ARQUITETURA AÇO &
Uma publicação do Centro Brasileiro da Construção em Aço número 16 dezembro de 2008
Uma publicação do Centro Brasileiro da Construção em Aço número 16 dezembro de 2008
Uma publicação do Centro Brasileiro da Construção em Aço número 16 dezembro de 2008
Uma publicação do Centro Brasileiro da Construção em Aço número 16 dezembro de 2008
QUEM ENTENDE DE COBERTURAS sabe o quanto o uso do aço pode contribuir para a obtenção de uma boa solução construtiva. Presentes na arquitetura desde meados do século XIX, as coberturas feitas com este material inicialmente eram utilizadas apenas em obras provisórias. Porém, logo provaram sua eficiência e passaram a ser empregadas em projetos de diferentes tipos – desde charmosas residências até galpões fabris com milhares de metros quadrados de área.
Nesta edição, Arquitetura & Aço se propõe a desvendar o universo das coberturas metálicas e os inúmeros benefícios – construtivos e estéticos – que podem oferecer. Para isso, escolhemos projetos como a elegante “gare” desenhada por Ruy Ohtake para o Expresso Tiradentes, em São Paulo, o Estádio Olímpico João Havelange, no Rio de Janeiro, e a agência Neogama/BBH, em São Paulo, nos quais a cobertura de aço é um elemento imponente e marca indelevelmente cada uma das obras. Há também o centro de convivência da PUC-Campinas, em que a cobertura confere leveza à construção, a concessionária Honda, em Curitiba, que dialoga com a topografia acidentada do terreno, enquanto no Centro de Manutenção da Gol, em Minas Gerais, contribui para a realização de serviços únicos no setor de aviação. Já no Terminal da Lapa, em São Paulo, as coberturas curvas em aço permitem a entrada da luz natural e interagem bem com as construções típicas da região.
Para finalizar, mostramos em matéria especial alguns projetos que usam telhas ou sistemas de cobertura metálica fabricados em série. Todos ótimos exemplos de como o aço pode ser uma opção versátil e estrategicamente viável, capaz de se adaptar a objetivos muito diferentes.
Os editoresENDEREÇOS
04. Cobertura em aço dá leveza ao centro de convivência da PUC-Campinas. 06. No Centro de Manutenção da Gol, em Minas Gerais, arquitetura em aço à serviço da aviação. 08. Imponente cobertura em aço do Estádio João Havelange retoma o espírito das antigas arenas esportivas. 12. Projetos espalhados pelo país exploram o potencial dos sistemas padronizados em aço para coberturas. 20. Fora do padrão convencional, cobertura de estação do Expresso Tiradentes, em São Paulo, revela os contornos da cidade.
24. Coberturas curvas do Terminal da Lapa, em São Paulo, dialogam com as construções do bairro. 26. Em Curitiba, formato diferenciado da cobertura e da estrutura chamam a atenção para uma concessionária.
COBERTURA EM AÇO DO CENTRO DE CONVIVÊNCIA DA PUC-
CAMPINAS CRIA AMBIENTE MODERNO E ACOLHEDOR, COM
LEITURA VISUAL AGRADÁVEL E DELICADA
No projeto, o aço foi usado principalmente como um elemento de plasticidade. Segundo o arquiteto, o aço permite criar formas curvas e dinâmicas. A cobertura metálica dá ao complexo educacional impacto e contemporaneidade
> Projeto arquitetônico: Augusto França Neto
> Colaboradores: Rosana Tolli, Juliano Barros, André Laurindo, Ingrid Oliveira, Rodrigo Kim e Cláudia Novaes
> Área construída: 4.178 m²
> Aço empregado: ASTM A36, ASTM A588
> Projeto estrutural: Jorgeny
Catarina Gonçalves e Armando Hueara
> Fornecimento da estrutura metálica: Aço Vertical Edificações Ltda.
> Execução da obra: MGM Construtora
> Local: Campinas, SP
> Data do projeto: 2004
> Conclusão da obra: 2005
APROVEITAR UM ESPAÇO NATURAL , já demarcado ao longo dos anos pelos alunos da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), foi a principal inspiração para o projeto do centro de convivência desta instituição de ensino. O conjunto planejado pelo arquiteto Augusto França Neto cria um espaço moderno e acolhedor, que tem na cobertura metálica da praça de alimentação um de seus aspectos mais marcantes, e que define a volumetria do espaço.
O edifício da praça de alimentação abriga um restaurante fast food, 11 lojas modulares, uma agência dos Correios, uma loja institucional e uma central de cópias. Sua cobertura metálica curva resulta em uma volumetria leve e simples.A estrutura em arcos é coberta com telhas de chapa metálica pré-pintada. Já as rampas de circulação coberta têm colunas retas e inclinadas e há um fechamento lateral com telas metálicas, que facilitam o caminho natural do ar.
O aço foi fartamente utilizado pois, segundo França Neto, quando se precisa de uma leitura visual mais delicada, ele oferece amplas possibilidades plásticas e permite formas mais arrojadas,dinâmicas e curvas – algo muito importante em um espaço que deve acolher pessoas. E, em uma cidade que enfrenta temperaturas altas durante quase todo o ano, o projeto da estrutura metálica favoreceu a circulação do ar, melhorando o condicionamento térmico.
O arquiteto enxerga o centro de convivência como uma grande mescla de linguagens arquitetônicas, em sintonia com o caráter receptivo da cultura brasileira. Sem dúvida, uma boa referência para um espaço destinado a estudantes. (A.B.) M
CENTRO DE MANUTENÇÃO DA GOL EM MINAS GERAIS ESTÁ ENTRE OS MAIS AVANÇADOS DO PAÍS. O USO DO AÇO FOI FUNDAMENTAL PARA VENCER AS DIFICULDADES INERENTES A ESTE TIPO DE EMPREENDIMENTO
DENTRE AS INTERVENÇÕES sofridas a partir de 2005 pelo Aeroporto Internacional Tancredo Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG), destaca-se a criação do Centro de Manutenção de Aeronaves da Gol, o primeiro no Brasil a possuir requisitos técnicos que permitem a execução da pintura de peças e aeronaves. Posicionado na cabeceira da pista, o Centro é composto por edifício administrativo, dois hangares com oficinas integradas e pátios para manobra e lavagem de aviões, além de construções de apoio.
A maior complexidade do projeto, de acordo com o arquiteto Gustavo Cedroni, do escritório Metro Arquitetos, foi estruturar e montar as portas que fecham os hangares. “No hangar 1, a abertura por onde passam as aeronaves é formada por um conjunto de dez portas de correr com 8 m de largura por 19 m de altura, e cerca de 8 toneladas cada uma. Além da carga vertical, o conjunto de portas precisou suportar grandes esforços horizontais, pois trata-se de uma região com ventos fortes. Além da carga vertical, o conjunto de portas precisou suportar grandes esforços hori-
zontais, pois trata-se de uma região com ventos fortes. E para transferir os esforços horizontais para a cobertura principal, a guia superior das portas funciona como uma grande viga treliçada”, destaca o arquiteto.
O hangar 1 tem 4.838 m2 de área coberta, com vigas treliçadas metálicas
O aço foi fundamental para solucionar as dificuldades técnicas do processo construtivo do Centro de Manutenção da Gol em Confins: os hangares empregam sistema construtivo misto, com pilares de concreto que suportam as vigas treliçadas metálicas da cobertura, dispostas a cada 10 m. O hangar 1 foi planejado para abrigar três aeronaves em manutenção simultânea, tem 4,8 mil m² de área e cobertura vence vão de 80 m, com altura livre interna de 23 m. No hangar 2, que soma 2 mil m², o vão
> Projeto arquitetônico: Anna Ferrari, Gustavo Cedroni e Martin Corullon (Metro Arquitetos)
> Colaboradores: Carolina Castro, César Laudanna Patricio e Veit Grundmann
> Área construída: 18.500 m²
> Aço empregado: aço patinável de maior resistência à corrosão
> Projeto estrutural: Medabil
> Fornecimento e montagem da estrutura metálica: Medabil
> Execução da obra: Método Engenharia S/A
> Local: Confins, MG
> Data do projeto: 2005
> Conclusão da obra: 2006
apoiadas sobre pilares em concreto com dimensões 2,20 x 60 m, com vão livre de 80 m e dispostas a cada 10 m. A altura livre interna é de 23 m. A cobertura é de telhas metálicas galvanizadas prépintadas e zipadas, com isolamento termo-acústico. A ventilação de ar é feita por convecção e reforçada por sistema mecânico, a fim de garantir seis trocas de ar por hora.
Já o hangar 2 tem 2 mil m2 de área coberta, com vigas treliçadas metálicas apoiadas sobre pilares em concreto com dimensões 1.60 x 60 m, com vão livre de 40 m e dispostas a cada 10 m. A altura livre interna é de 18,60 m. “Este hangar é provido de sistema mecânico de exaustão, cujo ar passa por sistema de filtragem/lavagem, uma vez que se destina à pintura das aeronaves”, lembra Gustavo.
As coberturas empregam chapas trapezoidais metálicas zipadas com tratamento acústico, mesmo material utilizado nos vedos laterais e no revestimento das portas. E novamente o aço comprovou sua eficiência, ao adaptar-se com precisão a todas as especificidades técnicas do projeto. (D.P.) M
P ROJETO DO E STÁDIO O LÍMPICO J OÃO
H AVELANGE MESCLA ARQUITETURA
E TECNOLOGIA , E USA O AÇO PARA ERGUER UMA PODEROSA COBERTURA
Vista aérea noturna do Estádio Olímpico João Havelange: a estrutura monumental tem como principal característica a cobertura sustentada por quatro grandes arcos tubulares, que vencem vãos de 221 m e 163 m. A tecnologia construtiva do aço em perfeita harmonia com a criatividade do projeto de arquitetura resulta em “uma demonstração inequívoca do acerto da associação plástica entre a vontade criadora e o rigor matemático do projeto estrutural”, de acordo com Carlos Porto
DESDE A ANTIGUIDADE, estádios para a prática esportiva são verdadeiros ícones da arquitetura mundial. Do italiano Coliseu, em Roma, ao Parque Olímpico de Pequim, na China do século XXI, centros esportivos deste porte são mais do que palcos para feitos heróicos. São obras marcadas por apuros técnico e estético bastante evidentes em construções como a que mostramos aqui, do Estádio Olímpico João Havelange.
Seu criador, o arquiteto Carlos Porto, do escritório Carlos Porto Arquitetos Ltda., descreve a imponência das arenas esportivas idealizadas e projetadas atualmente. “Estádios não são apenas trabalhos de engenharia, mas antes a expressão cultural e esportiva de um povo. Mesmo quando classificados como uma modalidade da arquitetura utilitária, eles renovam naturalmente seus laços com a arquitetura de apelo artístico”.
Neste sentido, e no caso do Engenhão, como o Estádio João Havelange
é carinhosamente chamado pelos cariocas, a identidade arquitetônica com a cultura local está na cobertura, atirantada em quatro arcos, que lhe “dá movimento inerente às provas esportivas”, lembra o arquiteto. Erguido para receber as competições dos Jogos Pan-americanos de 2007, o estádio é um sonho iniciado em 1995 e concretizado a partir de 2002, quando definiu-se o Rio de Janeiro como a sede das competições.
O projeto de autoria dos arquitetos Carlos Porto, Geraldo Lopes, Gilson Santos e José R. Ferreira Gomes é o resultado de uma sucessão de três projetos diferenciados que tinham em comum uma característica inconfundível: a sustentação da ampla cobertura por quatro arcos metálicos, apoiados em pilares externos ao longo do seu contorno.
Os tirantes de suspensão suportam 42 tesouras treliçadas, com 50 m de comprimento, formando um anel arqueado para o apoio do sistema de cobertura. As tesouras estão espaçadas a aproximadamente 20 m cada e interligadas por joists, que, por sua vez, travam as tesouras e recebem o sistema de cobertura. Nos setores leste e
Acima, a fase de instalação dos arcos tubulares sobre as colunas de concreto que a sustentam. Abaixo, vista interna das formas ovaladas do Estádio, com eixos que medem 284 m e 232 m Celso BrandoDesenho da proposta de projeto arquitetônico de 1995 para o estádio. A versão final é resultado de três projetos diferenciados que se sucederam guardando uma característica inconfundível e comum a todos: a sustentação da ampla cobertura por quatro arcos metálicos apoiados em pilares externos ao seu contorno e que se ajustavam tanto na diagonal quanto formando ângulos retos entre si
oeste tem-se dois arcos planos, com vão livre de 221 m – o segundo maior do mundo –, formados por perfis tubulares com 2.000 mm de diâmetro e espessuras variando de 22 a 25 mm, e cada arco é estabilizado por tirante inferior tensionado e composto por tubo com 800 mm de diâmetro e 19 mm de espessura. A flecha entre os arcos e tirantes é de 31,40 m, e estes conjuntos apóiam-se em colunas de concreto armado – com altura de 42 m, diâmetro de 4,80 m e espessura da parede de 35 cm, e com seção tubular circular.
Já nos setores norte e sul, existem dois arcos planos com vão livre de 163 m, formados por perfis tubulares com 2.000 mm de diâmetro e espessuras variando de 19 a 25 mm. Cada arco é estabilizado por tirante inferior e tensionado, composto por tubo com diâmetro de 800 mm e espessura de 19 mm.
A complexidade e o ineditismo do Engenhão exigiram, ainda, mais uma etapa construtiva: determinar corretamente o efeito do vento sobre a cobertura. Para isso, foram realizados testes em modelo reduzido no túnel de vento do laboratório canadense RWDI, e, após várias análises, determinou-se a adoção de 16 diferentes carregamentos. O resultado do projeto, que soube aliar criatividade arquitetônica a modernos processos construtivos, é definido por Carlos Porto como “uma demonstração inequívoca do acerto da associação entre plasticidade, vontade criadora e rigor matemático no projeto estrutural, tornando a repetição lúdica e inesperada dos arcos do estádio sua marca inconfundível”. (D.P.) M
> Projeto arquitetônico: Carlos Porto, Geraldo Lopes, Gilson Santos e José Raymundo Ferreira Gomes (Lopes Santos & Ferreira Gomes Arquitetos e Carlos Porto Arquiteto Ltda.)
> Colaboradores: Cecília Moreira, Renato Silveira, Diogo Taddei, Rafael Segond, Marcelo Fernandes, Patrícia Miranda e Paola Saito
> Área construída: 182.371,00 m²
> Aço empregado: tubos dos arcos principais: aço patinável de maior resistência à corrosão; Tesouras: ASTM A572 GR50; joists: ASTM A 588
> Projeto estrutural: Flavio D’Alembert (Projeto Alpha Engenharia de Estruturas) e Jefferson Andrade (Andrade e Rezende)
> Fornecimento da estrutura metálica: Sulmeta e Indutech
> Execução da obra: fase 1: Consórcio Racional/Delta/Recoma; fase 2: Consórcio Odebrecht/OAS
> Local: Rio de Janeiro, RJ
> Data do projeto (início): 1995
> Conclusão da obra: 2007
TELHAS E SISTEMAS DE COBERTURA EM AÇO FABRICADOS EM SÉRIE SE ADAPTAM A DIVERSOS TIPOS DE EMPREENDIMENTOS, OTIMIZAM O TEMPO DE EXECUÇÃO DAS OBRAS E PODEM DAR UM TOQUE ESPECIAL AO PROJETO
APRESENTADAS NOS PAVILHÕES de Exposições Universais, as coberturas metálicas começaram a ser utilizadas na Europa a partir da segunda metade do século XIX e permitiam criar espaços inteiramente novos. Por sua leveza e velocidade construtiva, logo tiveram seu potencial descoberto por outros setores. Aos poucos, foram plenamente assimiladas e incorporadas a vários tipos de construções, como estações ferroviárias, mercados públicos e teatros, dentre outros.
Marco arquitetônico de São Paulo, a Estação da Luz chama a atenção pela exuberante cobertura em aço – elemento ostentado pela primeira vez na cidade. Projetada pelo britânico Charles
Henry, a estação inaugurada em 1901 é claramente baseada nas suas congêneres londrinas de então. Diante de uma indústria siderúrgica ainda inexistente no Brasil, os componentes da cobertura e da estrutura metálica foram importados de Glasgow, na Escócia. Com estilo eclético e de inspiração neoclássica, a estação tem, em seu terminal de passageiros, uma cobertura em arcos treliçados
Aos 107 anos, a Estação da Luz, no Centro de São Paulo, tem uma das mais bonitas e antigas coberturas metálicas da cidade. Projeto do inglês Charles Henry, a estação tem a cobertura formada por arcos de aço que vencem vãos de 38 m, complementados com acréscimos decorativos
que vencem um vão de 39m. Complementados com acréscimos decorativos, os arcos são acompanhados por vigas e consolos de chapas rebitadas.
De lá para cá muita coisa aconteceu no campo do desenvolvimento industrial. O setor da construção civil passou a demandar sistemas de cobertura fabricados em série, que não comprometessem prazos de execução cada vez mais exíguos. Quando adequadamente utilizados, eles aumentam a viabilidade econômica e otimizam o tempo de execução dos projetos. Confira nas páginas a seguir alguns exemplos de como estas soluções fazem a diferença em diversos tipos de empreendimentos.
Cristiano Mascaro/SambaPhotoProjeto arquitetônico: Roberto MacFadden (Opus Oficina de Projetos Urbanos); área construída: 60 mil m 2 ; aço empregado: aço galvanizado (cobertura); projeto estrutural: Consultest Consultoria Estrutural; fornecimento da cobertura metálica: Marko Sistemas Metálicos; execução da obra: OAS; data do projeto: 2000; conclusão da obra: 2000
Projetar um enorme galpão – 60 mil m2 de área construída – que tivesse o menor número possível de pilares e favorecesse o fluxo intenso e contínuo dos caminhões que por ali passariam. Era este o desafio que se colocava para a Opus Oficina de Projetos Urbanos, ao projetar e coordenar a construção de um Centro de Distribuição do Pão de Açúcar. Erguido na Marginal Pinheiros, em São Paulo, o espaço deveria centralizar o armazenamento e distribuição dos produtos não-alimentícios que o grupo recebe diariamente, sendo grande a quantidade de caminhões que ali descarregam mercadorias. Diante desta situação, os arquitetos escolheram uma cobertura no sistema roll-on. Muito utilizado em depósitos, hipermercados e outros empreendimentos do gênero, o sistema diminui significativamente a quantidade de pilares ao permitir colocar um apoio a cada metro de vigas treliçadas, além de facilitar a instalação de estruturas complementares. Foram instalados 55 mil m2 de coberturas, que vencem vãos de 21,70 x 27,30 m. Concluída em um curto período de tempo, a cobertura é complementada por treliças verticais, e facilita o trabalho das empilhadeiras utilizadas no empreendimento para organizar os produtos.
Projeto arquitetônico: CH2M Hill do Brasil; área construída: 26 mil m 2 ; aço empregado: ASTM A572 ; projeto estrutural: MCS Construções; fornecimento da cobertura metálica: Solesa Soluções Estruturais S/A; execução da obra: Construcap Engenharia e Comércio; data do projeto: 2006; conclusão da obra: 2008
Inaugurado em julho deste ano, o Wal-Mart Supercenter Vila Leopoldina foi a primeira unidade da rede na Zona Oeste de São Paulo, e comercializa mais de 60 mil itens, entre alimentos e não-alimentos, dispostos em 6.500 m² de área de vendas. Para abrigar toda esta infra-estrutura, a loja exigia um projeto arquitetônico livre de pilares, pois eles dificultam a distribuição das gôndolas e a organização dos corredores. Por isso, a opção foi por um sistema de cobertura constituído de treliças metálicas fabricadas com cantoneiras dotadas de abas diferenciadas, que exercem a função de terças no sistema de cobertura e fechamento lateral. Além das cantoneiras, a solução conta com elementos de estabilização global da treliça, que são os tirantes fabricados com cantoneiras laminadas e os contraventamentos fabricados com bar-
ras circulares. O sistema, que possui estruturas de baixo peso, é uma opção interessante para hipermercados, uma vez que permite flexibilizar o layout do projeto e diminuir o número de colunas. Instalado em uma unidade do Wal-Mart que abraçou os princípios da construção sustentável, o sistema de cobertura foi parcialmente revestido com material translúcido,de forma a facilitar a entrada de luz natural e reduzir o gasto de energia durante o dia.
Projeto arquitetônico: Ana Maria Lemos, Silas Varizo; colaborador: Alexander R. Di Lacerda; aço empregado: aço galvanizado e pr é-pintado; projeto estrutural: Eng. Paulo Sérgio Ribeiro (Ferenge Engenharia); fornecimento da cobertura metálica: Isoeste Construtivos Isotérmicos; execução da obra: Toctao Engenharia; data do projeto: 2002, conclusão da obra: 2002
O ginásio da Universidade Católica de Goiás deveria ter um vão livre significativo – quase 50 m – que comportasse uma quadra poliesportiva e equipamentos de ginástica. As atividades propostas exigiam também que o local fosse bem ventilado. Em uma área de 3.630 m 2, os arquitetos Ana Maria Lemos e Silas Varizo planejaram uma cobertura em aço de 65,65 x 55,30 m, dividida em dez inclinações, para facilitar a captação de águas pluviais. A estrutura foi toda executada em tubos de aço: treliças e vigas alveolares. Como a área de cobertura era grande e a cidade enfrenta muitas chuvas, foi feito no telhado um movimento que favorece a instalação de várias calhas, fixadas nas treliças, enquanto as laterais são protegidas por longos beirais. Na cobertura, foi utilizada telha isotérmica com miolo de EPS. Produzida em um sistema contínuo de perfilação, colagem e prensagem, a telha possui cinco trapézios, que lhe asseguram boa resistência mecânica e permitem um espaçamento maior entre as terças. No caso de uma construção como o ginásio, telhas com núcleo em poliestireno possibilitam isolamento térmico maior, reduzindo substancialmente o consumo de energia. Além disso, a cobertura em aço contribuiu para otimizar a execução do projeto. “Enquanto preparávamos o canteiro, as peças eram montadas, e depois encaixadas na obra como um jogo de montar”, conta a arquiteta Ana Maria Lemos. “Com isso, conseguimos concluir a obra em um prazo diferenciado.”
Projeto arquitetônico: André Vainer e Guilherme Paoliello; colaboradores: Luciana Yamamura, Mariana Viégas, Daniel Pollara e Hu mberto Guimarães; área construída: 277 m 2 ; aço empregado: ASTM A570; projeto estrutural: Abax Estruturas; fornecimento da estrutura metálica: Abax Estruturas; execução da obra: C.P.A Engenharia e Construções; data do projeto: 1999; conclusão da obra: 2000
Ao abrir uma nova unidade no Itaim Bibi, em 2000, o restaurante Ritz precisava repetir o sucesso de sua primeira unidade, inaugurada nos Jardins quase 20 anos antes. Responsáveis pelo projeto, os arquitetos André Vainer e Guilherme Paoliello optaram pelas formas simples, em harmonia com o galpão em que o restaurante estaria sediado. A cobertura metálica segue essa mesma premissa. A dupla desejava criar um shed que fugisse do convencional, tivesse formas arredondadas e proporcionasse uma grande área iluminada, banhando de luz as curvas que compõem o telhado e proporcionando uma iluminação suave e constante. Para tanto, foi feita na cobertura, que vence um vão de 6,5 m2, uma composição com tesouras metálicas. As tesouras em aço foram escolhidas pelos arquitetos porque podem ser executadas com facilidade e apresentam ótimo desempenho estrutural, além de acelerarem a finalização do projeto.
Projeto arquitetônico: Antonio Dias Neto (Lopes Dias Ateliê de Arquitetura); área construída: 28 mil m 2 ; aço empregado: na estrutura metálica, ASTM A572 e, na cobertura, telhas em aço galvanizado; projeto estrutural: Alaxis Tecnologias Inovativas Ltda.; fornecimento da estru tura metálica: Forte Metal e Gradimetal Construções Metálicas Ltda.; fornecimento da cobertura metálica: Marko Construções; execução da obra: Construcap Engenharia e Comércio; data do projeto: 2005; conclusão da obra: 2007
Inaugurado em 2007, na Zona Norte da capital paulista, o Santana Parque Shopping é um empreendimento alinhado com as tendências atuais de construções ecologicamente corretas, tendo sua própria estação de tratamento de água, central de destinação para óleo de cozinha, e diversos equipamentos que reduzem o consumo de água e energia. Com projeto assinado pelo arquiteto Antonio Dias Neto, o shopping tem o interior que lembra uma praça, com vão central que propaga a luz natural por meio de uma clarabóia.
Para a cobertura foi escolhida uma estrutura de aço com o sistema roll-on, pois era preciso manter a planta o mais livre possível
e, desta forma, vencer grandes vãos em áreas destinadas a lojas âncoras e cinema. O engenheiro de estruturas Nazir Abdo, da Alaxis Tecnologias Inovativas Ltda., responsável pelo projeto estrutural, afirma que, em uma obra deste tipo, este sistema de cobertura permite maior velocidade de instalação, escoamento fácil da água e dá mais flexibilidade quanto aos pontos de fixação de utilidades como ar-condicionado e forros, além de ser uma solução de baixo peso. A cobertura foi complementada com um isolamento termoacústico constituído de lã de vidro sobre um feltro leve e flexível, revestido por papel Kraft, o que diminui expressivamente a passagem do calor.
Principal matéria-prima dos produtos fabricados pela Bruning Tecnometal, o aço foi plenamente incorporado ao projeto arquitetônico da nova sede da empresa. Em uma proposta que reflete o nível tecnológico atingido pela companhia, foram utilizadas 83 toneladas do material, que funciona como o principal elemento estrutural e estético, e não poderia deixar de estar presente também na cobertura. Com dimensões de 850 m², a cobertura recebeu telhas metálicas trapezoidais em aço galvanizado, pré-pintadas e fixadas em terças metálicas com parafusos autoperfurantes, com beiral frontal de 65 cm e lateral de 150 cm. A telha metálica da cobertura recebeu isolamento com manta de lã mineral, contribuindo para o isolamento térmico da edificação. A utilização do aço no sistema estrutural permitiu economia nas fundações e agilidade de execução da obra, pois os elementos chegavam prontos da fábrica e, no canteiro de obras, eram montados com ligações aparafusadas.
Projeto arquitetônico: Oscar Escher (O.E. Arquitetos e Urbanistas S/S Ltda.); área construída: 761, 41m 2 ; aço empregado: ASTM A36; projeto estrutural: NEK Engenharia Ltda; fornecimento da estrutura metálica: AEB Estruturas metálicas Ltda.; fornecimento da cobertura metálica: ArcelorMittal Perfilor S/A; data do projeto: 2004; conclusão da obra: 2007Projeto arquitetônico: Ubirajara Moretti; colaboradora: Patrícia Fleischfresser; área construída: 52 mil m 2 ; aço empregado: ASTM A572; projeto estrutural: Andrade & Rezende; fornecimento da estrutura metálica: Medabil; fornecimento da cobertura metálica: MBP – Metalúrgica Barra do Piraí; execução da obra: Consórcio Aeroporto (Norberto Odebrecht/Queiroz Galvão); data do projeto: 2000; conclusão da obra: 2004
Inaugurado em meados de 2004, o terminal de passageiros do aeroporto Guararapes, em Recife (PE), já se tornou marca registrada da cidade. O projeto assinado pelo arquiteto Ubirajara Moretti propõe estruturas inovadoras, que se beneficiam do farto uso do aço – foram utilizadas 4.200 toneladas do material na construção, boa parte delas empregada na bela cobertura. Com dimensões de 52 mil m², ela tem estrutura tubular em aço patinável, 100% aparafusada. A estrutura é formada por pórticos treliçados espaçados a cada 15 m em seção retangular, com faces treliçadas em tubos quadrados e retangulares.
Transversais a estes pórticos, correm vigas principais e terças, formando uma grande grelha espacial. O sistema utiliza, como tirantes, hastes tubulares em seção quadrada, que convergem para os pilares principais da obra. No centro da cobertura há um grande vazio de forma elíptica, que desenvolve duas grandes faces de vidro. Uma das faces dá para a área do terminal de passageiros, enquanto a outra se volta para o edifício-garagem. Já a elipse principal integra os pórticos principais da estrutura. Estes pórticos foram desenhados contornando esta elipse, que tem em seu centro uma grande clarabóia revestida em vidro. A cobertura foi revestida com telhas metálicas duplas, em sistema sanduíche. A base inferior é composta por telhas trapezoidais de 40 mm, seguidas por uma manta de lã de rocha de 50 mm, uma camada de chapa lisa metálica e, por fim, mais uma camada de telhas trapezoidais. Aplicado em toda a cobertura, o sistema garante o isolamento térmico da edificação e também atenua os ruídos provocados pelas aeronaves. (J.G.) M
Priscila SalemiCarlos Pantaleão Carlos Pantaleão Priscila SalemiDevido à sua resistência, tecnologia e praticidade, o aço foi utilizado de diversas maneiras: em perfis I nas vigas principais e secundárias das clarabóias e em tubos para a estrutura espacial de cobertura das plataformas de embarque. Além disso, as telhas de cobertura são em aço galvanizado e no fechamento lateral foram utilizadas telas metálicas
COM 31,8 KM DE EXTENSÃO , o Expresso Tiradentes, corredor exclusivo de transporte público da capital paulista, incorpora o que há de mais moderno em tecnologia construtiva em vigas e coberturas metálicas.
Com dez terminais em sua extensão, ligando o Parque D. Pedro II, no centro de São Paulo, aos bairros do Sacomã e Cidade Tiradentes, o aço foi utilizado devido à sua capacidade de permitir grandes vãos, facilidade e rapidez na montagem, além de criatividade na elaboração de projetos arquitetônicos mais arrojados.
Projetado pelo arquiteto Ruy Ohtake, o Terminal Mercado destaca-se por sua cobertura em forma de gare, cujo princípio é dar conforto ao usuário. Ela recebeu estrutura metálica espacial, confeccionada em aço patinável, com diâmetros principais dos tubos de 101,6 mm, 114,3 mm, e apoiada em seis pilares circulares de concreto.
> Projeto arquitetônico: Ruy Ohtake Arquitetura e Urbanismo
> Área construída: 2.850 m²
> Aço empregado: perfis “I” e “U”, tubos de diâmetro circular e retangular em aço patinável de maior resistência à corrosão
> Projeto estrutural: Limonge de Almeida S/C
> Fornecimento e montagem da estrutura metálica: Araya do Brasil Industrial Ltda.
> Construção: Consórcio Queiroz Galvão/Andrade Gutierrez
> Local: São Paulo, SP
> Data do projeto: 1997
> Conclusão da obra: 2007
O projeto arquitetônico foi concebido em aço desde o princípio, como na catenária formada por placas metálicas perfuradas (ao lado, acima), nas passarelas (ao lado, no meio) que interligam os três níveis da Estação Sacomã do Expresso Tiradentes (ao lado, abaixo)
Coberta com telhas galvanizadas trapezoidais, a estrutura espacial tem os fechamentos laterais estruturados com tubos quadrados na dimensão 250 x 100 x 8,2 mm e 100 x 80 x 3 mm.
As empenas curvas do fechamento lateral configuram um anteparo flutuante em forma de catenária, revestidas com telas metálicas perfuradas, cujo desenho permite ao usuário apreciar a silhueta da cidade de dentro da estação.
No total, foram utilizadas na cobertura 200 toneladas de aço e outras 50 toneladas no fechamento lateral. Mais uma vez o aço contribuiu com soluções modernas para as necessidades da infra-estrutura da cidade de São Paulo. (D.P) M
CRIADO PELO ESCRITÓRIO NÚCLEO DE ARQUITETURA, o Terminal de Ônibus Urbanos da Lapa, em São Paulo, traz como destaque as coberturas de aço curvas das plataformas de 110 m de comprimento, onde a luz solar penetra o espaço de forma indireta e difusa. Além de privilegiar a iluminação natural, o projeto, desenvolvido pelos arquitetos Luciano Margotto Soares, Marcelo Ursini e Sérgio Salles, incorpora recursos que promovem o diálogo do conjunto arquitetônico com o entorno.
Um exemplo é a parede sinuosa revestida de tijolos, acabamento que faz referência visual à Estação Ciência da Universidade de São Paulo (USP), logo ao lado. O terminal também está rodeado por construções tradicionais do bairro, como o mercado municipal, a estação ferroviária, uma praça pública densamente arborizada e a antiga garagem de bondes da Lapa, além de um shopping center.
“O partido do projeto nasce do diálogo com o contexto, no qual estes edifícios são peças importantes”, afirma Soares.
Nas plataformas, os arcos metálicos vencem vãos de 20 m, e sustentam terças de mesmo material que, por sua vez, servem de apoio para telhas do tipo sanduíche. “Os arcos leves de aço configuram uma sensação espacial de interioridade típica das antigas gares, ao mesmo tempo em que transmitem, com eficiência, os esforços transversais da estrutura para as grandes vigas”, explicam os autores do projeto.
> Projeto arquitetônico: Luciano Margotto Soares, Marcelo Ursini e Sérgio Salles (Núcleo de Arquitetura)
> Colaboradores: Alexander Gaiotto Mioshi, Ana Virgínia Italiani, André Y. Ciampi, Luís Cláudio M. Dias, Letícia Campanelli e Lílian M. da Silva
> Área construída: 6.597.46 m²
> Aço empregado: ASTM 572 GR50
> Projeto estrutural: Jorge Hauy (Hauy & Bechara Engenheiros Associados Ltda.)
> Fornecimento da estrutura metálica: Projecta
> Execução da obra: Paulitec
> Local: São Paulo, SP
> Data do projeto: 2002
> Conclusão da obra: 2003
Inspiradas nas antigas gares, as coberturas curvas das plataformas vencem vãos de 20 m por meio de arcos metálicos que se apóiam nas grandes vigas longitudinais de concreto. Além do vencimento dos vãos, o aço também permitiu a configuração de elementos estruturais esbeltos e leves, coerentes com a linguagem arquitetônica definida pelo projeto. Aberturas e recuos nas telhas do tipo sanduíche privilegiam a luz natural e a saída da fumaça produzida pelos ônibus. Revestida com tijolos, a fachada sinuosa do terminal remete à Estação Ciência da USP, localizada ao lado
Para deixar a luz entrar, as telhas estão recuadas em relação às vigas. Projetadas com o mesmo propósito, aberturas longitudinais vazadas percorrem a parte central das coberturas, ao mesmo tempo em que permitem a saída da fumaça produzida pelos ônibus. Abas horizontais de concreto funcionam como elementos de correção da incidência solar no encontro entre a estrutura metálica e as vigas longitudinais. (V.F.) M
Fotos Nelson KonC ONCESSIONÁRIA H ONDA EM C URITIBA SE DESTACA POR ESTRUTURA E COBERTURA EM AÇO , QUE APROVEITAM A TOPOGRAFIA ACIDENTADA DO TERRENO E CONFEREM VISUAL DIFERENCIADO AO PROJETO
AO FAZER O PROJETO DA NIPONSUL, concessionária Honda em Curitiba (PR), o escritório Realiza Arquitetura precisava planejar uma edificação de impacto para valorizar o ponto comercial – uma esquina em formato de cunha – e atender às necessidades operacionais do estabelecimento. Em um terreno de planta heterodoxa – triangular e com declive – a opção foi por uma arquitetura leve e contemporânea, diferente dos modelos já consagrados por outras empresas do mesmo segmento. O formato escolhido pelos projetistas e pelo cliente combinava estruturas metálicas, cobertura em aço, concreto armado e fachada de vidro.
Diante de um subsolo com mais de 5 m de pé-direito, e área superior a 1,8 mil m2, decidiu-se que o mais adequado seria utilizar estruturas metálicas. O grande desafio era a necessidade de se ter todas as colunas metálicas diferentes entre si na altura – que varia de 11,50 a 4 m – para atender ao volume irregular criado pela fachada de vidro.
Para atingir a todos estes objetivos,
Os grandes volumes que se opõem à fachada de vidro são elementos de fachada. Para viabilizá-los, lançou-se mão de enormes vigas metálicas treliçadas que foram encapadas por chapas cimentícias lisas, criando, assim, o volume requerido pelo projeto arquitetônico
Desenhado em formato de prisma, para acompanhar a topografia do terreno, o projeto arrojado e com detalhes únicos pedia soluções nada convencionais. A pedido do cliente, era fundamental que a loja apresentasse funcionalidade e uma linguagem contemporânea. A estrutura metálica frontal e a imensa fachada de vidro em geometria triangular deram leveza, impacto e visibilidade, e valorizaram o prédio que abriga uma concessionária de automóveis
> Projeto arquitetônico: Frederico Carstens e Antônio J. Gonçalves Jr. (Realiza Arquitetura)
> Colaboradores: Rafael Dal-Ri e Michel Rodrigues
> Área construída: 2.655.90 m²
> Aço empregado: ASTM A36 em perfil dobrado, perfil laminado, tubo retangular e tubo redondo (estrutura); telhas de aço galvanizado e pré-pintado
> Projeto estrutural: Andrade & Rezende Engenharia de Projetos Ltda.
> Estrutura metálica: Andrade Rezende (projeto); Pirih Engenharia (execução)
> Construtora: Engemática
> Local: Curitiba, PR
> Data do projeto: 2007
> Conclusão da obra: 2008
nas vigas da fachada e na estrutura da cobertura em aço optou-se pela fixação com parafusos e vários tipos de perfis, em que se destaca o perfil dobrado 100 x 50 x 3 mm e os tubos retangulares com seção 200 x 100 x 4,7 mm, todos com especificação ASTM A36. Já na cobertura, foram utilizadas telhas metálicas trapezoidais pré-pintadas na cor branca, com espessura de 0,65 mm. Fixadas com parafusos auto-atarrachantes, oferecem um excelente acabamento e funcionalidade. Revestindo o volume formado pela viga metálica de 32 m de vão livre, foram utilizadas chapas lisas pré-pintadas brancas com espessura de 0,65mm e pequenas pingadeiras nas bordas.
A solução estética encontrada pelos arquitetos Frederico Carstens e Antônio J. Gonçalves Jr., que propuseram a estrutura e a cobertura em aço, está em sintonia com as necessidades técnicas do projeto, como leveza, resistência, rapidez de execução e capacidade de adaptação às formas irregulares da construção. Já a estrutura metálica projetada pela empresa Andrade Rezende atendeu não somente ao projeto arquitetônico, mas procurou otimizar a fabricação, o transporte e a montagem da estrutura.
Segundo o responsável técnico pela obra, o engenheiro Euclides Ciruelos, diretor da Engemática – Engenharia e Informática Ltda., “a fidelidade ao projeto arquitetônico foi uma preocupação constante, assim como a escolha e definição dos fornecedores”. E o resultado final foi uma edificação de grande apelo visual e transparência, que se destaca na paisagem e facilita a visualização dos veículos. (A.B.) M
Acima, a agência vista dos mezaninos. Com o desenho escolhido para as tesouras de aço os arquitetos conseguiram a claridade desejada e uma ventilação natural. Ao lado, o prédio antigo da fábrica que deu lugar a dois novos pavilhões. Um deles, recoberto por fotos, foi todo construído em estrutura metálica e revestido de alvenaria. Atrás dele, o pavilhão amarelo, que já existia na antiga fábrica da BIC e foi apenas reformado. Hoje, abriga o estacionamento e as empresas parceiras
EM MEADOS DE 2003, a agência de publicidade Neogama/BBH deparou-se com uma missão difícil. Em apenas seis meses, era preciso encontrar um novo local para funcionar, reformá-lo e se mudar, pois o galpão que ocupava, havia quatro anos, tinha sido vendido pelo proprietário. A opção foi migrar para uma antiga fábrica da BIC, na Vila Leopoldina – bairro paulistano de origem industrial, mas em expansão imobiliária. Os arquitetos André Vainer e Guilherme Paoliello foram incumbidos de transformar, em um curto período, a velha construção fabril em uma clara agência de publicidade. Para isto, eles optaram pela agilidade e praticidade das estruturas metálicas – nas paredes, na cobertura, nas passarelas e mezaninos.
Um dos pavilhões da antiga construção foi mantido e, hoje, abriga o estacionamento, as áreas técnicas e as empresas parceiras da agência. Um pavilhão complementar – inicialmente branco e, agora, coberto por fotos – foi construído em estruturas metálicas e revestido de alvenaria, dando a impressão de ser todo feito de tijolos. Já o corpo principal da fábrica foi demolido para dar lugar a um novo pavilhão, com cobertura e fechamento lateral de telhas de aço, onde está instalada a agência propriamente dita.
“Descartamos as coberturas de madeira e de concreto justamente por não nos darem mobilidade de tempo. E, além da velocidade de construção que a cobertura metálica permite, consideramos os méritos estéticos e a leveza que ela traz para o projeto”, conta o arquiteto André Vainer, responsável pelo desenho da cobertura que deveria, também, vencer um vão de 32 m.
Segundo André, o projeto foi pensado de forma a aproveitar ao máximo possível a iluminação natural. “Ensaiamos alguns tipos de tesouras que incorporassem áreas de iluminação e chegamos a esta tesoura. Ela aproveita a luz da abóboda e também a luz que é refletida no próprio telhado”, afirma.
Fotos Nelson KonNa Neogama/BBH, todo mundo enxerga todo mundo. A estação de trabalho está no meio de tudo e as salas de reuniões, bibliotecas e até a presidência ficam em salas envidraçadas. O charme da agência é completado pelos mezaninos e passarelas, trazidos do antigo endereço, e pelas cores quentes. Ao lado, corte do pavilhão com estacionamento e do pavilhão novo – local onde a agência funciona – que recebeu a nova estrutura metálica
Na estrutura de aço, dois grandes sheds assimétricos foram projetados para a iluminação das áreas de trabalho. Vainer desenhou uma tesoura diferenciada, com sheds incorporados, e com uma lógica de desenho que faz um aproveitamento total da luz natural – a da abóboda e a refletida.
”Esta estrutura é toda personalizada. O arquiteto fez os cálculos e entramos com o projeto de detalhamento das tesouras, terças e contraventos, utilizados para absorver a ação das correntes de ar”, conta o engenheiro mecânico Aílton Gonçalves, da Engemetal construções e montagens, empresa responsável pela produção e instalação da cobertura. Para uma melhor acústica e proteção térmica, foram usadas telhas metálicas tipo sanduíche, com miolo de poliuretano injetado.
Reaproveitamento foi o outro ponto que norteou o processo. Todos os mezaninos e passarelas do antigo endereço se mudaram para a Vila Leopoldina. Criadas pela Construfer Estruturas Metálicas para que pudessem ser desmontadas e carregadas, as peças se encaixaram no novo projeto, tendo apenas que ser complementadas onde fosse necessário.
O resultado é um ambiente totalmente descontraído, que tem seus três pavilhões integrados por meio das passarelas, mezaninos e salas envidraçadas. Sem dúvida um espaço ideal para instigar a criatividade. (C.V.) M
> Projeto arquitetônico: André Vainer e Guilherme Paoliello
> Colaboradores: Fernanda Neiva, Gil Mello, João Paulo Meirelles de Faria
> Área construída: 5.650 m2
> Aço empregado: ASTM A36
> Projeto estrutural: Engemetal Construções e Montagens Ltda.
> Fornecimento da estrutura
metálica da cobertura: Engemetal Construções e Montagens Ltda.
> Fornecimento da estrutura
metálica dos mezaninos: Construfer Estruturas
Metálicas Ltda.
> Fornecimento da estrutura
metálica complementar: Enteco Engenharia e Construções Ltda.
> Execução da obra: Takeyama
Engenharia Ltda.
> Local: São Paulo, SP
> Data do projeto: 2003
> Conclusão da obra: 2004
Ana Maria Lemos Av. C8, n° 1.080, cj. 105/106, setor Bueno – Goiânia (GO)
Tel.: (62) 3251-3307
Email: anamlemos@uol.com.br
André Vainer e Guilherme
Paoliello Arquitetos Rua Girassol, n° 52 –São Paulo (SP)
Tel.: (11) 3814-8655
E-mail: arquitetos@ vainerepaoliello.com.br www.vainerepaoliello.com.br
Augusto França Neto Arquitetos Associados Rua Sergipe, n° 795 –São Paulo (SP)
Tel.: (11) 3662-2139
Carlos Porto Arquitetos Ltda. Rua Visconde de Inhaúma, n° 50, sala 702 –Rio de Janeiro (RJ)
Tel.: (21) 2253-4564
E-mail: losango@unisys.com.br
Lopes Dias – ateliê de arquitetura
Rua Casa Forte, n° 457 –Água Fria – São Paulo (SP) Tel.: (11) 2996-2682 www.lopesdias.com.br
Moretti Arquitetura
Rua Renato Tadeu, n° 412 – Curitiba - PR
Tel.: (41) 3016-2934
E-mail: moretti@hotlink. com.br
Núcleo de Arquitetura
Rua Alagoas, n° 900, piso superior – São Paulo (SP) Tel.: (11) 3826-9790
E-mail: nucleoarq@uol.com.br
O. E. Arquitetos e Urbanistas
Trav. Pedro Modesto Rampi, n° 18, cj. 607 –Porto Alegre (RS) Tel.: (51) 3219-9342
E-mail: escher@escher.arq.br www.escher.arq.br
Opus Oficina de Projetos
Urbanos
Rua Major Sertório, n° 21, cj. 32 – São Paulo (SP)
Tel.: (11) 3255-4313
E-mail: opus@opusoficina. com.br
Realiza Arquitetura
Rua Alcebíades Plaisant, n° 575 – Água Verde –Curitiba (PR)
Tel.: (41) 3242-0052
E-mail: realiza@realiza.com www.realiza.com
Ruy Ohtake Arquitetura e Urbanismo
Avenida Faria Lima, n° 1.597 –11° andar – São Paulo (SP)
Tel.: (11) 3094-8001
E-mail: ruy@ruyohtake.com.br
PROJETO ESTRUTURAL
Andrade Rezende Engenharia de Projetos
Rua Carmelo Rangel, n° 898 – Curitiba (PR)
Tel.: (41) 3342-8575
E-mail: comercial@ andraderezende.com.br www.andraderezende.com.br
Consultest
Av. Angélica, n° 184, cj. 1.203/1.204 – São Paulo (SP)
Tel.: (11) 3661-7033
E-mail: consust@terra.com.br
Flávio D’Alambert
Praça das Papoulas, n° 30, 3° andar – Alphavile –Barueri (SP)
Tel.: (11) 4195-6136
E-mail: alambert@terra.com.br
Ferenge Engenharia
Av. T-13 com r. S-3, n° 759, Q S-9, lote 14, sala 2, Setor Bela Vista – Goiânia (GO)
Tel.: (62) 3255-2777
E-mail: ferenge@terra.com.br
Hauy & Bechara Engenheiros
Associados
Rua Abílio Soares n° 233, cj. 104 – São Paulo (SP)
Tel.: (11) 3887-8988
J orgeny Catarina Gonçalves
Rua Pitangueiras, n° 430, sala 2 – São Paulo (SP)
Tel.: (11) 5594-0380
E-mail: jorgeny_eng@uol. com.br
Limonge de Almeida
– Consultoria e Projetos Ltda.
Av. da Independência, n° 2.832, sala 6 – São Mateus –Juiz de Fora (MG)
Tel.: (32) 3236-2527
MCS – Montagens, Construções e Serviços
Rua Américo Brasiliense, n° 1.765, cj. 121/122 – Chácara
Santo Antônio – São Paulo (SP)
Tel: (11) 5181-2950
www.mcsconstrucoes.com.br
NEK - Engenharia Ltda.
Av. Iguaçu, n° 119, cj. 402 –Porto Alegre (RS)
Tel.: (51) 3338-0959
www.nekengenharia.com.br
CONSTRUTORAS
CH2M Hill do Brasil
Rua do Rócio, n° 351, 5° andar, cj. 52 –São Paulo (SP)
Tel: (11) 3040-0808
E-mail: ch2m@ch2m.com
Construcap Engenharia e Comércio
Rua Bela Cintra, n° 24 – Consolação – São Paulo (SP) Tel.: (11) 3017-8000 www.construcap.com.br
C.P.A Engenharia e Construções
Av. Nove de Julho, n° 4.877, cj. 91 B – São Paulo (SP) Tel.: (11) 3702-2030 www.cpaeng.com.br
ENGEMÁTICA – Engenharia e Informática
Av. Getúlio Vargas, n° 2.932, cj. 1.106 –Água Verde – Curitiba (PR) Tel.: (41) 3343-3003
E-mail: engematica@ netpar.com.br
MGM Construtora
Av. Imperatriz D. Tereza Cristina, n° 422 –Jardim Guarani Campinas (SP) Tel.: (19) 3251-0466
OAS
Av. Angélica, n° 2.346
– Consolação – São Paulo (SP) Tel.: (11) 2124-1122 www.oas.com.br
Odebrecht
Av. das Nações Unidas, n° 8501, 32º andar – Ed. Eldorado Business Tower –Pinheiros – São Paulo (SP) Tel.: (11) 3096-8000 www.odebrecht.com.br
Paulitec Construções
Avenida Lineu De Paula Machado, n° 1.000 – Cidade Jardim – São Paulo (SP)
Tel.: (11) 2196-2450
E-mail: paulitec@paulitec. com.br
Pirih Engenharia Civil Rua Nova Esperança, n° 1.461 – Pinhais (PR)
Tel.: (41) 3668-1900
E-mail: pirih@pirih.com.br
Queiroz Galvão
Av. Rio Branco, n° 156, 30º andar – Rio de Janeiro (RJ)
Tel.: (21) 2131-7100 www.queirozgalvao.com.br
Takeyama Engenharia Ltda.
Rua Belmiro Braga, n° 58 – São Paulo (SP)
Tel.: (11) 3819-4595
E-mail: renato@takeyama. com.br
Toctao Engenharia
Rua T-65, n° 345 – Setor Bela Vista – Goiânia (GO)
Tel.: (62) 3255-5100
www.toctao.com.br
Andrade Gutierrez
Rua Dr. Renato Paes De Barros, n° 750 –São Paulo (SP)
Tel.: (11) 6161-3563
ESTRUTURA METÁLICA
Abax Estruturas
Av. Antônio Marques Figueira, n° 1.701 – Suzano (SP)
Tel.: (11) 4741-2100
www.abax-estruturas.com.br
AEB Estruturas Metálicas
Av. Getúlio Vargas, n° 6.880 – Canoas (RS)
Tel.: (51) 3472-2388 www.aeb.com.br
Alaxis Tecnologias Inovativas
Al. dos Indígenas, n° 121 –São Paulo (SP)
Tel.: (11) 2276-5179
E-mail: alaxis@uol.com.br
Aço Vertical Edificações
Rua Tenente Pedro Batista Bueno, n° 35 – Campinas (SP)
Tel.: (19) 3238-9297
Araya do Brasil
Rodovia Taubaté – Quiririm, Km 6 – Taubaté (SP)
Tel.: (12) 2123-4200
E-mail: estrutura@araya. com.br
ArcelorMittal Perfilor
Rua dos Pinheiros, n° 498, 15º andar cj. 151 –São Paulo (SP)
Tel: (11) 3065-3417
www.perfilor.com.br
Construfer Estruturas
Metálicas Ltda.
Av. Luis Carlos Gentile de Laet, n° 761 – São Paulo (SP)
Tel.: (11) 2994-4833
E-mail: construfer@ construfer.com.br
www.construfer.com.br
Engemetal Construções
e Montagens Ltda.
Rua Pedro Paulo Celestino, n° 150 – Diadema (SP)
Tel.: (11) 4070-7070
E-mail: engemetal@engemetal.com.br www.engemetal.com.br
Enteco Engenharia e Construções Ltda.
Av. Itaquera, n° 250 –São Paulo (SP)
Tel.: (11) 2783-7233
E-mail: enteco@enteco.com.br www.enteco.com.br
Forte Metal
Rua Wisard, n° 398, sala 3 –São Paulo (SP)
Tel.: (11) 3816-1714
Gradimetal Construções Metálicas
Rua Templários, n° 83 – Vila Formosa – São Paulo (SP)
Tel.: (11) 2671-8599
www.gradimetal.com.br
Indutech
Estrada Almirante Santiago Dantas – Guadalupe –Rio de Janeiro (RJ)
Tel.: (21) 3107-2095
E-mail: indutech.comercial@ veloxmail.com.br
Isoeste
Q-8, módulos 15/16 –Baia – Anápolis – Goiás (GO) Tel.: (62) 4015-1122 www.isoeste.com.br
Marko Sistemas Metálicos
Av. Américas, n° 3.693, Bloco 2 sala 303 – Barra da Tijuca (RJ) Tel.: 0800 7 020304
www.marko.com.br
MBP – Metalúrgica Barra do Piraí
Estrada Manoel Coutinho de Carvalho, nº 3.380 – Campo Bom – Barra do Piraí (RJ) Tel.: (24) 2447-9797
www.mbp.com.br
Medabil
Rua Fidêncio Ramos, n° 223, 14º andar – Vila Olímpia –São Paulo (SP)
Tel.: (11) 3573-3322
www.medabil.com.br
Projecta
Av. Projecta, n° 798 – Cumbica – Guarulhos (SP)
Tel.: (11) 2085-4355
www.projecta.com.br
Solesa
Rua Leopoldina, n° 585 – Vasco da Gama – Cariacica (ES)
Tel.: (27) 2122-7809
www.solesa.com.br
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PRÓXIMA EDIÇÃO:
Instituições de Ensino II - março de 2009
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Na edição no. 15, setembro de 2008, na ficha técnica das páginas 8 e 9, é preciso acrescentar o nome de Paulo André B. Barroso (TECHNICA Consultoria e Projetos) como responsável pelo projeto e detalhamento de estruturas metálicas.
Na ficha técnica da página 7, o nome da empresa Python Engenharia e Equipamentos Industriais foi grafado incorretamente.
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