Orgulho de ser remanescente Quilombola: sistematização da Comunidade Quilombola de Batoque

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Sobral, Ceará | Março de 2018

Orgulho de ser remanescente Quilombola A experiência da Comunidade Quilombola de Batoque Sabe aqueles momentos que, de tão especiais, você deseja que nunca acabe? Pois é o que acontece quando se conhece a história da Comunidade Quilombola de Batoque, no município de Pacujá, localizado na microrregião de Sobral. Sua história teve início com a chegada de Joaquim Rodrigues Cordeiro, vindo de outro país, comprado como escravo e que, em Batoque, depois de anos de trabalho e, a partir do momento que começa a receber dinheiro pela sua mão de obra, consegue, com esforço, guardar dinheiro para comprar um pedaço de terra onde se estabeleceu e construiu uma grande família juntamente com a sua segunda esposa, Maria do Espirito Santo. Teonilia do Nascimento Cordeiro, 34, agricultora e uma das lideranças da Associação Comunitária dos Remanescentes de Quilombo Rural de Batoque, diz que há vários anos que as moradoras e os moradores do local se reconhecem como negros e negras de Batoque devido a sua história e suas raízes, mas somente em 2015 a comunidade foi certificada pela Fundação Cultural Palmares como Quilombo. “Esse certificado veio para afirmar aquilo que já sabíamos, mas veio, principalmente, para provar para os outros de onde viemos e o que somos”, fala com orgulho. Antigas lideranças influenciam as novas e, assim, a força dos negros e das negras de Batoque vão se renovan-

Lideranças da Comunidade Quilombola de Batoque. Foto: Francisco Barbosa


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