Os idosos são uma população crescente na Europa e Portugal é já considerado o 4º país mais envelhecido do continente europeu.
Portugal também é um dos países onde as pessoas idosas são mais
abandonadas e com menos profissionais a eles dedicados.
Antigamente o velho era considerado como um arquivo de
saberes e experiências cuja transmissão de conhecimentos era imprescindível para a sobrevivência da comunidade, hoje é considerado um peso para a sociedade.
Há histórias de vida verdadeiramente tristes!
Chegar à terceira idade hoje é um verdadeiro drama... Histórias de quem tanto deu à sociedade e que, agora, se depara com um resto de vida de quase clausura, ou seja,
fechados e afastados do mundo.
Tipos de abandonos: Lares
Casas de repouso Hospitais Nas próprias casas
Deixados pela família em abrigos, esquecidos nos
hospitais, mandados para lares, a maioria dos idosos não recebe visitas nem mesmo nas datas mais importantes e especiais, como o Dia do Pai/ da Mãe,
aniversários, Natal, Páscoa ou no dia do idoso.
Os idosos, hoje em dia são desvalorizados pela maior parte da sociedade por serem “desnecessários” aos olhos de algumas pessoas, pois são muitas vezes inaptos e não dão lucro para as suas famílias/sociedade (infelizmente existem pessoas com esta forma de pensar).
GNR sinaliza mais 28 mil idosos sozinhos ou isolados
Em Portugal, os idosos sofrem algumas consequências no que toca à sua saúde pois o tratamento por vezes é excessivamente familiar, utilizando diminutivos ou expressões artificiais de carinho, que em vez de criarem uma relação de cumplicidade, fomentam a sua infantilização.
Por vezes ocorre também a omissão de informação no que respeita à evolução do estado de saúde, muitas vezes com a justificação de proteger a pessoa devido à sua idade, representando um estado de inferioridade.
Os
profissionais
de
saúde/cuidador,
apresentam
pouca
sensibilidade e falta de paciência relativamente à queixa do idoso no que se refere à dor, desconforto e isolamento.
Há uma violação de privacidade durante a realização da higiene ou dos tratamentos, por se considerar erradamente que a idade ou a incapacidade diminui o vergonha.
Os crimes de violência a idosos aumentaram de 8 para 25 mil nos últimos 5 anos.
Não obstante, há outras valências com expressão nos cuidados a idosos, em particular os Centros de Convívio, que representam cerca de 7% das respostas sociais para este grupo. Recentemente tem sido realizada uma aposta na valência Residência.
No entanto ainda há um longo trabalho a ser realizado a nível da organização e
funcionamento dos serviços:
As instalações por vezes são demasiado grandes o que dificulta a orientação e a deslocação dos idosos;
Os espaços são pouco humanizados e por vezes degradados;
Há existência de barreiras arquitetónicas e ausência de espaços que permitam a proximidade dos familiares em instituições;
grande mobilidade de turnos dos profissionais de saúde, não permitindo a criação de laços de
confiança com os mesmos;
A ausência de horários flexíveis que possibilitem uma presença mais assídua da família;
A presença de recursos insuficientes e a ausência de formação específica por parte dos profissionais de saúde.
A Segurança Social estima que sejam já 25 mil os idosos em risco e sem apoio, num Universo de quase 400 mil pessoas com mais de 65 anos que vivem sozinhas em Portugal.
Cerca de 20% da população portuguesa tem mais 65 anos.
Portugueses têm das pensões mais baixas da europa;
Mil euros mensais não chegam para se ter uma velhice digna em Portugal;
85% dos nossos idosos têm uma reforma igual ou inferior a 409€ e a média mensal é de 387€.
40 mil idosos não têm capacidade financeira para comprar alimentos, nem fazer refeições mais saudáveis.
Dois em cada três idosos não consegue pagar o lar