Jornal Sul RS - Edição 13 - Abril de 2018

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está otimista SUL RS Sinduscon com a recuperação

Notícias e Negócios

da economia

Circulação: Rio Grande e São José do Norte ANO II - Nº 13

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CIRCULAÇÃO DIRIGIDA

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TRÂNSITO DE CAMINHÕES NO D.I. CALÇADAS DA ÁREA CENTRAL

Faltam mais de 500 tampas de esgoto

Corredor do Bolaxa poderá ser alternativa

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Camarão vai até maio

Oportunidades de ascensão na carreira

Comerciantes como Paulo Roberto Matos Souza estão sendo beneficiados com a boa procura.

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Cada vez mais leitores O Sul RS continua conquistando mais leitores a cada número. Como a gerente da loja Tevah Rio Grande, Flaviana Rosa, que gentilmente nos enviou esta foto com a edição impressa, que tem a tiragem de três mil exemplares. A versão digital já conta com 3.200 e-mails cadastrados.

Em 2011 Emerson Gonçalves, 23 anos, inscreveu-se no programa Jovem Aprendiz como forma de conseguir seu primeiro emprego. Entrou no Supermercados Guanabara como empacotador e acabou ficando: “Não imaginei ficar em definitivo, mas a empresa abre portas para o primeiro emprego

e fui abraçando as oportunidades”. Ele passou pelas funções de auxiliar de supermercado, fiscal do setor de notas e encarregado de atacado. Atualmente,Emerson faz treinee para gerente. Em março conclui o curso de Gestão Financeira e o Guanabara está oferecendo outra graduação, Gestão de Loja

Prefeito fala ao Sul RS PÁGINA 9

e Ponto de Venda. “O Guanabara é uma empresa muito boa e a gente tenta dar nosso melhor quando sabe que tem oportunidade de crescimento. Aqui as expectativas são muito boas”, comemora o futuro gerente.

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Lauro Barcellos no Museu da Cidade PÁGINA 9


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! í a Olha

Potencial turístico

POR IQUE DE LA ROCHA

Ampliação para melhor atender A Uninter não pára de crescer no Rio Grande e Pelotas e o diretor na região, Jorge Menezes, mostra seu dinamismo também em proporcionar maior conforto aos alunos. Recentemente a sede da rua General Netto, 273, sofreu ampla reforma, que pode ser verificada desde a entra-

da com a ampliação da recepção. Cabe destacar o eficiente trabalho de Luciano Pereira no marketing e área comercial do Polo Pelotas e o excelente atendimento do grupo de funcionários. A competente administração explica o crescimento da Uninter na região.

Minuano em novo local

O tradicional Bar e Lancheria Minuano, situado na esquina da Silva Paes com Zalony há várias décadas, mudou de endereço. O novo local fica a poucos metros dali, na Zalony, 215. Os

serviços serão os mesmos, com o acréscimo do snooker, que já existe no local sob responsabilidade de Tony, tio dos atuais proprietários do Minuano, André e Adriana Loureiro.

CONFRATERNIZAÇÃO A mudança de endereço do tradicional bar foi comemorada com camarão frito e cerveja. Também não faltou a banda da confraria do Minuano, denominada “A dor é minha”.

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Notícias e Negócios

Hoje o sonho de consumo no verão dos gaúchos, de muitos brasileiros, uruguaios e argentinos é Santa Catarina. Nosso estado vizinho, de fato, foi privilegiado pela natureza e, de uma hora para outra, aconteceu aquele “boom”, que fez crescer os balneários lá existentes. O turismo lá está tão por cima, que se alguém disser que vai tentar atrair os catarinenses para conhecerem Rio Grande, será motivo de risos. Mas, você sabia que há cerca de 20 anos, no período das festas de Iemanjá e Nossa Senhora dos Navegantes, Rio Grande recebe cinco ou seis ônibus daquele estado, religiosamente? Sem propaganda alguma, até porque Rio Grande não se movimenta para divulgar o que possui. As pessoas tem de nos descobrirem e fomos descobertos pelos catarinenses, que maravilharam-se com a festa promovida no Cassino pelos umbandistas e culto afros rio-grandinos, e com a festa promovida pela comunidade nortense, cuja procissão marítima inclui nossa cidade no percurso. O gerente do Hotel Atlântico, André Luiz Dall’Igna, nos informou que nesses 20 anos os catarinenses não faltaram uma única edição das duas festas e as empresas responsáveis pelas excursões, ao deixarem a cidade já

fazem reservas para o ano seguinte. Por isso, nos dias de Iemanjá e Navegantes o Atlântico fica com sua lotação esgotada, como aconteceu este ano, e os demais hotéis, pelo que sabemos, também se beneficiam dessas datas e das presenças dos turistas catarinenses. O fato dos catarinenses nos visitarem por 20 anos consecutivos é mais uma prova do nosso potencial turístico. Imaginem o dia em que a população do Rio Grande do Sul souber da existência dos Molhes da Barra, da Festa de Iemanjá e da Procissão de Navegantes, das nossas ilhas, da praia da Lagoa Mirim bem próxima à Estação Ecológica do Taim. Da mesma forma que tomarem conhecimento da existência de São José do Norte, de sua gastronomia de frutos do mar, da Praia do Mar Grosso ou da Lagoa do Peixe... Não podemos nos achar mais do que somos, mas quando as pessoas nos descobrem e falam maravilhas daqui é porque temos condições de atrair visitantes. Nem que seja uma divulgação “casada” com São José do Norte, ou até mesmo incluindo Pelotas junto. Potencial nós temos. Falta quem entenda do assunto para traçar ações que coloquem Rio Grande, e também a região, no mapa turístico do Rio Grande do Sul, ao menos.

A moda agora é falar em “empoderamento”. E quem está com tudo em termos de “empoderamento” é a bandidagem, cada vez mais livre, enquanto as pessoas de bem estão cada vez mais encarceradas em suas próprias casas. Há quem diga que existem muitas outras cidades bem piores que a nossa, mas isso não serve para justificar o que estamos vivendo. No passado, já bem distante, era possível deixar os vidros dos carros abertos, as portas e janelas das casas da mesma forma. As famílias saíam à noite para olhar as vitrines, a vizinhança se reunia na calçada para conversar, principalmente nas noites quentes de verão. As coisas foram mudando com o passar dos anos e com a criação de leis que diziam dar mais direitos aos cidadãos. Primeiro, as pessoas foram cada vez mais deixando de sair às noites e as lojas, temerosas, trocaram as vitrines por grades. Temos visto no Rio Grande que, após o fechamento do comércio, o movimento na área central simplesmente morre. A partir das 20 horas só circulam pelas ruas quem tem necessidade de se locomover após aquele horário, mas o que chama a atenção é que se vê mais marginais do que pessoas de bem transitando.

Mais incrível ainda é ver que nos domingos, pela manhã e parte da tarde, também dá medo de transitar pelo centro. Novamente predominam os maus elementos, muitos deles de bicicleta, que ficam circulando à procura do momento certo para abordar sua vítima. Nesses tempos de insegurança, onde se sabe que os policiais são mau pagos, não recebem em dia, arriscam suas vidas e até seus empregos e sua liberdade, no caso de balearem algum bandido, cremos que ainda daria para fazerem mais do que estão fazendo. Por exemplo: não é difícil para uma pessoa de bem, e muito menos para um policial, identificar um bandido. Por que ao invés de esperarem eles agirem, não se antecipam e fazem a abordagem antes? Se tiverem uma arma, uma faca, ou um canivete que seja, é porque estão mal intencionados. Se a bandidagem está terrível, cabe à autoridade policial não dar trégua a eles. E aqueles que usam bicicleta para agirem, deveriam ter seus veículos apreendidos, o que ao menos dificultaria a ação deles. Do jeito que está é que não dá para continuar e a bandidagem tem mole demais, enquanto qualquer pessoa de bem, se for pega com uma arma, vai para a cadeia e terá de pagar fiança. Por que com os marginais não acontece o mesmo?

O “empoderamento” dos bandidos

Quem entende? Leitor nos envia a seguinte indagação: se a utilização dos cintos de segurança é obrigatória nos ônibus intermunicipais, como em algumas linhas são permitidas viagens com passageiros em pé? Aproveitando: também não se entende a obrigatoriedade do uso do cinto de segurança nos automóveis (com o que estamos de acordo) e a inexistência deles nos ônibus urbanos, que também circulam com passageiros em pé.

Nossos contatos: (53) 99131.6283 jornalsulrs@gmail.com

Editor: Diagramação: Propriedade: Tiragem:

Ique de la Rocha Grupo mtrês Gráfica A Cidade Ltda. CNPJ: 94.017.795/0001-94 3.000 exemplares


SUL RS Partido Novo no Rio Grande Filho do saudoso deputado federal Waldomiro Rocha Lima, o empresário Renato Juliano Lima dizia que não iria mais militar na política, mas acabou encontrando no Partido Novo “um novo projeto para o Brasil. Ele representa uma plataforma efetiva de mudanças, onde seus integrantes não veem a política como carreira, profissão. Política é para servir a comunidade e os impostos devem reverter em benefício da comunidade. O Estado deve cuidar da saúde, educação, infraestrutura, segurança e ponto. Temos um Estado tremendamente intervencionista, com uma carga tributária gigantesca e que não nos dá retorno com bons serviços. Eu quero que me deixem trabalhar, me deem liberdade para trabalhar”. O Partido Novo, por estar em fase de formação, conta com apenas quatro vereadores no Brasil e no Rio Grande Renato Lima é um dos que trabalham em sua estruturação. Para tanto, trouxe ao Rio Grande, dia 19 de março, para manter contato com lideranças empresariais e avalizar filiações, o pré-candidato ao Governo do Estado, Matheus Bandeira, consultor de empresas que foi presidente da Falconi, uma das maiores consultorias do mundo, e também do Banrisul. Lima salienta que o Partido Novo “não aceita fundo partidário. Vive única e exclusivamente da contribuição dos filiados e simpatizantes

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Varejistas e Sindilojas

Renato Juliano Lima e a pessoa que desejar concorrer a algum cargo terá de passar por um processo de seleção e estudar questões referentes à política e à legislação para que tenhamos boas pessoas nas funções públicas. Trata-se de um partido moderno, o maior partido da internet, com mais visualizações, por onde o interessado poderá se filiar”.

Uma nova clínica na cidade

Thales Portanova e o atendente Leandro Ferreira Desde fevereiro Rio Grande conta com uma franquia da “AmorSaúde”, clínica de atendimento médico e odontológico rápido, que abriu suas portas na rua Marechal Floriano, 323, frente à Receita Federal (prédio da Alfândega). O coordenador da área médica da nova clínica, Thales Portanova, explica que a empresa oferece clínica geral, especialistas, todos os tratamentos odontológicos, exames e consultas agendadas “com qualidade e acessíveis a todos os interessados”. O telefone é 3201-2823.

Roteiros de viagem Suzana Piedade é agente e guia de turismo credenciada pela Embratur há mais de 20 anos e, através de sua Consegtur, já está definindo os roteiros de viagens para os próximos meses. Provavelmente em maio haverá excursão ao Beto Carrero World. De 15 a 17 de junho a atração será a Serra Gaúcha (Caxias do Sul e Flores da Cunha) e em julho a Festi Queijo, de Carlos Barbosa. De 30 de setembro a 5 de outubro será a vez da Fazenda Park Hotel, em Gaspar (SC). A Consegtur parcela os pagamentos e atende pelos telefones 3233-4741 e 98147-8457.

Cleber Jacobs Com o falecimento do saudoso Pedro Arthur Valério, ano passado, a Associação Comercial dos Varejistas agora é presidida por sua filha, a advogada Ana Paula Medeiros Valério que, de momento, está conhecendo a situação daquela tradicional entidade para, posteriormente, retomar as atividades de forma

Ana Paula Valério mais efetiva. Já o esposo de Ana Paula, Cleber Jacobs, foi eleito presidente do Sindilojas e prepara-se para assumir o cargo dia 31 de março, já que até aquela data o presidente é Alberto Amaral Alfaro. O atual vice já negocia a convenção coletiva dos comerciários.


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Artigo

Civilidade, patriotismo e coragem Com simplicidade encantadora e a companheira de uma vida inteira sempre em mãos, a Constituição da República, o respeitado jurista e ex-presidente do STF, Carlos Ayres Britto, caiu como um presente dos céus em Porto Alegre, efeito que aconteceria em qualquer lugar deste imenso país, pois ninguém deixaria de ouvi-lo em um momento de tão grave crise institucional e política como a que atravessamos. Com a voz, humildade e o carisma de um monge; sorriso cativante e um humor refinado, valeu-se de enorme cabedal cultural para navegar com filósofos do período pré-gregoriano até Chico Buarque e Djavan. Eclético, passou por Péricles e Protágoras, Tobias Barreto e até o atual ministro do STF, Luiz Roberto Barroso. Enfim, o jurista só consolidou tudo que se imaginava e se esperava dele. Constitucionalista convicto, disse que a nossa Carta Magna está entre as melhores, mais modernas e completas do mundo, com viés comprometido com a economia social de mercado. Chamou-a de “santíssima trindade temática” com base na justiça, ética e advocacia. Andou pelo descobrimento do Brasil, monarquia e capitanias hereditárias, comparando-as com a colonização dos EUA. Debita a um vício de origem, uma série de mazelas que até hoje não conseguimos resolver e que tem consequência direta no tipo de político que escolhemos e política que praticamos. Falou das riquezas inesgotáveis que possuímos e das condições de nos tornarmos um país de primeiro mundo. Discorreu sobre os sistemas de justiça e jurídico, reafirmando que a ordem jurídica é inviolável e garantidora; que a advocacia, o MP, a Defensoria, o Judiciário e até a Polícia Federal garantem à sociedade civil os princípios da cidadania. Lembro que Protágoras asseverava que o homem é a medida de todas as coisas e que cidadania é a qualidade do cidadão. Cidadão no seu entender é o que vive o dia-a-dia, é o partícipe e protagonista. Nesse

sentido Péricles dizia que inútil é o homem que só cuida da sua família. Também citou Tobias Barreto, filósofo, crítico, poeta e jurista brasileiro que dizia não haver vida sem direito. Transitou por cenários da vida institucional do Brasil com ênfase no momento atual em que se vê exposta a fragilidade moral e ética da classe política e empresarial. São sócias da maior e inescrupulosa organização criminosa que já se constituiu em desfavor ao povo brasileiro. É tão complexa e sofisticada que chegou a ter, por parte da maior empresa brasileira da construção civil, um setor específico paragerenciar essas ações de assalto aos cofres públicos denominado de “departamento de operações estruturadas”, especializado em fazer contratos com órgãos públicos de todos os níveis e propinar com políticos e dirigentes de estatais e empresas privadas pelo mundo afora. Sobre a delação premiada, Ayres preferiu tratá-la de colaboração, dizendo ser uma bela ferramenta, uma espécie de antivírus que contribui muito para quebrar o compadrio e o silêncio que imperam nessas relações. Por fim, citou Martin Luther king: “não quero saber de suas leis e sim dos seus intérpretes”; Nelson Mandela, que não pensava por idéias e sim por ideais, e, finalmente, considerando que estamos num período de grande discussão política, onde fica latente o descrédito do povo com tudo e todos, e exortou a participação política da cidadania, como a única saída. Encerrou com Bertolt Brecht: “que continuemos a nos omitir na política é tudo que os malfeitores da vida pública querem. Triste do povo que precisa de heróis, de salvadores da pátria. Precisamos de instituições não de heróis”. Alberto Amaral Alfaro, advogado com pós graduação em direito político pela Unisinos. POA, outubro de 2017.

ELIS RADMANN

Socióloga e diretora do IPO Instituto de Pesqiusas e Opinião

Como entender o voto em Bolsonaro O artigo sobre os principais fatores de motivação do voto em Lula suscitou questionamentos sobre os motivos que sustentam o voto em Bolsonaro. Enquanto Lula tem dois motivadores de votos (entre os simpatizantes do PT e os beneficiários de programas sociais), Bolsonaro ocupa espaço entre os eleitores que se sentem abandonados pelo Estado. São eleitores que já sofreram alguma mazela pessoal e não confiam mais no discurso do político tradicional: querem alguém que efetivamente os representem: a) Os indignados com a corrupção = Eleitores que intencionam votar em Bolsonaro pelo princípio da ética, afirmam que Bolsonaro é verdadeiro, espontâneo: diz o que pensa, o que precisa ser dito. Dentre estes eleitores se destacam jovens que acreditam e até idolatram Bolsonaro. É como se Bolsonaro representasse a angústia reprimida, a indignação perante a falta de princípios que se expressam nas práticas do jeitinho brasileiro. b) Os que se sentem inseguros = Esta parcela de eleitores de Bolsonaro teme a situação do país, se preocupa com o aumento dos índices de criminalidade (em especial os associados ao crime organizado) e acredita que Bolsonaro não estaria comprometido com conchavos políticos e corporações, tendo condições de enfrentar os principais dilemas que atingem a sociedade na área da segurança pública. Na percepção destes eleitores Bolsonaro é um político de coragem e, portanto, tem condições de liderar. c) Os que almejam pelo discurso da maioria = Se constituem por eleitores que não se sentem inclusos nos discursos de minorias e acreditam que há um vazio na defesa do conceito de família, no conceito de trabalhador, na defesa das pessoas de bem. Estes eleitores que não se interessam por política e que não tem ideologia, tem apenas um sentimento de falta de identidade. Nesta lógica entra o voto nacionalista, seguindo a tendência da eleição de Trump. É um raciocínio que pode crescer durante o processo eleitoral e se a agregar temas como ética e segurança pública. d) Os que argumentam com critérios políticos = Caracterizam-se como o menor e mais marcante grupo de eleitores de Bolsonaro. São eleitores conservadores e que, declaradamente, tem consciência política de sua opção. São eleitores com tendência à direita, alguns defendem a ditadura ou até mesmo raciocínios homofóbicos ou racistas. São os eleitores mais radicais de Bolsonaro e vão se manifestar se a onda Bolsonaro se tornar um tsunami. Para uma grande parcela do eleitorado é difícil compreender a intenção de voto em Lula e em Bolsonaro e esta grande parcela poderá ser responsável pela decisão eleitoral no Brasil, desde que saia de sua apatia social.

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Lauro Barcellos também é diretor do Museu da Cidade

Em dezembro o oceanólogo Lauro Barcellos, que dirige o complexo de Museus da Universidade do Rio Grande (Oceanográfico, Ecomuseu da Ilha da Pólvora, Náutico e Antártico), assumiu mais uma função: a de diretor do Museu da Cidade do Rio Grande, que pertence à Fundação Cidade do Rio Grande, e abrange as coleções histórica e a de arte sacra, sendo que esta última situa-se na Capela São Francisco de Assis (fundos da Catedral de São Pedro). O Museu da Cidade possui um acervo de oito mil peças e situa-se no prédio da Alfândega, cujas dependências foram cedidas pela Receita Federal, com entrada pela rua Riachuelo. São expostos documentos textuais, fotos e objetos que mostram a história do Rio Grande. Já o acervo do Museu de Arte Sacra, na rua Marechal Floriano, conta com duas mil peças. Ambos abrem suas portas de terças a sextas-feiras das 9h às 17h, sem fechar ao meio-dia, e aos sábados das 10h às 16h. O ingresso tem o preço único de R$ 5 para as duas coleções (os dois museus), sendo que idosos, estudantes e professores de escolas públicas não pagam. Lauro Barcellos destaca os integrantes de sua equipe para administração do Museu da Cidade do Rio Grande: Jordana Jordão, Christiano Terra, Alice Silva da Cunha, Legis Furtado, bem como a secretária executiva da Fundação Cidade do Rio Grande, Danielle Manczak, e a historiadora colaboradora Olívia Nery. Como o senhor encontrou o Museu da Cidade? Extremamente organizado, com toda a documentação correta, uma equipe já muito preparada, treinada, qualificada e, obviamente, reconheço o trabalho que a ex-diretora (Marisa Beal) realizou. A Fundação Cidade do Rio Grande, através do presidente do conselho, Henrique José Vieira da Fonseca, e da própria presidente da Fundação, Elizabeth Tellechea, me confiou essa missão a qual desenvolvo em caráter voluntário. Vamos preservar, salvaguardar a história do Rio Grande para as futuras gerações. Somos passageiros e precisamos deixar um legado para as futuras gerações. Quais seus projetos para o Museu da Cidade? O Museu ampliará a sua área de

comunicação e diálogo com a comunidade, já que pertence ao povo do Rio Grande. Percebe-se essa condição nas suas exposições, seu rico acervo e agora, com uma proposta de popularização da história de nossa terra. Estamos também atuando na parte pedagógica do Museu, envolvendo escolas e todos os órgãos de comunicação, que são muito bem vindos e conhecem muito bem meu estilo de administrar as instituições museológicas, já que faço isso há mais de 40 anos. Nas datas comemorativas de fatos importantes que aconteceram vamos fazer uma ação muito forte com os professores das escolas. Trazer eles que são multiplicadores. Vamos trabalhar as redes sociais com página no Facebook. Para cada data queremos apresentar uma programação diferente para atrair o público e convido toda a comunidade para que venha visitar o museu. Na comparação com o Museu Oceanográfico, é mais difícil atrair público para o Museu da Cidade? O Museu Oceanográfico recebe 40 mil visitantes por ano e o da Cidade registrou apenas 2.500 pessoas em 2017. O Museu Oceanográfico já está consolidado como um dos principais pontos de atração turística da cidade e a presença de um boto ou de um pinguim também atrai as pessoas. Vamos aumentar a divulgação do Museu da Cidade. O senhor pretende criar novos horários para abertura dos museus, como no domingo? A princípio eles funcionarão no horário normal. Temos também precauções com a segurança. Dia 7 de março assaltaram o Museu Náutico, que localiza-se a poucos metros daqui, no Porto Velho.A segurança na região do porto é muito precária e vamos reivindicar melhorias neste aspecto. A ideia é popularizar o Museu da Cidade? Isto. Estabelecendo uma comunhão geral com a comunidade. A Fundação Cidade do Rio Grande desde sua origem sempre tratou com grande responsabilidade os

assuntos relativos ao bem estar do povo do Rio Grande. Rio Grande está bem servida de museus? A Cidade do Rio Grande possui um dos maiores conjuntos de museus de diferentes tipologias do Brasil. E essa tradição começou em 8 de setembro de 1953 com a fundação do Museu Oceanográfico pelo memorável professor Eliezer Rios e, posteriormente, por um apoio decisivo do Dr. Francisco Martins Bastos, que deu o grande salto de desenvolvimento do Museu Oceanográfico, quando a Fundação construiu a nova sede, em 8 de setembro de 1973. Nossos museus podem contribuir para o desenvolvimento do turismo no município? O conjunto de museus existente se constitui referência cultural, turística, histórica e ecológica desta região. Por conta desses museus é que temos expressivo fluxo de turistas que

vem especificamente para conhecê-los. Somos muito gratos a todas as instituições, empresas e pessoas que ajudam e aprovam os museus de di-

ferentes formas e maneiras e estes museus existem desta maneira, exatamente por conta de uma vontade coletiva.


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Fatos e coisas do Rio Grande

Corredor do Bolaxa poderá ser alternativa para trânsito de caminhões no D.I.

Antonio Pereira de Moraes Poucos conhecem Antonio Pereira de Moraes, 65 anos, pelo nome. Mas a situação muda quando se fala no “Toni” do Bar Minuano. O estabelecimento é um dos mais tradicionais da cidade e acaba de se transferir do cruzamento da Silva Paes com Zalony para poucos metros da esquina, na Zalony, 215. Na verdade, em 1999 Toni passou o bar para seu irmão João Batista Moraes, hoje comerciante em São José do Norte, que seis anos após passou o negócio para o sobrinho André, atual responsável pelo Minuano. Toni montou um snooker na rua Zalony, aonde seu sobrinho agora se instalou na parte térrea, e já contabiliza 35 anos de comércio. À nossa coluna o comerciante presta um interessante depoimento sobre a história de seu bar e faz um comparativo entre o movimento no passado e atualmente. É uma forma de homenagearmos os demais proprietários de bares que movimentaram a cidade no passado e também aos atuais, que vêem a clientela cair devido à Lei Seca e, principalmente, por causa da criminalidade. “Nasci em Sombrio (SC) e vim com cinco anos de idade para São José do Norte. Não demorou e minha família foi para Torres, mas quatro anos depois retornamos a São José do Norte, onde era agricultor, comprava e vendia cebola. Em 1982 minha sogra comprou o bar de Ivany Cozza. Antes, o Minuano pertenceu a um comerciante de nome João. Era um antigo armazém, que botava mercadorias de saco nas portas, desde 1970. Eu tinha 30 anos quando vim trabalhar com minha sogra. Naquela época o movimento era grande, dava para ganhar dinheiro. A máquina de frangos assava de 8 a 10 unidades por dia. Nós criamos um tempero diferente para o frango, que meu sobrinho usa até hoje e tem gente que só compra frango aqui. O bar servia almoço, aperitivo, carne de porco assada, almôndega, pastel e todo tipo de lanche, inclusive baurú. À noite vendia mais aperitivo, almôndega e pescocinho de galinha. A partir das 17 horas, até a meia-noite (nós íamos até uma ou duas horas da manhã) a casa ficava cheia, principalmente de trabalhadores da área portuária, como estivadores, arrumadores, portuários e outros. Os cabarés também nos davam movimento, porque as pessoas primeiro faziam um lanche no bar para depois saírem. Se virasse a noite tinha freguês a noite toda. Se andava tranquilo na rua, sem violência. Esse movimento não era apenas no Minuano, mas tinha o bar do Bira, do Serginho, do Grande (todos à volta do Foro), do Beledon (Silva Paes com Netto) e do Nelson (frente ao antigo hotel Charrua, hoje Atlântico). O restaurante Tamandaré (General Netto) tinha outro nível. As confeitarias Hollywood e Guarany eram outro padrão e concorriam com a Dalila. Todos os comerciantes ganharam dinheiro na época. Meu bar também era o ponto de encontro da imprensa. O pessoal da rádio Riograndina e do Correio do Povo almoçava comigo. Vinha o Jonas Cardoso, Marcos Resende, Nilo Dias, Moacir Rodrigues, Célio Soares, também o pessoal da rádio Minuano, como o “Tachinha”. Chegavam a fazer notícias para o Correio do Povo e Zero Hora do balcão do bar. O Nilo saia do bar para fazer o comentário na televisão. É claro que esse pessoal também proporcionou histórias engraçadas, como a do Nilo Dias querendo dar banho no gato na calçada da Silva Paes, em dia de chuva. Outros dois querendo brigar por causa da irmã de um deles. Eles promoviam torneio de dominó da imprensa. De vez em quando saíam discussões, mas depois tudo ficava bem. Com o andar da carruagem, com a evolução dos tempos, as coisas começaram a mudar. A própria estiva mudou. O ganha pão do pessoal começou a diminuir. Teve as demissões no porto com o PDV. E aqueles tempos não voltam mais. Hoje a frequência do bar tradicional está diminuindo. As pessoas estão mais na internet e tem o medo da violência. Eu larguei o bar para dar oportunidade ao meu irmão e montei uma casa de snooker, porque sempre gostei de jogar e já fazem 20 anos que estou nessa atividade, com clientes que vem todos os dias, desde que abri. Mas o Bar Minuano, dirigido pelo meu sobrinho André e sua esposa Adriana, segue mantendo a tradição da família com o atendimento qualificado que os clientes conhecem. É preciso ter o dom para trabalhar em bar. Ter paciência, calma, muita tranquilidade e ficar atento à clientela, que tem de ser bem atendida. São pessoas que vem ao bar para descarregar, desabafar. Dá para escrever um livro de histórias de bar. Aqui a gente conhece até problemas de famílias, conjugais. O bar serve para tudo isso aí. Se discute futebol, se brinca. O bar faz parte do dia a dia das pessoas. Por isso os boêmios viviam de bar em bar”.

Iniciativa melhorará o trânsito na entrada do Tecon O trânsito intenso na avenida Maximiano da Fonseca (antiga avenida Portuária, no Distrito Industrial), que abrange a área portuária e o D.I., há muito tempo preocupa os que necessitam utilizar aquela rodovia. Tanto que há um bom tempo os empresários da Barra pleiteiam a duplicação do chamado lote 4 da BR-392, cujo percurso vai desde o Trevo até a avenida Honório Bicalho. Pessoas ligadas ao DNIT já informaram que a duplicação não sai antes de cinco anos. Então, a solução é buscar alternativas para minimizar os conflitos. Um deles está sendo debatido na Superintendência do Porto (SUPRG) e no Conselho de Autoridade Portuária

(CAP). A intenção é que os caminhões que saem ou vão para o Tecon tenham como evitar a passagem pelo sempre conturbado trevo da Termasa/Tergrasa e o trecho da Maximiano da Fonseca entre a Via 1 e o Tecon. O presidente do Sindicato dos Camioneiros (Sindicam), Giovani Simões de Sá, informa que a alternativa é a utilização da estrada que passa na empresa Martini Meat, o antigo Corredor do Bolaxa. Para isso, o Sindicam está pagando o trabalho de topografia da estrada, que é de areia. A Prefeitura irá fazer o projeto e foi montado um Grupo de Trabalho no CAP para pleitear, junto ao Governo Federal, a colocação dos 1.200 metros

Cootracam na Intermodal

A Cooperativa dos Transportadores Autônomos Rodoviários de Cargas do Rio Grande (Cootracam) foi convidada a participar do estande da Superintendência do Porto na Intermodal, que aconteceu de 13 a 15 de março na Expo Imigrantes, em São Paulo. Representando a Cootracam estiveram presentes o presidente Giovani Simões de Sá; o diretor financeiro Gregori Rios; o diretor operacional Flávio da Rosa e a supervisora em logística, Luciana Miranda, que recepcionaram os clientes e divulgaram o trabalho realizado pela cooperativa no porto do Rio Grande..

de asfalto necessários. “Este é um trabalho feito há muitas mãos e, certamente, a iniciativa irá aliviar o intenso fluxo de veículos. Considera-

mos essa obra imprescindível para a logística do porto, da mesma forma que defendemos a duplicação do lote 4”, explica Giovani de Sá.



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Emprego com perspectiva de novos horizontes O Grupo Guanabara, que atua nos ramos de supermercados (lojas no Rio Grande, Pelotas e São Lourenço do sul), hotelaria, pecuária e ainda possui o Shopping Barracão, emprega 2.300 funcionários. Desses, 2.150 trabalham no segmento de supermercados. As empresas não param de crescer e o foco não é apenas em novos empreendimentos, mas existe uma política dentro do Grupo de qualificar os funcionários e possibilitar a eles oportunidades de ascensão. A iniciativa tem melhorado o rendimento dos colaboradores nas empresas, que sentem-se mais motivados e isso se reflete no melhor atendimento aos clientes. O responsável por esse trabalho é o diretor de Recursos Humanos e Relações Institucionais, Renato Silveira, que destaca a dedicação de sua equipe para atingir resultados positivos, como o fato de 70% dos gerentes dos supermercados terem sido formados internamente. Muitos dos que ascendem a cargos melhores entraram como empacotadores, auxiliares de supermercado ou através do programa Jovem Aprendiz. “O Guanabara dá possibilidade de ascensão na carreira a diversos cargos”, salienta Silveira, que explica: “Temos um programa de treinée onde os trabalhadores recebem formação de gestores, especialmente gerentes de lojas e supervisores. Identificamos os potenciais e desenvolvemos um plano de formação dessa pessoa, onde ela passa por todos os setores buscando conheci-

mento teórico/prático, acompanhado de uma formação superior. Se não tem ensino começa a estudar. Hoje temos cinco gestores fazendo formação superior. E dentro do programa de treinee, temos três em processo de formação”. O coordenador de RH do Supermercado Guanabara, Gustavo Leivas, ressalta: “Todo funcionário, antes de assinar o contrato, passa por um treinamento de integração que, na parte da manhã, trabalha na parte institucional (“conhece a história, filosofia da empresa e o jeito Guanabara de atender”), e à tarde foca em segurança do trabalho. Depois é encaminhado para a loja, quando participa de treinamentos específicos do setor. O treinamento é dado pelos colaboradores, que tornam-se multiplicadores”. O diretor de RH e Relações Institucionais, Renato Silveira, observa que existem várias histórias de colaboradores aproveitados na empresa “que emocionam” e faz questão de dizer: - Existem muitas coisas que mudamos, mas tem outras que fazem parte do DNA da empresa e não queremos mudar. É o que está na cultura da empresa, dentre elas o tratamento com as pessoas. Nossos colaboradores representam a empresa nas relações com os clientes e merecem nosso carinho e atenção. São raras as empresas preocupadas com os clientes e colaboradores ao mesmo tempo e isso é muito forte no Guanabara”.

Muito chão para crescer

Marco Antonio do Couto Pinto Em 1995 Marco Antonio do Couto Pinto, 47 anos, entrou na loja do Cassino como auxiliar de supermercado, depois fiscal de frente de caixa. Na função de encarregado da frente do caixa, atuou na loja do Trevo, passando a ser encarregado de loja (é o encarregado da mercearia) e retornou ao Cassino nessa função. O atual gerente da loja da Osório (frente à Santa Casa) prossegue: “Por volta de 2002, com a chegada do seu Renato (Silveira) a empresa nos propiciou cursos, palestras, estudo, programas de treinamento. Fui um dos multiplicadores internos e o desenvolvimento profissional me levou a um estágio na gerência em 2006. No ano seguinte

fui efetivado na gerência da loja da Osório. Fui para outras lojas e novamente estou aqui”. Marco Antonio Pinto diz que a política de recursos humanos do Guanabara “foi determinante para o meu desenvolvimento profissional e de vários colaboradores. Isso vai ao encontro do pensamento da empresa: o desenvolvimento dos colaboradores leva a uma excelência em atendimento e em organização de lojas. Essa inclusão que a empresa faz desenvolve os valores internos. Sempre digo aos novos funcionários que a empresa não quer apenas o contrato, mas que o funcionário fique, se desenvolva e se transforme num futuro líder. Aqui tem muito chão para crescer”.

Gustavo Leivas, Renato Silveira, Vanisie Ferreira e Elizandra Fonte

Case do programa Jovem Aprendiz Muitos dos que trabalham no Guanabara são oriundos do Jovem Aprendiz, implantado pelo governo Federal que, através do Senac, prepara jovens dos 14 aos 24 anos para o mercado de trabalho. O programa também abre vagas para pessoas portadoras de deficiência e a empresa já deu oportunidade a mais de 150 pessoas nessa condição. A primeira turma de aprendizes de portadores de deficiência do Senac foi formada em 2015/16 em parceria com o Supermercados Guanabara. O trabalho de inclusão chegou a ser case de um foro promovido pelo Ministério do Trabalho e Prefeitura. A psicóloga Vanisie Ferreira, supervisora de Recrutamento e Seleção, e a também psicóloga, analista de RH, Elizandra Fontes, conta que o resultado “surpreendeu. O Senac firmou a parceria conosco e juntos fizemos o processo seletivo. Tivemos que verificar o tipo de deficiência e todas as questões médicas envolvidas. Depois fizemos um trabalho com gerentes e encarregados falando sobre o tipo de deficiência, a medicação e o tipo de comportamento previsto no dia a

...NOSSO PAPEL NÃO É SÓ CUMPRIR A COTA, MAS MELHORAR AS CONDIÇÕES DESSAS PESSOAS

independência que conquistaram e a melhora que tiveram com o trabalho. Alguns pais achavam que seus filhos não tinham condições de realizarem atividades e aqui eles se superaram, pegavam ônibus, eram mais determinados”.

CONQUISTA IMPORTANTE Aline, empacotadora na loja do Cassino, foi uma das que entrou no Guanabara através do programa. Antes disso a família não acreditava que ela poderia conseguir um RENATO SILVEIRA, emprego devido a sua deficiência, Diretor de RH e mas ela correu atrás e quando disRelações Institucionais se que iria trabalhar no supermercado a mãe, orgulhosa, quis até fazer uma faixa de saudação, como se ela tivesse passado no vestibular. dia do trabalho. Fizemos a contra- Uma homenagem merecida para tação e a integração deles junto às quem mostrou que não há limitalojas, com apoio do CAPS e, quando ção quando se tem confiança e percomeçaram a trabalhar, foi gratifi- severança para atingir um objetivo. “As empresas a partir de um cante. Cada pessoa com deficiência tinha um funcionário como padri- determinado número de funcionánho, que ficava responsável por ele rios tem de ter um percentual de na loja. Vimos pessoas chegarem vagas destinados aos aprendizes envergonhadas, os familiares com e pessoas com deficiência. Nosso mais receio que a pessoa que ia papel não é só cumprir a cota, mas trabalhar, e todo mundo se surpre- melhorar as condições dessas pesendeu, inclusive nós. Verificamos a soas”, ressalta Renato Silveira.

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ENTREVISTA: PREFEITO ALEXANDRE LINDENMEYER:

“Luta pelo Polo Naval vai continuar. Precisamos que não haja uma acomodação” Dia 27 de março o “Sul RS” foi recebido pelo prefeito Alexandre Lindenmeyer, em seu gabinete, quando tivemos a oportunidade de fazer uma breve e interessante entrevista com o Chefe do Executivo, que publicamos a seguir:

O Polo Naval acabou? Acabou não. Ao contrário de alguns que tem defendido que é coisa do passado, é inadmissível que com todas as estruturas construídas no Rio Grande e São José do Norte, com a mão de obra qualificada que temos disponível e com a demanda de embarcações para cabotagem, para a Marinha do Brasil, que não encontrem outras oportunidades para o desenvolvimento da indústria naval. Afirmo que nossa luta vai continuar e, não por acaso, hoje (26 de março) participamos de audiência pública na Câmara Municipal de Pelotas sobre o tema e terça-feira (27) tivemos reunião na Associação dos Municípios da Zona Sul (Azonasul), onde um dos temas foi a indústria naval, por minha solicitação, por-

que não é indústria do Rio Grande ou São José do Norte, mas do Rio Grande do Sul. Precisamos que não haja simplesmente uma acomodação, porque algumas figuras disseram que o Polo Naval acabou. Se tivesse escutado essas vozes há dois anos atrás teria terminado o estaleiro da QGI, mas conquistamos os quatro módulos da P-75 e P-77, que geraram 1.500 empregos diretos e uma folha mensal de três milhões de reais, fruto da luta, da mobilização de vários atores. Brigamos e conquistamos a construção desses módulos no Rio Grande, que acabaram sendo levados para a China e a indústria brasileira de bens vendeu muita coisa para essas plataformas. Temos estaleiros classe A, que estão com manutenção. Com certeza eles também acreditam que chegarão novas encomendas. Temos de resolver, ainda, o problema da recuperação judicial da Ecovix. Parece que o governo brasileiro não tem interesse que haja o acordo de credores. Na última reunião dos credores quem embaraçou o acordo foi a Funcef, o fundo de previdência da Caixa Federal. Todos os credores haviam chegado a um denominador para que o ERG 1 e ERG 2 pudessem buscar

novos contratos. E ainda acho que se buscará alternativa para concluir a P-71, que está lá dentro. Esses dias o presidente do Simers lamentou que o governo concedeu uma renúncia de R$ 1 trilhão em impostos, em benefício das empresas estrangeiras que atuam junto à Petrobras, valor que equivale a sete anos do orçamento da Saúde no país. Como está o andamento do projeto de regaseificação? Sou otimista com o tema, principalmente quando a Exxon Mobil se apresenta com intenção de investir no projeto, como aconteceu dia 7 de março junto à Aneel. Ao mesmo tempo, na sequência, recebo a visita da Consul dos Estados Unidos no Rio Grande do Sul. Simultaneamente, a Sulgás começa a fazer projeto para implantação de gás no Rio Grande. Se a Exxon, segunda maior gigante em petróleo e gás do mundo, enxerga Rio Grande como oportunidade, acredito que vai haver a renovação da outorga, que foi suspensa, pela liquidez da empreendedora. E ainda considerando que existe probabilidade do surgimento, em nosso município, de um centro logístico chinês, que pode ser estratégico na logística industrial. O senhor apostou muito na energia eólica. Como está o setor? Não apenas energia eólica, mas todas as energias renováveis. Para ter uma ideia da importância desses investimentos, a energia eólica incrementou o orçamento do Chuí em R$ 16 milhões ano passado. Em

Santa Vitória do Palmar o ICMS tamos com infovia em toda a peníncresceu 40%. Foram mais R$ 40 mi- sula e vai nos permitir um salto de lhões arrecadados. Olha o quanto qualidade na gestão pela integraé importante a energia limpa. Em ção das Unidades Básicas de Saúde nosso município temos projetos já (UBS), das escolas, wi-fi nas praças implantados, gerando energia. Exis- e melhor estrutura de dados. Uma tem três projetos da CEEE, que pro- das pautas principais refere-se à havavelmente o Governo do Estado vai bitação. Acabamos de lançar mais colocar à venda e acredito que terá quatro empreendimentos na cidade, interessado, (a linha de transmissão totalizando cerca de 1.600 unidado Povo Novo está ao lado). Estamos des habitacionais, fora as 2.500 em apresentando proposta de financia- construção, dando um salto de quamento para implantar a primeira lidade na moradia popular, faixas 1, usina de energia fotovoltaica do mu- um e meio e dois. Além disso temos nossos projetos nicípio para abasde infraestrututecer toda a rede ra: a conclusão municipal de endas obras em sino e com capacicurso, retomada dade de expansão. de algumas, paO investimento se paga de 6 a 7 anos “TEM MUITA COISA radas por falta de financiamento e e a vida útil dessa BOA QUE ESTÁ SENDO que aguardamos usina é de 25 a 30 anos. Já implantaFEITA” os repasses federais. O que está mos energia solar em duas escolas ALEXANDRE LINDENMEYER em curso hoje do município: a Prefeito são as obras de macrodrenagem Débora Sayão, no em nove ruas já Bolaxa, e a Eliezer licitadas (dentre Carvalho Rios, no elas a Dr. NasciABC IX. mento, Vice-Almirante Abreu, João Como se encontra a situação Alfredo e Andradas). Temos dez escolas em construção. Também esfinanceira da Prefeitura? Austera, com um controle abso- tão sendo construídas três quadras luto, porque com a queda da arre- poliesportivas. Ainda falta a conscadação, por conta da mudança na trução das duas UPAs (Unidades de política industrial, temos uma folha Pronto Atendimento), recuperação vegetativa, que cresce independente do Posto 4, do Clube Caixeiral, do de qualquer coisa. Temos comba- Centro Municipal de Cultura e do tido a sonegação, incrementado a ginásio da praça Saraiva, que são fiscalização e buscamos recursos dívidas para com a comunidade e de emendas parlamentares, através precisamos carrear recursos para de projetos, para superar esse mo- mais infraestrutura no bairro Getúmento de crise econômica que vive o lio Vargas, como obras de pavimenpaís, todos os estados e municípios. tação e drenagem. Naquele bairro O orçamento do município é de R$ inauguramos a Estratégia de Saúde 730 milhões (incluído o da Câmara da Família (ESF), que atende os moMunicipal), sendo que o orçamento radores de porta em porta. Na área próprio da Prefeitura fica em torno de Assistência Social temos cobertura plena de toda a saúde pelo CRAS de R$ 630 milhões. (Centro de Referência e Assistência Quais os principais projetos Social). Tem muita coisa boa que está sendo feita também na Cultura de seu governo para este ano? O Cidade Digital é um deles. Es- e em várias outras áreas.


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Artigo

A responsabilidade dos sócios por obrigações tributárias da empresa Por Andrês Uliana Posser, Advogado do MZ Advocacia. É extenso o debate sobre a possibilidade de responsabilização dos sócios por obrigações concernentes à empresa (pessoa jurídica), principalmente no âmbito do Direito Tributário. Mas, para que a responsabilização dos sócios ocorra, via de regra, é necessário que determinados requisitos definidos em lei sejam observados. Sumariamente, exige-se a ocorrência de uma atuação com excesso de poder ou eivada por fraude. Do contrário, estaríamos então diante de uma desvirtuação da natureza jurídica do instituto. Nesta senda, o artigo 135, inciso III, do Código Tributário Nacional, prevê a possibilidade de responsabilização pessoal dos diretores, gerentes, ou representantes das pessoas jurídicas de direito privado quando estes agirem com excesso de poder ou infração à lei, contrato social ou estatutos, dando origem a crédito tributário em favor do Fisco. A esta altura, relembramos que a má-fé e a fraude não são presumíveis, mas sim circunstâncias passíveis de comprovação por parte do Fisco. Inclusive, seria mais apropriado que a presunção de idoneidade prevalecesse, até mesmo em respeito ao princípio da presunção da inocência elencado em nossa Constituição Federal de 1988. Em uma ligeira atenuação à presunção de veracidade que resguarda os atos administrativos, parece-nos mais adequada a hipótese de se exigir do Fisco uma efetiva comprovação da ocorrência de fraude ou da existência de atos tomados com excesso de poder pelos sócios da empresa, mediante prova robusta e idônea. De todo modo, é de se notar que o simples não pagamento de uma obrigação tributária pela empresa não teria o condão de gerar a responsabilidade do sócio. Neste sentido, inclusive, veio a calhar o entendimento consolidado pelo do Superior Tribunal de Justiça (STJ) através da sua Súmula n° 430, ao definir que o inadimplemento de obrigação tributária pela sociedade não gera, isoladamente, a responsabilidade dos seus gestores. Por outro lado, não podemos dizer o mesmo com relação à Súmula n° 435 do STJ, ao passo que o entendimento jurisprudencial consolidado nesta outra Súmula faz com que se presuma, como se dissolvida irregularmente a empresa que deixar de funcionar no seu domicílio fiscal, sem comunicação aos órgãos competentes, legitimando o redirecionamento da execução fiscal para os sócios. Neste cenário, pode até parecer que a Súmula n° 435 do STJ estaria extrapolando um propósito interpretativo da norma, a ponto de criar uma nova espécie de responsabilidade tributária. Porém, a responsabilidade tributária é um ponto que deve ser disciplinado exclusivamente por lei complementar, como bem determina o artigo 146, inciso III, “b”, da Constituição Federal de 1988. E por mais que o artigo 128 do Código Tributário Nacional registre a possibilidade do legislador ordinário estabelecer outras hipóteses de responsabilidade tributária, ressaltamos que esta possibilidade é adstrita ao legislador, e nunca ao Poder Judiciário. Além disso, é válida a reflexão de que, na prática, é quase impossível se formalizar a dissolução de uma empresa com débitos perante o Fisco. Admitir-se, portanto, uma aplicação indiscriminada da Súmula n° 435 do STJ poderia representar até mesmo uma afronta ao disposto na Súmula n° 430 do mesmo Tribunal. Diante da hipótese de inversão das presunções (pois ao invés de se presumir a regularidade passa-se a presumir a irregularidade), por se tratar de uma presunção relativa ilidida a partir de prova em sentido contrário, antes de ocorrer a responsabilização do sócio por obrigações tributárias da empresa, não só no que toca à situação prevista na Súmula n° 435 do STJ, mas também quanto às demais situações em que pode ocorrer a responsabilização, é de salutar importância que se observem os princípios constitucionais do contraditório, devido processo legal e da ampla defesa, de modo a não resultarem mitigados os direitos fundamentais do contribuinte. Por fim, em que pese a origem pretoriana da teoria da desconsideração da personalidade jurídica, o fato é que o Novo Código de Processo Civil passou a regrá-la como um procedimento específico, com a necessidade de ampla dilação probatória. Parece-nos mais apropriado, então, que o redirecionamento de obrigações tributárias deva guardar deferência à norma processual, até mesmo para se apurar a conduta do sócio da empresa, bem como se verificar eventual irregularidade nas suas condutas gerenciais.

Secos e molhados Carvão Refri, Água Doces em geral Bairro Navegantes Agradecemos a preferência!

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Sesc fez a alegria dos veranistas neste verão

Márcio Gouveia, Sub-gerente do SESC em Rio Grande O Serviço Social do Comércio vem apresentando uma extensa programação para o lazer dos veranistas em todo o litoral gaúcho. Mais uma vez, as atividades proporcionadas por aquela entidade foram uma das atrações do Cassino no Veraneio 2018.

“Este foi o melhor verão que a gente teve. Conseguimos proporcionar uma programação mais rica e, consequentemente, tivemos mais público participando”, comemorou o sub-gerente do SESC no município, Márcio Gouveia.

A programação Verão SESC foi desenvolvida na avenida Atlântica, de dezembro a fevereiro, com atividades de ginástica, massagem, recreação infantil, brinquedos infláveis, aulas de treinamento funcional e Roller Dance, sendo este último realizado no Partage Shopping. Alguns dos eventos realizados: 1º Adventure Beach Cassino, Noite da Palhaçada, Projeto Recrearte (Av. Rio Grande), show do Garotos da Rua na Feira do Livro da Furg, Cassino Dreams Day (campeonato de Skate, música), Circuito SESC de Esportes, Festival de Pipas e Escultura na Areia, passeio ciclístico, Copa Estação Verão de Taekwondo e 3ª Rústica dos Advogados. O SESC Música apresentou aos veranistas na avenida Rio Grande vários shows, nos meses de janeiro e fevereiro, como Comunidade Nin-Jitsu, Chimarruts, Tonho Croco (vocalista da banda Ultraman) e César de Oliveira e Rogério Melo. Os eventos do SESC foram realizados em parceria com a Prefeitura e patrocínio da Superintendência do Porto (SUPRG), Vetorial Net, Tri Legal e Partage Shopping.

Senac terá cursos nas áreas de gastronomia e beleza Tiago Radmann, de Pelotas, é o diretor do Senac Rio Grande desde 1º de dezembro, em substituição à Márcia Eslabão e assume com muitos projetos. Ele destaca que a instituição está há 71 anos no município e foi uma das primeiras a ser instalada no estado. “Temos como missão educar as pessoas para o mercado de trabalho em nosso setor, que é o comércio, serviços e turismo. A primeira coisa é manter a qualidade que já temos, os cursos que oferecemos e acrescentar uma pitada de renovação. Aproximar cada vez mais o Senac da comunidade. Inclusive podemos ir para dentro das empresas fazer capacitação”. O Senac Rio Grande também abrange São José do Norte, Santa Vitória do Palmar e Chuí e, entre os planos de Radmann, está a mudança para um prédio maior ou ampliação do atual: “um desafio é melhorar nossa estrutura atual. Torná-la mais moderna”. Com relação à aproximação do Senac com a comunidade, Tiago Radmann adianta: “Precisamos estar em inovação constante e queremos atuar na área da beleza com cursos para cabeleireiro, manicure, pedicure, depilador, barbeiro, maquiador e que tem demanda muito grande. Vemos o emprego formal cada vez mais complicado e temos de pensar nisso também.Queremos reforçar cursos na área de gastronomia, como cozi-

Tiago Radmann, diretor do Senac Rio Grande nheiro, padeiro, confeiteiro. Nesta área temos alguns cursos, mas pretendemos que eles sejam mais profissionalizantes”. O gerente do Senac prevê que as novidades estarão sendo implantadas no segundo semestre deste ano.

JOVEM APRENDIZ O Senac Rio Grande tem como foco principal os cursos técnicos, principalmente os de enfermagem, técnico em segurança do trabalho e técnico em administração. Mas cabe destacar o programa Jovem Aprendiz, que hoje conta com 300

jovens vinculados à empresas do comércio (supermercados, postos de combustíveis, farmácias e comércio em geral acima de sete funcionários) que pagam meio salário mínimo para estudarem e terem a oportunidade de entrar no mercado de trabalho. Eles passam metade do tempo no Senac e a outra metade na própria empresa. O Jovem Aprendiz é aberto ao público em geral na faixa dos 14 aos 24 anos. O interessado deverá estar estudando ou ter concluído o ensino médio. Mais duas turmas iniciaram dias 2 e 3 de abril.


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Faltam mais de 500 tampas de esgoto nas calçadas da área central

CONSTRUTOR! regularidades dessas. Quem afirma isso, e garante que tem como provar através das fotos que tirou, é o portuário aposentado Carlos Wyse. “Não tem uma quadra completa, que não falte uma tampa de esgoto nas calçadas. Tem mais de 500 só na zona central. Do canalete para lá (em direção da Junção) tem muito mais”, afirma ele, que diz olhar pela segurança das pessoas. “Minha preocupação é se cai uma criança, uma idosa ou qualquer tipo de pessoa. Em caso de acidente quem vai ser o responsável? O proprietário, o secretário, a prefeitura? Onde está a fiscalização da Prefeitura?”, indaga ele, que prossegue: - Tenho certeza que estão vendendo essas tampas de ferro para comprar droga. Cabe à Prefeitura fiscalizar e ver para quem estão vendendo.

A Prefeitura pode dar uma incerta e achar. As tampas são de ferro fundido, datadas de 1917/1920. Carlos Wyse diz que viaja muito e garante que “em nenhuma cidade falta tanta tampa de bueiro que nem Rio Grande. Em Pelotas tu andas por umas dez calçadas e não encontra uma faltando. Aqui é o contrário”. Indagado sobre as providências que pretende tomar, o aposentado responde: - Primeiro, sempre aviso as autoridades. Se não tomam providências, procuro a imprensa, senão o Ministério Público, único caminho que se tem para fazer alguma coisa. E gostaria que outras pessoas que andam por nossas calçadas tenham cuidado, olhem mais, principalmente o idoso, porque o tombo pode ser grave.

Tome a decisão certa e junte-se a nós. Carlos Wyse , portuário aposentado Como se não bastasse o mau estado das calçadas do Rio Grande, o descaso dos responsáveis pela manutenção delas ultrapassa os limites do aceitável. Um fato que significa ameaça aos pedestres refere-se à falta de tampas de esgoto. Somente na área central, do canalete da Major Carlos Pinto à rua Almirante Barroso, são mais de 500 ir-

Um sindicato atuante na defesa da construção civil do Rio Grande.

Silva Paes, 266 - 702

(53) 3230-7415

Sinduscon demonstra otimismo com relação à recuperação de nossa economia A diretoria do Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Rio Grande está acreditando que a situação da economia brasileira, e especialmente do setor, deverá melhorar em 2018. Já existem pesquisas que mostram aumento de otimismo no setor industrial, cujo índice está em 60%. Também indicadores de que outras regiões do país apresentam alguma melhora em suas economias. A expectativa é que não demore para que Rio Grande e o estado também sintam esses reflexos positivos. O presidente do Sinduscon Rio Grande, Jefferson de Freitas Lopes, observa que “o nosso mercado continua bem desaquecido, mas a tendência é dos estoques de imóveis à venda baixarem. Rio Grande atingiu patamares altos nos valores de comercialização de imóveis. Agora, o mercado está se acomodando e se adequando à nova realidade”. Sobre o fato dos efeitos positivos da alardeada recuperação econômica serem sentidos no centro do país

Jefferson Lopes e Hugo Santana. e não aqui, Lopes entende que isso se deve à distância com o centro do país. “Rio Grande é a ponta, o final da linha. É natural que seja assim, mas o próprio agronegócio, que vem sustentando a economia brasileira, também se reflete positivamente aqui com a produção das indústrias de fertilizantes e o escoamento da

Comunidade N. Srª. dos Navegantes Rua Isnard Poester Peixoto, 235 - Lar Gaúcho

Cachorrão de Páscoa

6 deàs abril 19h

Valor: R$ 8,00

safra de grãos pelo porto do Rio Grande. Portanto, temos motivos para otimismo e aguardamos ansiosamente pela melhora na economia, porque justamente a construção civil é um dos primeiros setores a sentir seus efeitos positivos e multiplicadora desse crescimento com a geração de empregos”.

Desenvolvimento na construção O diretor administrativo Hugo Santana, concorda com o presidente do Sinduscon: “Estamos atravessando uma transição. Saindo de um período extremamente ruim, que ocorre como consequência da política nacional e também, do fracasso do Polo Naval, que frustrou muita gente e muitos negócios promissores. Agora começa a haver uma acomodação das coisas. As pessoas que entenderam o que aconteceu poderão enxergar possibilidades dentro desse novo quadro pós Polo Naval e dentro desse novo momento. O que se visualiza é otimismo no setor industrial e o impacto positivo da agricultura que, indiretamente, nos beneficia, através das indústrias e dos terminais portuários que trabalham para o setor de grãos e fertilizantes, em nosso município. Com isso, Rio Grande passa a se desenvolver de uma forma mais ordenada e organizada, convivendo com crescimento mais lento, mas mais sólido”. Santana lembra que “a construção civil, é um dos primeiros setores a receber impacto do novo momento da economia. Por isso, já se vê empreendedores desenvolvendo projetos de condomínios e loteamentos em nossa

cidade. Ao mesmo tempo, obras particulares deverão ser erguidas neste mesmo período. Muito embora este ano seja de várias interrupções, com a Copa do Mundo e eleições, mesmo assim teremos um desenvolvimento do setor da construção civil na cidade do Rio Grande”.

TERMELÉTRIA Indagados sobre a existência de projetos que poderiam impulsionar o desenvolvimento do município com mais velocidade, os representantes do Sinduscon entendem que, neste momento, os riograndinos devem focar no que existe . O presidente Jefferson Lopes declara: “O projeto da termelétrica e do terminal de regaseificação é o mais visível no momento. Ele ainda tem chance de prosperar e seria fundamental para o nosso desenvolvimento. Não podemos deixar de lutar por ele, porque, se acontecer, nos dará um retorno muito grande, mas também não podemos ficar parados, esperando que algo caia do céu. Rio Grande sempre ofereceu muitas oportunidades de negócios. Temos de focar no que temos e o que vier a mais será lucro”.


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Novos investimentos no município

A Timac Agro, do Grupo Roullier, anunciou investimentos de R$ 50 milhões nos próximos dois anos no município com a construção de uma nova fábrica e na ampliação das duas unidades já existentes no Distrito Industrial. A nova unidade vai produzir uma linha inovadora e diferenciada de suplementos para nutrição animal e, inicialmente, gerar 150 empregos diretos e indiretos. O governador José Ivo Sartori,

que não se manifestou com a força que deveria para defender os milhares de empregos perdidos no Polo Naval, disse ao Jornal do Comércio, de Porto Alegre, que “essa confirmação representa muito para nós. Além do dinheiro, não podemos esquecer que virão 150 empregos. É o resultado do que temos feito cuidando da casa, adequando as nossas finanças e procurando dar uma agilidade muito forte na atração de investimentos”.

Nova atração do Partage Shopping Rio Grande desafia a coragem dos visitantes Um ambiente cheio de suspense e mistério. Assim define-se a nova atração do Partage Shopping Rio Grande: “Invasão Alien”. O espaço é constituído por um labirinto com inúmeros corredores, os quais afloram sensações e surpresas inesperadas pelo caminho. A atração já passou por mais de 20 shoppings do Brasil e chega, pela primeira vez à Rio Grande, para desafiar novos corajosos. Para enfrentar a “Invasão Alien” e sentir todo o mistério e suspense que seu labirinto guarda são permitidos grupos de até 6 pessoas, que poderão escolher entre as 5 modalidades de labirintos a seguir: CORAGEM – Preparado especialmente para crianças abaixo dos 7 anos, acompanhadas pelo responsável, e de pessoas que não gostam de grandes sustos. PERDIDÃO - Voltado para grupos dispostos a sentirem fortes emoções, acompanhado de luzes, sons e muita perseguição; NOTURNO - Destinado a grupos de jovens corajosos e que tenham muita disposição, pois entram no labirinto com apenas uma lanterna em mão em meio a escuridão para enfrentar o terror de alienígenas; ENCURRALADOS – Nesta modalidade, o grupo ou algumas pessoas poderão ser encurraladas por estranhos seres em alguns trechos do labirinto; BLACKOUT – Para grupos que querem muita emoção em um ambiente

totalmente escuro. Cuidado! Surpresas pelo caminho. A atração ficará aberta ao público até o dia 08 de maio, nos seguintes horários: segunda à sexta-feira, das 14h às 22h; aos sábados, das 12h às 22h; e, aos domingos e feriados, das 12h às 21h. O valor para aventurar-se na “Invasão Alien” é de R$ 15,00.

Serviço: “Invação Alien” Quando: até 08/05/2018 Horário: segunda à sexta-feira, das 14h às 22h; aos sábados, das 12h às 22h e aos domingos e feriados das 12h às 21h Local: loja 120 – Partage Shopping Rio Grande Valor do ingresso: R$ 15,00


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Camarão vai até maio

Nilton Mendes Machado Após alguns anos de frustração na safra do camarão, 2018 está sendo bom para a captura do crustáceo. Tanto que o presidente da Colônia de Pescadores Z-1, Nilton Mendes Machado, acredita que neste ano teremos camarão até 30 de maio, enquanto antes em abril praticamente já não tinha mais. “Tivemos excesso de água doce nos outros anos e dava muito menos camarão, que se concentrava na Mangueira, São Miguel, enquanto este ano tem camarão em São José do Norte, na Z-3 e na Lagoa. Temos camarão na Ilha da Torotama, no Pesqueiro e fazia quatro anos que não dava”, diz ele, que não se diz surpreso: “Está dentro de nossa expec-

tativa”. Apesar da safra, segundo ele a situação para o pescador poderia estar melhor: “Em nosso ponto de vista tem dois fatores fundamentais, que precisam ser tratados: o controle e fiscalização da pesca, porque tem gente que não é pescador e está desde 15 de dezembro capturando o camarão miúdo. As pessoas foram se abastecendo e, quando liberaram a safra, em fevereiro, o preço ficou muito baixo e alguns pescadores não estão conseguindo vender por excesso de camarão. Tem pescador vendendo a quatro, cinco reais o quilo e o comprador dizendo que não precisa mais. Na média o pescador esperava faturar entre 12 e 15 reais por quilo e está ganhando em torno de sete, oito reais. Outra questão é que nossos municípios não tem ainda uma estrutura mínima para atender a demanda de produção. Temos em torno de 800 pescadores no Rio Grande produzindo, pescando e que deveriam ser mais olhados”. Nilton Machado também observa que o nosso pescado e de cidades da região ou sai no registro de uma empresa em São Lourenço do Sul ou vai para Santa Catarina e fica como originário daquele estado. “O que se pesca aqui não aparece e os municípios deixam de ganhar ICMS”, conclui.

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A reconquista do Rio Grande Em 31 de março de 1776 Rio Grande foi retomada pelos portugueses, após 13 de conquista espanhola. Portanto, fazem 242 anos da reconquista e a Miolo Lanches, numa iniciativa elogiável de contar nossa história aos seus clientes, publicou em suas embalagens por um bom tempo (não sei se ainda publica) um texto intitulado “História de Rio Grande”, extraído do site www.paginadogaucho. com.br, com fatos interessantes dessa reconquista, contados por meu pai, que reproduzo a seguir: Local de inúmeras e sangrentas batalhas pela disputa de terras entre portugueses e espanhóis, Rio Grande comemorou seu nascimento duas vezes. Talvez não imaginasse o sargento-mor da armada portuguesa, José da Silva Paes, que a festa organizada por ele na fundação da cidade, em 19 de fevereiro de 1737, se repetiria quase nos mesmos moldes quatro décadas mais tarde. Quando sua esquadra liderada pela galera “Bonita”, onde viajava, aportou na orla de Rio Grande de São Pedro, era dado o primeiro passo na colonização da porção de terra de maior importância estratégica no sul do Brasil. A fundação da primeira vila da Província do Rio Grande do Sul abriu uma porta para o ingresso de tropas militares em qualquer ponto do Estado devido à facilidade oferecida pelo porto marítimo. Nascia a colonização do Rio Grande do Sul. Na faixa de terra localizada ao norte da península e denominada Rio Grande de São Pedro, Silva Paes tratou de mandar construir o primeiro forte em madeira e torrão da região, denominado Jesus-Maria-José. O forte

tinha espaço suficiente para acomodar toda a sua guarnição, composta de 254 homens. O árduo trabalho demorou meses. O terreno era muito arenoso. A madeira precisava ser transportada de muito longe. Rio Grande se firmou no cenário da época. Mas, em 1763, a história mudou. Os espanhóis, insatisfeitos em não dominarem Rio Grande, cujo território achavam lhes pertencer, invadiram e dominaram o município. A guarda portuguesa não suportou a carga desferida pelos soldados espanhóis e fugiu para o outro lado do canal, estabelecendo-se em São José do Norte. A ocupação do Rio Grande pelas forças do exército espanhol durou 13 anos, tempo em que esta terra foi dominada pela Coroa da Espanha. A permanência dos espanhóis não trouxe qualquer benefício ao município. As construções das primeiras residências e prédios pararam. Nada foi feito. Nem um prédio foi erguido. “Deixaram a cidade cair aos pedaços”, diz o jornalista e pesquisador Daoiz de la Rocha. No livro de registros da Igreja de São Pedro, construída em 1756 pelos portugueses – hoje a Catedral de São Pedro, não consta sequer um batizado ou casamento de espanhóis naquela época. “Rio Grande era simplesmente um quartel militar”, afirma de la Rocha.

A seção de passaporte da Delegacia de Polícia Federal (DPF), em nossa cidade, registra grande procura e, devido a isso, só tem agendamento para o mês de junho. Segundo apuramos, a demanda muito grande é, principalmente, de pessoas interessadas em fazer turismo no exterior (cerca de 90%), embora tenha também gente que vai trabalhar no exterior. Para a obtenção do passaporte os interessados devem, primeiramente, acessar o site www.pf.gov.br. Faz o cadastro, o pagamento da taxa e o agendamento na DPF para apresentar os

documentos exigidos, onde é feita a conferência, a coleta digital e a foto. O passaporte é feito na Casa da Moeda do Rio de Janeiro e demora de dez a 15 dias para ser entregue. Ano passado a Delegacia de Polícia Federal, que abrange Rio Grande e São José do Norte, registrou a emissão de dois mil passaportes, aproximadamente. O atendimento acontece de segundas a sextas-feiras, das 9h às 11h e das 14h às 16h. Interessante é que o setor de turismo parece estar “aquecido” nesses tempos de crise.

Procura por passaportes

Henrique da Rosa Peña

Faleceu dia 20 de março, com 90 nos de idade. Natural de Bagé, Henrique Peña veio para Rio Grande ainda jovem, tendo aqui casado e formado família. Era considerado um grande profissional no ramo da contabilidade. Nos anos 60/70 cuidou das finanças do extinto Departamento Estadual de Portos, Rios e Canais (DEPRC), chegando a atuar junto à direção do órgão, que ficava em Porto Alegre. No Rio Grande entrou para a Prefeitura no governo Cid Scarone Vieira, foi secretário da Fazenda nos governos de Rubens Emil Correa e Abel Dourado, tendo se aposentado nos anos 90. Deixa a esposa Zely de la Rocha Peña, com quem era casado há 63 anos, a filha Regina, os netos Tainara, Vinícius e Bibiana, os bisnetos Fernanda e Henrique e grande círculo de amizades.

PORTUGUESES ENCENARAM UMA FESTA E OS ESPANHÓIS AFROUXARAM A GUARDA No outro lado do canal, em São José do Norte, os portugueses arquitetavam uma forma de reconquistar a terra

perdida. O silêncio que reinou durante mais de uma década entre as duas porções de terras separadas por um canal com pouco mais de um quilômetro de largura só foi quebrado graças a um plano ardiloso e meticulosamente arquitetado, colocado em prática na noite de 31 de março de 1776. Soldados portugueses vestidos com trajes de gala soltavam fogos, acendiam fogueiras, dançavam e cantavam. Era o aniversário da rainha de Portugal, Mariana Vitória. Despreocupados, os espanhóis aliviaram a guarda. “Acreditavam que os portugueses não atacariam no outro dia, porque estariam cansados da festa”, revela Daoiz de la Rocha. No entanto tudo não passava de pura encenação. Um plano malicioso do comandante-geral Johann Heinrich Bohm, um alemão contratado pela Corte de Portugal para reconquistar Rio Grande, de importância estratégica para os militares por causa do porto marítimo. O plano foi posto em prática na madrugada do dia 1º de abril. Os soldados portugueses se apossaram dos fortes Santa Barbara e Trindade, dominados pelos castelhanos. O pavor tomou conta do inimigo. Houve violenta batalha, com centenas de baixas de ambos os lados. Percebendo a desvantagem, os soldados espanhóis trataram de fugir para o Uruguai. Estava mantida, para sempre, a soberania do Rio Grande, que comemorou com festa seu novo nascimento.

Paulo Vidal

Dragagem de emergência à espera do Ibama O Grupo de Trabalho formado na Superintendência do Porto do Rio Grande para tratar de uma dragagem de emergência, prevista para antes da safra de soja que inicia em abril, concluiu o estudo, que já deve ter sido encaminhado ao Ibama para a obtenção da licença. Enquanto isso, a FURG continua estudando um novo sítio de descarte exigido por aquele órgão. No caso da dragagem emergencial ser aprovada, o sítio anterior poderá ser utilizado por tratar-se de menos quantidade de lama a ser descartada. Ao invés dos 18 milhões de metros cúbicos de lama, previstos para a dragagem de manutenção esta, em caráter emergencial, prevê a retirada de três milhões de metros cúbicos, considerada suficiente para não atrapalhar a safra de 2018. Segundo o Sul RS apurou, a dragagem de emergência proposta pelo Grupo de Trabalho trará a profundidade do canal para 14,2 metros.

Ex-prefeito Paulo Vidal, que governou Rio Grande em 1990 e marcou sua gestão com o saneamento das finanças municipais, hoje é aposentado do Ministério Público e reside em Porto Alegre há seis anos. Atualmente ele advoga com o filho Matheus na capital e aqui tem uma parceria com a advogada Lílian Machado. Vidal vem frequentemente à sua terra natal e nos comentou sobre o momento de crise econômica sentido no município. “Desde que nasci ouvia meus pais falarem na questão da Swift (grande frigorífico inglês que aqui encerrou suas atividades nos anos 60). Claro que não era um investimento tão grande quanto o Polo Naval (mas gerava muitos empregos e era uma referência de nossa economia). Tivemos a ZPE (Zona de Processamento de Exportação), que não vingou. Achavam que as obras do Superporto seriam permanentes, mas Rio Grande sempre foi uma cidade de altos e baixos, de ciclos”.

Futuro dos estaleiros dependerá das eleições?

Enquanto a Ecovix ainda tenta a recuperação judicial e o EBR conclui a plataforma P-74, segundo apuramos, o estaleiro QGI está hoje com menos de 200 trabalhadores e atuando somente a parte administrativa e de conservação. Os módulos da P-75 e P-77, que foram construídos recentemente aqui, estão na China para serem colocados na plataforma. No segundo semestre eles retornam para o comissionamento, ou seja, a con-

clusão da montagem e os testes. Uma das plataformas virá, aproximadamente, em julho, e a outra lá por novembro, mas não demandarão novas contratações, até porque vem um pessoal com elas. Nossos estaleiros estão buscando alternativas para seguirem em atividade, mas está difícil, “a menos que as próximas eleições mudem o panorama”, conforme observam pessoas ligadas ao setor naval.


SUL RS HÁ 50 ANOS - ABRIL DE 1968 DIA 2 – O sr. José Pessoa de Mello, executor do Projeto de Pesquisas de Pesca na Plataforma do Rio Grande do Sul, chegou a Rio Grande para entregar o barco “Mestre Jerônimo” para servir aos trabalhos do Grupo Especializado de Pesquisa de Pesca, aqui sediado.

DIA 3 – Antonio Carlos Romanelli, funcionário do Departamento Estadual de Portos, Rios e Canais (DEPRC) e acadêmico de Direito, encontrou uma moeda grega que, segundo opinião de numismata, foi cunhada 440 anos A.C. O achado ocorreu nas proximidades dos silos localizados no Porto Novo. Presume-se que a moeda tenha vindo à superfície por ocasião das escavações que foram realizadas quando da construção dos silos.

DIA 4 – Trecho da coluna “Vida em Sociedade”, assinada por Dayton Melo: “Em visita à casa de dona Otília Huch, que foi presidente por três anos do Abrigo de Menores Assis Brasil (posteriormente do Centro Educacional Fraternidade), fomos recebidos por uma senhora que, à primeira vista, se destaca por sua fineza e elegância. À medida que ela começa a falar (deixando mesmo a mais tímida das pessoas completamente à vontade) vamo-nos dando conta de estar na presença de uma pessoa extraordinária, não só elegante e fina, como também culta e simples. Quando relata algum episódio ocorrido no Assis Brasil, nota-se lágrimas que surgem em seus olhos, demonstrando, assim, ser extremamente bondosa. O tempo passou sem que se notasse. Foram momentos agradáveis, nos quais muito se aprendeu. Assim é dona Otília Huch, uma personalidade marcante de quem muito nos orgulhamos de pertencer à nossa sociedade”. DIA 6 – Representando a Câmara de Comércio, os srs. Bolívar Frazão, Helos Velloso e Luiz Torales Leite, representante do Conselho Comunitário, participaram de almoço, a convite da Fiergs, para esclarecer sobre a pretendida criação do porto franco de Rio Grande. Dirimiram dúvidas e retornaram com a impressão de que aquela entidade não tem mais restrições à pretensão local. Mas, para surpresa de todos, uma nota da Fiergs na imprensa de Porto Alegre dava conta que as restrições continuam. A Fiergs está sozinha contra o porto franco de Rio Grande, que não beneficiará somente nossa cidade, mas será elemento importante para a integração continental e o desenvolvimento de uma vasta região de nosso país.

DIA 7 – O Rio Grande empatou com o Grêmio no Estádio das Oliveiras (Buarque de Macedo). O tricolor rio-grandino marcou aos três minutos com Jesus, mas a equipe de Porto Alegre empatou aos 14 minutos com Joãozinho (João Severiano). Após os gols as duas equipes fizeram uma partida muito movimentada, onde destacaram-se os goleiros. O Rio Grande formou com Sartori; Pedro, Mário, Mottini e Marcos; Haroldo e Neca; Roberto, Jesus, Celmar e Leleco. O Grêmio teve Alberto; Everaldo, Paulo Souza, Áureo e Zeca; Cléo e Sérgio Lopes; Joãozinho, Beto, Alcindo e Loivo (Volmir).

DIA 8 – O vereador Paulo David Francisco recebeu um memorial assinado por 468 pessoas que residem ao longo da

estrada Rio Grande-Cassino, protestando contra a proibição do DATC que impede as Kombis do Auto Transportes Gatti de receber passageiros no curso da referida rodovia.

DIA 9 – Por ocasião das comemorações do Jubileu de Ouro da Escola Normal Santa Joana D’Arc e fazendo parte da cuidadosa programação comemorativa da chegada à cidade das primeiras Irmãs de São José, será realizado concurso para escolha do Hino do Cinquentenário, especialmente entre alunos e ex-alunos daquele conceituado educandário.

Recentemente fundada, a Secção de Mergulhos do Museu Oceanográfico prepara-se para iniciar suas atividades. Com esse fito, vai realizar uma série de mergulhos em Santa Catarina. Chefiada pelo Dr. José Felipe Dias, e tendo como assistente Gustavo Fernandes Filho, a equipe é integrada pelo engº João Ivo de Souza, Ilson Diogo de Freitas, Dante Vignoli e Clóvis Zender. DIA 13 – Transcorre hoje o segundo aniversário de intervenção federal em Rio Grande, tendo como titular o general Armando Cattani que, em alusão à data, efetuará vsitas a diversos departamentos do município. Às 9h30min, na Matriz de São Pedro, haverá missa oficiada pelo vigário, Monsenhor Luiz Gonzaga Chierichetti. Da coluna “Vida em Sociedade”, de Dayton Melo: Sandra Mara Castro é a Miss Rio Grande e representará nossa cidade no certame de âmbito estadual. Em maio, Vera Beatriz Comin passará a faixa à nova titulada, em baile que está sendo organizado pelas alunas da Escola de Belas Artes.

DIA 15 – Prefeitura deve NCr$ 300 mil à CEEE. O interventor Armando Cattani vem procurando resolver o impasse, de vez que a empresa resolveu adotar represálias, como não fazer novas ligações nas vias públicas até a liquidação total do débito.

DIA 16 – Com os melhoramentos feitos pela CEEE, a capacidade geradora, no momento, no município, já é de 12 mil kw, contando-se neste total o que se transmite de Candiota, o que é gerado pelas turbinas da central e pelos grupos diesel da usina de emergência.

Com o título “Nico deseja outro relógio”, a página de esportes destaca que “o goleador do certame gaúcho de 67 recupera-se de uma lesão e demonstra ansiedade para voltar a ser o homem gol do Rio-Grandense. Nico treinou sozinho durante 145 minutos e, no treino conjunto de amanhã, estará no comando do ataque que, durante sua ausência, esteve ocupado por Paulo Renato. Pelo empate ante o Farroupilha, domingo último, o “bicho” (prêmio por vitória) foi de NCr$ 15 e uma vitória sobre o Flamengo, de Caxias do Sul, dará “bicho” de CR$ 50 (para se ter uma ideia do que valeria essa importância, o exemplar do jornal custava NCR$ 0,10). N.da R: No treino Nico voltou a sentir a lesão e não jogou

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contra o Flamengo. Com relação ao título da matéria, é que Nico como goleador de 67 ganhou um relógio da FGF, fato polêmico na época, já que a Federação, quando os goleadores eram da dupla Gre-Nal, os presenteava com um carro Volkswagem zero quilômetro. DIA 17 – O Conselho Comunitário de Rio Grande elaborou estudos sobre a criação de uma colônia penal na Quinta, onde haveria oportunidade para os detentos trabalharem a terra, produzirem alimentos e encaminhar-se, pelo trabalho, para uma recuperação.

DIA 18 – Ao visitar o ponto de embarque da balsa, na rua Riachuelo, o vereador Walter Troina foi cercado por diversos caminhoneiros que solicitaram sua intercessão para que o Governo do Estado melhore o serviço da travessia com São José do Norte, prestado pelas balsas do Daer. Troina conversou com o deputado Oswaldo Miller Barlém, que ficou de conversar com a direção daquela autarquia. Começou hoje, com a presença de delegações de diversas partes do país, a VII Conferência do Distrito 468 do Rotary Club. DIA 23 – Seguiu hoje para Porto Alegre o atacante Aldo, do SC São Paulo, que foi vendido ao Internacional por NCr$ 15 mil.

Na VII Conferência do Rotary foi aclamada a moção sobre o porto franco de Rio Grande, da mesma forma que outras cidades e regiões do estado apoiaram também o movimento.

DIA 29 – A Sudepe doou pequenas fábricas de gelo, com produtividade de 1,5 tonelada/dia, para as mais importantes colônias de pescadores do Brasil. A de São José do Norte encontra-se em funcionamento, enquanto a da Z-1 continua encaixotada sob alegação de não terem encontrado terreno para localizá-la. Como o impasse dura quase dois meses, a Sudepe anunciou a remoção dela para a colônia de Itapuã. O interventor Armando Cattani pediu que aquele órgão voltasse atrás nessa remoção, que acabou sendo sustada, mas a Prefetura ficará como co-responsável pela fábrica de gelo na Z-1.

DIA 30 – Sob o título “Unem-se os clubes sem fusão”, o “Rio Grande” opina sobre um movimento para unir os clubes de futebol da cidade sem a necessidade de uma fusão. “Próceres dos nossos clubes realizaram uma reunião, sem a presença do FBC Rio-Grandense, quando apresentaram uma fórmula de união, que não quer dizer fusão nem o desaparecimento dos clubes. Em princípio ficou acertado que os desportistas serão associados com direitos amplos gerais. Pagarão NCr$ 5 por mês e poderão entrar, sem ingresso adquirido nas bilheterias, em qualquer um dos três estádios vindo a concorrer, ainda, a uma série de prêmios, sorteados periodicamente. Aliás, 20% da receita auferida dos associados será empregada em prêmios, que poderão ser até mesmo automóveis novos. A caixa será única e as divisões se farão mensalmente. Será conseguida uma sede condizente, na zona central da cidade, onde o associados dos clubes rio-grandinos poderá entrar em contato mais estreito com as coisas do futebol de sua terra, para o qual contribuirá independente de cores e bandeiras. Vamos ver em que dá a experiência. Parece boa a ideia, mas convém experimentá-la”.


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Eu ajudo na lata Teatro na Escola aborda depressão e suicídio entre jovens

O Projeto social Teatro na Escola, da Unimed Litoral Sul em parceria com a Cia de Teatro Sobrinhos de Shakespeare, completa 15 anos com o tema mais citado nas pesquisas dos últimos anos: depressão e suicídio entre jovens. O monólogo “Quebra Cabeça”, será encenado pela atriz Gabi Botelho, com direção de Vinicius Diniz, neste primeiro semestre,

para alunos do 5º ao 3º ano do Ensino Médico das redes municipal, estadual e particular de ensino. A Unimed leva o projeto, sem custo, para Rio Grande, São José do Norte, Santa Vitória do Palmar e Chuí. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o suicídio é a segunda maior causa de morte de pessoas com idades entre 15 e

19 anos no mundo. A assessora de comunicação, Luciana Pacheco, lembra que o problema foi tema da roda de conversa promovida pela Unimed no Mês Amarelo de 2017. As escolas interessadas podem agendar com a assessoria de comunicação pelo telefone 3032-1255 ou pelo email lpacheco@unilis.com.br

A Unimed Litoral Sul doou uma cadeira de rodas para banho, um par de muletas e um andador para o Asylo de Pobres, entregues pelo Presidente do Conselho de Administração, Dr. Carlos Faria, à gerente geral da instituição, Denise Mendizabal. A doação foi proporcionada através da Campanha Eu Ajudo na Lata, promovida pela Unimed do Brasil, juntamente com as Unimeds Luiz Antônio Spotorno, Denise Mendizabal e Carlos Faria do sistema. A necessitam”. O presidente Carlos proposta era arrecadar lacres de latas de alumínio e o valor adqui- Faria comenta que a campanha rido com a revenda revertido em integrou a comunidade com a cadeiras de rodas ou outro item Cooperativa: “Foram muitos que que proporcione maior acessibi- se envolveram em prol de uma lidade de pessoas com deficiência. corrente do bem, por isso é tão A campanha da Unimed Litoral importante o desenvolvimento de Sul arrecadou 90 quilos de lacres projetos e ações de Responsabiliem um ano e meio. Empresas, dade Socioambiental”. A Unimed vai manter a campaclientes, escolas e estabelecimentos comerciais do ramo alimentí- nha neste ano e convida empresas, cio foram parceiros na coleta dos escolas e comércio em geral para lacres. Para a gerente Denise a do- serem pontos de coleta. Contatos ação de itens novos é muito bem com a assessoria de comunicação vinda: “São muitos os idosos que pelo telefone 3036-9728.

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Melhorias e associados

Naiara Azevedo esteve na SAC.

Após o veraneio, parque aquático da SAC receberá melhorias A temporada de veraneio na Sociedade Amigos do Cassino (SAC) chegou ao seu final contabilizando resultados positivos. Na avaliação do presidente Pedro Alvariza, a programação oferecida aos associados “foi um sucesso” e cita, como exemplos, os shows de Naiara Azevedo Guri de Uruguaiana, a banda YorkShire, o cover do Legião Urbana e os bailes de carnaval. Alvariza destaca, ainda, “os vá-

rios eventos realizados, como jantares e formaturas. A Colonia de Férias para a garotada foi um sucesso estrondoso, o Grêmio Ball estava lotado, as aulas de dança das professoras Vanessa Picaluga, Vanessa Torrança e Ana Carrasco foram realizadas em nosso espaço fitness. Também tivemos muita gente frequentando nossas piscinas, a praça Galáxia da Diversão e jogando futebol”.

Uma das metas da atual diretoria, que era a recuperação do quadro social, foi plenamente atingida. Conforme Alvariza, a inadimplência que havia foi praticamente eliminada e novos assocados foram conquistados sendo que, para isso, foi feita uma campanha oferecendo condições facilitadas de pagamento. Para o Verão 2019 a diretoria da SAC promete realizar melhorias no parque aquático e a construção de uma quadra de beach tenis. Trata-se de uma quadra de areia, jogada com raquete de padell e rede um pouco mas baixa que a de vôlei. E prosseguem as obras de recuperação e melhoria do patrimônio.

Dança de salão

o ano todo O presidente da SAC informa que a novidade, agora, refere-se à realização das aulas de dança de salão o ano todo. Elas são ministradas pela professora Claudete às terças e quintas-feiras, às 20h30min. As inscrições são feitas na secretaria da SAC e informações podem ser obtidas pelo telefone 3236-1322.

Colônia de Férias foi um dos sucessos da temporada de veraneio.


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