Hospatilzacao do idoso2

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Patologia e efeitos psicossociais decorrentes da hospitalização da pessoa idosa


Objectivo(s) 

Identificar as patologias que conduzem à hospitalização da pessoa idosa. Detectar precocemente sinais de alteração ou equilíbrio bio-psicossocial da pessoa idosa. Adquirir conhecimentos sobre a situação do doente terminal no hospital. Identificar consequências psicológicas sociais da hospitalização da pessoa idosa. Promover a autonomia da pessoa idosa.

e


Conteúdos 

Patologias da pessoa idosa

Patologia cardiovascular

Patologia respiratória

Patologia hematológica e oncológica

Patologia neurológica e sensorial

Os acidentes


Conteúdos 

Equilíbrio bio-psicossocial da pessoa idosa

A pessoa idosa portadora de doença crónica

− Sinais e sintomas  − Sinais de descompressão  − Agudização da doença 

Situações de emergência

− Os acidentes  − As intoxicações 


Conteúdos 

Internamento da pessoa idosa em estado terminal

Abordagem multidimensional  Cuidados específicos 

Hospitalização - efeitos psicossociais

A pessoa idosa e o hospital

− Meio hospitalar  − “Colegas” de quarto  − Técnicos e estruturas de apoio 


Conteúdos 

A hospitalização

− Aspectos positivos/benefícios

tratamento  ganhos em saúde 

− Aspectos negativos

perda do quadro de referências  família  aumento dos níveis de dependência 


Conteúdos 

Autonomia da pessoa idosa Minimizar os efeitos das hospitalizações na vida da pessoa idosa − Nas actividades da vida

higiene e alimentação  sono  ocupação e conforto 

− As visitas


Conteúdos 

A família da pessoa idosa

apoio  informação  preparação/ensino 

O apoio extra-hospitalar

− O recurso a outros recursos da sociedade

apoio domiciliário  centro de dia  lar 


Conteúdos

A alta médica e continuidade da prestação de cuidados

consultas  medicação  exames/tratamentos 


PATOLOGIA CARDIOVASCULAR


PATOLOGIA CARDIOVASCULAR 

As doenças cardiovasculares são o conjunto de doenças que afectam o aparelho cardiovascular, designadamente o coração e os vasos sanguíneos.


PATOLOGIA CARDIOVASCULAR FACTORES DE RISCO 

O QUE SÃO FACTORES DE RISCO? São condições que predispõem uma pessoa a maior risco de desenvolver uma patologia, neste caso doenças do coração e dos vasos sanguíneos. Existem diversos factores de risco para as doenças cardiovasculares, que podemos dividir em imutáveis (aqueles que não podemos mudar) e mutáveis (factores sobre os quais podemos influir, mudando, prevenindo ou tratando).


FACTORES DE RISCO

FACTORES IMUTÁVEIS 

HEREDITÁRIOS Os filhos de pessoas com doenças cardiovasculares têm uma maior propensão para desenvolverem doenças deste grupo.

IDADE 4 em cada 5 pessoas atingidas por doenças cardiovasculares têm mais de 65 anos de idade.


FACTORES DE RISCO

FACTORES IMUTÁVEIS 

SEXO Os homens têm maior hipóteses de ter um ataque cardíaco e os seus ataques ocorrem numa faixa etária menor.

Mesmo depois da menopausa, quando a taxa das mulheres aumenta, nunca é tão elevada como a dos homens.


FACTORES DE RISCO

FACTORES MUTÁVEIS 

TABACO O risco de ocorrer um ataque cardíaco num fumador é 2 vezes maior que num não fumador. Os fumadores têm uma hipótese 2 a 4 vezes maior de morrer subitamente do que um não fumador.

Os fumadores passivos também têm o risco de um ataque cardíaco aumentado.


FACTORES DE RISCO

FACTORES MUTÁVEIS  

COLESTEROL ELEVADO Os riscos aumentam na medida em que os níveis de colesterol estão mais elevados no sangue.

Juntamente com outros factores como hipertensão arterial e fumo o risco é ainda maior. Este factor de risco é agravado pela idade, sexo e alimentação.


FACTORES DE RISCO

FACTORES MUTÁVEIS 

HIPERTENSÃO ARTERIAL Para manter a hipertensão arterial, o coração realiza um trabalho maior, com isso vai atrofiando o músculo cardíaco que se dilata e fica mais fraco com o tempo, aumentando os riscos de um ataque. O risco de um ataque num hipertenso aumenta quando associado ao cigarro, à Diabetes, à obesidade e ao colesterol elevado.


FACTORES DE RISCO

FACTORES MUTÁVEIS 

VIDA SEDENTÁRIA

A falta de exercício físico é um factor de risco. Exercícios físicos regulares e moderados têm um papel importante para evitar doenças cardiovasculares.


FACTORES DE RISCO

FACTORES MUTÁVEIS 

OBESIDADE O excesso de peso tem uma maior probabilidade de provocar um AVC ou uma doença cardíaca, mesmo na ausência de outros factores de risco. A obesidade exige um esforço maior do coração.

Está associada a hipertensão arterial, Diabetes.

doenças colesterol

coronárias, elevado e


FACTORES DE RISCO

FACTORES MUTÁVEIS 

DIABETES MELLITUS A Diabetes constitui um sério risco para a doença cardiovascular. Na presença da Diabetes, os outros factores de risco tornam-se mais significativos e ameaçadores.


FACTORES DE RISCO

FACTORES MUTÁVEIS 

Existem outros factores que podem influenciar negativamente os factores já apresentados. Estar constantemente sob tensão emocional (stress), pode fazer com que se coma mais, fume mais e tenha hipertensão. Certos medicamentos semelhantes.

podem

ter

efeitos


Sintomas de Doença Cardíaca 

Existem alguns sintomas que podem constituir sinais de alerta, principalmente em pessoas mais idosas: Dificuldade em respirar - pode ser o indício de uma doença coronária e não apenas a consequência da má forma física, especialmente se surge quando se está em repouso ou se nos obriga a acordar durante a noite;

Angina de peito – quando, durante um esforço físico, se tem uma sensação de peso, aperto ou opressão por detrás do esterno, que por vezes se estende até ao pescoço, ao braço esquerdo ou ao dorso; Alterações do ritmo cardíaco;


Sintomas de Doença Cardíaca 

Enfarte do miocárdio - é uma das situações de urgência/emergência médica cardíaca. O sintoma mais característico é a existência de dor prolongada no peito, surgindo muitas vezes em repouso. Por vezes, é acompanhada de ansiedade, sudação, falta de força e vómitos. Insuficiência cardíaca - surge quando o coração é incapaz de, em repouso, bombear sangue em quantidade suficiente através das artérias para os órgãos, ou, em esforço, não consegue aumentar a quantidade adicional necessária. Os sintomas mais comuns são a fadiga e uma grande debilidade, falta de ar em repouso, distensão do abdómen e pernas inchadas.


PREVENÇÃO 

  

A prevenção é o melhor tratamento de qualquer doença. Alimentação equilibrada à base de legumes, vegetais, fruta e cereais; Exercício físico moderado e com regularidade; Não fumar; Controlo regular da tensão arterial, açúcar e gordura no sangue; A partir dos 40 anos deve haver realização de exames periódicos de saúde. As pessoas com antecedentes familiares devem começar mais cedo.


PATOLOGIA RESPIRATÓRIA


PATOLOGIA RESPIRATÓRIA

As doenças respiratórias são as que afectam o trato e os órgãos do sistema respiratório.


ALTERAÇÕES DO SISTEMA RESPIRATÓRIO E ENVELHECIMENTO 

À medida que envelhecemos: Os pulmões ficam menos elásticos diminuindo a Capacidade Vital. A actividade ciliar, que faz a limpeza das secreções, diminui de actividade proporcionando a acumulação de secreções que favorecem as infecções respiratórias e dificulta as trocas de gases.


ALTERAÇÕES DO SISTEMA RESPIRATÓRIO E ENVELHECIMENTO 

A musculatura do tórax perde a capacidade de eliminar secreções pela tosse, de respirar profundamente expandindo os pulmões, e de expelir dióxido de carbono. Estas alterações afectam especialmente os fumadores e pessoas que vivem em ambientes com alto teor de poluentes e acabam possuir desconforto respiratório. Estas mudanças facilitam e favorecem a instalação de doenças.


SINTOMAS  Tosse:

A tosse é uma defesa do organismo na tentativa de expelir secreções acumuladas nas vias respiratórias. Com o passar dos anos, pelos motivos já expostos, a tosse torna-se menos eficiente. A presença de tosse persistente com duração de mais de 2 semanas deve ser alvo de avaliação.


Tosse 

A tosse persistente está intimamente relacionada com quadros de regurgitação (entrada de líquidos contidos no estômago para os pulmões - aspiração), asma, alergias e infecções.


CAUSAS MAIS COMUNS DE TOSSE EM IDOSOS: 

Tabagismo

Bronquites

Asma

Pneumonias

Refluxo Gastroesofágico

Cancro de Pulmão, Metástases

Tuberculose

Efeitos Adversos de Medicamentos


SINTOMAS 

Sibilos (Chiado): Também conhecido como broncoespasmo é um sintoma relacionado com o som gerado pela passagem do ar por estruturas tubulares (Brônquios). Quando se vai expelir o ar e as passagens encontram-se contraídas e/ou semi-obstruídas ocorre o sibilo. Trata-se de um sintoma característico em portadores de bronquite crónica e asma.


SINTOMAS 

Dispneia (Dificuldade para respirar, Falta de Ar): A falta de ar sempre é um sintoma preocupante comum a várias doenças e condições, muitas delas de extrema gravidade. Costuma apresentar-se em pessoas que estando em repouso ou com pouca actividade decidem, por exemplo, subir alguns escadas.


SINTOMAS  Considera-se

muito grave a presença de dispneia em repouso.

 Alguns

pacientes não se conseguem deitar completamente na cama. Dormem semisentados para aliviar o desconforto desta grave condição.


SINTOMAS 

CAUSAS COMUNS DE DISPNEIA EM IDOSOS

Insuficiência Cardíaca Congestiva  Embolia Pulmonar  Pneumonias Graves 

Nunca é demais enfatizar a gravidade deste sintoma. A presença de desconforto respiratório em idosos deve ser considerada uma emergência médica.


DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÓNICA (DPOC) 

DPOC é uma doença crónica que se caracteriza pela diminuição da capacidade respiratória. Trata-se de um termo genérico comum a algumas doenças:

Enfisema  Asma  Bronquite Crónica 


DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÓNICA (DPOC)  Destas

doenças destacam-se pela sua prevalência: a Bronquite Crónica e o Enfisema pulmonar.

Todos os pacientes portadores de DPOC devem ser vacinados contra a gripe todos os anos e uma vez contra a pneumonia.


PNEUMONIA 

A pneumonia é uma das doenças que frequentemente leva pessoas idosas à morte.

É a quinta causa de morte nos EUA. Pacientes em instituições têm um risco 50 vezes maior de contrair infecções pulmonares quando comparados com aqueles que vivem nos seus domicílios.

Vários factores contribuem e facilitam esta terrível complicação.


PNEUMONIA 

Ao contrário do paciente adulto jovem, a pneumonia, especialmente naqueles mais idosos, não se costuma apresentar de modo clássico, com febre alta, tosse produtiva, catarro amarelado (purulento), dores nas costas e prostração. Pode ocorrer de maneira absolutamente silenciosa, e às vezes apenas uma alteração no padrão de comportamento nos leva a considerar esta possibilidade.


TUBERCULOSE 

Doença grave, transmitida pelo ar. Pode acometer todos os órgãos do corpo, em especial nos pulmões. Nos EUA, cerca de 30% de novos casos registados anualmente ocorrem em pessoas acima dos 65 anos de idade.

Pessoas que vivem em instituições estão mais expostas ao risco de contrair a doença.


TUBERCULOSE 

     

Acredita-se que 80% dessas pessoas tenham tido contacto com o agente etiológico antes dos 30 anos de idade e agora, fragilizados e com o seu sistema imunológico comprometido, a micobactéria silente acaba por encontrar a oportunidade para se reactivar. Certas condições aumentam o risco:

Desnutrição Diabetes Mellitus Tabagismo Alcoolismo Neoplasias (Cancro) Doenças graves e debilitantes


TUBERCULOSE 

SINTOMAS Na faixa etária geriátrica, os costumam ser vagos e inespecíficos:

Fraqueza  Emagrecimento  Tosse 

sintomas


PREVENÇÃO 

Algumas medidas são realmente eficazes na prevenção das infecções respiratórias.

O que fazer para prevenir?

Estimular a tosse e hidratar convenientemente.

Especialmente nos dias quentes, manter uma garrafa de líquidos para controlo a respeito da quantidade efectivamente ingerida.


PREVENÇÃO 

As caminhadas e exercícios físicos contribuem para a mobilização das secreções pulmonares. Pacientes que apresentam pneumonias de repetição ou outras condições que representem risco, o médico assistente deverá indicar outros recursos como: medicação específica de longa duração, vacinas, etc.

O uso de aparelhos para inalação só deve ser indicado pelo médico. O paciente deve ser mantido em boas condições nutricionais, com uma dieta bem balanceada ou com ajuda de suplementos alimentares se prescritas pelo médico. Estas medidas, sem dúvida, previnem ou pelo menos diminuem o risco de infecções pulmonares.


PATOLOGIA HEMATOLÓGICA E ONCOLÓGICA


PATOLOGIA HEMATOLÓGICA

As doenças hematológicas também chamadas de doenças do sangue.

As mais comuns são a anemia, leucemia e hemofilia.

são

Normalmente, são detectadas por sintomas clínicos como fraqueza, cansaço, infecções frequentes e sangramentos anormais, e confirmadas em diagnósticos feitos por meio de análises laboratoriais do sangue ou da medula óssea (aonde são formadas as células do sangue).


A ANEMIA A

anemia ocorre quando a quantidade de hemáceas (glóbulos vermelhos que contêm hemoglobina, uma proteína que transporta o oxigénio pelo corpo) no sangue se encontra abaixo do nível normal.


A ANEMIA CAUSAS 

Nutricionais A falta de Ferro, vitamina B12 ou Ácido Fólico pode levar a quadros anémicos, geralmente causados por dietas nutricionais deficientes em nutrientes derivados de animais (carne, ovos e leite). O problema costuma atacar pessoas vegetarianas.

Alcoolismo, gravidez e algumas doenças também podem levar à deficiência destes nutrientes.


A ANEMIA CAUSAS  Hereditárias

 Doenças  Algumas

crónicas

doenças crónicas, como doenças dos rins e do fígado, podem levar à anemia, principalmente em pessoas que necessitam de hospitalização frequente.


A ANEMIA CAUSAS

Falhas na medula óssea

Uso de medicamentos


LEUCEMIA 

Esta doença atinge a medula óssea e os gânglios do corpo, podendo provocar anemia, diminuição das plaquetas (causando sangramentos anormais) e, principalmente, alteração dos leucócitos (glóbulos brancos que fazem a defesa do corpo contra as infecções). Há dois tipos de leucemia mais frequentes: a linfóide aguda ou linfoblástica (mais comum em crianças) e a leucemia mielóide aguda.


HEMOFILIA 

É a mais comum das doenças hemorrágicas hereditárias. Causada pela deficiência dos factores responsáveis pela acção coagulante do sangue, o que torna o hemofílico sujeito a importantes hemorragias, mesmo por motivos simples, como um corte ao se barbear ou extracções dentárias.

As cirurgias podem ser fatais para estas pessoas. A hemofilia afecta quase que exclusivamente os homens.


RECOMENDAÇÕES 

Fazer uma dieta alimentar equilibrada, com ingestão adequada de proteínas e vitaminas. Fazer exames médicos de rotina, pelo menos uma vez por ano. Procurar o médico sempre que os seguintes sintomas aparecerem: fraqueza, cansaço, sangramento anormal ou infecções frequentes.


O CANCRO


O CANCRO 

O cancro é a proliferação anormal de células. O cancro tem início nas células; um conjunto de células forma um tecido e, por sua vez, os tecidos formam os órgãos do nosso corpo. Normalmente, as células crescem e dividem-se para formar novas células. No seu ciclo de vida, as células envelhecem, morrem e são substituídas por novas células. Algumas vezes, este processo ordeiro e controlado corre mal: formam-se células novas, sem que o organismo necessite e, ao mesmo tempo, as células velhas não morrem. Este conjunto de células extra forma um tumor. Nem todos os tumores correspondem a cancro. Os tumores podem ser benignos ou malignos.


O CANCRO 

Os tumores benignos não são cancro:

Raramente põem a vida em risco;

Regra geral, podem ser removidos e, muitas vezes, regridem; As células dos tumores benignos não se "espalham", ou seja, não se disseminam para os tecidos em volta ou para outras partes do organismo (metastização à distância).


O CANCRO 

Os tumores malignos são cancro:

Regra geral são mais graves que os tumores benignos;

Podem colocar a vida em risco;

Podem, muitas vezes, ser removidos, embora possam voltar a crescer; As células dos tumores malignos podem invadir e danificar os tecidos e órgãos circundantes; podem, ainda, libertar-se do tumor primitivo e entrar na corrente sanguínea ou no sistema linfático - este é o processo de metastização das células cancerígenas, a partir do cancro original, formando novos tumores noutros órgãos.


O CANCRO

FACTORES DE RISCO  Envelhecimento

O factor de risco mais importante para ter cancro é o envelhecimento. A maioria dos cancros ocorre em pessoas com mais de 65 anos.

No entanto, o cancro pode surgir em pessoas de todas as idades, incluindo crianças.


O CANCRO

FACTORES DE RISCO  Tabaco 

O uso do tabaco é a causa de morte que mais se pode prevenir. Em Portugal, todos os anos morrem cerca de 3100 pessoas com cancro do pulmão. É mais provável que os fumadores desenvolvam cancro dos pulmões, laringe, boca, esófago, bexiga, rins, garganta, estômago, pâncreas ou colo do útero, do que os não fumadores. Também é mais provável que desenvolvam leucemia mielóide aguda (tumor que tem início nas células do sangue). Usar produtos de tabaco ou estar regularmente em contacto com o fumo (fumador ambiental, passivo ou secundário), aumenta o risco de cancro.


O CANCRO

FACTORES DE RISCO  Luz 

solar

A radiação ultravioleta (UV) provém do sol, de lâmpadas solares e de câmaras de bronzeamento; provoca envelhecimento precoce da pele e alterações que podem originar cancro de pele. Os médicos encorajam as pessoas de todas as idades a limitar o tempo de exposição ao sol, bem como a evitar outras fontes de radiação UV.


O CANCRO

FACTORES DE RISCO  

 

Radiação ionizante A radiação ionizante pode causar danos na pele que levam à formação de tumores. Este tipo de radiação provém de raios que entram na nossa atmosfera (terrestre), vindos do espaço exterior, poeiras radioactivas, gás radão, raios-X, entre outras fontes.

Determinados químicos e outras substâncias Pessoas com determinados empregos (pintores, trabalhadores da construção civil e da indústria química), apresentam um risco aumentado para desenvolver um tumor. Muitos estudos demonstraram que a exposição ao amianto, benzeno, cádmio, níquel ou cloreto de vinilo, no local de trabalho, podem causar cancro.


O CANCRO

FACTORES DE RISCO  

  

Alguns vírus e bactérias Estar infectado com determinados vírus e bactérias pode aumentar o risco de desenvolver alguns tumores: Vírus do Papiloma humano (HPV ): a infecção por HPV é a principal causa de cancro do colo do útero; pode, ainda, ser um factor de risco para outro tipo de tumores. Vírus da hepatite B e C: o cancro do fígado pode desenvolver-se, muitos anos depois da infecção com hepatite B ou hepatite C. Vírus dos linfomas T humanos (HTLV-1): a infecção por HTLV -1 aumenta o risco de desenvolver linfoma e leucemia. Vírus da imunodeficiência humana (HIV): o HIV é o vírus que provoca a SIDA (síndrome da imunodeficiência adquirida). As pessoas que estão infectadas com o HIV , têm maior risco de desenvolver cancro: linfoma e um tipo de tumor raro, chamado Sarcoma de Kaposi .


O CANCRO

FACTORES DE RISCO 

Determinadas hormonas Os médicos podem recomendar tratamento com hormonas, para ajudar a controlar alguns problemas que podem surgir durante a menopausa, como afrontamentos, secura vaginal e enfraquecimento dos ossos.

No entanto, alguns estudos demonstram que a terapêutica hormonal, na menopausa, pode causar efeitos secundários graves: pode aumentar o risco de cancro da mama, de enfarte do miocárdio, de AVC ou formação de trombos (pequenos coágulos de sangue que podem entupir veias ou artérias).


O CANCRO

FACTORES DE RISCO  Álcool

Beber mais de duas bebidas alcoólicas por dia, durante muitos anos, pode aumentar a probabilidade de desenvolver cancro da boca, da garganta, do esófago, da laringe, do fígado e da mama.

O risco aumenta com a quantidade de álcool que uma pessoa bebe. Na maioria destes cancros, o risco é mais elevado se a pessoa também fumar.


O CANCRO

FACTORES DE RISCO 

Dieta pobre, falta de actividade física ou excesso de peso As pessoas que têm uma dieta pobre, que não praticam actividade física suficiente, ou que têm excesso de peso, podem ter um risco aumentado para vários tipos de cancro. Por exemplo, alguns estudos sugerem que as pessoas cuja dieta é rica em gorduras, têm um risco aumentado para cancro do cólon, do útero e da próstata. Por outro lado, a falta de actividade física e o excesso de peso, são factores de risco para cancro da mama, do cólon, do esófago, dos rins e do útero.


SINAIS DE ALERTA 

O cancro pode provocar muitos sintomas diferentes, como por exemplo:

Espessamento, massa ou "uma elevação" na mama, ou em qualquer outra parte do corpo. Aparecimento de um sinal novo, ou alteração num sinal já existente. Ferida que não passa, ou seja, cuja cicatrização não acontece. Rouquidão ou tosse que não desaparece.


SINAIS DE ALERTA 

Alterações relevantes na rotina intestinal ou da bexiga.

Desconforto depois de comer.

Dificuldade em engolir.

Ganho, ou perda de peso, sem motivo aparente.

Sangramento ou qualquer secreção anormal.

Sensação de fraqueza ou extremo cansaço.


PATOLOGIA NEUROLÓGICA


DOENÇA DE ALZHEIMER 

A Doença de Alzheimer está, na maioria dos casos, relacionada com o envelhecimento. O aumento do número de situações diagnosticadas é, por isso, uma consequência directa do actual sucesso da Medicina em prolongar a vida. A doença de Alzheimer é uma doença do cérebro, progressiva, irreversível e com causas e tratamento ainda desconhecidos. Começa por atingir a memória e, progressivamente, as outras funções mentais, acabando por determinar a completa ausência de autonomia dos doentes.


DOENÇA DE ALZHEIMER 

Os doentes de Alzheimer tornam-se incapazes de realizar a mais pequena tarefa, deixam de reconhecer os rostos familiares, ficam incontinentes e acabam, quase sempre, acamados. É uma doença muito relacionada com a idade, afectando as pessoas com mais de 50 anos. A estimativa de vida para os pacientes situa-se entre os 2 e os 15 anos.


SINTOMAS 

Ao princípio observam-se pequenos esquecimentos, perdas de memória, normalmente aceites pelos familiares como parte do processo normal de envelhecimento, que se vão agravando gradualmente. Os pacientes tornam-se confusos e, por vezes, agressivos, passando a apresentar alterações da personalidade, com distúrbios de conduta. Acabam por não reconhecer os próprios familiares e até a si mesmos quando colocados frente a um espelho.


SINTOMAS 

À medida que a doença evolui, tornam-se cada vez mais dependentes de terceiros. Iniciam-se as dificuldades de locomoção, a comunicação inviabiliza-se e passam a necessitar de cuidados e supervisão integral, até mesmo para as actividades elementares do quotidiano, como alimentação, higiene, vestuário, etc.


Dez sinais de alerta da doença de Alzheimer 

1. Perda de memória É normal esquecer ocasionalmente reuniões, nomes de colegas de trabalho, números de telefone de amigos, e lembrar-se deles mais tarde. Uma pessoa com a doença de Alzheimer esquece-se das coisas com mais frequência, mas não se lembra delas mais tarde, em especial dos acontecimentos mais recentes.


Dez sinais de alerta da doença de Alzheimer 

2. Dificuldade domésticas

em

executar

as

tarefas

As pessoas muito ocupadas podem temporariamente ficar tão distraídas que chegam a deixar as batatas no forno e só se lembram de as servir no final da refeição. O doente de Alzheimer pode ser incapaz de preparar qualquer parte de uma refeição ou esquecer-se de que já comeu.


Dez sinais de alerta da doença de Alzheimer 

3. Problemas de linguagem Toda a gente tem, por vezes, dificuldade em encontrar a palavra certa. Porém, um doente de Alzheimer pode esquecer mesmo as palavras mais simples ou substituí-las por palavras desajustadas, tornando as suas frases de difícil compreensão.


Dez sinais de alerta da doença de Alzheimer 

4. Perda da noção do tempo e desorientação É normal perdermos – por um breve instante – a noção do dia da semana ou esquecermos o sítio para onde vamos. Porém, uma pessoa com a doença de Alzheimer pode perder-se na sua própria rua, ignorando como foi dar ali ou como voltar para casa.


Dez sinais de alerta da doença de Alzheimer 

5. Discernimento fraco ou diminuído As pessoas podem por vezes não ir logo ao médico quando têm uma infecção, embora acabem por procurar cuidados médicos.

Um doente de Alzheimer poderá não reconhecer uma infecção como algo problemático e não ir mesmo ao médico ou, então, vestir-se inadequadamente, usando roupa quente num dia de Verão.


Dez sinais de alerta da doença de Alzheimer 

6. Problemas relacionados com o pensamento abstracto

Por vezes, as pessoas podem achar que é difícil fazer as contas dos gastos. Mas, alguém com a doença de Alzheimer pode esquecer completamente o que são os números e o que tem de ser feito com eles. Festejar um aniversário é algo que muitas pessoas fazem, mas o doente de Alzheimer pode não compreender sequer o que é um aniversário.


Dez sinais de alerta da doença de Alzheimer 

7. Trocar o lugar das coisas Qualquer pessoa pode não arrumar correctamente a carteira ou as chaves. Um doente de Alzheimer pode pôr as coisas num lugar desajustado: um ferro de engomar no frigorífico ou um relógio de pulso no açucareiro.


Dez sinais de alerta da doença de Alzheimer 

8. Alterações de humor ou comportamento Toda a gente fica triste ou mal-humorada de vez em quando. Alguém com a doença de Alzheimer pode apresentar súbitas alterações de humor – da serenidade ao choro ou à angústia – sem que haja qualquer razão para tal facto.


Dez sinais de alerta da doença de Alzheimer 

9. Alterações na personalidade A personalidade das pessoas pode variar um pouco com a idade. Porém, um doente com Alzheimer pode mudar totalmente, tornando-se extremamente confuso, desconfiado ou calado. As alterações podem incluir também apatia, medo ou um comportamento inadequado.


Dez sinais de alerta da doença de Alzheimer 

10. Perda de iniciativa É normal ficar cansado com o trabalho doméstico, as actividades profissionais do diaa-dia ou as obrigações sociais; porém, a maioria das pessoas recupera a capacidade de iniciativa.

Um doente de Alzheimer pode tornar-se muito passivo e necessitar de estímulos e incitamento para participar.


PATOLOGIA SENSORIAL


PATOLOGIA SENSORIAL 

Em função da idade, são detectadas diversas mudanças nas funções perceptivas dos idosos. Podemos destacar como consequência dessas alterações, uma deterioração progressiva no desempenho motor especializado.


PATOLOGIA SENSORIAL 

A visão, considerada por muitos como o órgão do sentido mais essencial, é prioritariamente afectada. A diminuição da capacidade auditiva é considerada por muitos estudiosos da área como um importante motivo da exclusão social do idoso.

A maior dificuldade auditiva da pessoa idosa é na detecção de sons de alta frequência e no aumento do tempo de reacção aos sons.


PATOLOGIA SENSORIAL 

O olfacto também é afectado, ocorrendo uma queda gradual na capacidade de identificar correctamente os odores. O tacto, responsável pela informação ao sistema nervoso da temperatura do ambiente externo, sensações de dor e de toque, é sensivelmente diminuído.


PATOLOGIA SENSORIAL 

Os órgãos do sentido são responsáveis em grande parte pelas percepções.

Quanto menor forem as informações recebidas pelo sistema nervoso, menor será a sua resposta ao ambiente, interno ou externo, e consequentemente, menos interacções com o meio ao seu redor o indivíduo terá. O idoso exclui-se facilmente caso não seja constantemente estimulado e motivado a participar de actividades na sociedade onde vive.


DOENÇA CRÓNICA


DOENÇA CRÓNICA A

Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que as doenças crónicas de declaração não obrigatória, como as doenças cardiovasculares, a diabetes, a obesidade, o cancro e as doenças respiratórias, representam cerca de 59 % do total de 57 milhões de mortes por ano e 46 % do total de doenças.

 Afectam

países desenvolvidos e países em vias de desenvolvimento.


DOENÇA CRÓNICA 

-

-

A expansão das doenças crónicas reflecte os processos de industrialização, urbanismo, desenvolvimento económico e globalização alimentar, que acarretam: Alteração das dietas alimentares; Aumento dos hábitos sedentários; Crescimento do consumo de tabaco. Cerca de metade das mortes causadas por doenças crónicas está directamente associada às doenças cardiovasculares.


DOENÇA CRÓNICA 

Os ataques cardíacos e os enfartes do miocárdio matam cerca de 12 milhões de pessoas por ano. A hipertensão e outras doenças cardíacas matam 3,9 milhões de pessoas. Cerca de 75% das doenças cardiovasculares são atribuíveis a:

Colesterol elevado;  Tensão arterial elevada;  Dieta pobre em frutas e vegetais;  Sedentarismo;  Tabagismo. 


DOENÇA CRÓNICA 

Calcula-se que, em todo o mundo, existam 177 milhões de pessoas a sofrer de diabetes, sobretudo de tipo 2. Dois terços do total vivem nos países em vias de desenvolvimento. Mais de mil milhões de adultos sofrem de excesso de peso. Destes, pelo menos 300 milhões são clinicamente obesos.


PORQUE É QUE AS DOENÇAS CRÓNICAS TÊM, A NÍVEL MUNDIAL, UM IMPACTO TÃO GRANDE NA SAÚDE? 

Porque os hábitos alimentares alteraram-se. As pessoas consomem, hoje em dia, alimentos mais calóricos, com elevado nível de açúcar e/ou gorduras saturadas, e excessivamente salgados. A mudança dos hábitos alimentares e a implantação de um estilo de vida sedentário estão a ocorrer a um ritmo muito mais rápido nos países em vias de desenvolvimento, por comparação com o que aconteceu nos países desenvolvidos.


PORQUE É QUE AS DOENÇAS CRÓNICAS TÊM, A NÍVEL MUNDIAL, UM IMPACTO TÃO GRANDE NA SAÚDE?

As doenças crónicas estão a crescer em muitos dos países mais pobres, articulando-se de forma muito perigosa com outra calamidade: as doenças infecciosas.


FACTORES DE RISCO  Apesar

de muito diferentes entre si, as doenças crónicas apresentam factores de risco comuns. São poucos e podem ser prevenidos:

 Colesterol

elevado;  Tensão arterial elevada;  Obesidade;  Tabagismo;  Consumo de álcool.


COMO REDUZIR OS RISCOS DE OCORRÊNCIA DE DOENÇAS CRÓNICAS

Alterando do estilo de vida poderá, em pouco tempo, reduzir o risco de desenvolver uma doença crónica.  Alterando a dieta alimentar – privilegiar frutas, vegetais, frutos secos e cereais integrais; substituir as gorduras animais saturadas por gorduras vegetais insaturadas; reduzir as doses de alimentos salgados e doces;  Iniciando a prática de exercício físico diário;  Mantendo um peso normal – Índice de Massa Corporal entre 18,5 e 24,9.  Eliminando o consumo de tabaco. 


PREVENÇÃO 

Está comprovado que as intervenções comportamentais sustentadas são eficazes na redução dos factores de risco para a população. Mais de 80% dos casos de ocorrência de doenças cardíacas coronárias, 90% dos casos de diabetes de tipo 2 e de um terço das ocorrências de cancro podem ser evitados através da alteração dos hábitos alimentares, do aumento de actividade física e do abandono do tabagismo.


SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA: AS INTOXICAÇÕES E OS ACIDENTES


Cerca de 75% dos acidentes em idosos acontecem nas suas próprias casas, incluindo os alojamentos colectivos (lares e outros locais de acolhimento), no meio circundante (escadas, jardim ou pátio), ou por escorregamento na rua. Os acidentes aumentam com a idade e na maior parte dos casos dão origem a quedas. Além das quedas, os acidentes com idosos incluem ferimentos com facas de cozinha, queimaduras devidas a manipulação desajeitada de produtos inflamáveis, ou à diminuição das faculdades sensoriais, como a perda da sensibilidade ao calor, ou a perda do olfacto.


Os acidentes mais frequentes em casa são causados por: Pôr-se de pé em cima de um banco, escadote ou cadeira  Andar sobre pavimentos molhados, húmidos ou encerados  Pequenos tapetes, ou tapetes de quarto sem forro antiderrapante  Mobiliário instável, gavetas abertas, peças de mobília ou outros obstáculos deixados no seu caminho  Má iluminação  Escadas com degraus de tamanhos diferentes 


Os acidentes mais frequentes em casa são causados por:

Fios eléctricos ou de telefone deixados no chão  Banheira ou chuveiro sem barras de apoio ou tapete antiderrapante 


INTOXICAÇÕES 

Produtos químicos (lixívias) As mais perigosas são as industriais ou as produzidas especificamente para a limpeza do lar. A ingestão costuma acontecer por acidente ou por confusão. Depois da referida ingestão, o efeito costuma ver-se logo, com uma sensação de mal-estar e ardência interna.


INTOXICAÇÕES 

Se se ingeriu alguma destas substâncias, não se deve provocar o vómito, porque aumentará a lesão no tracto esofágico ao sair de novo para o exterior. Recomenda-se que se ingira gemas de ovo para contrariar o efeito corrosivo. Se se ingeriu qualquer outro tipo de substância não corrosiva, recomenda-se que se provoque o vómito.


INTOXICAÇÕES 

A pessoa afectada deve ser enviada imediatamente para um centro médico. Fármacos: Os idosos costumam intoxicar-se devido a confusões. O tratamento baseia-se em produzir o vómito a fim de eliminar o mais depressa possível os fármacos.


INTOXICAÇÕES 

Gases: As intoxicações por gases quase sempre se devem ao gás butano, ou a gases gerados por combustão. O gás butano é reconhecido facilmente pelo seu cheiro. Quando se suspeitar de que um gás foi libertado, é fundamental desligar a electricidade para evitar qualquer chispa que gere a deflagração e ventilar bem a casa.


INTOXICAÇÕES 

O monóxido de carbono é originado na combustão habitual dos aquecedores a gás butano.

É um gás muito difícil de identificar, uma vez que, não tem cheiro. A intoxicação costuma identificar-se com uma intoxicação por sintomatologia digestiva, com náuseas e vómitos, e neurológica, com dores de cabeça e perda de conhecimento.

É necessário fazer imediatamente uma ventilação adequada da casa, evacuando-se o mais depressa possível.


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