Revista 100% Motor - Edição 3

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ANO 1 - N° 3-R$ 4,99

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AUDI Q3

LANÇAMENTO

O SUV COMPACTO RENAULT KWID

0 A 100

FORD KÁ SEDANxFIAT MOBIxCHERY QQ

ANÁLISE

CHERY QQ, O CARRO MAIS BARATO DO BRASIL




ÍNDICE

06 0 A 100 08 ANÁLISE Chery QQ

12 MOTOR 17 TECNOLOGIA 18 SALA DE TESTE Audi Q3

26 CLÁSSICOS 28 LANÇAMENTO Renault Kwid

34 AO LEITOR 4



0 A 100

A

C

E

L

E

FORD KA SEDAN x FIAT MOBI X CHERY QQ Teste por José Carlor Finardi e Antônio Bernardo

A

revista 100% motor testou três veículos de passeio. O Fiat Mobi, Ford Ka Sedan e Chery QQ. O teste calculou o desempenho

dos carros em acelerações e retomadas de marcha de 0 à 100 km/h.

Os três carros são similares em diversos

fatores. Têm o mesmo número de cilindros, cilindradas e cinco marchas. Todos são Flex e foram abastecidos com etanol. Seus pneus também eram iguais, o PIRELLI 175/65R14.

Entretanto, a conclusão do piloto de prova

da 100% motor, José Carlos Finardi e também do cronometrista Antônio Bernardo, foi possível encontrar singularidades em cada um dos carros.

De acordo com Finardi o mais potente dos

três é o Fiat Mobi, em segundo lugar ficou o Ford Ka Sedan e por último o Chery QQ.

Os quadros ao lado mostram a média dos

resultados obtidos e as especificações de cada um dos carros. Quanto menor o tempo melhor a eficiência do veículo.

6

FORD KA SEDAN ACELERAÇÃO

0-60: MÉDIA 6,8s

0-80: MÉDIA 10,9s 0-100: MÉDIA 16,6s RETOMADAS EM QUARTA MARCHA 40-60: MÉDIA 8,5s 40-80: MÉDIA 16,8s 40-100: MÉDIA 24,7s RETOMADAS EM QUINTA MARCHA 40-60: MÉDIA 19,3s 40-80: MÉDIA 33,0s 40-100: MÉDIA 32,9s 60-80: MÉDIA 13,8s 60-100 MÉDIA 22,8s CILINDRADAS 1000 CILINDROS 3 COMBUSTÍVEL FLEX COMBUSTÍVEL USADO ETANOL TRANSMISSÃO 5M


R

A

FIAT MOBI

ACELERAÇÃO

0-60: MÉDIA 5,7s

0-80: MÉDIA 9,8s 0-100: MÉDIA 14,4s RETOMADAS EM QUARTA MARCHA 40-60: MÉDIA 6,8s 40-80: MÉDIA 14,2s 40-100: MÉDIA 21,2s RETOMADAS EM QUINTA MARCHA 40-60: MÉDIA 9,7s 40-80: MÉDIA 20,2s 40-100: MÉDIA 32,6s 60-80: MÉDIA 10,6s 60-100: MÉDIA 22,1s CILINDRADAS 1000 CILINDROS 3 COMBUSTÍVEL FLEX COMBUSTÍVEL USADO ETANOL TRANSMISSÃO 5M

Ç

Ã

O

CHERY QQ

ACELERAÇÃO

0-60: MÉDIA 7,1s

0-80: MÉDIA 12,3s 0-100: MÉDIA 18,2 s RETOMADAS EM QUARTA MARCHA 40-60: MÉDIA 6,7s 40-80: MÉDIA 16,2s 40-100: MÉDIA 25,0s RETOMADAS EM QUINTA MARCHA 40-60: MÉDIA 8,0s 40-80: MÉDIA 20,2s 40-100: MÉDIA 35,6s 60-80: MÉDIA 9,2s 60-100: MÉDIA 24,1s CILINDRADAS 1000 CILINDROS 3 COMBUSTÍVEL FLEX COMBUSTÍVEL USADO ETANOL TRANSMISSÃO 5M 7


ANÁLISE

CHERY QQ O carro mais barato do Brasil Texto: Rafael Pires/José Carlos Finardi fotos: Alexandre Akashi/Divulgação

O

Chery QQ é dono do título de "Carro mais barato do Brasil”. Ele tem bom espaço interno para um compacto. É leve, mas deixa a desejar na qualidade de direção. Seu motor é de três cilindros com 12 válvulas, quatro em cada. Tem um torque bom em média rotação. Isso porque o volante do motor aparenta ter uma massa pesada e auxilia na retomada de marcha. O enquadramento de comando para ganho de torque em baixa rotação é correto. O que lhe proporciona agilidade e boa harmonia com a relação do câmbio. Entretanto, nas saídas ocorreram

8

mortes súbitas. José Carlos Finardi explicou: “Possivelmente o que aconteceu foi uma deficiência de calibração. Com isso, o corpo da borboleta abriu demasiadamente e não houve progressividade na saída”. Outro problema causado por essa irregularidade foi durante as desacelerações. Conforme disse Finardi ele segurou por muito tempo o retardo do acelerador e ficou em rotação elevada: "Essa delonga é um opção para reduzir as emissões de poluentes, só que prejudicou a dirigibilidade. O barulho era alto e pode até criar suspeitas de que há algum tipo de defeito".


FICHA TÉCNICA

POTÊNCIA MÁXIMA 75/6000 - 74/6000 cv/rpm TORQUE 99/4500-95/4500 nm/rpm ALIMENTAÇÃO Injeção eletrônica multiponto indireta TRAÇÃO Dianteira

CÂMBIO 5 marchas + ré DIREÇÃO Mecânica/Hidráulica FREIOS Dianteiro: disco/ Traseiro: tambor PNEUS 175/65 R14

No teste realizado pela 100% Motor o veículo de cinco mil quilômetros que estava abastecido com etanol apresentou muitas deficiências. Os coxins do conjunto moto propulsor, ou seja, a proteção contra vibração do motor e do cambio na carroceria são muito macios e causam uma movimentação excessiva. Os freios não eram nada estáveis. Em frenagens de emergência eles ocasionaram desequilíbrio. Provavelmente havia uma deficiência na regulagem das lonas traseiras já que ao puxar o freio de estacionamento levemente a altura do pedal era compensada.

O computador de bordo tem padrão europeu. Isso significa que as informações de consumo aparecem inversas ao brasileiro. Dessa forma, o motorista pode ter interpretações erradas dos dados. Além disso, a função “Cut off” aparenta certa demora para responder. Possivelmente por falta de calibração no software ou problema no econômetro. A medição do nível de combustível também teve falhas. O Sensor do medidor não é preciso e é inconstante. Uma hora marcava dois quartos e outra três quartos. Quando o QQ se movia em baixa velocidade


os amortecedores não pareciam atuar, não tinham boa harmonia com a suspensão e o veículo ficava instável. Aparentava fazer fortes estalos na suspensão dianteira durante o percurso. Mas, na inspeção visual Finardi constatou que ocorria atrito da parte inferior do para-choque com a ponta do monobloco, até deixou marcas.

O carro mostrou problemas para dar partida em dia frio e também no engate. Porém, quando esquentou, a troca de marcha ficou suave. Seu consumo de combustível não chegou a ser excepcionalmente econômico, mas mesmo com um tanque de pouca capacidade foi aceitá-


vel. O QQ é um carro pequeno por fora, mas espaçoso por dentro. Quem ocupa o banco traseiro tem espaço suficiênte e confortável mesmo com os dianteiros na posição máxima para trás. Os dianteiros também tem um bom espaço, porém os encostos são estreitos e não

anatômicos, o que não da boa acomodação às costas do motorista. O teto tem boa altura e o visual é agradável. O painel porém, é um pouco pobre, não há porta-luvas. O que deve ser uma tendência para redução de custos, mas caberia muito bem e documentos ou outros objetos não ficariam expostos no interior do veículo.


MOTOR

O

responsável pela mistura da combustão no motor antigamente era o carburador. Porém, ele já é obsoleto há um bom tempo.

Era ineficiênte e consumia combustível constantemente porque funcionava por um sistema de pressão negativa. Para compensar as deficiências do carbu-

12

rador foram desenvolvidas cápsulas pneumáticas. Uma delas foi o Solenoide. Ele era aplicado para corrigir o retardo das sucções, mas o combustível era sugado pelo canal de marcha lenta e pelos furos de progressão. O que era um enorme desperdício. Sem contar que as emissões de monóxido de carbono eram enormes. Uma alternativa foi a injeção eletrônica.


MISTURA DE AR E COMBUSTÍVEL Origem, evolução e funcionamento da alimentação de combustível no motor Texto: Rafael Pires/José Carlos Finardi Fotos: José Carlos Finardi

um sistema de injeção multiponto. Quando estava frio era simultâneo, isso quer dizer que a injeção de combustível acontecia em todos os cilindros ao mesmo tempo. Após o aquecimento a injeção passava a ser semi-sequencial. Porém, acumulava gasolina junto à valvula de admissão. Além disso, tinha apenas três tipos de diagnósticos que funcionavam por piscadas em painel. Também era analógica e muito lenta". José Carlos Finardi acompanhou de perto a produção da Bosch. Ele era piloto de testes da montadora brasileira do produto, a Volkswagen. E, explicou: "O sistema era robusto e difícil de operar. Tinha poucos recursos. Não existia um scanner para leitura dos dados. Então, para fazer o diagnóstico o mecânico precisava de uma interface chamada 'BOB'. Ela intercalava o chicote com o módulo e fazia as leituras necessárias com um multímetro. Aparelho que mede corrente elétrica e resistência. Entretanto, essa “injeção burra” era eficaz para medir o ar. Ela calculava a sua dosagem admitida e adicionava a quantidade necessária de combustível. Outra qualidade era a resistência do bico injetor. Finardi comentou: "Ainda existem veículos com mais de 500 mil quilômetros rodados que usam o mesmo bico injetor de anos atrás. Os que são fabricados agora não resistem muito mais do que 70 mil quilômetros". Para reduzir os custos, foi criada posteriormente a injeção eletrônica de monoponto. Um retrocesso. Era ineficaz e cheia de problemas, um deles era o alto consumo de gasolina e etanol. Apenas um bico era usado para alimentar todos os cilindros. Isso acumulava combustível no coletor igual aos corburadores e ainda emitia muitos ga-

A INJEÇÃO ELETRÔNICA

A Volkswagen foi a pioneira no Brasil. Em 1989, lançou o sistema Bosch LE-Jetronic, apelidado por mecânicos de ‘injeção burra’. De acordo com o instrutor de mecânica automobilistica, José Augusto Stuani, o processo ganhou esse nome por várias razões e contou: "A Bosch era

Bico injetor


ses poluêntes. Já a injeção de multiponto é mais eficiênte e existem alguns diferentes tipos. Dois deles são o semi-sequencial e o sequencial. Nesses processos o combustível é injetado próximo à válvula de admissão, o que diminui o tempo do processo, aumenta o desempenho do motor e a economia. Stuani contou que a diferença entre essas duas injeções está na forma como a alimentação é feita: " Na semi-sequencial ela acontece em dois cilindros de cada vez. Já na sequencial ela é feita de acordo com a ordem de ignição do motor".

A injeção multiponto tem funções e ferramentas que ajudam seu desempenho. Uma delas é chamada "Cut Off". É um sistema programado para cortar o combustível na desaceleração. Foi uma grande novidade quando desenvolvida, agora é um sistema indispensável. Outra delas é a sonda Lambda. Seu nome vem da letra grega usada para medir o volume do ar na sua mistura com combustível. Ela é um sensor que obtém a faixa estequiométrica, que nada mais é do que a mistura ideal de gasolina e

etanol com oxigênio. A melhora foi tão expressiva que trouxe a "nova era" das injeções eletrônicas. A mais moderna é a direta. Nesse processo o ar só recebe o combustível depois de comprimido e em fase de combustão. Diferente dos outros, nos quais só recebia a gasolina ou o etanol já no coletor de admissão. Stuani explicou: "A injeção direta possibilita ao carro maior controle do combustível. Sua queima é praticamente total. Assim, os carros economizam mais e poluem muito menos". Coletor de admissão e bicos injetores

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TECNOLOGIA

SCANNER DE AUTOMÓVEIS Avaliação de qualidade do combustível Texto: Rafael Pires/José Carlos Finardi Foto: Rafael Pires

Na feira Automec deste ano a empresa NaPro apresentou atualizações nos seus softwares PCSCAN 3000 e 7000. Eles são versões de um scanner de veículos que agora também tem a opção Bluetooth. Muitas oficinas os utilizam para diagnosticar e obter diversos dados sobre os carros. Entre essas informações, esta a leitura de combustível. No canto superior direito da tela de diagnósticos do programa há um número que indica a relação entre ar e combustível. Quando o veículo estiver abastecido com etanol, o software deve sinalizar menos do que 12, mas com gasolina deve estar acima de 13. Qualquer alteração nos valores significa que o combustível foi adulterado. O que facilita a identificação de postos confiáveis. O scanner é totalmente produzido no Brasil. E, além de diagnosticar o combustível também atende à injeção eletrônica, imobilizador, ABS, air bag, transmissão automática, painel de instrumentos e outros sistemas especificados no quadro acima. É possível verificar a tabela de veículos e aplicações no site da Napro. O software pode ser acessado por tablets e computadores.


POSTER

Essa poster é parte da Revista 100% motor e seu conteúdo é interativo. Acesse o QR code para assistir a matéria sobre o AUDI Q3 no youtube.



SALA DE TESTE

O

Q3 é o SUV (Sport Utility Vehicle) mais

a desejar e mostrou que pode rodar muito bem

compacto da AUDI. É um carro urbano e de pelas mais diversas condições. passeio com um design moderno e esportivo

José Carlos Finardi, piloto de testes há 18

que atende as necessidades das estradas e do off

anos, fez a prova de fogo com o Q3. Em um tre-

road.

cho ele chegou até a equilibrar o veículo em duas No teste feito pela revista 100% Motor,

rodas e essa foi sua avaliação: “O carro tem um

o SUV enfrentou pistas muito ruins com curvas

equilíbrio excepcional. Permaneceu estável por to-

acentuadas e terreno irregular. O carro não deixou do o trajeto e mesmo com a roda dianteira elevada

20


cionamento, sensor de faixa e vários outros. Todos

AUDI Q3

muito bem vindos quando necessários.

A suspensão é progressiva. As molas estão

calibradas em perfeita harmonia com as curvas dos amortecedores, o que cria conforto e o mais

O carro de passeio que domina o

importante, estabilidade. Por isso, nas lombadas o

off road

TEXTO: Rafael Pires/José Carlos Finardi

do Q3, muito explorada em seu marketing.

FOTOS: Fernando Mucci

motorista quase não sente impacto. No teste, o motor era de 1,4 TFSI e tinha

boa elasticidade. Fator que remete à versatilidade

Finardi apontou que uma das melhores par-

tes do carro é a transmissão. A troca de marchas foi praticamente imperceptível durante o trajeto e aliada à suspensão faz o carro muito satisfatório de dirigir.

Outro ponto interessante, que reforça a

dinâmica do veículo é o uso do câmbio S-Tronic. Esse sistema permite ao motorista escolher entre a troca de marcha manual ou automática. Dessa forma, a direção esportiva fica mais interessante e a urbana mais suave.

E sim, mesmo sendo um carro de passeio,

o Q3 tem um "twist". Ele tem turbo. Quando a rotação do motor chega aos 2100 RPM ele libera toda a potência do motor.

apresentou tração. Além disso, essa manobra foi feita na grama molhada, sem aderência nenhuma e ainda assim o carro não patinou”.

De acordo com Finardi, o que ajudou o

SUV a ter esse desempenho foi uma ferramenta eletrônica que procura manter o equilíbrio do veículo. Ela faz parte dos diversos sistemas de auxílio do carro, como controle de tração, sensor de esta-


CURIOSIDADES - A produção do AUDI Q3 começou em 2011 e ele foi apresentado no Salão deAutomóveis de Xangai em 2012. - Sua linha de produção no Brasil acontece na fábrica da AUDI em Curitiba no Paraná. - Foi o SUV premium mais vendido em 2015 no Brasil.

Os freios tem ótimo desempenho em todos

tisfatório para os passageiros das extremidades.

os tipos de terreno. Eles incluem auxílio de rampa. No meio há um problema, uma saliência no asEssa ferramenta segura o carro por dez segundos, soalho que pode incomodar o ocupante. Isso como se fosse um freio de mão. O volante também

acontece porque o chassi do carro é preparado

não fica para trás, tem boa empunhadura e seu

para a instalação de uma peça chamada Cardan,

manuseio é fácil.

responsável pela tração quando o veículo é equi-

22

Os bancos e os cintos de segurança são pado com quatro por quatro. Aqui no Brasil o veí-

muito confortáveis e podem ser regulados de vá-

culo não tem essa opção.

rias formas. Entretanto, o acento traseiro só é sa-

O painel, o revestimento das portas, porta-


malas e tudo dentro do Q3 tem um acabamento

ser só um erro de programação único desse carro

luxuoso. As luzes são de LED e quando ativadas que testei. Outra coisa que me incomodou, foi que sinalizam as posições de controle de vidro, espe-

ele poderia ser um pouco mais econômico. Uma

lho e também de várias outras funções, o que cria

marcha a mais já resolveria esse problema”.

um certo charme. Principalmente de noite.

Após o teste, Finardi concluiu que o AUDI

Finardi encontrou poucos pontos negativos, Q3 é um ótimo carro. Suave o bastante para uma

ele explicou: “As portas e os vidros não travavam

direção tranquila pela cidade e pelas estradas,

automaticamente. O que eu achei um pouco estra-

mas agressivo o bastante para uma aventura no

nho para um veículo de alto padrão, mas pode off road.


F

I

C

H

A

fonte: audi.com.br

AUDI Q3 ATTRACTION MOTOR 1,4 TURBO FSI POTÊNCIA CILINDRADA, CC: 1.395 POTÊNCIA MÁXIMA, CV: 150 @ 5.000 - 6.000 CV TORQUE MÁXIMO, NM: 250 @ 1.500 - 3.500  TRANSMISSÃO TRAÇÃO DIANTEIRA EMBREAGEM DUPLA CÂMBIO S-TRONIC: 6 VELOCIDADES CHASSI PNEUS 235/55 R17 RODAS DE LIGA LEVE 17"

24

PESO MÁX. DO REBOQUE PESO DO VEÍCULO: 1405 KG

VOLUME VOLUME DO PORTA MALAS: 460 LITROS CAPACIDADE DO TANQUE DE COMBUSTÍVEL: 64 LITROS


T

É

C

N

I

C

A

DIMENSÕES COMPRIMENTE, 438,8 cm ALTURA, 159 cm LARGURA, 183,1 cm ENTRE-EIXOS, 260,3 cm FREIOS DISCOS NAS 4 RODAS DIREÇÃO ELÉTRICA EQUIPAMENTOS TETO SOLAR, LUZES DE LED NO INTERIOR, AR CONDICIONADO, AIRBAG, PORTA MALAS E AJUSTE DE ESPELHOS ELETRONICO E SENSOR CREPUSCULAR. ASSISTÊNCIA AO MOTORISTA PERFORMANCE VELOCIDADE MÁX.: 204 Km/h ACELERAÇÃO: 0-100 Km/h: 8,9 s

CONSUMO DE COMBUSTÍVEL TIPO DE COMBUSTÍVEL GASOLINA

SENSOR DE ESTACIONAMENTO, SENSOR DE FAIXA, SISTEMA MMI, CONEXÃO DE NTERNET.


CLÁSSICOS

INJEÇÃO DE ÁGUA NO CILINDRO O futuro da potência esta no passado Texto: Rafael Pires/José Carlos Finardi Foto: Acervo Segunda Guerra/worldwarphotos.info


“É interessante como a tecnologia avança e derrepente chega a um limite que é preciso olhar para trás e repensar ideias já abandonadas”. Disse José Carlos Finardi sobre a injeção de água nos

cilindros dos carros modernos. Na segunda guerra os caças alemães precisavam de força para não cair após jogarem bombas nos porta-aviões. Para isso, foi desenvolvido um sistema, que injetava água no interior dos seus cilindros. Assim, a taxa de compressão aumentava, a câmara de combustão resfriava e eles recebiam uma força auxiliar para a retomada de velocidade. Em 2000 um senhor de idade, que trabalhou na Alemanha com esse sistema de injeção, procurou Finardi com um projeto para veículos chamado Gás-água: A ideia do projeto era uma adaptação do sistema dos aviões para os carros. Ele contou que já havia testado sua ideia em uma empresa de transporte. Entretanto, um problema em um dos ônibus fez com que o projeto fosse deixado de lado. Finardi explicou: “A água era adicionada no coletor de admissão e corria conforme a gravidade. Em uma parada para abastecimento, o motor estava desligado e a ela continuou descendo até o interior da câmara de combustão. Ônibus eram a diesel não tinham pressão negativa para puxar a água. Por isso, ocorreu calço hidráulico e danificou o motor. Então, a empresa de transporte que no começo estava satisfeita com a economia abandonou a ideia”. Esse mecânico solicitou ao Finardi um gerenciamento eletrônico da água injetada no motor. Ele já havia montado uma placa de cristal que de um lado aquece e do outro resfria. Assim, a ideia era que fosse desenvolvido um sistema eletrônico gerenciado por um módulo com um bico injetor que usasse água com pressão positiva e gerasse nuvem no interior do coletor de admissão para alimentar todos os cilindros proporcionalmente. O projeto original dos aviões foi deixado de lado após a guerra porque na época o combustível era barato e não havia necessidade para tanta potência. Porém, agora com o avanço da tecnologia, esse mecânico notou que a injeção seria necessária de novo. O que de fato aconteceu e até grandes marcas, como a BOSCH, BMW e AUDI a adotaram.


REVISÃO

RUÍDO NA SUSPENSÃO TRASEIRA Saiba o que fazer quando acontece com o seu carro Foto: José Carlos Finardi

Muitos veículos depois de um certo tempo de uso podem começar a fazer ruídos na suspensão traseira. Isso acontece na maioria das vezes porque os rolamentos se ajustaram ao carro e criaram uma folga. Ás vezes é fácil confundir isso com mal funcionamento dos amortecedores. Nada disso acontece em veículos de rolamento duplo.

A tabela ao lado explica o que fazer quando

seu veículo apresentar esse problema:


PASSO A PASSO 1- Eleve o veículo 2- Verifique se existe folga no cubo da roda. 3- Se houver, remova a calota de proteção do rolamento. 4- Retire o Contrapino 5- Verifique a lubricação 6- Substitua a graxa por uma boa quantidade se estiver deficiente. 7- Faça o ajuste, é só aperta a porca até que a arruela de calço se movimente sem folga. 8- Aperte a contra porca 9- Substitua o Contrapino (cupilha) 10- Coloque uma nova tampa de proteção no rolamento 11- Faça o teste de rodagem


LANÇAMENTO

RENAULT KWID

O carro da econômia retro Texto: Rafael Pires/José Carlos Finardi Fotos: Milton Miagusco Junior/ Divulgação

O

Kwid é o novo compacto da Renault. O veículo foi lançado no Brasil em agosto desse ano e sua proposta é ser um mini utilitário econômico que anda bem no off-road. Porém, no teste realizado pela equipe da revista 100% a conclusão foi que de SUV ele só tem o apelido. Durante a avaliação o piloto de prova José Carlos Finardi notou que a performance do con-

30

junto moto propulsor não foi satisfatória. Ele explicou: “O motor desse carro tem a potência um pouco restrita. Na primeira e na segunda marcha eu até tive uma falsa impressão de bom torque porque a relação da transmissão é curta. Só que quando coloquei a terceira marcha, a relação era mais longa e o baixo rendimento voltou. O veículo apresentou ruídos anormais no motor e no ajuste de engrenagem, quando


acontecia o engate das duas primeiras marchas. O que para Finardi não é admissível em um veículo de baixa quilometragem. Entretanto, esse pode ser um problema único da unidade testada. O conjunto de amortecedores tinha harmonia com as molas, mas em curvas acentuadas se movia como um cochão de ar. Além disso, a dirigibilidade na pista deu a impressão de instabilidade. O veículo tem uma elevação maior

igual as outras linhas de SUVs, mas no seu caso, não deu muita segurança ao motorista. Os freios apresentaram fortes trepidações no conjunto. Depois do teste, para concluir onde ocorreu esse problema, foi acionado o freio de estacionamento suavemente e nada aconteceu. Isso indicou que a irregularidade estava nos discos, provavelmente estavam tortos. As respostas econômicas que a montadora


encontrou lembram outras épocas. Parece que o Kwid é um veículo “Retro”. Por exemplo, a abertura do capô é feita por um botão igual ao de carros antigos. A partida a frio usa o velho tanquinho de gasolina dos carros flex, uma peça que já é obsoleta em outras linhas. Outra opção para baratear o Kwid que não

é retro, mas não é justificável são as alças de segurança do teto. Elas não existem. O consumo de combustível é bom. Quando abastecido com etanol, em sua melhor tomada na faixa de 90 a 100 km/h em perímetro rodoviário o carro fez 13,1 km/l. Seu painel é pequeno, o que condiz com o

tamanho do veículo, porém a visibilidade é deficiente. Ele faz reflexo e o motorista tem dificuldades para ver o computador de bordo. Mesmo com tantos pontos negativos, o Kwid não deixa de ser um carro bonito. Seu visual tem linhas harmoniosas tanto na frente quanto nas laterais. Entretanto, os assentos embora sejam con-

fortáveis para quem esta na frente, têm pouco espaço atrás. E claro, não da para não falar do portaluvas, ele é provavelmente o maior da categoria. Assim como seu porta-malas, que é bem generoso. Uma surpresa devido ao tamanho do carro. Eles ainda têm a opção de rebater os bancos de trás e aumentar sua capacidade.


Performance do Renault Kwid no teste de 0 A 100 Km/h. RENAULT KWID ACELERAÇÃO 0-100: MÉDIA 16,5s RETOMADAS EM QUARTA MARCHA 40-100: MÉDIA 22,64s 60-100: MÉDIA 15,6s RETOMADAS EM QUINTA MARCHA 40-100: MÉDIA 32,97s 60-100: MÉDIA 21,92s


AO LEITOR

O RETORNO DA INSPEÇÃO VEICULAR Fiscalização de veículos para diminuir os níveis de emissão de gases poluentes Texto: Rafael Pires Fotos: divulgação

Aparelhos para inspeção veícular. Analisador de gases (esquerda) e Opacímetro (Direita

No dia 17 de agosto o presidente da câmara dos vereadores, Milton Leite, propôs a volta da inspeção veicular. Essa ação foi feita como resposta aos protestos contra o adiamento de 20 anos da renovação da frota dos ônibus de São Paulo. De acordo com o presidente, não adianta reformar apenas um tipo de veículo. Além disso, os maiores responsáveis pelas emissões de poluentes são os carros e caminhões. A partir desse pensamento veio a proposta do retorno da inspeção veicular ambiental. Entretanto, ela ainda precisa de 55 votos de vereadores para entrar em vigor. Milton Leite em entrevista para o jornal “O Estado de São Paulo” disse que mesmo se não for aprovada, ele já preparou emendas que vão colocar em controle a poluição.

Geraldo Alckmin, aprovou a volta da inspeção para caminhões. Ela começa em Janeiro de 2018. Estarão sujeitos à vistoria os veículos com emplacados em São Paulo ou que estiverem de passagem. Entre os problemas que a inspeção veicular procura resolver, estão a emissão de gases prejudiciais e o sucateamento da frota de veículos. Esses que, além de poluir também danificam as ruas e as estradas. O retorno dessa ação já era esperado. Foi muito falado na campanha de João Dória. Porém, quando ele foi eleito não a trouxe de volta porque segundo o prefeito, a cidade não tinha recursos. Além disso, desde que Fernando Haddad encerrou a inspeção veicular em seu mandato, a empresa responsável, a Controlar, entrou na

justiça para retoma-la. O país vive em uma época de crise. Falta dinheiro para os bra-sileiros acertarem as situações dos seus veículos. Muitos têm suas documentações atrasadas. Com isso, alguns podem até perder seus carros. O governo tem boa intenção quanto a diminuição da poluição, mas essa ação podia ser mais viável para a realidade do Brasil. Em uma simulação da inspeção veícular realizada pela revista 100% motor e também pela empresa de diagnósticos NAPRO mais de 80% dos veículos da amostragem foram reprovados. E, isso criou uma boa ideia do que se pode esperar. Como não era obrigatório participar, os donos de carros ma-is antigos chegaram a recusar fa-zer o teste por medo de alguma retaliação.

REDAÇÃO Diretor Núcleo Motor José Carlos Finardi Diretor Comercial Karl Steinhauser Diretores Editoriais José Carlos Finardi Rafael Chabbuh Pires Reporter e Apresentadora Thais Sória Gomes Diretor de Arte e Design Milton Miagusco Junior Jornalista/Revisor/Redator Rafael Chabbuh Pires

Diagramador Rafael Chabbuh Pires Repórter Especial/Consultor Antônio Bernardo José Augusto Stuani Reporter João Luiz da Costa Neto Redatores Técnicos Sérgio Pires Cristiano Destro Valdeci Arrais de Lima Fotografo Fernando Mucci

A revista 100% motor é uma publicação mensal da JC Finardi Produções. Contato Tel: (11) 4337-6604 (11) 99917-0957 (11) 94018-2567 email: josecarlos.finardi@gmail.com jcfinardi@100porcentomotor.com.br Endereço: Rua Dr. Amâncio de Carvalho, 941 Vl. Baeta Neves, SBC/SP




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