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ISSN 1646-5660


acção preventiva

SECTOR A

SECTOR B

Áreas de intervenção arqueológica

No âmbito da execução da obra de conservação da ala poente do Claustro Velho e espaço adjacente, realizada no Mosteiro de São Bento de Avis, foram iniciados, em 2012, trabalhos arqueológicos de carácter preventivo. O projecto de requalificação integrava um conjunto de acções, centradas no Claustro Velho, as quais tinham como objectivos a preservação e valorização do imóvel, numa zona onde se viriam a instalar o Centro Interpretativo da Ordem de Avis e o Museu do Campo Alentejano.

Os espaços a intervencionar no âmbito do projecto estendiam-se a zonas adjacentes ao Claustro, nomeadamente ao espaço onde funcionava o Museu Municipal e sala contígua, e Rua das Lages, onde se encontrava o arquivo dos serviços municipais. A intervenção arqueológica foi desencadeada de forma a minimizar os impactos decorrentes da execução da obra a realizar em área arqueológica sensível, possibilitando a recolha, o mais detalhada e rigorosa possível, de evidências arqueológicas que pudessem surgir no decurso dos trabalhos, privilegiando alternativas e adaptação das propostas previstas no projecto, devidamente concertadas com a equipa técnica responsável pelo mesmo, em detrimento de escavações parciais e inconclusivas de vestígios arqueológicos, preservando-se, deste modo, a totalidade da informação conservada. Numa primeira fase, realizada em 2012, a intervenção arqueológica decorreu em contexto de obra. Procedeu-se ao acompanhamento de todos os trabalhos que envolveram movimentação e remoção de terras, com especial incidência na sala contígua ao Museu Municipal, designada por Sector A, e na Rua das Lages, correspondente ao Sector B.

Estruturas identificadas no Sector B

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A identificação de um importante conjunto de estruturas


intervenção arqueológica no mosteiro de são bento de avis

Aspecto do Sector A após a remoção do pavimento

Conjunto de estuturas identificadas no Sector A

arqueológicas em ambos os sectores confirmou a relevância arqueológica da área de intervenção. A importância destas realidades para o estudo do conjunto monástico impunha a ampliação dos trabalhos de escavação arqueológica, o que era totalmente incompatível com os prazos determinados pela empreitada.

permitiram a identificação de novas realidades, cuja análise e interpretação contribuirão de forma determinante para uma nova leitura da evolução do conjunto monástico de São Bento de Avis, em particular das fases mais antigas.

Perante a impossibilidade de prosseguir com a intervenção arqueológica, foram preservados os achados, e a obra prosseguiu na Rua das Lages. Na outra área prioritária de intervenção, correspondente ao sector A, a realização de uma intervenção arqueológica era inevitável, pelo que após a limpeza da área, suspenderam-se os trabalhos. A escavação foi retomada em 2014, após ter sido reunida parte dos meios necessários. Os trabalhos, ainda em curso,

Trabalhos arqueológicos realizados em 2014

Trabalhos arqueológicos realizados em 2014

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investigação

carta arqueológica e o paleolítico os primeiros resultados O concelho de Avis apresenta uma diversidade natural que favoreceu a fixação humana neste território desde tempos recuados. De forma a criar uma visão global e integrada dos testemunhos deixados ao longo do tempo pelas diversas comunidades que ocuparam a região, foi iniciada, em 2005, a Carta Arqueológica de Avis, projecto de investigação promovido pelo Município de Avis, através do qual se pretende realizar o levantamento do património arqueológico do concelho e proceder à sistematização dos dados reunidos. Avis integra-se numa área geográfica caracterizada pela insuficiência de informação relativa ao Paleolítico. De facto, e analisando os dados publicados ou contidos na base de dados de sítios arqueológicos, o número reduzido de ocorrências registado para o Alentejo, em particular para o Alto Alentejo, é pouco expressivo para um território tão vasto e com características naturais propícias à movimentação humana durante o Paleolítico. No caso de Avis constatou-se que correspondia, no que diz respeito a Pré-História Antiga, a um espaço vazio, localizado entre as bacias hidrográficas do Tejo e do Guadiana. Pelas características da área em estudo, marcada por duas linhas de água de grande importância, as ribeiras Grande e de Seda, era premente desencadear os trabalhos necessários que permitissem verificar a existência de vestígios paleolíticos.

Conjunto de materiais líticos recolhidos nas campanhas 3 e 4 da Carta Arqueológica.Desenhos de M. Fernanda Agostinho de Sousa

Corte na Ribeira de Seda

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Neste sentido, foram iniciadas, no âmbito da segunda fase da Carta Arqueológica de Avis, prospecções direccionadas para a identificação desses testemunhos, procurando compreender o que poderia ter estado na origem da sua ausência e quais os fenómenos que determinaram, caso se confirmassem indícios de uma ocupação tão recuada, as movimentações e as formas de ocupação deste território.

poderão, a longo prazo e numa perspectiva de investigação à escala regional, possibilitar a revisão dos materiais recolhidos no Alto Alentejo desde o início do século XX, ampliar a investigação, introduzir novas pesquisas e contribuir para o conhecimento da ocupação paleolítica numa área ainda mal documentada e que abrange os territórios desde as margens dos rios Caia e Sever às Ribeiras de Sor e Raia.

Estes trabalhos, ainda em curso, tiveram início em 2011, no âmbito da campanha 03 do projecto, sendo

As resultados preliminares dos trabalhos realizados foram apresentados no I Congresso de Arqueologia da Associação dos Arqueólogos Portugueses, realizado entre 21 e 24 de Novembro de 2013 em Lisboa. Os desenhos dos materiais incluídos na apresentação e respectiva publicação foram realizados por Maria Fernanda Agostinho de Sousa.

(1)

desenvolvidos em parceria com Maria Margarida Salvador . Os vestígios identificados até ao momento encontrandose associados, na sua maioria, a achados isolados ou dispersos. A tipologia dos materiais recolhidos, assim como o contexto da sua recolha, dificultam a atribuição de uma cronologia aos vestígios. Ainda assim, alguns dos materiais recolhidos poderão ser integrados, com as devidas reservas, no Paleolítico Médio e no Paleolítico Superior. Os dados reunidos constituem um ponto de partida para a caracterização dos momentos mais antigos de ocupação deste território, contribuindo para delinear a sua relação com outras áreas da região onde as indústrias líticas deste período se encontram documentadas, estabelecendo, deste modo, semelhanças e assimetrias. Por conseguinte, é fundamental dar continuidade ao trabalho de forma sistemática e devidamente enquadrada numa perspectiva regional, uma vez que se confirmou que a ausência de informação não equivale à falta de vestígios. A orientação da investigação neste sentido e o contínuo aperfeiçoamento das metodologias e leituras aplicadas

Sítio Areeiro 2

Bibliografia RIBEIRO, Ana e SALVADOR, Maria Margarida, 2013, “A Carta Arqueológica de Avis. Reflexões sobre o Paleolítico”, Actas do I Congresso de Arqueologia da Associação dos Arqueólogos Portugueses, Lisboa, 21 a 24 de Novembro de 2013. (1)

Arqueóloga que, desde 2003, tem colaborado com o serviço de Arqueologia do Município de Avis na realização de diversas actividades e trabalhos arqueológicos, estando integrada, desde 2011, como investigadora colaboradora do Centro de Arqueologia de Avis e no projecto Carta Arqueológica de Avis.

Raspador em quartzito. Paleolítico Médio (cerca de 100.000 anos). Desenhos de M. Fernanda Agostinho de Sousa

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investigação

território e espaços de morte na pré-história recente definição de estratégias orientadas para a identificação de novos locais de interesse arqueológico. A visão fraccionada e incompleta que existia no início do projecto foi-se atenuando à medida que os trabalhos se desenvolviam. A identificação de um conjunto significativo de sítios e monumentos arqueológicos inéditos demonstrou que a realidade era bem mais variada e multifacetada do que a que se conhecia no início da Carta Arqueológica. Os dados reunidos permitiram delinear uma nova perspectiva para a ocupação do território durante a préhistória recente. Consciente da relevância dos resultados obtidos, o Município de Avis deu continuidade, através do Centro de Arqueologia, ao estudo do povoamento pré-histórico do concelho, promovendo, para isso, o projecto Território e espaços de morte na Pré-História Recente. Contributo para uma nova leitura do povoamento megalítico no concelho de Avis (TEMPH). De uma forma geral, o projecto pretende aprofundar o conhecimento das diversas modalidades de ocupação do território durante a Pré-História Recente, procurando compreender a relevância e o significado dos espaços de morte na organização da paisagem. Para isso foi desenvolvido um plano de trabalhos que tem por base: hA realização de prospecções com vista à identificação, registo e à caracterização de novos sítios e monumentos arqueológicos; Rui Vaz 2

Os resultados obtidos no decurso da Carta Arqueológica de Avis revelaram-se determinantes para o estudo do povoamento pré-histórico do concelho. No início dos trabalhos o panorama para o megalitismo em Avis encontrava-se, em grande parte, circunscrito aos dados publicados em 1959, evidenciando lacunas relativamente à distribuição e à tipologia dos monumentos megalíticos registados, revelando dados desactualizados. Relativamente aos restantes sítios pré-históricos contemporâneos, a informação era escassa ou mesmo inexistente. Perante este quadro de referência impunha-se a revisão da informação, com a relocalização dos sítios já conhecidos, criando-se, simultaneamente, as bases para a

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Morenos 3


Terrosa 2 e Terrosa 3

hA análise detalhada das realidades inéditas identificadas no decurso da Carta Arqueológica; hA realização do enquadramento paisagístico dos sítios registados e a análise das estratégias de implantação e distribuição espacial;

anualmente, e no relatório final, elaborado no fim do projecto. Paralelamente, será realizada a divulgação científica dos trabalhos, através da publicação de artigos e de uma monografia, a preparar após a conclusão dos trabalhos.

hA integração dos locais identificados nos diferentes contextos geográficos que caracterizam a área em estudo, estabelecendo as relações espaciais entre as diversas modalidades de ocupação do território;

A apresentação de resultados irá privilegiar outras iniciativas, como a participação em reuniões científicas, apresentação pública de resultados, organização de visitas orientadas e desenvolvimento de acções pedagógicas.

hO estudo de conjuntos artefactuais relevantes para o projecto;

A primeira campanha foi iniciada em Setembro do presente ano e incluirá a apresentação do projecto no VIII Encontro de Arqueologia do Sudoeste Peninsular, a realizar nos dias 24 a 26 de Outubro de 2014, em Serpa e Aroche.

hA realização de novas leituras do megalitismo funerário na área em estudo, alicerçadas na identificação de novos monumentos/necrópoles e, deste modo, contribuir para o conhecimento das especificidades do megalitismo local, assim como das diferentes formas de ocupação do território; hA integração dos sítios e monumentos inéditos numa perspectiva de análise mais ampla, articulando estes dados com os já conhecidos/publicados, de modo a ser possível uma leitura global da paisagem na pré-história recente; hA integração regional dos dados reunidos. O plano de trabalhos baseia-se na recolha de informação através da realização de prospecções e na análise e estudo dos dados reunidos, dando continuidade ao trabalho iniciado com a Carta Arqueológica, mas centrando a sua acção no estudo do povoamento pré-histórico. O projecto encontra-se estruturado em torno de 4 campanhas, a desenvolver entre 2014 e 2017. Os resultados dos trabalhos serão reunidos nos relatórios preliminares de campanha, a apresentar

Enxara 3

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em destaque

ladeira, 100 anos depois de josé leite de vasconcelos Por convite do Sr. António Paes, de Avis, que, ilustrado como é, consagra grande amor à história da sua terra, fiz últimamente, uma excursão arqueológica pelo Alentejo, e d'ela vou aqui dar notícia rápida, emquanto não posso tratar de modo especial os assuntos que estudei.(…) Dia 7 de Agosto de 1912. Fui com o Sr. Antórnio Paes ao Ervedal, para visitar, como visitei, a Ladeira, propriedade em que por vezes aparecem restos antigos, - telhas, colunas, capitéis, moedas, cacos. (…) Mandei proceder a excavações nesta propriedade, e pôs-se a descoberto parte de uma casa. Extracto do artigo de José Leite de Vasconcelos na edição de 1912 do Arqueólogo Português

Em 24 de Julho de 1912 António Paes da Silva Marques dirige o convite a José Leite de Vasconcelos para a sua deslocação a Avis e Ervedal: Havendo n'este concelho vasto campo para as investigações scientificas a que V. Ex.ª tão proficientemente se dedica, tomo a liberdade de me dirigir a V. Ex.ª, embora não tenha a honra de o conhecer pessoalmente, para o convidar a vir aqui. (…) julgo que ha verdadeiras «preciosidades» para um erudito como V.Ex.ª. É nos terrenos a que me refiro faço esta presumpção pelos objectos que lá tem apparecido e que revelam a existencia d'uma povoação antiquíssima (...) (1). José Leite de Vasconcelos acede ao convite e em Agosto desse mesmo ano visita o concelho de Avis, tendo como anfitrião António Paes da Silva Marques. Motivado pela perspectiva de reunir peças para o Museu e elementos para o seu estudo, Leite de Vasconcelos desloca-se, no dia 7 de Agosto de 1912, ao sítio da Ladeira, local que desde logo suscitou o seu interesse. As descobertas efectadas na Ladeira são notícia na edição de Agosto de 1912 do Jornal O Século: Esta terra acaba de enriquecer a arqueologia portugueza com uma descoberta importantíssima, devido ao erudito lente da Faculdade de Letras de Lisboa, e diretor do Museu Etnológico Portuguez, o senhor doutor José Leite de de Vasconcelos. (…) Pena é que as excavações na Ladeira não possam prosseguir, pois quer parecer-nos que com elas muito teria a lucrar a ciencia arqueológica(2). Praticamente na obscuridade desde 1912, o interesse pelo sítio foi retomado em 2006 quando foi iniciado o projecto de investigação Intervenção arqueológica no sítio

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da Ladeira, Ervedal. Pretendia-se, com a realização de novos trabalhos arqueológicos, conhecer um pouco melhor aquela que foi considerado por Mário Saa uma grande estância romana, das mais intensas desta parte da Lusitânia (3). Os trabalhos realizados permitiram reunir um vasto conjunto de testemunhos associados ao período romano, assim como diversos vestígios da ocupação pré-histórica do local, a qual não surge referida na intervenção realizada em 1912. Os resultados obtidos entre 2006 e 2010, apesar de confirmarem a importância da Ladeira no panorama arqueológico do concelho e o seu papel para a história da Arqueologia local, são ainda insuficientes para o conhecimento das fases de ocupação aí identificadas. De forma a dar continuidade ao estudo do sítio arqueológico, pretende-se implementar uma segunda fase do projecto. Aproveitando esta nova etapa, o Centro de Arqueologia considerou ser de extrema importância assinalar o centenário da intervenção de José Leite de Vasconcelos no sítio da Ladeira, criando um conjunto de iniciativas que procuram divulgar, junto da comunidade científica e do público em geral, o sítio arqueológico e os trabalhos aí desenvolvidos. A abertura do ciclo ocorreu no dia 7 de Agosto de 2012, precisamente 100 anos após a primeira visita de José Leite de Vasconcelos à Ladeira, e foi marcado pela conferência Ladeira, 100 anos depois: Novos elementos para o estudo do sítio arqueológico. A sessão, realizada no Centro de Arqueologia, contou com a presença de mais de duas dezenas de participantes


Conferência Ladeira, 100 anos depois

Conferência Ladeira, 100 anos depois

O Arqueólogo Português, 1912, p. 286

que puderam conhecer a história do sítio arqueológico, assim como os resultados dos mais recentes trabalhos aí desenvolvidos. A conferência integrou a apresentação de um conjunto de materiais selecionados entre o vasto espólio recolhido no decurso do projecto de investigação. Encontra-se em preparação uma exposição monográfica que irá reunir, na Biblioteca do Centro de Arqueologia, uma selecção de textos, imagens e espólio que retratam as diferentes fases de ocupação identificadas no sítio arqueológico, assim como o resultado do estudo do acervo documental da Fundação Arquivo Paes Teles e do Legado de José Leite de Vasconcelos do Museu Nacional de Arqueologia. A esta exposição serão associadas publicações complementares e a visitas guiadas. A agenda inclui ainda um conjunto de actividades pedagógicas, dirigidas ao público escolar, e de visitas organizadas em datas específicas e de acordo com

temáticas associadas à Ladeira. Este ciclo comemorativo marca também uma nova etapa no estudo do sítio arqueológico, integrando, na sua programação, a realização de novos trabalhos arqueológicos e a preparação de conteúdos para a apresentação em eventos e publicações de carácter científico, factores essenciais para aprofundar o conhecimento sobre o quotidiano das comunidades que habitaram, em momentos distintos, o local hoje conhecido por Ladeira.

Referências (1)

Correspondência António Paes da Silva Marques, Legado documental de José Leite de Vasconcelos, Museu Nacional de Arqueologia. (2)

Legado documental de José Leite de Vasconcelos, Museu Nacional de Arqueologia. (3)

SAA, Mário, 1959, As grandes vias da Lusitânia. O Itinerário de Antonino

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valorização e divulgação

sítios, artefactos e memórias Em 2012 foi apresentada, no Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, a primeira edição da série Sítios, Artefactos e Memórias, destinada a divulgar alguns dos testemunhos do património arqueológico local de relevância cultural e turística. Os folhetos, em edição bilingue (português e inglês), estão disponíveis no Centro de Arqueologia, Posto de Turismo e Recepção do Parque de Campismo de Avis, estando prevista a sua edição on-line ainda em 2014. Depois da primeira edição, dedicada ao Monumento Epigráfico de Entre-Águas, seguiu-se a publicação, em 2013, do folheto da Anta do Penedo da Moura, em Figueira e Barros. Em 2014 será disponibilizado um novo exemplar relativo à Necrópole do Largo Dr. Sérgio de Castro, em Avis.

exposição

A exposição Novos dados sobre o Megalitismo funerário do Concelho de Avis foi organizada na sequência da participação do Centro de Arqueologia no II Congresso Internacional de Arqueologia de Transição: O Mundo Funerário, decorrido na Universidade de Évora entre 29 de Abril e 1 de Maio de 201. Com esta iniciativa procurou-se apresentar uma síntese

dos dados reunidos no decurso da Carta Arqueológica de Avis, destacando-se a descoberta de novos monumentos megalíticos, assim como de sítios arqueológicos contemporâneos A exposição esteve patente na Biblioteca do Centro de Arqueologia de 1 de Julho de 2013 a 30 de Maio de 2014, tendo sido visitada por 270 visitantes.

Centro de Arqueologia de Avis online Desde Março de 2014 é possível seguir actividade do Centro de Arqueologia de Avis através da sua página do facebook. Aqui encontram-se informações sobre as iniciativas promovidas pelo Centro, pode-se conhecer a evolução dos projectos e trabalhos arqueológicos, aceder a publicações e

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descobrir alguns dos mais significativos exemplares do património arqueológico do concelho. Procurou-se ainda reservar um espaço para recordar os projectos e actividades que deram expressão e levaram à criação do Centro de Arqueologia.


divulgação científica dos trabalhos desenvolvidos pelo centro de arqueologia Procurando divulgar o trabalho de investigação arqueológica promovido pelo Município, o Centro de Arqueologia de Avis tem vindo a incrementar a sua participação em reuniões e encontros científicos. Neste âmbito destacam-se a conferência Ladeira, 100 anos depois, realizada, a 7 de Agosto de 2012, pelo Centro de Arqueologia de Avis, e a participação no II Congresso Internacional sobre Arqueologia de Transição: O Mundo Funerário, realizado na Universidade de Évora, entre 29 de Abril e 1 de Maio de 2013, intitulada Novos dados sobre o megalitismo funerário do concelho de Avis, e no I Congresso de Arqueologia da Associação dos Arqueólogos Portugueses, realizado entre os dias 21 e 24 de Novembro de 2013 em Lisboa, com a designação A Carta Arqueológica de Avis. Reflexões sobre o Paleolítico. Esta última apresentação foi realizada em parceria com a investigadora colaboradora na Carta Arquelológica, Maria Margarida Salvador, e contou ainda dom a colaboração de

Maria Fernanda Agostinho de Sousa na execução dos desenhos de materiais arqueológicos. Igualmente importante para a difusão científica de resultados tem sido a publicação de artigos, dos quais se salientam os mais recentes: RIBEIRO, Ana e SALVADOR, Maria Margarida, 2013, “A Carta Arqueológica de Avis. Reflexões sobre o Paleolítico”, Actas do I Congresso de Arqueologia da Associação dos Arqueólogos Portugueses, Lisboa, 21 a 24 de Novembro de 2013 RIBEIRO, Ana, 2014, “Apontamentos sobre o megalitismo funerário no concelho de Avis”, Revista Al-madan online, n.º 18, p. 75-88 Idem, 2013, "Espaços de morte na vila de Avis. Os primeiros resultados da intervenção arqueológica realizada na necrópole do Largo Dr. Sérgio de Castro", Revista Al-madan, n.º 17, tomo 2, p. 46-58 Idem, 2012, "Centro de Arqueologia de Avis. Novas perspectivas para a Arqueologia no concelho". Revista Al-madan, n.º 17, tomo 1, p. 191-193

Poster apresentado no II Congresso Internacional sobre Arqueologia de Transição: O Mundo Funerário

Alguns dos artigos publicados encontram-se disponíveis online, podendo ser acedidos através da página do facebook, estando também disponíveis para consulta na biblioteca do Centro.

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serviço educativo

educação patrimonial O Centro de Arqueologia de Avis procurou manter e ampliar a componente educativa desenvolvida nos anos anteriores, ampliando as iniciativas dirigidas ao público escolar. Neste sentido, e na sequência da estreita colaboração que tem sido efectuada com a Escola E.B. 2, 3 Mestre de Avis, foram introduzidos novos conteúdos práticos nas actividades do serviço educativo, respeitando-se o seu enquadramento nos planos curriculares escolares e procurando complementar os conhecimentos adquiridos durante as aulas.

Para além das acções inseridas nos programas escolares, o Centro organizou ainda visitas orientadas temáticas, com o objectivo de dar a conhecer a diversidade do património arqueológico do concelho, os trabalhos desenvolvidos e as potencialidades desta vertente cultural. Igualmente importante é a integração da componente arqueológica no programa municipal Jovens em Movimento.

Nas diferentes iniciativas privilegiou-se a abordagem da arqueologia enquanto disciplina científica, com diversas etapas que envolvem metodologias e técnicas específicas, cuja aplicação requer conhecimento e rigor.

Os participantes que seleccionam todos os anos a arqueologia como área preferencial para a ocupação dos seus tempos livres têm oportunidade de experimentar diferentes fases e etapas do trabalho arqueológico, como prospecção, escavação, registo de campo, tratamento e acondicionamento de materiais, tratamento informático de dados e actualização de inventários, análise materiais arqueológicos e fotografia.

Oficina de Arqueologia: Descobrir a Pré-História

Jovens em Movimento: prospecções arqueológicas

Jovens em movimento: tratamento e inventário de materiais

Férias desportivas

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Para além dos trabalhos realizados procura-se reforçar, todos os anos, a relação entre estes participantes e o património arqueológico, promovendo-se, para isso, um roteiro arqueológico pelo concelho de Avis. O Centro de Arqueologia associou-se ainda a outras iniciativas, nomeadamente ao Peddy Paper Leitura Viva e às Férias Desportivas, com a visita orientada à Anta do Penedo da Moura.

exposição

actualização da base bibliográfica da biblioteca do centro de arqueologia AAVV, 2009, Notícia Explicativa da folha 32C da Carta Geológica de Portugal, escala 1:50 000, Unidade de Geologia e Cartografia Geológica, Laboratório Nacional de Energia e Geologia. AAVV, 2011, Actas do Encontro Arqueologia e Autarquias, Câmara Municipal de Cascais. AAVV, 2013, Actas do I Congresso de Arqueologia da Associação dos Arqueólogos Portugueses, Lisboa, 21 a 24 de Novembro de 2013. Brochura da Exposição Blick Mira e Olha! Instantes Arqueológicos. Arqueólogos e Arqueologia em Cascais entre 1940 e 1960, Câmara Municipal de Cascais. CARNEIRO, André, 2004, Povoamento Romano no actual concelho de Fronteira, Edições Colibri. CARVALHO, A. M. Galopim de, CARVALHOSA, A. Barros, 1982, Notícia Explicativa da folha 32A da Carta Geológica de Portugal, escala 1:50 000, Serviços Geológicos de Portugal, DGGM. CORREIA, Mariana, 2007, Taipa no Alentejo, Lisboa, Edição Argumentum. GONÇALVES, F., ZBYSZEWSKI, G. E COELHO, A.V. Pinto, 1975, Notícia Explicativa da folha 32D da Carta Geológica de Portugal, escala 1:50 000, Serviços Geológicos de Portugal, DGGM. OLIVEIRA, Jorge M. F., 1997, Monumentos Megalíticos da Bacia Hidrográfica do Rio Sever, Edição especial IBN MARUAN Revista Cultural do Concelho de Marvão, Edições Colibri. PEREIRA, Elisabete J. Santos, 2007, XII objectos do Itinerário de Mário Saa. Fundação Arquivo Paes Teles, Edições Alémtudo.

A Biblioteca do Centro de Arqueologia de Avis irá acolher, a partir de 26 de Setembro e até 28 de Fevereiro de 2015, os trabalhos realizados, no ano lectivo 2013/2014, pelos alunos do 5.º ano da Escola EB 2,3 Mestre de Avis. Os trabalhos, reunidos na exposição intitulada À descoberta da Arqueologia, integram textos, desenhos e maquetes, através dos quais os alunos expressam a sua visão sobre a arqueologia, a história e algumas das temáticas abordadas nas visitas ao Centro de Arqueologia. A exposição será integrada na edição das Jornadas Europeias do Património, a decorrer entre 26 e 28 de Setembro, e estará aberta ao público de segunda a sexta durante o horário de funcionamento do Centro de Arqueologia.

RIBEIRO, Ana Cristina, 2000, “Arte Rupestre e Paisagens Culturais na Bacia do Médio Mondego: Resultados preliminares da campanha 1 (2000)”, in Trabalhos de Arqueologia da EAM, Separata, Lisboa, Edições Colibri, 6, p. 25-41. Idem, 2001, “Manifestações Particulares de Devoção: as Árulas de Conímbriga”, in Religiões da Lusitânia, Separata do Catálogo da Exposição Religiões da Lusitânia. Loquuntur Saxa, Lisboa, Museu Nacional de Arqueologia. Idem, 2012, “Centro de Arqueologia de Avis. Um novo impulso no estudo e na preservação do património arqueológico do Concelho”, in Al-madan, edição online, nº. 17, p. 191-193. Idem, 2013, "Espaços de morte na vila de Avis. Os primeiros resultados da intervenção arqueológica realizada na necrópole do Largo Dr. Sérgio de Castro",in Al-madan, edição online, , n.º 17, tomo 2, p. 46-58. Idem, 2014, “Apontamentos sobre o megalitismo funerário no concelho de Avis”, in Al-madan, edição online, , n.º 18, p. 7588.

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retrospectiva

centro de arqueologia de avis um diรกlogo permanente com a comunidade

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DA TERRA Boletim do Centro de Arqueologia de Avis Número 7, 26 de Setembro de 2014

acção preventiva intervenção arqueológica no mosteiro de são bento de avis investigação carta arqueológica e o paleolítico. os primeiros resultados território e espaços de morte na pré-história recente em destaque ladeira, 100 anos depois de josé leite de vasconcelos valorização e divulgação sítios, artefactos e memórias exposição novos dados sobre o megalitismo funerário do concelho de avis centro de arqueologia online divulgação científica dos trabalhos desenvolvidos pelo centro de arqueologia serviço educativo educação patrimonial exposição à descoberta da arqueologia actualização da base bibliográfica da biblioteca do centro de arqueologia retrospectiva centro de arqueologia de avis. um diálogo permanente com a comunidade

Edição Município de Avis Director Nuno Paulo Augusto da Silva | Presidente da Câmara Recolha e organização da informação Centro de Arqueologia de Avis Textos e concepção gráfica Ana Ribeiro Fotografia Arquivo Fotográfico Municipal | Centro de Arqueologia de Avis Capa Fragmento de lucerna com decoração, período romano. Sítio da Ladeira, Ervedal Composição gráfica Centro de Arqueologia de Avis Impressão Município de Avis | 750 exemplares Distribuição gratuita ISSN 1646-5660 Contactos Pátio das Cisternas 8, 7480-121 Avis Telefone/fax 242 412 219 arqueologia@cm-avis.pt


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