Jornal Sul RS - Edição 14 - Maio/Junho 2018

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Uma associação de SUL RS moradores para a região

Notícias e Negócios

da Vila Maria

Circulação: Rio Grande e São José do Norte ANO II - Nº 14

MAIO/JUNHO DE 2018

Diniz Júnior

Surge um novo continente:

CIRCULAÇÃO DIRIGIDA

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Sinal verde para a dragagem

o de plástico

Superintendente Janir Branco

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Em junho o Centro de Simulação Naval

A novela da dragagem no porto do Rio Grande, que tem contrato assinado para a sua realização desde julho de 2015, está próxima de um final positivo. A parte que cabia à Superintendência do Porto, que era a obtenção da autorização ambiental, finalmente foi conquistada. Uma das polêmicas foi a exigência de um novo local para descarte dos resíduos. O superintendente do Porto do Rio

Grande, Janir Branco, explica que existem dois tipos de dragagem: a de aprofundamento e a de manutenção. Esta última é que será realizada agora, quando está em pleno andamento o escoamento da safra. “A dragagem de manutenção faz uma limpeza do canal e vai atender as necessidades”, garante o titular da SUPRG. Branco informa que o descarte dos resíduos será em novo local: “O sítio é diferente. Fica numa região mais distante que as outras, aproximadamente a 20 quilômetros da costa e profundidade de 20 a 22 metros”. Agora só falta a Secretaria dos Portos autorizar a execução da dragagem, cujos recursos foram garantidos pelo ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Valter Casimiro, ao deputado federal Alceu Moreira e ao deputado estadual Fábio Branco, ambos do PMDB. A primeira fase da dragagem prevê a retirada de cerca de 3,5 milhões de metros cúbicos de sedimentos o que equivale a quase 20% do total do plano previsto em 18,7 milhões de metros cúbicos. Para que a dragagem

avance, as próximas etapas também precisam ser aprovadas pelo Ibama. Indagado sobre a possibilidade de aproveitamento dos resíduos, como feito no passado no aterramento da Ilha da Base, Janir Branco adiantou que o prof. Lauro Calliari, da FURG, “foi contratado para identificar áreas para deposição de sedimentos em terra nas futuras dragagens”. A preocupação dos armadores e das autoridades portuárias era grande porque, com o assoreamento, navios com calado de 12,80 metros (42 pés, que são a maioria dos graneleiros) e porta-conteineres já estão tocando no fundo do canal. A safra de grãos gaúcha não deixa de sair, mas o agravamento da situação poderia obrigar as embarcações a saírem com menos cargas.

Há possibilidade da lama da praia não ser da dragagem e sim do assoreamento com a contribuição de correntes marinhas? O entendimento da Superintendência do Porto é que o sítio de descarte tem estabilidade. O sedimento fica no sítio. O problema mesmo é a contribuição da bacia hidrográfica e não da dragagem, porque vem muitos sedimentos dos rios e das lagoas, mas temos convicção que não é decorrente da dragagem.

Uniodonto é só sorrisos

A equipe técnica está em fase de conclusão do treinamento para que o Centro de Simulação de Manobras Navais passe a operar comercialmente e a previsão é de que isso aconteça até junho. O Centro foi montado pelo APL do Polo Naval e de Energia do Rio Grande e Entorno, com investimento de R$ 1,2 milhão proporcionados pelo Banco Mundial em convênio com o Governo do Estado. Conforme o diretor-presidente do APL, vice-reitor da FURG, Danilo Giroldo,o Centro

de Simulação já está montado no Parque Tecnológico da Universidade- Oceantec e, com a iniciativa, todo o processo de atracação no porto poderá ser simulado e terá como clientes os associados do APL, inclusive a Praticagem da Barra. O APL do Polo Naval e de Energia do Rio Grande e Entorno possui 90 associados, dentre eles municípios, Porto do Rio Grande, associações, sindicatos, indústrias, fornecedores de bens e serviços, instituições de ensino e pesquisa.

A Uniodonto Rio Grande-Litoral está em festa. Em maio comemorou 20 anos de fundação e vale a pena registrar essa cami-

Elis Radmann e as eleições PÁGINA 10

nhada de sucesso. Na foto, a confraternização entre a diretoria, cooperados e colaboradores.

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As ações da PF no município PÁGINA 12


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! í a Olha

68 anos de atividades

POR IQUE DE LA ROCHA

Santa Casa Ao contrário do que muitos dizem, a política pode ser a solução dos nossos problemas. O Polo Naval, por exemplo, poderia ter continuidade com uma decisão política e isso ocorreria se todos se unissem. Não está errado afirmar que a radicalização na política acabou com o Polo Naval que, em nosso entendimento, ainda vai ressurgir. Agora os rio-grandinos acom-

panham o drama da Santa Casa, que é o drama de todos nós. Não dá nem para pensar que uma instituição daquele tamanho feche suas portas, mas isso pode acontecer. Se todos os lados e correntes não unirem forças, amanhã poderemos estar lamentando e também debitando na conta da politicagem essa grande perda que, oxalá, não ocorra.

Foi em 1º de maio de 1950 que Irio Reis Padilha abriu a Noiva do Mar Loteria Esportiva, que hoje se chama Lotérica do Padilha. Ele iniciou o negócio com uma proposta para representar os grandes jornais brasileiros e assim fez por muitos anos, nunca deixando de lado o seu orgulho de ser rio-grandino. Padilha desde jovem ajudava seu pai, Ivo, na distribuição de jornais e até hoje fica na porta de seu estabelecimento oferecendo apostas para quem passa na Benjamin Constant.

Ainda as calçadas Por ironia do destino, durante a distribuição da edição de abril, que trazia na capa denúncia do aposentado Carlos Wyse sobre a falta de tampas de esgoto em nossas precárias calçadas, fui mais uma vítima dessa situação. Pisei acho que num papelão disfarçado de lajota e por muito pouco não quebrei o pé. Quem me acudiu de imediato foi o jornalista fotográfico Ailton Ávila, com quem conversava há poucos minutos, e um casal, que também surgiu logo em seguida. Foi na Conde de Porto Alegre, próxima da Benjamin Constant e o buraco ainda está lá. Em caso de acidente se processa quem: o proprietário do prédio, a Corsan ou a Prefeitura?

Novas tabeliãs no município

Para quem vai viajar

Eliana Okamura

Gabriella de Lima Silva

Desde o dia 22 de janeiro Rio Grande tem uma nova tabeliã de protesto de títulos, responsável pelo antigo Cartório Américo. Trata-se de Eliana Toshie Morita Okamura, que residia em Brasília. Também nomeada por concurso público, a nova titular do 1º Tabelionato é Gabriella Cristina de Lima Silva, que residia em Teresina (PI). No início de maio o cartório iniciou seu funcionamento no antigo prédio do Jockey Club, na rua Marechal Floriano, ao lado da Galeria São Pedro.

Planejar uma viagem e deixar para a última hora a questão do passaporte pode trazer transtornos. Para os países do Mercosul (Uruguai, Argentina, Paraguai e Chile) só é necessária a Carteira de Identidade, mas tem de estar atualizada (deve ter no máximo até

10 anos). O documento também é exigido de crianças pequenas, inclusive recém-nascidos. Para quem necessita de passaporte, o agendamento na Delegacia da Polícia Federal será retomado no final de junho.

Práticos da Barra Por uma questão de economia de escala, os portos brasileiros vêm recebendo navios cada vez maiores ao longo dos anos. Além do comprimento é preciso pensar na largura, no calado e no deslocamento dessas embarcações. Os Práticos da Barra do Rio Grande estão sempre investindo em equipamentos e treinamentos. Em abril, um grupo de seis profissionais foi enviado a um centro de treinamento em Covington (Louisiana, EUA), preparando-se para operar navios com 360 metros de comprimento, que poderão vir ao Brasil. Além de simuladores computacionais, o centro norte-americano conta com modelos reduzidos – navios menores que reproduzem as mesmas reações hidrodinâmicas das grandes embarcações. O secretário executivo Pedro Luppi Monteiro adianta que em julho outra turma de práticos do Rio Grande passará uma semana em treinamento nos Estados Unidos.

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Artigo Surge o sétimo continente:

o de plástico

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unca se falou tanto na poluição dos oceanos nos últimos anos, como agora. Na verdade, pouco se fez para mudar esse quadro que preocupa o mundo. Cerca de 40% dos oceanos são intensivamente impactados pelas ações do homem. Entre nossos comportamentos mais preocupantes, destacam-se a pesca predatória, o lixo distribuído ao léu e a devastação de hábitats marinhos. A poluição tem origem em atividades executadas em terra, como o descarte descuidado de fertilizantes, de agrotóxicos e de esgotos. Calcula-se que, todos os anos, inacreditáveis 8 milhões de toneladas de plástico percorram o caminho entre o continente e a zona costeira, até chegar ao mar. Estima-se que metade da fauna marinha, entre aves, tartarugas, peixes e mamíferos, já tenha ingerido pedaços de plástico ou neles se enroscado. O tema vem despertando a atenção de alguns chefes de Estado. O presidente da França, em seu livro EMMANUEL MACRON-REVOLU-

ÇÃO, dedica um capítulo ao meio ambiente. Diz Macron: ” Como permitir que mais de dez bilhões de serem humanos vivam no planeta sem degradá-lo e sem sacrificar nossa qualidade de vida? Gastamos mais dinheiro para extrair as últimas gotas de energia do passado do que para melhorar a do futuro. Um sétimo continente feito de plástico, surgiu nos oceanos. Uma mobilização internacional é necessária para proteger a biodiversidade, os oceanos, na continuidade de uma nova agenda de desenvolvimento sustentável”. Emmanuel Macron levou para as Nações Unidas, em setembro de 2017, um projeto de acordo global dedicado às questões ambientais. Escrito por dezenas de peritos jurídicos internacionais, a iniciativa visa estabelecer um quadro internacional na luta contra as alterações climáticas e para a proteção do meio ambiente. O sétimo continente, no qual o líder francês se refere, foi descoberto pelo oceanógrafo norte-americano Charles Moore quando participava de uma competição de iatismo entre Los Angeles e o Havaí quando ele tentou cortar caminho por

uma rota evitada pelos navegadores. O lixão está no Oceano Pacífico, numa imensa região do mar que começa a cerca de 950 quilômetros da costa californiana e chega ao litoral havaiano. Seu tamanho já se aproxima de 680 mil quilômetros quadrados, o equivalente aos territórios de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo somados – e não pára de crescer. Apesar de ser desconhecido pela população mundial, o problema é antigo. Na verdade ninguém dá a mínima. As pessoas desconhecem o problema porque é algo distante da realidade delas. No Brasil, por exemplo, quase nada se produz ou discute sobre a consequência da presença de plástico nos oceanos. A falta de informação vem da indiferença das pessoas em relação ao meio ambiente. A questão parece interessar somente a ambientalistas e cientistas. Grande parte da comunidade internacional parece indiferente. Existem poucas pesquisas mundiais que abordam o tema. Não deveria. Cerca de 20% dos componentes desses depósitos são atirados ao mar por navios ou plataformas petrolíferas. O restante vem mesmo da terra firme. O entulho plástico despejado pelo homem nos mares mata a cada ano mais de um milhão de pássaros e cem mil mamíferos marinhos, e sua entrada na cadeia alimentar representa risco para a

saúde humana. Acredita-se que 90% do lixo flutuante nos oceanos é composto de plástico – um índice compreensível, já que esse material é um dos que levam mais tempo para se decompor na natureza. A redução do lixo marinho é alvo da campanha Mares Limpos, lançada em julho de 2017 pela Organização das Nações Unidas (ONU). O objetivo é convencer pessoas e empresas a reduzirem o consumo de plásticos e evitar seu descarte. Um aspecto importante da campanha é conseguir colaboração de empresas para substituir ou reduzir o uso de plásticos em seus produtos. Jean-Michel Cousteau, oceanógrafo, ambientalista, ecologista e fundador da Ocean Futures Society (OFS), em entrevista publicada no livro de minha autoria, TOMA QUE O LIXO É TEU, diz que uma vez que o lixo é despejado no oceano, sua retirada é quase impossível. A melhor e talvez a única solução seja, desde o início, manter o lixo fora do oceano, relata Cousteau. E este é um enorme problema. Não se pode responsabilizar unicamente a indústria. Todos podem ajudar tomando cuidado para não deixar que o lixo seja depositado no meio ambiente. Comprando produtos que utilizem menos embalagens, reciclando e não jogando nada

na rua ou no meio ambiente, pois com toda certeza terminará no oceano. O embaixador do meio ambiente finaliza com uma mensagem para todas as gerações: “Há somente uma única solução: ação individual! As pessoas devem se engajar. As pessoas devem compreender. As pessoas devem agir. E essa atitude resulta daquilo que fazemos em nossas próprias casas, em nossas comunidades e daquilo que na democracia permitimos ou não que nossos governantes façam. Depende de nós e somente nós”.

DINIZ JÚNIOR, jornalista e autor do livro TOMA QUE O LIXO É TEU que narra a história de toneladas de lixo enviadas ilegalmente da Europa em 2009 para os portos brasileiros.

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Fatos e coisas do Rio Grande

Na ativa, com 96 anos

Associação de moradores abrange região da Vila Maria

Norival Rodrigues Pinto com os filhos Jorge, Zenilda e Zalir Dia 30 de maio o comerciante Norival Rodrigues Pinto estará completando 96 anos de vida. Não é fácil chegar a essa idade, ainda mais com a saúde em dia, uma lucidez impressionante e na ativa, comandando há 56 anos o bar São Jorge, na Cristovão Colombo, 228, com o filho Jorge Ney. “Seu” Norival é filho do agricultor Guilherme Rodrigues Pinto, que foi um dos maiores produtores de vinho e jerupiga na Ilha dos Marinheiros, além dos hortigranjeiros. Produzia por ano 100 pipas de vinho com 500 litros cada. Nascido em 1922, Norival lembra dos tempos áureos da ilha, que chegou a abastecer o Rio de Janeiro com seus produtos. Ele nasceu e se criou lá, junto com os pais (a mãe era Rosa dos Santos Pinto) e os nove irmãos (deles, só Nelson está vivo). Recorda que na localidade moravam milhares de pessoas, que a partir da década de 1960 começaram a migrar para a cidade, em parte devido a uma praga que teria afetado os parreirais. O então agricultor veio para a cidade em 1962 e transformou-se em comerciante. Casado com Maria Jacira Pinheiro Pinto (falecida em 2013) tinha quatro filhos (Jorge Ney, Zalir, Zenilda e Zeli, este último já falecido), queria dar instrução a eles e na ilha não havia escola. Comprou o bar São Jorge, no bairro Cidade Nova, e ali estabeleceu-se, tornando aquele estabelecimento referência naquela zona da cidade. No famoso carnaval da Colombo era parada obrigatória dos blocos e há vários anos também ponto de parada da procissão de São Jorge, santo que ele já era devoto antes mesmo de adquirir o bar. Norival Rodrigues Pinto lembra do povo humilde da Ilha dos Marinheiros (“Os chacareiros se davam muito bem”), dos tempos de goleiro do SC Libertador, dos clássicos com o Barulho e de vários outros times que existiram por lá. É conselheiro do SC Rio Grande e do Libertador e vai sempre aos jogos e às festas na ilha. Para isso, ainda mantém sua

chácara. Estudou no Colégio São Francisco e presenciou a colocação dos alicerces para construção da igreja Nossa Senhora de Fátima, bem como a obra do edifício da Câmara de Comércio. Torceu para ser convocado para a 2ª Guerra Mundial, mas ela acabou antes. Fala com saudades dos tempos em que a avenida Portugal, repleta de fábricas de pescado e do Frigorífico Anselmi, era um verdadeiro “formigueiro” de pessoas de roupa branca, que lá trabalhavam. “A cidade era calma, tinha quase nenhum automóvel”, conta ele, que dirigiu até poucos anos atrás e teve vários carros. O primeiro, um modelo A, acionado por manivela. Adorava Kombi. Certa vez comprou um carnê do Inter e ganhou um Volks. Deu como entrada e tirou uma Caravan, que também se agradou e chegou a ter três veículos daquela marca. Norival atribui a longevidade à alimentação na Ilha. “O pai matava porco, fazia banha e rijões que, depois de prontos, eram enlatados. Não deixava de beber vinho, mas moderadamente. Nunca tomei porre. Joguei no Libertadores até os 32 anos, me alimento de forma equilibrada e o resto é trabalho. Sou calmo e, graças a Deus, sempre me dei bem com a freguesia e tenho bons amigos”. As filhas de Norival confirmam que a saúde do pai é normal. Não tem problema de açúcar, de triglicerídeos ou colesterol e a pressão é boa. “Fico envaidecida de ter um pai assim. Ele se lembra de coisas que a gente nem lembra mais”, diz Zenilda. A irmã Zalir mostra-se “impressionada com a maneira de ser dele. A gente vê pessoas mais novas e com a saúde comprometida, enquanto ele está lúcido e com a cabeça melhor que a nossa”. O filho Jorge Ney comemora a boa saúde do pai, que lhe ajuda no atendimento do bar: “Graças a Deus vai aos 100 anos”. Para alegria dos filhos, dos oito netos e seis bisnetos, além do grande número de parentes e amigos. Muitas felicidades, “seu” Norival!

A sede da Amovirg Faz anos que a Prefeitura pensa em redimensionar nossos bairros, mas isto até agora não aconteceu e até os carteiros sofrem para identificar os bairros corretamente, já que é comum a denominação deles mudar a cada duas ou três ruas. Fábio de Souza Freitas e José Azambuja Leite decidiram criar a Associação dos Moradores da Região da Vila Maria (Amorvim), que abrange cerca de três mil residências de oito bairros: Marluz, Leônidas, Vila Maria, Cibrazem, Parque São Pedro (é outro Parque São Pedro e não aquele ao lado do Parque Marinha), Mate Amargo, Vila Santa Inês e São Jorge. “Verificamos que nenhuma das antigas associações estava ativa e nosso sonho era ter uma entidade que representasse toda a região. Levamos três meses para elaborar o estatuto e marcamos eleição. Só teve a nossa chapa inscrita, que foi eleita por aclamação para o período de dois anos”, conta o presidente Fábio de Souza Freitas. O vice-presidente José Azambuja Leite acrescenta: “Todos conhecem essa região por Vila Maria, mas aqui dentro tem oito bairros e, com a unificação deles, teremos mais força para reivindicar junto aos órgãos públicos”,

NOVA SEDE A nova entidade completará seu primeiro aniversário em 29 de junho, dia do Padroeiro da cidade (São Pedro). As reuniões de diretoria vinham sendo feitas na casa do presidente, mas a partir de maio a Amorvim irá inaugurar sua sede na rua Victor Sacavem, 42. O aluguel será pago com a receita dos associados (mensalidade de R$ 10) e do aluguel do salão de festas para 80 pessoas. O associado terá preço diferenciado no

Fábio Freitas, José Leite, Jonathan Medina e Sandra Mara Padilha aluguel do salão e o direito de usufruir das atividades sociais, como a festa do Dia das Mães, com bolo de 100 fatias e aula de zumba. Essa aulas serão ministradas semanalmente e gratuitas para a comunidade, já que o custo será pago pela associação. Na inauguração da sede, em data a ser confirmada, será realizada assembleia ordinária de prestação de contas e a divulgação dos futuros projetos da entidade.

ATUAÇÃO Sobre a atuação da Amorvim, o vice-presidente José Azambuja Leite adianta que “a ideia é trazer o secretariado municipal para dentro do bairro. Muita coisa foi feita, como limpeza e valeteamento, através da boa conversa que temos com o prefeito, secretários e a Câmara Municipal”. A Prefeitura colocou iluminação na rua Henrique Azeredo, na travessa entre as ruas Manoel Albuquer-

que Libório e Nilo Gollo e no campo da Henrique Azeredo. O presidente Fábio de Souza Freitas destaca o trabalho voltado para a questão estrutural da região, como as falhas no escoamento da água e a iluminação. “Fazemos uma ronda noturna, de dois em dois meses, para identificar todas as luminárias queimadas e encaminhamos pedidos à Secretaria de Serviços Urbanos (SMSU) de uma vez só. Duas vezes fizemos isso e a secretaria resolveu tudo num único dia. A Prefeitura nos atende muito bem”, diz o presidente. Freitas ainda informa que, graças à solicitação do vereador Luciano Gonçalves (PT), o deputado Henrique Fontana (PT) destinou R$ 250 mil, através de emenda parlamentar, para a construção da tão sonhada praça na entrada da Furg. “Se não der para fazer tudo, ao menos uma grande parte da praça estará pronta em breve”, comemora o vice José Leite.



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20 ANOS DA UNIODONTO RIO GRANDE-LITORAL:

Seu sorriso em boas mãos O dia 23 de abril de 1998 sorriu ainda mais intensamente para os rio-grandinos. Naquela data foi realizada a assembleia que criou a Uniodonto Rio Grande - Litoral. Ela aconteceu com a presença de 22 dentistas, graças à iniciativa do colega Kleber Gomes Alt, que mostrava-se entusiasmado com a experiência da cooperativa em Porto Alegre e em outros pontos do país. Sob influência dos colegas de Porto Alegre e apoio da Unimed Litoral Sul, que congrega os médicos locais, a classe odontológica rio-grandina aderiu à ideia do

cooperativismo e a comunidade local ganhou um serviço de excelência em prol da saúde bucal. Atualmente, a Uniodonto conta com 42 dentistas cooperados de diversas especialidades e clínica geral, com grande número de beneficiários e em constante crescimento. Como todo início, obstáculos tiveram de ser vencidos. A primeira sede localizou-se na rua República do Líbano, 292. O crescimento foi lento, mas contínuo e em pouco tempo a cooperativa estava consolidada em Rio Grande. Não demorou e houve

necessidade de uma sede maior, que foi aberta na esquina das ruas Duque de Caxias com Luiz Loréa. Mesmo assim, a diretoria, pensando no futuro, encomendou projeto para uma sede própria. E foi a partir da instalação do Polo Naval no município e região, onde a Uniodonto experimentou um grande crescimento, que o projeto foi executado. A inauguração da moderna sede própria, na rua Luiz Loréa, 263, aconteceu dia 29 de abril de 2014, na gestão de Kleber Alt, marcando uma nova etapa na vida da cooperativa..

“Estamos prontos para crescer” o de prestação de serviços, e não apenas a venda de planos odontológicos. Rio Grande tinha uma população necessitada de ir ao dentista. Com a Uniodonto esse quadro mudou? Tenho orgulho em pertencer a esta cooperativa que foi criada para gerar trabalho aos dentistas e eliminar intermediários na assistência odontológica, oferecendo um serviço de qualidade e com preços acessíveis a população, para que mais pessoas tenham acesso à saúde bucal. A Uniodonto já esta consolidada? Sim. São 20 anos de trabalho e dedicação, atendendo beneficiários de contratos pessoa jurídica e pessoa física, com profissionais atendendo em seus consultórios e na Clínica Uniodonto. Disponibilizamos serviços odontológicos em clínica geral e diversas especialidades. A Uniodonto busca atender as necessidades e expectativas dos seus beneficiários com transparência e responsabilidade.

A cirurgiã–dentista Rosa Maria Signori Gralha é cooperada fundadora da Uniodonto Rio Grande - Litoral e desde 1998 acompanha as atividades da cooperativa e seu desenvolvimento. Em 2016, assumiu a presidência e nos fala do atual momento da Uniodonto.

Como está a Uniodonto hoje? Nos adequamos ao novo momento. Para garantir a sustentabilidade econômica da cooperativa fez-se necessário rever e atualizar o planejamento estratégico. A cooperativa possui um potencial de crescimento a médio prazo. Nos motivamos a buscar um novo mercado, que é

Como funciona o Sistema Uniodonto? A grande característica é garantir uma cobertura nacional. O beneficiário da Uniodonto é atendido em qualquer cidade do país que possua um profissional cooperado. É a maior rede de atendimento odontológico do Brasil, contando com aproximadamente 22.000 dentistas e 99% de aprovação junto a ANS (Agência Nacional de Saúde).

A SEDE PRÓPRIA A acessibilidade e o conforto aos cooperados, beneficiários e colaboradores foram levados em conta na construção da sede própria, com dois pavimentos. Na parte térrea

situam-se a recepção, sala de estar, sala de esterilização e a clínica com quatro gabinetes odontológicos. No pavimento superior encontra-se a administração, sala da presidência e sala de reuniões.

DIRETORIA EXECUTIVA Presidente – Rosa Maria Signori Gralha. Vice-presidente – Nelsi Sehn. Superintendente – Daniele Duval Pinto. CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Diego Detoni Carine Cousin

Samantha L. Silveira Renato Obelheiro

Daniele Duval Pinto, Nelsi Sehn e Rosa Gralha

Foto: Bianca Lúcio


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Kleber Alt conta como tudo iniciou O cirurgião-dentista Kleber Gomes Alt é o grande responsável pela existência da Uniodonto Rio Grande-Litoral. “Sem ele nossa cooperativa não existiria”, fazem questão de salientar a presidente Rosa Maria Signori Gralha e a vice-presidente Nelsi Sehn. Ele é fundador e primeiro presidente da cooperativa e conta como tudo começou: - Sempre fui muito associativista. Me formei e já entrei na diretoria da hoje extinta Associação Riograndina de Odontologia (ARO). Depois participei da sub-seção da Associação Brasileira de Odontologia (ABO). Meus colegas de turma abraçaram o cooperativismo e se tornaram líderes das cooperativas em seus municípios. E eles diziam: “vamos fazer a Uniodonto em Rio Grande!”. Aqui não tinha muito espírito cooperativista. Alguns colegas vieram a Rio Grande, o presidente da Uniodonto de Porto Alegre fez contatos onde havia beneficiários aqui, mas não teve muita receptividade, na ocasião. Em janeiro de 1998, o que motivou mesmo foi a autorização do Governo Federal para que nas operadoras de planos médicos também tivessem planos odontológicos. A Unimed não podia ter cooperados dentistas e também incentivou a criação da Uniodonto. De Porto Alegre me ligaram falando do interesse da Unimed e conversei com colegas, dizendo

que o momento era positivo para criarmos nossa cooperativa. Houve um encontro preliminar em minha casa do Cassino, depois fizemos uma reunião com 18 companheiros no Hotel Atlântico do Cassino. Foi explicado como funciona o cooperativismo, formamos um grupo para trazer mais gente, fizemos reuniões em casas de colegas, até que chegamos a ter 24 interessados. Era uma espécie de núcleo formador da cooperativa. Fomos conhecer a Uniodonto Porto Alegre e aí começamos a estruturar. A reunião de fundação aconteceu dia 23 de abril, quando os dentistas integralizaram suas cotas. Na primeira diretoria executiva ficou Kleber Alt como presidente, Renato Obelheiro como vice-presidente e Nelsi Sehn como superintendente. Eram conselheiros (diretores) vogais: Cláudio Morales, Jorge Hammes, Rosa Gralha e Sérgio Pereira. O estatuto prevê sete pessoas na administração da cooperativa, sendo três na diretoria executiva e os demais são diretores vogais.

COOPERATIVISMO “O cooperativismo, bem administrado, é uma grande solução para os tempos de hoje” salienta Alt: “O que dificulta um pouco a gestão é que, cada vez mais, o dirigente tem de se profissionalizar. Ele tem de largar um pouco

a profissão, de tantas exigências que surgem. A cooperativa é uma sociedade democrática. E aqui, a Uniodonto Rio Grande-Litoral é administrada com muita competência, por pessoas íntegras e conta com profissionais de qualidade, que são da cidade. Infelizmente, existem no mercado alguns planos que não são da cidade e fazem um grande rodízio entre os profissionais, mas nós temos essa preocupação. O beneficiário da Uniodonto pode, se quiser, consultar sempre com o mesmo profissional, que é da sua confiança e já conhece todo o histórico do paciente”. Kleber Alt destaca como momentos marcantes nesses 20 anos, a comemoração da primeira década de existência da cooperativa, a compra do terreno e a posterior inauguração da nova e atual sede. “Foi uma iniciativa das mais arrojadas. Fizemos financiamento no Badesul, que exigiu o aval dos integrantes da diretoria executiva. O empréstimo teve a duração de cinco anos, com um ano de carência, mas hoje está tudo pago e é patrimônio dos cooperados. Cabe lembrar que a Uniodonto cresceu muito com o Polo Naval, que fez aumentar o número de cooperados. Nosso pronto atendimento iniciou na Unimed. Com nossa sede própria, tivemos condições de ampliar e qualificar o atendimento”.

Kleber Alt O fundador vislumbra um futuro ainda mais vitorioso para a cooperativa: “Nossa Uniodonto segue

assimilando as mudanças dos novos tempos e continuará se desenvolvendo”, conclui.

Atendimento de qualidade acima de tudo A cirurgiã-dentista Nelsi Sehn atualmente é vice-presidente da Uniodonto Rio Grande-Litoral e também participou de várias diretorias. Foi superintendente da cooperativa e presidente no período de 2010 a 2013. Ao mesmo tempo, é uma defensora do cooperativismo. Eis o seu depoimento: - A Uniodonto amplia o acesso à assistência odontológica e gera trabalho aos cooperados. Geramos emprego e oportunidades dentro da comunidade. Nossos serviços são regulamentados, somos fieis aos estatutos e a leis próprias do cooperativismo. Tudo tem um controle rígido e em termos de econo-

mia, geração de trabalho a cooperativa é perfeita e tudo isso garante qualidade no atendimento e nos serviços prestados. O cooperativismo também é justo, porque todos são remunerados na proporção do que produzem. E tem, ainda, o sentimento de pertencimento, que faz com que todos os cooperados opinem e ajudem a administrar. Nelsi Sehn também destaca o fato da Uniodonto ser regulamentada pela Agência Nacional de Saúde (ANS): - A ANS regulamenta os operadores de planos de saúde com regras rígidas, que garantem a pres-

tação de um serviço de qualidade. Temos pessoas só envolvidas no atendimento ás exigências da ANS. Nosso trabalho é mensalmente avaliado pelo conselho técnico. Vemos clínicas em que o cliente volta daqui a dois meses e o profissional é outro, devido a rotatividade. Não há envolvimento com o paciente. A Uniodonto proporciona um atendimento personalizado. A pessoa se vincula ao profissional. Existe um histórico de atendimento e oferecemos planos de cobertura nacional. Temos planos familiares, empresariais, individuais e também prestamos serviços na clínica para quem não tem plano odontológico.

Esteja aonde estiver a gente pode recorrer à Uniodonto”

Nelsi Sehn

“Sou beneficiária da Uniodonto desde a sua fundação, em 1998. Tenho um plano odontológico da cooperativa e sou muito satisfeita pela presteza do atendimento, porque quando precisa a gente pode recorrer à Uniodonto, em emergência ou em qualquer situação. Minha filha (Fernanda Ferreira do Amaral) também tem um plano odontológico e também está satisfeita.

Em nome da Dra. Nelsi e do Dr. Diego, os profissionais que mais procuro quando necessito, quero parabenizar toda a equipe pelo profissionalismo e competência. A Uniodonto dá bastante segurança e confiança, porque existe em outros lugares e, esteja aonde estiver, a gente pode recorrer aos seus serviços, já que a cobertura dos planos é nacional”.

Lizete Terezinha Ferreira, professora aposentada e beneficiária da Uniodonto desde a sua fundação.


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10  MAIO/JUNHO DE 2018 ELIS RADMANN, SOCIÓLOGA E DIRETORA DO IPO:

“O eleitor não está preocupado com partidos e sim com propostas”

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IPO (Instituto Pesquisas de Opinião) nasceu em 1996, em Pelotas, atendendo toda a região sul e em 1998 instalou sua filial em Porto Alegre e passou a atender o Rio Grande do Sul. Com 22 anos de atuação, o IPO atua fortemente no estado e também desenvolve projetos em todo território nacional. Seu foco de atuação é na pesquisa, em especial a de mercado e de opinião (estudos sobre viabilidade de empreendimentos, pesquisas de satisfação, avaliação de produtos, etc). Também é forte em pesquisas de diagnóstico eleitoral e para sindicatos e entidades de classe. O SUL RS entrevista a fundadora do IPO, a cientista social e política Elis Radmann. Bacharel em Ciências Sociais pela UFPel, Especialista em Ciência Política pela UFPel, Mestre em Ciência Política pela UFRGS, diretora e conselheira da ASBPM (Associação Brasileira de Pesquisadores de Mercado, Opinião e Mídia), atualmente coordena um grupo de pesquisadores que está à frente das mais variadas pesquisas e escreve artigos para o blog do IPO e, também, para nosso jornal.

Costuma se dizer que o brasileiro não sabe votar. Será isso mesmo, o atual sistema político que é o culpado ou ambas as coisas? O brasileiro sabe votar, pois vota por sua crença, cultura. Responde à maneira como a política está estruturada. Dizem que o brasileiro não sabe votar porque, pelo princípio da democracia representativa, teríamos que votar por critérios políticos: partidos, ideologia, interesse de classe ou proposição. Na prática as pessoas votam na pessoa do candidato, depositam um voto de confiança, esperando que o prometido seja cumprido. Como em muitos casos há frustração, o eleitor fica decepcionado.

Nunca se falou tanto em política como agora. Isso deve ser atribuído às redes sociais, o brasileiro está mais conscientizado ou existe mais radicalismo e bate-boca do que propriamente opiniões qualificadas? De um lado as redes sociais criaram um empoderamento para o eleitor. Ele sente que tem voz e pode dizer o que quiser na hora e para quem bem quiser. Do outro lado, há mais indignação, descontentamento com a política e esse descontentamento faz como que muitas pessoas se manifestem. Na prática, temos um ativismo mais digital do que real. A maior parte dos gaúchos afirmam que apoiam manifestações (70%), mas menos de 10% afirmam que iriam para as ruas. O empoderamento da internet movimenta um debate virtual que precisa amadurecer (com respeito a opinião contrária e só dizer aquilo que se diria na frente de uma pessoa) e essa participação precisa ganhar vida. As pessoas precisam participar da associação de bairro, do sindicato, do partido. O principal esteio de uma democracia é a participação. Por isso que se diz que a voz do povo é a voz de Deus. O governo Temer tem possibilidades de fazer sucessor? Há um descontentamento de grande parte da população em relação a temas como economia (diminuição do poder de compra e desemprego) e a segurança pública. Além disso, a maior parte da população não concorda com as reformas (como previdenciária e a trabalhista). Via de regra, a tendência do eleitor é pela mudança.

Acreditas que os partidos aliados ao atual governo terão o mesmo desgaste de Temer? O descontentamento atinge todos os partidos. Os eleitores irão buscar um candidato que desponte como líder e tenha uma plataforma de propostas que se mostre factível. Esta será a eleição da empatia. Os eleitores buscam um candidato que tenha a sensibilidade de compreender os dilemas da sociedade. Agora, com os escândalos de corrupção e a prisão do ex-presidente Lula dá para avaliar o tamanho do desgaste do PT? O partido ou as esquerdas tem alguma chance de eleger o novo presidente? A derrocada do PT como partido atingiu todos os partidos. Todos perdem com os escândalos de corrupção. O eleitor não está preocupado com partidos e sim com propostas e capacidade de execução destas propostas. Na prática, a maioria dos eleitores procura um “salvador da pátria”. Existe lugar para discursos populistas nesta eleição? Sim. Quando o eleitor vive uma dicotomia de frustração e esperança se forma um terreno fértil para populistas. Entretanto, nesta eleição o eleitor não quer mais do mesmo e vai optar por discursos que passem a percepção de simplicidade e verdade. Direita, esquerda ou há espaço para um novo discurso político? Há espaço para novos discursos. O eleitor não quer a radicalidade. O desejo é que os problemas sejam resolvidos e que o país encontre luz no fim do túnel. A maioria do eleitorado quer mudança e esta mudança está associada a uma nova forma de administrar. O eleitor percebe quatro dilemas públicos (doenças do Estado brasileiro) que precisam ser combatidas e/ou tenham sua lógica alterada: 1) burocracia, 2) Corrupção, 3) Ineficiência/incapacidade de prestar serviços básicos e 4) alta tributação. Qual o perfil de candidato ideal para conquistar o voto do povo? Tendo em vista a percepção de que há “doenças” do Estado que precisam ser combatidas, o eleitor almeja por um perfil que tenha capacidade de liderança, atitude para fazer uma

gestão de resultados. O eleitor tem a consciência de que este líder precisa ser íntegro e honesto para que tenha legitimidade perante seus pares e possa motivar as mudanças estruturais que o país precisa. O que mais decidirá a eleição no Brasil: a economia, a segurança pública ou a corrupção? O eleitor percebe estas pautas como a finalidade (o propósito) e a postura como meio (ser honesto/ combater a corrupção e a impunidade). A honestidade é um elemento básico para se alcançar um fim. A economia e a segurança estão na pauta dos novos dilemas que angustiam a população. O eleitor irá buscar um candidato ficha limpa que tenha capacidade e time para trabalhar por estes dois temas. Os candidatos que estão sendo citados na mídia até agora, correspondem aos anseios da população? O tempo da política começa com o programa eleitoral na televisão. É neste momento que os eleitores irão avaliar se os candidatos tem o perfil desejado. Normalmente, na primeira semana de horário eleitoral os candidatos se apresentam e mostram o seu posicionamento. Tem chance de surgir alguma surpresa? Sim, este é um pleito como o de 1989. Estamos com indicadores comportamentais parecidos (tanto do ponto de vista do eleitor como do ponto de vista de fragilidade dos partidos). Esta é uma eleição que poderá ter um “salvador da pátria”. O que poderias dizer sobre a imagem de José Ivo Sartori e as suas possibilidades para uma reeleição? O governo Sartori teve ônus internos (como o endividamento do Estado) e externos, com a situação da economia e a incapacidade do governo fe-

deral em dar o apoio necessário. Esta situação desagrada a população, em especial os servidores públicos, que sofrem com o parcelamento de salários. O debate da eleição estadual perpassará a questão da dívida do Estado e as transformações necessárias e o eleitor terá

que avaliar quem tem mais condições de enfrentamento deste tema. Qual o perfil de candidato ideal para conquistar os gaúchos? A expectativa do eleitor é similar: ele quer que os problemas sejam


SUL RS resolvidos e por isso deseja um presidente e governador com atitude, com capacidade de liderança. Os gaúchos querem um candidato que tenha atitude e resolva os problemas do endividamento e tenha condições de dar atenção a problemas clássicos como saúde, segurança, educação e infra. O eleitor paga os mais variados tributos e deseja que o problema do endividamento seja resolvido. Quais as chances da região ter um governador, no caso o ex-prefeito de Pelotas Eduardo Leite? Ele poderá representar o novo e se diferenciar dos demais candidatos? Além do ex-prefeito de Pelotas, Eduardo Leite (PSDB), há também Mateus Bandeira (Novo), ampliando as chances de representação da região Sul e ambos tem a possibilidade de representar o novo. Ocorre que não basta ser novo, o eleitor não quer trocar seis por meia dúzia. A questão é a capacidade de mudança, a capacidade de propor algo diferente e de executar.

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Nas eleições à Assembleia Legislativa e Câmara Federal quais as possibilidades de uma grande renovação dos políticos, como anseia a população? Haverá uma renovação natural por conta do reposicionamento dos candidatos. Nomes tradicionais na nominata federal vão vir como estadual. Além disso, o eleitor poderá optar por novos nomes, desde que estes já tenham reputação, imagem. No caso do legislativo, o eleitor irá optar por nomes tradicionais (que tem mandato) ou nomes que tenham reputação. Como vês a atitude daqueles que, mesmo sem chances, candidatam-se simplesmente para ficarem na vitrine para a próxima eleição à Câmara de Vereadores ou dos que trabalham para candidatos de fora da cidade e região? O processo de disputa é uma construção, um aprendizado e que favorece a legenda, o partido. Quem quer fazer carreira política precisa estar na “vitrine”. O filtro cabe aos partidos, que devem avaliar a qualificação e o propósito de cada candidato.

CONSTRUTOR! A Zona Sul tem condições de aumentar sua representatividade política, em Brasília e em Porto Alegre? É um ciclo vicioso. Os candidatos reclamam que o eleitor não destina o voto a candidatos locais e os eleitores reclamam que os candidatos são sempre os mesmos ou que não tem condições de ser a voz da cidade na Assembleia ou Congresso. Para que haja aumento da representatividade é necessário que este ciclo vicioso seja quebrado e cada um cumpra o seu papel.

Tome a decisão certa e junte-se a nós.

Quais as possibilidades do Rio Grande ter representantes na Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados? Neste momento, a maior parte dos eleitores Um sindicato atuante na defesa não sabe em quem irá votar para deputado estadual e federal (média de Rio 70%). A cidade de da construção civil do Grande. Rio Grande tem condições de eleger mais de um deputado estadual e dar uma ótima base de votação para um deputado federal.

O povo brasileiro demonstra tamanha descrença nos políticos como nunca houve antes. A realização de eleições debaixo desse mau tempo todo é melhor ou pior para o país? Temos que pensar no país como uma família. As famílias também passam por bons e maus momentos e nem por isso devem deixar de cumprir com as suas responsabilidades. Assim é a democracia: temos que escolher no bom ou no mau momento. Tanto no dilema familiar quanto no dilema nacional a questão é o que aprendemos com isso? Qual a lição? O que devemos mudar? A mudança é algo que precisa acontecer de forma integrada: no sistema e na cultura política. Os políticos são reflexos da sociedade. A sociedade precisa romper com permissividades, como o jeitinho brasileiro, para que o sistema seja revisto. Temos que retomar a finalidade do Estado: o bem comum!

Segurança e preservação do meio ambiente.

Sinduscon Rio Grande esteve no Encontro Nacional da Construção

Silva Paes, 266 - 702

(53) 3230-7415

“Inovar e crescer, construindo um país melhor” foi o lema do 90º Encontro Nacional da Indústria da Construção (Enic), realizado em Florianópolis de 16 a 18 de maio. A promoção foi da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e a realização da Associação dos Sindicatos da Indústria da Construção Civil do Estado de Santa Catarina (Asicc-SC). O evento reuniu cerca de 1600 participantes, dentre eles o Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Rio Grande (Sinduscon), representado pelo presidente Jefferson de Freitas Lopes, vice-presidente Neverton Moraes e o diretor administrativo, Hugo Santana. Durante o encontro, que foi aberto pelo presidente da República, Michel Temer, foi feito o anúncio da construção de mais 50 mil casas do Programa Minha Casa, Minha Vida ainda este ano, lançamentos de portais e estudos e propagação de informações e conhecimento. O Enic foi considerado positivo pelos presentes e pelo presidente da CBIC, José Carlos Martins, que confirmou a realização do próximo evento no Rio de Janeiro, em 2019.

TENDÊNCIAS O presidente do Sinduscon Rio Grande, Jefferson de Freitas Lopes, destacou no Enic “a apresentação das várias tecnologias que estão sendo implementadas no mundo e no Brasil. Na parte política foram assinados vários convênios que favorecem a construção e formada uma comissão pelo presidente Temer para estudar incentivos ao setor, que é o que mais emprega no país”. Sobre as novas tecnologias, observou que “elas barateiam o custo da construção e favorecem a quem necessita residir mais perto do trabalho, evitando perder tempo com deslocamento. Falou-se na construção de edifícios com apartamentos ou salas comerciais mobiliados para arrendamento, da mesma forma que se loca um automóvel. A tendência é terminar o modelo do escritório tradicional. No futuro os escritórios serão disponibilizados por arrendamento ou para uso compartilhado. Tivemos a oportunidade de ver as novas tendências do mercado imobiliário, em que as inovações tecnológicas podem tornar mais eficiente o dia a dia das pessoas, podendo viver em apartamentos mais compactos e práticos”.

Jefferson Lopes observou que nos debates compareceram políticos de expressão nacional, inclusive o ex-prefeito de Pelotas Eduardo Leite. Neles, foi enfatizado que a verdade na campanha eleitoral é que vai respaldar as reformas que o país necessita para se adequar à realidade. No Enic os empresários rio-grandinos foram informados que esses últimos quatro anos foram os piores para a construção civil no Brasil. “O quadro mostra que haverá uma recuperação lenta da construção até 2023 necessitando, para tanto, de algumas mudanças estruturais no país”, afirmou o presidente do Sinduscon. Já o diretor administrativo Hugo Santana constatou que “as dificuldades que nos afligem são as mesmas nas demais regiões do país Ao mesmo tempo, tivemos o convívio com profissionais que estão promovendo ações para reagir a este mau momento.`E importante saber que o acompanhamento feito pela CBIC mostra que existe um começo de reação setorial, com crescimento na abertura de novos postos de trabalho, após três anos de queda. Portanto, o setor voltou a gerar empregos. Ao mesmo

tempo, os estudos da CBIC mostram que o índice de confiança do empresário da construção está acima de 50, o que explica já um pequeno crescimento de empreendimentos que estão sendo lançados. Acredito que o setor da construção cada vez mais deve estar atento ao pensamento dos clientes, aos produtos que serão oferecidos e ao que pode ser desenvolvido neste cenário”. A REINVENÇÃO DO MERCADO IMOBILIÁRIO A reinvenção do mercado imobiliário deve acontecer em diversas esferas, assegura Lafer Frankel, CEO da construtora Vitacon. O atual modelo de comercialização é considerado bem antiquado, pelo empreendedor. “Temos que gerar mais tempo, mais eficiência e uma vida muito mais leve para nossos clientes”, frisa ele, que acrescenta: “Dentre outras grandes tendências do mercado, atualmente, está a mobilidade, devido ao desejo das pessoas chegarem mais rápido aos seus destinos; o compartilhamento (desde uma sala de jantar até

um carro), sendo imperativo que o mercado aprenda a trabalhar com economia compartilhada. A compactação dos imóveis, a partir do surgimento de famílias menores e do aumento de solteiros; e a tecnologia embarcada, ou seja, a aplicação da tecnologia para encontrar novas soluções dentro de um imóvel. Há uma leitura muito clara de que isso vai acontecer rápido”. Os novos produtos imobiliários e de maior destaque são o coworking, uma evolução dos espaços compartilhados de trabalho. O coliving, que é o compartilhamento da mesma unidade habitacional por mais de uma pessoa de famílias diferentes; a locação de espaços por plataformas digitais, como o Airbnb; a edificação de empreendimentos já preparados somente para locação e para um público específico, como moradias estudantis ou para idosos; e a multipropriedade, que é uma propriedade compartilhada por diversos compradores que a utilizam em épocas diferentes.


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Polícia Federal age em várias frentes no município “A Polícia Federal age de acordo com o que vai aparecendo. Temos atuado em todas as áreas. Além da Operação proteína em 2016 (vide box), teve a Operação Caravelas (carregamento de 250kg de cocaína encontrado no Tecon), onde identificamos os responsáveis e a gente vem combatendo o tráfico internacional de drogas, mas o foco é o comércio de drogas no atacado e não no varejo”. A declaração é do Chefe da Delegacia da Polícia Federal no Rio Grande, delegado Gabriel Figueiredo Cavalheiro Leite, que falou ao “Sul RS” sobre as atividades daquele órgão. Indagado se Rio Grande está na rota do tráfico, ele observa que “o Brasil está na rota do tráfico internacional. É o ponto de saída da

cocaína da América do Sul para a Europa, mas Rio Grande tem tido poucos casos. Em outras partes do Brasil tem sido mais comum. Estamos atentos para evitar que isso se torne comum na região”. A DPF do Rio Grande tem apoiado a Delegacia do Chuí na identificação dos principais distribuidores de drogas na região (nos dois municípios e, ainda, em Santa Vitória do Palmar). “De resto, temos atuação no combate a crimes ambientais, especialmente a pesca predatória em alto mar e em locais proibidos. Alguns continuam desrespeitando limites e pescando próximo à costa, em locais de reprodução da vida marinha. O combate a essas infrações vem sendo feito pelo nosso

A Operação Proteína iniciou aqui Em 2016 a Delegacia da Polícia Federal no Rio Grande executou a Operação Proteína para investigar o comércio irregular de anabolizantes. Inicialmente, os policiais acreditavam que as mercadorias vinham do Uruguai e Paraguai, mas descobriram um esquema criminoso muito maior.

O delegado Figueiredo conta como o trabalho da DPF teve repercussão nacional: - Começamos investigando quem vendia anabolizantes na cidade, pessoas que frequentavam academias e tinham algum comércio, mas não desconfiávamos de um esquema tão organizado. Com duas apreensões aqui, identificamos que os grandes fornecedores para Rio Grande eram de São Paulo e chegamos a três organizações criminosas com envolvimento de policiais

civis, policiais militares e policiais federais. Eles faziam a distribuição em diversos estados brasileiros desse tipo de produto, falsificado ou estrangeiro, vindo do Paraguai. Apreendemos mais de R$ 6 milhões em remédios e medicamentos em São Paulo. Eles já estavam a ponto de criar uma marca de medicamento próprio e com garotas propaganda nas redes sociais, porque é um mercado de fitness com visibilidade muito grande. Eram três quadrilhas em São Paulo com relações entre si. Uma comprava da outra e todo o trabalho de investigação foi feito pela Polícia Federal do Rio Grande. Nos deslocamos para São Paulo com apoio da seção de inteligência de lá, especialmente a partir da identificação do envolvimento de policiais federais. Toda a operação em São Paulo foi coordenada pela Delegacia daqui.

Núcleo Especial de Polícia Marítima (Nepom)”. Uma das preocupações da Polícia Federal é o contrabando (proibida a entrada no país, a não ser com autorização especial) e o descaminho (o produto entra sem pagar tributo).

DINHEIRO FALSO A Polícia Federal também investiga a circulação de dinheiro falso na cidade. O delegado Figueiredo diz que esta é uma situação “meio sazonal. Houve período em que era comum esse crime, onde as pessoas de mais idade eram enganadas e trocavam dinheiro verdadeiro por falso. Durante muito tempo se viu o aumento na ocorrência de cédulas falsas. As novas tecnologias, mais ao alcance de todos, talvez tenham facilitado a falsificação das notas. Por isso o Banco Central atualiza suas cédulas com novos métodos de segurança. É importante que a população conheça os mecanismos de segurança das cédulas para não serem enganadas e as informações estão disponíveis na página do Banco Central na internet. Às vezes se verifica ocorrências de notas falsas com mais frequência, mas não é derrame. Acontece também em outras cidades, porque onde há circulação de dinheiro acaba havendo nota falsa”.

ATUAÇÃO DIVERSIFICADA “Nossa atuação tem sido diversificada. Temos investigação de crimes tributários, financeiros, sonegação, crimes ambientais, contrabando, descaminho”, salienta o Chefe da Polícia Federal, que recorda: “Há alguns anos fizemos uma operação para flagrar médicos do hospital da Furg que fraudavam o horário. Marcavam o ponto sem estarem presentes. Fraudes sempre temos. Há muitos anos houve uma operação grande do seguro-pescador. Vários inquéritos foram feitos, mas essa fraude vem diminuindo. Temos, ainda, alguns inquéritos de pessoas que recebem seguro-desem-

Delegado Gabriel Figueiredo Leite. prego após morto o parente”. Além disso, acrescenta o entrevistado, “a Polícia Federal tem atuação administrativa, como polícia migratória (passaporte, registro de estrangeiros, encaminhamento de documentação de permanência ou de refugiados), faz o controle de empresas de segurança privada, controle de produtos químicos que possam ser utilizados na produção de droga, especialmente a cocaína”. A PF faz, ainda, registro e controle de armas. SENEGALESES A presença dos senegaleses “tem sido normal em todo o país.

Normalmente eles chegam com pedido de refúgio feito em outras localidades. Tem um grupo grande em Caxias do Sul e muitos passam primeiro por lá”, informa o delegado Gabriel Figueiredo Leite, que explica: “Eles vem pedir prorrogação do pedido de refúgio ou, uma vez aceita a condição de refugiados, eles tem de vir emitir a carteira de estrangeiro. A partir do momento que fazem o pedido de refúgio, até serem julgados estão em situação regular e muitos estão trabalhando normalmente, outros no comércio informal, que é uma realidade das nossas cidades”.

PRESIDENTE DO CIRG:

“Rio Grande tem uma capacidade muito grande de se recuperar” O presidente do Centro de Indústrias do Rio Grande, Paulo Edison Mello Pinho, indagado sobre o momento vivido pela economia local disse que “temos uma boa expectativa, apesar do que aconteceu com o Polo Naval. Rio Grande tem uma capacidade muito grande de se recuperar industrialmente, principalmente porque dispõe de um Distrito Industrial importante, com uma

grande área ligada diretamente à atividade portuária. A grande vantagem é a possibilidade de exportação pelo porto local”. Pinho destaca toda a infraestrutura existente no Distrito Industrial, que pode receber qualquer tipo de indústria e justifica seu otimismo com os investimentos feitos aqui pela Yara Brasil e Timac e as notícias sobre a chegada de novos empreendimentos,

como a Gefco Logística, que está implantando uma plataforma integrada ao foco do segmento automotivo. O investimento total da empresa franco-russa é de cerca de R$ 33 milhões, com geração de cerca de 360 empregos. O projeto inicial pretende atender ao fluxo de veículos trazidos da Argentina pelas montadoras Peugeot e Citröen, com expansão para outras montadoras.


SUL RS

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Unimed promove nova edição do Projeto Reanimar A Unimed Litoral Sul, em parceria com a Liga do Trauma e Núcleo de Educação de Urgência do Município, dá início à segunda edição do Projeto Reanimar – Reanimação Cardiopulmonar e neste ano, além de atender as escolas de todas as redes de ensino, oferece para as suas empresas clientes. A iniciativa é gratuita e, em 2017, treinou 700 alunos do 5º ao 9º ano e Ensino Médio. O objetivo é ensinar como proceder diante de uma parada cardio respiratória, seja através de uma ligação telefônica ou até mesmo uma massagem cardíaca. Em casos de parada cardio respiratória, a cada minuto que passa, perde-se 10% de chances de salvar a vida da vítima. Se o atendimento é feito no primeiro

minuto, as chances do cardíaco ser reanimado aumenta bastante. Alguns estudos mostram que 20% dos casos de parada cardíaca são presenciados por crianças que não sabem o que fazer e assistem passivamente a morte dos doentes. Os treinamentos são ministrados por multiplicadores (estudantes de medicina e enfermeiros e técnicos da Cooperativa Médica). “Estamos estendendo o projeto para as nossas empresas clientes para capacitar mais pessoas com o foco principal de salvar vidas”, comenta a assessora de comunicação Luciana Pacheco. As escolas e empresas interessadas devem fazer o agendamento pelo telefone 3032-1255, com a própria Luciana.

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SUL RS Willy Cezar Ferreira Em 20 de maio Rio Grande perdeu o jornalista Willy Cezar Ferreira, 61 anos, que teve uma atuação destacada em vários órgãos de comunicação. Foi um dos fundadores da rádio Furg FM, exerceu assessoria de comunicação na Universidade do Rio Grande, Ipiranga, Festa do Mar e, ultimamente, dedicava-se à literatura. Publicou os livros “A história da Ures”, “Centenário do Colégio Lemos Jr.”, “Chico Bastos: O Pescador”, “Um século de futebol popular: a história do Sport Club São Paulo” e “A cidade do Rio Grande: do big bang a 2015”. Neste último, que conta a história do município, além do sucesso em vendas, ele tornou-se o autor local mais prestigiado numa sessão de autógrafos. Como reconhecimento ao seu trabalho, Willy Cezar foi Patrono da Feira do Livro da Furg, em 2017, uma de suas grandes alegrias.

A Lava-Jato no município Indagado sobre novas diligências da Polícia Federal no município, referentes à Operação Lava-Jato, o delegado Gabriel Figueiredo Cavalheiro Leite, Chefe da Delegacia da Polícia Federal, informou que já aconteceram buscas em escritórios daqui, mas as pessoas investigadas não se encontravam mais na cidade. Informou que “a Lava-Jato está concentrada na equipe da Polícia Federal de Curitiba. Eventualmente pode até a gente realizar alguma diligência determinada por lei, como houve na sede das empresas do Polo Naval, mas coisas eventuais. As investigações são em Curitiba, tem uma parte que funciona no Rio de Janeiro e outra parte atua mais diretamente com tribunais superiores, em Brasília”.

Ecovix

Trabalhadores e credores estão na expectativa sobre aprovação da recuperação judicial da Ecovix. A dívida da empresa supera os R$ 7 bilhões. O Sindicato dos Metalúrgicos vê com cautela manifestações de diretores da empresa sobre a realização de reparos em navios, já que não apresentaram os contratos, nem o nome dos parceiros. Recentemente, o diretor da Ecovix, Cristiano Morales, disse que a saída seria fazer reparos em embarcações. “Os planos do estaleiro não são só esses, mas abrir outras frentes que estão dentro do plano de negócios. Diversificar de modo a não comprometer a reforma de embarcações. Seriam atividades complementares, como atividades portuárias”. Falou que busca um comprador para a P-71, que encontra-se parcialmente construída no estaleiro, que daria de 600 a mil empregos por doze meses. E mais: “Estamos tendo uma retomada do preço do petróleo. Talvez tenha encomenda de plataforma”.

Barra não fecha desde dezembro A Barra do Rio Grande está desde o dia 17 de dezembro sem fechar, graças aos investimentos em tecnologia feitos pela Praticagem do Rio Grande. Os equipamentos chamados Portable Pilot Unit (PPU), de alta tecnologia, mostram toda a carta do porto aos práticos que, assim, veem onde os navios podem ou não passar.

“Barbeiragem”

Polo Naval

No final de abril um acidente no porto argentino de General San Martim, província de Santa Fé, poderá afetar o escoamento da safra no vizinho país. Um navio chinês foi atracar e arrebentou o slipload (carregador) de farelo, com cais, guindaste e tudo. Destruiu o terminal que mói 20 mil toneladas de soja/dia. Algumas pessoas da área da navegação dizem que este é o risco de desregulamentação do serviço da Praticagem e do prático escolhido para a manobra ser aquele que dá maior retorno financeiro para o agente e não pela sua capacidade de credenciamento técnico.

O Estaleiro Brasil (EBR), em São José do Norte, encontra-se em negociação avançada com a Modec para a construção de módulos de plataformas. Acerto está para ser feito até setembro/outubro deste ano. E a Toyo Setal, integrante do mesmo grupo do EBR, estaria interessada em uma parceria com a Ecovix. Outro grupo também manifestou interesse em concluir a P-71, que encontra-se inacabada no Estaleiro Rio Grande.

Dos leitores

Registramos e agradecemos manifestações de nossos leitores. Este incentivo é o combustível que nos move. Obrigada pela menção aos cursos do SEBRAE e pela bela matéria sobre o atendimento especializado! Gabriela Schuh Meu carinho e reconhecimento pelo excelente trabalho. Enviei, por email, para um casal de amigos de Rio Grande que residem atualmente no Rio Janeiro, em função do trabalho, mas que estão sempre de olho nas notícias da cidade. Dulce da Costa. Meus sinceros parabéns pelo formato e conteúdo do excelente jornal que me enviaste por email!! Sérgio Ferreira. Cumprimento-o pelo modo extremamente inteligente, como está sendo impresso tão agradável informativo. Destaco a nominata de articulistas. Todos são merecedores de cumprimentos, pois seguem uma linha editorial guiada por quem realmente sabe o que está fazendo. Após receber (via distribuição manual) mais um exemplar, gostaria que meu endereço eletrônico viesse a ser registrado em seus ar-

quivos. Sou comerciário aposentado e durante quase uma década gerenciei a Filial do calçadão da Imcosul e nas reuniões da CDL nos conhecemos. Reiterando agradecimentos pela grata lembrança, despeço-me com um fraterno abraço. Ely Santos. Recebi o Jornal Sul RS encaminhado por um amigo e gostaria de passar a recebê-lo, tendo em vista diversos artigos/notícias que constam do exemplar. Desde já aguardo o envio do próximo número. Paulo Roberto de Carvalho Ferro. Quero cumprimentá-lo pelo excelente trabalho que estás produzindo no jornal SUL RS , que se constitui em mais uma alternativa de informação para nossa cidade. Agradeço o exemplar recebido e gostaria de receber a versão digital, embora sejamos daqueles que gostam de folhear as paginas físicas de um jornal. Desde já te agradeço e envio meus votos de sucesso nesse empreendimento. Ilton Macedo Gonçalves Filho Primeiro, agradecimentos por ter registrado no nosso SUL RS a minha pré candidatura. Gostaria de continuar recebendo esta tua brilhante iniciativa, da qual estou enviando cópia ao Klécio

Santos (Assessor de Comunicação do Ministro do Desenvolvimento Social, Osmar Terra) e ao Silvio Ribas (Assessor de comunicação do Senador Lasier Martins- PSD/RS), com quem poderás contatar. Alberto Amaral Alfaro. Obrigado e parabéns, Ique. Leio com prazer as noticias da minha terra publicadas no teu jornal. Desejo muito sucesso no teu empreendimento. Euripedes Falcão Vieira Morei por dez anos na rua Costa Rica (bairro Buchholz) e, certa vez, procurei o então prefeito Wilson Branco. Um assessor me atendeu e expliquei que a rua, entre a Bolívia e a Uruguay, não estava pavimentada. O assessor me disse que no mapa consta como pavimentada. Insisti e ele me explicou que o orçamento já estava fechado. Resumindo: o Sr. Wilson morreu, já se passaram mais de dez anos e a rua continua só na areia. Certa época procurei o vereador Vigilante e ele entrou com pedido de pauta em duas sessões, mas nada resolveu. Seria possível o nosso jornal SUL RS fazer uma matéria sobre isso? Obrigado pela atenção, e agradeço qualquer sugestão que possa levar a uma conclusão desta novela dramática. Ademir Colares


SUL RS

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ta. O lago passa a ser, definitivamente, um entulho”.

HÁ 50 ANOS - ABRIL DE 1968 DIA 2 – Com a presença do deputado Adolpho Puggina, foi proferida a aula inaugural no Ginásio Antonio de Souza Netto pelo prof. Aldo Lapolli, secretário do município e diretor da Faculdade de Ciências Políticas e Econômicas desta cidade. O evento marca a criação daquele ginásio no Povo Novo, tão desejado pela comunidade que antes tinha de deslocar-se diariamente à Pelotas. -.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.

Da coluna Vida em Sociedade, assinada por Dayton Melo: “E o jantar na boate Quilombo não foi realizado. Por que? A resposta é que muitos desistiram. Isto só acontece em Rio Grande. Como vocês vão querer que se traga um cartaz nacional, por exemplo, se numa promoção como esta vocês não comparecem? Graças a vocês Rio Grande nunca sai da mesma monotonia”.

DIA 9 – Está na cidade por algumas horas o contra-almirante norte-americano Harold Shear, chefe da Missão Naval dos Estados Unidos no Brasil, que aqui veio visitar as instalações portuárias, Capitana dos Portos e a própria cidade. DIA 10 – O delegado Milton Sachetti de Oliveira apelou ao Conselho Comunitário devido a situação calamitosa da Delegacia de Polícia.As verbas trimestrais entregues à Polícia são irrisórias frente aos compromissos. Os débitos com fornecedores chegam a Cr$ 7 milhões, sendo que Cr$ 3 milhões correspondem à gasolina e lubrificantes. Muitas ocorrências deixam de ser atendidas pelo fato dos veículos não terem combustível. -.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.

Vice-presidente do Rio Grande, sr. Wilson Lima, informou que na próxima semana deverá começar a operação limpeza na sede do Veterano, que trabalha no sentido de dar vida social intensa ao clube. É possível até mesmo o ressurgimento da Boate Veterana.

DIA 13 – Após 45 dias de tentativas frustradas o pesqueiro japonês Akashi Marú, que encalhara nas proximidades do Farol da Conceição, litoral de São José do Norte, voltou a flutuar.

DIA 14 – Editorial com o título “Nova associação” defende a criação da Associação dos Municípios do Litoral. Assim Rio Grande deixaria a Azonasul, dominada por Pelotas, e ficaria com municípios como São José do Norte e Mostardas. -.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.

Da coluna Corujando: “O lago da praça Tamandaré continua imundo. Agora as folhas caem amarelecidas e a sujeira assus-

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Rio Grande possui um dos maiores silos do continente, com capacidade para 20 mil toneladas, mas a Cesa informa que construirá novo silo com o dobro da capacidade, na avenida Honório Bicalho. Afinal, estamos chegando àquele esperado “rush” de progresso com que sempre sonhamos. DIA 15 – Os jovens Wolmer dos Santos Lourenço e Isnard Cruz Carvalho, alunos do Aero Clube, em companhia do sr. Ibraimo Souza, instrutor da entidade local, prestaram exame em São Leopoldo e receberam o brevet da banca organizada pelo Ministério da Aeronáutica.

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dade (cinquentenário da escola), sendo que um deles é a Exposição Artística Pedagógica, dia 30. Reunirá objetos antigos de famílias tradicionais e, também, os do Museu da Matriz de São Pedro. No dia 1º de junho a Associação de Ex-Alunas apresenta “O passado rende homenagem ao presente”, no auditório da escola. Dia 2 acontecerá o grande desfile. Na sessão de encerramento da programação festiva será entoado o Hino do Cinquentenário, com letra da aluna da 5ª série normal, Maria Conceição Pereira, e música da professora Vera Maria Coimbra Hilt. Após, haverá o coquetel de confraternização da família colegial.

DIA 30 – Estiveram em Rio Grande os novos incorporadores do edifício garage Rio Grande, a ser levantado na rua Benjamin Constant. Informaram que dentro de oito meses Rio Grande contará com um moderno edifício garage, com 110 boxes individuais para automóveis particulares.

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Ex-treinador Paulo de Souza Lobo (Galego) ingressou na Junta de Conciliação e Julgamento de Rio Grande para reclamar NCr$ 7 mil devidos pelo FBC Rio-Grandense, que não lhe foi pago ano passado. -.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.

Das várias audiências dadas pelo interventor federal (Gal. Armando Cattani), uma delas foi com o sr. Aloysio Brandão, proprietário do Motel São Cristovão, que convidou o interventor e exma. Esposa, bem como seus assessores, para visitarem o moderno estabelecimento.

DIA 16 – Legislativo aprovou requerimento do vereador Alberto Martins da Silva para que, caso Rio Grande se torne Área de Segurança, empresas de capital estrangeiro como a Esso, Shell, Atlantic, Taiyo e outras que estejam cogitando vir para cá, sejam impedidas de funcionar no município. DIA 17 – A Prefeitura irá pagar NCr$ 230 mil ao vencedor da licitação para prestar serviço de coleta de lixo. O vereador Walter Troina considera o contrato lesivo ao município. Diz que, com essa quantia, a Prefeitura poderia comprar dez caminhões devidamente equipados. Além disso, o vencedor da licitação tem apenas dois caminhões, circunstância que deixa muito a desejar. DIA 22 – Com o título “Jubileu do Joana D’Arc empolga a cidade”, o jornal Rio Grande destaca que “diversas comissões de alunas e ex-alunas ocupam-se dos diversos aspectos da festivi-

Saudoso Pedro Valério criou o Museu do Comércio, na Associação Comercial dos Varejistas. Uma das fotos era deste estabelecimento do passado.


16  MAIO/JUNHO DE 2018

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