Demência É o resultado de doenças que afectam o cérebro de forma crónica e progressiva com perturbação das funções mentais incluindo a memória, orientação, compreensão, cálculo, linguagem, juízo crítico e personalidade.
Fonte: Doença de Alzheimer - Exercícios de estimulação, volume 1
Estas perturbações afectam o funcionamento diário da pessoa e interferem com a vida social, a família e o trabalho. O seu curso é progressivo e lento e varia de indivíduo para indivíduo e com as diferentes causas de demência.
Pick Frontotemporal
Vascular
Mista
Alzheimer
Tipos de DemĂŞncias
Creutzfeld t-Jakob
Huntington
Corpos de Lewy
Trauma Cerebral Fonte: www.alz.org/espanol_11987.asp
Alzheimer A doença de Alzheimer é uma doença do cérebro (morte das células cerebrais e consequente atrofia do cérebro), progressiva, irreversível e com causas e tratamento ainda desconhecidos. Começa por atingir a memória e, progressivamente, as outras funções mentais, acabando por determinar a completa ausência de autonomia dos doentes.
Fonte: www.portaldasaude.pt

Os doentes de Alzheimer tornam-se incapazes de realizar a mais pequena tarefa, deixam de reconhecer os rostos familiares, ficam incontinentes e acabam, quase sempre, acamados.
Fases da doença de Alzheimer Fase Inicial
• • • • • •
Falha de memória Desorientação Alterações da linguagem Dificuldade na resolução de problemas Alterações de personalidade, da vida social e do arranjo pessoal Perturbações do Humor
Fase Avançada
• • • • • •
Apraxia Agnosia Afasia Distorções perceptivas Fenómenos delirantes Perturbação do ritmo sono-vigília
Fase Terminal
• Progressão da perda de autonomia
Fonte: A doença de Alzheimer e outras demências em Portugal
Prevalência da doença de Alzheimer 2 a 4% da população com mais de 65 anos; Aumenta com a idade (principalmente após os 75 anos); Maior em indivíduos com síndrome de Down e em indivíduos com história de traumatismo craniano.
Fonte: DSM IV
As causas são ainda desconhecidas mas, sabe-se que o risco aumenta com: Idade Enfartes cerebrais múltiplos Alcoolismo Doenças da tiróide Traumatismos cranianos Infecções do sistema nervoso central Sexo feminino
C a u s a s
Existências de outro caso na família Baixa escolarização. Fonte: Doença de Alzheimer - Exercícios de estimulação, volume 1
Sinais e Sintomas Julgamento deficiente Afasia ou reduzido
Dificuldade de Desorientação realizar em termos de tarefas espaço e tempo familiares Perturbações Alterações das obsessivopersonalidade compulssivas
Mudanças de Humor Apatia ou de comportamento
Problemas com o pensamento Fobias abstracto
Colocar coisas Ansiedade em locais generalizada errados
Perda da Desinibição memória sexual recente
Fonte: Manual de Reabilitação Geriátrica
Critérios diagnóstico para Doença de Alzheimer - DSM-IV A. Desenvolvimento de múltiplos deficits cognitivos manifestados tanto por (1) quanto por (2): 1. Prejuízo da memória (capacidade prejudicada de aprender novas informações ou de lembrar informações anteriormente apreendidas). 2. Um ( ou mais ) dos seguintes distúrbios cognitivos: • Afasia • Apraxia • Agnosia • Distúrbio no desempenho de funções de execução (planear, organizar, sequênciar).
Fonte: Manual Estatístico e Diagnostico de Desordens Mentais (DSM-VI) da Associação Americana de Psiquiatria (APA, 1994)
Critérios diagnóstico para Doença de Alzheimer - DSM-IV (cont.) B. Os deficits cognitivos causam grave prejuízo no desempenho social ou ocupacional e representam um declínio importante de um nível de desempenho anterior. C. O curso caracteriza-se por início gradual e declínio cognitivo contínuo. D. Os deficits cognitivos não se devem a quaisquer dos seguintes: • Outras condições do SNC que causam deficits progressivos da memória e cognição (ex., doença cerebrovascular, doença de Parkinson, doença de Huntington, hematoma subdural, hidrocefalia com pressão normal, tumor cerebral). Fonte: Manual Estatístico e Diagnostico de Desordens Mentais (DSM-VI) da Associação Americana de Psiquiatria (APA, 1994)
Critérios diagnóstico para Doença de Alzheimer - DSM-IV (cont.) • Condições sistémicas conhecidas por causar demência (ex.:hipotiroidismo, deficit de vitaminas, hipercalcemia, neurossífilis, infecção pelo HIV) E. Os deficits não ocorrem exclusivamente durante o curso de um delírio. F. O distúrbio não é melhor explicado por outro distúrbio de eixo I (ex.,
distúrbio de depressão major, esquizofrenia)
Fonte: Manual Estatístico e Diagnostico de Desordens Mentais (DSM-VI) da Associação Americana de Psiquiatria (APA, 1994)
Tratamento 1. Tratamento Farmacológico
Os objectivos do tratamento são apenas no sentido de controlar os sintomas mais incómodos. Os medicamentos podem melhorar os sintomas
em alguns casos, principalmente os sintomas de irritabilidade, depressão, inquietação, alterações do ritmo sono-vigília, etc.
Fonte: http://virtualpsy.locaweb.com.br/index.php?art=122&sec=16
2. Reabilitação • A reabilitação tem como principal objectivo, capacitar os doentes e as suas famílias a lidarem com as consequências que a doença de Alzheimer traz. • Propõe-se ensinar aos doentes e suas famílias estratégias compensatórias e organização de respostas, que poderão facilitar a qualidade de vida destes.
Plasticidade, isto é, a necessidade dos indivíduos modificarem os seus comportamentos e padrões de vida de forma a possibilitar a adaptação à doença. Fonte: http://www.psicologia.pt/artigos/ver_artigo.php?codigo=A0244
Terapia ocupacional
Reabilitação
Fisioterapia
Reabilitação neuropsicológica
Reabilitação Neuropsicológica
Minimização dos défices cognitivos e comportamentais, através de uma intervenção que englobe a estimulação cognitiva: 1- adaptação e modificação do ambiente às dificuldades do doente; 2- modificação das interacções sociais; 3- cuidados somáticos; 4- tratamento psicoterapêutico; 5- apoio à família; 6- tratamento nas instituições. Fonte: http://www.psicofoz.com/CID/Psicologia/neuropsicologia.html / www.psicologia.com.pt
1- Adaptação e modificação do ambiente às dificuldades do doente
sinalizações (riscos no chão e marcas nas paredes); iluminação adequada; desobstrução de passagens; remoção de degraus; relógios e calendários de tamanho satisfatório; preparar as roupas; deixa-la sobre a cama numa sequência lógica a ser seguida.
Fonte: www.psicologia.com.pt
2- Modificação das interacções sociais Manter sempre uma postura adequada com o idoso; favorecer sempre a autonomia, condutas treinadas e orientadas; evitar a paternalismo.
3- Cuidados somáticos
Os transtornos somáticos mais comuns são: Agitação; Síndrome confusional; Tendência para fechar-se sobre si mesmo; Perturbação do ritmo sono-vigília.
Fonte: www.psicologia.com.pt
4- Tratamento psicoterapêutico
Minimizar sintomas cognitivos e comportamentais por técnicas cognitivas de reabilitação.
Reabilitação cognitiva: Capacitar pacientes e familiares a conviver, lidar, contornar, reduzir ou superar as deficiências cognitivas resultantes da lesão neurológica.
Reabilitação da memória: Objectiva melhorar a performance do paciente por meio de técnicas especificas ou estratégias, e não modificar a habilidade que o paciente possui de memorização. Fonte: www.psicologia.com.pt
5- Apoio à família A intervenção junto aos familiares é tão relevante quanto o atendimento ao paciente.
Dificuldades da memória e da linguagem comprometem a relação doente-família.
Dois aspectos fundamentais a ter em conta: informações
sobre
a
doença
e
os
recursos
disponíveis na comunidade; aconselhamento sobre como lidar com situações do dia-a-dia e possibilidade de trocar experiências e falar dos seus sentimentos com pessoas que vivem situações semelhantes. Fonte: www.psicologia.com.pt
6- Tratamento nas instituições
Cuidados de enfermagem permanentes; refeições com horários fixos; manter horários regulares de levantar e deitar; respeitar o ritmo do utente; ter ambiente calmo; actividades regulares. ( como: oficinas de estimulação, actividades de grupo, sessões de reeducação.)
Fonte: www.psicologia.com.pt
Terapia ocupacional Tem como objectivo: maximizar a funcionalidade, autonomia e qualidade de vida do paciente; fornecer (in)formação aos prestadores de cuidados; prevenir a deterioração das competências cognitivas, sensorio-motoras e sociais do indivíduo; compensar défices já instalados. O terapeuta ocupacional, juntamente com os prestadores de cuidados, pretende proporcionar um ambiente seguro e adequado à condição específica do paciente.
Fonte:http://www.alzheimerportugal.org/clientSite/defaultArticleViewOne.asp?categoryID=178&articleID=604
Fisioterapia O fisioterapeuta geralmente actua junto ao paciente utilizando recursos pouco sofisticados propiciando maior facilidade para que este importante instrumento terapêutico possa, na grande maioria dos casos, ser realizado em âmbito domiciliar.
Prevenção de lesões articulares; mobilização das secreções pulmonares;
prevenção de encurtamentos musculares; manutenção da massa muscular na prevenção das atrofias;
trabalho visando melhor equilíbrio; marcha.
Fonte: http://www.alzheimermed.com.br/m3.asp?cod_pagina=1032
Como aumentar a qualidade de vida de um doente de Alzheimer? Sabendo que a doença por si só provoca no idoso alterações a diferentes níveis, impedindo-o de ser ele próprio, devemos proporcionar-lhe actividades do seu agrado e diferentes, de modo a manter o idoso ocupado.
actividades culturais como leitura artesanais como pintura, trabalhos com argila e desenho.
Fonte: http://www.alzheimermed.com.br/m3.asp?cod_pagina=1032
manter os seus costumes; (escrever cartas, jardinagem, tocar instrumentos, coleccionar algo, jogos de salão) visitar lugares públicos (museus, cinema, igrejas, cafés, lojas, parques de lazer…) convívios familiares; musicoterapia; prática de exercício físico; encorajar as pessoas a falarem sobre seu passado (mesmo remoto, infância, juventude, etc.); jogar: damas, dominó, xadrez, cartas, etc.;
Fonte: http://www.alzheimermed.com.br/m3.asp?cod_pagina=1032
Cuidados a ter com doentes de Alzheimer Domicilio/ instituições
facilitar o reconhecimento da casa de banho; usar roupas que sejam facilmente desapertadas; tentar que ele não beba nada antes de ir para a cama; verificar se a cama não está muito alta; tornar a deslocação dentro da casa mais fácil; não colocar tapetes ao lado da cama ou em qualquer outro sítio;
providenciar iluminação suficiente; não ter móveis baixos, com arestas vivas; não ter degraus que não sejam facilmente visíveis; não deixar que o doente use calçado apertado; organizar a casa de modo a que ele possa encontrar um ponto onde se apoiar quando se desloca de um compartimento para outro; ter uma fotografia actualizada do doente, para o caso
deste
informações;
se
perder
e
precisar
de
pedir
o doente deve trazer sempre algo que o
identifique, por exemplo, uma pulseira com o nome, morada e telefone; prevenir os vizinhos e comerciantes próximos do estado do doente; em casa, fechar as portas de saída para a rua, para evitar que o doente vá para o exterior sem que dê por isso;
ás refeições, sentá-lo á vontade e á sua frente, para que ele possa imitar os seus gestos; cortar os alimentos em pedaços pequenos; deixar usar as mãos em vez de faca e garfo;
utilizar relógios grandes, letreiros com indicação do conteúdo dos armários e electrodomésticos; se o doente quiser sair de casa, não deve impedi-lo de o fazer. É preferível acompanhá-lo ou vigiá-lo à distância e, depois, distraí-lo e convencê-lo a voltar a casa.
Como comunicar com um doente de Alzheimer?
É normal o doente não encontrar as palavras que precisa para se expressar ou não compreender os termos que ouve. Como deve reagir:
• estar próximo e olhar bem para o idoso, olhos nos olhos, quando conversam; • permanecer calmo e quieto, falar clara e pausadamente,
num tom de voz nem demasiado alto nem demasiado baixo; • evitar ruídos (rádio, televisão ou conversas
próximas); • se for possível, segurar na mão do doente ou pôr a mão no ombro dele. Demonstrar-lhe
carinho e apoio.
em todas as fases da doença, é necessário manter uma atitude carinhosa e tranquilizadora, mesmo quando o idoso parece não reagir às nossas tentativas de comunicação e às nossas expressões de afecto; lembrar, também, que é preciso verificar se o idoso tem problemas de visão, audição ou outros problemas de saúde, designadamente de saúde oral.
O que fazer quando o idoso se mostra agressivo? • A agressividade pode manifestar-se de diversas formas, tais como ameaças verbais, destruição de objectos que estejam próximos ou mesmo violência física.
•Se possível, procurar compreender o que originou a reacção agressiva. Não se deve partir do princípio que o doente o quer agredir ou ofender pessoalmente; • evitar discutir, ralhar ou fazer qualquer coisa que se assemelhe a um castigo; • não forçar contactos físicos e deixar-lhe bastante espaço livre; • procurar manter a calma, não manifestar ansiedade, medo ou susto.
Prevenir crises de agressividade • Não ser demasiado exigente com a rotina diária do doente;
• Deixar que o doente faça o que ainda lhe é possível fazer, ao seu ritmo, sem pressas e sem exigir a perfeição; •
Não criticar, antes pelo contrário, elogiar; Ajudar, mas de forma a não parecer estar a dar ordens; Procurar que o doente faça actividades que lhe interessem; Assegurar que o doente faz exercício físico suficiente; Estar atento a sinais que possam indiciar crise iminente e procurar distrair a atenção do doente.
ConclusĂŁo
http://br.youtube.com/watch?v=6SG3zmp6t0Q&feature=related
Bibliografia Doença de Alzheimer - Exercícios de estimulação, volume 1 CASTRO-CALDAS, A.; MENDONÇA, A. (2005).A doença de Alzheimer e
outras demências em Portugal . 3ªEdição. Lidel; (2001). Manual de Reabilitação Geriátrica. Guanabara Koogan; Manual Estatístico e Diagnostico de Desordens Mentais (DSM-VI) da
Associação Americana de Psiquiatria (APA, 1994)
http://virtualpsy.locaweb.com.br/index.php?art=122 &sec=16
http://www.psicologia.pt/artigos/ver_artigo.php?codi go=A0244 http://www.alzheimerportugal.org/clientSite/defaultA rticleViewOne.asp?categoryID=178&articleID=604 www.alz.org/espanol_11987.asp www.psicologia.com.pt
www.portaldasaude.pt http://www.psicofoz.com/CID/Psicologia/neuropsicologia.html http://www.alzheimermed.com.br/m3.asp?cod_pagina=1032 http://www.minsaude.pt/portal/conteudos/enciclopedia+da+saude/doencas/do encas+degenerativas/recomendacoesparaquemcuidadodoentedealzheimer.hm