O movimento realista ou realismo

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MOVIMENTO LITERÁRIO: REALISMO


O REALISMO E O NATURISMO NO BRASIL

O Brasil era essencialmente agrário, além de monarquista e escravocrata.

Expectativas ainda românticas do público leitor no Brasil.

Literatura como um instrumento de análise da realidade brasileira e não apenas como diversão.


Aluísio Azevedo (1857 – 1913)

O mulato (1881)

Questões polêmicas: o racismo e a corrupção dos padres.

O cortiço (1890)

Princípios do Naturalismo

Influência do meio e dos instintos nos personagens.


Cortiรงo


CORDEIRO, José. Samba no pé.


Uma obra baseada em pesquisa de campo. Obedecendo os princípios naturalistas de que o escritor deveria reunir a maior soma possível de informações sobre o assunto que iria focalizar, Aluísio Azevedo saía a campo para conhecer bem de perto a realidade dos cortiços e de seus moradores. De acordo com seu amigo Pardal Mallet: Os primeiros apontamentos para O cortiço foram colhidos em minha companhia em 1884, numas excursões para “estudar costumes”, nas quais saíamos disfarçados com vestimentas popular: tamanco sem meia, velhas calças de zuarte remendadas, camisas de meia rotas nos cotovelos, chapéus forrados e cachimbos no canto da boca. MALLET, Pardal. In: MÉRIA, Jean-Yves. Aluísio Azevedo: vida e obra. Rio de Janeiro: Espaço e Tempo/INL, 1988. p. 518. (Fragmento).


Machado de Assis (1839 – 1908)

Realismo psicológico de alcance universal e atemporal.

Mais importante autor do nosso Realismo Escreveu poesias, crônicas, peças de teatro e crítica literária, mas destacou-se no romance e no conto.


Memórias póstumas de Brás Cubas ( 1881 )

Narrador defunto. Pessimismo radical.

Brás Cubas revela a hipocrisia das relações humanas. Metalinguagem: o narrador conversa com o leitor sobre a própria obra.

Ordem da narrativa nem sempre é linear, ocorre conforme as lembranças de Brás Cubas.


Dom Casmurro (1899)

Análise psicológica dos personagens.

Criação de um clima de incertezas e ambiguidade.

Um rico painel da sociedade brasileira da época.

Narrado pelo próprio personagem, que viveu os fatos muito tempo antes. O tempo da narração é bem anterior ao tempo da narrativa.

Relações de classe, os meios de ascensão social e a influência da Igreja na vida cotidiana.




O drama do desemprego nas fábricas e a vida miserável dos empregados industriais que vão surgindo no século XIX são tema desse quadro. Mostra um trabalhador angustiado sobre o futuro de sua família se a greve não surtir efeito e ele perder o emprego, como sustentará sua família.


As peneiradoras de trigo : Coubert.


As catadoras de espigas: Millet


O mundo do trabalho feminino passa a ser representado. A mulher deixa de ser vista apenas como musa inspiradora de poetas para serem mostradas como trabalhadoras envolvidas com as mais variadas e exaustivas tarefas cotidianas.


O descanso : Millet


Vemos assim no realismo nova galeria de personagens novas e situações humanas e sociais começam ser representadas nas artes plásticas. Essa renovação temática foi um importante momento na transição da arte do século XIX para o século XX.


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