Jornal Sul RS - Edição 10

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Notícias e Negócios

Circulação: Rio Grande e São José do Norte ANO I - Nº 10

NOVEMBRO DE 2017

CIRCULAÇÃO DIRIGIDA

Em 2009 inspetores da Receita Federal descobriram no porto do Rio Grande lixo doméstico e hospitalar vindos em contêineres da Europa, ao invés de polímeros de etileno para reciclagem, conforme constava da documentação. O caso repercutiu na imprensa internacional e o jornalista Diniz Junior, na época editor da revista “Conexão Marítima”, narra em livro todos os detalhes do ocorrido e seus desdobramentos. “Essa história começa em um hotel localizado em Hamburgo, na Alemanha”, conta ele, que estava lá para fazer uma reportagem sobre aquele porto.

Foto: Divulgação

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“Toma que o lixo é teu”

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A PARTIR DE JANEIRO

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Foto: Assessoria Yara Brasil

Obras na Yara em nova fase e com mais empregos

Ampliação da empresa custará R$ 1,3 bi e 30% dos investimentos serão em soluções ambientais. A “fábrica do futuro” quase dobrará sua capacidade de produção, salienta o vice-presidente de Produção da Yara Brasil, Leonardo Santos da Silva.

Um terminal turístico para os Molhes da Barra

Ao fazer Especialização em Arquitetura na Espanha, o arquiteto Márcio Lontra apresentou o trabalho “Complexo turístico dos Molhes da Barra do Rio Grande”, que previa dotar nosso maior cartão postal de toda a infraestrutura para receber os visitantes. Ele pensou até na construção de um restaurante panorâmico e o então prefeito Janir Branco se interessou pelo assunto, que acabou não indo adiante. A Superintendência do Porto até teria cedido área para a Prefeitura e comenta-se em duas possibilidades para não ter acontecido nada até agora: o trabalho esbarrou no licenciamento ambiental ou repousa em alguma gaveta de nossos órgãos públicos.

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FALTA DE DRAGAGEM preocupa autoridades e empresários “Temos acompanhado a questão do calado do porto do Rio Grande. A demora na dragagem e a continuidade das dificuldades pode levar, num futuro não muito distante, que a autoridade marítima ou seu representante tenha de tomar a ação de redução do calado, como única alternativa para a manutenção da segurança da navegação. Mas temos conversado com as demais entidades, como a Praticagem, tentando soluções e será feito o levantamento batimétrico do canal para saber os pontos mais críticos e que necessitam mais urgentemente de dragagem”. A declaração é do Capitão dos Portos do RS, Capitão de Mar e Guerra Luis Fernando Kraemer Bulsing, ao SUL RS, durante o Painel RBS Notícias. Uma das alternativas, se persistir o impasse com o Ibama, será a realização de uma dragagem emergencial, conforme adiantou o superintendente do Porto, Janir Branco.

CONFIRA A COBERTURA DO PAINEL RBS NOTÍCIAS PÁGINA 10


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! í a Olha

POR IQUE DE LA ROCHA

Festa do Mar

Este 2017 foi um ano difícil para o país, ao ponto do brasileiro até aceitar a suspensão do carnaval, que é uma paixão nacional, em diversas cidades brasileiras para contenção de despesas. No Rio Grande só ficamos com o carnaval do Cassino, a Festa do Mar não se realizou e ninguém reclamou. Como todo mundo este ano ficou com o “freio de mão puxado”, dá para se entender a não realização da festividade este ano. Só esperamos que essa paralisação daquele que deveria ser nosso maior evento não se perpetue. Afinal, a Festa do Mar pode servir para elevar a autoestima do rio-grandino e alavancar o turismo no município. Pelotas vive a mesma crise e nem por isso deixou de realizar a Fenadoce que, por sinal, vem atingindo os objetivos de divulgar aquele município e, especialmente, o doce pelotense, da mesma forma que a Festa da Uva deu divulgação nacional à Caxias do Sul. O governo do município ousou um novo

Polo Naval

Não há dúvidas de que a duplicação da BR392, entre Pelotas e Rio Grande, aconteceu por levarem em conta não apenas o porto do Rio Grande, como também a implantação do Polo Naval. Com esse projeto do governo federal ganhamos linha aérea para o centro do país, shoppings e diversos empreendimentos na área da construção civil. O polo está indo pelo ralo. Seria muito simplista cruzar os braços e aceitar, sob o argumento de que roubaram, que nossos estaleiros sumam tão rapidamente como apareceram. Se o empreendimento foi vigarice, politicagem, como dizem, que tragam gente séria, até mesmo empresas estrangeiras, mas não se acabe com um projeto que movimentou nossa economia. Mas ainda há tempo de salvar alguma

modelo para a Festa do Mar e, em nossa avaliação, várias modificações foram positivas, como a inserção do Mercado Municipal na festividade e as diversas atrações culturais apresentadas. A realização do evento no mês de outubro, ao invés de na Semana Santa, também foi uma experiência válida e é aí que queremos chegar. A Festa passada não chegou a receber o grande público que mereceria, porque tivemos dias de chuvas torrenciais. Neste 2017, o mês de outubro faz pouco que chegou ao seu final e tivemos novamente alguns dias de chuva intensa. Portanto, cabe ficarmos atentos ao comportamento do clima em outubro. A se confirmar que é um período de chuvas não seria prudente insistirmos nesse período do ano para realizar a Festa do Mar. Sugerimos que se leve em conta este aspecto e esperamos que a próxima edição do evento seja em seguida, de preferência em 2018, mas com chuva não dá para acontecer. coisa ou de manter o dique-seco para, posteriormente, algum investidor aparecer. Com todos os problemas que surgiram, o Brasil mostrou que tem condições de construir plataformas. O trabalhador brasileiro mostrou que tem condições de se qualificar. O problema é que as posições chave eram dominadas pelos corruptos, que formaram verdadeiras quadrilhas, alguns deles ainda “dando as cartas” no Governo Federal. O Polo Naval seria nossa maior justificativa para pleitearmos a duplicação do lote 4, o retorno das linhas aéreas, a duplicação da avenida Itália, melhorias na ligação com São José do Norte e outros investimentos. Esse projeto pode voltar e dar certo mas, para isso, o Brasil precisa se livrar dos corruptos que empobreceram nossa nação e nosso povo. E que por aqui, em nosso estado e região, acabasse a grenalização na política e todos puxassem para o mesmo lado.

Agentes censitários do IBGE

A coordenadora do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no município apresenta a equipe de trabalho que atua no Rio Grande. São eles o agente censitário municipal, Gabriel Isoldi Cuchiara, e os agentes censitários supervisores André Cougo de Cougo, Giordan Fernandes, Karla Regina Mendes, Márcio Borges Lourenço, Priscila Ramos Rosa e Suelen Mattos Wolff.

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Notícias e Negócios

SUL RS Aplicativo será uma ferramenta para a empregabilidade Rodrigo Silva, Bernardo Czermainski, Thales Sarubbi e Flávio Pereira já atuaram em importantes projetos pelo Brasil, como o Polo Naval do Rio Grande e a construção da usina de Candiota, aqui no Rio Grande do Sul, e observaram que praticamente em todas as cidades do interior havia a mesma dificuldade para as empresas conseguirem mão de obra especializada e encontrarem suporte para suas atividades, como empresas que comercializem EPIs, prestadores de serviço em várias áreas como vigilância, faxina, fornecimento de refeições, transporte de funcionários. Por isso, decidiram criar o aplicativo In Obra, que quer dizer Dentro da Obra. Através dele poderão se cadastrar os profissionais interessados em vagas de trabalho, as empresas que estão em busca de profissionais ou serviços e os potenciais fornecedores. O aplicativo será lançado em dezembro na cidade e estará aberto aos interessados de todo o Brasil. “Inclusive o profissional, ao se cadastrar, poderá mencionar se está disponível para atu-

ar também em outros lugares”, explica Rodrigo Silva, que destaca: “Conhecemos as dificuldades das empresas em encontrarem profissionais ou serviços, pois atuamos em todo o país. O aplicativo dará oportunidades a todos os que desejarem oferecer seus serviços e produtos, enquanto as empresas encontrarão tudo o que precisam. Todo mundo terá acesso e se tornará conhecido aqui e em todo o país”. O empresário José Francisco Czermainski, que no Polo Naval atuou com a empresa Andrita, apoia a iniciativa: ”O aplicativo será mais uma ferramenta para a empregabilidade e de grande utilidade em cidades que as empresas não tem onde acorrer em termos de contratação”.

A poderosa estatal chinesa Cosco, que atua no transporte marítimo internacional, sempre esteve interessada em ser investidora do Estaleiro Rio Grande. Há desconfiança, inclusive, de que as mudanças na legislação trabalhista brasileira foram feitas por pressão de investidores

chineses, dentre eles a Cosco, interessada em vários ativos no Brasil. Tomara que essa luz que alguns vêem no fundo do túnel não seja um trem em sentido contrário, porque também se fala que chineses estariam interessados em levar daqui o pórtico do estaleiro Rio Grande.

Investidor para a Ecovix

Em Santa Vitória do Palmar

A presença da Ecos Imagem em Santa Vitória do Palmar deverá significar um “divisor de águas” na área da saúde daquele município e região. Está praticamente tudo pronto para inauguração da filial no extremo sul brasileiro, quando os vitorienses e fronteiriços do Brasil e Uruguai terão como se engajar ao movimento internacional de prevenção e tratamento precoce do câncer de mama. Isto porque a clínica estará oferecendo exames de mamografia digital, colocando Santa Vitória do Palmar em sintonia com esse movimento tão importante na defesa da saúde das mulheres.

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Petrobras anuncia novas contratações de FPSOs

A Nasa no Cassino No dia 12 de novembro de 1966 o Cassino foi escolhido pela Agência Espacial Americana (NASA) para realizar o lançamento de 17 foguetes e ser ponto de observação em terra e no mar durante o eclipse total do Sol. Cientistas de vários países estiveram aqui e, para comemorar 51 anos daquele acontecimento, o Praça Rio Grande Shopping sediará, de 12 a 27 de novembro, no espaço Praça Cultural, uma exposição com réplicas de foguetes da época, fotos e recortes de jornais e revistas de várias partes do mundo que noticiaram o Projeto. A mostra é assinada pelo fundador do Museu Virtual do Rio Grande, Ailton Ávila da Rosa.

Ecos Imagem e o Outubro Rosa

cam que cada plataforma será orçada em cerca de US$ 1 bilhão. A Petrobrás também anunciou que os investimentos para 2018 devem ser maiores do que este ano. Aliás, a estatal declarou também que os recursos aplicados em 2017 vão ficar em US$ 16 bilhões – 6% a menos do que o previsto anteriormente. (do site Petronotícias).

Padilha nos Varejistas e Sindilojas O tradicional comerciante Irio Reis Padilha, que ocupava a vice-presidência da Associação Comercial dos Varejistas e era tesoureiro do Sindilojas, com o falecimento do inesquecível Pedro Arthur Valério passa a responder por essas duas entidades.. Padilha, que acompanhava de perto as atividades lideradas por Valério, esteve junto quando o prédio histórico dos Varejistas necessitou de uma grande obra de recuperação (até o telhado estava caindo) e também na mobilização dos comerciantes em torno daquela entidade.

O laboratório Ecos Imagem esteve engajado ao Outubro Rosa. Todos os funcionários literalmente “vestiram a camiseta” da campanha como forma de conscientizar as mulheres para a importância da realização de exames preventivos, especialmente os de mamografia digital.

Ronda Escolar Foi lançada em outubro a Ronda Escolar Integrada (RONDEI), uma ação da Prefeitura do Rio Grande através da Guarda Municipal e Agentes de Trânsito, em parceria com a Brigada Militar. Trata-se de um esforço conjunto que visa criar vínculos de aproximação com a comunidade escolar, através de visitas periódicas nos estabelecimentos de ensino, palestras e atividades extraclasses, com enfoque na segurança pessoal e coletiva; na prevenção ao uso e abuso de álcool e drogas; na responsabilidade do cidadão na

O mercado reagiu bem à notícia divulgada pela Petrobrás sobre a contratação de três novos FPSOs em 2018. De acordo com o presidente da estatal, Pedro Parente, uma das concorrências já foi iniciada, visando a contratação de uma unidade para o campo de Búzios.Os outros dois navios serão para o campo de Marlim, na Bacia de Campos, e para o Parque das Baleias, na Bacia do Espírito Santo. Se os ativos forem construídos no Brasil, pode ser o marco da retomada da cadeia nacional de fornecedores, que há tempos sofre com a estagnação da indústria. Parente afirmou ainda que as novas plataformas farão parte da revisão do Plano de Negócios para o período 20182022. A revisão do plano será realizada ainda este ano, segundo o presidente da estatal. Estimativas que circulam no mercado indi-

preservação ambiental; educação para o trânsito e respeito às diferenças. As escolas classificadas como de “baixíssimo risco” serão assistidas pelos Agentes de Trânsito e as de “risco médio” pela Guarda Municipal, enquanto as de “alto risco” serão patrulhadas pela Brigada Militar. Serão atendidas 75 escolas da rede municipal de ensino, 32 escolas da rede estadual e ainda, 20 escolas particulares, totalizando 127 estabelecimentos.


*para pagamento em dinheiro

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Baixe já! desconto de 20%*

Artigo

EMPRESA FAMILIAR – FATORES CRÍTICOS De acordo com pesquisa do Sebrae, 52% das micro e pequenas empresas brasileiras podem ser consideradas familiares, por possuírem sócios ou funcionários parentes. Existem teses de que o número poderia ser maior se não fossem as dificuldades que essas empresas enfrentam quando ocorre o choque nos relacionamentos, principalmente o de gerações. Como qualquer outro empreendimento, existem sempre pontos fortes e pontos fracos, contudo, executar a gestão de uma empresa familiar carrega o ingrediente emocional relacionado à família, que em muitas oportunidades é contraditória com a racionalidade da gestão de um negócio. O grande desafio do empreendedor é diferenciar os interesses da família com os da empresa já no seu começo, tornando claras as regras do jogo. Mas normalmente os negócios de família não são formalizados, e nesta falta de regramento e objetivos, reside o risco do fracasso ou da descontinuação. . À medida que a empresa vai avançando, alguns desafios começam a surgir. Os processos podem estar funcionando, mercado conquistado, papéis definidos, mas, por exemplo, como fazer quando surgem as próximas gerações? Para quem e como “passar o bastão”? Como saber se o sucessor tem perfil, competência e motivação para assumir o negócio? Como lidar com aqueles que não assumirão a empresa? E o fundador? Está preparado para abrir mão da sua posição e transmiti-la a outra pessoa? Perguntas como essas são muito complexas e normalmente precisam ser respondidas muito antes deste momento acontecer. Planejar uma sucessão requer muito cuidado, maturidade, comunicação e planejamento. A empresa necessita aceitar que as mudanças são processos que nunca param, e que a sucessão será um fato inevitável, para tanto deve dar início ao processo bem antes do fundador se ausentar. Preparar o(s) herdeiro(s) cedo para que possam absorver os conhecimentos necessários de um gestor bem como os valores e cultura da empresa. Os principais erros cometidos na empresa familiar são: Falta de regras claras – Informalidade e falta de disciplina po-

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apptaxiriogrande Segurança // Praticidade

Sindicato dos Taxistas de Rio Grande - RS

dem caracterizar as empresas dirigidas pelas próprias famílias, que, em geral, têm pouco interesse em estabelecer processos e procedimentos que observem muitas regras. À medida que as interações familiares crescem no espaço da empresa, cresce também o risco de conflitos entre parentes próximos, levando a um desequilíbrio na relação família-negócio. Misturar ou confundir o bolso com o caixa da empresa – é comum verificar que muitos empresários não sabem quantificar seus gastos pessoais, visto que o caixa da empresa serve para atender suas necessidades e investimentos pessoais. Normalmente, nestes casos, por não haver disciplina financeira, a empresa acaba sendo descapitalizada criando invariavelmente custo financeiro oriundo do excesso de retiradas. Outro fator crítico é que estes gastos são mensurados entre familiares criando conflitos por comparação de direitos. Contratar parentes - Ainda existe em algumas situações, uma espécie de cabide de emprego para parentes da direção e funcionários, o que torna a empresa pouco profissional visto que os relacionamentos por terem forte vínculo emocional dificultam a implantação de processos que necessitam de competência e disciplina. Há um ditado popular que diz: “Nunca contrate alguém que não possa demitir”. Contudo, a empresa familiar apresenta muitos pontos fortes. Tendo um comando centralizado; permite decisões rápidas em situações de emergência, possuem uma administração enxuta, forte valorização da confiança mútua, fortes laços de relacionamento entre empregados e proprietários e maior percepção dos proprietários com relação ao bem estar e sua comunidade como do próprio desenvolvimento do negócio. Portanto se você pretende ter ou já possui uma empresa familiar atente aos fatores críticos, a fim de evitar muitas vezes que um bom empreendimento torne-se inviável por simples falta de profissionalismo, disciplina e regras estabelecidas. “É a família que leva o negocio para frente, e não o negocio que leva a família.” Alexandre Randon

JOSÉ FELIPE CONSTANTINO MENDONÇA Tecnólogo e MBA em Gestão de Pessoas Assessor de empresas Professor - jfelipe@vetorial.net

ELIS RADMANN

Socióloga e diretora do IPO Instituto de Pesqiusas e Opinião

O smartphone amplia o individualismo PARTE 2

Além de analisar os benefícios e os malefícios do smartphone é necessário refletir sobre a sua capacidade viciante: indivíduo versus smartphone. A pergunta que precisa ser feita é: as pessoas estão dominando o smartphone ou smartphone está dominando as pessoas? Este debate contempla o fenômeno da distração digital que se classifica pela onipresença das multitelas em nosso cotidiano, com a crescente tendência de hiperconectividade em várias redes sociais. Neste contexto o indivíduo intercala suas funções entre um e-mail, uma espiada na timeline ou, até mesmo, em uma ou muitas postagens. Nas pesquisas realizadas pelo IPO – Instituto Pesquisas de Opinião, a maior parte dos entrevistados que utilizam redes sociais (60%), as acessam todos os dias. Ficar oscilando de uma tela para outra ou entre a realidade e a tela do celular interfere na capacidade de memorização de longo prazo, pois o indivíduo recebe muitas informações instantâneas e fragmentadas. Há dificuldade de absorção destas informações, destas vivências. As multitelas (smartphone, tablete, notebook...) se tornaram parte da rotina das famílias, onde cada indivíduo está “hipnotizado” diante de seu aparelho e neste “transe” não percebe novos sintomas comportamentais: como variação no sono, a falta de atenção, o aumento da obesidade, a ampliação do stress e da depressão. Estes e outros dilemas ganham espaço dentro das casas, dentro das escolas, no trabalho e no cotidiano, em geral. Os comportamentos estão sendo alterados e a reflexão sobre os exemplos cotidianos é pertinente: Há uma década atrás, mães “brigavam” com seus filhos pequenos para que os mesmos deixassem um pouco os amigos e entrassem para dentro de casa, hoje mães precisam estimular os filhos para sair da multitela, para fazerem amigos reais. Reunião familiar ou encontro de amigos se constituía em um momento de relato das atividades, sonhos, conquistas ou derrotas que hoje são expostas nas timelines, fazendo com que a reuniões familiares sejam momentos de registros do evento para alimentar novas postagens. A tecnologia tem nos propiciado um vasto acesso à informação e contato social, como nunca visto. Mas se faz necessária consciência, regramento e disciplina para que a máquina esteja a serviço do homem e não ao contrário!

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SUL RS As falácias da Petrobras e a vida real

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Quem vive no mundo da indústria de petróleo brasileira conhece bem a Petrobrás, tanto nas suas vitórias como nas suas derrotas. Para o País, para si e para a sociedade, a empresa que carrega as cores da bandeira nacional têm diversas faces e muitas vezes suas feições mudam à serventia do dono da cadeira de presidente. O comandante da vez é Pedro Parente, um executivo de renome na história brasileira, com passagens pelos principais ministérios do Governo Fernando Henrique Cardoso, inclusive com atuação na área energética. É, portanto, alguém que já tinha vasta compreensão do alcance das ações da Petrobrás e suas repercussões no mercado. Agora, então, como presidente da companhia, certamente conhece mais detalhadamente o funcionamento da empresa e seu emaranhado de contradições. Pois é justamente baseado nisso que cai por terra a falácia da empresa e de Parente em relação ao conteúdo local e à defesa das empresas nacionais. Quando a indústria – e a imprensa, como é o caso do Petronotícias – se coloca na posição de crítica da decisão da Petrobrás de excluir as companhias brasileiras e privilegiar as estrangeiras, há um equívoco de interpretação por parte do executivo. Não há ranço ideológico ou aversão a investimentos estrangeiros. Não há uma diretriz dicotômica de estatismo x liberalismo. Pelo contrário, toda a indústria é claramente a favor do maior volume de investimentos possível que possa impulsionar a economia do País. Seja estrangeiro ou nacional, o maior objetivo é desenvolver o mercado do Brasil, criar empregos e garantir um futuro mais digno exatamente para os mais de 12 milhões de desempregados espalhados pelas diversas regiões brasileiras. Se alguém fosse contra isso, seria contra a nação. Essa é a falácia que Parente tenta impingir aos seus críticos por má vontade ou desinteresse em ouvir os argumentos que lhe são coloca-

dos. Como ele mesmo diz, em seu artigo publicado na Folha de São Paulo desta quarta-feira (1), “ideologias, quando levadas ao extremo, tornam as pessoas impermeáveis a argumentos”. A justificativa dada pela Petrobrás para que as empresas brasileiras fossem excluídas da concorrência no Comperj era a de que estavam bloqueadas do cadastro da estatal por questões relativas à Lava Jato. É fato que as maiores empreiteiras do País se afundaram em meio a esquemas de corrupção e precisam ser passadas a limpo – como está sendo feito –, mas há certamente um enorme contingente de engenheiros capacitados e gabaritados para assumirem essas responsabilidades, neste processo de renovação dos quadros delas e da abertura de espaço para outras empresas que vinham crescendo à margem desse grupo nos últimos anos. Bastava à Petrobrás abrir mais o leque e se tornar mais transparente na escolha e no convite dos concorrentes, assim como assegurar que as novas regras de compliance fossem cumpridas à risca no trato com as epecistas que têm se dobrado para reconquistar alguma confiança e poderem sobreviver a este processo. Uma outra alternativa sugerida pelo próprio mercado é fatiar a obra. No momento atual, quase nenhuma poderia assumir sozinha uma obra orçada inicialmente em 2 bilhões de reais. Isso daria chance para empresas de médio porte participarem do empreendimento. Se a Petrobrás não aceita os acordos judiciais como prova dessa tentativa de correção interna delas, se não acredita em regeneração e não confia totalmente em seus novos critérios de governança e de combate à corrupção, então por que convidar 21 empresas estrangeiras – das 30 da lista – que se envolveram em casos de desvios e de ilegalidades nos últimos anos pelo mundo? É um contrassenso e segue o mesmo caminho tortuoso das alegações de que não há competitividade na indústria bra-

sileira. A começar pela dupla personalidade da Petrobrás na hora de fiscalizar as obras que contrata no Brasil e as que contrata no exterior. No Brasil, as empresas precisam construir extensas instalações para dezenas de fiscais da estatal, com critérios rigorosos de padronização das salas a serem oferecidas aos funcionários, como detalhes específicos para a localização das lixeiras, distâncias entre janelas e portas, número de cadeiras e uma infinidade de exigências de QSMS (Qualidade, Segurança, Meio Ambiente e Saúde) que precisam ser somadas aos custos. Já no exterior, como em alguns projetos de grande porte enviados para a China, a companhia manda pouquíssimos fiscais para trabalhos do mesmo nível de complexidade, demandando estruturas muito mais enxutas e sem o mesmo rigor na padronização. Um dos resultados disso é uma atuação esquizofrênica, já ocorrida em alguns casos nestes últimos anos, em que as plataformas vêm da Ásia com diversos problemas a serem consertados. As empresas brasileiras com histórico de sucesso, em termos de preço, prazo e qualidade – que são muitas –, acabam chamadas para socorrer a Petrobrás, revisando e refazendo o que ficou mal feito. O presidente da Petrobrás em alguns momentos usou a licitação da plataforma de Libra como exemplo negativo do que seria a indústria brasileira. Alegou um sobrepreço de 40% para se construir no Brasil. Seria um escárnio defender que a empresa pagasse esse valor a mais para fazer obras em seu próprio quintal. Com certeza não é o que se defende quando surgem as críticas à postura da empresa frente à política de conteúdo local. O problema é que os dados que embasam essa afirmação de Parente nunca foram detalhados para o público e para o mercado nacional, que está ávido por oportunidades

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e tem se mostrado cada vez mais competitivo, com muitas empresas exportando para outros países – tanto estrangeiras a partir de instalações brasileiras quanto companhias nacionais que conquistaram espaço no cenário internacional. Mais de uma vez foi feito um convite para que o executivo abrisse esses números e permitisse à indústria avaliá-los. Se sua crença é em argumentos, porque não permitir ao mercado nacional que dê os seus próprios nessa discussão. Sem diálogo e abertura, não há avanço. Vira ranço ideológico. Por fim, o presidente Parente cita casos de trabalhadores brasileiros que por décadas se empenharam e alcançaram grandes conquistas em suas carreiras em solo nacional. Um deles, Adir, há 40 anos trabalha na filial brasileira da francesa Schlumberger. Outro, Ademir, trabalha há 23 anos na catarinense WEG, que já conta com forte atuação fora do País. Ambos são exemplos para o Brasil e é exatamente a replicação desses casos que se busca quando defende-se o conteúdo local. Não como protecionismo, mas como seleção de empresas capacitadas no território nacional e impulso a um maior desenvolvimento brasileiro. Afinal, se essas contratações forem todas para fora, como Parente quer que sejam feitas com as plataformas de Sépia e Libra, esses investimentos que ele tanto defende não ficarão aqui. Irão para outros países. Neste caso, ao invés de abrirmos espaço para outros trabalhadores como Adir e Ademir terem sucesso, teremos priorizado os empregos de Zhang Wei e Li Xiu (nomes comuns da China), que também merecem grandes oportunidades, mas não em detrimento dos nossos 12 milhões de desempregados, com os recursos daquela que por décadas foi a maior empresa brasileira. (Editorial do site Petronotícias, em 1º de fevereiro de 2017).

CONSTRUTOR!

Tome a decisão certa e junte-se a nós.

Um sindicato atuante na defesa da construção civil do Rio Grande.

Nossa reunião-almoço Dia 7 de novembro a diretoria do Sinduscon promoveu importante reunião-almoço, quando foram explicados aos presentes as principais mudanças da reforma trabalhista. O evento ocorreu no restaurante do Yacht Club, quando outros assuntos de interesse da construção civil foram abordados, entre elas a homologação pelo Ministério de trabalho da convenção coletiva de 2017.

BR 116: Sinduscon solicitou apoio à bancada gaúcha O Sinduscon Rio Grande também está defendendo os interesses da região sul do estado no sentido de que as obras de duplicação da BR-116, no trecho entre Guaíba e Pelotas, não sejam paralisadas. Nossa diretoria, em sintonia com as principais entidades empresariais da região, enviou mensagem, assinada pelo presidente Jefferson Luiz de Freitas Lopes, a todos os 31 deputados federais que integram a bancada gaúcha em Brasília, cobrando deles a aprovação de emendas ao orçamento geral da

União de 2018 que garantem recursos para a continuidade das obras naquela importante rodovia. O diretor administrativo do Sinduscon, Hugo Santana, salienta que a iniciativa foi aprovada pela diretoria e a principal justificativa apresentada aos parlamentares foi que “a BR 116 é o principal acesso à região sul do estado e, sobremaneira, ao porto do Rio Grande, por onde é escoada toda a safra gaúcha. A obra já deveria estar concluída e, para sua continuidade em 2018, necessita de recursos. Felizmente nos-

sos parlamentares reconheceram a importância dessa ligação rodoviária para a economia gaúcha e a colocaram como prioridade, assegurando mais recursos para a continuidade das obras”. O Sinduscon alertou que o fato das obras estarem inacabadas na BR 116 “cria obstáculos e transtornos para os que nela transitam, como a sinalização precária e necessidade de velocidade reduzida em muitos trechos, o que torna a rodovia mais perigosa e exige maior atenção dos motoristas”.

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Sancionada lei que agiliza tramitação de projetos na Prefeitura A demora na tramitação de projetos na Prefeitura vinha sendo um problema de muito tempo, especialmente para o setor da construção civil no município. Devido a isso, o Sinduscon Ro Grande solicitou providencias do Executivo Municipal e, juntamente com a Secretaria Municipal de Coordenação e Planejamento (SMCP) elaborou um estudo visando a solução do impasse. O presidente do Sinduscon, Jefferson de Freitas Lopes, e o diretor Neverton Moraes, reuniram-se com o prefeito e o secretário João Carlos Cousin, que considerou “uma importante contribuição do Sinduscon para a cidade” Na ocasião, Alexandre Lindenmeyer salientou o fato do projeto ser

“construído por várias mãos, que vai dar mais celeridade, com a segurança necessária para a realização dos empreendimentos que nossa cidade tanto necessita”. O projeto foi enviado à Câmara Municipal para aprovação e no dia 1º de novembro, o Chefe do Executivo sancionou a referida lei. O presidente do Sinduscon Rio Grande, Jefferson Lopes, lembra que “a nova lei foi fruto de uma longa discussão com a Prefeitura e só traz benefícios para o município. Vai simplificar a aprovação dos projetos na Secretaria de Coordenação e Planejamento e essa celeridade nos trâmites legais certamente favorecerá os empreendedores que desejam construir no Rio Grande”.


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Yara Brasil entra em nova fase das obras A Yara Brasil está sendo uma exceção nesse período já prolongado de estagnação da economia brasileira. A multinacional norueguesa continua apostando nas unidades do município, ao ponto de investir R$ 1,3 bilhões em obras de ampliação. A planta local está se transformando no maior e mais moderno parque tecnológico de produção de fertilizantes da América Latina, o que justifica a denominação de “fábrica do futuro”. Com isso, a produção de fertilizantes NPK no grânulo vai passar de 700 mil para 1,2 milhão de toneladas/ano e as operações de mistura e ensaque passarão de 1,5 milhão para 2,6 milhões de toneladas/ano. “Estamos bem alinhados com o crescimento do mercado agrícola do Rio Grande do Sul esperado para os próximos anos. Nosso foco é o estado, mas atendemos também Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Paraguai”, explica o vice-presidente de Produção da Yara Brasil, Leonardo Santos da Silva. Indagado sobre o momento atual do mercado de fertilizantes no país, o executivo diz que “neste ano tivemos super safras e bons resultados, mesmo com o preço das commodities mais baixo, especialmente da soja e milho, que diminuiu o mercado de fertilizantes e resultou em uma pequena redução na comercialização. Quando o preço da soja e do milho não está bom o agricultor reduz a área de plantio e investe menos em tecnologia”, explica. As três unidades de produção da Yara no município geram 770 empregos diretos e 300 temporários na época da safra, que iniciou na segunda quinzena de julho e se estende até a primeira quinzena de novembro. Significa que no momento a empresa vive momento de pleno emprego no Rio Grande. NOVAS VAGAS DE EMPREGO E AUTOMAÇÃO As obras de ampliação da Yara estão sendo feitas em três fases e todo esse trabalho faz com que exista uma demanda paralela de geração de empregos. A primeira fase, ainda em andamento e que gera mil empregos, refere-se à unidade de granulação de

ge que a mão de obra esteja extremamente capacitada para operá-la. Os esforços estão sendo investidos em nosso quadro de colaboradores. A empresa começou, desde março deste ano, uma onda de desenvolvimento de pessoas, onde programas de capacitação estão sendo feitos em parceria com o SENAI e outras entidades renomadas, que estão capacitando e formando os profissionais que irão atuar em nossa fábrica. Neste primeiro momento, estamos investindo em nossas pessoas, para que todos tenham a oportunidade de se desenvolver junto com a Yara. O que não inviabiliza, a médio e longo prazo, a criação de novos postos de trabalho.

fertilizantes e a um terminal de mistura e ensaque de fertilizantes. Será entregue no meio de 2018. A parte mecânica dessa fase 1 será o ponto máximo em termos de geração de emprego. Por isso, a partir de janeiro, devendo se estender até dezembro de 2018, serão gerados entre 1.500 e 1.800 empregos diretos nas obras e as contratações serão feitas através do Sine (Sistema Nacional de Empregos). A fase 2 refere-se à unidade de acidulação e a um segundo terminal de fertilizantes. A obra iniciará na segunda metade de 2019 e será concluída no final de 2020, enquanto a fase 3 será a automação do terminal existente. A obra anda a passos largos, já passou da fase de fundações e começa a aparecer aos olhos de quem passa no Distrito Industrial do Rio Grande. Leonardo Santos da Silva ob-

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serva que “houve um pequeno atraso no início das obras em função das chuvas e com a busca por mão de obra capacitada na parte civil, mas para a montagem eletro-mecânica os contratempos foram resolvidos e os profissionais já foram contratados com bom nível de capacitação”. A preferência da empresa é sempre por mão de obra local. Após as obras, serão gerados mais empregos nas unidades locais da Yara? Até 2020 a fábrica da Yara em Rio Grande será completamente automatizada e toda a tecnologia que será empregada para isso exi-

Existem investimentos na proteção ao meio ambiente? A visão da Yara é contribuir para o crescimento de uma sociedade colaborativa, um mundo sem fome e um planeta respeitado. Por isso a busca por soluções ambientais faz parte do cotidiano das atividades da empresa. Teremos uma tecnologia muito grande em cima da parte ambiental. Mais de 30% do investimento refere-se a soluções ambientais para nos dar uma planta nos padrões europeus, bem acima do que a legislação brasileira nos pede. E a demora na dragagem do porto preocupa? Não está nos afetando nesse momento, mas preocupa porque grande parte de nosso produto é transportado em barcaças para as plantas de Porto Alegre e Canoas. Em período de seca essas barcaças saem com 60% de sua capacidade para evitar que encalhem em Porto Alegre. Com relação à nossa matéria-prima, toda ela é importada, mas não tivemos navios impedidos de entrar por causa do calado.

A força do agronegócio As pesquisas mostram que, nos próximos anos, o Brasil será o maior produtor mundial de alimentos, passando os Estados Unidos. A Yara está presente em mais de 60 países, possui 15.000 colaboradores que trabalham com a missão de alimentar o mundo e proteger o planeta. A Yara Brasil tem, aproximadamente, 1/3 de participação na companhia, seja em faturamento, volume e em número de pessoas. Rio Grande representa 20% das entregas da empresa no país. Este cenário explica todos os investimentos que a multinacional anunciou para o município e coloca a cidade em destaque no mercado de mundial de nutrição de plantas. Nos últimos anos, a Yara fez investimentos importantes como a aquisição da Bunge que, no Rio Grande, aumentou de forma

relevante o seu complexo industrial; a renovação do parque de máquinas; a compra de dois novos guindastes para o cais privado, que também foi revitalizado e pode receber dois navios Panamax. E, agora, até 2020, o aporte de R$ 1,3 bilhões vai transformar a planta rio-grandina no maior e mais moderno complexo de produção de fertilizantes da América Latina. Ainda conforme o vice-presidente de Produção, a estratégia da empresa é de longo prazo, pois confia e aposta no potencial agrícola do País. O crescimento do agronegócio reflete diretamente na economia brasileira, já que a agricultura carrega sozinha quase toda a balança comercial no Brasil: representa 25% do PIB, 1/3 dos empregos e metade das exportações.

STIMMMERG

SINDICATO DOS TRABALHADORES METALÚRGICOS DO RIO GRANDE E SÃO JOSÉ DO NORTE

TRABALHO ÉTICA E TRANSPARÊNCIA



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 NOVEMBRO DE 2017

MOLHES DA BARRA

Temos a vara e a isca. Só falta quem nos ensine a pescar

O projeto é muito caro? - Na época eu tinha até estimado valores. É um custo compatível, mas tem como fazer o projeto por etapas. Nenhum prefeito se interessou pelo projeto? - A Prefeitura veio me contratar para fazer um terminal dos vagoneteiros, uma estrutura que eu não tinha previsto. O prefeito Janir Branco encaminhou o projeto para o conselho de turismo do município, que aprovou a captação de recursos. Dali foi para o Conselho Estadual de Turismo. E por que não saiu nada até hoje? - A Superintendência do Porto, que detém o controle da área, na época fez um documento de cedência da área para a Prefeitura e parou em Brasília para captar recursos do Ministério do Turismo. Lá disseram que tinha de ter projeto e o meu na verdade era uma ideia, e não tocaram para a frente. Em 2005 foi assinado, entre Prefeitura e Superintendência do Porto, o termo de cessão não onerosa da área para implantação do Centro dos Vagoneteiros, mas a coisa parou. Um ex-secretário de Turismo me disse que a Fepam não tinha autorizado a construção do terminal, mas nunca vi documento. Nem sei se encaminharam.

O projeto do arq. Márcio Lontra pretendia a criação de um parque ambiental desde o antigo terminal turístico até o Molhe Leste, em São José do Norte, que virou área de preservação. Prevê um terminal de vagonetas, terminal de ônibus e trem, ambos no final da avenida Maximiano da Fonseca (antiga avenida Portuária). Na raiz dos Molhes se situaria o prédio principal com um centro de informações nas áreas turística, ambiental e cultural, sanitários, lojinhas e um museu que registra a história da obra dos Molhes, uma das maiores de engenharia do mundo. Haveria, ainda, uma sala para aulas de educação ambiental.

Na borda do canal se situaria o restaurante panorâmico

Os Molhes da Barra

Evidente que nós, rio-grandinos, estamos tão acostumados com a existência dos Molhes da Barra que dá a impressão que todos o conhecem no Rio Grande do Sul. Mas, se for feita uma pesquisa no estado, constataremos que a maioria da população gaúcha não sabe da existência dessa monumental obra de engenharia, que oferece ainda um inesquecível passeio de vagonetas quatro quilômetros oceano adentro. Há uns 15 anos a Coca-Cola chegou a fazer um comercial tendo os Molhes como cenário, mas os rio-grandinos não souberam aproveitar a oportunidade para divulgarem aquele local. Somos incompetentes. Até hoje, mais de um século depois da inauguração, em 1907, lá não tem um sanitário, sequer, para atender aos frequentadores. Terminal turístico, então, nem dá para pensar. O arquiteto Márcio Lontra chegou a apresentar um projeto de terminal turístico nos Molhes

da Barra. Não lembro se mais alguém apresentou. Não saiu nada. Dizem que tem de pedir permissão para a Secretaria de Patrimônio da União (SPU). Também falaram que a obra seria com a Superintendência do Porto. A verdade é que desde que esse assunto foi levantado já passaram-se uns 10 anos e nada foi feito. Outro município mais competente colocaria os Molhes da Barra em qualquer roteiro turístico do Rio Grande do Sul. Fica o destaque que a SUPRG, na gestão de Dirceu Lopes, criou condições para a manutenção da atividade dos vagoneteiros, fundamentais para o turismo no local, mas os Molhes merecem ter restaurante, local para ônibus de excursão e toda a estrutura que o turista precisa. IQUE DE LA ROCHA (Publicado na coluna Olha Aí, do jornal Agora, em 2 de fevereiro de 2015)

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Insistimos em lamentar que até hoje nem um pinico foi colocado para os turistas nos Molhes da Barra, justamente o nosso maior cartão postal, nunca explorado turisticamente como deveria pelos riograndinos. O belissimo local merecia ter estrutura para receber os visitantes, mas está da mesma forma que os franceses deixaram após sua construção, há mais de um século. Essa discussão é tão velha quanto se falou, ao longo do tempo, em desenvolver o turismo no município e nada foi feito. Dá para imaginar o que teriam feito nos Molhes se eles estivessem em cidades de mentalidade como Gramado ou Canela? Ou aqui pertinho, em Pelotas? Não vamos esquecer que nos anos 90 a Coca-Cola chegou a fazer um comercial nacional aqui e ninguém soube tirar proveito. Por isso a infraestrutura dos Molhes está da mesma forma de seu início: a zero. O arquiteto Márcio Lontra, ao fazer especialização de Arquitetura na Espanha, por volta de 2003, desenvolveu o projeto “Complexo Turístico dos Molhes da Barra do Rio Grande”. Quando retornou, apresentou o projeto na Câmara Municipal, Câmara de Comércio, a Prefeitura se interessou,

mas nada aconteceu. Também o arquiteto Paulo Freitas, da Furg, mais recentemente fez um projeto como trabalho de graduação. O de Márcio Lontra se desenvolve mais na raiz dos Molhes (antiga “Prainha”), enquanto o de Freitas começa nas pedras e avança com os Molhes. “Um projeto complementa o outro e existe um grupo, que deseja desenvolver o turismo no município, sugerindo a unificação desses dois projetos. O projeto do arquiteto Freitas também é muito atraente e pretendemos apresentar essa unificação em novembro”, informa Márcio Lontra.


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Veraneio 2018

NOVEMBRO DE 2017

Sem lama e com trânsito de veículos liberado na praia

Os veranistas já estão vivendo o Cassino, preparando suas residências para o veraneio que se aproxima, enquanto a população fixa, estimada em 45 mil habitantes, segundo o secretário Miguel Satt, constata os preparativos que estão sendo feitos para receber os milhares de visitantes que para cá vem, principalmente de toda a Metade Sul do Estado, o que faz com que tenhamos nos finais de semana AÇÕES PARA O VERANEIO

A Secretaria de Município do Cassino está fazendo a sua parte, que é a de infraestrutura. E adianta para o Sul RS o que estará pronto até a abertura da temporada, dia 16 de dezembro: - A ciclovia desde a Nova Atlântica até a entrada da Querência, com 3km de extensão, estará totalmente asfaltada. - Projeto de paisagismo e arborização desde o Bolaxa até a entrada do balneário. - Os 2.200 metros de ciclovia, desde a ponte do Bolaxa até o Cassino, estarão totalmente iluminados, também com projeto de arborização e paisagismo. - Revitalização do pórtico de entrada do balneário (o “monumento” do Fusca foi, finalmente, retirado). - Corte de grama e limpeza geral em todas as praças e áreas verdes públicas do Cassino. - Intensificação do serviço de manutenção dos sete mil pontos de luz existentes no balneário. - Revitalização com pintura das faixas de segurança nas principais vias do Cassino. - Pavimentação do mini anel viário do balneário, na rua Antonio Batista das Neves, seguimento da Arroio Grande (rua do Horto) e mais a rua Cel. Augusto Cesar Leivas, que é a rua do antigo Camping. Também a partir de 16 de dezembro a avenida Rio Grande será fechada para o trânsito de veículos nos finais de semana, enquanto a partir de janeiro esse fechamento se dará de sextas a domingos.

mais de 200 mil pessoas usufruindo dessa grande praia. “A praia, que é a protagonista do veraneio, estará muito mais limpa que na temporada passada, porque não teve ocorrência de barro este ano”, comemora Satt. Ele também diz que para este veraneio não haverá proibição do trânsito de veículos na praia, conforme chegou a ser debatido no decorrer do ano. “A faixa de

inclusão de pedestres é um projeto da Secretaria do Meio Ambiente, mas este ano não há possibilidade porque ela retirou o pedido junto à Fepam. Ficou para o ano que vem”, explica. Indagado, o secretário do Cassino informa que não há novas saídas para os veículos que estão na praia. “O uso da faixa de praia vai seguir a mesma modalidade de anos anteriores”.

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10  NOVEMBRO DE 2017

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Painel RBS Notícias abordou a falta de dragagem no porto tais com a urgência do setor econômico? JANIR BRANCO - O que não pode acontecer é o Ibama ficar a vida toda balizando o licenciamento. Se faça um termo de compromisso ambiental com prazos razoáveis e que a gente saia do Ibama com autorização para a dragagem. O porto deve superar a marca dos 35 milhões de toneladas em movimentação. Não é pouca coisa, só que o cenário tem de ser mais favorável.

No dia 24 de outubro foi realizado o Painel RBS Notícias, que abordou a demora para a dragagem no porto do Rio Grande. O encontro com lideranças do setor portuário foi mediado pelo apresentador e jornalista Eloi Zorzetto e a conclusão é que o impasse foi causado pelas dificuldades impostas pelo Ibama com novas exigências na questão ambiental. Empresários e trabalhadores manifestaram preocupação com o problema, já que se aproxima o período da safra agrícola do Rio Grande do Sul, escoada pelo porto local.

DRAGAGEM EMERGENCIAL É ALTERNATIVA O superintendente do Porto do Rio Grande, Janir Branco, disse que a dragagem de manutenção é feita com investimentos do Governo Federal, que acolheu pleito da Superintendência do Porto em 2014. Esse pleito foi aprovado na Secretaria dos Portos com recursos de R$ 368 milhões do Orçamento Geral da União. Ele já esteve seis vezes no Ibama. “Dia 29 de julho de 2015 o então ministro dos Portos convidou para assinarmos o contrato, como testemunhas. Desde aquele período estamos em tratativas com a Secretaria dos Portos e o Ibama para o porto apresentar as condicionantes para a autorização da dragagem”, explica Janir, que salienta: “Para que o Ibama autorize a dragagem precisamos atender o Programa de Monitoramento de Água e Sedimentos e, item fundamental, o Programa de Monitoramento do Sicosta (área de despejo). Todas as outras dragagens não tiveram as exigências que tivemos nesta, devido a polêmica da lama na praia”. Sobre a lama na praia do Cassino, Janir disse que a dúvida persiste sobre a causa: “Por muito tempo prevaleceu um sítio de descarte indicado pelo Ibama, em torno de 10 milhas além dos Molhes, adequado para receber sedimentos retirados do canal. Houve uma alteração e parecer do Ibama afirma que aquele sítio não é mais válido. Atendemos diversas condicionantes com suporte técnico da Furg. Muitas vezes fomos surpreendidos. Exemplo: nos fazem cinco exigências.

Quando vamos cumprir, o Ibama pede prazo e surgem novas exigências e agora mais uma surpresa: recebemos em setembro que o sítio de descarte não é mais o adequado e todo o levantamento técnico foi feito com base no antigo local indicado pelo Ibama. Esta situação realmente causa um prejuízo enorme. O porto do Rio Grande tem de promover estudo em novas áreas e, caso aprovadas, serão dadas como alternativa. A dragagem não sai se não tivermos licenciamento. A Superintendência está somando todos os esforços para atender as condicionantes para a dragagem de manutenção. Temos de promover estudos para identificar os novos sítios para serem licenciados pelo Ibama, sem os quais não teremos a dragagem. Estamos contratando uma equipe técnica do Departamento de Oceanografia da Furg e depois pediremos celeridade ao Ibama”. O titular da SUPRG observa que “houve uma divergência entre o Ministério dos Transportes e o Ibama. O Ministério dos Transportes também tinha o conceito que o volume de sedimentos de 8,6 milhões de metros cúbicos era dragagem de manutenção, enquanto o Ibama entendia que era dragagem de aprofundamento do canal, que tem muito mais exigências e quem perdeu nessa briga foi o porto. Achamos que prevaleceria o bom senso e que os técnicos do Ministério dos Transportes e do Ibama chegariam a um acordo, mas isso não aconteceu. Sendo uma dragagem de aprofunda-

mento, voltamos à estaca zero com novas condicionantes”.

ELÓI ZORZETO - Vem mais uma supersafra. Até lá vai dar? JANIR BRANCO – Nossa equipe da Diretoria de Infraestrutura do porto está elaborando um plano de dragagem para retirada de volumes menores em alguns pontos críticos para viabilizar o escoamento da safra 2017/18, que será uma das maiores já colhidas no Rio Grande do Sul. Em 2017 foram 19 milhões de toneladas de soja e ano que vem esse número será maior. Caso o Ministério dos Transportes não acolha os dados do porto, a Superintendência vai viabilizar uma dragagem emergencial. Pedimos ao Ministério dos Transportes para que acolhesse, num primeiro momento, a dragagem de manutenção do canal e não de aprofundamento. “DESSE JEITO NÃO VAMOS A LUGAR NENHUM” O diretor executivo do Tecon, Paulo Bertinetti, informa que “no terminal estamos conseguindo trabalhar, mas até 12 metros. O problema é que os navios estão crescendo e ainda somos ignorantes sobre a importância da competitividade entre os portos. Somos o braço do porto na movimentação de contêineres. Aqui o ICMS é de 18%, em Santa Catarina é 12%, o que já é uma grande vantagem para eles. Em Santa Catarina algumas cargas são escaneadas e outras não. Aqui todas as cargas são escaneadas. Lá a

Evento comemorou 40 anos da RBS

Em outubro a RBS comemorou 40 anos de sua presença no Rio Grande e região, a partir da inauguração da TV Rio Grande, por onde passaram vários e qualificados profissionais. Para assinalar a data foram realizados diversos eventos, sendo alguns em praça pública, e o painel RBS Notícias. Na foto, Elói Zorzetto e Maurício Gasparetto, dois excelentes profissionais, que com credibilidade e competência são responsáveis pelo trabalho jornalístico da RBS TV no estado e, mais particularmente, em nossa região.

mão de obra avulsa não existe, aqui temos de cumprir todas as regras. Temos de ter projeto de calado para o porto e concessionar esse serviço, como na Argentina, e isso compete ao Governo do Estado”. E prossegue: “Aqui no Rio Grande a gente não pode fazer nada porque a gente esbarra sempre na discussão ambiental. Precisamos sair de fim de curso, porque vir a Rio Grande é uma dificuldade. Desse jeito não vamos a lugar nenhum e o porto vai ficar parado. Vamos melhorar nossa base, aproveitar mais a Universidade e temos de criar condições para atrair investidores”.

PLANO ESTRATÉGICO PARA O PORTO Danilo Giroldi, vice-reitor da Furg e presidente da APL: “Por mais difícil o período que estamos passando, está servindo para mostrar o quanto é valioso o monitoramento ambiental. Essas condicionantes, o monitoramento do Sincosta, os estudos que vão indicar os melhores sítios de dragagem ou a possibilidade de colocar os resíduos em terra. Este momento vai trazer por esse viés uma infraestrutura de monitoramento ambiental extremamente qualificada, uma estrutura única no Brasil, o que nos tornará mais competitivos. Com a FURG vamos ter condições de estabelecer outro patamar de monitoramento ambiental. Outra questão é o nosso plano estratégico. A sociedade precisa discutir quais são os projetos para o porto do Rio Grande. O porto tem uma capacidade fantástica de expansão. Quais são nossos projetos, os setores econômicos que podem ser ampliados? Temos 2.500 hectares no Distrito Industrial e isso tudo pode estar integrado num plano estratégico imune a alterações de governo. Discutir os gargalos de toda a cadeia produtiva. Isso é que vai fazer o porto se tornar competitivo”. ELÓI ZORZETO - Como se contempla as necessidades ambien-

“Reunião absolutamente produtiva”

DESCARTE EM SECO Helder Salvá, da Ong SOS Cassino, falou que todo sedimento de dragagem no porto de Roterdam não é considerado resíduo e sugeriu como alternativa o descarte em seco. “Pode ser na Ilha do Terrapleno, mas jogam no mar como se fosse um grande tapete. O aterro na Ilha do terrapleno e onde está o Hospital Universitário, frente à Santa Casa, são frutos de dragagem”. Pergunta do diretor do Sindicam, Gregori Rios - Hoje tem projeto de investigação dos custos nos portos de Santa Catarina? Hoje vemos uma migração de cargas para portos catarinenses e isso nos preocupa, como mão de obra local. Não preocupa o Tecon e qual a estratégia para reverter esse quadro preocupante?

PAULO BERTINETTI Na iniciativa privada o que regulamenta os preços é a oferta e procura. Os contratos e custos são diferentes até por questões de impostos e isenções. A gente monitora e temos uma relação com o mercado muito forte e, se prestares atenção, as cargas que vão e voltam não são em volume assustador. Temos condições físicas no Rio Grande para grandes navios que em Santa Catarina não tem, mas o que vejo é que são contratos diferentes. Não existe isonomia. Temos 2.800 tomadas frigoríficas no terminal, que consomem 70% da nossa energia. Aqui no Rio Grande do Sul tivemos um aumento de 96% na luz, enquanto em Santa Catarina o aumento foi de 36%. Estamos com serviço regular do Polo Petroquímico para cá. A gente busca soluções logísticas para facilitar o cliente e blindar a carga que pode fugir de Rio Grande. Tentamos diminuir o preço do pedágio, tipo um programa de milhagem para os caminhoneiros, mas não avança em nosso estado. Sempre vamos ter 3%, 4% de cargas que vão migrar para outros portos, até para Montevidéu. O que precisávamos em Rio Grande é consolidar o Distrito Industrial, botar mais empresas perto do porto para juntos diminuir os custos.

No final do Painel RBS o apresentador Elói Zorzetto disse que foi uma reunião “absolutamente produtiva. Não tem como admitir o progresso sem a discussão da ecologia. Tem de encontrar uma solução ambientalmente correta e economicamente viável. ”.


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Homenagem ao pioneirismo na aviação comercial A “Linha da Lagoa” - Ligava Porto Alegre, Pelotas e Rio Grande. O voo era feito em baixa atitude, entre 20 e 50 metros, sobre a Lagoa dos Patos, numa velocidade de cruzeiro de 160km/h. O avião tinha capacidade para levar 9 passageiros. No cjek-in o passageiro era pesado junto com sua bagagem e se passasse de 75kg era cobrado como excesso. Também eram distri-

O Centro Philatélico do Rio Grande está expondo um cartaz que homenageia a cidade do Rio Grande e a Carlos Albrecht Junior, pai do saudoso Walter Albrecht e que foi o primeiro agente da Varig na cidade. Aquela grande empresa, que encerrou suas atividades em 2006, foi fundada

em 7 de maio de 1927, em Porto Alegre, por Otto Ernest Meyer, e o primeiro voo foi feito pela aeronave “Atlântico”, entre a capital e Rio Grande, com escala em Pelotas. A mostra iniciou na agência do Correios e será levada a outros pontos da cidade.

A luta pela termelétrica

O governador José Ivo Sartori, integrantes da bancada federal gaúcha, o prefeito Alexandre L i n d e n m e y e r, representantes do grupo New Fortress Energy (nova empresa responsável pela implantação da UTE em substituição ao grupo Bolognesi), vereadores e diversas lideranças locais cumpriram, em Brasília, uma extensa agenda em defesa do projeto de instalação da Usina Termelétrica no Rio Grande. Foi dia 1º de novembro. Após reuniões na Agência Nacional de Energia Elétrica e com o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, a comitiva saiu com a expectativa de que até o final do mês se conhecerá a decisão

da Aneel sobre o pedido de reconsideração da suspensão da outorga de instalação da Termelétrica no município. O prefeito de Rio Grande participou, naquela dia, de outra audiência na Aneel, quando foram discutidos os aspectos técnicos do projeto, como a linha de transmissão do empreendimento e os prazos para os termos de licenciamento ambiental do projeto.

buídos algodão e chicletes para os passageiros. O algodão era para colocar nos ouvidos e abafar o barulho dos motores. Os chicletes aliviavam o desconforto causado pela mudança de pressão. O voo durava cerca de duas horas e 20 minutos, bem mais rápido do que uma viagem de trem e o bilhete não era muito mais caro.


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Jornalista gaúcho relembra episódio do lixo enviado para os portos brasileiros Rumoroso caso que ocorreu em 2009 é tema do livro “ Toma que o Lixo é Teu!” Em julho de 2009, os inspetores da Receita Federal de Rio Grande descobriram o esquema ao deslacrarem 40 contêineres enviados ao porto do Rio Grande. Rastreando a documentação das empresas, foi possível detectar a irregularidade em outros 25 contêineres no porto de Santos (SP). Antes da descoberta do conteúdo em solo gaúcho, oito contêineres foram transportados, de carreta, de Rio Grande para o porto seco de Caxias do Sul (RS). Na documentação, a carga constava como polímeros de etileno para reciclagem. Na verdade, eram toneladas de lixo doméstico e hospitalar, como fraldas, seringas e preservativos. Um dos reservatórios levava brinquedos, com bilhetes informando: “Entregue estes brinquedos para as crianças pobres do Brasil. Lavar antes de usar”. Quem nos narra um pouco dessa história é o jornalista Diniz Júnior, 37 anos na profissão e na época editor da Revista Conexão Marítima. Com passagens pelo Grupo RBS, como repórter e gerente de Telejornalismo nas emissoras de Rio Grande, Pelotas e Santa Maria, o jornalista deixou a organização em 2000 para assumir como editor e repórter especial da Revista de Comércio Exterior Transporte e Logística do Estado onde realizou a denúncia sobre o caso. “O bom dessa história é que, quando se imaginava que esse lixo ficaria um tempão no Brasil, ele voltou para a Inglaterra um mês após a denúncia”. “Essa história começa em um hotel localizado em Hamburgo, na Alemanha. Na época,

acompanhava uma missão de jornalistas que tinha como objetivo realizar uma reportagem no porto de Hamburgo. Foi quando representantes de algumas ONGs informaram que alguns países europeus estavam enviado lixo em contêineres para o Brasil, na verdade para vários portos e um deles seria Rio Grande (RS). Senti que começava a se desenhar uma grande reportagem. Quando retornei a Rio Grande, a Receita Federal confirmou a história narrada em Hamburgo pelos ambientalistas”, disse. Para o jornalista Diniz Júnior, oito anos depois, o episódio ainda serve de reflexão. “Por que os países que impõem pesadas normatizações aos países mais pobres embarcam clandestinamente resíduos poluidores a estes mesmos países? Na minha opinião pressupõe-se que as autoridades sanitárias destes portos europeus não estão atentas ou que, se tiveram conhecimento, não interferiram, concordando com a barbaridade que estava sendo cometida. A importação de lixo doméstico vai além de um entrave legal e policial. São necessárias leis mais rigorosas para que essa inacreditável história não se repita”, destacou Diniz. SIM, NÓS ENVIAMOS O LIXO Descoberta a irregularidade, o caso ganhou repercussão mundial. O Itamaraty reagiu ao episódio e o Reino Unido enviou ao Brasil um pedido de desculpa, e o material foi despachado de volta para a Grã-Bretanha em agosto de 2009, um mês depois, onde foi incinerado. A empresa Edwards WastePaper, da Grã-Bretanha, confirmou ter exportado ilegalmente 89 contêine-

res contendo cerca de 15 mil toneladas de lixo doméstico para o Brasil em 2009. Mesmo com o caso, os portos brasileiros registram, com frequência, a chegada de resíduos. O mesmo porto do Rio Grande registrou, em agosto de 2010, um carregamento de 22 toneladas de lixo vindas em um contêiner embarcado no porto de Hamburgo, na Alemanha. O envio de resíduos deve respeitar a Convenção de Basileia – nome da cidade suíça onde o acordo foi firmado, em 1988. Ele estabelece mecanismos de controle sobre a movimentação de resíduos perigosos entre países para garantir a segurança ambiental e a saúde humana. O Brasil ratificou a convenção em 1993 e outros 169 países também são signatários. O acordo prevê que a autoridade competente do país exportador notificará ou exigirá ao produtor ou exportador que notifique, por escrito, o país envolvido sobre qualquer movimento transfronteiriço de resíduos perigosos e de outros resíduos. O país de importação responderá consentindo ou negando permissões – ou ainda requerendo informações adicionais. O transporte dos resíduos só poderá ocorrer após o consentimento formal das autoridades. “Como em qualquer negócio que envolva muito dinheiro, o que se deve combater é o comércio ilegal, as grandes máfias, e não transformar os países pobres em um lixão do mundo rico. É essa a mensagem principal do livro”, explica. O livro foi dividido em cinco partes: começa pelo lixo enviado pelos europeus; passa pelos portos marítimos e o desenvolvimento susten-

tável; mostra o maior Lixo Eletrônico do mundo em Gana e o Desmantelamento de Navios em Bangladesh que se tornou um Cemitério de Navios e de homens e encerra com o Fundo da Folia abordando a poluição dos oceanos. A obra teve o apoio Cultural da CMPC Celulose Riograndense e as fotos são de Guga Volks e das Ongs Shipbreaking Platform, com sede em Bruxelas na Bélgica, da Rede de Ação da Basileia com sede em Seattle nos Estados Unidos, Fundo da Folia no Brasil e Greenpeace “TOMA QUE O LIXO É TEU!” Páginas: 160 VENDAS: Livrarias Vanguarda em Rio Grande e Pelotas www.livrariavanguarda.com.br ou pelo e-mail vendas@portosmercados.com.br


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14  NOVEMBRO DE 2017

Valdomiro Rocha Lima

de outras bebidas, é claro, salgadinhos, doces e tudo que pode se encontrar num mercadinho. De vez em quando sai um jogo de cartas, mas também uma das características é a música. Um grupo de músicos bem qualificados, frequentadores do bar, se reúne especialmente aos sábados. Sai junto um churrasco ou tira-gosto e essas reuniões, que iniciam no final da manhã, costumam entrar pela tarde de sábado.

Como o senhor se tornou gremista? Para falar a verdade desde guri isso acontece. É aquele negócio; um pende para um time, outro para o outro... Nunca teve o receio de perder cliente por ser gremista declarado? Nunca tive receio. Deu tudo certo. Futebol é esporte e no bar o importante é tratar bem o cliente.

Mas o senhor torce contra o Inter? Se falar que torço a favor estou mentindo, mas fico na minha, Como foi aguentar os tempos em que o Inter só ganhava? A gente ia levando. Recebia flauta, mas eles são todos amigos. Acho que sou desportista. Levo tudo na brincadeira. Por isso os colorados frequentam meu bar. A gente é amigo e se respeita. Vai ter festa se o Grêmio conquistar a Libertadores? Sempre tem. Festa é festa. Os colorados quando ganham passam por aqui e mexem comigo. É normal, como também será normal a gente fazer a nossa festa, em caso de conquista da Libertadores.

FOTO: FÁBIO DUTRA/JORNAL AGORA

Gremista “para o que der e vier” Irani da Costa Teixeira, originariamente pescador, é natural da Ilha da Torotama, de onde saiu há 32 anos para residir na cidade. Inicialmente ele residiu no bairro São Miguel, onde teve um bar, e há 20 anos dá continuidade a essa atividade, só que no final do canalete da Major Carlos Pinto, próximo ao Yacht Club. Ali no número 80 ele é proprietário do Bar Quebra-Galho, mais conhecido por Bar do Cota. O que mais chama atenção de quem vai lá é a paixão do comerciante pelo Grêmio de Porto Alegre. “Não sei se está no meu sangue, mas também respeito muito os colorados, meus amigos. Aqui, quando joga o Inter a gente vê também e quando Grêmio e Inter jogam no mesmo horário a gente divide o tempo para ver os dois. A mesa de bilhar não joga para todo mundo ver o jogo”, conta ele. Cota diz que “futebol é um esporte que gosto muito. Acompanhei muito o amador, torcendo pelo Fiateci, e na cidade torço pelo São Paulo. Inclusive fui um grande colaborador do Leão, ajudando todos os meses com R$ 300. Quando São Paulo e Grêmio se enfrentam eu fico neutro. Primeiro porque o Grêmio não precisa e o São Paulo precisa”. Na fachada do Bar do Cota já tem o distintivo do Grêmio e por dentro é tudo em azul, preto e branco, com as paredes repletas de pôsteres do time, distintivos, maquetes do estádio Olímpico e da nova arena. Até um pedaço da grama do Olímpico está exposta. Sem falar que a mesa de bilhar é com pano azul e tem o distintivo do Grêmio. Quem pensa que lá só vai gremista, está redondamente enganado. Os clientes se dividem entre gremistas e colorados. A maioria evita a gozação para não perturbar o ambiente e o próprio Cota fica na dele, apesar de estar sempre vestido de gremista. “Tenho mais de 300 camisetas, inclusive o novo lançamento. É toda a roupa que uso”, diz ele, que tem num quadro a camiseta oficial de 1973. O frequentador Luiz Augusto Clain Monteiro, gremista, confirma: “Nunca vi Cota com qualquer roupa que não seja do Grêmio”. Já o colorado Luiz Fernando Carvalho da Costa diz que “ele é importante para nós. Vem torcedor de Grêmio, Inter e sempre existe respeito”. O sargento da Marinha Cássio Alves, chegou de Pernambucano há 15 anos. Torcedor do Santa Cruz de Recife, também simpatizou pelo Grêmio e diz que Cota “é um dos meus melhores amigos”. Cabe salientar que o bar do Cota tem de tudo: cervejas bem geladas e de várias marcas, além

FOTO: REPRODUÇÃO/RBS TV

Rio Grande perdeu em novembro uma de suas maiores lideranças políticas. Valdomiro Rocha Lima foi professor, empresário e na política elegeu-se vereador, deputado estadual e deputado federal, sempre com destacada atuação. Na Assembleia Legislativa foi eleito presidente, quando teve a oportunidade de responder pelo Executivo Gaúcho. Em sua trajetória, militou inicialmente no PTB e depois no PDT, acompanhando Leonel de Moura Brizola e a causa trabalhista. Seu falecimento, aos 84 anos de idade, repercutiu na comunidade e o PTB lançou nota oficial manifestando seu pesar pelo ocorrido. O

presidente da Executiva Municipal, Edson Costa, destacou que Valdomiro Lima “trabalhou ativamente no fortalecimento do trabalhismo, influenciando positivamente no crescimento do Partido Trabalhista Brasileiro e do Partido Democrático Trabalhista”, sendo que neste último atuou desde sua fundação.

Moacir Rodrigues

No final de outubro o jornalismo rio-grandino perdeu um de seus mais queridos integrantes. Moacir Rodrigues iniciou no jornal Rio Grande e rapidamente se destacou, principalmente no jornalismo esportivo, tendo atuado na TV Rio Grande e rádio Cultura Rio-Grandina. Foi no jornal Agora que ele teve sua passagem mais marcante, tendo sido editor-chefe e contribuindo para dar ainda mais credibilidade àquele diário. Apesar da enfermidade que o atingiu, Moacir optou em continuar trabalhando e ultimamente era editorialista e responsável pela página de São José do Norte.Vai deixar muitas saudades em todos que o conheceram e admiravam sua maneira de ser: sempre brincalhão, de bem com a vida, humilde e de excelente relacionamento com todos os colegas. Em família era extremamente carinhoso com esposa e filhos e recebia deles o mesmo tratamento, como pude testemunhar. Realmente, uma pessoa do bem.

Taxistas em Brasília

O presidente do Sinditáxi, Carlos Oliz Martins da Silva, e o secretário Leonardo Vanzellotti Machado, estiveram em Brasília para lutar pela regulamentação do Uber. Queriam que os motoristas desse aplicativo tivessem as mesmas exigências que os taxistas, mas a questão não ficou definida e os parlamentares não atenderam duas solicitações fundamentais: que os carros do Uber tivessem placa vermelha e que os serviços fossem regulamentados pelas prefeituras. Com isso, os Uber voltaram a circular, sem necessidade de dar segurança aos passageiros como fazem os taxistas. Inclusive o aplicativo americano não se responsabiliza por nada e não tem as obrigações exigidas para quem presta o serviço de táxi

Desgoverno

 Para os leitores terem uma ideia de como o Brasil está muito mal representado em Brasília, vale a pena transcrever declaração do deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP), mesmo sendo de 12 de outubro de 2016 e registrada no site Congresso em Foco, ao defender a proposta de emenda à Constituição que limita os gastos públicos: “O governo federal tem de cortar gastos com universidade, e o brasileiro que não tiver dinheiro para bancar os estudos não deve ir para a faculdade. O cidadão que reclama do atendimento público precisa cuidar mais da própria saúde para não sobrecarregar o Serviço Único de Saúde (SUS)”. As declarações foram dadas em uma conversa com professores que se manifestavam na Câmara contra a PEC. A gravação do diálogo ganhou as redes sociais. Marquezelli disse, ainda, que seus filhos vão estudar em universidade porque têm condições de pagar. “Tem que gastar o que tem. O contribuinte brasileiro não aguenta mais pagar (…) Tem de cortar universidade, tem de cortar. O governo vai se preocupar com o ensino fundamental. Quem puder pagar vai ter de pagar. Meus filhos

vão pagar”, declarou. De tão absurdo, cheguei a achar que era mais uma das mentiras da internet, mas fui no Google e a notícia estava em vários sites, inclusive o G1.  No dia 23 de outubro o senador Paulo Paim, presidente da CPI da Previdência, após 35 audiências públicas, mais de 100 convidados e 350 requerimentos de informações, apresentou o relatório final na TV Senado, mas a grande mídia não repercutiu. Ele concluiu que “não há necessidade alguma de fazer a reforma da Previdência. Os que defendem a reforma falam só na contribuição dos empregadores e empregados, mas tem de botar mais o PIS/Pasep, jogos lotéricos. Por que não cobram os grandes devedores? Os grandes bancos, frigoríficos, montadoras devem cerca de R$ 800 bilhões. Deram anistia de mais ou menos R$ 25 bilhões. Se não tivessem dado anistia, teríamos mais de R$ 800 bilhões. Perdemos R$ 25 bilhões. Ainda tem a cobrar R$ 775 bilhões. O relatório vai apontar caminhos para que a Receita Federal e os procuradores da Fazenda possam fiscalizar. Deveríamos ter o dobro de auditores fiscais. Se não pagamos a luz, água, cortam. O carro e a casa tiram. Vamos fazer também os grandes devedores pagarem as dívidas com a União”.


SUL RS HÁ 50 ANOS JORNAL RIO GRANDE - NOVEMBRO DE 1967

 Dia 2 – Por muitos anos um cabo e três soldados da Brigada Militar prestaram serviços diretamente na Delegacia de Polícia, auxiliando o inspetor de plantão em sua tarefa de zelar pela segurança da cidade. Agora vem a BM de retirar o cabo e os dois praças daquele serviço, ali deixando somente um policial militar para atender o telefone. Em todo o interior do estado os PMs não prestarão mais serviços junto às delegacias. O plantão na DP agora será realizado por dois inspetores, ao invés de um, e serão auxiliados por dois guardas noturnos cedidos pelo sr. Manoel Ricardo de Albuquerque Libório. Também as viaturas da BM, que faziam o policiamento ostensivo-preventivo, foram retiradas de circulação, sendo uma delas enviada para Porto Alegre.  Dia 4 – o navio Windhux trouxe a seu bordo os dois primeiros guindastes da série encomendada da Alemanha para equipar o porto de Rio Grande.

 Dia 9 – O verão está dando as suas primeiras amostras e já o abastecimento dágua, apesar do inverno e do início de primavera terem sido chuvosos, não se está fazendo satisfatoriamente. Causou verdadeiro impacto decepcionante a falta de corrente elétrica, que fez sair do ar a programação “Cidades do Sul” da TV Piratini, justamente quando eram focalizados aspectos de São José do Norte. Assim, nortenses e rio-grandinos ficaram privados de assistir ao programa que, como se sabe, fez a Prefeitura de São José do Norte dispender soma avultada para as suas possibilidades, superior a dois milhões de cruzeiros velhos. (Do correspondente Júlio R. da Silva Filho).  Dia 11 – Na manhã de ontem o Gal. Armando Cattani foi ver de perto algumas favelas. As mais impressionantes, sem dúvida, são as da rua Comendador Henrique Pancada.

 Dia 13 – A Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que disciplina a remuneração dos vereadores das capitais e dos municípios de população superior a 100 mil habitantes. Em Rio Grande o salário será ¼ do subsídio dos deputados federais.

Treinado por Pedro Figueiró, o Inter venceu o Rio Grande por 1x0, gol de Sérgio aos 5 minutos de jogo, em Porto Alegre. Reis, do Veterano, foi o melhor em campo, seguido de Celmar. Também destacaram-se Clênio, Mottini, mais Luizinho, e Bráulio pelo lado colorado. O árbitro José Luiz Barreto não marcou pênalti para o Rio Grande e andou invertendo impedimentos contra o Mais Velho. INTER – Gainete; Laurício, Luis Scala, Luis Carlos e Sadi: Elton e Lambari; Bráulio, Marino (Toninho), Sérgio e Dorinho. RIO GRANDE – Clênio; Mottini, Adilson, Edu e Marcos;Reis e Neca; Gonha (Leleco), Celmar, Jesus e Luizinho.  Dia 14 – Finalmente a Polícia local já pode fornecer carteiras de habilitação para motoristas, tendo Rio Grande, a partir de hoje, deixado de ser caudatário de Pelotas.

Vultoso furto, pois alcançou a cifra de NCr$ 3.000,00, verificou-se no navio de bandeira holandesa Windhux, que trouxe os primeiros guindastes para o reaparelhamento do porto de Rio Grande. Nada menos do que 30 galões de tinta especial para pintura de cascos, de procedência alemã, foram retirados do navio para um caíque. Mais tarde, 16 dos galões foram localizados num barco abandonado diante do Entreposto de Pesca e também detidos os marginais. Nas comemorações do 130º aniversário de fundação da Brigada Militar, 50 novos policiais receberam seus certificados e prestaram Juramento à Bandeira. Também foram entregues seis moradias a cabos e soldados nas proximidades do 3º Batalhão de Guardas.

Por telegrama de Brasília o deputado Adylio Martins Vianna informa a publicação no Diário Oficial da União do decreto que reconhece a Faculdade de Filosofia de Rio Grande.  Dia 17 – A firma Cunha Amaral foi adquirida pelo grupo japonês Taiyo, que se dedicará intensivamente à pesca, mas mantendo ainda a fabricação de produtos alimentícios.

Estará sendo encenada em Rio Grande, dia 20, no Carlos Gomes, às 21h, a peça “O festival de besteira que assola o país, de Brecht à Stanislaw Ponto Preta”. O elenco é do Mini-Teatro da Guanabara, que se apresentou com êxito em quase todas as capitais do Brasil. O espetáculo conta com uma curiosidade: a voz do famoso teatrólogo Brecht cantando uma canção de sua “Ópera dos três vinténs”. Entradas estão à venda na Tabacaria Lages. A campanha “Como deixar de fumar” foi coroada de pleno êxito. Consta que pelo menos 400 pessoas já guardaram os isqueiros, mas continuam pedindo fogo! Curioso sistema, porém, temos notado nos últimos dias: muita gente deixou de fumar “os seus cigarros” e se especializou no assalto aos maços alheios.

Bernard Shaw é que estava com a razão, quando dizia que a coisa mais fácil do mundo é deixar de fumar. Ele já havia deixado 99 vezes... (da coluna “Corujando”).  Dia 18 – Um ano após a retomada da linha Rio Grande-Porto Alegre, por iniciativa do Gal. Armando Cattani, o superintendente do DATC, Rubens Emil Correa, informou que nesse período foram transportados nos ônibus da Prefeitura Municipal 38.723 passageiros.

 Dia 20 – O Conselho de Desenvolvimento do Estado decidiu que o Porto Velho será mesmo transformado em Porto Pesqueiro. Metade do cais servirá de local para atracação, carga e descarga de pesqueiros com todas as condições exigidas para um perfeito atendimento à indústria de pesca. O problema da navegação fluvial mereceu um tratamento secundário. Ficou deliberado que, se houver o revigoramento desse tipo de navegação, os barcos serão deslocados para outros atracadouros. A firma Camargo Correa iniciou o levantamento do trecho Santa Vitória do Palmar-Chuí para a imediata pavimentação da BR-471. (Do correspondente Péricles Azambuja).

NOVEMBRO DE 2017

15

Aromas e Sabores

JESUS R. DE ARAÚJO jesusculinarista@gmail.com

O desperdício de alimentos no Brasil O Dia Mundial da Alimentação é comemorado no dia 16 de outubro e foi criado com o intuito de desenvolver uma reflexão a respeito do quadro atual da alimentação mundial e principalmente sobre a fome no planeta. O Brasil é o quarto maior produtor mundial de alimentos, segundo uma pesquisa da FAO (Food and Agriculture Organization of the United Nations), produzindo 25,7% a mais do que necessita para alimentar a sua população, mas grande parte desta riqueza é desperdiçada. Diariamente, jogamos no lixo o equivalente a 39 mil toneladas, quantidade esta suficiente para alimentar 19 milhões de brasileiros com as três refeições básicas. Portanto, as pesquisas mostram que nosso país ainda é um dos campeões mundiais de desperdício de alimentos, pois 64% do que se planta no Brasil é perdido ao longo da cadeia produtiva: 20% na colheita, 8% no transporte e armazenamento, 15% na indústria de processamento, 1% no varejo e 20% na elaboração da cozinha e hábitos alimentares de nossos lares. Analisando estes dados de uma forma mais simples, isso significa que uma dona de casa, inadvertidamente joga na lata do lixo, em média 20% dos alimentos que compra mensalmente no supermercado (no varejo). Muitas vezes não percebemos, mas todos os dias, deixamos de consumir uma quantidade considerável de vitaminas presentes nos alimentos, às vezes “restos ou sobras” de alto teor vitamínico que, na preparação ou reaproveitamento de refeições, acabam indo parar na lata de lixo. O arroz que sobrou de uma refeição pode virar bolinhos, arroz de forno, risotos. O feijão que sobrou também pode virar tutu, feijão tropeiro, bolos ou sopas. Com a carne assada e a carne moída que sobraram, é possível fazer carreteiro, croquetes, recheios de tortas, panquecas, omeletes, pastéis, sopas ou molhos. O macarrão reaproveita- se em saladas, sopas ou bolos salgados. Com o pão adormecido (velho), poderemos fazer pão com creme de alho para um churrasco, torradas, farinha de rosca, rabanada ou pudim. E, além de reaproveitar estas sobras ou colaborar com nossa economia doméstica, também poderemos agregar novos ingredientes, reativar novos sabores, e o prazer infindável de elaborarmos um prato original com aquela comida que sobrou... E, hoje apresentarei duas receitas básicas de reaproveitamento, que irão trazer muito alegria aos nossos lares. E, até a próxima edição!

Arroz à grega de forno

Ingredientes: 2 colheres de sopa de manteiga ½ xícara de cenoura em cubinhos ½ xícara de pimentão em cubinhos 1 lata de ervilha escorrida 4 xícaras de arroz branco (sobras) 1 xícara de uvas passas s/ sementes ½ xícara de queijo parmesão ralado Sal e pimenta do reino, à gosto.

Preparo: Aqueça a manteiga em uma panela, em fogo médio, e refogue a cenoura e o pimentão por 8 minutos. Tire do fogo, acrescente a ervilha, o arroz, as uvas passas. e tempere com sal e pimenta. Misture bem e despeje em um refratário médio. Polvilhe com o queijo e leve ao forno pré-aquecido médio, a 180°C por 12 a 15 minutos para gratinar. Rende: 6 porções.


SUL RS

16  NOVEMBRO DE 2017 Partage Shopping celebra a chegada de três novas operações Ao completar dois anos de atividades, o Partage Shopping Rio Grande agrega um mix de marcas variado, com opções de gastronomia, moda, entretenimento e outros serviços aos clientes que visitam o centro de compras que, recentemente, inaugurou três operações de peso: Polishop, O Boticário e “Da Baronesa – Creperia Goumert”. Ancorado por grandes marcas como Renner, Riachuelo e Lebes, o Partage apresenta novas operações. O destaque, anunciado no início de outubro, é uma loja da maior rede de parques indoor do Brasil: Magic Games. Com mais de 420m², os clientes encontrarão um ambiente moderno e divertido. De acordo com a gerente nacional de Marketing da rede, Fernanda Pradela, a nova loja inovará com atrações diferenciadas, como uma área baby, planejada especialmente para crianças de um a quatro anos, com piscina de bolinhas, área para colorir e brinquedos infláveis. O espaço, além de ser um ambiente recreativo para as crianças menores, auxilia os pequenos na interação com diferentes objetos, estimulando a coordenação motora. Cine 6D, simuladores de corrida, games com Xbox estão entre

a lista de opções de diversão da nova loja, além da novidade “Rock Band”, que consiste em uma simulação do manuseio de instrumentos musicais. Segundo o diretor Comercial e de Novos Negócios do Grupo Partage, Júlio Macedo, “hoje podemos dizer que o Partage Shopping é o empreendimento escolhido pelas grandes marcas que desejam iniciar operações na região Sul do estado. Com a chegada da Magic Games, fortalecemos o nosso papel perante a comunidade”. O espaço está previsto para abrir ao público ainda no final deste ano.

MAIS NOVIDADES Outra nova marca também prevista para o Partage é o Centro de Treinamento e Lazer Dragão Azul, que oferecerá uma pista prática inspirada na Confederação Internacional de Tiro Prático (IPSC – International Practical Shooting

Confedeation). Os treinamentos consistirão em três etapas: aproximação dos equipamentos; briefing e simulação/treinamento. O centro ocupará mais de 150m² e promete reunir amadores e profissionais amantes da modalidade. O superintendente do shopping, Celso Couto, diz que as novas operações são um ganho para o empreendimento, mas principalmente para o público. Ainda de acordo com ele, a casa noturna Pink Elephant e a Clínica de Estética Joviale – anunciadas em julho, continuam com a previsão de inauguração ainda para 2017. “Também firmamos a continuação do nosso calendário de eventos de Marketing diferenciado, trazendo atrações de nível nacional e internacional, aliando a nossa programação as atividades sociais e culturais, valorizando nossa cultura e os nossos talentos locais”, cita o superintendente.

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A SAC CONTA SUA HISTÓRIA - Parte I Presidentes ao longo dos 50 anos

Diversão para as crianças também faz parte do plano de investimento A atual Diretoria da Sociedade Amigos do Cassino (SAC), liderada pelo Presidente Pedro Alvariza, continua realizando melhorias no tradicional clube de nossa praia. Além de um intenso trabalho de manutenção e recuperação do prédio, todos os meses há novidades, tanto na área coberta como na área externa da sociedade. A piscina térmica, que recebe grande público durante todo o ano, e as piscinas externas, que são o ponto alto do verão, receberam novos acessos, rampas, adaptações e pintura especial. Também

foi instalado um moderno sistema de vídeo monitoramento por câmeras, com ampla cobertura dos vários ambientes internos e externos, para aumentar a segurança dos associados e visitantes. Antigos espaços estão sendo aproveitados e revitalizados, resultando em novas e diversificadas instalações e oportunidades de lazer oferecidas aos associados. Aqueles que só frequentam a SAC durante o veraneio, certamente terão uma agradável surpresa ao reencontrá-la na próxima temporada.

ISNARD P. PEIXOTO 1950 - 1952

LAVIEIRA M. LAURINO 1952 - 1954

THOMAZ PAES DA CUNHA

JOSÉ GONTRAN LLOPART 1955 - 1957

DENIS WILLIAM LAWSON 1957 - 1958

AMAURY SANTOS 1959/63 - 1967/71

NEY FUTURO ROCHA 1963 - 1964

OSCAR MEDVEDOWSKY 1964 - 1965


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