Uma Experiência com o Teatro no Ensino de Língua Inglesa: Comunicação e Oralidade Vitor da Silva Carvalho 1 RESUMO A falta do uso da língua inglesa, como instrumento de comunicação e interação oral, entre os alunos nas salas de aula e a constante utilização deste idioma apenas para leitura de textos, levou o autor deste relato de experiência a desenvolver uma apresentação em uma Amostra Cultural, na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Frei Ambrósio, da cidade de Santarém, oeste paraense, para não somente estimular oralidade inglesa e a sua comunicabilidade, mas também otimizar a interação entre alunos e professor. Pretende-se mostrar a atuação dos alunos ao realizarem a comunicabilidade oral e diferenciada, mas, principalmente, mostrar a realização da prática oral, tão exigida pela Base Nacional Comum Curricular. Essa atividade foi realizada com uma turma de nono ano, do ensino fundamental, turno vespertino, da referida escola. Utilizou-se de uma atividade lúdica, com o teatro de fantoches, para o exercício oral do Inglês. Como enredo, apostou-se no contexto histórico da criação da cidade de Roma e na Mitologia Grega. Como estratégia metodológica, nos utilizamos de aulas direcionadas com conteúdos específicos sobre a temática e muitos ensaios, por cerca de 2 meses. Inicialmente, propomos trabalhar quatro mitologias, com a pretensão de realizar uma apresentação teatral com alunos, contudo, com as demandas do trabalho da escola e do tempo que não mais teríamos, decidimos substituir pelo teatro de fantoche, com um pequeno palco, em caixa de papelão, ornamentado, com amplificador de voz e vários fantoches do laboratório de arte, sendo esses as personagens mitológicas. Como avaliação, dois professores acompanharam o trabalho, e apontamos alguns critérios avaliativos, tais como: “Domínio e segurança”; “Pronúncia”; “Postura” e “Criatividade”, com indicadores de 1 – nível baixo - a 5 – nível elevado. A avaliação qualitativa foi satisfatória pelas análises e considerações dos avaliadores. Buscou-se referências em autores como: Susan Holder, Gillian Lazar, além da Base Nacional Comum Curricular, Orientações Curriculares para o Ensino Médio, Parâmetros Curriculares Nacionais para Língua Estrangeira e um Guia Docente desenvolvido pela Secretaria de Educação do Estado do Pará. Pode-se concluir que práticas como essas são desafiadoras, por ter a intenção de quebrar a rotina, mas também são recomendáveis a outros professores(as) de Inglês, enquanto alternativas para o ensino da língua Inglesa, quando se volta para o desenvolvimento da competência linguística de comunicação, oralidade, leitura e estimula os próprios educandos a serem protagonistas de sua aprendizagem. Palavras-chave: Ensino da Língua Inglesa. Oralidade. Apresentação teatral. Teatro de fantoches.
1 INTRODUÇÃO A necessidade de se aprender uma língua estrangeira a fim de se comunicar, interagir e conhecer diversas culturas tem rompido fronteiras geográficas. Sendo assim, aprender um segundo idioma é uma necessidade para profissionais de diversas áreas e para aqueles que se preparam para ingressar em um mercado de trabalho cada vez mais competitivo e exigente. O domínio de outro idioma significa crescimento, desenvolvimento e, acima de tudo, melhores condições de acompanhar as rápidas mudanças que vêm ocorrendo nesse novo e tecnológico século. 1
Professor de Língua Inglesa da EEEFM Frei Ambrósio, SEDUC/PA. Licenciatura em Português e Inglês pela UNIUBE – Universidade de Uberaba Especialização em Metodologia de Ensino de Língua Inglesa pela FACINTER - Universidade Internacional de Curitiba. e-mail: vtsilvacarvalho@gmail.com
Revista “Informação” - Vol. VI, Nº 8 (Dez.2020)
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