ANO 1 - N° 4-R$ 4,99
CANAL YOUTUBE
ACESSE O QR CODE E BAIXE O APP 100% MOTOR
NOVO VW POLO
FIAT FREEMONT
O SONHO QUE VIROU PESADELO
NOVO RENAULT CAPTUR 1.6 CVT
FENATRAN
SALÃO INTERNACIONAL DE TRANSPORTE RODODIÁRIO DE CARGAS
“A Certeza de ir mais longe”
Lubrificação e tratamento com PTFE Lubrificante spray com PTFE
ta -m
Montagem de motores
Po r
C an al et
a
al as
Tr ilh os
Fe ch ad ur a
M
C ap ô
aç an et a
D ob r
ad iç a
AGBA spray
Adicionar ao óleo para tratamento de motores
LL-50 - Redutor de atrito; - Cria película autolubrificante de PTFE na zona de atrito; - Inibe a carbonização; - Elimina a partida a seca, reduzindo desgastes e travamentos; - Melhora o desempenho do motor, com maior potência final; - Reduz o consumo de combustível, através da redução no atrito. Após a limpeza com Heavy Flushing Oil, a aplicação de LL-50 junto ao óleo novo cria um ambiente antiaderente na zona de atrito, dificultando a fixação e acúmulo do verniz na zona de atrito. LL-50 deixa o motor mais suave e com reação rápida, traduzindo em melhor desempenho e rodar macio e econômico.
Limpeza localizada Limpeza localizada
Limpeza Química Limpeza Química
Limpeza de Piche Limpeza de Piche
AutoCleaning Spray AutoCleaning Spray
Limpeza do Corpo de Borboleta Limpeza do Corpo de Borboleta
Limpeza e descarbonização Limpeza e descarbonização
Fuel Cleaner Fuel Cleaner
Válvulas Válvulas
Bico injetor Bico injetor
Catalisador Catalisador
Sensor Sensor
Limpeza interna do circuito do óleo Limpeza interna do circuito do óleo
HeavyFlushing FlushingOil Oil Heavy
Antes Antes
Depois Depois
ÍNDICE
06 AO LEITOR Lei do farol aceso
10 ANÁLISE Renault Captur 1.6 CVT
14 MOTOR Vapor de óleo
16 DIREÇÃO Conjunto do freio
18 SALA DE TESTE Volkswagen Polo 2018
26 EQUIPAMENTO Chave de presença
28 TECNOLOGIA Corretor de avanço
32 EVENTO FENATRAN 4
AO LEITOR
LEI DO FAROL
ACESO
Há mais de um ano os carros de
SÃO PAULO
não desligam seus faróis. Texto: Rafael Pires Foto: Milton Miagusco
Em junho de 2017 a lei do farol aceso completou um ano. Ela entrou em vigor em 2016 e definiu que veículos deveriam trafegar em todas as rodovias devidamente sinalizadas com o farol ligado. De acordo com o tenente Renê Ribeiro Silva em entrevista para o site G1 essa ação existe para melhorar a visibilidade dos veículos e aumentar a segurança do trafego. No começo o número de motoristas multados foi muito alto. Não foi uma mudança fácil de se adaptar. Ainda mais porque após um tempo, quando as multas começaram a diminuir e os condutores se acostumaram, a lei foi
suspensa e logo voltou. Com isso, muita gente foi pega de surpresa. Porém, conforme Silva falou em sua entrevista para o G1, as pessoas agora voltaram a se adaptar. José Carlos Finardi, mecânico automobilístico, fez uma observação sobre ess novo retorno da lei: “É normal trafegar por rodovias e ver veículos com a lanterna apagada. Nessa hora, já dá para saber que foram multados. A fiscalização acontece no acesso às pistas”. Como resposta para motoristas não confiarem apenas na memória, foram desenvolvidos equipamentos que ao ligar o carro já acendem junto
os faróis. Finardi contou: “ Assim que a lei começou eu percebi uma enorme procura por auto elétricos em busca dessa mudança”. No fim, parece até que o governo conta com essa falta de memória dos brasileiros para pagar as contas do país. Os oficiais justificam a norma como uma busca por segurança, mas nunca há uma resposta muito clara. Consequentemente, fica aquela pulga atrás da orelha, meio que numa crise de teoria da conspiração. Aquela pergunta. Será que é tudo só para lucrar?
REDAÇÃO
6
Diretor Núcleo Motor José Carlos Finardi Diretor Comercial Karl Steinhauser Diretores Editoriais José Carlos Finardi Rafael Chabbuh Pires Repórter e Apresentadora Thais Sória Gomes Diretor de Arte e Design Milton Miagusco Junior Jornalista/Revisor/Redator Rafael Chabbuh Pires
Diagramador Rafael Chabbuh Pires Repórter Especial/Consultor Antônio Bernardo José Augusto Stuani Repórter João Luiz da Costa Neto Redatores Técnicos Sérgio Pires Cristiano Destro Valdeci Arrais de Lima Fotógrafo Fernando Mucci
A revista 100% motor é uma publicação mensal da JC Finardi Produções. Contato Tel: (11) 4337-6604 (11) 99917-0957 (11) 94018-2567 email: josecarlos.finardi@gmail.com jcfinardi@100porcentomotor.com.br Endereço: Rua Dr. Amâncio de Carvalho, 941 Vl. Baeta Neves, SBC/SP
ANÁLISE
NOVO RENAULT
CAPTUR 1.6 CÂMBIO CVT CVT
O SUV QUE É PALCO PARA O SHOW DO
Texto: Rafael Chabbuh Pires/ José Carlos Finardi Fotos: Rafael Pires/Milton Miagusco
Quando a Renault lançou o Captur 2.0 em fevereiro
progressividade. Além disso, quando é configurado
foi como um tiro no pé. O Câmbio era antiquado e
na opção de troca manual as passagens de “marchas
o consumo de combustível não era ideal. A marca
virtuais” são bruscas, isso cria uma ilusão de que o
prometeu o lançamento de uma versão 1.6 com câmbio
motorista realmente as mudou. E, conforme disse José
automático ainda este ano. Foi comprida.
Carlos Finardi, o piloto de testes da Revista 100%
Em junho saiu o Novo Captur 1.6 com o tal CVT. Motor: “Isso é um prato cheio para os entusiastas da
Um Componente que melhorou bastante a dirigibilidade condução esportiva”. do carro. É um câmbio de variação continua que ajuda
A equipe 100% Motor testou o veículo e observou
no consumo de combustível, mantém a faixa de rotação que sua motorização de 1.6 responde bem, porém do motor estável e aumenta a velocidade devido a sua
10
acontece um pequeno atraso nas saídas. Ocorre uma
patinação. Contudo, após o Captur sair da imobilidade,
interior do veículo. Lembrava um assobio. O técnico em
o carro apresenta um bom com comportamento. Além
transmissão automática Paulo Cesar Panariol explicou
do mais, o motor tem baixos níveis de ruídos. Ele é
a causa desse barulho: “É um problema do câmbio. A
agradavelmente silencioso. Entretanto, outras partes
corrente entra em atrito com a polia quando o carro
não são tão silenciosas.
está em marcha lenta. Um continua em movimento e
o outro fica estático. Porém, outros veículos de marcas
Durante a rodagem havia um apito anormal no
RENAULT CAPTUR 1.6 CVT TESTE 0 A 100 KM/H ACELERAÇÃO 0-100: 15,31 s
diferentes com o CVT não apresentam esse mesmo o sistema obsoleto do “tanquinho” de gasolina para barulho”.
partida a frio. Todavia, a direção é eletro-hidráulica
A suspensão também aparentou fazer ruídos nas e tem regulagem de altura, falta a de profundidade,
rodagens quando o carro passava por piso irregular.
mas isso não faz muita falta.
E, ainda tinha um barulho na lingueta do cinto central
Agora, quanto ao seu comportamento em
traseiro. Ela batia no teto. Mas, após uma melhor curvas, mesmo com maior elevação da carroceria avaliação. A equipe notou um pequeno imã alojado em relação ao chão, foi satisfatório. Os bancos são no forro do teto que retém o fecho e cessa o barulho. confortáveis, tanto os traseiros quanto o dianteiro e do
O consumo de combustível no teste foi 6,5 km/l motorista. Eles também têm bastante espaço. Todos
na estrada. Enquanto abastecido com álcool, poderia os ocupantes têm apoios de cabeça reguláveis, porém ser melhor. Aliás, a Renault ainda insiste em utilizar
não há articulação horizontal, somente vertical.
Já o sistema multimídia não é excepcional,
mas tem muitas funções e interatividade. O piloto de teste José Carlos Finardi só sentiu falta de uma maior conectividade desse sistema com o volante. Apenas o controle de volume está localizado nas laterais.
Um ponto negativo é a visibilidade do painel.
Ele até é grande, mas os instrumentos são muito pequenos. Ademais, seu design atrapalha um pouco.
No velocímetro do Captur 1.6 há um erro um
anormal. Ele aumenta leitura da velocidade em 3 km/h aproximadamente. Isso até pode auxiliar o motorista a não tomar multas, porém não é a velocidade real.
O porta malas é bem generoso e com os bancos
traseiros rebatidos dá até para fazer uma pequena mudança. Tem um porta objetos e porta luvas na frente, no entanto o console central com porta copos tem dimensões restritas. No teste até houve dúvidas se realmente cabia um copo lá.
Outra observação que Finardi fez sobre
comodidade do carro foi sobre os vidros. Eles não fecharam automaticamente com o travamento do veículo, foi necessário segurar por alguns segundos o botão. Por isso, ele contou: “O mais comum é o fechamento acontecer espontaneamente ao apertar o botão. Essa coisa de segurar pode ser um problema para alguns usuários que estão acostumados com o outro sistema. Os motoristas podem até esquece-los”.
Com tudo isso dito, a equipe 100% motor
concluiu que o Captur 1.6 com câmbio CVT é um carro bom. Ele até tem alguns problemas técnicos, mas atende as expectativas do mercado. E, logicamente levará o motorista e quem mais estiver nele aos lugares desejados com uma direção agradável.
MOTOR
VAPOR DO
ÓLEO Um
PROBLEMA que persiste no kart do motor Texto: Rafael Pires Fotos:José Carlos Finardi/ Rafael Pires/ Milton Miagusco Junior
Um problema clássico dos carburadores e que ainda persiste nos veículos de alta tecnologia é a dispensa do
vapor de óleo. Essa deficiência aumenta as emissões
de solução, a segunda opção foi encaminhar a emanação
de poluentes, junta resíduos e pode até chegar a fundir
para o coletor de admissão antes do corpo de borboleta.
o motor.
Finardi explicou: “Essa área também trabalha com baixa
As montadoras como primeira opção para resolve-
pressão. Aqui o vapor do óleo entra pelo furo do eixo
lo optaram por redirecionar esse vapor para a mangueira
da borboleta e impregna seu motor. Isso gera anomalia
de ligação da caixa do filtro de ar com o corpo da borboleta.
e reduz sua vida útil”.
Entretanto, de acordo com o mecânico automobilístico
José Carlos Finardi isso causou contratempos: “Nessa
depois do corpo de borboleta. Uma área que trabalha com
região há uma sutil pressão negativa que puxa o vapor
constante pressão negativa. Ela é de aproximadamente
para a caixa. O que contamina o elemento filtrante”.
20 kpa em marcha lenta. Além disso, também foram
14
Após frequentes adversidades com essa tentativa
Uma terceira opção foi direcionar a emanação para
Embora em veículos à gasolina esse problema tenha menor intensidade, já que a gasolina se mistura com o óleo e efetua sua queima, ainda ocorre acúmulo nas válvulas de admissão.
Porém, em carros abastecidos com etanol é
ainda pior. O álcool não dilui os resíduos e tudo fica entupido. Isso prejudica a dirigibilidade do veículo. Além do mais, para limpar a gelatina que se acumula no interior do carburador é preciso remove-lo ou gastar dinheiro com produtos adequados.
Nos veículos mais novos que operam com
injeção eletrônica o problema tem a mesma gravidade, os rejeitos ainda acumulam no coletor de admissão. O consumo de óleo é alto e também existe o transtorno do mal funcionamento do motor.
desenvolvidos os multichamas. Sua função é eliminar a condensação do óleo no interior do coletor de admissão. Porém, não são eficazes.
Eles deixam o óleo em forma liquida impregnar o
coletor e formam crostas nas válvulas, o que prejudica a vedação. Ademais, causam queima de óleo acentuada no motor.
Entre as complicações que as reminiscências do
vapor de óleo causam em carros antigos também está a restringência dos furos de progressividade do carburador e dos giclês. Elas se acumulam no interior da cuba.
CORPO DE BORBOLETA SUJO CORPO DE BORBOLETA LIMPO
DIREÇÃO
PARAR TAMBÉM É
IMPORTANTE FREIO
DICAS PARA SUBSTITUIR CORRETAMENTE O CONJUNTO DO
Texto: Rafael Pires/ José Carlos Finardi Fotos: Rafael Pires
É comum motoristas optarem pela troca das
outra peça estiver com a espessura fora do limite de
pastilhas de freio antes de checarem os discos
segurança, ela pode romper e até há probabilidade
ou a retífica. Isso acontece porque é uma prática
de capotamento”.
mais barata. Porém, ela prejudica a eficiência
em pelo menos 30% de acordo com o mecânico
amortecer os chiados. Agora não é mais, o que
automobilístico José Carlos Finardi.
prejudica o conforto dos ocupantes. Por isso,
Ele explicou que ainda outros problemas
surgiram no mercado, em meio a várias pastilhas
podem ocorrer: “Essa substituição, se não for bem
de baixa qualidade, novas destinadas a resolver
feita também causa desgaste irregular das peças
esse problema. Uma delas tem no seu composto o
novas e ruídos acentuados. Isso porque não ouve
material Kevlar que além de reduzir o barulho ainda
assentamento das pastilhas com o disco. Se essa
aumenta pelo menos três vezes mais sua vida útil.
16
Antigamente, o amianto era usado para
Esse sistema também é usado nos freios do Metro
mesmo depois do acionamento dos freios. Para
e de Elevadores supersônicos.
maior precisão, o sistema ABS deve ser desligado.
Finardi contou: “Antes de qualquer ação no
As montadoras usam esses dados para liberar a
sistema de freio é bom fazer uma avaliação completa.
utilização das pastilhas na montagem e reposição
Além disso, todas as suas revisões obrigatoriamente
de veículos.
devem verificar ou substituir o fluído de freio”. Um
bom auxílio para a revisão é o teste de freio.
atentar os motoristas é a regulagem das lonas das
Esse teste para medir a eficiência do conjunto
campanas traseiras. Porém, Se no caso os freios
é feito com um dinamômetro, um aparelho que
do veículo forem a disco, a atenção deve estar nas
calcula força e elasticidade, ou com frenagens de
condições das pastilhas. Desregularem ou desgaste
emergência em um local seguro. Nesse segundo tipo,
vão sobrecarregar os freios dianteiros e prejudicar
observa-se a distância que o veículo ainda percorre
o resultado.
Um ponto importante que também deve
POSTER
SALA DE TESTE
VW POLO HIGHLINE 1.0 TSI O 1.0 QUE MAIS PARECE 2.0 E DEIXA ATÉ O MAIS POTÊNTE NO CHINELO NOVO
Texto: Rafael Pires/José Carlos Finardi Fotos: Rafael Pires e Milton Miagusco
Mais uma vez a Volkswagen superou as expectativas peso adicional teve um desempenho muito agradável. com o lançamento do novo Polo três cilindros. Sua O responsável por isso foi o motor 1.0 TSI mecânica é derivada do compacto UP e mesmo com o que proporciona força para o carro nos momentos
20
quanto descentes. Isso faz do novo Polo um carro extremamente esportivo. Os coxins do veículo, ou seja, sua proteção contra vibrações, são melhores do que o do UP. O que proporciona uma dirigibilidade superior. Quanto à economia de combustível, ela não deixou a desejar. Porém, Finardi contou: “Eu esperava mais por ser um veículo equipado com injeção direta e superalimentado. Isso poderia ser melhorado com um aumento no número de marchas”. Contudo, há um número “200” na parte de trás do carro antes da sigla TSI e isso gera dúvidas. Ele indica a medida de torque por newton-metros e no Brasil as unidades são outras. Por isso, quando a equipe 100% convidou diversos usuários para um rápido teste drive todos acharam que o veículo era 2.0. Entretanto, um ponto positivo é que essa confusão não é só causada pelo emblema, também ocorre pela potência gerada no conjunto moto propulsor. Esse Polo tem freios a disco e com dimensões generosas. Eles apresentaram eficácia durante o trajeto e não fizeram nenhum ruído característico das pastilhas que compõem seu conjunto. A suspensão é bem dimensionada em relação a curva dos amorteceres e das molas. Além disso, a carga desses dois componentes é mais elevada, isso não compromete o conforto e ainda mantém boa estabilidade nas curvas acentuadas ou terrenos irregulares. Logo, quando o carro passou por lombadas e pisos assimétricos não transmitiu as
necessários. O nível de torque foi antecipado em relação aos primeiros UPs e de acordo com o Piloto de testes da equipe 100% Motor isso é uma questão de eficiência na calibração. Em suas próprias palavras ele apontou: “A Volkswagen tirou água de pedra”. No teste da Revista 100% Motor, a versão era a mais completa. Seu câmbio era automático, tinha seis marchas e ainda permitia a troca manual. Um ponto que chamou a atenção foi que as respostas eram instantâneas tanto nas marchas ascendentes
vibrações sofridas pelos pneus para os ocupantes. É um veículo bonito. Suas linhas têm estilo. Os frisos lhe dão um charme que o diferencia um pouco da aparência antiga do Gol, esse carro tem praticamente a mesma carroceria do Polo. Os bancos traseiros têm bom espaço, cintos de segurança de três pontos para os três ocupantes. E, uma das melhores partes é uma configuração especial do Polo Brasileiro. Há uma saída de ar-condicionado
atrás. O que proporciona conforto para os passageiros. Além do mais, perto dessa saída há uma entrada USB. O que é sempre muito bem-vindo. O banco do motorista também é confortável e tem opções de distância e altura. Seu painel é um show de estilo, derivado da marca irmã bem-sucedida, a AUDI. Ele tem várias configurações e a noite seu brilho aumenta o charme do carro. Se isso fugir do gosto do motorista existe a
opção de escurece-lo e apenas deixar o velocímetro visível. Porém, depois de um painel desses os outros vão parecer só relógio. Uma boa decisão da Volkswagen foi colocar o cd player no interior do porta-luvas. O que não descaracteriza a tela de oito polegadas do sistema multimídia. Seu GPS é eficaz e ainda funciona por comando de voz. O porta malas tem volume generoso que pode
aumentar, a cobertura do estepe se desloca para baixo. Embora mais espaço sempre agrade, é um excesso de personalização. O assoalho já podia ficar nessa posição o tempo todo. No entanto, isso parece ser uma proposta do veículo. A conclusão da equipe 100% Motor foi que o novo Polo é um carro com ótima performance. E, ele provavelmente fará com que seus concorrentes repensem os próximos lançamentos.
F
I
C
H
A
fonte: carrosnaweb.com.br
POLO HIGHLINE 1.0 TSI MOTOR 3 CILINDROS 12 VÁLVULAS POTÊNCIA CILINDRADA: 999 cm³ POTÊNCIA: 128,13 cv/l TORQUE: 20,42 kgfm/l TRANSMISSÃO AUTOMÁTICA: 6 MARCHAS TRAÇÃO: DIANTEIRA CÂMBIO CVT DIMENSÕES LARGURA: 1751 mm
DESEMPENHO
DIREÇÃO
COMPRIMENTO: 4057 mm
VELOCIDADE MÁX: 192 km/h
ASSISTÊNCIA: ELÉTRICA
ACELERAÇÃO 0-100 km /h: 9,6 s
DIÂMETRO DE GIRO: 10,9 m
ALTURA: 1468 mm ENTRE-EIXOS: 2565 mm 24
T
É
C
N
I
C
A
SUSPENSÃO DIANTEIRA: INDEPENDENTE, MACPHERSON TRASEIRA: EIXO DE TORÇÃO CONSUMO COMBUSTÍVEL FLEX URBANO: ETANOL - 8,0 km/l GASOLINA - 11,6 km/l RODOVIÁRIO: ETANOL - 9,8 km/l GASOLINA - 14,1 km/l PORTA-MALAS VOLUME: 300 LITROS ALIMENTAÇÃO INJEÇÃO DIRETA
PNEUS
FREIOS
195/55 R16
DIANTEIROS: DISCO VENTILADO
1147 kg
TRASEIROS: DISCO SÓLIDO
REBOQUE: 400 kg
ROTAÇÃO MÁXIMA 6500 rpm
PESO
EQUIPAMENTO
FIAT
FREEMONT O
SONHO que virou pesadelo Texto: Rafael Pires/ José Carlos Finardi Fotos:Rafael Pires
Meire Helena é dona de um Fiat Freemont.
resolveu levar o carro para uma oficina
ção do conjunto. A solução é rápida e muito
Um SUV de sete lugares com um ótimo
mecânica especializada, a Autostyle, por conta
mais em conta do que a oferecida pelas
acabamento e com uma proposta de custo e
própria. Então, as peças especificadas foram
concessionárias. O truque conforme apontou
benefício bem-sucedida. Entretanto, depois
removidas e o mecânico notou que precisavam
o líder da equipe 100% Motor, José Carlos
de pouco tempo de uso ele inibiu a partida
de reparo em seu sistema.
Finardi é correr para oficinas especializadas.
sem explicação. Foi o começo do pesadelo.
Com isso, o valor caiu para apro-
Entretanto, ele avisou: “A chave de presença
Ela decidiu levar seu veículo à con-
ximadamente um terço do orçamento pre-
é uma comodidade que tem um custo alto de
cessionária para descobrir o que aconteceu.
liminar. Além disso, o técnico notou que a
conserto. O melhor é ficar com a convencional,
A conclusão foi que o transponder, um
irregularidade era resultado de um rompimento
mas infelizmente não há como fugir”.
dispositivo de comunicação eletrônico da
no arquivo do módulo e não em todas as
chave de presença sofreu perda da frequência.
peças apontadas pela concessionária. Só a
irregularidade similar, mas que é muito mais
Parecia algo simples, porém quando lhe
sua correção já resolveria o problema. Ele
fácil de resolver. Ele disse: “Em uns dois ou
entregaram o orçamento veio a surpresa.
ainda explicou que isso não é exclusividade
três meses de uso a bateria da chave perde
De acordo com a empresa a trava
da Fiat: “Carros que tem essa função sempre
a carga e o carro fica imobilizado. No manual
da coluna e a antena de rádio frequência do
apresentam problemas no reconhecimento
dos veículos, orienta-se a colocação da chave
teto precisavam ser substituídas. Só faltou a
da chave de presença. Acontece em várias
junto ao botão de partida. Assim acontece
berimboca da parafuseta. Isso tudo custaria
marcas como BMW, Volvo, mas campeã é a
o reconhecimento do transponder e o carro
15 mil reais, mas poderia ficar até mais caro
Mercedes-benz. O concerto pode passar dos
dá partida”. Por isso, antes de levar o carro
porque era apenas um orçamento preliminar.
50 mil reais”.
para qualquer lugar, vale a pena tentar essa
técnica.
Obviamente Meire não aceitou e
O reparo é feito com a reprograma-
Finardi ainda alertou que existe outra
TECNOLOGIA
APARELHO
CORRETOR DE AVANÇO
Como adaptar veículos à
ADIÇÃO DE ETANOL na gasolina Texto: Rafael Pires/José Carlos Finardi Fotos: Milton Miagusco Junior
Lá na de década de 1980 o combustível ainda era praticamente gasolina pura. Desde então, a porcentagem de etanol aumentou e isso tende a acontecer gradativamente. Em 2015 ela foi de 25% para 27%. Essa mudança tem suas vantagens, ela aumenta a resistência à compressão da gasolina no motor de explosão e diminui as emissões de monóxido de carbono. Entretanto, pode causar deficiências no desempenho de carros à gasolina. Eles não têm a tecnologia necessária para prevenir a agressão do
28
álcool. Veículos importados atuais que usam somente gasolina em seu pais de origem quando usados com o etanol apresentam deficiências. Por isso, foi desenvolvido um aparelho que compensa a quantidade de álcool adicionado à gasolina. O nome dele é corretor de avanço. Com esse equipamento, um carro pode chegar a rodar até com 70 a 80% de etanol na mistura. O piloto de testes da revista 100% Motor, José Carlos Finardi, testou o equipamento em um Fiesta e contou: “A dirigibilidade do veículo com corretor de avanço é excelente. A configuração vai de nove até 15 graus dependendo da quantidade de etanol no tanque. No teste, havia 60% de álcool na mistura e o carro que fazia sete quilômetros por litro passou a fazer 10. Além disso, o veículo que em condições normais apresentava deficiência nas retomadas andou suavemente com essas modificações”. Finardi ficou surpreso com a economia de combustível e também explicou sobre o que fazer caso o motorista queira voltar a abastecer com apenas gasolina: “Nesse caso, o corretor de avanço deve ser configurado para seis graus. Dessa forma, ele ira compensar a adição do etanol no combustível. Porém, se houver batida de pino, é necessário adicionar 10 litros de álcool. Com isso, não ocorrerá detonação, o que pode prejudicar o rendimento e consequentemente superaquecer o interior do cilindro”. Um ponto importante sobre o corretor de avanço é que por mais que o carro tenha bom desempenho com altas quantidades de etanol, ele não vira um veículo Flex. O que acontece porque não há correção de tempo de injeção eletrônica. “Isso não é milagre. É adequação da faixa estequiométrica da curva de avanço” disse Finardi após rodar aproximadamente 300 quilômetros com um Ford Ka, outro veículo que teve boa performance com o corretor de avanço. Nesse teste, não foi instalada a partida a frio porque a quantidade de gasolina era suficiente para que ela fosse normal. Foi o que aconteceu e a troca de marchas também estava em ordem. No final, a vela não apresentou nenhuma anomalia.
REVISÃO
HORA DE TROCAR O
ÓLEO
SAIBA O QUE FAZER QUANDO
ACABA O ÓLEO. Não É SÓ JOGAR QUALQUER UM QUE RESOLVE.
Cada motor de alta tecnologia tem seu óleo lubrificante adequado. Eles são especificados pelos próprios fabricantes. Existem os sintéticos, semissintéticos e minerais. Suas funções são as mesmas, lubrificar o motor, evitar contato das superfícies metálicas e arrefecer. A diferença entre eles está na obtenção. Além disso, têm diferentes viscosidades e isso influencia no funcionamento do motor. Os veículos mais antigos tinham folgas maiores que eram compensadas por líquidos grossos. Já os mais novos tiveram uma sensível redução. Portanto, se essa substância for adicionada, a lubrificação das partes móveis será prejudicada e o motor pode fundir. Caso ocorra uso inadequado, o consumo de
30
PASSO A PASSO -Efetue o flush do motor para remover resíduos. -Remova o óleo. -Remova o filtro de óleo. -Adicione óleo recomendado pelo fabricante do veículo para o motor.
combustível aumenta. Peças como a bomba de óleo que tiveram suas dimensões também reduzidas, conforme o tempo sofrerão maior resistência mecânica. E, também pode ocorrer quebra no filme de óleo das partes móveis. Alguns veículos, que usam o tucho de cabeçote hidráulico com furos que também são menores terão problemas em seu funcionamento. As válvulas permanecerão fechadas e ainda o motor não vai funcionar enquanto o óleo estiver frio. Porque nesse caso, a sua densidade aumenta. Por isso, vale a pena utilizar o lubrificante correto para o carro. Caso o carro apresente esse problema, a revista 100% Motor montou um passo a passo do que fazer. Veja na tabela acima.
FENATRAN
EVENTO
SALÃO INTERNACIONAL DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS
Texto: Rafael Pires/José Carlos Finardi Fotos: José Carlos Finardi/ José Augusto Stuani/Karl Steinhauser
A FENATRAN é uma vitrine do que há de mais moderno no universo dos veículos pesados. Nela diversas marcas apresentam novidades de caminhões, implementos rodoviários, equipamentos, autopeças, produtos e serviços para gestão, rastreamento e manutenção.
Esse ano aconteceu a vigésima primeira edição
no pavilhão São Paulo Expo. Ela ocorreu entre os dias 16 e 20 de outubro. E, assim como nos outros anos, foram apresentados muitos produtos da cadeia do transporte rodoviário em um ambiente propício para
foi um fator crucial no sucesso do evento.
o networking. O que é uma das propostas conforme
a apresentação do salão.
mil visitantes de 61 países participaram da exposição.
Apesar da crise econômica, que de fato afetou
Além disso, 450 marcas nacionais e internacionais
o segmento, essa foi uma das feiras mais modernas e
estavam no acontecimento. Ou seja, não faltaram
De acordo com é o site da FENATRAN, mais de 60
tecnológicas da história. Segundo os organizadores, o oportunidades e novos negócios. setor mostrou este ano sinais de crescimento, o que
32
A equipe 100% Motor não ficou de fora e foi
visita-la. O líder da equipe José Carlos Finardi contou: do público também foi muito melhor e ainda tinham “ Se for para comparar com as edições anteriores que
transportes gratuitos que levavam para o terminal”.
eram feitas no Anhembi, a desse novo Pavilhão teve
Os produtos expostos chamam muita atenção.
uma melhora foi expressiva. A estrutura de apoio Alguns designs até chegam a lembrar filmes de ficção logístico dos organizadores ficou muito boa. Há também
cientifica e criam uma visão otimista de tudo que está
o fácil acesso ao local e o estacionamento é mais por vir. Na verdade, participar da FENATRAN faz cair cômodo. Ele fica próximo ao evento. A movimentação
a ficha de que o futuro já chegou.