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Alojamento, Falta de Camas na U.Minho

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25 Anos de CeSIUM

25 Anos de CeSIUM

Escrito por João Vilaça machadovilaca @gmail.com

Ano após ano, os alunos da Universidade do Minho têm assistido ao agravamento das condições de alojamento a que estão sujeitos, quer em termos de falta de camas disponíveis para todos os estudantes deslocados, cerca de 13 a 14 mil, que representam quase 75% da comunidade académica, quer em relação ao aumento sistemático dos preços dos quartos disponíveis para arrendar. Este é já um problema recorrente na academia minhota que todos os anos leva os alunos a reivindicarem por melhores condições junto da reitoria da universidade, das câmaras municipais de Braga e de Guimarães e junto do Governo. Em 2019, no início do período de matrículas, a Associação Académica da Universidade do Minho (AAUMinho) lançou o movimento “Uma Pedra Por Mim”, apelando a medidas para “aumentar a oferta pública de alojamento” e “promover a cooperação entre os municípios e instituições de utilidade pública locais”, alertando que, “desde 1998, não foram criadas camas na rede pública dos Serviços de Acção Social da Universidade do Minho (SASUM), as chamadas residências universitárias, que oferecem 1300 camas, totalmente ocupadas”. Neste contexto, os estudantes minhotos defenderam a atualização do complemento de alojamento para o estudante bolseiro, fixado nos 174 euros, a criação de um fundo para a construção de residências universitárias públicas e, ainda, que “seja promovido o diálogo no sentido da cooperação entre os municípios e instituições de utilidade pública locais com o Governo para a disponibilização de camas”.

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Em 2020, e devido à situação pandémica, a Direção Geral de Saúde (DGS) impôs a redução de mais de uma centena de camas nas residências universitárias dos SASUM, para garantir a segurança dos alunos, uma vez que a maioria dos quartos são duplos, reduzindo, assim, o número total de 1399 para 1250, aumentado ainda mais a pressão na oferta imobiliária privada.

Apesar de o reitor da U.Minho ter garantido que está a ser levado a cabo um “processo de articulação” com proprietários de alojamentos locais e hostels, a solução é provisória e o problema de fundo permanece. Neste momento, a solução tem passado por, em conjunto com a Câmara Municipal de Braga, incentivar os proprietários de alojamentos locais a disponibilizarem os imóveis, que não têm tido clientes devido à quebra do turismo causada pela pandemia, a estudantes universitários, a um preço mais baixo, mas que poderá ser uma alternativa satisfatória para o negócio. Também o presidente da AAUMinho, Rui Oliveira, mostra-se contente com esta última alternativa, defendendo, no entanto, que esta apenas resolve o problema a muito curto prazo e critica o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e o governo, por ainda não terem sido iniciados os projetos que a universidade tem para a criação de mais alojamento para os alunos, nomeadamente a reabilitação do edifício da Escola Secundária D. Luís de Castro, em Braga, e da Escola de Santa Luzia, em Guimarães. Estes projetos há muito anunciados ainda não saíram do papel e é preciso que se concretizem por uma questão de “necessidade” e de encontrar respostas atempadas alertando que “o que falta mesmo é uma estratégia a longo prazo, que possibilite, de facto, a criação de mais respostas através de mais residências fixas”.

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