Jornal Sul RS - Edição 11

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Partage Shopping aposta no crescimento em 2018

Sucatear a P-71 sairá mais caro para a Petrobras

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Notícias e Negócios

Circulação: Rio Grande e São José do Norte ANO I - Nº 11

JANEIRO DE 2018

Locações movimentam mercado imobiliário no Cassino

CIRCULAÇÃO DIRIGIDA

E a dragagem? Assoreamento aumenta e prejudica movimentação de navios no porto

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Menos R$ 60 milhões, mas salários em dia “Estamos ainda dentro de um cenário difícil devido a crise econômica do país, superando adversidades. Foi um ano difícil, com contingenciamentos, cortes de gastos, combate à sonegação e buscamos novos empreendimentos nas mais variadas áreas”. Assim o prefeito do Rio Grande, Alexandre Lindenmeyer, iniciou sua entrevista coletiva de final de ano. Mesmo com a crise, e uma redução de R$ 60 milhões no orçamento de 2017, afirmou que o ano termina com os salários e o 13º dos servidores em dia. Também falou em honrar todos os pagamentos do Município, com relação a terceirizados, ainda no início do novo ano. “Temos convicção para 2018 que, com a aprovação da Câmara de Vereadores para buscarmos financiamento do Finisa (liberado pela Caixa Federal para apoio aos municípios), somados aos recursos federais, teremos em torno de R$ 150 milhões para investir em infraestrutura, em escolas, Unidades Básicas de Saúde, CRAS e assim por diante”, declarou, otimista.

Prefeito Alexandre Lindenmeyer

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“Este ano queremos chegar lá em cima”

Situação do Canal preocupa Práticos da Barra A última dragagem no porto do Rio Grande ocorreu em 2013. Em 2015 já deveria ter sido feita outra, estamos em 2018 e ainda nada aconteceu. A Superintendência do Porto tinha uma programação para a realização no ano passado, mas o Ibama agora exige nova área de despejo dos resíduos devido a polêmica se a lama na praia do Cassino é ou não consequência da dragagem. A SUPRG, com isso, foi obrigada a fazer novo estudo e indicar nova área de despejo.

Enquanto isso não acontece, não sai o licenciamento ambiental. O assoreamento vai se agravando, o que já provocou o encalhe de um navio no primeiro semestre de 2017 e só não houve novo acidente desse tipo porque a outra embarcação acelerou a velocidade e conseguiu sair. A situação é cada vez mais delicada, tanto que em agosto último, de 30 dias, em 11 a Praticagem não conseguiu tirar os navios do porto, porque a régua da maré não atingiu 50cm. PÁGINA ...

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Domingos Escovar, presidente do SC São Paulo O São Paulo estreia dia 17 no Campeonato Gaúcho, contra o Avenida de Santa Cruz do Sul. Será numa quarta-feira à noite e o Aldo Dapuzzo certamente estará lotado pois a expectativa é

imensa com relação ao novo time são-paulino. Os dirigentes adiantam que a meta em 2018 é ficar entre os primeiros. Para exemplificar a qualidade do grupo, são citados o técnico Claiton, ex-Internacional, e o lateral esquerdo Anderson Pico, ex-Grêmio, de 29 anos. Domingos Escovar recebeu o clube com uma dívida de R$ 228 mil e o patrocínio da televisão comprometido. “Isso é normal no futebol. Não é uma crítica às gestões anteriores, mas temos de pagar”, diz ele, que prega o profissionalismo em todos os setores. A lojinha do São Paulo agora é administrada pelo clube e ele destaca a equipe de colaboradores, como o advogado Tiago Pepe na vice-presidência, Renato Lempek na vice-presidência social, Paulo Gaspar no futebol, Paulo Renato Cuchiara e Ivo Juliano no Patrimônio, Vinícius e Nicolas, respectivamente, nas áreas de marketing e comunicação.

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Cootracam investe na aquisição de bitrens PÁGINA 5


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! í a Olha

Novos cursos na Uninter

POR IQUE DE LA ROCHA

Feliz Ano Novo

Se o ano que passou foi bom, vamos torcer para que o próximo seja ainda melhor. Se 2017 não foi tão bom assim ou deixou algumas marcas, devemos ter em mente que a vida não anda para trás e o que passou, passou (da mesma forma que, se um caso não tem solução, solucionado está). Devemos continuar olhando para a frente, na certeza de que nada de ruim dura para sempre e que temos o poder de negar aquilo que não nos serve e optar pelo que é melhor para nós. Ainda não temos noção da força que possuímos, mas somos nós que traçamos nosso destino com a força de nossa vontade e do pensamento, aliada à ação, evidentemente. Ninguém fica rico pensando na pobreza. Todos os que são bem sucedidos na vida primeiro sonharam com isso. É verdade que outros também criaram essas mesmas expectativas, mas não atingiram seus objetivos. Mas aí é questão de bom senso, de saber até onde se pode chegar. Não basta querer ser craque de futebol, nem músico consagrado ou um grande cientista se não tiver aptidão para tal. Mas todos tem o seu valor e capacidade para determinada tarefa. Ca-

be-nos saber tomar a decisão certa, buscar fazer aquilo que realmente se gosta. O médico que ama sua profissão saberá tratar melhor seus pacientes. O pedreiro que gosta do que faz também será admirado por suas obras e, em consequência, será muito disputado e respeitado no mercado de trabalho. Dá para dizer que a vida é como um buffet. Tudo que precisamos ou desejamos está lá. Só precisamos nos servir, fazendo as escolhas certas, mas para que isso aconteça não podemos esperar que o buffet venha até nós. Nós é que teremos de nos levantar e irmos ao seu encontro. Por isso, desejamos que em 2018 você saiba tirar proveito do buffet de oportunidades que mais uma vez estará colocado à sua frente. E que chegue ao final de mais um período de sua vida podendo contabilizar resultados positivos, principalmente no que diz respeito ao seu amadurecimento pessoal, espiritual e profissional. Afinal, não viemos a este mundo a passeio, mas com a finalidade de trabalhar pela nossa evolução. Que isso seja possível neste novo ano com muita saúde e prosperidade.

O presidente do Legislativo O vereador Flávio Maciel (Vigilante), do Solidariedade, foi eleito presidente da Câmara Municipal do Rio Grande, dia 21 de dezembro. A nova mesa diretoria tem como 1º vice-presidente Cláudio de Lima (PSB); 2ª vice-presidente, professora Andréa Westphal (Tia Déia), do PEN; 1ª secretária, professora Denise Marques, do PT, e 2º secretário, Luciano Gonçalves, do PT. O novo presidente do Legislativo promete “transparência e uma administração de grupo, não de uma pessoa só”.

Incêndios na mata O vice-prefeito Paulo Renato Mattos Gomes, que também trata das questões atinentes à Defesa Civil, está transmitindo à população importante alerta para esses dias de calor intenso que se avizinham. Como se sabe, no verão os incêndios em matas são frequentes e

ele lembra de um com grandes proporções, acontecido há três anos na Ilha dos Marinheiros. Por isso, ele pede que as pessoas se conscientizem do perigo e tenham cuidado ao fazerem seus churrascos ou até mesmo fumarem próximo à vegetação.

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Notícias e Negócios

A Uninter segue se destacando pela qualidade no Ensino à Distância (EAD). Além de ser distinguida pelo Enade/MEC como a melhor instituição, por seis anos consecutivos recebeu o Prêmio Top Educação como a marca mais lembrada em EAD. No Brasil são quase 600 polos de apoio presencial, 200 mil alunos ativos e 500 mil formados. O diretor do Polo Pelotas, Jorge Menezes, está muito satisfeito com os resultados também em Rio Grande e destaca que “em cada unidade existe uma luta contínua para atingir novos patamares de qualidade”. Isso significa que o objetivo principal é formar profissionais realmente qualificados para

o mercado de trabalho. Em 2018 e Uninter proporciona 33 novos cursos de graduação e as matrículas já estão abertas na rua General Neto, 273, frente ao abrigo de ônibus da praça Tamandaré.

Novo contratado Flávio Porto Alegre é o profissional contratado pela Esquadrias Wigg para cuidar da área de sua especialização, que é o marketing. Ele começou as atividades em dezembro, treinando e qualificando ainda mais a equipe comercial da tradicional empresa que em 2018 comemora 40 anos de existência.

Associação de Colecionadores confraterniza

Na Copa do Mundo de 2010 um grupo de colecionadores de figurinhas começou a se reunir na Banca do Canalete, também conhecida como Banca do Jô, na esquina da Mauá com a Major Carlos Pinto para fazer troca de duplicatas. Não demorou e o grupo foi crescendo. Hoje conta com colecionadores de todos os tipos e de todas as partes da cidade, com a denominação de Associação dos Colecionadores do Rio Grande. E para atrair ainda mais gente foi criada uma página no facebook: “Colecionadores de álbuns de figurinhas e etc, Rio Grande”. Na tarde de 9 de dezembro, o grupo liderado por Marco Antônio Brum, José Roig, Eduardo Martins da Silva e José Evandro se reuniu na residência de Carmem Vera Duarte Freitas, na rua

Nossos contatos: (53) 99131.6283 jornasulrs@gmail.com

Editor: Diagramação: Propriedade: Tiragem:

Mauá, para a comemoração de fim de ano. Compareceram cerca de 25 pessoas com suas coleções e foram homenageados três participantes que incentivaram o surgimento da associação: Maureci Jesus Amaral de Matos, Carmem Vera Freitas e Suecy Silva da Silva. Além de álbuns atuais e de futebol, existem raridades, como as coleções dos anos 50 Marcelino Pão e Vinho e Ídolos da Tela, bem como selos, cartões telefônicos e outros. Quanto mais recentes os álbuns mais fácil torna-se a troca das figurinhas, mas também é possível localizar raridades, principalmente através de sites com colecionadores de outros estados. Conforme os participantes, o grupo aceita a participação de todo tipo de colecionador.

Ique de la Rocha Grupo mtrês Gráfica A Cidade Ltda. CNPJ: 94.017.795/0001-94 3.000 exemplares


SUL RS “Biblioteca” na Cristovão Colombo

Há pouco mais de um mês o bairro Cidade Nova ganhou nova casa noturna e com uma proposta bastante interessante: a Choperia e Cafeteria Biblioteca (Cristovão Colombo, 493, quase esquina Dom Bosco), que funciona de segundas a sábados, das 19h ás 24h. A iniciativa é do casal Diogo Silva e Carol Arpini. “A ideia é trabalhar em cima da literatura, do público universitário e trazer um número maior de leitores ou pessoas que desejam um bom ambiente nos finais de tarde e à noite. Queremos apoiar a litera-

tura e proporcionar chopp artesanal, cervejas e uma culinária gourmet com toda linha de petiscos”, explica Diogo, que possui um curso de aulas particulares na rua Dr. Nascimento. Os frequentadores encontrarão na “Biblioteca” livros e gibis à disposição. Como sugestões da casa uma tábua de petiscos para quatro pessoas (500g de entrecot, 500g de fritas e cinco tipos de milhos gourmet) por R$ 50, ou porções de croquete entubado com requeijão por R$ 15.

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LUMBRAS BIKE: novo endereço

Há 18 anos em atividade a Lumbras Bike saiu da avenida Pelotas e encontra-se em novo endereço, na Visconde de Rio Grande, 482, atuando na comercialização de peças e acessórios para bicicletas, mecânica básica e especializada em bicicletas. O proprietário Marcos Quintana, presidente da Associação Rio-Grandina de Ciclismo, ao abrir a nova loja promoveu, em comemoração, mais uma etapa do Circuito Lumbras Bike, que será encerrado em janeiro com mais de 100 participantes. Ele é adepto do Mountain Bike (provas em circuito de terra, provas de montanha, trilhas no meio de campo), mas diz que está voltando às origens, que é o BMX, “uma espécie de motocross de bicicleta”, que agora virou esporte olímpico. Dia 27 de dezembro, Marcos Quintana participou de reunião sobre mobilidade na Pre-

feitura para cobrar mais ciclovias e ciclofaixas na cidade. “Tem um circuito que contempla os bairros Cidade Nova, Miguel de Castro Moreira, Cohab I e II, desde a Major Carlos Pinto até a avenida Argentina, mas a gente precisa conectar ao centro e que haja instalação de bicicletários em área fechada, com segurança, mesmo que se pague por isso. Não dá para pegar uma bicicleta, algumas valendo até R$ 5 mil, chegar no centro e botar cadeado. Tem de ter mais segurança”. Sobre o crescimento do ciclismo na cidade, onde frequentemente é possível ver grupos de ciclistas em nossas ruas, alguns até vestidos de Papai Noel na véspera de Natal, Quintana diz que “poderíamos ter esses grupos triplicados ou quadruplicados. Quanto mais condições a Prefeitura der, mas ciclistas ocuparão as ruas da cidade”.

Ecos Imagem em Santa Vitória do Palmar

A filial de Santa Vitória do Palmar

Ao centro, os proprietários Paulo Valente e Décio Renck

Médicos Paulo Valente, Sérgio Amaral e Letícia

Pedro Valente, Lívia da Fonseca, Rosane e Paulo Valente

A equipe da filial vitoriense

Funcionários de Rio Grande prestigiaram o evento

A clínica Ecos Imagem inaugurou no mais alto estilo suas atividades em Santa Vitória do Palmar, e já está proporcionando a toda a região do extremo sul brasileiro, e também aos uruguaios próximos, serviços de excelência em tomografia computadorizada, mamografia, radiologia e ecografia geral. A inauguração aconteceu dia 14 de dezembro nas modernas instalações da rua

Mirapalhete 1978 esquina João Telles. Dentre os presentes, médicos, representantes da imprensa e lideranças como os vice-prefeitos de Santa Vitória do Palmar, Sidney Nunes das Neves, e do Chuí, Valda Campos. Os convidados foram recepcionados com um coquetel pelos proprietários da Ecos Imagem, os médicos Paulo Luis Schiffino Valente (com sua esposa Rosane Mau-

rente Valente, sócia-proprietária) e Décio Valente Renck, a gerente da clínica em Santa Vitória do Palmar, Lívia Dora da Fonseca e o radiologista Pedro Maurente Valente. Também se fizeram presentes os funcionários de Rio Grande e de Santa Vitória do Palmar. A saudação inicial foi feita pela gerente, Lívia Dora da Fonseca, que afirmou: “Sere-

mos parceiros da comunidade vitoriense e do Chuí, na certeza de que essa parceria será exitosa e qualificará o atendimento da saúde no extremo sul brasileiro”. Já o Dr. Paulo Valente agradeceu a receptividade obtida em Santa Vitória do Palmar. “Somente a maneira como a população e a classe médica nos receberam mostra que o investimento já valeu a pena”, salientou.


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Artigo

A MENTIRA DA GLOBO SOBRE O ORÇAMENTO DE 2018 Mente-se quando se oculta a verdade e também quando se diz aquilo que não é. Pois bem, a TV Globo e toda a grande mídia (em especial as redes privadas de TV que são as únicas fontes de informação de boa parte da população brasileira) mentem de uma e outra forma sobre o Orçamento Federal de 2018. O leitor ouve nesses meios de incomunicação que a principal rubrica da peça orçamentária de 2018 é a Previdência Social (“casualmente” no momento em que o atual desgoverno e os poderosos querem enfiar goela abaixo do povo brasileiro uma malfadada Contrarreforma da Previdência). Ocorre que isso é falso e quem esclarece a verdadeira situação não é nenhuma fonte de oposição mas os números oficiais veiculados pelo Ministério da Fazenda e a Agência Brasil. Ali ficamos sabendo que dos recursos previstos nesse Orçamento num total de 3,5 trilhões de Reais, um terço (exatamente R$ 1,16 trilhão) destina-se ao “refinanciamento da dívida pública” e somente um sétimo daquele total (exatamente R$ 585 bilhões) são destinados à Previdência Social. Lembre-se que na PEC votada em 2017 a parte dedicada ao pagamento da Dívida pública foi a única que não foi congelada para os próximos 20 anos, ao tempo em que se permitirá nesse período somente a correção pela inflação de todas as despesas com Seguridade Social, e com áreas sociais como Educação, Saúde e Segurança). Assim, e de longe, a maior despesa do orçamento de 2018 é para pagar dívida pública federal (somente para arcar com seus juros são destinados R$

316 bilhões). Ora, ocorre que consultando a página do Ministério da Fazenda (www.tesouro.fazenda.gov.br) no link “Dívida Pública/A Dívida em grandes números”, descobre-se que em outubro de 2017 do total de “Detentores da Dívida Pública Mobiliária Federal Interna” (a Dívida Externa é de R$ 9,87 bilhões), uma quarta parte (ou seja, R$ 840 bilhões de Reais) é dívida para com a Previdência Social!!!; e analisando o que outros desses grandes números nos dizem percebemos que uma quinta parte dessa dívida é para com grandes bancos (exatamente R$ 712 bilhões), mais de um décimo (R$ 423 bilhões) vai para não-residentes, ou seja, pessoas que não moram no Brasil, R$ 133 bilhões vão para Seguradoras e outra quarta parte vai para Fundos de Investimento (que muitas vezes servem interesses estrangeiros e/ou de não-residentes). O restante distribui-se entre o próprio Governo e “outros”. Resumo da história: mais da metade da dívida aqui analisada, num total de mais de dois trilhões de reais, ou seja, quase quatro vezes a mais dos 585 bilhões que em 2018 serão gastos com a Previdência, é com pessoas (jurídicas ou físicas) não necessitadas e que em boa parte não são brasileiras. A pergunta que qualquer Governo soberano deverá responder é se vai continuar gastando mais e mais para satisfazer interesses estrangeiros e de privilegiados ou dedicará mais atenção aos trabalhadores e aposentados do Brasil (se for preciso, renegociando soberanamente, para aliviar o seu montante, o pagamento escalonado de uma dívida pública externa e interna que deverá ser rigorosamente auditada, como exige a Constituição de 1988, para determinar qual parte da mesma é legítima e qual é fraudulenta ou abusiva e, portanto, não deve ser paga). PROF. DR. SIRIO LOPEZ VELASCO FURG lopesirio@hotmail.com

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ELIS RADMANN

Socióloga e diretora do IPO Instituto de Pesqiusas e Opinião

O olhar do gaúcho sobre o Brasil Imagine um entrevistador do IPO – Instituto Pesquisas de Opinião lhe abordando e realizando a seguinte pergunta: “em sua opinião, o Brasil nos últimos anos mudou para melhor, está igual ou mudou para pior? E depois pedindo para que você relatasse as justificativas que sustentam sua percepção. No mês de dezembro o IPO realizou este questionamento a 1.500 gaúchos, distribuídos nas sete mesorregiões do IBGE. Os resultados indicam que 84,7% dos gaúchos avaliam que o Brasil piorou, 12,5% que o país está igual e para 2,6% está melhor. Na leitura dos gaúchos há dois problemas estruturais que resultam em consequências diretas para a população: corrupção e má gestão administrativa. - Corrupção: A população reconhece que a corrupção é um problema endêmico e que faz parte da cultura política brasileira. Entretanto, se aterroriza com os desdobramentos da operação Lava Jato e operações correlatas, seja pelo número de pessoas envolvidas, quanto pelo volume de recursos desviados. Relatam informações de valores desviados e fazem analogia com serviços públicos que poderiam ser executados (na área da saúde, segurança, educação e infraestrutura). - Má gestão administrativa: Na percepção da população a burocracia e a lentidão do serviço púbico estão a serviço da corrupção que amplia a má gestão pelo atendimento de interesses pessoais e pela prática de desvios e malversação de recursos públicos: “onde se tira de quem mais precisa”. Segundo os entrevistados, o atual Presidente não tem legitimidade para fazer alterações na estrutura do país por estar envolvido no escândalo, comprometido com a política do “toma lá dá cá”. A percepção negativa com o Presidente se estende a todo Congresso (90% não confiam no Congresso Nacional). Na percepção dos gaúchos, os desvios de recursos por corrupção e/ou por má administração trazem sérias consequências para a população, piorando a vida e diminuindo as expectativas com o futuro: - Situação da economia: É um grande dilema da sociedade. Em especial, a diminuição do poder de compra. Os entrevistados relatam os ganhos que tiveram em anos anteriores, com capacidade de aquisição de bens, melhoria da qualidade de vida e acesso a educação. Classificam o ano de 2017 como um ano de luta pela manutenção: manutenção de sua condição financeira, manutenção do emprego, manutenção das contas em dia. - Redução dos serviços públicos: A população relata que o “cobertor tem diminuído” e o que “era ruim tem ficado pior”. Relatam que os problemas se agravaram na área da saúde, da segurança pública, da educação e nas rodovias federais. Contextualizam obras não conclusas por todo o Estado: UPAS inauguradas que não funcionam, creches que não foram conclusas, pontes e rodovias inacabadas. - Reformas trabalhistas e previdenciária: Diante de um cenário de dificuldade econômica e de descrença com os governantes, os eleitores criticam a reforma trabalhista e previdenciária. Avaliam que as mudanças são necessárias (tendo em vista o aumento da longevidade e o desenvolvimento das tecnologias). Contudo, acreditam que estas mudanças deveriam ser realizadas com mais envolvimento da sociedade e por um governo eleito para representar estas pautas. Para os entrevistados, a esperança poderá ser renovada com o processo eleitoral de 2018, dependendo dos candidatos. A população vive um sentimento dicotômico de frustração e esperança. Se preocupa com o hoje e sonha com o amanhã.

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DENÚNCIA DO STIMMMERG:

Transformar a P-71 em sucata sairá mais caro para a Petrobras que terminar o casco O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos do Rio Grande (STIMMMERG), Benito Gonçalves, anunciou que a categoria está unida e mobilizada para defender a proposta apresentada em outubro pela Ecovix para a conclusão do casco da plataforma P-71, que encontra-se abandonada no dique-seco do Estaleiro Rio Grande e com 60% da obra concluída. A Petrobras recebeu incentivos do governo para construir a plataforma P-71 e, caso não conclua a obra, terá de desembolsar, em taxas e impostos, R$ 125 milhões. A proposta é que a estatal repasse esse valor à Ecovix, que ela conclui a obra. Ou seja, “devido as taxas e impostos, sairá mais caro para a Petrobras transformar tudo em sucata do que concluir o casco da P-71”, observa Benito Gonçalves, que acrescenta:. - O casco dentro do dique vai se estragar, enferrujar. Desmanchar é um crime e o casco ali dentro nos impede de atrair

novos projetos. Já teve empresas interessadas em fazer reparos aqui mas, para isso, terá de utilizar o dique. Como o casco não está flutuante, não tem nem como tirar. A proposta da Ecovix foi recusada pelo administrador da Petrobras, Ronaldo Dias, sem uma justificativa plausível. Uma grande mobilização já foi feita em dezembro, frente à Ecovix para chamar atenção da população. Gonçalves quer que o governador José Ivo Sartori se integre ao movimento e também vá à Brasília defender o Polo Naval do Rio Grande, uma vez que em Pernambuco e Rio de Janeiro a indústria naval voltou a funcionar e isso só não acontece aqui na região. Somente com a conclusão da P-71, seriam gerados mais mil empregos por três meses na região, sem contar os impostos. “VAMOS DENUNCIAR O DESCASO COM RIO GRANDE”

Excelência no atendimento é a meta A diretoria da Cooperativa de Transportadores Autônomos de Rio Grande, através de seu presidente Giovani de Sá, faz questão de salientar que a Cootracam está sempre buscando a excelência no transporte para que os clientes tenham um atendimento de qualidade. Por isso, todos os veículos dos cooperados possuem rastreamento com visualização em tempo real para que o cliente possa ter uma maior transparência em relação ao seu transporte. Também buscamos junto ao Sest/Senat a qualificação de nossos cooperados e colaboradores na prestação de serviços com a realização de cursos de direção defensiva, cargas perigosas e cargas excedentes. Já em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) promovemos a campanha Saúde do Caminhoneiro, com a realização de vários exames, como pressão e glicose, entre outros. Cabe destacar que a Cootracam, além de procurar benefícios para seus cooperados e colaboradores, também está sempre engajada em ajudar a comunidade participando de iniciativas de cunho social.

O advogado do sindicato, Halley de Souza, diz que “o documento da Ecovix é um fato novo na conjuntura do Polo Naval do Rio Grande, porque a empresa diz que a Petrobras vai pagar imposto caso não construa a P-71. Se nesse caso ela terá de pagar esse tributo de R$ 125 milhões, então nos dá os R$ 125 milhões. A recusa da Petrobras, feita por um executivo que está na Holanda e sem nenhum fundamento, é um descaso com Rio Grande. É incompreensível a política estabelecida para o Polo Naval do Rio Grande, porque no Rio de Janeiro estão fazendo obras, reparos navais e a P-53, construída aqui, vai para reparo no Rio de Janeiro. Em Pernambuco continua o Polo Naval e por que Rio Grande não pode dar prosseguimento ao projeto?”. O advogado do STIMMMERG afirma que “vamos levar essa recusa da Petrobras para o processo de recuperação judicial. Vamos denunciar o descaso com Rio Grande e

Advogado Halley de Souza e Benito Gonçalves buscar responsabilizar quem está com má intenção para Rio Grande”.

LÓGICA INTERESSANTE O excelente site Petronotícias, em dezembro, comentou o assunto: “O objetivo da carta é salvar o casco da Plataforma P-71, que está pronta no Estaleiro em Rio Grande, pronta para ser montada, mas já vendida como sucata para a Ger-

Aquisição de bitrens

A Cootracam investiu forte na aquisição de quatro bitrens para atender o transporte de toras do páteo da Fíbrea, situado frente ao porto, até o navio. Os veículos já se encontram frente à sua sede e o investimento foi de R$ 250 mil. A diretoria pretende, em 2018, fechar um quadro com 15 implementos.

Alimentos para o Mesa Brasil

A Cootracam também promoveu uma campanha de doação de alimentos para o Mesa Brasil, que beneficia grande número de instituições de nosso município, como creches, asilos e outros. O encerramento aconteceu em nossa tradicional festa de fim de ano com os cooperados, quando atingimos a marca de 801kg de alimentos. Também a Associação de Apoio às Pessoas com Câncer (AAPECAN) foi beneficiada pela Cootracam, que destinou 50 quilos de alimentos como forma de apoiar o belo e elogiável trabalho realizado por aquela entidade em nossa cidade. Agradecemos aos nossos companheiros por mais essas demonstrações de solidariedade.

dau. A proposta foi enviada no dia 10 de outubro pelo próprio presidente da Ecovix, Christiano Bastos Morales. O que está sendo colocado à mesa pela Ecovix tem uma lógica bastante interessante. O Estaleiro está tomado pelas chapas já cortadas de dois FPSOs prontos para serem montados, a P-71 e a P-72. A Ecovix propõe ficar com a P-71, fazer as correções necessárias e montar

sozinha ou em parceria com outro estaleiro para vender no mercado ou mesmo para a Petrobrás, que acabou de anunciar que irá encomendar mais três plataformas. Uma decisão positiva da Petrobrás representará a contratação de mais de mil trabalhadores. Se for negativa, resultará em centenas de demissões até o dia 6 de janeiro de 2018 – praticamente, o fim do polo naval da região”.

Tampinha Solidária em prol do Instituto do Câncer Infantil

Nos engajamos à campanha Tampinha Solidária, em benefício do Instituto do Câncer Infantil de Porto Alegre, que atende crianças de todo o estado. Foi uma campanha sócio-ambiental de arrecadação de tampas plásticas de refrigerantes, sucos, iogurte, leite e materiais de limpeza, que aconteceu de agosto a novembro. As tampinhas são utilizadas como matéria-prima para a fabricação de cabides de plástico. A renda da venda de cabides é revertida em benefício daquela instituição.


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Partage Shopping aposta no crescimento em 2018 Em novembro o Partage Shopping Rio Grande completou dois anos de atividades. Registrou em 2017, em relação ao ano anterior, 15% de aumento nas vendas e 14% de aumento no fluxo de pessoas. O ticket médio, entre R$ 200 e R$ 250, é considerado bom. Das 127 lojas disponíveis, existem 70 operando com a geração de 1.200 empregos diretos e indiretos e novos empreendimentos estão chegando, como a Lojas Americanas, que deverá aportar por aqui em abril. A rede Partage de shoppings possui sete unidades em todo o Brasil. Trata-se do braço imobiliário da família paulista Baptista, que também é uma das proprietárias do laboratório Aché. O diretor de Marketing da rede Partage, Júlio Macedo, ressalta a persistência do grupo empresarial “de a cada dia construir um equipamento melhor para conforto de nossos clientes e lojistas”: - O shopping não opera. Ele monta e oferece para o lojista, mas precisa encontrar do outro lado uma pessoa empreendedora. A gente precisa motivar nas pessoas o veio empreendedor. Os que perderam o emprego, querem montar um negócio ou dar outro direcionamento na vida tem o shopping como uma oportunidade. Shopping é um investimento de longo prazo. Até em cidades grandes e com cultura de shopping calcula-se em três Natais para a consolidação do negócio. Com a crise talvez essa maturação leve mais de três anos. Já o superintendente Celso Couto salienta a realização de eventos com a valorização de artistas locais e, também, de atrações já consagradas como o Grupo Tholl, o humorista Ceará, os cantores Erasmo Carlos, Alcione, Neto Fagundes: “O shopping também é um espaço cultural”. Destaca, ainda, a realização da Feira das profissões”. NOVIDADES Em breve o Partage Shopping Rio Grande terá Magic Games, Centro de Treinamento Dragão Azul, clínica de estética Joviale, Karting Park Rio Grande, Green Life, Pink Elephant e Lojas Americanas. Entre os eventos estão previstas as Quartas de Buteco na praça de alimentação, parcerias com o Sesc no veraneio. Em fevereiro terá Simone e Simara no Festival de Verão Partage (dia 1º), a quarta edição do Moto Rock e o encontro Animasul. A empresa pleiteia, ainda, uma linha de ônibus para atender o novo bairro que está surgindo no local e que passe pela zona oeste da cidade (Roberto So-

Fotos: Divulgação

Júlio Macedo diretor de Marketing da Rede Partage coowski), Parques Marinha e São Pedro e o shopping, que hoje é atendido somente pela linha Cassino. SUSTENTABILIDADE O Partage utiliza a água de forma sustentável. O Tanque de Água Gelada (TAG), com capacidade para três milhões de litros de água com temperatura de 6 graus, é responsável pelo abastecimento dos aparelhos de ar condicionado no shopping. Outras medidas também fazem a diferença, como a reutilização da água das chuvas para regar o paisagismo interno e externo. O empreendimento também regulou a água das torneiras dos banheiros e lavatórios da Praça de Alimentação, reduzindo o desperdício. Participou da entrevista o superintendente do PSRG, Celso Couto

O Partage se propõe a

ser o shopping da cidade

JÚLIO MACEDO, diretor de Marketing da rede Partage Shopping

Que avaliação se faz desses primeiros dois anos de atuação do Partage Shopping Rio Grande? JÚLIO MACEDO – A satisfação que tivemos na inauguração foi muito acima do que esperava. As pessoas mostravam-se surpresas com a qualidade do shopping. Algumas não imaginavam que a cidade tivesse porte para um investimento desse tamanho. Estou no mercado há muito tempo e me emociono, porque isso sim é transformar pessoas, dar qualidade de vida. E nosso grupo tem o propósito de valo-

Celso Couto, superintendente do Shopping

rizar a cidade onde se instala. Viemos para ficar e, mesmo em momento de crise, a gente tem o shopping cheio nos finais de semana, feriados e que ainda precisa melhorar a frequência nos dias de semana, oferecer mais serviços, preencher algumas lacunas de serviços e estamos fazendo. Com a crise o shopping sofreu, alguns lojistas não conseguiram seguir, mas foram poucos. Alguns conseguimos ajudar e seguiram. Foram anos onde a gente se ajustou. A frequência foi melhorando, realizamos muitos eventos com o valor que o lojista paga para o fundo de promoção, que é pequeno, e o próprio shopping continuou investindo. O Partage Rio Grande está maturando, estamos conseguindo a complementação do mix e acreditamos na cidade. Passamos com ela o pior momento e vamos melhor a cada ano. Ainda estamos investindo, o que mostra quanto acreditamos. Tínhamos sociedade com outro empreendedor e o Partage adquiriu 100% do controle acionário do shopping. O Partage já está consolidado ou o que precisa para isso? JÚLIO MACEDO - Está em processo de consolidação. Faltam três anos para isso. Estamos no segundo ano, mas em processo de crescimento. A consolidação tem a ver com o mix completo e ainda não temos. Os empreendedores nos procurem, porque temos oportunidades boas, como lavanderia, pet e outros ramos com o menor custo condominial do extremo sul. CELSO COUTO – O custo não é alto para investir no shopping.

ainda mais. Oferecer serviços e entretenimento. v Qual a vantagem do shopping em relação ao comércio de rua? JÚLIO MACEDO – São momentos de compras diferentes. O lojista pode estar no centro e no shopping, mas estando no shopping tem a facilidade do horário estendido, estacionamento, segurança, conforto térmico, limpeza, banheiros. As compras podem ser feitas à noite, nos feriados e finais de semana. CELSO COUTO – Uma ação nossa é o estacionamento não pago até as 15 horas, de segundas a sextas-feiras. Exceto feriados, estacionamento gratuito. No comércio de rua tem de ter preocupação com a segurança nas 24 horas, enquanto aqui não existe essa preocupação e tem alguém pensando o tempo todo em trazer público para o shopping. O rio-grandino já tem cultura de shopping? CELSO COUTO – Já. Não só essa cultura, mas o desejo de ir para o shopping. Hoje a gente conseguiu mudar isso. Em 2016 fizemos 192 eventos. Em 2017 foram mais de 300.

Rio Grande comporta mais shoppings? JÚLIO MACEDO – Uma cidade do porte do Rio Grande comporta um bom shopping. Sinceramente, estamos trabalhando para ser o shopping da cidade. Viemos para ficar. Como o grupo não muda de controle, a gente comunga de nossos valores. Temos uma proposta que é transformarmos as pessoas das cidades em que estamos inseridos. Estamos realmente prontos para servir a cidade, o Cassino. Nosso empreendedor é o mesmo desde o início e tem capacidade de investimento. O Partage Rio Grande se propõe a ser o shopping da cidade para tentar realmente ser a melhor opção de compra, lazer e serviços. Este é o ponto. Trabalhei muitos anos na C&A e eles escolheram nosso shopping. Foi nada mais que uma decisão técnica dessas empresas estarem com a gente. Como fica o shopping com a agonia do Polo Naval? CELSO COUTO – É óbvio que o Polo Naval veio como uma surpresa e virou uma decepção, mas hoje Rio Grande consegue viver e o shopping é uma alternativa boa para o crescimento da cidade. Em 2017 tivemos um aumento de 15% nas vendas, mesmo sendo um período ruim para o Polo Naval. JÚLIO MACEDO - Rio Grande possui um porto que ninguém tira da gente e conta com 200 mil habitantes, ou seja, consegue viver dela mesmo E as perspectivas para 2018? JÚLIO MACEDO – Vemos uma economia descolando um pouco das influências políticas e indicadores melhorando: taxas, juros, câmbio... Os empregos estão retomando e a renda melhorando. Talvez até neste novo ano, em função da maturação nas operações, nosso shopping possa apresentar um crescimento superior aos 15% que registramos em 2017. Deve superar essa marca.

O que falta para completar o mix de lojas do shopping? CELSO COUTO – A gente quer que nosso cliente resolva sua vida no shopping. Para isso, já temos serviços de estética, lazer infantil e academia, mas buscamos uma gama maior de serviços. Queremos abrir esse leque

STIMMMERG

SINDICATO DOS TRABALHADORES METALÚRGICOS DO RIO GRANDE E SÃO JOSÉ DO NORTE

TRABALHO ÉTICA E TRANSPARÊNCIA


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Colônia de Férias SAC inicia dia 8 de janeiro

NAIARA AZEVEDO é uma das atrações da SAC em 2018

Além dos melhoramentos feitos pela atual diretoria, liderada por Pedro Alvariza, na sede social, uma atração à parte é o projeto Colônia de Férias SAC 2018, que surgiu como projeto piloto em 2015. Ele acontece no período de 8 a 26 de janeiro, de segundas a sextas-feiras à tarde, entre 13h30min e 18h e é dirigido a asso-

ciados e não associados na faixa dos 5 aos 11 anos de idade. As crianças participam de várias atividades esportivas e de recreação, como gincanas, oficinas criativas, atividades artísticas, esportivas, culinárias, passeios, danças, caçadas temáticas, roda de capoeira, percussão corporal, Festa do Petit Gateau, grafi-

te, taekwondo, aquadance, equitação e outras. Entre os benefícios para a garotada destaca-se o aprendizado de práticas saudáveis e a integração entre a garotada possibilitando, inclusive, que problemas de timidez sejam superados.

COMO PARTICIPAR Os valores para participação na Colônia de Férias SAC são os seguintes: Passaporte três semanas, R$ 570, sendo que os associados pagam apenas R$ 370. A Reduzida, de uma semana, R$ 270, sendo que os associados pagam R$ 170 e a diária por R$ 75, sendo R$ 60 para os associados. As inscrições são limitadas e podem ser feitas na própria SAC. Informações pelos telefones (53) 3236-1322, (53) 98467-3080 e (53) 99930-7822.

A Sociedade Amigos do Cassino (SAC) está divulgando a programação elaborada para a temporada de veraneio 2018. Mais uma vez a programação é voltada para a satisfação dos associados e certamente aquela tradicional entidade estará, como sempre, movimentando a vida social do balneário.

JANEIRO

DIA 6 - Formatura da Engenharia Mecânica da Furg; DIA 11 - Guri de Uruguaiana; DIA 12 - Jantar Tropical da SAC; DIA 13 - formatura do curso de Direito da Anhanguera; DIA 19 - Troféu Zona Sul, by Flávio Mansur; DIA 20 - formatura do curso de Direito da Anhanguera; DIA 21 - show com a cantora sertaneja Naiara Azevedo; DIA 23 - Leilão da Bublitz Galeria de Arte; DIA 24 - Formatura do IFRS; DIA 26 - Sexta Larus; DIA 27 - Formatura do curso de Psi-

cologia da Anhanguera; DIA 28 - Festa do Sorvete promovida pela Casa da Amizade.

FEVEREIRO

DIA 3 - Formatura do curso de Direito da Furg DIA 5 - Espetáculo Kronnus. DIA 6 - Bingo do Lyons Club. DIA 10 - Baile de carnaval adulto. DIA 11 - Baile de carnaval infantil. DIA 12 - Baile de carnaval adulto. DIA 13 - Baile de carnaval infantil. DIA 16 - Jantar de aniversário da SAC DIA 17 - Formatura do curso de Administração da Anhanguera. DIA 24 - Formatura do curso de Engenharia Mecânica da Furg.


SUL RS 9  Locações movimentam mercado imobiliário no Cassino JANEIRO DE 2018

O corretor Malte Carvalho informa que nesses primeiros dias do ano a procura por locações no balneário está “boa, ainda mais com esse calor dos últimos dias e é de se notar que tem bem mais uruguaios e argentinos que ano passado. Devem estar subindo para Santa Catarina, ficam quatro ou dia dias aqui e contribuem na movimentação do mercado imobiliário e também dos hotéis. No final do veraneio eles ainda voltam, mas aí sem dinheiro”. Mesmo observando que o verão iniciou bem no Cassino, Carvalho lamenta que a temporada seja reduzida, uma vez que ela inicia no reveillon e praticamente encerra após o carnaval, que neste ano inicia mais cedo. Ainda segundo ele, os preços dos aluguéis são idênticos aos do ano passado e retrasado com a diária média de R$ 250 e o prazo das locações caíram:

Pedrito, Herval, Aceguá...). Sobre a venda de imóveis no Cassino, ele diz que “terrenos estão saindo”, mas a venda de imóveis não é boa: “Tem uma falta de dinheiro generalizada. Passamos praticamente desde outubro sem financiamento. A Caixa só abre os financiamentos imobiliários a partir de 10 de janeiro”.

“antes era para 30, 15 dias e hoje a locação média é de cinco dias”. Oitenta por cento dos imóveis na praia são locados para inquilinos de Bagé. Dos, restantes a maioria da procura é de Pelotas (surpreendeu o baixo número de pelotenses procurando casa este ano) e cidades da fronteira (Dom

Turismo sem divulgação? Rio Grande ainda tem muito o que fazer para desenvolver o turismo, embora tenhamos vários atrativos. O que falta é maior divulgação da cidade mais antiga do Rio Grande do Sul que, só por ser histórica já é uma atração à parte. Somos a Cidade dos Monumentos, embora os mais novos nem lembrem mais disso. Somos cercados de água por quase todos os lados, temos a maior obra de engenharia hidráulica do mundo, os Molhes da Barra, nosso maior cartão postal. O problema é que sem divulgação fica difícil nos conhecerem. Primeiro os turistas terão de nos descobrir, da mesma forma que fez Silva Paes há quase 281 anos. Temos material de divulgação? Em caso afirmativo estão eles em pontos importantes, como no Chuý, maior porta de entrada dos uruguaios no Brasil. Basta vermos esta foto para saber porque os uruguaios chegam na Vila da Quinta e vão direto para Pelotas e pegam o rumo de Santa Catarina. A placa de sinalização deveria conter o nome do município do Rio Grande, mas não é isso o que se vê.

A clínica odontológica e estética Oral Clean chegou no Rio Grande. Localizada na Benjamin Constant, 372, possui toda a estrutura e uma equipe qualificada para realizar vários tratamentos, como restaurações, próteses, aparelhos, extrações, entre outros. Além disso, os procedimentos estéticos tem aplicação de toxina botulínica e o preenchimento facial. Não fecha ao meio dia e o telefone é 2125.7879.

ALUGUÉIS COMPARTILHADOS O corretor Iran Sassone trabalha com locação e vendas no Cassino e observa que “os valores estão a preço de mercado, se readequando após o Polo Naval, que foi uma bolha inflacionária que pegou todo mundo de surpresa. Teve gente que comprou imóvel de R$ 700 mil que hoje não vale R$ 500 mil e não consegue vender. Os preços de terrenos estão satisfatórios e tenho apartamentos novos a uma quadra da avenida (avenida

Rio Grande, a principal do Cassino) e box para dois carros a partir de R$ 330 mil”. Com relação aos aluguéis, Sassone diz que a procura maior acontece nos períodos do Ano Novo e carnaval. Locações por um mês ou para toda a temporada caíram bastante e são ra-

ros de acontecer. O mais comum são por períodos curtos e finais de semana (3 dias). “O máximo que consegui fazer foi locação por 20 dias”, informa o profissional: - Inclusive vinham para o Cassino funcionários públicos estaduais de toda a nossa Metade Sul, que hoje não vem porque estão com os salários parcelados. Também interferiram na procura as greves. As escolas vão começar as aulas cedo, o carnaval será cedo e a temporada curta. Vamos ter um mês e meio de férias. Sobre os valores dos aluguéis, Iran Sassone diz que tem imóveis com diárias a partir de R$ 150 a R$ 600. A média das diárias fica entre R$ 200 e R$ 300. “Tem muita gente dividindo aluguel entre duas, três famílias para diminuir os custos. Ao invés de uma semana, ficam 15 dias para pegar desconto na diária”.


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A prestação de contas do Governo do Município Foro, no valor de R$ 16 milhões.

INVESTIMENTOS NA JUNÇÃO O prefeito do Rio Grande falou em novos investimentos na Junção, mais precisamente no entorno da nova Estação Rodoviária: um CRAS (Centro de Referência em Assistência Social), uma escola e está negociando com o Serviço de Patrimônio da União (SPU) repasse de área para construção de uma nova Unidade Básica de Saúde (UBS), considerando o aumento de moradores naquela região.

Na presença da Primeira Dama, Eunice Lindenmeyer; do vice-prefeito Paulo Renato Mattos Gomes e de secretários municipais, o prefeito Alexandre Lindenmeyer fez uma prestação de contas do que foi feito em 2017. Ao citar a busca de novos empreendimentos exemplificou com o setor de habitação, que teve reflexos na construção civil. “Nosso empreendimento habitacional na Junção,

que será entregue em novembro de 2018, com 1120 apartamentos e 156 lotes de casas, foi o primeiro colocado na área sustentável, entre 40 e 50 projetos do mundo todo, pela WRI Ross Center For Sustainable Cities, organização internacional para um planeta sustentável, por facilitar aos moradores o acesso aos principais serviços, como saúde, educação, lazer e mobilidade”.

Salientou, ainda, que os 240 imóveis da faixa 1 (renda familiar de zero a R$ 1.800,00) do programa Minha Casa, Minha Vida, entre a Furg e o Cidade de Águeda, “são de excelente qualidade, com energia solar, reaproveitamento da água e 10% dos futuros moradores trabalham na obra”. Falou, também, que o Município foi contemplado com mais 540 unidades habitacionais na faixa 1 do MCMV. Lindenmeyer destacou que o antigo Centro Educacional Fraternidade agora é escola municipal do bairro Getúlio Vargas. Ao longo de 2017 foram inauguradas as UBS (Unidades Básicas de Saúde) do bairro Getúlio Vargas e Ilha da Torotama. Algumas encontram-se em obras, como a UBS do Povo Novo e de

Domingos Petroline. Com relação à Secretaria dos Serviços Urbanos (SMSU), acenou com licitações até o final do primeiro semestre de 2018 para obras de macrodrenagem e pavimentação em várias ruas, especialmente nos bairros. Na parte de mobilidade, o prefeito salientou a ampliação viária que envolve os balneários Atlântico Sul, Querência e Stella Maris com retorno pela avenida Brasil. Mencionou, ainda, a retomada de obras em cinco escolas de educação infantil, que encontravam-se paralisadas. Da mesma forma, as EMEI em obras do Parque São Pedro e Parque Marinha tem quadras poliesportivas em construção. NOVO FORO Lindenmeyer confirmou que em janeiro terá início a obra do novo foro do Rio Grande, na zona oeste da cidade, ao custo de R$ 70 milhões. Também o Procurador Geral confirmou que será licitada, em, 2018 a obra do novo prédio do Ministério Público, junto ao novo

SANTA CASA Sobre a Santa Casa disse: “Sabemos das dificuldades que a saúde vem sofrendo no Brasil. Temos uma tabela do SUS congelada há mais de década, alguns repasses que eram feitos a todos os hospitais do Rio Grande do Sul foram suspensos e isso impactou em todos os hospitais. Não foi diferente aqui. Tivemos um crescimento na abrangência do Estratégia de Saúde da Família (ESF), chegando a 83% de cobertura no município e a importância disso é fazer a prevenção e desafogar os hospitais. Não deixar que o problema aconteça. A atenção básica tem de ser prestada na área da Unidade Básica de Saúde (UBS) e temos uma rede muito qualificada. Precisamos qualificar mais ainda. Estamos em contato permanente com os hospitais e trabalhando para ter a Gestão Plena da Saúde. Também temos contribuído com os hospitais com repasses através de convênios, para preservar o funcionamento deles, sabendo que no Brasil mais de 260 Santa Casas fecharam. Óbvio que o não cumprimento das responsabilidades do estado impacta no município. Não por acaso ganhamos uma liminar para garantir o repasse do estado mês a mês. Ainda ontem (dia 21) fizemos repasse para a Santa Casa e a expectativa é que houvesse pagamento do Governo do Estado, que não pagou mais uma vez para a Santa Casa e outros hospitais”.

OUTROS INVESTIMENTOS PARA 2018 >

Prefeitura investirá R$ 5 milhões nas obras do Centro de Iniciação ao Esporte, no Parque Marinha.

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Já é conhecido o vencedor da licitação para a reforma do Posto 4 (antigo Centro de Saúde no canalete). Está em fase de assinatura de contrato para posteriormente iniciar a obra.

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Aberta licitação, no valor de R$ 12 milhões, para obras de infraestrutura no bairro Getúlio Vargas. Envelopes serão abertos dia 9 de janeiro.

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Estratégia de Saúde da Família (ESF) será ampliada no município, já no primeiro semestre de 2018.

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Construção de, no mínimo, mais 700 unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida, na faixa de 1 salário mínimo e meio. Para a faixa 2 do MCMV as obras encontram-se em execução na Roberto Socoowski. “Vamos dar um salto de qualidade na questão da habitação no município”, disse Lindenmeyer.

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Prefeito Alexandre Lindenmeyer diz que tem projeto definido para a recuperação do ginásio da praça Saraiva, que tem sido uma eterna dor de cabeça para nossos administradores. O problema esbarra na parte financeira, mas ele está otimista e acredita em solução a curto prazo para lá e também para o prédio do antigo Clube Caixeiral.


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Exposição revela curiosidades sobre a Ilha do Terrapleno Um dos atrativos do Partage Shopping, até o dia 10 de janeiro, é a exposição “Uma ilha artificial na cidade do Rio Grande”, montada pelo jornalista e repórter fotográfico Ailton Ávila da Rosa. Para isso, contou com auxílio da Marinha na pesquisa; da Vetorial e Clear Impressões Digitais na confecção dos banners, e até de um drone para fazer imagens da ilha, que situa-se em frente ao Porto Novo. “Minha pesquisa iniciou há uns seis anos. Ao fazer voos com a Marinha do Brasil, e mesmo quando eu trabalhava no porto, reparei que era uma ilha artificial e constatei a evolução de vários pontos dela como, por exemplo, o porquê de uma tubulação no contorno da ilha. Vim saber depois, em pesquisa e entrevistas, que foram bunkers utilizados pelos militares na Segunda Guerra Mundial. Era um túnel de tonéis que dava acesso ao hangar caso a ilha fosse bombardeada”. Assim Ailton da Rosa explica como teve sua atenção despertada para o assunto. Segundo ele, a participação da antiga Ilha da Base, hoje Ilha do Terrapleno, na Segunda Guerra “foi como ponto de manutenção de navios aliados, através de convênio com o governo brasileiro, na época”. Ele tem fotos de navios americanos, semelhantes aos que teriam utilizado nosso porto durante a última grande guerra, uma delas confirmada pelo prof. João Carneiro Lages, que visitou uma dessas embarcações, atracada no Porto Novo, enquanto as aeronaves que ela trazia ficavam na ilha.

Ailton Ávila Na exposição de Ailton Ávila da Rosa existem, além de fotos, quatro réplicas de aviões feitas por ele, como o Atlântico, que fez o primeiro voo da Varig entre Rio Grande e Porto Alegre. A réplica do avião Beechcraft foi importada por ele dos Estados Unidos. Também integram o acervo, dentre outros, a foto do piloto Ademar Lamas Barbosa e a carta enviada por ele a uma admiradora, em 1947 (cedidas pelo filho dele, Edgar Cândia Barbosa); réplica dos bunkers, que fez com apoio da Estação Naval, e de dois faróis da região, o Chuí e o Sarita, que tiveram o apoio da loja Premiuns. A réplica de um dos aviões, foi presenteada pelo expositor ao Vice-Almirante Victor Cardoso Gomes, quando de sua despedida do Comando do 5º Distrito Naval. AERO CLUBE ERA NA ILHA Conforme o entrevistado, a Ilha do Terrapleno surgiu quando da construção do Porto Novo pela Compagnie Française du Port du Rio Grande, em 1910. Foi necessário dragar o canal para possibilitar a navegabilidade das embarcações e os resíduos foram depo-

CONSTRUTOR! Tome a decisão certa e junte-se a nós.

Aero Clube funcionou na antiga Ilha da Base sitados ali, que era um alagado. No seu início, até gado e plantação havia no local, que chegou a ser utilizado pela Brigada Militar, o que é confirmado pelos brigadianos mais antigos. Os produtos horti-granjeiros eram levados para o Quartel. Existia uma plantação de alho na parte norte da ilha para espantar as cobras oriundas das cheias dos rios que desaguam na Lagoa dos Patos. Inicialmente pertencente ao Governo do Estado, a área passou para a Aeronáutica e ali chegou o hidroavião Atlântico, que em 1927 deu início à primeira linha aérea do Rio Grande do Sul, entre Rio Grande e Porto Alegre, e às atividades da Varig.

Em 1935 a denominação passou a ser Ilha da Base, com a construção de uma base aeronaval, fruto de acordo militar entre Brasil e Estados Unidos. Em 1941 a ilha foi cedida para o Ministério da Aeronáutica pelo Governo do Estado. Durante a Segunda Guerra Mundial serviu de apoio aos aviões aliados e ancoradouro para os hidroaviões do porta-aviões que patrulhava a costa brasileira. A então Ilha da Base também foi utilizada pela empresa aérea Savag para aterrisagem e manutenção de seus aviões. Também sediou o Aero Clube. Inclusive, conforme Ailton, por ocasião do eclipse no Cassino, em

Um sindicato atuante na defesa da construção civil do Rio Grande.

Nova lei dá prazo para tramitação de projetos de engenharia na SMCP

No segundo semestre deste ano o prefeito Alexandre Lindenmeyer sancionou a lei que disciplina a aprovação simplificada de projetos unifamiliares e até seis casas no mesmo terreno (todos de frente para a via pública), que tramitam na Secretaria de Município de Coordenação e Planejamento (SMCP). A referida lei foi gestada “a quatro mãos”, uma vez que ela foi estudada conjuntamente pela Prefeitura e o Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Rio Grande (Sinduscon), que há muito pleiteava essa iniciativa. “É uma lei opcional, feita para facilitar quem reclamava que era muito demorada a tramitação na Secretaria de Coordenação e Planejamento”, observa o diretor do Sinduscon, Neverton Moraes. Acontece que antes da lei o construtor não tinha prazo determinado para obter a aprovação na SMCP, sendo que em muitas vezes os pedidos eram feitos a “conta gotas”, porque são muitas leis e técnicos ainda com pouca experiência, tendo que se ater a uma gama muito grande de leis e detalhes.

O

secretário adjunto da SMCP, Daniel Cougo, diz que ainda não tem como avaliar os efeitos positivos da nova legislação: “Por ser uma lei recente, e como trata de um tema muito específico que são os projetos de engenharia, leva um tempo para que os projetos venham a ser apresen- Daniel Cougo e Neverton Moraes tados e acabem se enquadrando. - A lei desburocratiza e, conseÉ uma gama restrita de projetos, quentemente, facilita a tramitação. mas ainda não começou a surtir O prazo de análise diminui já que efeito prático na aprovação”. Ele in- tem número menor de itens a seforma que agora o prazo máximo rem analisados. Somente o atenpara análise, conforme a lei, é de dimento ao regime urbanístico do 45 dias, mas no dia da entrevista Plano Diretor e questões atinentes feita pelo “Sul RS”, em dezembro, a ao Código Civil. análise estava sendo feita em apeNeverton Moraes alerta que nas 30 dias: a utilização da nova lei “é opção

1966, o Aero Clube local, já com sua sede junto ao aeroporto, teve de ceder suas dependências para a Nasa e teria colocado seus aviões novamente naquele local. Em 1954 o local passou para administração da Marinha do Brasil e hoje a Ilha do Terrapleno possui três Organizações Militares (Oms): o Serviço de Sinalização Náutica do Sul, Serviço de Sinalização Náutica do Sul (SSN-5) e o 5º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral (Esquadrão HU-5), também conhecido por Esquadrão Albatroz. Também a Rádio Marinha FM (112,7 Mhz) tem sua sede no local.

Silva Paes, 266 - 702

do responsável técnico da obra e 85% dos projetos que tramitam na Secretaria de Coordenação e Planejamento poderão se beneficiar com essa redução do prazo. A lei também transfere a responsabilidade do técnico da Prefeitura para o responsável técnico da obra. Sendo assim, o técnico da Prefeitura vai se responsabilizar apenas pela

(53) 3230-7415

juntada da documentação e o atendimento ao Plano Diretor. O responsável técnico da obra, engenheiro ou arquiteto, assume por escrito perante a sociedade e ao seu cliente a responsabilidade de cumprimento do código de edificações e as normas atinentes ao projeto apresentado”.

Desejamos aos nossos associados e à comunidade em geral um FELIZ ANO NOVO, com muita saúde, paz, e determinação para construirmos uma cidade e um país melhor em 2018 com mais oportunidades para todos.


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Acabar com Conteúdo Local é crime lesa pátria *José Velloso Desde o primeiro leilão de blocos exploratórios, em 1999, as exigências de Conteúdo Local têm sido empregadas como ferramenta de desenvolvimento nacional por meio da inserção de nossa indústria no mercado até então monopolista, onde havia uma “política industrial” conduzida com sucesso pela Petrobras. Àquela época, a Petrobras adquiria mais de 65% de suas demandas de bens no Brasil. Portanto, a política de Conteúdo Local não nasceu no governo anterior e, sim, no governo de FHC. A forma de introdução das exigências de Conteúdo Local foi sendo modificada até a introdução, em 2005, da metodologia de uso de uma cartilha que estabelece Conteúdo Local por itens, a qual persiste até hoje. Embora tenha falhas, a cartilha teve o mérito de permitir que o mercado supridor nacional fosse visível e tivesse oportunidade de participar. Cabe esclarecer que o investimento em um campo de petróleo está, a grosso modo, assim dividido: 50% são serviços, 30% são máquinas e equipamentos e 20% são materiais (chapas, tubos, tintas etc.). Ocorre que a maioria dos serviços, por suas características, já leva, obrigatoriamente, a um elevado índice de Conteúdo Local. Logo, se considerarmos um índice de Conteúdo Local global de, por exemplo, 40%, em tese, esse percentual pode ser alcançado com 0% de máquinas, equipamentos e materiais, os quais são provenientes da indústria de transformação, que é aquela que mais agrega valor e mais gera empregos. Portanto, para que haja uma homogeneidade na participação dos diversos segmentos envolvidos, torna-se necessário que esses segmentos sejam considerados individualmente no computo do Conteúdo Local. Falar que a indústria nacional só vai vender se for competitiva é o mesmo que não haver exigência de Conteúdo Local, pois todos sabemos que o Custo Brasil impede que nossa indústria possa concorrer com outros países que têm juros abaixo da inflação local, que têm câmbio administrado e baixa incidência tributária. Podemos citar exemplos de produtos que, embora tenham escala de produção no Brasil, não são competitivos em preços com produtos de outros países, como automóveis, roupas, combustíveis, lubrificantes (estes últimos fabricados pela Petrobras). A Petrobras e demais companhias de petróleo são subsidiadas nos seus investimentos, pois são desoneradas de todos os tributos, inclusive do Imposto de Importação. Seus fornecedores de bens do Brasil não têm qualquer subsídio ou proteção. Estas empresas de petróleo, entre elas a Petrobras, declaram insistentemente que, sem as medidas protecionistas como o Regime Especial REPETRO, que desonera seus investimentos e operações, a indústria de petróleo no Brasil seria inviável. Ora, a indústria do petróleo não é composta só pelas empresas de petróleo. Os países onde o modelo é esse estão em má situação ou falidos, como Angola, Venezuela, Nigéria, entre outros tantos que compõe a OPEP. O segredo, praticado pela Noruega ou Reino Unido, é desen-

Foto: Agência Petrobrás (06/10/2013)

volver, juntamente com a produção de petróleo, uma indústria local com instalações adequadas, qualidade requerida, tecnologia necessária e engenharia bem desenvolvida, fatores que dispomos no Brasil e que, agora, correm o risco de serem destruídos. Hoje, para a Noruega, por exemplo, a indústria é mais importante que a produção de petróleo. Cabe esclarecer que não foi o Conteúdo Local que levou à corrupção tratada no âmbito de Lava-Jato e, sim, a metodologia de contratação da Petrobras de projetos completos em poucas empresas, que viabilizou a formação de “clubes” e a colocação de editais mal planejados, incompletos e mal especificados, sem considerar até mesmo a capacitação das empresas candidatas, muitas delas sem experiência anterior. A corrupção ocorreu no modo de contratar, no modo de selecionar as empresas e, principalmente, decorreu da incapacidade física em executar um enorme volume de obras, ao mesmo tempo sem um efetivo controle gerencial. Aliás, quando a presidente Graça Foster começou a introduzir algum controle, a verdadeira situação começou a vir à tona: atrasos enormes nos empreendimentos, principalmente nos importados, como foi o caso das 12 sondas de perfuração, que atrasaram, em média, dois anos e não tinham Conteúdo Local, e o total descolamento dos orçamentos iniciais em percentuais inimagináveis que chegaram a mais de 500%. Tais fatos ocorreram também, e em grande escala, em empreendimentos onde não havia a exigência legal de Conteúdo Local, como nas refinarias RNEST e COMPERJ e nas plantas de fertilizantes. Nos investimentos nas refinarias não existiu a obrigatoriedade de Conteúdo Local, mas foram ali os maiores escândalos de corrupção da nossa história e também os maiores atrasos com produtos importados. Vale dizer que na indústria de máquinas brasileira existem aproximadamente 800 empresas que direta ou indiretamente fornecem para a Petrobras e que nenhuma delas está envolvida nos escândalos citados. Como já foi dito, a exigência de Conteúdo Local Global, na prática, representa Conteúdo Local zero, sendo que muitos materiais são oriundos de produtos da própria Petrobras e que deixarão de

ser comprados no Brasil. Os investimentos estrangeiros são vitais para o desenvolvimento do país e são bem-vindos, desde que não venham na forma de bens importados. O capital estrangeiro tem que gerar empregos e renda aqui. Entretanto, como a maioria dos financiamentos vem de bancos de desenvolvimento nos países de origem, a tendência é que tudo venha de fora, deixando pouquíssimos empregos inevitáveis no Brasil e de baixa qualificação. A mudança radical, embora haja o compromisso do governo de que será válida apenas para a 14ª rodada, é uma péssima sinalização para as empresas que têm planos de investir na indústria de bens e serviços no Brasil. É um sinal de alerta para aquelas empresas que já investiram, as quais sem muita dificuldade podem sair do país, deixando para trás mais desempregos e impostos que deixarão de ser gerados. O custo do Não Conteúdo Local poderá ser contabilizado na perda de aproximadamente um milhão de empregos, além daquelas centenas de milhares de empregos que já perdemos. Concluindo, numa situação em que a Petrobras se encontra com sérios problemas financeiros e dificilmente terá participação significativa no próximo leilão, estamos destruindo toda uma capacitação nacional, centenas de milhares de emprego e arrecadação de impostos, para obter investimentos de empresas multinacionais que virão para extrair o petróleo e exportá-lo, deixando aqui apenas os “royalties” que um dia acabarão, quando o petróleo acabar. É isso o que queremos??? É disso que o Brasil precisa??? Queremos sair do modelo “Mar do Norte” para um modelo Opep? Queremos ser como Venezuela, Nigéria e Angola ou como Noruega e Reino Unido? Nossos desempregados aceitam exportarmos empregos para China, Coreia e Singapura? A resposta precisa ser dada pelas autoridades. *Engenheiro, especialista no setor de óleo e gás e presidente executivo da ABIMAQ - Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos.


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DOMINGOS ESCOVAR, PRESIDENTE DO SPORT CLUB SÃO PAULO:

“Estamos preparando o São Paulo para as próximas gerações”

Como está o São Paulo para 2018? Quando assumimos no final do ano passado o São Paulo estava há dois meses em aberto, sem candidato à presidente. Como somos torcedores do clube, e estou sendo presidente pela oitava vez (a primeira foi em 1975), resolvemos pegar com a ideia de que este será um ano definitivo para o São Paulo: ou galgamos as primeiras posições, profissionalizando todos os setores, ou o clube fica na mesmice, todo ano procurando presidente e lutando para não cair. Estamos preparando o São Paulo para as próximas gerações. Um trabalho com base. Mexemos na iluminação, o gramado está de excelente qualidade, fizemos banheiros novos e procuramos melhorar a parte da concentração. Como a atual diretoria está fazendo para cumprir os compromissos financeiros? Temos uma parceria muito boa, de Porto Alegre (empresas Fenit e Ponto Certo), inclusive vieram gestores para nos ajudar aqui e uma

empresa de marketing muito boa, a Stadium, que trabalhou para o Internacional e foi criadora da torcida mista. Ela fez um projeto muito bom para o São Paulo. Estamos conversando com empresas e entidades para ver se conseguimos um patrocínio sustentável. É demorado, mas aos poucos acreditamos que teremos resposta. Se o São Paulo tivesse um quadro associativo mais condizente com o tamanho de sua torcida não facilitaria o planejamento do clube? Sim, mas temos uma equipe nova de colaboradores e eles criaram a figura do Sócio Corporativo. Assim como as indústrias dão planos sociais aos seus funcionários, poderão proporcionar o acesso aos jogos do São Paulo. Por um valor que, eu diria, simbólico, as empresas poderão colocar todos os seus funcionários como beneficiários. Todos teriam acesso por um valor baixo. Já visitamos diversas empresas, agora vamos visitar os sindicatos e existem grandes possibilidades. Não é um pedido, é um negócio.

Na parte do futebol, o senhor fala que o São Paulo quer buscar “algo mais” que em anos anteriores. O que isso quer dizer? Ficar entre os primeiros quatro, cinco, no máximo seis do Gauchão. Em 2014 por um ponto não ficamos entre os oito. Depois o clube teve dificuldades. Este ano queremos chegar lá em cima. Não falo em título, porque é difícil e acontece de 30 em 30 anos para o interior, mas chegar o mais próximo possível dos líderes do campeonato. Nosso trabalho está sendo feito para isso. Lamentavelmente perdemos muito tempo na eleição da diretoria. Falaram em quatro, cinco chapas. Esperamos, esperamos e não apareceu uma. Na última hora tivemos de montar uma chapa e sair a campo, sem plantel, sem dinheiro. Perdemos quase um mês procurando uma parceria que goste do São Pau-

lo, goste de futebol e tenha condições financeiras. Felizmente conseguimos. (Escovar não quis revelar quem é o parceiro, porque não tinha solicitado autorização para isso). O que poderia antecipar sobre o time do São Paulo para o Gauchão 2018? Nosso grupo conta com 28 jogadores e poderá crescer mais, pois alguns atletas ainda estão sendo contactados. A comissão técnica é de alto nível, com profissionais que

trabalharam em grandes clubes gaúchos. Temos uma defesa muito bem montada, que em três amistosos não tomou nenhum gol. É bem verdade que contra os adversários mais fortes, como Veranópolis e São José, também não marcamos, mas temos homens gol, de qualidade na frente. Alguma dificuldade existe no conjunto da obra, dos homens de trás chegarem na frente, mas nosso treinador é competente e agora é uma questão de encaixe.


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14  JANEIRO DE 2018

FOTO: REPRODUÇÃO/RBS TV

O prefeito e as perspectivas na área do desenvolvimento Entre as realizações de 2017, Lindenmeyer destacou a recente inauguração da ciclovia no Cassino.”Com certeza vamos ampliar mais. Teremos a qualificação da ciclovia entre o Bolaxa e Cassino e a previsão é chegar a 27km de ciclovias no município em 2018 para qualificar nossa mobilidade e acessibilidade”. Na área do desenvolvimento, ele mencionou a luta em defesa do Polo Naval: “Temos três grandes estaleiros e, a exemplo do que ocorreu em Suape (PE), com uma paralisação e diminuição das encomendas durante alguns anos, lá foi retomada a produção, o mesmo acontecendo no Rio de Janeiro, que recentemente obteve a contratação de mais de 25 reparos de plataformas. Temos expectativa que, além das P-75 e P-77, possamos ter novos contratos, bem como a recuperação judicial da Ecovix seja superada para termos novos contratos. Há, também, a implantação da fábrica de pallets em curto espaço de tempo, da mesma forma que a logística da Renault/Citroen, a nova fábrica da Timac na parte de alimentos para animais e a ampliação da Yara Brasil. A questão da termelétrica nos preocupa muito, com a suspensão da outorga de instalação pela Aneel. Estamos num cenário onde não ficou claro se a Aneel renovará o contrato, caso o novo comprador apresente o contrato de compra e venda. Se não ocorrer, não haverá a segurança jurídica necessária e, se não tem outorga, não tem nada. A decisão da Aneel foi prometida para janeiro e estamos pleiteando uma agenda com o governador José Ivo Sartori para conseguirmos adiar a reunião da Aneel, inicialmente marcada para o próximo dia 25 de janeiro”.

Dominó no Bar do Cardozo

Para encerrar 2017 e confraternizar com a clientela, o Hamilton, do Bar Cardozo, na Cidade Nova (esquina da Deodoro com Mauá) promoveu um grande torneio de final de ano. A dupla campeã (Paulo André e Vilmar) ganhou quatro fardos de cerveja. A dupla vice (Moureci e Finato) e a terceira colocada (Walffires e Chacrinha), ganharam dois fardos, cada. Os demais colocados foram Paulo Branco e Votto, Sassone e Paulo Peixe, Augustinho e Zé Carlos, Fabrício e Gargamel, Eldilberto e Cavera. Os prêmios foram entregues no jantar de confraternização, dia 28.

TURISMO: parceria com o setor privado Depois que o Polo Naval passou a agonizar, nossas lideranças empresariais voltaram a falar em turismo, um assunto que já esteve em evidência e foi simplesmente abandonado com a chegada de novos empreendimentos. Essa atitude mostrou que os rio-grandinos não tem um foco e, talvez por isso, as coisas por aqui não engrenam. Com o ressurgimento do assunto, o prefeito Alexandre Lindenmeyer acabou sendo perguntado pelo desenvolvimento do turismo em sua entrevista coletiva de prestação de contas. Vejam o que disse o Chefe do Executivo: - Enxergamos Rio Grande como logística, indústria naval, setor pesqueiro, polo educacional, polo militar, mas deveríamos ter um olhar mais apura-

do também para o turismo. Rio Grande tem apenas uma turismóloga e, ao mesmo tempo, o setor privado tem de ser parceiro. Rio Grande tem características extraordinárias, prédios históricos, praças e água por todos os lados, além de uma flora e fauna extraordinárias. Queremos mudar essa realidade para não termos só o turismo de negócios ou movimentação durante o veraneio apenas. Existem processos licitatórios em curso para ocupação de espaços e o Mercado Municipal já foi beneficiado e naquele local houve uma melhora em relação ao que se tinha. Tínhamos R$ 18 milhões a fundo perdido no BNDES para o Projeto Macadar (revitalização do Porto Velho), mas houve uma mobilização contrária

para não tirarmos o posto de gasolina ao lado do Mercado e isso retardou o processo. Como consequência, perdemos os R$ 18 milhões. Hoje temos o projeto executivo da Capilha (Taim), em fase de conclusão, envolvendo o IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Temos projeto do Cassino dos Mestres. Essas ações não se desenvolvem na velocidade que gostaríamos, mas estão em curso. Ainda sobre o turismo, a Festa do Mar é fundamental e a Prefeitura recentemente assumiu a linha de frente, mas ela tem de ser coadjuvante, parceira e essa é uma provocação que fazemos aos empresários locais. A gestão da Festa do Mar tem de ser feita pelo setor privado.

Confraternização no Bar Minuano

Entre os presentes, os gourmets Pedro Coimbra e Vitor Hugo com Eli Barros Em dezembro a confraria do Bar Minuano, situado na esquina da Silva Paes com Zalony, que todas as últimas quintas-feiras de cada mês realiza uma “peixada”, encerrou as atividades do ano nos primeiros dias de dezembro. Sob o comando do excelente “gourmet” Eli Barros, da Floricultura Tati, foi servido um ensopado de borriquete com pirão elogiadíssimo por todos, inclusive por dois especialistas no assunto, que lá comparecem frequentemente: Pedro Coimbra e Vitor Hugo Pinho. O bar Minuano existe há 42 anos. Pertenceu a João Moraes e a Antônio Pereira, o Tony, que possui um salão de snooker nas proximidades (Zalony). Hoje está com André de Moraes Loureiro, que mantém o mesmo estilo e a qualidade de antigamente.

Resenha

Foto: Bia Fontoura

Também o bar Resenha, na esquina da Dom Bosco com a Padre Feijó confraternizou com seus clientes. Foi a ocasião para a banda do Neville, Vanzeloti, Carlitos e Osvaldo encerrar suas atividades na cidade, já que no verão estarão no Cassino. Um dos destaques da noite foi a Bia Ferreira, que prosseguia na comemoração de sua formatura em Gestão Empresarial.


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Alunos do Silva Paes visitam a WD House Os alunos de informática da Escola Estadual Silva Paes visitaram a WD House, em novembro. Os colaboradores apresentaram cada um dos setores, conhecimentos técnicos e o que devem possuir para se tornar um profissional nesta área. Disponibilizaram material com várias referências do mercado e indicações de sites onde podem buscar maior conhecimento e experiências reais na área. A empresa de Gabrie-

la Consoni Vaz e Anderson Vaz, há mais de 11 anos no mercado, é reconhecida pela sua atuação com serviços digitais, principalmente experiência em criação de sites, aplicativos mobile, consultoria de marketing digital e sistemas ERP. O prof. Henrique Silva, convidou a WD House para compor a banca de avaliação do trabalho de conclusão de curso, que foi representada pelo front-end Henrique Vargas.

HÁ 50 ANOS JORNAL RIO GRANDE - JANEIRO DE 1968

DIA 4 – A Prefeitura determinou a retirada da quase totalidade das tendas, barracas e pontos de camelôs da praça Tamandaré e de outras, onde porventura existam. Segundo o diretor do Departamento de Planejamento Urbano (DPU), Mário Gomes Centro, apenas duas tendas de engraxate, escolhidos entre os mais antigos, permanecerão em duas entradas da praça Tamandaré. > Neste ano não serão realizadas as promoções do “Cassino 68”, da Lúdio Publicidade. Conforme Lúdio Porto Alegre, apesar dos esforços não encontrou o necessário apoio da indústria e do comércio, como nos anos anteriores. As noites do balneário serão quietas, calmas, com trepidações apenas nas boates ou na SAC, que felizmente tem um bom programa para assinalar a inauguração de sua nova sede. DIA 5 – Os 753 operários da União Fabril, alegando o abandono da empresa por parte dos proprietários, haviam tomado conta das instalações e essa atitude encerrou na tarde de ontem com a visita do Delegado Regional de Polícia da 7ª Região, Firmino Perez, e o retorno do gerente e representante do Grupo Abdalla. DIA 9 – Vários doentes que se encontravam no antigo “isolamento” da Santa Casa para tratamento da tuberculose começaram a ser transferidos para o novo pavilhão, que é um autêntico hospital especializado, construído em terreno de propriedade da instituição entre as avenidas Presidente Vargas e Buarque de Macedo. As instalações do novo hospital de tisiologia serão completadas nos próximos 10 dias e terá a denominação de Dr. Pedro Bertoni. A inauguração está prevista para abril. > A imprensa portoalegrense escolheu as Personalidades do Ano e entre os escolhidos figuram um riograndino de nascimento, o deputado Carlos Santos, e outro honorário e por adoção, o engº Francisco Martins Bastos diretor presidente da Refinaria de Petróleo Ipiranga S/A. > O sub-prefeito do Cassino, Edison Miller Barlém, determinou o plantio de árvores em várias ruas. Cerca de 1.000 pés de acácia foram adquiridas e serão plantadas e pretende continuar o plantio de arvoredo no decorrer do ano. DIA 10 – O colégio eleitoral do município do Rio Grande, em 1968, experimentou expressivo aumento. O titular do Cartório Eleitoral, Jair Gonçalves, informa que Rio Grande já possui 45.516 eleitores. > Dia a dia piora o fornecimento de água à população por parte do Serviço Riograndino de Água e Esgoto (SRGAE). Tudo indica que dentro de mais alguns dias a situação se tornará insustentável, pois a carência vem se registrando em caráter crescente. Onde são aplicados os milhões que o SRGAE arrecada? O diretor do SRGAE foi convocado para dar explicações no Legislativo. DIA 11 – A Santa Casa recebeu ontem um novo equipamento de Raios-X, encomendado da Alemanha e o que existe de mais avançado no mundo. O equipamento foi descarregado no porto local e será montado nos próximos dias. Custou NCr$ 72.000, através de financiamento bancário. DIA 12 – A indústria pesqueira gaúcha deverá receber no corrente ano um impulso na ordem de NCr$ 40 milhões de investimentos básicos, provenientes dos estímulos fiscais

concedidos pelo Governo Federal. De acordo com a legislação, qualquer Pessoa Jurídica instalada no país poderá deduzir até 25% do valor do Imposto de Renda devido para inversão em projetos de atividades pesqueiras que a Sudepe declare de interesse para o desenvolvimento do país. Segundo cálculo de técnicos da Sudepe na Região Sul, os investidores utilizarão esses benefícios fiscais, carreando para a indústria do peixe uma massa de recursos que permitirá, em curto prazo, estabelecer uma nova estrutura e transformar radicalmente o panorama pesqueiro do Rio Grande do Sul. > O interventor Gal. Armando Cattani, que diz ter uma “profunda admiração e respeito pelos humildes”, atendeu com máxima prodigalidade a pretensão dos comerciantes estabelecidos na praça Tamandaré. Assim sendo, o prazo determinado pela Prefeitura, fixado em 72 horas, foi dilatado para três meses. Esgotado esse prazo os vendedores da praça Tamandaré terão que armar as suas tendas em outro local. DIA 13 – Polícia recupera para-brisa furtado de um Renault Gordini e que havia sido brilhantemente retirado do veículo. DIA 15 – Duas crianças morreram em dezembro e uma em janeiro, vítimas da desidratação. O Dr. Adamastor Guimarães, médico-chefe do Centro de Saúde, esquematizou um plano de ação para combater o problema e informa que dois médicos se encontram a postos para atender a todas as mães de sinais como diarréia intensa e vômitos. Quarenta leitos estão disponíveis na Santa Casa para atendimento aos casos de desidratação. DIA 17 – Com o propósito de acabar com uma irregularidade há muito verificada em Rio Grande o Juiz de Direito da 3ª Vara, José de Araújo Dornelles, baixou portaria determinando que nenhum menor de 18 anos poderá dirigir veículos automotores. Os infratores serão conduzidos ao plantão do Juizado de Menores. DIA 20 – Conselho Deliberativo do Serviço Riograndino de Água e Esgoto (SRGAE) em nota manifesta voto de confiança e solidariedade ao diretor-geral, Dr. Altamir de Lacerda Nascimento, após ouvir manifestações violentas de que foi alvo pela falta dágua em Rio Grande. Assinam os membros, engº Alfredo Huch, Dr. Adamastor Guimarães, Dr. Sérgio Freire, Econ. José C. Freire, Joaquim A. do A. Filho, Élio Fruet, Joaquim C. de A. Martins, Hélio Lewis da Silveira e Jurandyr Graciano. DIA 24 – A Companhia Estadual de Energia Elétrica não está disposta a instalar novas redes na cidade, enquanto a Prefeitura não liquidar débitos que tem com a empresa. DIA 27 – Para incentivar o consumo de pescado no Rio Grande do Sul, a Indústria Riograndense de Pescados, pertencente ao Grupo Ipiranga, estará enviando peixe em caminhões frigoríficos para diversas cidades do interior, onde as bancas de venda serão instaladas nos postos Ipiranga. A promoção é prevista para junho. DIA 29 - Os atuais vereadores não serão obrigados a trabalhar de graça. Rio Grande está entre as seis cidades do Rio Grande do Sul que ultrapassaram os 100 mil habitantes. A re-

muneração fixa será de ¼ do salário do deputado estadual e a variável de acordo com a frequência. Conforme o IBGE, com base em 1º de julho de 1967, Rio Grande possui 113.209 habitantes; Canoas, 115.103 habitantes; Santa Maria, 136.501 habitantes. Pelotas, 200.959 habitantes e Porto Alegre, 889.210 habitantes. > Clube de Diretores Lojistas (CDL), presidido pelo sr. Pedro Alvariza, promoveu jantar na SAC. O ponto alto foi a palestra do engº Carlos José Borges da Fonseca, da Indústria Riograndense de Pescados, sobre “Incentivos fiscais à indústria pesqueira”. > Três PMs destacados no policiamento do bairro Getúlio Vargas foram chamados à rua 15, à uma hora de hoje, onde numa casa havia uma festa e algazarra. Ao chegarem, os participantes foram se retirando, com exceção de uma mulher, de 23 anos, que resolveu enfrentá-los. Ao tentarem agarrá-la, ela se livros dos três e entrou em sua casa, nas proximidades, de onde voltou armada com um facão. A luta começou com a mulher a fazer valer toda a sua desenvoltura, ganhando o primeiro round. Só com a chegada de um contingente de soldados foi, enfim, dominada e levada à DP. > Os associados do Rio Grande Yacht Club neste verão tem se visto, frequentemente, privados do banho de mar devido a visível poluição da água, que se deve aos detritos despejados no mar e que contém soda cáustica usada no descascamento de pêssego e outras frutas. Soubemos, ainda, que esses detritos estão sendo jogados no mar por industrialistas displicentes e que não cumprem as leis para preservação das águas.


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16  JANEIRO DE 2018

PEDRO CALISTO LUPPI MONTEIRO, SECRETÁRIO EXECUTIVO DA DIRETORIA DOS PRÁTICOS DA BARRA RIO GRANDE:

“Na safra fatalmente o canal estará mais assoreado” Como está a questão da dragagem no porto? Aqui existe um assoreamento muito grande por ser estuário, porque a água doce desce para o mar e, quando entra em contato com a água salgada, o cloro faz a floculação, que é a decantação de todos os elementos que estão na água. Por isso o assoreamento aqui é muito grande. Segundo a Superintendência do Porto, os sedimentos são na faixa de 200 a 250 mil toneladas por mês. É muita coisa. Em um ano ganha quase um metro na extensão toda de sedimentos. Por isso tem de ser feita a dragagem temporariamente para deixar o canal livre. O canal deveria estar com 16 metros, dentro dos Molhes até o porto, e lá fora 18 metros. Por causa das ondas, hoje um navio com calado de 12,80 metros (42 pés, que são a maioria dos navios graneleiros) está tocando

no fundo. Para se ter uma ideia da quantidade de sedimentos, estamos falando em 18 metros. Estamos tirando esses navios só quando existe 50 centímetros na régua de maré positiva. E a situação está piorando, porque navios porta-contêineres, com calado autorizado para 12,20 metros (40 pés) já estão tocando no fundo. Como fica a situação para a próxima safra de grãos, a partir de abril? É a grande incógnita. A preocupação maior é como os navios vão se comportar, porque não está se dragando e está se assoreando. Na safra fatalmente o canal estará mais assoreado e não sabemos o que vai acontecer. A esperança é que haja dragagem. A Praticagem investiu muito em equipamentos de alta tecnologia chamados Portable Pilot Unit (PPU), que mostram

Seja nosso sócio!

toda a carta do porto e os práticos vão vendo onde o navio pode passar e onde está comprometido. Se não tivéssemos esses equipamentos, que evitam encalhes de navios, a situação seria muito pior. Mas a safra vai sair. O que vai acontecer é que vamos perder muita exportação, porque ao invés dos navios saírem com 12,80 metros ou 12,20 metros, irão sair com menos carga, que significará também menos exportação e menos dinheiro. Essa diferença dá quase seis mil toneladas de carga por navio que deixa de sair. Existe o risco da Capitania dos Portos reduzir o calado do porto? Até a safra vamos ver o que vai acontecer. Ou se reduz o calado ou coloca uma restrição maior. Quais os prejuízos para o

Apenas

porto em caso de redução do calado? Começa pela imagem do porto. Os contratos estão feitos pelos armadores com os terminais. Se o navio não puder sair com a carga contratada, o seguro aumenta, multas acontecem e torna-se um porto inseguro. Pode haver cancelamento de linhas? Também e pode levar tempo para recuperar todo conceito construído até hoje de excelente porto. A SUPRG já falou em dragagem emergencial. Seria uma saída? -Seria excelente. O melhor que poderia acontecer. Acho que há possibilidade. O Ibama está batendo muito na dragagem de aprofundamento, mas aqui seria uma dragagem de manutenção.

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O cinquentenário da inauguração de nossa sede própria

E

m 2018 estamos comemorando os 50 anos da construção da sede própria da Sociedade Amigos do Cassino, um projeto bastante arrojado e que deu grande impulso à nossa sociedade. A inauguração da sede própria da SAC foi cercada de grande expectativa. O evento aconteceu na tarde de um sábado, dia 6 de janeiro de 1968 e, na véspera, mais precisamente no dia 2, o editorial do jornal “Rio Grande”, intitulado “Cassino” fazia referência ao acontecimento: “Dia 6 de janeiro será uma data histórica para o Cassino pela inauguração da nova sede da Sociedade Amigos do Cassino, sem dúvida um empreendimento de grande vulto que lhe dará mais um motivo de orgulho e proporcionará aos seus frequentadores condições desconhecidas na que o governo bafeja, porquanto é obra exclusiva da iniciativa privada. Trabalho de riograndi-

nos, a nova sede, que pode ser qualificada de monumental, já está mostrando a sua beleza arquitetônica a quantos chegam à praia. Trabalho nosso, que mereceu o apoio de alguns veranistas de outras cidades aos quais beneficiará igualmente”. O “Rio Grande” publicava a coluna “7 dias em sociedade”, cujo articulista escrevia com o pseudônimo de SIR. Na edição de 13 de janeiro de 1968, a crônica social da inauguração contou como tudo aconteceu e nós repassamos aos leitores de forma resumida: “O corte da fita simbólica foi feito pelo Gal. Armando Cattani, interventor federal em Rio Grande, e Dr. Adriano Santos Rocha, presidente do Conselho da SAC, sob os acordes da banda da Brigada Militar. O presidente da sociedade, Amaury Santos fez discurso de agradecimento aos que colaboraram e foi muito cumprimentado. A sra. Beatriz Miranda Santos, esposa do

Bela vista dos Molhes da Barra, canal de acesso e da praia do Cassino que as enormes dunas então existentes junto aos Molhes proporcionavam, tanto que foi capa da programação da SAC em 1969. presidente, descerrou a placa que continha a nominata da diretoria”. “O primeiro presidente da SAC foi o Dr. Isnard Peixoto, que encontrava-se doente. Mesmo assim, escreveu discurso lido pelo sr. Thiago Carvalho, versando sobre a história da entidade. Pelo Conselho Municipal de Turismo, Dídio Duhá também falou. Pelotenses expressaram agradecimento a Amaury Santos pela nova sede, dando um belo cartão de prata”. “A sra. Luiza Otero, que doou o terreno, o engº João Rocha, que foi o construtor e o engº Alfredo Huch, que teve destacada atuação nas obras, foram também alvos de homenagem. Receberam diplomas de Sócios Beneméritos”. A tarde do sábado, dia 6, teve o ato inaugural da sede da SAC e coquetel. À

noite aconteceu aconteceu o primeiro baile. “O jantar dançante iniciou às 22 horas com buffet apreciadíssimo a cargo de José Costa, o salão repleto e a animação do conjunto de Norberto Baldauf. Na ocasião, também aconteceram homenagens aos ex-presidentes”. “No domingo as festas continuaram e, na quinta-feira seguinte, houve recreio feminino com chá e jogos em caráter beneficente”. “Graças à ampla e confortável sede, os eventos na SAC estão sendo um sucesso”. No segundo final de semana o baile foi abrilhantado pelo conjunto Flamingo, de Porto Alegre. “Muita expectativa reina em torno do próximo ‘show’ que mostra luz negra e sinemal, num espetáculo original em que slides são amplamente utilizados”.


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