fundescola (Fundo de Fortalecimento da Escola), iniciativa federal que selecionava projetos para melhoria estrutural de escolas do Centro-Oeste, Norte e Nordeste. A ideia era que os projetos fossem replicados em outras cidades, porém isso não aconteceu – apenas o projeto apresentado pelo Gesto Arquitetura, a Escola Estadual Jardim Aureny III, em Palmas (TO), foi concretizado. Neste projeto, todos os elementos estruturais deveriam ser facilmente repetidos em novas unidades. Desta forma, optou-se por elementos industrializados, como a estrutura metálica, os prémoldados de concreto e as vedações em drywall.
A estrutura proposta para a escola emprega dois elementos construtivos, formados pela envoltória e pelo núcleo. A envoltória é composta por pilares de concreto pré-moldados, distantes 3,60 m uns dos outros, e por elementos de fechamento ora vazados (para facilitar a ventilação) e ora translúcidos (o que auxilia na iluminação). Ela
“A estrutura metálica era bastante adequada para o caso, pela possibilidade de maior precisão na confecção das peças, rapidez na montagem e minimização de desperdícios”, explica
As estruturas metálicas usadas na obra agilizaram o processo construtivo e facilitam a sua reprodução em outras escolas
est r usadas n processo litam a s es
A cobertura também é metálica, composta por treliças em formato semicircular e atirantadas – o que as torna mais eficientes para vencer os vãos de 6 m –, e está apoiada em pilares de concreto pré-moldados. O uso de telhas metálicas do tipo sanduíche proporciona conforto térmico e acústico. Paredes de drywall complementam a proteção termo-acústica. Enquanto os terrenos extremamente planos de Palmas facilitaram o projeto, o clima muito quente fez com que a escola necessitasse de proteção extra contra a
> Projeto arquitetônico: Newton
Massafumi Yamato e Tânia Regina
Parma (Gesto Arquitetura Ltda.)
> Colaboradores: Leonardo
Márquez e José Eduardo Rodrigues
> Área construída: 2.000 m²
> Aço empregado: ASTM A36
> Projeto estrutural: Yopanan C.P.
Rebello (Ycon Engenharia)
> Montagem da estrutura e cobertura metálica: Construtora
Centro Minas Ltda.
> Execução da obra: Construtora
Centro Minas Ltda.
> Local: Palmas, TO
> Data do projeto: 2000
> Conclusão da obra: 2002
irradiação direta. Para isso, os arquitetos projetaram um espaço de transição para as áreas externas e internas, criando áreas sombreadas e ventiladas, minimizando a transmissão do calor externo para o interior e melhorando as condições de ventilação e temperatura.
O resultado foram três blocos interligados por passarelas cobertas, que atendem a tudo que o programa pedia: salas de aula, biblioteca, salas de vídeo, laboratórios, quadra esportiva, área para brinquedos específicos e pátios cobertos e descobertos. Isto permitiu que a infra-estrutura escolar pudesse ser aproveitada também pela comunidade aos finais de semana. (C.V.) M
Fotos Secretaria Estadual de Educação de Tocantins / Leonardo Márquez José Newton Massafumi Yamato, coordenador do projeto.PROJETADA POR MANUEL SABATER EM 1909, a Escola Estadual Barão de Monte Santo foi construída em 1911 em Mococa, no interior paulista. Era uma escola-tipo, ou seja, um modelo que obedecia a uma experiência de seriação arquitetônica que buscava sintetizar os padrões pedagógicos da época, com 10 salas de aula e quatro ambientes administrativos desenvolvidos em torno de um pátio central descoberto. Com estilo neoclássico, a escola estava claramente baseada nos princípios de arquitetura panóptica, que preconizavam a vigilância e a manutenção da ordem dentro dos espaços escolares, e ostentava belas passarelas e gradis metálicos.
No começo da década de 1990, o arquiteto Samuel Kruchin foi contratado pela Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE) para restaurar o colégio. Ao longo dos anos, além da deterioração natural da construção, o edifício sofrera uma série de intervenções que acabaram distanciando-o da concepção original.
Muitas salas estavam fechadas, havia infiltrações, muitas pichações... Assim, o projeto de restauro precisava solucionar estes aspectos, mas também atender a um programa de modernização de escolas públicas, que deveriam comportar salas de vídeo, de computação, bibliotecas mais equipadas, acessos para deficientes, dentre outros quesitos.
Desta maneira, além da recuperação da integridade física dos componentes originais, como cobertura frontal, esquadrias, forros, pinturas murais, foi proposta a criação de um
novo anexo nos fundos da edificação. Esta solução guiou-se pela lógica da composição construtiva original, que era fechada em si mesma, mas com um novo volume que com ela passaria a interagir. Para isto, o aço foi a escolha natural e mais apropriada.
A utilização deste material como linguagem permitiu, além deste diálogo, a distinção formal das duas estruturas, a do início do século XX e a atual. “Mas o aço faz parte também de uma outra lógica interessante”, revela Kruchin. “A escola está localizada numa zona climática muito quente, o que nos direcionou a criar uma ventilação muito boa nos espaços. Então, o aço foi uma solução perfeita para atender a esta necessidade, porque possibilitou um desenho mais leve, uma transparência interessante para a edificação e a instalação do programa em condições térmicas ótimas.”
O processo de restauração da escola não exigia apenas a recuperação da estrutura já existente, mas também a construção de novos espaços, como biblioteca e sala de vídeo, em um curto período. Presente em algumas estruturas originais da escola, o aço foi o material escolhido para as novas instalações, pois se adaptava melhor às condições climáticas locais e permitia criar um desenho mais leve, em harmonia com a antiga construção
As estruturas de aço foram montadas, aparafusadas e pintadas na obra. Detalhe: o desenho destes elementos foi inspirado nos traços das passarelas e gradis de ferro que existiam inicialmente. Kruchin revela, ainda, que a ideia de trabalhar com estrutura metálica enfatiza outro aspecto: a sustentabilidade, uma vez que se criam alternativas ao uso convencional e indiscriminado da madeira. Como se vê, preservar o passado e resgatar nosso patrimônio, atualizando conceitos construtivos e se adaptando a uma nova realidade ecológica, é o melhor caminho a ser trilhado. (I.G.) M
> Projeto arquitetônico: Samuel Kruchin
> Área construída: 3.500 m²
> Cálculo estrutural: Ernesto Tarnoczy
> Local: Mococa, SP
> Data do projeto: 1991
> Conclusão da obra: 1995
EM PROJETO MARCADO PELA EXPERIMENTAÇÃO, ESTRUTURAS METÁLICAS DÃO AR MAIS LEVE A
ESCOLA DE GUARULHOS, E AJUDAM A VENCER DIFICULDADES IMPOSTAS PELO PRAZO CURTO E PELA
TOPOGRAFIA ACIDENTADA DO TERRENO
VERTICALIDADE E VOLUMETRIA são as principais características do projeto arquitetônico da Escola Estadual Jardim Angélica III, localizada na periferia de Guarulhos, de autoria do escritório Núcleo de Arquitetura. A topografia acidentada, as dimensões reduzidas do terreno e o pequeno orçamento foram os desafios encontrados pelos arquitetos Luciano Margotto, Marcelo Ursini e Sérgio Salles, que optaram por sistemas construtivos industrializados e leves.
A linguagem arquitetônica do grande volume branco e compacto da escola, no entanto, dialoga perfeitamente com o entorno, marcado por residências “autoconstruídas”, típicas dessa região da Grande São Paulo.
O esqueleto do edifício é composto por perfis de aço, um pré-requisito solicitado pela Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE), para a qual este projeto assume um caráter experimental. Além da estrutura, o aço foi utilizado em toda a caixilharia, nos guarda-corpos e em importantes elementos construtivos, como o grande coletor de águas pluviais.
“Optamos por este material devido à sua resistência, esbeltez e economia”, afirma o arquiteto Luciano Margotto.
O arquiteto destaca, ainda, as dimensões das vigas em relação
à estrutura principal. As vigas foram otimizadas (reduzidas). Os demais perfis também foram otimizados em relação ao peso total da estrutura, liberando o projetista para o uso de perfis nas dimensões mais eficientes. Na laje utilizada, a combinação de EPS e concreto forneceu leveza e resistência suficientes a ponto de dispensar os contraventamentos.
Internamente, o projeto centra-se no princípio de “construir o vazio”. A escola possui dois espaços vazios de grande presença.
O primeiro, um pátio de 29 x 18 m, interliga na vertical os dois pavimentos superiores e marca o caráter de liberdade e alegria da escola. No centro está a quadra de esportes e, ao redor, os ambientes
de vivência que se debruçam sobre ela. O segundo vazio, de 29 x 2m, atravessa na vertical os dois pavimentos inferiores e marca a articulação das salas de aula na forma de galeria vertical.
Uma passarela metálica atirantada na estrutura leva ao pavimento da quadra de esportes, cujo fechamento possui uma faixa estreita sem vedação que garante a entrada e circulação de ar no pátio.
A estrutura principal da edificação foi toda executada em perfis de aço, “mas o aspecto construtivo fundamental é a relação entre fechamentos e estrutura”, diz Luciano Margotto. Na parte superior do volume, internamente prevalece a ideia de galpão, enquanto que no exterior prevalece a ideia de unidade: peças metálicas compõem os ambientes de vivência enquanto painéis leves, externos à estrutura, formam planos únicos nas fachadas. Nos pavimentos inferiores, o conceito é oposto, com a estrutura revelando o ritmo da construção também do lado de fora. “Por fim, é importante destacar a utilização da luz natural na definição do caráter das duas partes do programa: equipamento e escola”, finaliza Luciano Margotto. (D.P.) M
> Projeto arquitetônico: Luciano Margotto, Marcelo Ursini e Sérgio Salles (Núcleo de Arquitetura)
> Colaboradores: Amanda C. Spadotto, André Ciampi, Luís Cláudio M. Dias, Rodolfo Scaletsky, Rodrigo Scaletsky e Simone Neves
> Área construída: 4.618,17 m²
> Aço empregado: aço patinável de maior resistência à corrosão
> Projeto estrutural: Hauy & Bechara Engenheiros
Associados
> Fornecimento da estrutura metálica: Projecta Grandes Estruturas Ltda.
> Execução da obra: JHD Construções
> Local: Guarulhos, SP
> Data do projeto: 2004
> Conclusão da obra: 2006
A passarela metálica, engastada na estrutura, leva ao pavimento da quadra de esportes. O fechamento tem uma estreita faixa sem vedação, que garante a entrada e circulação de ar no pátio. Acima, vista dos painéis de concreto celular autoclavado fixados aos perfis metálicosCarolina Penna Arquitetura
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Sylvio E. de Podestá Arquitetura
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Engecalc Engenharia e Projetos Estruturais
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Techneaço Engenharia Ltda. Av. Assis Chateaubriand, n° 74 – Belo Horizonte (MG)
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Ycon Engenharia
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Tel.: (11) 3816-0441
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CCM – Construtora Centro Minas Ltda.
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Construcap CCPS
Engenharia e Comércio R. Bela Cintra, n° 24 –São Paulo (SP)
Tel.: (11) 3017-8000
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Construtora Augusto Velloso S/A
Rua Major Quedinho, n° 111 – 17º andar – São Paulo (SP)
Tel.: (11) 3258-2155 www.augustovelloso.com.br
Implantação Planejamento e Engenharia Ltda.
Rua Cipriano Barata, n° 2.317 – São Paulo (SP) Tel.: (11) 2915-0877 www.ipe.eng.br
JHD Construções e Comércio
Av. Dr. Luiz Mendes Almeida, n° 2.622 – Sorocaba (SP) Tel.: (15) 3221-9763
L’Annunziata e Cia. Av. Magalhães Castro, n° 332 – Butantã – São Paulo (SP) Tel.: (11) 3814-5733 E-mail: annunziata@ annunziata.com
Método Engenharia S.A Praça Professor José Lannes, nº 40 – 1º andar – Vila Olímpia –São Paulo (SP) Tel.: (11) 5501-0000 www.metodo.com.br
Plante Engenharia Ltda. Al. da Serra, n° 500 –sl. 504/508 – Nova Lima (MG) Tel.: (31) 3286-8388 www.planteengenharia. com.br
Racional Engenharia
Av. Chedid Jafet, n° 222 – São Paulo (SP) Tel.: (11) 3732-3777 www.racional.com.br
RMA Engenharia Integrada
Rua Gomes de Carvalho, n° 1.666 – São Paulo (SP) Tel.: (11) 3847-3522 www.rma.com.br
Sobrosa Construtora
Travessa Ubirassanga, nº 35 – Campo Belo –São Paulo (SP)
Tel.: (11) 5561-7505
www.sobrosa.eng.br
ESTRUTURA METÁLICA
Brafer Construções
Metálicas
Av. das Araucárias, n° 40 – Araucária (PR)
Tel.: (41) 3641-4600
E-mail: brafer@brafer.com www.brafer.com
Metaltec Esquadrias Ltda. Estrada Caiapiá, n° 1.181 – Jd. Maria Teresa –Cotia (SP)
Tel.: (11) 4614-5950
Projecta
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Tel.: (11) 2085-4355
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