Fisiopatologiaortopédica

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Objectivo Geral - Conhecer os mecanismos fisiológicos das principais patologias ortopédicas.

Objectivos Específicos - Conhecer a Osteoporose - Conhecer as Fracturas - Conhecer a Hérnia Discal - Conhecer a Escoliose, Hipercifose/lordose - Conhecer a Osteoartrose - Conhecer as Fibromialgia - Conhecer a Artrite Reumatóide - Conhecer a Lupus


Patologias OrtopĂŠdicas


OSTEOPOROSE


OSTEOPOROSE

O Que é? É uma doença sistémica do esqueleto, caracterizada fundamentalmente por uma redução excessiva de massa óssea e por alterações da microarquitectura e da qualidade do tecido ósseo Estas alterações, qualitativas e quantitativas, fragilizam o osso e favorecem a ocorrência de fracturas ósseas. Fracturas Osteoporóticas


OSTEOPOROSE Fisiopatologia Envolve diminuição da massa óssea total acompanhada de alterações micro-estruturais dos ossos

Associado com factores como a idade, aumento de secreção da PTH (hormona tiróide), diminuição de factores de crescimento entre outros. Risco de fractura aumentado Resulta de um desequilíbrio entre a função dos osteoclastos e dos osteoblastos


OSTEOPOROSE Fisiopatologia Osteoblastos

Produzem Colagénio e Proteoglicanos Regulação da mineralização Síntese da matriz orgânica

Osteoclastos

Responsáveis pela reabsorção óssea

 Formam projecções através das quais são bombardeados H+ que provocam a descalcificação da membrana.  Libertam enzimas que degradam a matriz óssea


OSTEOPOROSE Fisiopatologia A reabsorção óssea inicia-se com a proliferação dos osteoclastos imaturos e posteriormente ocorre a degradação do osso pelas células maduras.

Os produtos da degradação são endocitados pelos osteoclastos, transportados e libertados na superfície anti-reabsortiva celular.


OSTEOPOROSE Etiologia

OSTEOPOROSE SECUNDÁRIA

OSTEOPOROSE PRIMÁRIA Origem por múltiplas causas Osteoporose Pós- Menopausica (Tipo I) 

Osteoporose por envelhecimento ou Senil 

(Tipo II)

Imobilização; Alterações da nutrição; Doenças endócrinas; Doenças hematológicas; Doenças gastroenterológicas; Doenças neurológicas; Doenças respiratórias crónicas; Doenças reumáticas; Doenças infiltrativas; Doenças hereditárias; Doenças iatrogénicas.


OSTEOPOROSE Etiologia OSTEOPOROSE IDIOPÁTICA JUVENIL 

terceiro tipo desta doença,

pouco frequente,

causa desconhecida

aparece em crianças e adultos jovens

sem perturbações hormonais nem carências de vitaminas

não apresentam qualquer razão óbvia para ter ossos débeis

é uma vertente da patologia que não refere consenso e que não está totalmente estudada 


OSTEOPOROSE Etiologia OSTEOPOROSE MASCULINA 

Durante muitos anos foi ignorada mas recentemente tem vindo a ser alvo de interesse devido à sua relevância clínica;

O tratamento com glucocorticoides constitui o principal factor de osteoporose secundária no sexo masculino

A patologia de base mais frequente é a DPCO.

Pode-se ainda salientar os hábitos tabágicos e alcoólicos como potenciais hábitos de risco para a manifestação da doença.


OSTEOPOROSE Factores de Risco Factores de risco para osteoporose Não modificáveis

Modificáveis

Sexo feminino

Dieta pobre em cálcio

Idade superior a 65 anos

Consumo excessivo de álcool

Raça caucásica ou asiática

Tabagismo

História familiar de fractura

Vida sedentária

(p.ex. mãe, avó)

Doenças (p.ex. hipertiroidismo)

Pequena estatura

Fármacos (p.ex. cortisona)

Magreza excessiva

Imobilização

Menopausa precoce


OSTEOPOROSE Manifestações Clínicas A doença progride lentamente e raramente apresenta sintomas (especialmente a osteoporose tipo II).

Provoca deformidades estatura do doente.

Se não forem feitos exames sanguíneos e de massa óssea, é percebida apenas quando surgem as primeiras fracturas, acompanhadas de dores agudas. e

reduz

a


OSTEOPOROSE Manifestações Clínicas  Destacam-se as fracturas que tem maior incidência ao nível:  Anca,  Extremidade distal do rádio,  Vértebras.

 Existem outras menos comuns:  Joelho,  Úmero,  Costelas.


OSTEOPOROSE Manifestações Clínicas Dor de Costas •

Dor Aguda

fractura vertebral surge de forma súbita muito intensa e incapacitante dura pouco tempo, não mais de 2 ou 3 semanas

Dor Crónica

Resulta do esforço que é colocado nos músculos e ligamentos da coluna Mais difícil manter a coluna vertebral •

pode durar meses

é muito incomodativa

pode dificultar as tarefas diárias. •


OSTEOPOROSE Prevenção / Tratamento  Há hoje inúmeras evidências de que a adopção de comportamentos saudáveis na infância Vai originar

Um pico mais alto de massa óssea no fim da maturação do esqueleto Constitui

Um capital ósseo de enorme importância para os seguintes anos


OSTEOPOROSE Prevenção / Tratamento Alimentação Saudável Uma alimentação variada e equilibrada é muito importante para uma vida saudável porque ajuda na prevenção de muitas doenças.

Nutrientes A comunidade científica tem-se preocupado, sobretudo, com o cálcio e a vitamina D No entanto

Existem outros que intervêm no desenvolvimento ósseo e na sua manutenção, como o zinco, magnésio, manganésio, ácido fólico, vitamina B12 e outras vitaminas do complexo B, Vitamina C, K e o ferro


OSTEOPOROSE Prevenção / Tratamento Exercício Físico


OSTEOPOROSE Prevenção / Tratamento Cuidados Posturais no Dia-a-Dia


OSTEOPOROSE Prevenção / Tratamento Prevenção Quedas As estratégias que regularmente se usam na intervenção sobre as quedas no idoso residem em  Não prescrever hipnóticos nem sedativos;  Evitar a polimedicação;

 Instruir de forma precisa sobre os perigos ambientais e sobre as actividades que envolvem um risco manifesto de queda;

 Avaliar periodicamente a acuidade visual;

 Monitorizar clinicamente o doente de forma frequente;

 Evitar a ingestão alcoólica;

 Fomentar o apoio familiar e/ou institucional;

 Aumentar a base de sustentação;

 Divulgar o uso dos protectores de anca.


OSTEOPOROSE Prevenção / Tratamento Prevenção Quedas Outras instruções que podem ser fornecidas ao paciente orientadas para minimizar os factores de risco de queda  Não transitar sobre superfícies escorregadias;  Suprimir os tapetes;  Unir e canalizar os cabos de ligação dos aparelhos;  Não ter animais domésticos em casa;  Eliminar adequadamente a habitação e, em especial, as escadas e os degraus;  Aplicar corrimãos nas escadas e nas casas – de – banho;  Evitar uma altura excessiva da cama.


OSTEOPOROSE Prevenção / Tratamento Tratamento Farmacológico

 Os fármacos que se utilizam no tratamento da osteoporose dividemse em dois: 1. Inibidores da Reabsorção Óssea (anti – reabsorção) 1.1 Terapêutica Hormonal de Substituição (THS) 1.2 Moduladores Selectivos dos receptores de Estrogénios e Raloxifeno 1.3 Bisfosfanatos 1.4 Calcitonina


2. Promotores da Formação Óssea (Paratormona)


FRACTURAS


FRACTURAS Definição É uma interrupção na continuidade estrutural do osso. Pode ser desde uma pequena fenda ou fissura até uma situação complexa de múltiplos segmentos. A situação mais frequente é a interrupção ser completa e os topos ósseos ficarem deslocados.


FRACTURAS Classificação A classificação de fracturas faz-se relativa a parâmetros como: 1.Etiologia 2.Mecanismo de produção 3.Padrão de interrupção óssea 4.Estabilidade 5.Isolamento do foco de fractura 6.Localização do traço de fractura 7.Tipo de traço de fractura


FRACTURAS Classificação


FRACTURAS Classificação


FRACTURAS Classificação a)

b)


FRACTURAS Classificação a) Espiral b) Transversa c) Oblíqua 7. Tipo de Traço

d) Compressão e) Cominutiva f) Ramo Verde g) Patológica h) Avulsão i) Impactada


FRACTURAS Consolidação Óssea


FRACTURAS Manifestações Clínicas As características clínicas variam dependendo da causa e natureza / tipo da lesão. - Dor - Deformidade - Edema - Espasmo Muscular - Movimentos anormais / crepitação - Perda da função - Choque Hipovolémico (hemorragia) - Limitação do movimento articular - Atrofia muscular


FRACTURAS Complicações 

Alterações sanguíneas

Alterações respiratórias (embolia pulmonar)

Úlceras na pele por imobilização

Atrofia e dano muscular

Infecção

Síndrome Compartimental (isquémia e consequente necrose de

tecidos)


FRACTURAS Tratamento


FRACTURAS Tratamento


FRACTURAS Tratamento


HÉRNIA DISCAL


HÉRNIA DISCAL Definição

As vértebras estão separadas por discos cartilaginosos e

cada disco é formado por um anel fibroso externo e uma parte interna mole (núcleo pulposo) que actua como amortecedor durante o movimento das vértebras. Se um disco degenerar (por exemplo, por causa de um traumatismo ou por envelhecimento), o núcleo pulposo pode protruir ou rasgar e sair através do anel fibroso, formando a HÉRNIA DISCAL. A parte interna do disco pode comprimir ou irritar a raiz nervosa e pode mesmo lesioná-la.


HÉRNIA DISCAL


HÉRNIA DISCAL Etiologia


HÉRNIA DISCAL


HÉRNIA DISCAL Manifestações Clínicas  Dor lombar, geralmente irradiada para um ou

ambos os membros

inferiores, muitas vezes de forte intensidade, impedindo as actividades do diaa-dia.  Pode estar acompanhada de formigueiro e, nos casos extremos, de anestesia e perda de força em um dos membros inferiores. Também se podem observar contraturas musculares que levam, algumas vezes, a um desvio do alinhamento da coluna. 


Há uma situação mais grave de dor, em que ocorrem alterações de sensibilidade das faces internas das coxas, perda de controle urinário e intestinal, bem como enfraquecimento das pernas, o que requer procedimento cirúrgico imediato.


HÉRNIA DISCAL Tratamento O tratamento da hérnia de disco pode ser:  Cirúrgico  Não cirúrgico (conservador) MÉTODO CONSERVADOR 1. FASE AGUDA

a) repouso; b) medicações analgésicas; c) anti-inflamatórios não hormonais; d) relaxantes musculares.


2. FASE PÓS-AGUDA

programa de exercícios, que deve ser de estiramento leve no início e reeducação de hábitos e postura. Paulatinamente, são adicionados os exercícios mais vigorosos, para aumentar a flexibilidade, força e resistência, visando a volta às actividades normais. A continuidade de sua prática é importante parte do tratamento.


HÉRNIA DISCAL Prevenção


HÉRNIA DISCAL Programa de Exercícios (exemplo)


HÉRNIA DISCAL Programa de Exercícios (exemplo)

https://www.youtube.com/watch?v=O0Lz8kwhA7A


ESCOLIOSE


ESCOLIOSE Definição Deformidade da coluna vertebral, mais aparente no plano frontal, caracterizada pela existência duma curva mais ou menos acentuada, com acunhamento dos corpos vertebrais principalmente junto do vértice e deformidade em rotação das vértebras, também mais marcada junto do ápex da curva. Ocorre uma rotação da coluna sobre o seu eixo que origina a deformidade que por vezes se verifica na caixa torácica. Pode associar-se a Cifose ou a Lordose.


ESCOLIOSE Definição ATITUDE ESCOLIÓTICA •Resulta

de um desvio apenas no plano frontal e é totalmente redutível.

•Não

apresenta nenhuma deformação estrutural, não é permanente e não evolui. É considerada como uma atitude de compensação por perturbações que não estão directamente ligadas à coluna vertebral, como, por exemplo: −a diferença de comprimento dos membros inferiores, −o desequilíbrio na pélvis, paralisia ou parésia dos músculos do tronco, −posturas antiálgicas, −vícios de mau posicionamento, entre outros. •


ESCOLIOSE Classificação


ESCOLIOSE Classificação


ESCOLIOSE Classificação


ESCOLIOSE Classificação Quanto à Região afectada: Escoliose Torácica 

80% são torácicas direita

Escoliose Lombar 

80% são lombares esquerda

Escoliose Tóraco-lombar •50%

são tóraco-lombares direita e 50% são esquerda


ESCOLIOSE Manifestações Clínicas Curvaturas com ângulos inferiores a 20º raramente causam problemas significativos Curvaturas com ângulos superiores a 60º podem condicionar: insuficiência vertebral,

pulmonar,

artroses

vertebral, ciática.

reduzida

degenerativas,

capacidade

vital,

algia

alterações

disco

inter-


ESCOLIOSE Manifestações Clínicas Os primeiros sintomas estão relacionados com a silhueta ou contornos do tronco. Contudo podem-se sintomas, tais como:

verificar

Ombros e ancas desiguais; Dor localizada na zona lombar; Fadiga; Dificuldade respiratória.

outros


ESCOLIOSE Tratamento -Conservador

(uso de colete)

-

Fisioterapia •Educação do paciente •Programa de exercícios terapêuticos que incluam estiramento e fortalecimento • Técnicas Especificas de Reeducação Postural

-

Cirúrgico


OSTEOARTROSE


OSTEOARTROSE Definição A artrose constitui uma doença crónica e degenerativa do aparelho locomotor, de evolução lenta com origem na cartilagem e que afecta o osso subjacente, os tecidos moles e o líquido sinovial. É a patologia que mais frequentemente afecta as articulações.

Causa importante de incapacidade. Elevado custo em serviços de saúde e peso para a sociedade.


OSTEOARTROSE Classificação


OSTEOARTROSE Factores de Risco A artrose é uma condição multifatorial incluindo

componentes

biomecânicos e bioquímicos. A sua incidência aumento c/ a idade (sobretudo > 40 anos). Outros factores que podem contribuir para o desenvolvimento de osteoartrose são: -Excesso -

de peso

- Herança genética

Sobrecarga articular excessiva (desportistas ou p/ esforços

repetitivos) -Tabagismo

- Alterações posturais

- História traumática ou de inflamação articular prévia


OSTEOARTROSE Manifestações Clínicas • Deformação óssea e articular • Limitação articular • Crepitação articular • Sinais inflamatórios peri articulares • Dor • Rigidez articular • Diminuição da força muscular


OSTEOARTROSE Tratamento O tratamento da osteoartrose tem 4 objectivos principais: a educação do paciente sobre a sua condição, redução dos sintomas, optimização e manutenção da função e prevenção ou retardamento da progressão da doença.

Médico: Conservador – farmacológico (analgésicos, AINES, corticóides) Cirúrgico Reabilitação: Educação do paciente, Exercício, Força, Mobilidade e Hidroterapia


FIBROMIALGIA


FIBROMIALGIA Definição Fibromialgia Do Latim:

Do Grego:

Fybro  tecido fibroso

Myo  músculos Algia  dor

“Dor nos músculos e tecido fibroso”


FIBROMIALGIA Fisiopatologia  

A fibromialgia é um síndrome crónico. Doença do Sistema Nervoso, caracterizada por: -

uma

redução

do

limiar

da

dor

e

uma

hipersensibilidade ao stress físico ou psíquico; - uma disfunção do Sistema Nervoso Autónomo (SNA), responsável pela maior parte dos sintomas e sinais multisistémicos que acompanham a afecção; - um sistema muscular contracturado e doloroso com alterações patológicas inespecíficas.


FIBROMIALGIA Fisiopatologia 

Existem várias teorias sobre a causa da dor na Fibromialgia - elevado nível de substância P - baixo nível de serotonina

Pode ser desencadeada por: - factores externos  clima húmido, sedentarismo, posturas incorresctas, lesões repetitivas. - factores internos  predisposição genética, depressão, ansiedade, problemas emocionais.


FIBROMIALGIA Manifestações Clínicas A fibromialgia consegue ser demasiado debilitante quer a nível físico quer psicológico, podendo incapacitar o doente nas rotinas mais simples do dia a dia 

Dor

crónica e generalizada

Fadiga

Perturbações de sono doentes não conseguem atingir o estádio mais profundo do sono, têm um sono superficial não possibilitando o descanso necessário sentem-se cansados ao acordar mesmo dormindo o numero de horas necessárias.

intensa, mais marcada ao levantar da cama grande perda de energia física e mental


FIBROMIALGIA Manifestações Clínicas 

Sensação de formigueiro

localizados nas extremidades

Perturbações gastrointestinais náuseas.

obstipação, dores abdominais e

Perturbações ao nível cognitivo de memoria e confusão mental

dificuldade de concentração, falta

Rigidez sentida principalmente pela manha ou após longos períodos de permanência na mesma posição


FIBROMIALGIA Manifestações Clínicas       

Visão nublada ou vista cansada; Tonturas; Letargia(Sono profundo em que a circulação e a respiração parecem estar suspensas) Irritabilidade; Nervosismo; Depressão; Ansiedade;


        

Alterações na sensibilidade dos músculos, tendões e ligamentos; Dificuldade em engolir; Dor na articulação temporo-mandibular; Dor no peito; Por vezes a sensação de que impulsos eléctricos estão a atravessar o corpo; Erupções cutâneas; Aumento das dores menstruais e uterinas; Zumbidos nos ouvidos; Sensibilidade ao frio;


FIBROMIALGIA Diagnóstico 

É feito com base nas queixas do doente, da sua história clínica e na observação médica (exame físico cuidadoso)

Foi em 1990 que o Colégio Americano de Reumatologia adoptou os seguintes critérios de diagnóstico: - Duração superior a três meses de: 1. Dor generalizada por todo o corpo; 2. Dor à palpação digital em 11 de 18 pontos; - E, pelo menos, mais dois dos quatro sintomas seguintes: 1. Fadiga 2. Alterações do sono 3. Perturbações emocionais 4. Dores de cabeça


FIBROMIALGIA Diagnรณstico 2

1 5 4 6 7 8 9

3


Os 18 pontos predefinidos para este exame são os seguintes: 1.Inserção

dos músculos occipitais;

2. Sob a porção distal do esterno-cleidomastoideu, nos espaços intertransversários de C5 a C7; 3. Ponto médio do bordo superior do trapézio;


4. Origem do músculo supra-espinhoso, acima da origem da espinha da omoplata; 5. Bordo superior da 2ª costela, ligeiramente para fora da condro-costal; 6. A 2 cm do epicôndilo, em direcção distal;


7. Quadrante supero-externo dos glúteos; 8. Ligeiramente atrás da proeminência do grande trocânter; 9. Na bolsa adiposa interna do joelho, a 2 cm da entrelinha articular, em direcção proximal;


FIBROMIALGIA Tratamento 

Os sintomas e a sua intensidade são variáveis de pessoa para pessoa o que dificulta o tratamento

Embora ainda não tenha sido descoberta cura para a fibromialgia, há casos em que os sintomas retrocedem quase totalmente.

É necessário manter hábitos saudáveis, dormir bem.

A prática regular de exercício deve fazer parte do estilo de vida habitual do doentes.

O lado psicológico não pode ser esquecido: o paciente precisa ocupar o seu tempo com actividades que a façam se sentir útil, para não se entregar à doença e recuperar o prazer de viver.


FIBROMIALGIA Tratamento Farmacológico Reabilitação - Exercício Físico - Hidroterapia - Educação do paciente - Terapia cognitivo – comportamental - Técnicas de Protecção articular



ARTRITE REUMATÓIDE


ARTRITE REUMATÓIDE Definição A Artrite Reumatoide (AR) é uma doença inflamatória sistémica crónica. Poliartrite crónica que perpetua a destruição de tecido articular (cartilagem, osso, tendões e ligamentos) e pode resultar em deformidades e incapacidades severas. Pode envolver outros sistemas, em particular, cardio vascular; pulmonar e; gastro-intestinal.


ARTRITE REUMATÓIDE Etiologia A causa da Artrite Reumatóide (AR) é desconhecida. Sabe-se, no entanto, que o sistema imunitário tem um papel importante na inflamação e na doença. No caso da AR existe uma resposta errada do sistema imunitário, que reconhece as próprias células como estranhas e ataca-as causando uma resposta inflamatória nas articulações e outros órgãos.


ARTRITE REUMATÓIDE Factores de Risco • Susceptibilidade genética • Idade • Sexo • Vacinação • Doenças da Tiróide auto imunes


ARTRITE REUMATÓIDE Manifestações Clínicas São variáveis de pessoa para pessoa. Não existe uma AR igual e cada um tem a doença de forma diferente. -

Dor nas articulações (na maior parte simétrica e mais de manhã)

-

Edema ou inchaço,

-

Calor e rubor (vermelhidão) das articulações,

-

Sensação de rigidez matinal (sentir-se enferrujado ou perro de

manhã) que dura mais de 30 minutos -

Sensação de cansaço que muitas das vezes limita a actividade do

doente.


ARTRITE REUMATÓIDE Manifestações Clínicas -Contratura

articular

- Cutâneas

-

Atrofia muscular

- Pulmonares

-

Deformidade articular

- Renais

- Neurológicas

- Psicológicas

- Oculares

- Outras …

- Cardíacas, hematológicas e vasculares


ARTRITE REUMATÓIDE Tratamento Médico: controle sintomático das manifestações clínicas Reabilitação: • Ensino do paciente – protecção articular e conservação de energia. Exercícios. • Diminuir a dor, edema e rigidez; Correcção e prevenção de deformidades; Diminuição da fadiga • Melhoria de amplitudes; força; mobilidade; marcha; estado geral e condição funcional.



ESPONDILITE ANQUILOSANTE


ESPONDILITE ANQUILOSANTE Definição A Espondilite Anquilosante (EA) é uma doença inflamatória crónica que afecta principalmente as articulações da coluna, que tendem a ser “soldadas” umas às outras, causando uma limitação da mobilidade O resultado final é uma perda de flexibilidade da coluna vertebral, que se mantém rígida. A EA aparece como uma doença isolada na maioria dos casos. Porém, em alguns casos, pode estar associada à psoríase ou a doenças inflamatórias intestinais.


ESPONDILITE ANQUILOSANTE Etiologia / Factores de Risco Não é conhecida a causa para a Espondilite Anquilosante (EA). No entanto, nos últimos anos, têm sido feitos progressos na compreensão dos mecanismos que desencadeiam o processo patológico e os potenciais agentes responsáveis. Factores de Risco • Claro envolvimento genético • Factores ambientais • Género masculino • Idade entre 15 a 30 anos • História familiar


ESPONDILITE ANQUILOSANTE Manifestações Clínicas Dor nas regiões glúteas ou lombalgia, que são causados por inflamação das articulações sacroilíacas e coluna vertebral (dor insidiosa, lenta e gradual). A lombalgia ocorre quando o doente está em repouso, melhorando com a actividade física. Com o tempo, a dor e a rigidez podem evoluir para a coluna dorsal e cervical. Diminuição da flexibilidade da coluna, tornando-se rígida e limitando os movimentos. A grelha costal também pode ser afectada, causando a dor e diminuição da expansão do peito.


ESPONDILITE ANQUILOSANTE Manifestações Clínicas A tumefacção e a dor também podem ocorrer nas articulações das ancas, ombros, joelhos e tornozelos. A espondilite anquilosante é uma doença sistémica, o que significa que podem ser afectados outros órgãos do corpo (febre, perda de apetite, fadiga ou envolvimento de outros órgãos, como pulmões e coração, embora isto aconteça raramente). É relativamente comum a inflamação do olho (uveíte), que ocorre em ¼ dos pacientes com EA. A uveíte manifesta-se como dor e vermelhidão dos olhos ("olho vermelho"), exigindo atenção por parte do oftalmologista.


ESPONDILITE ANQUILOSANTE


ESPONDILITE ANQUILOSANTE Tratamento Actualmente, não existe cura para a doença. No entanto, existem vários medicamentos eficazes e técnicas de reabilitação que permitem aliviar a dor e melhorar a mobilidade, possibilitando uma boa qualidade de vida.


TENDINITES E TENOSINOVITES


TENDINITES E TENOSINOVITES Definição A tendinite é uma inflamação das estruturas tendinosas e peritendinosas de um tendão. A tenosinovite é uma tendinite acompanhada pela inflamação da bainha sinovial (bainha protectora) que cobre o tendão; 

Os tendões mais particularmente propensos à inflamação são os da mão, sendo que uma tenosinovite pressupõe de uma tendinite.


TENDINITES E TENOSINOVITES Microtraumatismos Atrito / Fricção no tendão

Inflamação da bainha sinovial

TENOSINOVITE

Inflamação do tendão

TENDINITE

Edema Dor Rubor Calor

Diminuição do movimento


TENDINITES E TENOSINOVITES Tratamento        

Repouso e suspensão do movimento da zona afectada, através da utilização de uma tala; Anti inflamatórios; Fisioterapia; Massagens; Alimentação adequada; Aplicação local de corticoides ou analgésicos na bainha do tendão (casos mais graves); Cirurgia, em casos crónicos; Testes de sensibilidade (serve par verificar se há lesão de nervo).


TENDINITES E TENOSINOVITES Prevenção Evitar movimentos considerados de risco, como movimentos repetitivos e com bastante durabilidade, especialmente os de compressão, extensão e rotação;  Incorporar pausas e alternância de postos na rotina laboral;  Acompanhamento médico periódico;  Material de trabalho deve permanecer em boas condições e substituídos quando necessário, para evitar esforços; 


Em trabalhos manuais deve distribuir-se sempre a força ou carga por todos os dedos;

Deve ser fornecida formação e informação aos trabalhadores relativamente aos movimentos repetitivos e estabelecer programas de formação periódicos que permitissem trabalhar com condições de segurança e saúde;

Correcto posicionamento da mão.

Também poderão ser utilizados dispositivos protectores que evitem que os movimentos repetitivos sejam realizados aquando a actividade laboral;


CUIDADOS PRÓTESES ANCA

A prótese da anca, ou artroplastia da anca, consiste na substituição cirúrgica de toda ou parte da articulação da anca por um dispositivo artificial. Este visa permitir uma melhoria considerável na mobilidade e a redução da dor associada aos movimentos e às actividades funcionais.


CUIDADOS PRÓTESES ANCA O que não Fazer ?


CUIDADOS PRร TESES ANCA Cuidados a Ter apรณs PTA:


CUIDADOS PRร TESES ANCA Cuidados a Ter apรณs PTA:



SÍNTESE CONCLUSIVA  Existem inúmeras patologias que podem afectar o sistema músculoesquelético.  O sistema músculo-esquelético é constituído por ossos, músculos, tendões, ligamentos e por isso uma patologia neste sistema pode afectar um ou mais constituintes do mesmo.  Algumas das patologias referidas são crónicas e muito incapacitantes.  Um sintoma comum é a dor.


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