LINGUA E COMUNICAÇÃO
ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO: Todo ser humano procura de algum modo, manter contato com outras pessoas do seu grupo social. Esse contato denomina-se comum comunicação. Comunicação é o entendimento entre as pessoas e também a capacidade de emitir e receber mensagens. São elementos da comunicação: Emissor – aquele que envia a mensagem. Receptor – aquele que recebe e entende a mensagem. Mensagem – tudo aquilo que o emissor transmite ao receptor. Código – conjunto de sinais organizados que são empregados na comunicação para transmitir uma mensagem. Só há comunicação quando as pessoas se entendem. Assim, para haver comunicação, o código deve ser comum ao emissor e ao receptor. Esquematizando:
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O código que mais usamos é a língua. LÍNGUA ORAL E LINGUA ESCRITA Em nosso dia a dia, empregamos a língua portuguesa de duas maneiras: falando – língua oral – e escrevendo – língua escrita. As duas se complementam, mas também apresentam diferenças fundamentais. Eis algumas características que as distinguem: Língua escrita
Língua oral
1. Adquirida, sobretudo, na escola 2. Empregada apenas em determinadas circunstâncias. 3. Emissor e receptor nem sempre estão presentes. 4. Repetições, frases inacabadas e formas contraídas são evitadas. 5. Emprega sinais de pontuação e recursos visuais. 6. Formada por letras e sinais gráficos, tais como: acento agudo, cedilha etc.
1. Adquirida no lar, de modo natural. 2. Usada no dia a dia, espontaneamente. 3. Emissor e receptor estão presentes, em um tempo e lugar, no ato da conversação. 4. Ocorrem repetições de palavras, frases inacabadas e formas contraídas (tá, né, cê etc.). 5. Acompanhada de entonação de voz, gestos, pausas, mímica. 6. Formada por fonemas.
MANHÊ! CADÊ MINHA BOLA?
Senhoras e senhores!
A sociedade em que vivemos nos cobra certos comportamentos em determinadas circunstâncias. Por exemplo, não é adequado ir a uma praia de terno ou vestido longo, nem à posse do presidente da República de bermuda ou maiô. A língua oral e escrita também apresentam diferentes níveis de formalidade. Os níveis mais comuns são: http://www.blogdoclaudemir-tecnologia.blogspot.com.br
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NIVEL FORMAL (CULTO) – Segue as regras prescritas pela gramática normativa. É próprio de discursos acadêmicos, sermões, trabalhos científicos, textos literários e didáticos, cartas e documentos oficiais. NÍVEL INFORMAL (coloquial) – Não segue estritamente a norma culta gramatical, apresentando gírias e formas contraídas. É próprio da linguagem familiar, usado no dia a dia em bilhetes, cartas, diários íntimos, nas conversas com amigos. É importante observar que um nível não é melhor que outro. Assim, “formal” não significa melhor que “informal”. O fundamental é utilizar o nível adequado ao momento da comunicação, como ocorre com tantos outros tipos de relações sociais. Assim, as pessoas estranhariam o seu comportamento verbal se, numa cerimônia, você se dirigisse a uma autoridade utilizando expressões tais como “meu chapa”, “meu camaradinha”. A seguir, veja alguns exemplos desses níveis: Nível informal (Coloquial)
Nível formal (Culto)
Isso é pra você.
Isso é para você.
Ocê contou a noticia pra ela?
Você contou a notícia para ela? Ou você lhe contou a noticia?
Claudia não liga pro namorado.
Claudia não liga para o namorado.
É bom você ir ver ele.
É bom você ir vê-lo.
Vou encontrar com eles.
Vou encontrá-los.
A gente quebrou o vidro.
Nós quebramos o vidro.
Papai deu dinheiro pra gente.
Papai deu dinheiro para nós. Papai nos deu dinheiro.
Domingo, nós devia ter ido lá.
Domingo, nós devíamos ter ido lá.
Eu to aqui.
Eu estou aqui.
Tá pensando o que?
O que você está pensando?
Onde cê vai?
Aonde você vai? (quem vai, vai a algum lugar)
Se agasalha, que tá frio.
Agasalhe-se, que está frio. Agasalha-te, que está frio.
Me empresta o seu caderno.
Empresta-me o seu caderno. Empresta-me o teu caderno.
Me deixa sair / Deixa eu sair.
Deixe-me sair.
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TEXTO 01:
TEXTO 02:
"Dexa eu te conta, sexta cê num sabe quem apareceu na festa. Sabe o Carlos? Aquele que cê ficou? Então né, eu fiquei na frente dele pra ver se ele mi comprimentava. Aí ele até que me viu, mas fico fingindo que não me viu. Fui logo olhando de cara feia pra ele, e saindo, porque num suporto gente que é falsa. Que que custa dá um oi?
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LÍNGUA E GRAMÁTICA:
Gramática é uma palavra de origem grega cujo significado é arte de bem escrever e bem falar.
Observe: AUTOMÓVEL O PAROU CRUZAMENTO NO O AUTOMÓVEL PAROU NO CRUZAMENTO.
A primeira sequência é inaceitável para o falante da língua portuguesa, qualquer que seja seu grau de escolaridade. Já a segunda é aceitável porque cada um de nós possui uma gramática intuitiva, que capacita o usuário a organizar as palavras e as frases. Assim, podemos nos referir a dois tipos de gramática:
GRAMÁTICA INTUITIVA – é a gramática internalizada, que todo falante de uma língua possui e que lhe permite organizar e entender as frases, mesmo sem ter frequentado a escola. GRAMÁTICA NORMATIVA – estabelece normas para o uso correto do idioma, dentro de padrões estabelecidos por estudiosos da língua. É aprendida na escola. Esta última divide-se em: FONÉTICA e FONOLOGIA, MORFOLOGIA, SINTAXE, complementada pela SEMÂNTICA e pela ESTILÍSTICA. Cada uma dessas partes será estudada no decorrer das aulas.
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