III Encontro Literário Chapel : o poder da amizade

Page 1



III ENCONTRO LITERÁRIO CHAPEL Cecília Meireles

O PODER DA AMIZADE

Coordenação Cláudia Terra Organização Cláudia Terra Erick Santana Comissão julgadora Ângela Ortiz Donald Campbell Eliana Cardia Ingrid Vompean Jillian Deganhart Karina Macedo Leonor Guedes Melissa Kassner Paula Moro Sávio Pereira Vanessa Almeida



Este encontro literário foi possível devido à parceria e à dedicação de toda comunidade Chapel - alunos e seus responsáveis, professores, secretárias do HS, equipe de publicação, fotocópia e administração. Muito obrigada! Comissão organizadora


CONSELHO EDITORIAL CHAPEL SCHOOL: Miguel Tavares Ferreira, Marcos Tavares Ferreira, Adriana Rede, Cláudia Cyrineu Terra e Luciana Brandespim ASSISTENTE EDITORIAL: Fernanda Caires COORDENAÇÃO: Cláudia C. Terra ORGANIZAÇÃO: Cláudia C. Terra e Erick Santana DESIGN GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO: Vitor de Castro Fernandes IMPRESSÃO: Eskenazi FOTOS: Arquivo Chapel Todos os direitos reservados. A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação de direitos autorais. (Lei 9.610/98)

Q2

O poder da amizade / Coordenação de Cláudia C. Terra; organização de Cláudia C. Terra e Erick Santana. São Paulo: Chapel School, 2018. (III Encontro Literário Chapel: Cecília Meireles) 120 p.; 19 x 25cm 1. Poligra a brasileira - Século 21 2. Poesia brasileira - Século 21 3. Contos brasileiros - Século 21 I. Terra, Cláudia II. Santana, Erick, org. CDD 869.8508


APRESENTAÇÃO

Um poeta é sempre irmão do vento e da água: deixa seu ritmo por onde passa. Cecíla Meireles

O Encontro Literário Chapel incentiva os alunos e a comunidade Chapel a produzir textos de autoria e também ajuda-os a expor seus trabalhos nesta antologia, com um público autêntico de leitores, bem como desenvolve um ambiente de troca literária mais guiada pela apreciação do que por elementos acadêmicos. Os textos publicados - de temática O poder da amizade - estão em línguas inglesa, portuguesa, espanhola e francesa, como uma forma de celebrar a diversidade da nossa comunidade e oferecer aos escritores a possibilidade de expressão na língua em que se sentem mais confiantes. Boa leitura. Comissão organizadora


CECÍLIA MEIRELES “Há pessoas que simplesmente aparecem em nossas vidas e nos marcam para sempre.”

Cecília Benevides de Carvalho Meireles nasceu no dia 7 de novembro de 1901, no Rio de Janeiro. Órfã, Cecília foi morar com sua avó, Jacinta Garcia Benevides, que cuidou dela com a ajuda da babá Pedrina, que lhe contava histórias à noite antes de dormir. Ela estudou na Escola Eustácio de Sá, onde teve uma carreira acadêmica de destaque, inclusive recebeu uma medalha de ouro das mãos de Olavo Bilac por completar o curso primário com “distinção e louvor”, que a acompanharia pelo resto de sua vida como acadêmica e artista. Formada no curso Normal pelo Instituto da Educação, em 1917, quando é escolhida por consenso de seus colegas oradora da turma. Cecília, que já havia começado a escrever alguns versos, logo começa a trabalhar como professora, e em 1919 publica seu primeiro livro: “Espectros”. Em 1922, participa da Semana de Arte Moderna, em São Paulo, para a revista “Festa”, e vê o nascimento do Modernismo brasileiro. Neste tempo, viúva e com três filhas, Cecília trabalhou como jornalista, mantendo uma coluna no Diário de Notícias sobre educação, contribuindo com o Jornal da Manhã e com a Revista Observador Econômico. Fundou no Rio de Janeiro a primeira biblioteca infantil da cidade, no Centro Infantil, em Botafogo, onde divide com as crianças a sua paixão pelos livros, que foram seus colegas por toda a vida. Para as crianças, de fato, escreveu obras como “Leilão de Jardim”, “Sonhos de Menina”, “O Menino Azul”, “O Cavalinho Branco”, e “O Mosquito Escreve”, que ganharam amplo reconhecimento por excelência, razão pela qual Cecília ainda hoje está entre as melhores escritoras infantis de nossa literatura. Em 1939, a Associação Brasileira de Letras concede à poetisa o Prêmio Olavo Bilac de Poesia por seu livro “Viagem”, o que lança um debate sobre seu talento controverso entre os status quo literário. Católica, sonhava quando jovem em escrever uma ópera sobre a vida do Apóstolo São Paulo, mas encontrou como adulta a literatura para expressar sua devoção em textos como “Pequeno Oratório de Santa Clara” (1955) e “O Romance de Santa Cecília”. Vivendo em Portugal por algum tempo, ela profere conferências sobre literatura luso-brasileira e publica ensaios e obras como “Batuque, Samba e Macumba” e “Olhinhos de Gato”, com ilustrações próprias da poetisa artista enriquecendo o texto. Muda-se em 1940 para os Estados Unidos e leciona Cultura e Literatura Brasileira por um tempo na Universidade do Texas, porém um ano depois volta ao Brasil, onde torna-se sócia honorária do Real Gabinete Português de Leitura, no Rio de Janeiro. Em 1951, Cecília Meireles aposenta-se como Diretora de Escola e passa a viajar pelo mundo para promover e ensinar a cultura, folclore e literatura de seu país, tópicos em que havia se especializado. Ganha em 1963 o Prêmio Jabuti na categoria “Tradução de Obra Literária”. Em 9 de novembro de 1964, a escritora, poetisa e artista falece aos 63 anos no Rio de Janeiro, e é velada no Ministério da Educação e Cultura. É postumamente dada o Prêmio Jabuti de Poesia pelo livro “Solombra” e, em 1965, o prêmio Machado de Assis, maior honraria da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto de sua obra. Cecília é homenageada em 1989 na nota de cem cruzeiros trazendo sua efígie, e, finalmente, o ano de 2001 é decretado pelo governo federal “Ano da Literatura Brasileira”, em comemoração, entre outras, ao centenário de seu nascimento. Desde pequena a tristeza acompanhou Cecília, que até mesmo antes de se “dar por gente” já era órfã, e de menina, em suas palavras: “Minha infância de menina sozinha deu-me duas


coisas que parecem negativas, e foram sempre positivas para mim: silêncio e solidão. Essa foi sempre a área de minha vida”. Nesta área, a futura poetisa, professora, jornalista e pintora criou um universo para si, o qual, de novo em suas palavras, “os caleidoscópios inventaram fabulosos mundos geométricos, onde os relógios revelaram o segredo do seu mecanismo, e as bonecas o jogo do seu olhar. Mais tarde foi nessa área que os livros se abriram, e deixaram sair suas realidades e seus sonhos”. Toda a tristeza a que foi exposta não a abalou, mas sim moldou seu caráter, ou, como uma vez ela pôs, “Quanto mais me despedaço, mais fico inteira e serena”, que, para a alegria de gerações, ela expôs ao mundo através de sua extensa e fascinante bibliografia, hoje traduzida para o espanhol, francês, italiano, inglês, alemão, húngaro, hindu e urdu, e musicada por tais artistas como Alceu Bocchino, Luis Cosme, Letícia Figueiredo, Ênio Freitas, Camargo Guarnieri, Francisco Mingnone, Lamartine Babo, Bacharat, Norman Frazer, Ernest Widma e Fagner. Além de professora, escritora e poetisa, Cecília foi também uma grande ativista. Não bastava que ela simplesmente ensinasse gerações de alunos ávidos, ajudando-os a investigar e adquirir conhecimentos enquanto formavam seu próprio caráter e julgamento, mas também determinadamente trabalhou para que o sistema educacional público retrógrado fosse mais aberto e útil na formação das crianças que garantiriam o futuro do Brasil, para que não somente os alunos dela fossem formados como humanos de autonomia moral e vontade de aprender e contestar, mas sim todas as crianças que ela tanto estimava. Parece atípico ou até contraprodutivo falar de uma poetisa notória pela solidão quando falamos do poder da amizade, mas, na verdade, Cecília Meireles entendia melhor que ninguém o poder do outro na vida, nas palavras dela: “Há pessoas que nos falam e nem as escutamos, há pessoas que nos ferem e nem cicatrizes deixam mas há pessoas que simplesmente aparecem em nossas vidas e nos marcam para sempre”. Para ela, as pessoas chegam em nossas vidas, e como a ela aconteceu, podem sair para ensinar-nos a efemeridade da vida, e, como ela dizia “doce relação entre o efêmero e o eterno”: as pessoas são efêmeras, o efeito que elas têm em nossa vida é eterno. A amizade, forte, o vínculo de admiração e afeição mútua que une dois indivíduos, constitui este efeito eterno, mesmo que seja uma banalidade como lembrar de um amigo quando se ouve uma música, um amigo carrega o outro no coração, e sem uma amizade, toda alma está, nas palavras da imortal poetisa, “sem luz nem tenda, passa (...)errante na noite má, à procura de quem (à) entenderá, e de quem (à) consolará”. Pedro Zagury Aluno do 11º ano


COAUTORES PREMIADOS

UGU

Ê

O

RT

UGU

Ê

O

S

AMIZADE NÃO SE DESTRÓI, AMIZADE SE CRIA ..........................17 Luisa Ê de Marchi - 7º ano RT UGU THE QUIETEST FRIENDSHIP IN PLUTO ........................................18 Beatriz de Oliveira Abram - 5º ano RT

S

RT

S

O

S

S

Ê

UG

O

P

UGU

P

RT

P

P

O

RT

P

P

O

S

CATEGORIA INFANTIL PROSA

UGU

Ê

Ê

O

RT

UGU

Ê

Ê

O

RT

UGU

Ê

O

RT

S

UGU

S

S

RT

S

S

UGU

O

P

RT

Ê

P

UGU

P

P

O

RT

P

P

O

S

A AMIZADE É PODEROSA ..............................................................20 Pedro Costa da Nóbrega - 5º ano UÊ

UG AMIZADE MUDA TUDO ...................................................................21 Mariana Proença de Gouvêa Menezes - 7º ano

AMIZADES DO OUTRO LADO DO MUNDO .....................................23 Leonardo Caruso Ávila Ferreira Glaser - 6º ano APENAS SURREAL ...........................................................................24 Marina Santos Pinto Silva - 7º ano LOVE IN A DIFFERENT WAY ..............................................................25 Isabela El Dib Maesano - 7º ano MY PIECE OF BRIGHTNESS .............................................................26 Julia Garcia Albi - 7º ano O PODER DA AMIZADE E A ESPERANÇA ........................................28 Bruna Amaral Banevicius Coutinho Simões - 7º ano O QUE UM AMIGO PODE FAZER .....................................................29 Isabela El Dib Maesano - 7º ano PALAVRA AMIZADE .......................................................................32 Nicole Ines Jensen Sykora - 6º ano SEGUNDA FAMÍLIA ........................................................................33 Juliana Boccoli Baldy de Sousa - 7º ano THE GIRL AND THE TREE .................................................................34 Cecilia Maria Lloyd - 7º ano THE PERFECT BEST FRIEND ..............................................................35 Carolina Ross Montenegro - - 7º ano UM AMIGO ....................................................................................37 Maria Victtoria Dib Damaa - 5º ano


COAUTORES PREMIADOS

Ê OO R R TT U GUUÊ UG

O

RT

RT

SEM ELES, O QUE SOMOS NÓS ....................................................38 Bernardo Campos Sizenando Silva - 7º ano SAY “FRIEND” ................................................................................39 Beatriz de Oliveira Abram - 5º ano

S

O

S

Ê

SS

S

UGU

P

RT

UG

PP

P

O

RT

P

P

O

S

CATEGORIA INFANTIL POESIA

UG

UGU

Ê

Ê

O

RT

UGU

Ê

O

RT

S

SS

O O R T U G UÊÊ RT UGU

S

UGU

S

RT

Ê

P

UGU

P

P

O

RT

PP

P

O

S

AMIZADE ........................................................................................40 Rodrigo José Zillo Garrido - 7º ano UGU

Ê

AMIZADE CANINA ..........................................................................41 Victoria Pizzonia Simões Silva - 7º ano AMIZADES ......................................................................................42 Toni Serres Tomas - 7º ano APOLOGY .......................................................................................43 Hanna Joo - 7º ano FRIENDSHIP .....................................................................................44 Seoeun Oh - 6º ano FRIENDSHIP .....................................................................................45 Alma Castañares - 5º ano FRIENDSHIP RAP .............................................................................46 Rafael Inácio Thomé - 7º ano IF SHE WAS .....................................................................................48 Sophia Stiehm Izidoro - 7º ano IT HAPPENS .....................................................................................50 Clara Baptistella Cortez Teixeira da Rede - 7º ano JOIA PRECIOSA ..............................................................................51 Antonio Pedro Cuiabano Esteves - 7º ano JUST LIKE WE USED TO DO ...............................................................52 Cezario Marques Ribeiro Caram Filho - 7º ano LEFT ME BEHIND ............................................................................53 Julia Catherine Strong - 6º ano MY FAVORITE DISTRACTION ..........................................................54 Maria Eduarda Godoy Pereira de Melo - 7º ano


COAUTORES PREMIADOS O QUE É AMIZADE .........................................................................55 Giuliana Gualda Ronco - 7º ano O SUJEITO QUE QUIS COROAR .......................................................56 Cezario Marques Ribeiro Caram Filho - 7º ano ROSES OF FRIENDSHIP ...................................................................57 Erika Renee Bennett - 7º ano TRUE POWER ..................................................................................58 João Arantes - 7º ano YOU ................................................................................................59 Madeline Grace Nunez - 7º ano WAR OF FRIENDS ..........................................................................60 Madeline Grace Nunez - 7º ano


Ê

O

S

Ê

“É ZUEIRA, NÉ?” ...........................................................................61 Ê Isabela Dopieralski Oliveira Lemos - 10º ano RT UGU S

S S

UGU

R

TUGU CATEGORIA JUVENIL PROSA

MY FRIENDLY POWER .................................................................63 Julia Maria Garcia Anoardo - 10º ano RT

S

RT

S

S

RT

UGU

Ê

S

UGU

Ê

A REAL IMPORTÂNCIA DE UMA AMIZADE .....................................67 Jennifer Lee Gonçalves Leung - 9º ano

S

O

RT

UGU

Ê

FOREVER AND EVER .......................................................................69 William Sclearuc Haiashi - 8º ano LE POUVOIR DE L’AMITIÉ ................................................................70 Lina Mourad - 10º ano O INÍCIO DO ETERNO .....................................................................71 Isabela Silva Kokudai - 8º ano QUERIDA MELHOR AMIGA ............................................................73 Sofia Velasco Ulloa - 8º ano THE GIFT OF A FRIEND ...................................................................74 Maria Rosa Kaba Aboud - 9º ano THE LOST FRIEND ..........................................................................77 Rocío María Arruiz Ochoa - 9º ano UMA MEMÓRIA QUE NUNCA SERÁ ESQUECIDA ..........................79 Guilherme Monteiro Tocantins - 9º ano

O

S

Ê

RT

UGU

RT

Ê UGU

RT

UGU

Ê

Ê

O

RT

UGU

Ê

O

RT

S

UGU

S

S

S

Ê UGU

S

RT

O

P

O

RT

P

O

UGU

P

O

Ê

RT

P

O

S

UNINTENTIONAL LOVE ..................................................................80 Laura Lievano Gonzalez - 8º ano

S

S

S

S

O

P

S

UG

Ê

P

Ê

P

UGU

P

S

O

UGU

P

P

RT

O

P

P

O

P

RT

RT

A PERFECT FIRST DAY .....................................................................65 Victoria Pilar Llanos - 8º ano

P

O

P

O

P

O

P

COAUTORES PREMIADOS

UGU

Ê

CATEGORIA JUVENIL POESIA A MELHOR DAS AMIGAS .............................................................82 Giovana Rezende de Vasconcellos - 8º ano THE DAY I REMEMBER ..................................................................83 Liam Thomas Strong - 8º ano


S

COAUTORES PREMIADOS Ê

S

UGU

UGU

Ê

L’AMITIÉ PUISSANTE ..................................................................84 Amanda Frediani Arruda - 10º ano

S

A GREAT FRIEND .............................................................................85 Victoria Pilar Llanos - 8º ano

UGU

Ê

ALWAYS ..........................................................................................86 Yeonjun Lee - 8º ano AMIZADE ........................................................................................87 Pedro Boccoli Baldy de Sousa - 8º ano AMIZADE É... ..................................................................................88 Antonia Devoto - 8º ano AMIZADES CONFIÁVEIS ...................................................................89 Victoria Baptista de Oliveira - 8º ano AMIGO É AQUELE ............................................................................90 Artur Macedo Rodrigues Pinto - 8º ano AMIGOS DE VERDADE ....................................................................91 Chiara Chiavegatti de Abreu - 8º ano CHILDHOOD FRIEND .......................................................................92 Mariana Sartori Cadore - 8º ano COMPAÑÍA .....................................................................................93 Victoria Pilar Llanos - 8º ano COMPANHEIRO ............................................................................95 Heraldo Blas Tesolin - 8º ano EL PODER MÁS GRANDE DEL MUNDO ............................................96 Inãki Alonso Martinez - 9º ano IF YOU KNOW ................................................................................97 Yeonjun Lee - 8º ano ISSO É AMIZADE ..............................................................................98 Alejandro Echeagaray Reynes - 8º ano MINHA MELHOR AMIGA ................................................................99 Juliana Al Assal Luz - 8º ano


COAUTORES PREMIADOS MY BEST FRIEND ..........................................................................100 Carolina Rodrigues Versolato - 8º ano O AMIGO .....................................................................................101 Matheus Rocha Vourodimos - 8º ano O QUE É UM AMIGO? ....................................................................102 Torcuato Conrado Tesolin - 8º ano SEU AMIGO .................................................................................103 João Salvajoli - 8º ano SIEMPRE .......................................................................................104 Amanda Roxana Cantu - 8º ano SORRISO ESTRANHO ....................................................................105 Paulo Ahouagi Corchaki - 8º ano THE ULTIMATE FRIENDSHIP ..........................................................106 Vittorio Nelson Geddes Aguilar - 8º ano


RT

Ê UGU

S

O

UG

UGU

Ê

O

CADA COISA EM SEU LUGAR ...................................................107 Ê RT Ana U G UShitara Inglesi - Professora do HS EL CHAVO ...................................................................................109 Ruby Abigail Sheets - Professora do ES

UGU

RT

Ê

CATEGORIA ADULTA PROSA

S

Ê

S

UGU

S

RT

Ê

UGU

S

UGU

RT

S

S S

RT

EL PODER CURATIVO DE UN BUEN AMIGO .............................114 Pedro Henrique Aulicino Zagury - 11º ano

S

S S S S S

S S

RT

UGU

P

O

RT

P

O

P

OO ÊÊ R T UU RT UU GG

O

P

Ê

Ê

OO ÊÊ RT RU UU TU GG

P P

GU

UGU

P P

RT

P

O

O

Ê

RT

P

P

O

O

P

P

O

P

Ê

Ê

O

RT

S

GU

P

S

A CONEXÃ0 REAL DA AMIZADE ..................................................117 Augusta Machado - Professora do HS (1º semestre) UGU

Ê

AMIGO OCULTO ..........................................................................118 Gabriela Galdino Fazoli - Bibliotecária O FIM DE UMA AMIZADE .............................................................119 Rodrigo Santos Pinto Silva - 11º ano O PRESENTE DE MAGI ...................................................................121 Ruby Abigail Sheets - Professora do ES QUERIDA AMIGA ..........................................................................123 Cristina Paolucci El Dib Maesano - Professora do ES

O

RT

S

S

Ê

P

GU

UGU

Ê

RT

UGU

RT

UGU

Ê

Ê

Ê

RT

UGU

RT

UGU

RT

Ê

S

S

O

UGU

Ê

S

S S

O

RT

P

P

O

P

P

O

O

P

P

O

S

UM DOS MELHORES LEGADOS DA VIDA: A AMIZADE ..................124 Letícia Oliveira Santos - Jovem aprendiz - Biblitecária

UGU

Ê

VOU ESTAR SEMPRE AO SEU LADO ..........................................125 André do Rego Barros D’Arriaga Schmidt - 11º ano CATEGORIA ADULTA POESIA MEUS SUSPIROS .........................................................................126 Vitoria Rebeca Fernandes Paulino - Assistente do ES A PORTRAIT OF MY BEST FRIEND ...............................................128 Julia Bustamante Tolda - 11º ano

S S

GU

Ê

Ê

P

P

O

O

GU

S

COMO JÁ DIZIAM .........................................................................130 Arthur Duvivier Ortenblad Villaça Carvalho - 12º ano RT

UGU

RT

UGU

Ê

S

G

COAUTORES PREMIADOS

Ê


COAUTORES PREMIADOS ODE TO BLOOD SISTER ................................................................131 Iqra Fatima - 12º ano UMA AMIZADE VERDADEIRA .....................................................132 Américo Marques Ferreira - Avô dos alunos: Daniel Caruso Ferreira Glaser, 4º ano e Leonardo Caruso Avila Ferreira Glaser, 6º ano



O MENINO AZUL O menino quer um burrinho para passear. Um burrinho manso, que não corra nem pule, mas que saiba conversar. O menino quer um burrinho que saiba dizer o nome dos rios, das montanhas, das flores, — de tudo o que aparecer. O menino quer um burrinho que saiba inventar histórias bonitas com pessoas e bichos e com barquinhos no mar. E os dois sairão pelo mundo que é como um jardim apenas mais largo e talvez mais comprido e que não tenha fim.

(Quem souber de um burrinho desses, pode escrever para a Ruas das Casas, Número das Portas, ao Menino Azul que não sabe ler.)

(Cecília Meireles, Poesia completa)

CATEGORIA INFANTIL PROSA E POESIA



S

P

P

17

O

S

UGU

RT

UGU

RT

UGU

Ê

S

RT

Ê

S

O

Ê

UG Calmamente, o avião começa a decolar. No reflexo da janela, vejo lágrimas descendo meu Trosto. Memórias da cidade que eu tanto amava passavam como um flash; quantas risadas, sorrisos, bagunças e emoções tinha passado naquele lugar. A imagem das pessoas que eu achava que O Junto estariam comigo para sempre percorriam minha mente e se escondiam no fundo da memória. Ê RT UGU com as nuvens, que ficavam mais e mais para baixo, iam os rostos que eu tanto amava dos amigos que eu lá deixava. Será que eles me esqueceriam? O piloto dizia que a viagem demoraria uma hora e cinquenta e oito minutos, ou seja, uma hora e cinquenta e oito minutos de saudade, cada vez mais perto dos 1.137 quilômetros de distância. Junto com o percurso do avião, memórias viajavam pela minha cabeça e, de certa forma, me traziam uma alegria imensa e inexplicável, acompanhada logo após da tristeza de que nunca mais poderia criar mais memórias com aquelas pessoas...que mente tola a minha! Ainda me lembro como se fosse ontem da nossa primeira viagem com a escola. A felicidade de poder viajar com os amigos era imensa. Assim que entramos no ônibus, a farra começou, com risadas e sorrisos a toda hora. Eu olhava para tudo e todos com uma expectativa de nunca esquecer aquele momento. Assim que chegamos ao hotel, as risadas não pararam: a longa caminhada com lanterna para chegarmos à nossa cabine, as aranhas escalando as camas, o chuveiro descontrolado, as tirolesas e trilhas, os sustos que tomávamos na janela e as músicas cantadas do lado da fogueira. Tudo aquilo nos unia e deixava nossa amizade cada vez mais forte. Aproveitava cada segundo de tudo aquilo… Agora estava cada vez mais longe do lugar onde um pedaço do meu coração ficou. Quando o avião pousou, foi questão de minutos até que meu celular começasse a vibrar disparadamente. Mensagens de todos aqueles amigos que eu achava que iriam me deixar para trás lotavam meu celular perguntando se eu havia chegado bem. Ao ler e responder tudo, um sorriso de orelha a orelha formou-se no meu rosto, acompanhado pela felicidade de que não, eles não me esqueceriam e, sim, muitas mais memórias viriam. Foi como se no dia em que eu cheguei naquela cidade e conheci todas aquelas pessoas, uma corda foi formada, que me prendia a eles. Às vezes, as pontas dessa corda ficam distantes, às vezes próximas e às vezes uma nova ponta é adicionada. Tudo pode acontecer nessa corda… menos arrebentar. Daqui a seis dias, vou viajar e encontrar meu amigos de outra cidade, aqueles que não me esqueceram e que estão dispostos a criar novas memórias comigo. Amanhã, vou para escola e, embora possa ser um pouco chata, é compensada pelas risadas que eu dou a cada aula, gerada pelos amigos. A amizade realmente é algo muito forte, ela tem o poder de gerar sorrisos e risadas, tornar pessoas alegres e criar companhias para a vida toda. Amizade não se destrói, amizade se cria.

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL

O

S

R

UGU

P

P

O

RT

S

Luisa de Marchi

P

O

P

AMIZADE NÃO SE DESTRÓI, AMIZADE SE CRIA

Ê


O

Ê

S

O

P

S

S

P

S

RT

UGU

Ê

RT

S

S

P

O

P

O

P

Beatriz de Oliveira Abram

P

THE QUIETEST FRIENDSHIP IN PLUTO

UGU

Ê

Ê

RT R U G U PlutoT U GU I remember my mom telling me stories about our planet, telling me that came from the name Hades (actually, Hades is the Greek name and Pluto is the Roman name). Hades was the god of the Underworld, which freaked me out a little bit (but then my mom said we are dark matter* and never die). She also told me that Charon, one of our moons, after the O Ê wasO Rnamed Ê RT TUGU UGU Underworld’s ferryman, Charon. He would help the dead souls pass through the river Styx. Our other moon, Styx, is named after this river. She found out all about these names and these stories when a spaceship called New Horizons made by some aliens called “humans” was going through our orbit. It had many stories recorded in its machines. Before that we did not name our dwarf planet this way. The spaceship did not see us, but it did photograph our floating ices a lot. Someone seems to think floating ice is exotic. That’s so funny! I had always dreamed of stretching out my arm and grabbing our moon Charon in an only palm. My friend Rivon told me, years ago, that this dream would someday come true. ‘Jan-tu-mi-lan’ (long time no see). That’s what I thought when I saw Rivon flying in the skies of my dear planet, Pluto. Rivon had gone on a journey three years ago. I can’t say that I had missed him, because I hadn’t. Anyways, I am too busy being the princess of Pluto. He can go on his insane little adventures. Yes, I do know that he is one of the palace guards. And yes, I do know that he trusted me and invited me for his adventure. But as my grandma always says: ‘Von-vi-le-reini’ (Princesses can’t run risks). And this was certainly a big risk. Before, he would always telecontact me. Here in Pluto, we use telepathy to talk to each other, which in my opinion, is terrible. You cannot have any privacy because everyone knows all you are thinking. Well, every morning, he would talk to me after breakfast, in the garden. One day, the tone of the conversation changed, and the floating ice above the palace also changed color, it went from turquoise to lapis lazuli. “You look very nice today, princess Vanvevin”, he started, with a look of preoccupation in his eyes. This sentence made no sense, since we are all made of dark matter, so others can’t really see us, but I accepted it, since it was a compliment. I sighed. “Thank you, Rivon. I seem to realize something different in you, something in the way you’re speaking, looking, and shaking. You know you can trust me, right?” He smiled and turned his face to Charon, our moon. He explained to me that he was going on a mission. He explained that he was going to fly out of Pluto by himself. He explained that Pluto wasn’t the right place for him, since he didn’t even know if he was born here. “You can’t do that.” “I can, if you go with me. You are the princess. You can do everything.” “Rivon, it’s not that simple. It’s risky.” And with that I ran away, afraid that someone had eavesdropped on our conversation. I ran, and ran, until I found my sleeping pod, and dived into the covers. And then he left anyway. I thought I would never meet him again. Rivon was fast, he liked to play hide-and-seek. Although he would always win, I liked this trait of his. It was what first brought my attention to him when we first met when we were children. The story goes as following: I was floating on the palace’s front porch, waiting for my aunt’s approval concerning my being presented as a princess. I was anxious, looking around, searching for any sight of the message. But all that came was a very fast, message-boy, that looked as if he were about to

18

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL


trip. Anyways, once he started approaching, I expected him to make the proper reverences to royalty. When he was only a few feet from me, he stopped and laughed. “Why are you all tense and stretched? Is that something noble or what?” “You’re supposed to stop and bow. It is a sign of respect. Yes, something noble. Now hurry up, any royal message?” Panting, he concentrated. He searched and searched into his intelligence recipient, until he smiled and we telecontacted. He stepped forward and I focused on the message with quite care. He also focused, trying to understand my aunt’s words. I signaled for him to go away. But before he did, he bowed cautiously, and ran rapidly. However, before leaving he turned, “By the way, the name’s Rivon.” From that day on, Rivon and I became great friends, and he taught me all he knew. I’ll tell you, he knew a lot. He told me everything about planets, galaxies, and Supernovas. Sometimes I was curious, sometimes I wasn’t, but I just kept nodding and smiling. I told him about negotiations among aliens and the geometry of the Universe and maybe sometimes that was tiresome, but he never said so and even made interesting questions. Although we seemed to live forever, we both wanted to have different experiences as soon as possible. He wanted to accomplish something. Something that would change the Universe. Change the word “impossible”. I wanted something simpler, like signing a law that would support the cure a dark matter disease, such as the one that make us disappear in dark holes, or like helping to prevent war among aliens. However, we both wanted this to occur fast. Change the planet fast. Make it a better place fast. We just had our doubts, like if we would need help from those aliens from Planet Earth. His coming back surprised me even more than our last conversation. I felt him flying there, in front of the palace. It was then that he perceived me. This happened through telepathy. I gasped and turned away. I was certain that he was coming in my direction. After all these years. As if nothing had happened. “If you come with me…” “Fine, I’ll go.” “What?” “I will go!” He did as plan, picking me up in the middle of the night. Actually, he had plenty of time to do that since one day in Pluto is 153.3 hours. As you can see, we sleep a lot. Why did I suddenly decide to leave Pluto? That’s because Rivon had learned with one other dark matter of many that he had met in these past three years that dark matter can go to any place in the universe. Dark matter is not linked to any planet, although my family did not know that. Might I finally be able to touch our moon Charon? Let’s wait and see. That would be truly noble. Find out everything about the other planets. See everything Rivon and I talked about. That weird planet with weird aliens in it called planet Earth. Explore the Universe as if it were an artwork that required a lot of scientific technique. Were we about to consider ALL of the Universe as home?

*Note: Dark matter is something in space that has gravity, but it’s not regular matter and not a black hole. Just like dark energy, we don’t know a whole lot about dark matter. But it seems that 27% of the universe is made up of this strange stuff. (NASA Science) IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL

19


A AMIZADE É PODEROSA Pedro Costa da Nóbrega

Muitas pessoas de todas as idades e culturas acreditam que não possuem amigos. Mesmo que isso seja verdade, essa certa pessoa pode mudar isso. Se alguém não tiver amigos, esse alguém vai ser triste e sem graça pelo resto da vida. Mas, por outro lado, se alguém não tiver amigos, mas quiser ter dois ou três, não pode ter vergonha. Ela precisa chegar em desconhecidos e, lentamente, virar amigo do desconhecido. Para deixar mais claro, vou contar sobre um garoto chamado João. João não tinha amigos na escola. O problema era que João era um garoto muito tímido. Os pequenos grupos já estavam formados e o garoto não estava em nenhum deles. João nunca se importou muito com isso. Ele se isolava no quarto todo dia depois da escola e ficava assistindo ao seu programa favorito de TV, que passava de segunda a sexta. Até que em uma fria manhã de inverno, João sentiu uma sensação peculiar no estômago. Tristeza, talvez? Melancolia, provavelmente. E isso começou a afetar o seu dia a dia. Nas aulas, ele não conseguia fazer os trabalhos mais simples de matemática, não conseguia dar os chutes mais fáceis de futebol e não conseguia defender uma bola de queimada em educação física. Aquele inverno foi a pior época da vida de João, mas felizmente, a primavera chegou logo e as flores começaram a crescer em todos os cantos. Era possível ouvir o canto de centenas de pássaros. E João também tinha mudado. Ele sentira alguma esperança na alma. Uma tocha se acendeu lá dentro. Então o jovem respirou fundo e se aproximou de Pedro na hora do intervalo. — Você quer jogar futebol comigo? Pedro fez que sim com a cabeça. Eles ficaram o recreio inteiro jogando futebol. Semanas se passaram, e João e Pedro já eram melhores amigos. Um ia para a casa do outro. Eles jogavam bola até cansar. João não era mais aquela pessoa deprimida de antes. Parecia que de repente ele ganhara todos os poderes do mundo. Como se a amizade tivesse poder. A amizade pode mudar pessoas, e é escolha sua querer ou não querer ter amigos. “A amizade duplica as alegrias e divide as tristezas.” “Não há solidão mais triste do que a do homem sem amizades. A falta de amigos faz com que o mundo pareça um deserto.” - Francis Bacon

20

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL


AMIZADE MUDA TUDO Mariana Proença de Gouvêa Menezes

A propósito… Todo mundo já teve um dia que se sentiu deslocado do resto da população, todo mundo já teve um dia que foi o último a ser escolhido para fazer parte de um dos times de futebol, mas esse dia passa e as pessoas voltam para seus grupos e para seus times. Menos eu. Para mim, esse dia nunca passa, essa é minha vida. Mas honestamente, acho que já me acostumei com a ideia de nunca ser puxada no canto para saber a fofoca ou me chamarem para sentar ao lado de alguém no almoço ou até mesmo para fazer um projeto junto. Eu sempre acabo ficando sozinha no almoço e sempre estou fazendo projeto com alguém que também ficou sem ninguém ou que ninguém quis fazer pelo seu baixíssimo QI, e então acabo fazendo todo o projeto sozinha. “Sozinha”. Essa palavra resume minha vida. Essa é a palavra que está sempre ecoando na minha cabeça, a palavra que me atormenta na hora de dormir. No fundo sei que isso me entristece, mas o que posso fazer se ninguém me quer? Talvez eu tenha um pouco de influência nisso, talvez eu seja um pouco tímida, mas mesmo as meninas mais tímidas têm uma amiga, já eu, não. Mas eu ainda tenho esperança, toda hora alguém entra na escola, quem sabe um dia seja eu, em outra escola, claro. Só tem um problema, minha mãe não quer de jeito nenhum que eu saia da EMP (escola municipal). Não vou me preocupar com isso agora, quer dizer, as aulas acabam amanhã, e com a graça de Deus, entrará alguém que me queira ano que vem. Não que eu realmente coloque muita fé nisso, quero dizer, todo ano fico esperando alguém novo, mas nunca entra ninguém que me dê bola. A propósito, eu sou a Amanda. Não acredito que alguém possa ser tão estúpida no último dia de aula! Como eu estou enraivecida! Mas tinha de ser, a Stefanie nunca foi nada boa, não sei por que ainda sou melhor amiga dela. Ela só me desaponta, e eu, boba, sempre perdoo. Mas desta vez vai ser diferente. Eu não vou dar mais NENHUMA chance. NENHUMA. Vou fazer o melhor para mim, que é procurar alguma nova melhor amiga. Que de preferência, não me desaponte toda semana! Acho que só não me afastei dela ainda porque foi minha primeira amiga - e única - desde que entrei na EMP, há seis meses. Mas vou tirar estas férias para pensar melhor o que devo fazer, quero dizer, com certeza, deve ter alguém procurando uma amiga por aí, não é? Espero que sim… A propósito, sou a Luana. Ai que medo!! Amanhã já voltam as aulas! Será que vai entrar alguém novo? Ou será que alguém brigou com seu amigo e está sozinha como eu? Bom, de qualquer modo, vou tentar não criar tantas expectativas para não me desapontar como no ano passado. Para você que está se perguntando o que eu fiz nestas férias, a resposta é simples: absolutamente nada. Como de costume, né. Bom, vou dormir para ver se passa mais rápido o tempo. Boa noite. Faltam exatamente cinco minutos e trinta e três segundos para eu chegar na escola pela primeira vez desde o último dia antes das férias. Todos sabemos que não foi o melhor dia de

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL

21


todos. Depois daquilo, a Stefanie veio me procurar pedindo desculpas - como de costume -, mas eu não aceitei, disse que já havia dado chances demais para ela, e que minha paciência tinha se esgotado. Então, como há exatamente seis meses, estou entrando na escola com frio na barriga sem saber o que esperar. Quando cheguei no corredor onde fica meu armário, notei a Stefanie me encarando, mas não com cara de cachorro molhado, mas sim com cara de nojo. Nem me importei, pois sabia que era só para me provocar e fazer com que eu voltasse com a nossa amizade. Nesse instante vi outra figura solitária me olhando, mas não com cara de nojo, e sim com uma cara amigável. O friozinho no meu estômago dobraram de quantidade, mesmo assim tomei coragem e fui falar com aquela pessoa que nunca havia visto, e quando cheguei perto dela, um sentimento que eu nunca havia sentido começou a brotar em mim… Enquanto ela vinha também na minha direção, com um sorriso estampado no rosto, meu mundo mudou de cor. Ele foi de tons acinzentados para cores fortes e vibrantes, e um sentimento novo apareceu em mim, um sentimento chamado esperança E foi assim que eu conheci a Luana, agora ela não é somente minha amiga mas também minha melhor amiga! Hoje posso afirmar com toda a certeza que ela mudou minha vida. É como se todo esse tempo eu não estivesse vivendo, só existindo. Me entende? É como se ela tivesse aberto outro portal para uma vida completamente diferente da vida que eu tinha. Ela me levou para fazer e conhecer coisas e gente nova! Ela me apresentou a uma palavra que é essencial na vida de qualquer pessoa, e essa palavra é a felicidade.

22

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL


AMIZADES DO OUTRO LADO DO MUNDO Leonardo Caruso Ávila Ferreira Glaser

Sou, novamente, um aluno novo, o que não é fácil... Eu deixei um monte de amigos em Viena, na Áustria. Viena é uma cidade pequena, mas a vida lá é muito legal e cheia de aventuras. De manhã eu ia para escola de bike, depois da escola eu voltava com meus amigos para casa e fazia uma paradinha no Prater, que é um parque com bosques onde podíamos correr e fazer piquenique. E quando começava a ficar escuro, o sol descia em diferentes cores. Embora tenha tudo isso, a Áustria fica lá do outro lado do mundo, do outro lado desse enorme oceano. E quando a vontade de abraçar ou conversar com aquele amigo vem, é inevitável não sentir aquele aperto no peito, aquela vontade de correr para o canto mais escondido e escuro da casa só para me esconder do mundo. Mas, então, desligado do mundo e imerso naquela escuridão, começo a enxergar… A amizade não tem de acabar por causa da distância, ela é muito, muito maior do que isso, é só cultivá-la para que não morra. Então, ela continuará. Às vezes caminho sozinho pelos corredores e outras partes da escola e pode parecer que não tenho muitos amigos, mas fazer amizades é algo que dá para se fazer em qualquer lugar e em qualquer idade! Por isso sempre haverá um lugar que terei muitos amigos e não ficarei sozinho. Eu deixei muitos amigos em Viena, na Áustria. Eu nunca serei uma pessoa solitária, porque lá do outro lado do mundo eu sei que há pessoas nas quais posso confiar e que gostam de mim. Quando mudo de país, deixo meus amigos lá, mas já saio fazendo outros amigos no novo lugar! Vou colecionando amizades preciosas e juntando amigos espalhados nos mais diferentes lugares. Que contraditório e ao mesmo tempo coerente, não? Eu tenho amigos em mais de 20 países do mundo e sei que, nunca, nunca estarei sozinho.

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL

23


APENAS SURREAL Marina Santos Pinto Silva

Lembro-me de quando começou a modinha dos melhores amigos para sempre. De repente toda loja que vendia colarzinho BFF que eu achava sem graça, aquilo virou até competição. — Eu tenho três melhores amigas. — Nossa, eu tenho quatro! Mas eu nunca dei muita bola pra isso, achava cafona e, para falar a verdade, não acreditava no termo. Para mim, era algo falso, o tipo de coisa que você fala quando o seu amigo traz um pacote de chocolate e você quer um. — Você me dá um e eu vou ser seu melhor amigo! Um tipo de chantagem emocional, além do que não precisava ser um gênio para saber que não daria certo. Desde pequena a minha família não para quieta e pulamos de país em país, morando em todo canto. Então fazia mais sentido falar em “melhores amigas até eu trocar de escola” porque para sempre qualquer um sabia que era uma promessa surreal. Então passei anos fugindo dessas palavras enganosas “para sempre”, sem nem notar quão bom melhores amigas poderiam ser. Sabe, falo com toda certeza que queria muito aquilo e o negava com um aperto no coração apenas pensando que não perderia nada se nunca o tivesse. Nesse caso não há nada a dizer, somente que ignorância é uma benção. Mas a vida seguia, todo mundo tinha os seus melhores amigos eternos e eu tinha bons amigos, estava satisfeita. Até que conheci alguém que revirou a minha cabeça, e me desfiz de tudo aquilo que acreditava, mesmo que fosse somente um minuto, aceitei ser enganada por algo tão belo mas ainda falso. Sim, por mais surpreendente que seja, eu tive uma melhor amiga. Até que algo mais do que previsível aconteceu: ia sair da escola, da cidade, país, continente. Estava me mudando para o outro lado do mundo, e aquela voz inquieta na minha consciência, que eu dei mais poder do que o merecida, resmungava “Não disse”! As palavras que somente eu escutava batiam no coração e afundavam qualquer tipo de pensamento. Naquele mesmo dia fui me despedir da tal melhor amiga quando ela me presenteou com um colar de Bff que eu achava tão feio, mas agora já nem tanto. Foi naquele momento que eu entendi exatamente o que melhores amigas para sempre significavam. Aquilo não era um adeus, mas sim um até logo, porque aquela memória eu posso visitar a qualquer dia, e se posso visitar a memória, também posso visitar a pessoa algum dia que, eu garanto, será em breve. E aqui ela estará mais rápido que qualquer um possa imaginar. É isso que é o poder da amizade. Não importa quão longe está, apenas o seu pensamento é capaz de provocar um sorriso, uma risada, uma doce e perplexa saudade. A amizade profunda e significante encontra-se quando não é cobrada, é feita pela simples vontade. Ela pode ser diária ou ter uma interrupção de anos, uma vez construída não existe forma de ser rompida, uma vez feita é eterna. Realmente, contento-me e me sinto satisfeita de saber que todas as amizades que já fiz estão me acompanhando durante todo momento. Seja ela sorrindo ou chorando, distante ou perto, confio não estar só.

24

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL


LOVE IN A DIFFERENT WAY Isabela El Dib Maesano

Sometimes you say “I hate her”, but deep inside you know that you can’t live without her. You can’t live without any of your friends. The people you love. And you just realize that you love them when you need them. When they leave you. Or when they make you laugh for something stupid, and then all of you get sent out of class. It´s sad because you know that one day, in the future, they will move in different directions than you, and the happy group that you were always part of, will be gone. That’s why we have to embrace every moment of our lives. Every smile, every tear, every hug. Everything that makes us remember that friendship is the most important thing in the world. “Remember, you don’t need a certain number of friends. Just a number of friends you can be certain of” (Rola Mahmoud) Jealousy. That is one of the words that describe my relationships with other people. It is something that I can’t avoid. It is also something good because, you are jealous for a reason. You are jealous of your friends because you love them. All the memories that you have with this person cannot, by any circumstances, be shared with another person. Every time when I see my friend laughing with someone else about an inside joke that belongs to me and my friend, I get sad. My day could have been great, but this event makes my smile go away. This might seem ridiculous and exaggerated, but it’s the truth. There is one question that I don’t know exactly how to answer. “Why do I have friends?”. This question can have different answers depending on who you are, or for whom you are asking this. I know that most of my friends like me because I am not shy. If they dare me to dance to a cringey song in public, I will probably do it (actually, this already happened…). I don’t really care about what people think, because the only judgement that matters is my own. Some of my friends also like me because I like to help people, even if it’s hard. There was a time that almost every day, for one week, I got home and cried (or even in the school bathroom) because I was dealing with a lot of problems. Problems that weren’t even mine. I like to help people, but sometimes you should just focus on yourself, otherwise you’ll get stressed. Friendship is for sure something complicated. Especially when it’s about knowing who will be always with you. The true friend. Everyone has their true friend, but maybe they didn’t find the right person yet. Finding the right person isn’t just related to dating, love, red roses, and more. “True friends are hard to find, and lucky to have” (Sarah Jessíca Parker) Yes. True friends are hard to find, but easy to keep, because they are made for you. Made for you to be yourself around them even if your true self is a little weird. My true friend and I are completely weird. We might as well just have the soul of a first grader. But we love each other, and that’s what matters.

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL

25


MY PIECE OF BRIGHTNESS Julia Garcia Albi

Well, I was pretty upset. I just got a horrible news: I’ll be needing to move to another city again. Oh no…. everything was awesome here since I moved from Spain two or three years ago. I had friends, I was popular, I got nice grades, I was extremely happy. I’ve gotten to know my teachers better, they were very nice. But just the fact of thinking that I’ll be moving again makes me sick and dizzy. I immediately called my best friend, she is always there for me and she means the world to me, when she heard about the news she was pretty shocked and sad. Even though she wasn’t able to explain what she was feeling. But she told me that everything was going to be all right, that I will have many friends there and that I will be happy. I listen to her through the phone it actually made me feel calmer and a part of me believed in what she was saying but the other didn’t. A month later my family and I went to visit my new school at the new city. It wasn’t bad, everything and everyone was nice, but I felt that I was lonely, and I didn’t feel that I would have the same type of loyal and true friends that I had before. I went back to my city again and spend the last four months there. I told myself that I couldn’t be sad that I needed to spend as much time as possible with my friends. I saw them everyday at school and when school was over we all texted each other after finishing our homework. Unfortunately, the time arrived, and I had to leave. I said goodbye to everyone with a strong pain in my chest, with the hope of seeing them again. It was now vacation time I went back to Spain to visit my family and friends that I still had there from second grade. I had a very good time there but when the same thought came to my mind I had a big and painful stomachache. I tried to let it go and think about something else. When I came back to Brazil I expected to the butterflies in my stomach to return but they didn’t. I was calmer but still nervous. The night before school I couldn’t even talk I was just so worried that I wouldn’t have friends and that nobody will like me. I talked to my friends for hours they gave me advice and made me feel calmer. Maybe I knew that I wouldn’t find a friend like them, but I definitely knew that I will never lose them. I was ready, I was feeling confident, so I just simply went to sleep. When my alarm ringed I only thought about staying in bed, but that time couldn’t last forever right? So, I decided to wake up and get dressed so that I wouldn’t be late for my first day of school. So, with all the courage in the world I walked into the classroom, with an illegible look on my face with all the possible emotions expressing through it. The tense awkwardness took place in the classroom; fortunately I was not the only new girl, so the attention was not only lying on me but also in other two girls. The butterflies in my stomach came back but once I saw the warm smiles and judgeless stares all of the tension in body was released. After the teacher presented us I sitted next to a pair of girls that seemed nice and I waited until first period was over. And it was. This girl came to talk to me and we became friends, but you know it wasn’t like it was before and I got it because I was new and I was on my first three weeks of school and so I didn’t expected to be just as it was at my last school. But it wasn’t only that, we barely had things in common. But there were other girls that did, and so I came to talk to them. One of them was new also and we became friends from the first day we met. She was very nice and we had many things alike. The weeks went by and we became best friends, the days were kind of reminding me of what is used to be like at my last school. I came to her house it was great we shared many things and I was very happy. I could have never imagined that I would be friends with such an amazing person, but it happened because of friendship, true friendship.The one friendship that is always there by your side when

26

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL


something goes wrong, the one that is always there to laugh or to cry with you.To always help you and to make you feel better even if there is no hope left. This is what my new friendships teached me, this is what true friendship means it’s precious and special. And so thank you to all of my friends that made my day a million times better by only hearing their voice, to those that were always by my side. I hope that everyone can find friends as amazing as mines.

IIIENCONTROLITERĂ RIOCHAPEL

27


O PODER DA AMIZADE E A ESPERANÇA Bruna Amaral Banevicius Coutinho Simões

Bem, a vida vai e vem, há coisas boas e ruins que não temos como impedir. No meu caso foi pior ainda. Meu mundo caiu, desabou, desmoronou, e não tive como impedir. Minha vida virou de cabeça pra baixo em meros segundos, e ninguém me ouvia, me entendia. Para ser sincera, não sabia se sobreviver era uma opção. Minha felicidade, minha alegria e todo o amor que eu tinha para dar se foram. Não sabia o que fazer. Estava sem rumo. Admito que foi triste. Na verdade, foi a coisa mais triste que aconteceu na minha vida. Senti meu coração sendo arrancado de dentro do meu corpo, sendo esmagado pouco a pouco. A dor e a tristeza dominavam meu corpo e minha mente. Várias coisas poderiam ter acontecido, mas consegui sobreviver graças a elas. Elas me apoiaram e cuidaram de mim enquanto estava no fundo do poço. Sim, isso é real. Um mês sem meus pais, brigas de família e a incerteza de ver meu pai novamente. Elas me deram esperança de que TUDO ia dar certo. Me deram amor, carinho e alegria de novo. Elas fizeram minha vida ter sentido. Clara, Sophia, Ju… devo a vocês eternamente. Sem vocês eu não estaria aqui, eu não estaria viva. Nosso amor e nossa amizade é infinita. Eu amo vocês mais do que tudo. Um mês, um mês no inferno. Sentia meu coração queimar sem parar e não conseguia raciocinar. Vocês foram a luz no fim do meu túnel. Conheci os piores sentimentos que alguém pode sentir, e eles não saiam de mim. Vocês os tiraram de lá. O poder da nossa amizade me fez recomeçar, viver e acreditar que tudo ia dar certo. Segundo o dicionário, a palavra amizade significa sentimento de grande afeição, simpatia, apreço entre pessoas ou entidades. Para mim, essa palavra significa algo bem diferente. Amizade é a relação entre pessoas que fazem tudo por você: divertir, salvar, apoiar nos momentos mais difíceis, e que, principalmente, amam de dentro do coração. Isso é amizade. Algo raro de se achar, mas que quando acontece, nunca sairá da sua vida. Tenho poucas dessas, para ser bem sincera, cinco pessoas que eu NUNCA abriria mão. Daria minha vida pela delas, se possível. Sou grata por conhecê-las todos os dias, pois sem essas pessoas, eu não seria eu. Obrigada.

28

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL


O QUE UM AMIGO PODE FAZER Isabela El Dib Maesano

Todo mundo tem um amigo ou vai ter um. Menos eu. Tenho quase 14 anos e sou completamente depressiva. Tenho medo de me socializar, de confiar em alguém. Eu penso assim: “Se deu errado, por que tentar novamente?” As meninas do meu ano parecem ser perfeitas. É como se elas não enfrentassem problema algum. Todas têm um “grupo” ou uma amizade que, provavelmente, vai durar para sempre. Uma amizade que pode ser falsa, mas a deixa feliz, pois você pode desabafar com a pessoa. Já eu? Ninguém chega perto. As pessoas tem nojo de mim. Por quê? Um motivo bobo. Resumindo o passado, minha ex-melhor amiga espalhou um segredo meu para o ano inteiro. Mas como qualquer história, a minha tem outro ponto de vista. E essa menina que espalhou meu segredo deixou de lado a verdade, como se a minha opinião, o meu lado da história, não importasse. Não quero deixar registrado aqui sobre o que se trata aquele segredo, então vou simplesmente continuar. Minha vida não só é ruim por causa deste incidente. O meu pai morreu faz 4 anos. Depois disso, minha mãe se casou com outro homem. Meu padrasto atual, Jay. E oito meses atrás, minha mãe também morreu. Ela teve um problema no coração e por isso nos deixou. Meu padrasto se casou novamente, com outra mulher. Minha madrasta, Lillian. E para piorar tudo, meu irmão biológico, que sempre foi próximo de mim, foi mandado para uma academia militar. São todos esses motivos que fazem minha boca ficar fechada, aberta apenas na hora das refeições, das quais eu não gosto muito, pois minha “família” não sabe cozinhar. Acordo todos os dias e vou para a escola, um lugar que é muito parecido com o inferno. Não sei por que eles não têm o mesmo nome. Minhas notas são boas, porque as únicas coisas que eu faço são estudar, comer e dormir. Festas? Casa de amiga? Não vou faz muito tempo. E não espero ir até entrar na faculdade. Eu quero ter uma amizade, mas não consigo, porque como disse antes, todo mundo me odeia. Hoje eu estava sentada em um banco totalmente isolado do mundo, comendo meu sanduíche de presunto e mostarda (nojento, eu sei) quando uma menina ruiva de olhos azuis chegou para mim e disse: — Oi. Meu nome é Rina. Eu vi que você estava sozinha, e pensei que talvez você quisesse companhia. Rina foi a primeira pessoa a falar comigo em meses. Eu não sabia o que responder, então apenas sorri. Ela se sentou ao meu lado e começamos a bater papo. — O que você está comendo? — Rina perguntou. — Ugh, um sanduiche. Presunto e mostarda — respondi. — Hahaha, que esquisito, nunca provei. — Quer provar agora? - disse, oferecendo meu pão todo melecado. — Não, obrigada. Pode ficar. Depois disso, descobri que Rina e eu temos algumas coisas em comum. Ela gosta de Mangá, como eu. E nós duas também assistimos a todos os filmes de Star Wars. Eu não fazia isso fazia muito tempo. Conversar e rir, sabe? — Desculpa, eu tenho que ir. Meu tio está me chamando. Foi muito bom te conhecer — falou Rina, e foi logo desaparecendo nas ruas da vizinhança. Quando cheguei em casa, Jay e Lillian estavam na cozinha, discutindo sobre quem ia ficar no poder do controle. Jay gosta de assistir a esportes e Lillian gosta de ver um programa ridículo, que se chama “Quanto vai Grudar”. É um programa que pessoas ficam de roupas íntimas

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL

29


dentro de um tubo transparente cheio de dinheiro. Essas pessoas ficam com um tipo de melado no corpo, e tentam grudar o máximo de dinheiro possível em seu corpo. É realmente nojento. Bom, passei reto pela cozinha e subi para meu quarto. Quando abri meu computador, vi que havia chegado um email para mim. “Oi! Aqui quem fala é a Rina, lembra de mim? Bom, nunca cheguei a perguntar seu nome. Aqui no endereço do email diz “jjordan”. Imaginei que seu sobrenome seria Jordan. Pode me dizer seu primeiro nome? Beijos, sua nova amiga.” O que ela queria dizer com “nova amiga”? Ela nem sabe o meu nome e já está achando que nós somos amigas. Isso não é possível, pois provavelmente ela deve estar me zoando. Ou será que ela é nova e não ouviu falar dos boatos sobre mim? Talvez ela realmente tenha gostado de mim. Decidi então, responder o email: “Oi, Rina! Meu nome é Jennifer Jordan. Dois “j”. Haha. Gostei muito de falar com você hoje.“ Fechei meu computador, e fui deitar. Na manhã seguinte, fui direto para a escola sem tomar café da manhã. Quando cheguei lá, vi Rina em pé, conversando com Sofia. Minha ex-melhor amiga. Eu estava quase indo embora com a cara emburrada, quando Rina puxou meu braço. — Jennifer! Está tudo bem? — Ugh, sim. Tenho que ir — respondi. — Calma! Tenho que te apresentar para Sofia, uma menina que eu acabei de conhecer — disse Rina, e foi me arrastando para perto do grupinho das meninas populares. — Sofia, essa é Jennifer, Jennifer, essa é Sofia — falou Rina. — Jenny! Quanto tempo! Você ainda assiste Barney no seu tempo livre? HAHAHA! — falou Sofia, rindo histericamente. Rina me olhou de um jeito confuso. Olhei feio para Sofia e fui andando. Rina conseguiu me alcançar e disse: — Jennifer! Espera! Você conhece a Sofia? O que acabou de acontecer? — Rina, Sofia era minha melhor amiga antes de ela virar um monstro e estragar a minha vida. Não quero mais olhar na cara dela, mas você fala com quem você quiser. Licença — respondi e saí correndo sem olhar para trás. De tarde, abri meu computador novamente e vi que Rina havia me mandado um email, dizendo que mesmo não sabendo o que aconteceu entre Sofia e eu, ela sentia muito. Ela também disse que queria ser minha amiga. Decidi não responder. Acordei numa da tarde, sábado, porque não tinha escola, e percebi que eu estava prestes a perder a chance de ter uma nova amizade. Rina queria me conhecer melhor, ela queria minha amizade. Mas como eu disse antes, não deu certo minha amizade com Sofia. Então por que outra tentativa ia funcionar? Fui até o parque com meu caderno de desenho, e sentei-me embaixo de uma figueira. Do nada, Rina, a ruiva de olhos azuis, apareceu. Como ela sabia que eu estava lá? Ela se sentou do meu lado com seu próprio caderno de desenho e começou a desenhar uma árvore. Eu também estava desenhando uma árvore. Uma figueira. Rina estava desenhando uma paineira. Nós duas ficamos desenhando até umas quatro da tarde, sem conversar. — Olha. Eu acabei — disse Rina, e mostrou seu desenho para mim. Nossa, a árvore dela estava maravilhosa. Os galhos cheios de detalhes e o tronco também. — Uau. Está muito bom — respondi.

30

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL


Rina me ensinou como desenhar um tronco perfeito, e enquanto isso, nós comemos pipoca caramelizada da barraquinha ao lado. Semanas depois, nós duas viramos amigas inseparáveis. Meus problemas psicológicos e familiares não me incomodavam mais. Eu passei a ter outros problemas como “O que vou usar na festa?” ou “Que horas posso passar na sua casa?”. E esses problemas são muito mais fáceis de lidar. Principalmente, se você tem um amigo para ajudar.

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL

31


PALAVRA AMIZADE Nicole Ines Jensen Sykora

O que significa a palavra amizade? Será algo importante? Embora, às vezes, possa não fazer sentido, a amizade é umas das coisas mais importantes na vida. É um sentimento de felicidade e alegria que vem do seu coração. Mas, por que que a amizade faz tanta diferença em nossas vidas? Quando você briga com um amigo, você diz que perdeu a amizade com essa pessoa. Em outras palavras, ficou triste. Cultivar o relacionamento saudável com várias pessoas pode trazer inúmeros benefícios: todos têm suas preferências. Se você gosta de jogar futebol e seu amigo gosta de jogar basquete, tente jogar os dois, e ambos ficarão felizes. Quando houver divergência, não tome isso como algo ruim, mas como uma oportunidade de aprender coisas novas. Mas, como a amizade pode ajudar? Às vezes você se sente triste porque você foi mal em uma prova, algum familiar morreu ou se machucou e não pode brincar, um amigo vai fazer muito bem para você. Ele irá animá-lo e fazer você se sentir melhor. Bons e verdadeiros amigos fazem qualquer coisa para fazer o outro se sentir melhor! Você já se esqueceu de estudar para uma prova ou levar o material necessário para estudar? Um bom amigo lhe mandará fotos dos tópicos relevantes e, assim, você não irá mal na prova. Amigos não estão sempre por perto, mas está mais do que comprovado que não existe distância que separe os amigos. E ter amigos em outros países pode ser muito bom, além de aprender novas línguas e de conhecer outras culturas, eles também podem ser a sua melhor desculpa para viajar! Mas lembre-se: cuide dos seus amigos da mesma maneira que eles cuidam de você! A amizade é uma relação recíproca! “Amigos são como o vento: às vezes perto, outras longe, mas eternos em nossos corações.”Belas Mensagens. Sempre lembre-se disso, amigos ficam eternos em nossos corações.

32

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL


SEGUNDA FAMÍLIA Juliana Boccoli Baldy de Sousa

Amizade é tudo. Tudo se resolve com amigos. Cor, raça, idade, tamanho - nada disso importa. Amigos estão com você nos momentos tristes, difíceis e, muitas vezes, são a razão de um momento feliz. Quero contar sobre meus amigos. Eles sim, com certeza, têm um espaço reservado dentro do meu coração. Já conversei com muitas pessoas na vida. Mais velhas, mais novas, mas as conversas com essas pessoas nunca conseguiram ser tão boas quanto as conversas que tenho com meus amigos. Por mais que seja um conversa boba, sem pé nem cabeça, sem sentido algum para quem escuta de fora, para nós, amigos, faz muito sentido, não é nem um pouco boba, e são uma das melhores coisas que fazemos. O poder da amizade é tão poderoso que é capaz de fazer pessoas anônimas, que você nunca viu, ocuparem um espaço do tamanho do mundo dentro do seu coração. Eu tenho amizades de vários anos, outras bem recentes, mas isso não faz diferença quando estamos juntos. Nossas risadas, piadas internas, choros e sorrisos são momentos únicos e especiais. Só nós sabemos o que cada um já passou, e por isso estamos sempre juntos para passar por mais coisas ainda. Confiamos uns nos outros. Às vezes brigamos, mas fazemos as pazes, pois sabemos que sozinhos não somos nada. Pelo menos, nada comparado ao que somos juntos. Ciúme faz parte e também irrita bastante, mas isso quer dizer que nós nos importamos uns com os outros. Ao lado dos meus amigos, eu consigo estar feliz até quando estamos em silêncio. Não é um silêncio constrangedor. Já foi, mas nós vamos ganhando intimidade ao longo do tempo e passa a ser normal. Na verdade, com o tempo, não ganhamos só intimidade, passamos a nos amar. Nossas conversas são terapias e conseguem nos fazer felizes em um piscar de olhos. Amigos apoiam e não desistem de você quando você está passando por momentos delicados. Eles são diferentes de colegas que falam de você por trás e fingem que se importam. Não ligam. Só querem saber da fofoca para contar depois para seus verdadeiros amigos. Com meus amigos é diferente. Eu consigo tirar sarro da cara deles e eles não vão se ofender. Nos amamos, nos xingamos, às vezes cansamos uns dos outros, mas o poder da nossa amizade é maior. A nossa relação é capaz de mover montanhas e não sei o que faria sem meus melhores amigos. Acho que já posso chamá-los de irmãos. Meus irmãos de coração; da minha segunda família.

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL

33


THE GIRL AND THE TREE Cecilia Maria Lloyd

Samantha lived in a small village. She had a small house and many siblings, her parents did not really spend time with her, but they focused on her younger siblings. The house was very crowded, but even that way, Samantha didn’t have anyone to spend time with she didn’t have many friends at her school, and so she spent most of her time outside the village near nature. One night she could not sleep she didn’t want to wake any of her siblings so she went for a walk, she went through different places she never seen before and when she finally got to a stop when she couldn’t walk anymore, she realized she was lost just when she thought nothing else could happen, it started to rain. She now was in an unknown place, without shelter and without food. She tried to make her way back to see if she remembered the way back, but it was no use. She could not see anything through the foggy winter night. She decided to find a place to stay, but since there were no houses in that area, she spotted a big and tall tree. She then decided to make that her shelter for that night. By sun rise, she saw how lovely the tree was she smiled the tree seemed to smile back at her. The tree provided her food, shelter, and most importantly a friend. The tree seemed to hold Samantha in her arms through the cold winter nights and through the warm summer days she would spend her days eating the delicious fruit the tree dropped and swinging on the long sturdy branches. Although she had to go back home and attend her school, she would always come visit the tree. One day, the town decided they needed more space, so they decided to cut down the trees to make room for homes and buildings. As soon as Samantha heard the news, she was frightened and worried. That night she ran to the tree, and sat there waiting for the lumberjack workers to cut the tree down, and as soon as they came, she started to cry, the workers did not have a clue of what was happening, and that is when she said “This tree is more than just a part of nature, it is my friend. People may think I am crazy for talking to a tree, but this tree gave me a shelter when I was scared, fruit when I was hungry, and friendship when I was sad.” The surprised lumberjack workers decided to stop cutting trees. And that is when she realized she did not need a person to be her friend, because she had the tree.

34

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL


THE PERFECT BEST FRIEND Carolina Ross Montenegro

My life was so perfect. My friends were so nice; I was one of the most popular of the grade; my crush liked me back. Why did I have to move? I couldn’t understand, I didn’t even speak English. How would I be able to talk to people, the thing that I liked to do the most was to talk… I really don’t get it. The day that my dad came up to me and told me that I would have to move to Miami, at first I was so happy, happy that I would be able to live by the beach; happy that I would be able to have the best cars; happy that I would be able to study at the best school. But when I stopped to think about it. I noticed that it wouldn’t be as good as it seemed. Even though I would be able to live by the beach, who would go to the sea with me. I didn’t have friends there; even though I would have the best cars where would I go if I didn’t know any restaurants there; and the best school, well the best school was a problem, a big problem, because I did not know how to speak English… I was so sad and worried, but I didn’t want my parents to see that, because they were so happy, and I didn’t want to worry them. When I got there I moved to a building, the building was so nice, when I entered it I could see the pool, followed by the sea, the sea was so blue; in Brazil I had never seen a beach where the sea was so blue. The sky didn’t have any clouds, the weather was so good, it was hot, but the wind would make it better, the breeze hitting my hair felt so nice. On that moment I forgot about all the bad thing that were going through my mind before. When I entered the apartment, it looked so modern and fancy, but it wasn’t as big as my house in Brazil; my house in Brazil was huge, and here it was just pretty, but not big. From my room I had a beautiful view, I got the bigger room and my brother stayed on the other room, because I’m older than him, so I should get the bigger room. My dad called me and told me to go to his room. When I entered it felt like I was in a boat. The only two things I was able to see from there were the sea and the sky. Since we lived on the 26th floor, and it was so high we weren’t able to see the send only the deep blue sea. I was amazed I’ve never seen something so beautiful like that. We went to the pool and the to the beach, that day was probably one of the best days of my life. The day after that, my mom woke me up at 6:30 a.m. I didn’t want to wake up early, but I had to go to Summer Camp. I was excited and curious, but I was sad and scared at the same time. Imagine that you are going to see your school for the first time, but you are going to have to stay the whole day with people that you have ever seen before, who don’t speak your language, and probably don’t like the same thing as you do, wouldn’t you be scared? Well I was. I was so scared you don’t even know how. When I got there my mom came up to the classroom with me, she talked to the concealers and told them that I didn’t know how to speak English. Two girls came up to me and asked what my name was and where was I from; I told them that my name was Sophie and that I was from Brazil. So, they started playing with me during the summer camp, sometimes they would say something that I wouldn’t understand, but I would just laugh, or pretend like I didn’t hear them, so they wouldn’t know that I wasn’t understanding what they were saying. It was really weird they were really different; but I had to stay with them. When the summer ended the school started… There were five Brazilians in my grade, I was hoping they would be my best friends, and would always stay together. But that didn’t happen. Gabriella was really nice to me the first week of school, I would stay with her and she would help me with the things that I needed, because she was in my classroom. Arthur and Jorge were

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL

35


twins and only one if them was in my classroom; their descendents were Chinese so everyone thought that they were from China. I was one of the only ones that knew they were brazilians. Manuel wasn’t in my classroom but on the first year of school he didn’t talk to me at least once. The last Brazilian was Thomaz, his family was friends with mine, we would see each other a lot and he was friends with my brother; but not my friend. After the first week of school not one Brazilian was there to help me, and since I didn’t speak english I got very shy and wouldn’t speak to the Americans. On that week my homeroom teacher assigned us assigned sits, and lucky me I was sitting next to the smartest girl, she was new too, we didn’t talk much. The day that our teacher told us we could sit wherever we wanted I didn’t have anyone to sit with, so the super smart girl that sitted next to me, Ashley, called me to sit with her and her friend, Hanna. I was super happy, and they were super nice to me. After one month we were best friends forever, I still don’t understand how since I didn’t speak English, but we knew we could tell everything to one another. During the months I started getting better with my English and I started talking to more people, getting more friends and being less shy. On the second year I was friends with a lot of people, almost everyone in the grade. Even though I met a lot of nice people Ashley was still my best friends. We only had one class together, but we enjoyed every moment together in that class. When I got everything, I wanted everything I had before in Brazil, I had really nice friends, I had guys who liked me, and I was a little popular; I moved back to Brazil. Even living in Brazil, I am still best friends with Ashley; we don’t talk as much, but she will always be in my heart. Without her I wouldn’t be able to survive in Miami. She taught me a lot of things that I will take to the rest of my life and helped me a lot when I needed. She is what I call “The perfect best friend”.

36

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL


UM AMIGO Maria Victtoria Dib Damaa

A amizade é uma coisa única. Você tem a minha e eu tenho a sua. Um amigo cria uma amizade. A confiança cria um amigo. Um amigo é aquela pessoa que sempre está do seu lado, em momentos bons e ruins. É aquela pessoa em que você confia e que você tem prazer de conversar. Você sabe que sempre pode contar com ela. Um amigo nunca vai deixar você na mão e você vai sempre fazer o mesmo. As amizades verdadeiras são contadas em uma mão. A amizade vale ouro e tem o poder mais forte do mundo dentro dela, o AMOR!

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL

37


O amigo verdadeiro sempre está lá para você, e você tem de estar sempre com ele. O amigo verdadeiro chora com você, ri junto a você, ama junto a você, o amigo verdadeiro sente o que você sente. Todos nós temos memórias inesquecíveis com amigos de infância. Essas memórias têm de ser mantidas até a morte. As guerras de travesseiro, as brincadeiras no escuro, a noite da pizza, nada poderá ser esquecido. O tempo passa e as amizades vão acabando. Você troca seus amigos para agradar os outros. Você abandona seus amigos e os troca por outros. Essa é a realidade, que tem que ser exterminada, não podemos ser amigos de papel que se rasgam facilmente, temos de ser o amigo de tijolo, o amigo verdadeiro. A amizade muda nossas vidas e preenche nossos corações. Escolha seus amigos com cuidado, pois eles mudam sua vida. Nossa felicidade depende de amigos verdadeiros. Não vivemos sem amigos, sem eles, o que somos nós?

38

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL

UGU

RT

UGU

Ê

Ê

S

RT

Ê

RT

UGU

RT

UGU

RT

UGU

Ê

S

UGU

Ê

S

S S

O

RT

P

P

O

Amigos são preciosos, e não podemos os desperdiçar ou trocar. Eles são feitos para durar uma eternidade, e. por isso, não podemos os perder.

O

S

O

P

Amigos são a cura de qualquer doença, a cura de qualquer sentimento e a cura de qualquer acontecimento.

O

P

Bernardo Campos Sizenando Silva

P

O

P

SEM ELES, O QUE SOMOS NÓS

Ê


UGU

RT

UGU

Ê

Ê

S

RT

Ê

RT

UGU

RT

UGU

RT

UGU

Ê

S

UGU

Ê

S

S S

O

RT

P

P

O

O

S

O

P

As pilgrims arrived in a land so different Indians received them and were not belligerent, They cited a culture so diverse, Their religions were the inverse, But they tried to be to each other reverent.

O

P

Beatriz de Oliveira Abram

P

O

P

SAY “FRIEND”

Ê

They helped each other, Using the earth mother, With their alternative skills, Sharing enough views, About what in God is a brother. They saw their world in a new way, They learned with each other how to pray, Their land and friends they had to thank. But eventually their relationship sank, And their peace began to decay. The big heart that they had, Was now blue and sad, The friendship that they found, Suddenly made no more sound, And History went mad. I think that’s why this is essential, Sometimes a detail looking inconsequential Ends countries, families, parties, So, don’t fight or simply tease, Acceptance and appreciation are providential.

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL

39


AMIZADE Rodrigo José Zillo Garrido

Amizade, algo poderoso, chega ao nível dos deuses. Algo infinito, nunca acabará por completo. Algo necessário. A vida não tem sentido sem isso. Algo ótimo, nunca será substituido. Algo dos deuses, pura perfeição. Algo invisível, só existe no coração. Algo sem definição, cada uma tem seu jeito. E é o principal ingrediente para a poção da felicidade, tudo é perfeito e feliz, Eternamente.

40

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL


AMIZADE CANINA Victoria Pizzonia Simões Silva

Alguns dizem que é só um animal, mas já eu vejo um alguém: e esse alguém tem um corpinho pequeno, mas seu coração com certeza é 10 vezes maior. Quando estou deprimida, eu sei que o “alguém” vai aparecer, como sempre, abanando seu rabo. Com uma pequena lambida, toda aquela tristeza vira em felicidade. Um amigo de verdade nao é aquele que só fica do seu lado apenas por interesse e obrigação. E sim pela sua lealdade, carinho, e amor que ele possa lhe oferecer. Dê o seu coração para o “Alguém’, que ele dará o dele para você. Ele jamais irá o julgar, ele não liga se você é rico ou pobre, só quer cumprir sua missão, que é dar amor. Esse “Alguém” que solta pelos e tem quatro patas, nada mais é do que um Cão.

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL

41


AMIZADES Toni Serres Tomas

Pessoas que você nunca vai esquecer, pessoas que talvez você nunca vai ver de novo. Pessoas que você pode confiar, que sempre querem o seu melhor. Quando se trata de amizade, a distância não importa. Um amigo é aquela pessoa que sempre vai o apoiar, que você sempre vai querer do seu lado. Que faz você rir, é o sol que o ilumina nos dias mais nebulosos. Aquela pessoa que você pode contar o seu maior segredo, e você sabe que nunca vai contar para outra pessoa. Tudo isso para mim é ser um amigo. O quê é ser um amigo para você?

42

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL


APOLOGY Hanna Joo

With all the hurtful words I had told, I wanted to apologize for you all the mean and horrifying things I did. But I did that to protect you. Why? Because you are the only friend I ever had. After what I did, I regret how bad I did it. And so, I say, I am SORRY. But you didn’t accept my apology And just walked away from me and we never met each other again, and so, after 5 months, I come back to the last place we’ve met and repeat, I am SORRY please forgive me from all the things I did. But still no answer. It was too late. 5 years past, I come back, Surprisingly I see you there, but you are not looking at me, you’re not looking at anybody, you’re not looking at anything, and anywhere. You’re just there, lied down on the floor, all bloody with a giant knife in your heart. Your eyes are closed like you’re finally resting. I’m looking at you, with my eyes full of wet tears falling to the ground. And so, I realized, that I was crying. I say, I’m SORRY for not protecting you...

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL

43


FRIENDSHIP Seoeun Oh

Friends are helpers They are there when you need them They are there to listen And solve your problem Maybe they are not perfect Maybe they can’t make good suggestions Maybe they can’t perfectly solve your problem But one thing is for sure They are your friends and they’re there Share your happiness It shall increase Share your sadness It shall decrease A friend that can make you laugh A friend that can support or help you A friend that can stay beside you A friend that can be trusted A friend that will never leave you A friend that can offer before being asked Point of view are different Your thought of friends might be different But all good friends have something in common They will be there for you Friends are bonded with friendship And there is nothing impossible for the bonded friends Together you always make it and always will Friendship makes impossible into possible And you will never fail with your friends

44

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL


FRIENDSHIP Alma Castañares

Friendship is strong in its own way. Wherever you are in your day, They are your friends who make your day. Friendship may happen everyday! Friendship may surprise you everywhere. When you are sad, friendship is like a warm hug. When you are happy, friendship is a contagious bug! Friendship may happen everyday! Friendship may surprise you everywhere.

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL

45


FRIENDSHIP RAP Rafael Inácio Thomé

Friends are really important things Without them you are like a bird with no wings I wanted to let ya’ll know You guys helped me really grow No pun intended Let me start by saying when I met Henrique He has been my friend ever since Even though we met like at 2 years old He has been my pile of gold After that I moved to the States At first, I thought it would be a disgrace But then I met Allen and Andre That night I felt like popping a champagne One day I came back to Brazil Everything was spinning like a wheel That night I ended up in grandma’s house There was no space, I slept at the couch For a year I went to a bad school On my opinion that was very cruel Even though I think that school was bad At least I didn’t become a mad man Now I’m in a new school This new school called Chapel And if you do like my first rap Go on my Insta and double tap Here I met a pretty crush She was like my royal flush I also met some new friends Here are some of there names There is Isabela, Amorosino, Manu, Toni Leo, Tata, Ruy, Kouri Barahona, Carlo, Gabi, Ce Baldy, Alex, Luisa, Be

46

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL


Erika, Carol, Julia, Clara Gah, Maddie, Joao, Hanna Rodrigo, Rafa, Eddy, Victoria Bell, Baines, Han, Sofia Vittorio, Tomão, Lucas, Inaki Rebecca, Marina, Zé, Stephanie Torcuato, Enzo, Franco, Duda Bell, Murphy, Han, Bruna These are Just to name a few Those are all the new And before I choke to death Let me just take a breath (Breath) Although this rap was pretty hard That is why people call me rap god Even though I’m just a boy This rap brought me a lot of joy When I finish ya’ll will be clapping For my awesome rapping So, thank you all for listening to my song Let me end this with a so long

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL

47


IF SHE WAS Sophia Stiehm Izidoro

If She Was… She was here, with me. For a second, a moment… Then she was gone. Everything lost color. What if she wasn’t? What if she was still here. She would walk into the living room and turn everybody’s heads. As soon as she started talking she would make everybody laugh She would meet her and fall in love. She would play all day with Lilly. You would hear the POP of a cold beer she had then another one, and one last one. Plus, an extra one for dessert. She would put some in Lilly’s water and both of them would go crazy. Every step she would take would drive mom crazy. When I come back home after a long day of school, I would open the door, she would be there. Ready to bombard me with questions and hugs… Lot’s of them.

48

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL


There is just one teeny, tiny problem. She will not walk into the living room, she can’t. She’s not there to make everybody laugh, You can’t hear the POP of a cold beer. Now, mom misses her driving her crazy. When I come back home from a long day of school, I open the door and she’s not there, and her hugs… All of them, gone. My abuelita, my best friend, gone.

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL

49


IT HAPPENS Clara Baptistella Cortez Teixeira da Rede As I am doing my homework in my bedroom, my sister comes in. “We need to talk”. “Arthur died”. I had no reaction. It was night. I stood outside in the pouring rain, listening to the wind blowing, and thinking: why did you have to go away? I would have done anything for you to stay. When someone you love is gone, when someone you love dies, there is nothing you can do to help it, so, all you do is cry. It will never be easy to forget someone who gave us so much to remember. Once a friend asked me “What do you fear the most?” My response was simply: ‘ambulances’. It was in one of those that my friend went in and never came out again. All I could think about was that, I couldn’t let anyone notice me falling apart. So many times, I would look at the mirror and all I wanted to do was cry. There’s so much I have been through that nobody knows. So many things I have never shown. People say that time is supposed to heal your heart, but the pain you are feeling inside is never really gone. It has been sixth months, I am sick of crying, tired of trying, yes, I am smiling, but inside I am still dying. I will always remember our best laughs, best jokes and best tears together. I will always try to keep myself busy, but every time I pause, I’ll still think of you. 50

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL


JOIA PRECIOSA Antonio Pedro Cuiabano Esteves

A amizade é como uma barra de ouro, ela é muito preciosa. Se você gastar ou enfraquecê-la, a amizade pode sumir para sempre. A amizade pode ser sua amiga, em momentos difíceis ela o apoia, em momentos tristes ela o alegra. A amizade também pode ser má, quando ela o trai, quando ela o entristece ou quando ela o enfurece em brigas bobas. A amizade pode ser o amor de pai, de irmão, de mãe. O amor que existe na amizade é supremo, é especial, e o mais importante. O amor que existe na amizade é marcante. A amizade não é algo tolo, é algo que você vai levar para a vida porque sem a amizade você seria sozinho, e sendo sozinho, você será um pobrezinho.

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL

51


JUST LIKE WE USED TO DO Cezario Marques Ribeiro Caram Filho

Just like we used to do From the day my eyes first glared at you, I noticed that you would never forget to seal my safety with a grin. You were the medicine for my wounded heart, and the vitamins for my deprived soul. Or the shoulder, for me to store my everlasting negative memories, through fragile tears. You brightened up the darkest day and even the greyest sky. I love you please listen to the words I once hid. When it’s your time, I’ll be there for you, just like the way I used to. Truthfully, you now sealed my coffin, with a smile and when my angel descended from the skies, I could hear you murmur everything is going to be fine. When it’s your time, I’ll be your angel And we’ll walk together into afterlife, Just Like We Used To.

52

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL


LEFT ME BEHIND Julia Catherine Strong

Where should I go? In the small isolated corner? Yes. How come no one will talk to me? I can feel Inside me A big icy block Made of sadness. The shuffling of feet Has left. They have Left me behind. I feel tears welling up Like a flood, Hesitating to flow An arm Goes around my shoulder A whisper. A hug. A girl shyly smiling down at me Tells me she will Be my friend. I smile. The icy block inside me, Is thawing Into a spring puddle All my sad feelings Have left me behind.

IIIENCONTROLITERĂ RIOCHAPEL

53


MY FAVORITE DISTRACTION Maria Eduarda Godoy Pereira de Melo

The one who’s always there for me through good and bad times. The only one who knows me better than I know myself. The one who puts me, before herself always and forever. The one who never leaves me no matter what is going on Through fights, kisses, and hugs, through breakups and makeups we are always there for each other No matter the time. No matter the day. No matter the hour. Together Forever

54

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL


O QUE É AMIZADE Giuliana Gualda Ronco

Amizade traz felicidade se for de verdade. Você se sente especial de um jeito essencial. Uma pessoa que lhe dá prazer de ter. Uma pessoa que você ama, mas não consegue explicar porque quer continuar a amar. Uma pessoa que o ama pelo o que você é. E não por que ama o que é seu. Uma pessoa que vai o apoiar e sempre continuar a amar. Uma pessoa que o ama porque o acha linda por dentro. Não por que o acha linda por fora. Uma pessoa que vai o acompanhar e nunca pensar em o abandonar, na sua longa jornada que você vai ter de traçar.

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL

55


O SUJEITO QUE QUIS COROAR Cezario Marques Ribeiro Caram Filho

No amanhecer de um dia, todos revelam sua própria identidade, pois nenhuma máscara dura mais que a própria face. Conviver com pessoas falsas é como sentir-se num ninho de cobras, consciente do veneno que nele circula. Porém, quem é verdadeiro, permanecerá constantemente ao seu lado, mesmo quando você não merecer. Algumas vezes, precisamos esforçar-nos para sacudir a árvore das amizades, para que caiam as podres e que permanecam as ricas que moram dentro de ti. Desde um ombro para despejar minhas lágrimas, até o remédio para o coração partido, foi você o sujeito que quis coroar para permanecer em minha árvore, Até que a morte nos separe p e r m a n e n t e m e n t e.

56

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL


ROSES OF FRIENDSHIP Erika Renee Bennett

Roses are like friendship Beautiful and vibrant. The petals are a sign of Us and our bond of friendship. The petals are so colorful And filled with curiosity and Wonder. The neon colors of the Petals blind me with the beauty of your personality. And the Rose always stays vibrant And shows a lot of color to the world. The rose never wilts And never gives in, they Always believe they can strive For excellence. That’s why you are my friend, best friend Filled with beauty, curiosity, wonder, And suspicion. Roses are like friendships You have to make the most Out of them. And always be there When they need you.

IIIENCONTROLITERĂ RIOCHAPEL

57


TRUE POWER João Arantes

Without it I would be nothing, without it I would have no reason to live, no reason to keep going. And I’m not the only one who needs it, everyone needs it! I’m talking about the love, the care, and the passion you show to your friends, to your sister, to your brother, to your entire family, to everyone you like! I’m talking about friendship, and you may not believe me but it can save everyone it can end all sadness and hate, This power can end wars end suffering end hunger end poverty end depression And instead it spreads joy spreads happiness it closes the gap in your heart it shines light where needed and most important of all It keeps every will, every soul on this universe going on with their lives, moving in the right path and making the right choices to make a healthy good life filled with friendship! This power, can save, the world.

58

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL


YOU Madeline Grace Nunez

I made this for you to understand: my life is complete. You are the reason I live, breathe, and eat. We have been friends since the the day we first spoke. We have seen each other grow and we have seen each other fail at love. We have seen the way each one speaks, the way we dress, and the way we eat. You and I fight, Makeup, Repeat; always for stupid reasons. You make me smile when times are tough; I make you laugh at me, for reasons that are not necessary. We make each other laugh, with stupid inside jokes and even worse regular jokes. We complete each other the fact that we are friends is the reason I stay alive

IIIENCONTROLITERĂ RIOCHAPEL

59


WAR OF FRIENDS Madeline Grace Nunez

War of friends Fighting makes me feel so bad, it is like the world is against me. My face looks like everything is fine, but the real feeling is much more. Friends try to help, but I’m broken inside. I feel nothing, but hate, sadness, and fear. We fought, and you got the glory. You won this war, you made me feel terrible. I got made fun of, you got the last laugh. I had the feeling of regret, I still do. That was a war of foes, but you started this war. I will finish it, but you say sorry. We made up, this was a war of friends. Best Friends

60

IIIENCONTROLITERĂ RIOCHAPEL


qual procurando comunicar-lhe suas diferentes emoções. A primeira manda-me apenas um postal: foi para o círculo ártico ver o sol da meia-noite. Sonhava solidões, silêncios ... — quem teve jamais o que sonhou?… A segunda amiga revela-me a sua perplexidade… A terceira está numa fotografia, cercada de crianças… Eis que a minha terceira amiga me escreve da sua propriedade rural, onde..., misturada às crianças, inclinada para cada pequenina vida que vai cumprindo obscuramente o seu destino pelo chão e pelo ar. E manda-me uma folhinha de malva, que sai da carta ainda tão verde e perfumosa como se não tivesse sido cortada, e uma flor de alfazema, do cesto que lhe acabam de

As três amigas chegam pelo correio, de lugares diferentes, cada

trazer: uma pequena flor em que recebe o vento e o céu desse recanto simples da terra, amado pelo seu coração, e pelo qual ouço passsar a sua voz, tão natural e sincera, clara e cristalina como a das suas luminosas crianças.

(Cecília Meireles, Janela mágica)

CATEGORIA JUVENIL PROSA E POESIA



UGU

R

Ê

Ê

TUGU Fim das férias. Briga com o namorado. Primeiro dia de aula. Câncer. BOOM. Quando me lembro do dia 3 de agosto de 2015, consigo até sentir novamente o que foi passar por tal situação. Eu tinha 13 anos, sabe? Uma garota de 13 anos cuja a única preocupação era ir bem na escola e ver se o menino que gostava já havia respondido no WhatsApp. Parecia ser tão simples, mas confesso que já achava complicado só daquele jeitinho. Roxo na perna é a identidade de uma criança. Um ralado ou outro é até fofo. Agora, mil roxos espalhados pelas pernas, bolinhas vermelhas pelo corpo inteiro, machucados na boca e entre outros sintomas pra lá de exagerados não eram tão bonitos assim. O primeiro dia de aula é normalmente algo muito casual. Todos contam as novidades para os amigos e matam a saudade. Minha novidade, neste caso, veio aparecer para mim alguns dias DEPOIS das férias. Exame de sangue. Resultado. Internação. Exame da medula. Resultado. Lá estava. O pior dos pesadelos. Lembro-me de assistir a “A culpa é das estrelas” e me imaginar sendo Hazel Grace, a personagem principal diagnosticada com câncer no pulmão aos 12 anos. Lá estava. Eu. A mais nova Hazel Grace. O meu pior pesadelo. Meu pai pediu para que todos saíssem do quarto do hospital no qual eu estava internada, exceto minha mãe e eu: — Qual notícia vocês querem ouvir primeiro? A boa ou a ruim? Nenhuma, eu queria responder... — A ruim — foi o que saiu de minha boca. Minha mãe já com olhos cheios de lágrimas. — Meu amor, a notícia ruim é que você foi diagnosticada com Leucemia Mielóide Aguda. A boa é que a chance de cura é de 90%, ainda mais em crianças. Os médicos virão mais tarde para tirar nossas dúvidas. Vai dar tudo certo, eu te garanto, te amo. Fiquei quieta e em choque. Deveria dizer algo? Sair gritando “Ferrou!” pelo hospital inteiro? Deitar deprimida em minha cama e sonhar para nunca mais acordar? Havia um pedido de socorro em minha testa. — Vocês podem sair do quarto… Rapidinho? — disse com um olhar assustado, aos prantos. Meus pais me deram licença, mas pude notar sutilmente minha mãe checando se as janelas do quarto estavam fechadas e trancadas. Celular. Contatos. Liguei. Ele respondeu com um “Alô.” que soou confuso. — Thiago? — minha voz soluçava, mal conseguia respirar. — Isabela? Sim. Ele escutou meu choro e pude sentir do outro lado da linha seu desespero. — Me ajuda. Eu preciso de ajuda. Preciso conversar com alguém. Preciso de você. — Por que você não respondeu minhas mensagens?! Por que não está indo para a escola? — sua preocupação aumentava a cada palavra dita. — Leucemia. Eu tenho Leucemia. Dito isso, um silêncio assustador cresceu. Meu choro e sua respiração pesada eram os únicos barulhos. Senti que Thiago estava tomando coragem para dizer algo, e eu estava tomando coragem para responder. — É… É zueira, né? — Não… — É sim. Você e a Amanda estão rindo. Estou escutando as vozes no fundo da ligação. Ele estava tão em negação quanto eu. Tão deprimido quanto eu. Queria que fosse uma zueira tanto quanto eu.

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL

61

S

RT

Ê

RT

UGU

RT

UGU

RT

UGU

Ê

S

UGU

Ê

S

S S

O

RT

P

P

O

O

S

Isabela Dopieralski Oliveira Lemos

P

O

P

“É ZUEIRA, NÉ?”

O

P

P

O

Ê


— Eu te amo. — Eu também te amo. Vai ficar tudo bem… Amanhã estarei aí pra cuidar de você. Meu coração acalmou. Uma tranquilidade fluiu dentro daquele quarto depressivo de hospital. A sensação de tê-lo do meu lado independente da situação foi o que me deu forças para continuar. Um ato de amor verdadeiro, um companheirismo sem igual. E, eu, na mais profunda definição de tal palavra, respondi interrompendo o meu interminável choro: — Obrigada.

62

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL


Ê

RT

R

S

S

O

UGU

UGU

Ê

S

S

Ê

S

R

O

P

P

O

RT

P

Julia Maria Garcia Anoardo

P

O

P

MY FRIENDLY POWER

Ê

S

P

TUGU TUGU When asked what I wanted to be when I grew up, I always said I wanted to be a superhero. Needless to say I was always met with condescending smiles and quiet chuckles from adults. Looking back now, I wonder how those same people would feel if I told them I actually fulfilled O my wish of becoming one, but like most other heroes, IÊ hideO my Why? No, not because I Ê RT R T identity. UGU UGU wish to avoid the burden of the media and recognition of the people, but simply because instead of the superpowers I always dreamt of having like telepathy, invisibility and invulnerability, I got a different power: the power of friendship. I know, I wasn’t too enthusiastic about it either, but hear me out. When I first found out about my powers, I was somewhat confused about what having the power of friendship actually meant. Would I go around making friends out of thin air? Create intimate bonds between others that usually took years to form in a matter of seconds? I wasn’t quite sure. In the beginning, I remember figuring out I could use it for small things such as helping people make up after fights, but that was about it. I’d go around searching for trouble and do my best, with my seemingly useless power, to fix it. It became a hobby of mine. Really. I’d walk around the campus looking for possible, let’s say, villains, as I strolled about. As I got older, I found out more and more about my power. It even came to the point that I was able to create a game out of it: every time I helped people stop fighting I got 5 points. Every time I stopped bullies (my personal favorite ability), I gave myself about 20. At the end of each month, I’d count how many points I had gotten, and that was about it. To me, the reward here was seeing how much good I’d done with my “Friendly Power”, as I began to call it. However, as time went by, I realized my overall points were decreasing rapidly with every month. This, by far, was something that terrified me. Could I have lost my power? After spending days desperately plotting about all possible ways this could’ve happened, it finally hit me: it wasn’t that I didn’t help people anymore, no, quite the opposite. With my power, I subconsciously, gradually created an environment stripped of hatred. An environment that, with my power, became a peaceful dreamland. Along with this, by observing the people I’d helped, I realized how my power rubbed off on them, ergo eventually leading them to do things similar to those I did beforehand. I was overjoyed, ecstatic, thrilled, jubilant. You name it. I had finally found meaning to my power, and it was no small deal. My power, besides allowing me to help people, allowed people to help each other. This power of mine changed my definition of a phenomenon. I saw old bullies stand up for people getting picked on and even later inviting them to sit together at lunch. I saw friendships that had been torn to shreds come back to life and thrive, stronger than ever. I saw the most unlikely of friendships happen with the blink of an eye, started by a mere greeting that developed into so much more. I saw those who were labeled as lonely before, laughing, sitting at a table full of people smiling and talking to them. My power truly made me feel accomplished. So why keep it only within my school? Why deprive others of this happiness that I, along with those I had helped, was feeling? Throughout my life I traveled around helping the largest amount of people I could. There even came a point where I was able to completely call off wars and create friendly bonds between whole nations by helping their leaders with my power. I had truly achieved my full potential. The power I previously used to stop fights and deemed worthless ended up preventing the death of

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL

63


millions. The power I was previously ashamed of telling my friends about, although still kept as a secret, is now the thing I’m the most appreciative of. As I helped people, it became a curious habit of mine to occasionally sit back and appreciate all the kindness and friendships that were developing. Whenever I felt down or upset, I looked around and saw how human relationships worked. Needless to say, most of the time I was no less than amazed. It was during one of these occasions that I came to realize that even one small kind action, one simple “hello”, one simple “are you okay”, could unravel into a friendship to last a lifetime. I guess Van Gogh was right when he said that “great things are done by a series of small things brought together”. Much like art, friendships are born out of small details, with each stroke of the paintbrush telling a different story, so in the end, a beautiful complex piece of art is created, one that represents the colorful bond between two people. Truly, I believe that everyone holds this ability, maybe not as a superpower like I do, but everyone is capable of being a part of this. Just helping out the kid who everyone calls weird and shoves aside, or apologizing and forgiving close friends after a fight, or even just taking a chance to talk to someone new. Who knows? Maybe I’ve helped you in the past without you knowing, maybe you have traces of my power within you. I trust you’ll use it for good.

64

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL


A PERFECT FIRST DAY Victoria Pilar Llanos

Wake up. Brush my teeth. Eat breakfast. Get ready. It was not that simple, not anymore, because I was not the girl that knew her school as her palm. No. I was a new girl, in a new country, where communications were going to be reduced and I would feel completely alone. I was sure about one thing, at the beginning of August, my life would change. Perhaps in a good way or in a bad way, but I guessed I would find out the next day. Waking up early, after a three-hour flight, at ten in the afternoon was not a very pleasant thing to do, but, I had to do it. I had to be accepted during the orientation day. I had to look good. I had to admit that walking through that same grey fences, now as a student, not as a visitor, made me feel terrified. I wanted to escape and just run, but I knew I had to remain strong. That school was extremely big. I knew I was easily going to get lost. At least, I had been told that I would be helped by a girl from my class that was from my same country. I remembered hoping that she would be my friend. Well, I have to say that when you are new to a school your first thought is if you are going to make friends, but no, my first thought was if I was going to fit in. I entered the classroom where everyone else was. All I could see was an enormous white board and about 30 students and 14 teachers. Immediately, I saw a lady who came to meet me. She had a card saying “counselor” and she introduced me to the girl. Her name was Melanie. The counselor had told me that she was a really nice girl, even though, the only thing she did was telling me to raise my hand. After Melanie not helping me at all, I met two other girls who, in this case, actually looked nice. One of them was named Ava, the other was named Brynn. From that moment on, I knew I could trust them. I remember how they helped me around the school that day. Basically, they were the people that should’ve been designated to take me around on the first place. After orientation day, it was my first day. I was really nervous, yet, I knew that Ava and Brynn would be there to tell me about everybody. That thought made me feel excited about what was going to happen, yet, I did not feel like smiling the whole day, or even making new friends. No. I felt totally alone, as I remembered that my friends, in Argentina, were rehearsing for a school play that I wanted to participate on. “Hey!” A familiar voice said. I could easily recognize her as Brynn came behind me. “How are you?” Another familiar voice responded. It was Ava, right next to Brynn. “Good, except I am extremely nervous. What if the teachers don’t like me?” “Relax. We are all new here, in high school. No one knows each other, so the teachers will probably make us play games, so we can meet each other.” Ava responded. “How did you do at your past school?” Brynn asked. “Well, everybody said I was the best student, but I never believed that. I think everyone has potential.” “Wow. That could work for me. I am pretty insecure.” Brynn said. After she said so, I could notice that she was an intelligent person, yet, was always insecure to participate during class. “Yeah, she is.” Her friend added. “What about you, Ava?” I asked. “What I am worried about? Nothing.Oh, I can’t lie. So, I may want to talk to this boy, Justin.” “Then, go talk to him. If he doesn’t want to talk, stay. That could show that you are interested, but not extremely.” I advised her.

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL

65


“Wow. I didn’t know it could be so simple.” She replied insecurely. “It is.” After I said this, the bell rang. It was our cue to go to our first class, Science. I was glad I had classes with Ava and Brynn, so I didn’t have to spend time with Melanie. The class went out smoothly, and I could participate on several questions, which amazed the teacher who didn’t expect a new girl to know the contents that the students had viewed last year. After science, I had English, health, math, and without even noticing, the bell for lunchtime rang. I was nervous about this moment, as it was my first lunch at this new school. I noticed that I could get to know people that I didn’t know very well, and they all seemed very nice. At the end of the day, Ava had talked to Justin, and Brynn had participated on almost every class. I was glad I had been able to help them, on my first day of school. At half past three, it was time to go. “That was a great first day.” I said. “Yeah, it was really funny, and I finally got to talk to Justin.” Ava answered. “And I got to participate during class!” Brynn added. “I wanted to thank you guys, because you spent time with me, even if you didn’t have to.” “That’s what friends are for. Also, you helped us. The only thing we did was spending time with you, but you advised us and made this day, a great day.” Ava stated. “Exactly. Ava got to talk to her crush, and I got to stop being insecure about classes. We are thankful for your help!” Brynn explained. “Thanks. Well, I guess I’ll see you tomorrow.” “Bye!” They said at the same time. As I arrived home, I couldn’t believe what had happened. It had been my first day at school, and I already made lots of friends and I got to help them. I don’t believe it was luck, definitely not. It was something that I had noticed before. A small action or feeling that could cause a lot of effects over the people: The power of friendship.

66

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL


A REAL IMPORTÂNCIA DE UMA AMIZADE Jennifer Lee Gonçalves Leung

Assim que escuto a doce música do meu despertador, que escolhi delicadamente na noite anterior, abro meus olhos um de cada vez, super animada para que o dia comece. Como esperado, não consegui dormir a noite inteira, com uma parte do meu cérebro pensando em cada detalhe deste dia tão especial. Perguntas surgem em minha mente. Será que ainda caberei no meu vestido? Os docinhos serão o suficiente? Esqueci de convidar alguém? São 9 horas da manhã e estou sentada na minha cadeira. Gosto muito dessa cadeira, sempre muito confortável. Croissants, pães de queijo e diversos sucos estão diante de mim. Assim que desbloqueio a tela do meu celular, vejo que há trilhões de mensagens e ligações perdidas. Rapidamente, passo meu dedo pela tela, só para dar uma olhadinha. Minha mãe, a assessora, minha irmã, meu noivo e minha cabeleireira eram algumas das pessoas que já estavam extremamente nervosas, me enchendo de perguntas. Caminho até minha varanda, solto um ar de alívio e faço carinho na minha cachorrinha. Chegando ao cabeleireiro, várias meninas estão a minha espera. Logo, elas me atendem e me deixam como uma princesa para esta ocasião tão importante. Depois do salão, vou direto para casa encontrar a minha irmã, minhas duas melhores amigas e me trocar. Nós quatro, prontinhas, com o coração na mão, ficamos cerca de 2 minutos quietas, nos encarando e sorrindo. Umas 2 horas da tarde, estávamos a caminho da igreja e não conseguia segurar as gargalhadas. Tudo estava quase tão perfeito, mas é claro que o trânsito não estava nos ajudando. Estávamos dentro de um conversível, tensas e muito felizes. Nos atrasamos por aproximadamente 1 hora, mas eu ainda estava completamente entusiasmada. Ao mesmo tempo, me pergunto: o que eu faria sem essas mulheres? O que é amizade? Sou a noiva mais sortuda desse planeta. A amizade é para poucos. É preciso ser companheiro, estar nos momentos bons e ruins, sempre dar apoio, e é preciso ter uma conexão espiritual. Uma amizade verdadeira é aquela que honestidade é a base de tudo. É quando uma fofoca se espalha, e as únicas que acreditam em você são elas. É quando na sua vida algo está se desestruturando e ao invés de elas sumirem igual a alguns, elas lhe trazem chocolate e tentam alegrá-la. Após a nossa entrada pelos fundos para já anunciar a minha chegada, acontece um desastre. O meu vestido! De repente, dou uma olhada para trás e só o que vejo são rastros de pedaços brancos atrás de mim. Dou um berro e imediatamente, lágrimas escorrem pelo meu rosto. É aí que me pergunto: por quê? E agora? Terei de adiar o meu casamento? Não penso duas vezes, e vejo minha irmã me arrastando para um dos camarins. Enquanto isso, Vitória e Manuela vão em direção de gavetas em busca de linha e agulha. Também vão à procura dos pedaços do meu vestido que estavam espalhados pelo chão. Em seguida, reflito sobre a amizade. Que sorte a minha de tê-las na minha vida! O que seria de mim sem elas? Meu mundo desabaria! Enquanto minha irmã costurava meu vestido, deixando-o impecável, minha alegria começou a voltar novamente. Vitória e Manuela, ocupadas retocando a minha maquiagem, nunca paravam de me incentivar e dizer que as coisas ficariam tudo bem. Posteriormente, depois de espiar minha irmã costurando, meu nervosismo havia voltado. Todas se levantam e, sem pensar duas vezes, dou um abraço incrivelmente apertado, relembrando-as de que meu amor por elas é infinito. Todas começamos a nos emocionar. Me olhei no espelho por uma última vez. — Estou pronta!

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL

67


Corremos até a entrada da cerimônia e a partir deste momento, tudo sairia perfeito. Após o tão esperado “eu aceito” e um beijo no meu marido, o sentimento de harmonia e felicidade percorria por entre minhas veias. Depois da festa, me despedi de meus familiares e amigos e agradeci aos que me ajudaram novamente. A caminho do aeroporto para a minha tão sonhada lua de mel em Bora Bora, não conseguia tirar a importância e significado de amizade da minha cabeça...

68

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL


FOREVER AND EVER William Sclearuc Haiashi

There was once a boy named John. As many other kids, he had a normal life like every other kid in his neighborhood. His life was great the way it was. He was doing well in school and was just a great kid. The world was a bright and colorful place for him. The next day, on his birthday he was about to open his present when a puppy jumped out instantly knocking him to the ground while licking him non-stop! John knew this was going to mark his life forever. As soon as the puppy came out of the box, they were already best friends. For years to come, he was the happiest boy in the world. As the puppy grew, he continued to look the same, but bigger. With that, they decided to call him Pup. Every day the Pup would start licking him out of bed to go to school, and every day, when he came back from school, they would play for hours to come. As the boy grew, he became busier and busier. He started to forget about Pup bit by bit until there was nothing left. As some years passed by John didn’t care about pup anymore. That was until the day came… Pup was gone. That was when John finally remembered, he cried as the time passed regretting the fact that he would never play with Pup ever again.

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL

69


LE POUVOIR DE L’AMITIÉ Lina Mourad

Oui, la planète a plusieurs choses jolies: la mer, le ciel, les montagnes, les animaux, la pluie. Mais à mon avis, la chose la plus belle ne peux pas être visible à l’oeil nu; c’est la vraie amitié. Tous les jours, quand je me réveille, je remercie à Dieu pour avoir ce cadeau, puisque je sais qui n’est pas tout le monde qui a ce bijou. Je pense qu’avoir une personne avec qui vous avez une connexion inséparable est une chose magnifique. Quand je suis avec mes amies, je suis à l’aise parce qu’elles m’acceptent comme je suis. La chose que j’apprécie le plus dans une personne est sa sincérité. En fait, sincérité est rare. Le monde est changé et les valeurs ont été inversées. De l’autre côté, mon groupe d’amies est très confiable. Je sens que tout ce qui se passe avec moi peut être dit à elles. Comme un lis blanc, je suis libre quand je suis avec eux. Avoir une vraie amitié est apprendre constamment. Personne n’est parfaite et nous sommes dans cette vie pour apprendre. Mes amies toujours aident-moi pour être la meilleure personne que je peux être. Ça veut dire que quand je suis avec les femmes, je ne passe pas seulement un beau temps, mais je deviens aussi une personne meilleure. J’ai quinze ans et j’ai beaucoup de choses pour voir dans ma vie, mais je sais que la chose la plus belle, j’ai déjà vu. Je suis sûre que mes amitiés font part de qui je suis.

70

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL


O INÍCIO DO ETERNO Isabela Silva Kokudai

A amizade está presente em toda nossa volta. Pode ser considerada boa, insignificante ou até ruim, sendo construída de diferentes formas, condições e jeitos, mas tendo uma significância fortíssima na humanidade. Sabendo o quão forte ela é, já paramos para pensar no poder que ela tem? Encontramos diversas respostas para esta questão, e podemos concluir que ela é capaz de transformações a vida de cada um e cada pessoa no mundo. Há uma história e uma amizade diferente para compartilhar, e não apenas isso, o próprio conceito desse poder tão grandioso, mas hoje eu trago para você uma história de amizade que, comparada ao futuro que ela terá, está só começando, a amizade entre irmãs, a amizade da parceria, amor e lealdade que reinará para sempre. É difícil se lembrar de momentos que aconteceram há uma década, como me sentia e como pensava ao saber que teria uma companheira vindo para a vida toda. Como imaginar que o nascimento de um bebê ingênuo e indefeso poderia ser tão impactante na sua vida? Apesar de ter memórias rasas e incertas, o sentimento e presença minha, naquele dia, me acompanham até hoje. Hoje, decidi compartilhar a história do dia em que tudo começou: o dia do nascimento de minha amiga. Mas você deve estar se perguntando por que escolher este dia entre tantos outros marcantes em nossas vidas. Para mim, este dia mostra a todos o início de tudo. Sem ele, não teria nem como descrever o poder da amizade que para mim é tão importante. Com três anos e meio de idade, você não tem muita noção das coisas e é difícil assimilar tudo que está acontecendo, e foi exatamente isso que aconteceu comigo no dia 8 de abril de 2007, um domingo de Páscoa em que minha mãe trouxe ao mundo uma nova amizade para mim. Havia se passado nove meses na espera de ela chegar, nove meses dizendo com aquela vozinha fina de criança que teria uma irmãzinha, mas o que realmente era ter uma irmãzinha e como seria difícil deixar os seus pais no hospital e você em casa com sua avó? Naquele domingo, tivemos almoço em família na casa de minha tia, todos felizes reunidos e minha mãe com um barrigão daqueles. O nascimento do novo membro da família estava previsto para o dia seguinte, mas a ansiedade do ser que nem tinha nascido ainda foi maior. Meus pais foram para o hospital à tarde quando o bebê já estava batendo na porta. Foi tudo muito corrido, eu era pequena ainda e não me recordo de como tudo realmente foi até chegarmos na maternidade. Quando cheguei no hospital, acompanhada de minha avó e meu avô maternos, fomos até um corredor na maternidade, longo e todo branco onde encontramos uma janela transparente que mostrava a sala de cirurgia. A família da minha prima mais velha já estava lá e, sem saber o que estava acontecendo, ela veio sorridente e muito animada dizendo que minha irmã já tinha nascido. Me recordo muito bem das roupas de cirurgia que os médicos, enfermeiros e até meu pai usavam, mas nada de conseguir ver minha mãe, nem a pequena. Ao tentar assimilar o que estava acontecendo e assistindo a sei lá o que eles estavam fazendo dentro da sala de cirurgia, me passaram um interfone que do outro lado da linha estava minha mãe emocionada e muito feliz. Tendo descendência japonesa, eu sou a mesticinha da família e todos me chamam assim, mesticinha para cá e para lá, a primeira coisa que perguntei à minha mãe foi se ela era mesticinha também, será que queria que ela fosse igual a mim? Isso já não tenho certeza para ser sincera. Com a ligação meio ruim e falhando, desliguei e estava louca para ver minha mãe, pois todos sabemos que com três anos, todos somos grudados em nossas mães. Esperamos mais um pouco do outro lado da janelinha e ao prestar atenção nos médicos

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL

71


vi que estavam dando banho na minha irmã e fiquei morrendo de medo de darem em mim também, não sei por qual razão achei que aquilo poderia acontecer. E quando meu pai saiu da sala por uma portinha ao lado, a primeira coisa que gritei assustada foi que não queria tomar banho. É óbvio que minha família toda faz graça disso até hoje, mas não tem como impedir, afinal, a cena deveria ter sido hilária. Saindo da sala, meu pai disse que poderíamos entrar para ver minha mãe que já havia sido encaminhada para outro lugar perto de onde estávamos. Fomos até lá e eu, é claro, estava doida para ficar com minha mãe. Chegando na sala, pude ver pela primeira vez, de pertinho, minha nova companheira, aquela com quem brigo quase todos os dias, mas que dou boas risadas também. Minha mãe estava aparentemente muito bem para quem tinha passado por uma cirurgia, por melhor que tivesse sido, segurando a pequena no colo deitada em uma cama de hospital com uma televisão na frente. Me lembro até hoje do que estava passando na TV e era Backyardigans. A família toda muito contente e eu fizemos carinho na bebê, mas logo tivemos que nos retirar, pois minha mãe seria levada para seu quarto. É óbvio que eu queria ir junto, o que começou a ser um problema para minha avó que ficaria comigo pelos próximos três dias e para mim, que fazia de tudo para ficar ao lado da tão adorada “mamãe”. O chororô começou, só pensava na minha mãe e tenho dó de pensar o perrengue que meus avós passaram para me acalmar. Felizmente, depois de um tempo fomos até o quarto em que meus pais estavam na maternidade e já estava achando que iria ficar por lá também. Exaustos de um emocionante e longo dia, meus pais ainda tinham que lidar comigo e para me animar, me lembro até hoje, que eles me deram um kit de bonecas da Princesa e a Plebeia um filme da Barbie que na época era só o que eu assistia e estava viciada -, uma caixinha com duas miniaturas de Barbies, uma da princesa, de cabelos loiros e um vestido rosas, e a plebeia morena vestida de azul, além das roupas que já vinham vestidas, vieram outros conjuntinhos que poderiam me divertir muito trocando e estilizando minhas bonecas do jeito que quisesse. Minha prima já tinha ido embora depois de tentar me convencer de ir também, e como meus avós eram muito pacientes, me deram mais uns minutinhos para ficar com minha mãe brincando com minhas novas bonecas. Até que a hora de ir realmente chegou. Lembro do pânico dentro de mim, pois não queria voltar para casa de forma alguma. Já havia até arrumado um lugar para dormir, onde na verdade era o lugar que meu pai dormiria. Chorava, chorava e chorava, meus avós tiveram que me levar à força deixando para trás meus pais apreensivos de como eu ficaria. Lembro que no carro, batia nos vidros para voltar para a “mamãe”. Aquele chorinho de criança que normalmente acaba em sono. Foi exatamente assim que pude me acalmar mesmo sabendo que a “mamãe” não estava comigo. Foi assim que meu dia acabou. O dia acabou, mas a amizade só começou. Um dia que marcaria o início do significado da força da amizade que para mim mostra que a amizade é guerreira, muito forte e uma coisa parceira. Ela é capaz de fazer loucuras e transformações que podem acabar em resultados bons ou ruins. O que eu sei é que ela é essencial e de um jeito ou de outro, podemos ver o quão ela é importante e que o lado mais forte e permanente é o amor que ela constrói entre seres, não só entre seres humanos, mas entre todos ao redor.

72

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL


QUERIDA MELHOR AMIGA Sofia Velasco Ulloa

Querida melhor amiga, O que eu faria sem você, sem todos os sorrisos, as risadas, segredos compartilhados na escuridão? Nossa amizade parece que supera tudo. Supera distância, supera tempo e supera brigas. Voce é aquela pessoa que me entende, até quando nem eu me entendo direito. Que sabe o que eu preciso quando estou confusa. Esta amizade que parece que foi feita para nós duas, que é perfeita do seu jeito único e maravilhoso. Que é secreta, que para sempre vai ser só para nós duas. Que é uma relação tão impecável, tão nossa, que virou um laço indestrutível. Você me ensinou o significado da palavra amizade. Me ensinou que existe uma pessoa lá fora, que sabe meus piores medos e mais horrorosos defeitos, e mesmo assim fica ao meu lado. Mas que também está ali comigo nos meus melhores momentos, que compartilha alegria comigo todos os dias. Uma pessoa que sempre está ali, me apoiando, ajudando e me dando conselhos. Que não tem medo de ser honesta comigo. Então obrigada, obrigada por tudo mesmo. Obrigada por ser essa pessoa tão especial e tão carinhosa. Obrigada por ser sincera e honesta. Obrigada pelas gargalhadas nos recreios, e as noites passadas cochichando. Obrigada por me ensinar a ser eu mesma, a não me importar com as opiniões dos outros. Obrigada por sempre estar ali. Obrigada pelos sonhos para o futuro. Obrigada pelas brincadeiras e segredos. Obrigada pela lealdade e a confiança. Obrigada por essa amizade que começou há três anos, e tenho certeza de que vai durar pelo resto das nossas vidas. Obrigada por virar minha melhor amiga, minha irmã. Não sei o número de palavras para lhe agradecer por tudo que você tem feito por mim. Com todo o amor do mundo, Luiza

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL

73


THE GIFT OF A FRIEND Maria Rosa Kaba Aboud

One night as the rain poured down on a little village and the dark night sky consumed any light that peeped through, a little girl, Anna, was having trouble falling asleep. She was wrapped around her pink ragged blanket, which engulfed her little body as she crept across the weary floorboards. She saw her mother, Melissa sitting down on their antique sofa; she was sipping on a cold and bitter cup of days old tea. She crawled onto her mother’s lap. The feeling of ultimate safety surrounding her as she whined on and on about how she could not fall asleep. Her mother lay Anna down on her lap and ran her fingers through her hair creating a shiver, which slithered up her spine. In her soft voice, which flowed like a beautiful melody, she whispered to Anna, “let me tell you a story, my darling, a story I think you’ll enjoy”, “Ok ma,” sighed Anna. “When I was a young girl, my home was in an orphanage. The orphanage was a small house located south of Chicago. It was made of musty wood and bricks roughly stacked on top of each other. It was an all girls orphanage run by nuns. And it always seemed as if the sky and its clouds were hugging the house, like they were going to swallow my fellow orphans and me. It was tough there. I was not like the other girls. I did not run to the prettiest most radiant blue swing when the bell rang, and I did not spend my free time learning how to make makeup with crayons. No, I would sit under this big oak tree which hung over, creating protection from the gleaming sun. I would draw and sketch little beautiful things. I would use oil paints to reflect the light and I would try to fill the emptiness which always surrounded me as if a rain cloud was constantly over my head with every step.” Melissa paused as if she was having trouble reminiscing this part of her past. “Go on mama, what happens next?” pondered Anna, “Well, my dear” she choked up, “that’s when I met Lila.” “Lila was a bright beam of light which was able to shine through even the darkest of nights. She was the kind of person who appeared to be shy, but had a deep understanding for everyone around her. When I first saw her, she had on a striped red and white sundress. She had this backpack with an owl on it. I’d remember it anywhere because the eyes of the owl always appeared to be following my every move”, laughed Melissa. “We were only seven back then, but it’s like it was yesterday. Before her, I was always alone, like a cactus in a very dry desert. She came up to me one day and complimented my sketch. I was drawing a butterfly, but was not so sure how to correctly shape the wings, so she helped me. From that day on, it was she and I against the world. We played games together. We even shared a room. Our wooden bed frames would creak when we jumped on them every night and the nuns would dash into our room pale as a ghost, and we would frantically get under our covers and try to hold in our giggles. It was like a lion trying to hold in its roar when someone takes it prey.” Anna sucked on her thumb and held her oversized blanket close to her face. Her big round eyes were staring at her mother as if they were the only two people in the world- and in that moment, they were. “Anyway” breathed Melissa “she was my other half, my better half. For 8 years, it was only us. On the stormy nights with ground- shaking thunder, we would get under our blankets with a flashlight and tell each other all kinds of scary stories. We would breathe in each other’s hopes and dreams and swear that we would never forget each other.” Melissa had on this great big smile, her teeth were stained from the tea but still she had the most captivating face. She was wishing she could jump back to her past for just a moment. “There is this one night that I’ll never forget” she said suddenly. “At the end of every month in that old, barely held together orphanage, we would have a pizza night. It was our treat. So Lila and I got our pizza and ran

74

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL


outside to the big garden with the huge weeds and the rusty old playground. That was where my oak tree was; it was in the corner by this little pond. It was a proud tree. It almost seemed as if it knew just how special it was. Lila and I climbed up the tree, onto its warm embrace. That’s when the rain started to pour; it was beating like bullets on the much too dry grass. But despite the heavy, firm thunderstorm, that was the safest I felt in months. Once we decided to go back to our rooms, it was pitch black and the rain still hadn’t cleared up. So, we ran as fast as our little legs could take us. Like lightning, we sped across the yard trying not to slip in the pools of mud. We saw our dorm window and slid it open creating a high pitch scratching sound. We slipped in through the crack, our dripping bodies contaminating the already moldy wooden floor. We changed into something, which would provide us with greater warmth, and sat down on my bed. That night we swore never to give up on each other. If a family wanted one of us, they either got both or none.” Melissa started to tear up, “ma are you alright?” said Anna in a concerned voice. “Yes baby, I’m ok” she whispered. “8 years, we spent 8 years together in that place” scowled Melissa. “From the day I saw her standing in the entrance like a pure angel filled with innocence, to the day I left.” Anna looked confused then she peeped out from behind her blanket “what do you mean left?” “Well, I was 15 and there was this very sweet family which visited frequently” sputtered Melissa while her face became serious, like her whole life was flashing before her eyes. “The woman had blonde hair and faded blue eyes which appeared to be somewhat grey; but it was obvious she used to have those gorgeous eyes which were filled with wisdom when she was younger. The man on the other hand had jet black hair and similar eyes to match. He wore a suit every visit and one of his hands was always holding his phone the way a bear holds her cub in their youth. His other arm was wrapped tightly around his wife as if he was marking his territory. This couple had an interest in me. They first saw me with Lila bending over into a fishpond. Sister Isabel brought them to me when they noticed my long golden locks, which made the perfect curls much like ringlets; and we sat down and had a conversation. They were pleasant people. I could tell they were uncomfortable talking to me, but at least, they made an effort. They came back every Monday for a year. They even brought me paint supplies for my birthday. Then, one week on a Thursday, they came. I knew something was wrong because they only visited here on Mondays. The clouds hung low that day and fog roamed around the orphanage creating a not so picturesque setting. That day, April 24, 1995 was one of the worst yet best days of my life. Instead of coming to start an awkward and artificial conversation with me, Sister Isabel guided them through the doorframe of my bedroom. I knew what was happening- Lila did to. We were playing with dolls we made from extra pieces of firewood and a black sharpie when they entered. For once, the man was not holding his phone. They had on these great big smiles, yet my face was empty. For years I dreamed of leaving the orphanage, of finding a family who loved me. But Lila was my family now; she was no longer just a friend. So, when they told me they’re taking me home, I gave them a big great hug. But I was not a part of that hug; it was just my shell of a body and them because a part of my soul was left behind with Lila to keep. I started packing my stuff with Lila’s help once they went to sign the last bits of paperwork. The utter silence was so consuming. Then, she whispered to me in a sweet tone as if she read my mind and knew how bad I was feeling, ‘Don’t feel bad about this. This is your opportunity, your chance to be all you can be. It is your time to show the world your potential and just what you can do.’ Tears slid down my face as I whispered, thank you Lila Smith, not just for that,

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL

75


but for being the one person who got me through everything, the one person who made me laugh until I couldn’t breathe. Life is a journey and I am the luckiest person to have met you. Lila breathed heavily ‘I will never forget you, Melissa Wells, and we will meet again. I love you, now and forever.’ I love you now and forever I said in return. Then, I slowly zipped up my suitcase and rolled it on the creaking floor. I never realized how much I was going to miss that sound, but then again you never realize what you have until it’s too late. Lila followed me like a shadow until I reached the couple, or my parents I thought. I got into their leather car which stuck to my skin like glue and waved goodbye to my home, my Lila. Anna’s eyes filled with little tears and Melissa reached to wipe them away. “Ma did you ever see her again? You had to right ma!? Right?!” insisted Anna. “Continue listening honey.,” grinned Melissa. Anna nodded. “Every day I swore to write to her, to visit her but I was always so preoccupied with my school or my new friends and before I knew it, my new family and I were moving across the country. There was never a day I didn’t think about her, and the way her laugh made even the birds dance, and how her red hair curled from root to tip. But time went by, and time has the greatest power of all- it makes us forget. It was only years later when I visited Chicago, where my orphanage was that I remembered her.” “I saw a beautiful oak tree and it made me think of my protector. For some reason even though I was there for other things, when I saw that tree, I marched to that little orphanage. It was exactly the same. The wooden gates were still a bit to dirty and the grass a bit too dry, but nonetheless, what it reminded me the most of, was simply, home. I walked through the doors slowly, making sure I wanted to do this. I just wanted to remember her, and I could almost make out her smell. I paced around the orphanage and even sat on the big oak tree. It still was the safest place in the world to me. Then just as I was about to enter my old room, I heard a voice, and I would’ve recognized it anywhere. It flowed like milk and honey, and even though, it was the most beautiful noise I ever heard, my face still drained of its color. I stepped into the room and there she was, an angel in real life. Her hair was in a fishtail braid around the left side of her face, complimenting her strong jawline. Her nose was like a button and her eyes- oh her eyes were as green as the leaves on that oak tree. She was reading a story to the orphans there and I knew straight away that she worked here now. She was always so kind, she always wanted to give back the little she had to others. All of a sudden, she peered up from behind the cover of the book and our eyes met. Every emotion flooded back, every memory and she slowly stood up. We stepped closer to each other- speechless. Out of nowhere, I heard her saying, ‘Well, I told you we would meet again’. I burst into tears as if I were sprouting the Atlantic Ocean from my eyes. She laughed and hugged me, with that sweet embrace of hers. We went and sat on the big old’ tree. We talked for hours and until today we haven’t stopped talking. She told me about this family that adopted her soon after I left, and how she had this big great life, but every time she saw a butterfly, she thought of me and the one she helped me draw that very first day. There was a big pause of empty silence. Anna broke that silence by saying “oh my, isn’t that some kind of miracle? Seeing her again after all those years apart? You must’ve been absolutely overjoyed” Anna cried with happiness. Melissa thought for a second then muttered “No.” “What?” said Anna unable to hear her mother. “I said no my darling, it isn’t a miracle, but just the power of friendship.” Anna smiled and then closed her big weary eyes and finally fell into a deep slumber.

76

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL


THE LOST FRIEND Rocio Maria Arruiz Ochoa

Dear Diary, I write to you from my comfortable bed in this wonderful city called Paris. I look out the window and I can spot some glimmering lights from some apartments, from some people that may have the same history as me or maybe even worse. Each window is a different story but we all have something in common, insomnia. In this beautiful parisian night I don’t think of the richness of life, the fulfillment of my needs, the smile on my family’s face, or the smile I fake, I think of that thing that is buried below layers and layers and that is only revealed to you: Violet, the girl of wonders. I close my eyes and I see her beautiful hair falling down her stiff shoulders complimenting her dark brown eyes and long eyelashes. I think of the things that were seen and the things she didn’t show. I think of her and I can’t sleep, I can’t get my body to shut off, to rest, because I think of her and I think of her back there, in Syria, where we went through hell on earth. No matter how terrifying and alarming my situation was back in Syria, I was able to survive the horrors simply because of Violet. first met Violet in a refugee camp. We were around twelve years old, and we were both so terrified that our bodies could not hide it. We spotted each other from miles away, both of us too uneasy to move. No matter how horrified we were, we were still able to take a moment, a breath and stare just for the curiosity of it. In that moment, looking deep into her eyes, I knew we would help each other through it, I knew it, it was as if our minds connected somehow. A reassuring feeling ran through my body and right there I wasn’t terrified anymore, I was calm, as calm as a baby in his mother’s arms. In that moment my senses were supposed to be as active as ever, but I couldn’t hear the gunshots I couldn’t hear the bombing, I couldn’t hear my family screaming for me to run. In that moment all I cared about was that girl and I knew this was the start of our journey, I knew from now on we would stick together. I snapped out of the warmth of the moment with my dad violently pulling me by the arm, they were coming, and we had to go. I knew what would happen if I didn’t run so I used all the strength in my body to get up, but I soon realized Violet wasn’t with me. I frantically turned around, but she wasn’t there anymore, Violet had disappeared into the ashes and as I looked back all I could think about was if I was ever going to see the mysterious girl again. As soon as I knew it I was in a new refugee camp, on the move, like always, but I mean I was used to it, let’s say it wasn’t that easy to settle somewhere. One day I was coming out of my tent and I saw her, six months later and nothing had changed, she was as bright as always. Doubtfully I approached her, and mumbled “Hi”, her kind words flowed like a perfect melody into my ears as she said “Hey, I had a feeling I would see you again”. Knowing that I finally had someone to talk to, even if it was for a short period of time made my smile grow wider and wider. Days passed by and in no time, we were best friends. We did everything together. If one of us moved the other one did, if one of us went to get water or food the other one did, if one got in trouble the other one took the blame for it too. We were inseparable or at least I hoped so. She knew all my dirty little secrets, all about my life before the war started, all about my parents, all the things I only told u, my diary. I watched her go through hell and she watched me go through it too. We weren’t like the others, but we coped, we both had the same dreams, the same goals, the same motivation and I guess we motivated each other. She once told me how bad she wanted to be an artist, how the colors in a canvas made her shiver from the tip of her toe to the back of her head, how everything portrayed through art was simply a representation

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL

77


of paradise. Her dreams made me want to dream bigger and achieve more, her exceptional motivation inspired me to pursue all i’ve ever wanted. What I felt for Violet could not be put into words no matter how hard I tried to. Everything about her was absolute perfection, from head to toe and from inside out she was perfect, the way she was put together was impeccable, her brain worked splendidly, her smile was always present as if it was sewed to her face, her heart was loving, she truly felt for others more than for herself, but the thing that made her fulfill perfection was her body. Her body was destroyed, torn apart. Every inch of her body filled with bruises showing her imperfections, making her more than perfect. Her bruises showed her battles, her victories, her survival, and the way she wore them with pride was simply so courageous, which was what I most admired of her. It was the first thing I noticed when I woke up and the last thing I saw when I went to sleep. My friendship with her was the strongest friendship I had ever had in my life and it still is even after the tragedy. Violet and I were walking as the sun hid away on a dazzling october afternoon, when it happened. Everyone was getting ready to board the boats that would determine our future. We tried to pretend we didn’t know what was happening, or denied it I guess, but we both knew perfectly that the time had come, we had to separate. I vigorously grabbed Violet’s hand and started running to our tent, but she stopped me. As she let go of my hand she looked at me with tears rolling down her eyes and she whispered, “Go with your family, you must stay together.” She came closer and placed her soft warm hands in my back pulling me closer as she hugged me. I closed my eyes and in the next second, she was there in her line waiting to board, and I was in mine praying that we would both make it. One hour later my boat left the coast and I fell into deep sleep in my mother’s arms. I woke up with screams bursting my ears and as I looked around I saw it, panic. Tears swam down people’s faces reflecting their worry and fear. As soon as I realized what was happening, my heart dropped, and my face went pale. I looked around as I saw the clouds shedding tears and the ocean roaring. Everyone in the boat was hanging simply on hope, hope that we would get out of there safe and sound. Gladly we made it, well some of us did. Now a few months have gone by and I am comfortably in my home, being well taken care of and living my new life, but every now and then I can’t help wondering about Violet, if she made it or not. I know that no matter where she is, she will always be with me, she will always look after me, and she will always love me but most importantly she is a strong girl and she will make it through everything because she is the only reason I made it through everything. With love Izzie

78

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL


UMA MEMÓRIA QUE NUNCA SERÁ ESQUECIDA Guilherme Monteiro Tocantins

Era uma tarde fria na Argentina, eu estava na casa de um amigo junto com mais cinco. Nós já nos conhecíamos há mais de 4 anos e sabíamos exatamente como cada um se comportaria sem a presença dos seus pais. Depois de algumas horas de videogame e filmes de terror, um dos meus amigos teve a ideia de sairmos para andar de bicicleta. A cada minuto que se passava, as ruas ficavam mais escuras e os ventos fortes traziam as nuvens de chuva para cima de onde a gente estava andando. Um dos meus amigos perguntou se não era melhor a gente voltar porque em breve ia começar a chover, e ainda estávamos relativamente longe de casa. De repente cai a primeira gota de chuva, “está gelada” disse um dos cinco. Alfonso era o meu amigo que morava no condomínio onde estávamos e ele sugeriu pararmos em uma casa que, segundo ele, estava abandonada para esperar a chuva passar, e isso fizemos. Já estava muito escuro, não conseguimos enxergar a mais de cinco metros de distância. Tivemos de pular uma pequena cerca para chegar na porta da casa que estava destrancada. No segundo em que entramos, um bafo quente vem na nossa cara, como que se essa porta não tivesse sido aberta há meses. Eu, com os últimos minutos de bateria do meu celular, usei a lanterna para acender a luz da casa. Fiquei surpreso quando vi que a luz acendeu. Meus amigos falaram para deixar a luz da sala acesa e irmos explorar o segundo andar. Quando chegamos no que seria o quarto do vizinho olhamos pela janela que havia alguma coisa no jardim. Estava muito escuro para ver, mas dava para identificar o formato de um corpo, olhando diretamente para a gente. Imediatamente começamos a contar quantas pessoas estavam no quarto. Todos estavam pensando a mesma coisa, “tomara que só tenha 4 pessoas no quarto”, eu fui o primeiro a acabar de contar. Os números me assustaram, éramos cinco no quarto. A pessoa do lado de fora começou a andar na direção da porta de trás da casa. Logo escutamos seus passos na sala que agora estava com a luz apagada. Um amigo disse “Temos que correr, essa pessoa pode nos machucar!”. Saímos do quarto com medo, mas sabendo que éramos cinco e ele um. Eu não consigo imaginar o que eu teria feito sem nenhum amigo por perto, foram eles quem me deram confiança para tentar fugir. Todos estavam com medo, afinal, só éramos crianças de 11 anos, mas mesmo assim decidimos descer. Quando chegamos lá embaixo, o silêncio perturbador nos dava ainda mais medo. Já dava para ver a porta da casa, estava somente a uns poucos metros na nossa frente. Nesse momento todos fizemos o mesmo, corremos o mais rápido possível para a porta, foi estranho porque não tínhamos combinado de fazer isso, só confiamos que seria a coisa certa. Chegamos na porta, mas ela não abria, quando olhamos para trás a sombra na escuridão se aproximava da gente. Esse foi o momento em que tive mais medo na minha vida. Todos juntos começamos a empurrar a porta, trabalhando em equipe para salvar uns aos outros, foi o que nos salvou. Quando a porta abriu, corremos como nunca tínhamos corrido antes. No meio da chuva e da escuridão corremos por uns 20 minutos sem saber se estávamos sendo seguidos. Quando chegamos em casa, todos se olharam, ficamos alguns segundos sem falar. Prometemos nunca contar para os nossos pais o que aconteceu naquele dia para eles não ficarem preocupados. Nunca descobrimos quem era e nem o que aquele homem queria com a gente. Esse dia só ajudou a fortalecer nossa amizade porque a partir daquele momento sabíamos que sempre podíamos contar com uns aos outros.

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL

79


UNINTENTIONAL LOVE Laura Lievano Gonzalez

Maya was gaping at the air. Her eyebrows were raised, and her eyes were wide open, processing what had just taken place in front of her a few minutes ago. She appeared to be speechless, for the only motion in her body was her constant blinking and the slow whip of her blonde hair against her hunched-up shoulders. She covered her mouth with one hand and carefully looked at the glass table before her. She meticulously examined her reflection, occasionally changing a few hairs from side to side. Her expression now resembled a disappointed person, for that was exactly how she felt after Alice had left her sitting at their table by herself. She sighed and with a scowl on her face, packed up and headed towards her locker. As she neared the corner that led to the hallway in which her locker was located, she saw Alice and “the cool girls” snickering about something on their phones. As she went by them, Maya’s scowl was even deeper than before. She opened her book and began to read as if she wasn’t in the least interested by what they were doing. Yet, by the time she noticed that one of the girls had stuck out her foot in front of her, she was already tumbling down the staircase that would lead her to her destination. When she finally stopped rolling, she reached up to her head with her hand and gave it a slight rub. Just above her, she saw a pair of inquiring green eyes. Of course, by the time she recognized them, she was blushing red. That pair of eyes only belonged to one person, her crush! Maya was frozen in her spot for the second time in a single day. She rapidly rolled on her side and stood up. She realized she had a gash on her left shoulder, and the pain she was feeling at the time was absolutely excruciating. With a deep sigh, Maya stood up and her gaze accidentally met with Daniel’s. Her heart was about to leave her chest as he looked at her empathetically. Daniel was around 2 heads taller than her and had a pair of big muscly arms and…. Maya realized she was staring at Daniel awkwardly, she giggled and looked away. Her day wasn’t as bad as it started. After that, with Daniel’s help, she took everything to her locker and prepared herself for Geography, her favorite subject at the time. “What a surprise” she thought, for her next class was with Daniel. They walked side by side to reach the room, and when they reached the door, he signaled her to proceed, but she did the same. Unconsciously, they both walked towards the door and bumped into each other. Maya was now laughing her heart out, Daniel on the other hand was smiling at the shy girl’s reaction. Maya entered the room with a smile bigger than the sky and sat in her seat. Next to her she saw Alice, yet as soon as Maya sat down, someone signaled Alice to go over there. With a look of remorse, Alice darted to the other side of the room and sat next to Clara, the popular girl. All the happiness Maya had been feeling was now drowned by the simple action taken by Alice. She nodded, accepting their friendship was over. Tears welled up in her eyes and she fought hard to bring them back. Geography seemed eternal today, each minute felt like another hour, ticking its way throughout the clock. When the bell finally rang, Maya ran out of the room and hurried towards lunch. Tears were now rolling down her face and she used her hand to swipe them away. Soon after that, Daniel caught up with her, but she hastily pushed him back and ran into the girl’s bathroom. Daniel was surprised, but at the same time, he had felt some tension between the two friends. He shrugged and continued to head towards the lunch room with his friends. As he joined his group, Maya saw Martin shove Daniel around and the both laughing, yet that only caused her more anguish. She sat in her stall, waiting for a miracle to occur, but not such thing occurred. Instead, Clara, Alice and the rest of the group entered the bathroom snickering. They laughed and looked in the mirror until they heard a slight sniffle inside one of the stalls. They

80

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL


rolled their eyes and walked away, yet as they were leaving, Alice told them that she had to use the bathroom. They agreed and told her to meet them at the bleachers for they were going to watch the boys play soccer. Alice cautiously walked over to the stall in which Maya sat. She was no longer sniffling, but now, she had a stuffed nose. Alice sighed and began to say: -” Maya, you can’t imagine how sorry I am for what I did. I know that I shouldn’t have asked you about Lori’s secret, but, you know, curiosity was killing me!” (Whilst Alice spoke, Maya slowly started to open the door to her stall until it was fully open. Both girls were face to face now, and as a cue to what Alice had said, she mumbled an “it’s ok”. Due to her stuffed nose, Maya’s voice resembled the one of the Simpsons. Unpurposefully, both girls cracked up laughing and left the bathroom still joking about the incident. When they finally got to the bleachers, Clara shrieked at Alice. She asked her if she was mad, what was this nonsense, how could she bring Maya to them? Alice looked at Clara defiantly and she said: -” If you have a problem with Maya, I guess you also have a problem with me.” She turned around, put her arm around Maya’s shoulders and walked away triumphantly. Maya knew that her good days were not yet over. They both smiled and talked for the rest of the break, and secretly out of the corner of his mouth, Daniel smiled, for he had accomplished his goal. Making Maya (his crush) happy.

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL

81


A ela conto tudo: de coisas engraçadas a problemas e complicações. Ela escuta tudo sem reclamações. Pode brigar e às vezes reclamar, mas no fundo, no fundo, ela sempre vai me amar. E eu vou amá-la porque, vamos concordar, mãe é a melhor coisa que esse mundo pode dar.

82

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL

UGU

RT

UGU

Ê

Ê

S

RT

Ê

RT

UGU

RT

UGU

RT

UGU

Ê

S

S

O

UGU

Ê

S

S S

O

RT

P

Me dá um beijo. Me diz “bom dia” e sai do meu quarto a melhor das amigas.

O

P

Acordar todo dia e lá ela está com um sorriso no rosto, falando “hora de acordar”.

O

P

Giovana Rezende de Vasconcellos

P

A MELHOR DAS AMIGAS

O

P

P

O

Ê


R

S

RT

UGU

Ê

S

S S

O

O

Ê

P

R

UGU

P

O

P

S

TUG UG This all wasTthe cause, Of one wonderful day, On which I met her, OLightÊ as a Ofeather, Ê RT RT UGU UGU Her name was Heather...

P

Way back when, When I was all alone, I stumbled upon, A valley full, Of forests, caves, And gorgeous lakes,

RT

S

Liam Thomas Strong

P

O

P

THE DAY I REMEMBER

I went to live, By myself, In this place I now called home, But it wasn’t to be, Because of a government fee, From which I had to flee, I ran, And ran, Alone with no home, Until one day, I met a friend, Not like me, But with the same fantasies, We decided to face, The very fears, We ran from every day, Together we fought, And eventually won, Together we returned, To the place I called home, We bought the land, Settled down, And pondered on what to come, On what we had done, And how we had success, We stuck together, Worked through the weather, Were kind, Cooperative and wonderful, Developed a bond, Through love, understanding, And Trust,

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL

83


L’amitié est pour tous les moments Elle est comme un sourire d’un enfant L’amitié est un rencontre des âmes C’est pour les hommes et pour les femmes Et se disputer avec les amis ce n’est pas grave Parce que la vie est une grande voyage

84

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL

UGU

RT

UGU

Ê

Ê

S

RT

Ê

RT

UGU

RT

UGU

RT

UGU

Ê

S

UGU

Ê

S

S S

O

RT

P

Avec mes amis, j’ai appris Et j’ai fait beaucoup de folies

O

P

L’amitié est née de nos confidences Elle n’est même pas détruite par la distance

O

S

Amanda Frediani Arruda

P

O

P

L’AMITIÉ PUISSANTE

O

P

P

O

Ê


A GREAT FRIEND Victoria Pilar Llanos

“Hey Buddy!” I say to him Maybe he hears me or not Yet, I still talk to him Whenever I can or not. “Who’s so cute?” I ask him after seeing his face We are friends Yes. Am I the only one? I’m sure not.

You are a great friend, Always there. I am not talking alone No. My dog right there Understood me in every possible way. Thanks again, I have always been proud Of calling you: My friend.

“Get the ball” I scream He always gets it But never gives it back Do I care? Probably, not. “Hey Archu!” That’s the name Of my beloved friend Who seems to have changed Every single day. This short phrase Revealed a lot then I knew he would understand Because I taught him really well I know Perhaps, not together now Yet, does it matter? You are always in my heart Thanks for everything, Thanks for changing my life, Because if you weren’t there, Who would I be now?

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL

85


ALWAYS Yeonjun Lee

I’ll always have that friend that is over protective. I’ll always have that friend who has the craziest ideas. I’ll always have that friend that glues my life together. I’ll always have that friend that makes me laugh out loud. I’ll always have that friend that buys me food. I’ll always have that friend that loves me no matter what. I’ll always have that group of friends that accepts me for who I am. I’ll always have you.

86

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL


AMIZADE Pedro Boccoli Baldy de Sousa

A mor incondicional, Melhor companhia, me traz fel I cidade, me fa Z bem. A legria a toda hora. Segre D os. E terna.

IIIENCONTROLITERĂ RIOCHAPEL

87


AMIZADE É... Antonia Devoto

Amizade é importante. Sem ela a vida é insignificante. Amizade traz companhia e também alegria. Amizade é cheia de amor, mas também traz dor. Amizade requer disposição, como também atenção. Amizade é tão grande como o seu coração que cabe grande amor.

88

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL


AMIZADES CONFIÁVEIS Victoria Baptista de Oliveira

Amizade é muito forte. Ela é capaz de dar força nos momentos difíceis. Amizades podem ser feitas por acaso. Podem ser feitas com intensão. Elas podem trazer coisas ruins. Elas podem trazer nosso porto seguro. Elas podem trazer nossa paz. Elas podem trazer nossa felicidade em momentos bons. E nossa tristeza em momentos ruins. Elas podem trazer nossas preocupações. Temos de tomar cuidado com algumas amizades, mesmo que tragam muitas coisas boas. Se não for com a pessoas certa, se você forçar uma amizade, tentar confiar em alguém que não seja confiavel, pode ser muito ruim. Amizades confiáveis são poucas naquelas que nós podemos fazer qualquer coisa. No dia seguinte: a pessoa vai estar lá para te ajudar, dar conselhos, fazer brigadeiro pra você, escutar seus desabafos, ficar ao seu lado, mesmo se estiver errado. Tome cuidado com amizades de interesse, mas agradeça aquelas que vão sempre estar ao seu lado.

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL

89


AMIGO É AQUELE Artur Macedo Rodrigues Pinto

Amigo é aquele que o ajuda, é aquele que o conforta, aquele que o faz rir, aquele que o faz chorar. Amigo não o deixa. Amigo é aquele que está sempre com você, é aquele que vai para sua casa, é aquele que o convida. Amigo é aquele que o carrega. Aquele que é carregado. Aquele que pula, abaixa e olha para os lados. Amigo é aquele folgado, é aquele que xinga, é aquele que bate e machuca. Mas amigo é aquele que o protege dos inimigos. É aquele que não deixa nada acontecer com você. E goza de você quando chora como um bebê.

90

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL


AMIGOS DE VERDADE Chiara Chiavegatti de Abreu

Amigos de verdade eu conto nos dedos. A amizade desenvolve a felicidade. A amizade reduz o nosso sofrimento. A amizade duplica a nossa alegria e divide a nossa dor. Um amigo de verdade pode ser classificado como uma fonte de luz que brilha no seu caminho escuro. Um amigo de verdade tolera seus defeitos e propaga suas qualidades. Um amigo de verdade é uma família que você escolhe. Tenho a sorte de ter amigos. Meus amigos ajudam nas horas difíceis. Meus amigos conhecem todas as minhas histórias e estão presentes na maioria delas. A verdadeira amizade não se compra, mas se constrói.

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL

91


CHILDHOOD FRIEND Mariana Sartori Cadore

When you mentioned it I didn’t want to believe that you were leaving. My smile turned into a frown. It couldn’t be true, but it was. In one second all the memories of us built up together and became tears running down my cheeks. I reached out for your hand, the hand that has always been there for me, the hand I knew I could count on, the hand of my old, fellow friend. The more I thought about it the more heartsick I came to be. The idea of not seeing you anymore was too much for me. How can your life turn into a complete disaster so easily? How can your happiness vanish so quickly? Why did my childhood friend needed to go away? Tik-tok, our clock was ticking each time faster. Time was the thief that would torture me by stealing, minute by minute the rest of the hours we Had together. It was devastating; knowing that it was the last time I would listen to your silly jokes, knowing it was the last time

92

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL

I would hear your annoying phone ring, but most of all, knowing it was the last time I would see you. Friends are like stars, you know they are there forever even when you can’t see them. The only problem was, That my tears were in such a large quantitythat they could exterminate the glow of the largest star of the universe.


COMPAÑÍA Victoria Pilar Llanos

Un mal dia, Nada que hacer No encuentro melodia Que se haga merecer Por que tan sola? Sentada exausta Solo un libro para leer Qué hacer? Qué hacer? Pienso, pienso Intento todo lo que pueda Nada. Hasta que la respuesta Comienza a iluminar El celular Una conversación aparece Mejor amiga Contesto Sin dudar Lo que serían cinco minutos Se convirtieron en horas Risas y sonrisas Problemas y soluciones Como no me acordaba De que ahí siempre estaba Como y cuando Me pregunto yo Que podía merecer Una persona que me haría florecer De triste a feliz Mi mundo cambio Por qué? Por qué? Amiga? Para nada Hermana del alma Que allí siempre estaba Ahora y para siempre Nunca te olvidaba Pero si a veces me enojaba

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL

93


Perdoname Pues idea no tenía para nada Aún no creo Que algún día merecería Una persona que cambiaría De la noche para el dia Como me sentía No era magia para nada Solo una amiga Que con las mejores intenciones Mi vida un giro tendría Para cada persona por allí Quería decir Valórenlos a ellos A ellos llamados amigos Que están todos por ahí Porque la vida no sería la misma Si ellos no estuvieran aquí. Agradecer es mucho Pero no es lo único que hacer Pues el cielo es el límite Cuando están ellos aquí Lágrimas, risas Aquí y por allí Compartidas entre amigos No hay secretos así Que un abrazo o sonrisa No pueda resolver. Ya no hablaré más Porque el poema sería infinito Como nuestra amistad siempre va a ser

94

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL


COMPANHEIRO Heraldo Blas Tesolin

Amigo te acompanha, te diversifica, te faz rir te faz chorar, te ajuda a ganhar. Na amizade não existe outra regra, só existe a regra: quem mexeu com um mexeu com todos. Te humilha. Te machuca. Te defende. Te ajuda. Te bate. Te machuca. Te dá uma surra. Xinga. Chora. Grita. Ri. Sorri. Companheiros para a vida toda.

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL

95


EL PODER MÁS GRANDE DEL MUNDO Inãki Alonso Martinez

No hay poder más fuerte, Que el poder de la amistad. En el momento que estos pactos Son forjados Nos damos cuenta De tanto como las bromas y momentos felices Y como los momentos tristes y las peleas Al final, Valen la pena. Después de haberme mudado de países varias veces, Después de dejar a hermanos y hermanas atrás, Y finalmente Después de no conocer a nadie en mi nuevo hogar, Entendí sobre el amor que las personas Tienen respecto a sus amistades y la falta que se siente de ellas todos los días Aunque no los pueda ver todos siempre, Aunque no pueda reírme junto a ellos a minuto Y aunque no pueda sentir lo que es disfrutar De momentos inolvidables a su lado Aunque seas como yo, Que algún día te sientas perdido Que te sientas un extraño, Pensa que dentro de muy poco, Por solo siendo la persona que eres, Amistades llegarán. El cariño, El amor, Los sentimientos que ni miles de palabras pueden explicar, En ese momento te derás cuenta Que ese Es el poder de la amistad.

96

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL


IF YOU KNOW Yeonjun Lee

If you know that I’m insane If you know that I’m hilarious If you know that I’m outgoing If you know I love talking to you You should know that you’re my friend If you know my insecurities If you know my fears If you know my weak spots If you know my enemies You should know that you´re my friend If I know that you’re insane If I know that you’re hilarious If I know that you’re outgoing If I know you love talking to me I know that you’re my friend If I know your insecurities If I know your fears If I know your weak spots If I know your enemies I know that I’m your friend

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL

97


ISSO É AMIZADE Alejandro Echeagaray Reynes

Quando eu preciso de ajuda, você está lá para me ajudar. Quando eu estou triste, você está lá para me animar. Um amigo é alguém que você não esquece. E aquelas lembranças que você faz com eles são inesquecíveis. Um amigo não é aquele que fala “Vai em frente”, Um amigo é aquele que fala “Vou contigo”. Sempre estamos juntos, nas horas boas e nas ruins, Os dois para se ajudar. E somos inseparáveis. Isso é amizade.

98

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL


MINHA MELHOR AMIGA Juliana Al Assal Luz

Seu sorriso alegra o meu dia, seu abraço me dá sentimento de família. Suas palavras em melodia me fazem perceber que é mesmo minha melhor amiga. Suas histórias me fazem rir, como se não estivesse ninguém aqui. Com você posso me abrir, sabendo que meu segredos não saem dali. Amizade é o que temos, amor é o que sentimos. Essa amizade fortalece e nos deixa mais íntimos.

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL

99


MY BEST FRIEND Carolina Rodrigues Versolato

There are lots of types of friendships: Best friends to gossip friends. Good friends are like magnetsThey are always beside you, when you most and least need them. My favorite friend, is a different type of friend; From 6:30 am to 10:30 pm, She is there Always giving me good tips and advice. She always wants my best Even…... If this means she has To make a sacrifice. Me and you: The only friendship I know it’s forever. We share the same love, The same friendship, The same blood. And for all I know, I love you more than a friend. Thank you for being The best friend I could ever ask for. Love you mom!

100

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL


O AMIGO Matheus Rocha Vourodimos

O amigo é aquele que coloca um sorriso em sua cara. O amigo é aquele que o alegra na pior hora. O amigo é aquele que o faz dar risada. O amigo é aquele que o conforta. E quando e hora de partir, o amigo vai e a solidão fica apenas até o próximo dia. O amigo volta à sua vida, trazendo alegria pelo resto de sua vida.

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL

101


O QUE É UM AMIGO? Torcuato Conrado Tesolin

Um amigo é o que o acompanha para apoiar. Um amigo está sempre ao seu lado. Um amigo é o que por você tudo daria. Um amigo que pra você é amado. Um amigo está lá para ajudar. Um amigo é aquele que não se cansa de o ver. Um amigo está lá pra o levantar. Um amigo que faz mais divertida a razão de viver. Um amigo que sempre quer o escutar. Um amigo que tem tudo pra fazer. Um amigo que de amigo nunca vai parar. Um amigo que faz o sofrimento desaparecer. Um amigo que o protege. Um amigo que lhe daria a metade do pão. Mas um amigo não é seu amigo. Um amigo é seu irmão.

102

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL


SEU AMIGO João Salvajoli

O amigo é aquele que te ajuda. É aquele que te faz rir. É aquele que te levanta. É aquele que te faz sorrir. Amigo não abandona. Não te deixa nos piores momentos. Amigo é aquele que brinca, Aquele que te faz chorar. Amigo é quem briga, Que te bate. Xinga. Mas logo faz as pazes. Mas amigo te protege, em todas as situações. Não deixa nada acontecer contigo. Amigo é companheiro em todas as aventuras. É teu maior parceiro. Amigo é sempre amigo.

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL

103


SIEMPRE Amanda Roxana Cantu

Amigas siempre te ayudan Cuando crees que nadie te quiere Siempre estás sonriendo cuando estás con tus amigas Tus amigas te aceptaron para ti Siempre tienen tu espalda Amigas siempre te ayudan Siempre te diviertes con tus amigas Amigas siempre te hacen sentir mejor cuando estás triste Siempre te protegen Amigas te detienen a hacer tonterías Amigas son como tus hermanas Ellas son tu familia que no son relatados de sangre Amigas Familia Ayudadores Siempre

104

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL


SORRISO ESTRANHO Paulo Ahouagi Corchaki

Diferente. Uma palavra que muda tudo. Olhares de desgosto. Olhares que queimam. Palavras que magoam, pequenas espadas que penetram seu coração. Um dia qualquer, tinha que se acostumar com isso. Por que coisas ruins sempre acontecem com gente “boa”? Há quinze anos, lidei com esses insultos. Será que é a hora? Nada vai bem nesta vidinha miserável. Será que sou mesma uma bastarda? Sou tão feia assim? É verdade que nunca terei amigos? Nada disso tem importância, pois eu receberei o mesmo tratamento. Três adolescentes duas vezes meu tamanho. Eu as conhecia, faziam isso todo dia. Segurava a alça de minha mochila com firmeza. Mas hoje foi diferente. Algo havia mudado nesse ar tóxico e seco. As três correram, iguais a búfalos correndo de leões. Eu finalmente me sentia segura. Um garoto olha para baixo com um sorriso. E depois de muitos anos, sorri de volta.

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL

105


THE ULTIMATE FRIENDSHIP Vittorio Nelson Geddes Aguilar

Friendship is lost today, make an effort and keep it alive to stay, to stay We’ve got to hang on, to the rest, maybe if we all try we can put it to rest We’ve got each other and that’s a lot for love Why don’t you give it a shot? Ohhhhhhh I’ll save it I swear Ooohhhhhh I’m making it I swear So, take my hand and you will love it I swear Ohhhh I’ll save it swear. Tommy has his loving guitar mend the friendship to save it all. It all Don’t ever dream of running away, if someone ever tries Make sure to keep it away Tell them it’s ok Ok We’ve got to hang on, to the rest, maybe if we all try we can put it to rest We’ve got each other and that’s a lot for love Why don’t you give it a shot? Ohhhhhhh I’ll save it I swear Ooohhhhhh I’m making it I swear So, take my hand and you will love it I swear So, come together and Share (Insert Guitar Solo Here) We’ve got to hold on Ready or not You live for the friends as its all that you’ve got Ohhhhhhh I’ll save it I swear Ooohhhhhh I’m making it I swear Just a little more you’re almost there So, take my hand and you will love it I swear

106

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL


de trepadeiras entrelaçadas, com pequenos jasmins e grandes campânulas roxas, por onde flutua uma borboleta cor de marfim, com um pouco de ouro nas pontas das asas. (...)

Se eu fosse pintor começaria a delinear este primeiro plano

Se eu fosse pintor, gostaria de pintar esse último plano. Esse

último recesso da paisagem. Mas houve jamais algum pintor que pudesse fixar esse móvel oceano, inquieto, incerto, constantemente variável que é o pensamento humano?

(Cecília Meireles, Janela mágica)

CATEGORIA ADULTA PROSA E POESIA



RT

UGU

Ê

Ê

O pequeno apartamento ainda estava repleto de caixas. Isabel, com as mãos na cintura, tentava decidir se continuava a desempacotar ou se sentava no chão contra a parede para esticar a coluna dolorida. Era verão e não possuía ar-condicionado. Aliás, nem ar-condicionado, nem muitas outras coisas, apesar das caixas na sua frente contradizerem seu sentimento de vazio. Seria bom se houvesse alguém para ajudá-la a finalmente se mudar, mas parece que teria que fazer isso sozinha. Sentia-se quebrada, o suor escorria pela testa, sob os braços. Pensou novamente em como seria bom ter alguém para ajudá-la, ou simplesmente para tomar decisões por ela, que tinha a cabeça também tão cansada a essa hora da noite. Decisões simples, como por exemplo, escolher como organizar os livros na estante: em ordem alfabética? Por gênero? Língua? Cor? Tamanho? Sentou-se no chão e olhou para além das caixas. A vida recomeçava por ela, a manhã despontava na sua nova cidade. Sem muito entusiasmo, Isabel saiu para ir ao mercado, precisava ao menos comer. Puxando o carrinho, passou por uma casa charmosa com as paredes coberta por vinhas, uma porta vermelha e um mural do lado de fora que oferecia cursos e atividades. Havia um clube de leitura, todas às terças-feiras à noite. Depois de muitos meses, Isabel foi tomada brevemente de um sentimento leve de pertencimento, ou pelo menos, da possibilidade de pertencer novamente e sorriu. Uma decisão ao menos havia sido feita. Notava-se que estava desconfortável ao entrar pela porta vermelha, o grupo já se conhecia e todos conversavam intimamente, entre sorrisos sociais, livros e taças de vinho. Enquanto julgava o ambiente e as pessoas, foi abordada por Elisa, que rapidamente se apresentou e a introduziu ao grupo. Não houve muito tempo para conversar casualmente, todos já procuravam um lugar para se sentar. Isabel teve a impressão de estar em um desses filmes de produção independente, cercada de todos os estereótipos possíveis. Uma dezena de pessoas estavam lá, pouquíssimos jovens, uma adolescente que não se identificava com os da sua idade, aposentados, professores, um casal gay, uns três homens barbudos, a senhora hippie que revivia sua juventude com as mesmas roupas e atitudes, ela e Elisa. Daquele primeiro dia, Isabel levou a cabeça cheia de pensamentos, sentia-se febril, uma febre que vinha em ondas de calor, e seu coração disparava sem razão aparente o que a fez passar a entrada do seu prédio. Ela iria voltar. Apesar da aparente simpatia, começou a perceber com o passar dos encontros que lentamente os contornos dos participantes do clube iam se definindo. Havia guerra de egos, ciúme e desejo de exclusividade. O embate de opiniões, por vezes se transformava em competição e a competição instigava-os a quererem ser melhores. Melhores? Mais inteligente perante o grupo? Isabel ficava confusa, e quanto mais confusa, mais queria ficar. E Elisa era conforto e admiração. Tudo o que observava no grupo, espelhava-se na relação que pouco a pouco estabelecia com ela. A princípio a admirava, uma mulher com tantas experiências, tão forte, tão inteligente e decidida. Um modelo para quando terminasse de se mudar, para quando se estabelecesse, o que quer que isso quisesse dizer. Elisa era do tipo que tomava decisões, daquele que saberia, com serenidade e equilíbrio, onde colocar cada objeto que retirasse das caixas de Isabel. Com ela, Isabel não precisava competir como competia com outras mulheres, não precisava ter o melhor casamento, os filhos mais inteligentes, ser popular entre os colegas de trabalho ou ter as melhores roupas e o melhor emprego. Tudo o que a fatigava dos seus outros relacionamentos, ali não existia. Não precisava ter ou ser melhor em nada.

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL

107

S

O

UGU

RT

UGU

RT

UGU

Ê

S

S S

O

RT

P

Ana Shitara Inglesi

P

CADA COISA EM SEU LUGAR

O

P

P

O

Ê


Sua solidão a tornou ciumenta e carente. Como uma adolescente, queria que Elisa fosse sua melhor amiga, que fosse exclusivamente sua amiga. E sofria, porque sabia que era apenas uma de suas amigas. Isabel queria o bem-estar de estar com Elisa, da não competição, do alimento para sua alma que vinha de tantas conversas. Em pouco tempo, tudo tornou-se cobrança e de repente competição. Isabel desistiu do grupo de leitura e se afastou, sabia que não poderia culpar Elisa, nem tampouco torná-la sua mãe. Voltou para seu apartamento e para suas caixas. Decidiu que até o final daquela semana, não haveria uma caixa sequer a ser desempacotada. Freneticamente, foi abrindo uma a uma, e tomando decisões com uma rapidez entranha a sua pessoa, foi guardando tudo em seu devido lugar, sem marido, sem mãe, sem amigos, sem filhos, só com ela. Que prazer, finalmente mudar, finalmente morar em um lar! Isabel conseguia finalmente se ver naquele espaço, ele a refletia. Pegou uma garrafa de vinho, iria se celebrar, quando o interfone tocou. Elisa queria subir. Sua amiga estava lá, na sua frente, com os olhos vermelhos, de uma melancolia dolorida. Precisava de apoio, não era perfeita, não tinha a família da rede social, estava em crise. Paradoxalmente, a tristeza de Elisa, deixou Isabel feliz. Não porque sentia prazer na dor da amiga, mas porque finalmente sentia que poderia ajudá-la, ser útil e servi-la, como Elisa a tinha servido, como a tinha apoiado. Sentiu um orgulho escondido em ter sido procurada por ela, entre tantos outros amigos. Queria ser um lar também para Elisa. A conversa que tiveram naquela noite, tiveram muitas outras vezes, em diferentes circunstâncias e locais. Não eram amigas exclusivas, mas eram grandes amigas. O bem-estar estava lá novamente, o alimento da alma, o estímulo ao desenvolvimento pessoal, a torcida pelo sucesso da outra. Enquanto uma aprendia, a outra ensinava, depois trocavam de papéis. Isabel percebeu que sua procura pelo sentimento de pertencimento e permanência havia terminado. Foi assim que uma amizade a havia ajudado a desempacotar todas as suas lembranças, organizado sua vida e a preparado para também ser capaz de oferecer a mão em sinal de ajuda.

108

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL


R

S

RT

UGU

Ê

S

S S

O

O

Ê

P

R

UGU

P

P

O

RT

S

Ruby Abigail Sheets

P

O

P

EL CHAVO

S

P

TUG TUG I sat on my carry-on, careful not to bust the zipper as I squeezed everything in. Dad helped me bring my bags to the car. I slumped into the back seat with an exasperated sigh that, even I will admit, was a little much. Mom was sitting in the front passenger seat, anxious to get going. O O off Ê for four weeks with I couldn’t believe Dad had gone along with Mom’s plan: me Ê R T ship RT UGU UGU strangers to a place that has electricity, sometimes, and running water, never. Dad said I could improve my Spanish and build some muscle, since I would be building a school or something. Mom’s scheme was for me to be “productive” so I could get into a “worthwhile” college. So, there I was, on the way to the airport, and sulking all the way. *** Somehow, I pulled off the silent treatment until it was time to check-in. I freaked out and started to tear up just as Mom called out, “Oh, look! That young man has a TeensCorps t-shirt on!” Before I could stop her, she called out, “Hello! TeenCorps, hello, hello!” He flashed a smile and waved as he walked towards us. “Hi. I’m Will. I guess you’re traveling with TeenCorps, too?” “Yes, hi. I’m Lindsey.” I hoped I had been able to blink fast enough for him not to notice that I was on the verge of tears. “Well, hello Will. I’m Buffy, Lindsey’s mom. And this is her dad, Warren. You are traveling to the Dominican Republic too?” “Yes,” he said, blowing up to get his bangs out of his eyes. It didn’t work. “Well, good. You and Lindsey can go through security together. Now give me a hug, honey!” I complied. Dad gave me a kiss on the forehead, like he always does. Kind of embarrassing with the Will kid there. “Sunscreen,” Dad whispered in my ear. “Lots of it. And come back speaking Spanish as incredibly fast as you speak English.” Will and I headed towards security. I looked back right before the final part. My parents were waving more enthusiastically than made sense, considering their teary smiles. *** “Too cool to wear the TeenCorps shirt, huh?” Will asked. “I guess. What’s up with that name? TeenCorps. Sounds like a bunch of dorks,” I humphed. “At the orientation, they said it’s like the PeaceCorps, for teens. You know, travel and service, and going to underresourced communities. I guess it’s like AmeriCorps, or StoryCorps,” Will said. I didn’t know what any of those other Corps things were. Maybe if I stopped responding, Will would too. I wasn’t on this trip to Broaden My Horizons and Make New Friends, like the brochures claimed I would. I promised Mom I would go but she couldn’t make me talk to this guy. “My seat is in the back, near the stinky toilets. You?” Will asked. “I’m closer to the front. Guess I’ll see you at customs in the DR.” “Alright.” The flight attendant took Will’s ID and boarding pass and beeped him through. *** As soon as the plane landed, I gathered my things. I wanted to get through customs without more awkward conversation with Will or anyone else from the trip. I imagined they would all be talkative dorks like Will, who have sweet conversations with other people’s parents, wear the uniform shirt, and know about “productive” things, like AmeriCorps and StoryCorps. A bouncy, smiley, 20-something with another TeenCorps shirt came bounding towards me. “I’m Rachel, one of the trip leaders,” she reached for my largest bag. “Ah, thanks. I’m Lindsey, but... how did you know I was part of the trip?” I asked.

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL

109


Rachel giggled, “You just had that look about you.” Far behind me walked six teenagers, half with TeenCorps shirts, and all with an anxious, excited, bewildered, trying-to-act-calmer-than-they-felt look on their faces. Got it. THAT look. Leading the pack was Will. He spotted me. “Hey Lindsey. I looked for you in customs but couldn’t find you. How was the flight?” “It was alright. I mostly slept.” “All of us were seated together in the back.” Rachel introduced the other trip leaders and some participants who had gotten there before us. “We’re waiting for one more group to get in. We’ll start calling families to let them know you landed safely. Think of an adjective that starts with the same letter as your name for an ice breaker!” I parked myself at an empty table. I tried to stay positive but what was I supposed to do with Ra Ra Rachel’s cheerleading tactics and Wretched Will trying to be all buddy buddy? Oh, Lonesome Lindsey. This is going to be quite a month. *** Rachel chanted, “1 2 3, eyes on me.” We were supposed to chant back, “1 2, eyes on you,” but only about three people did. “Welcome everyone. We are so happy to have all of you here. This is our common area where we will eat and hang out. Let’s all say “Hi” and our names and make a motion to show something we like. Like this.” Somehow, her voice got even more perky as she said, “My name is Rachel and I like riding horses.” She made an incredibly awkward galloping motion with one arm out as if she were holding reins and the other in the air, throwing her lasso. “Now you immitate my motion and say, - Hi, Rachel-.” “Hi Rachel,” we obediently responded. Most people at least shuffled their feet. Rachel turned to the person next to her. “Your turn.” I’ve never been very good with names, so I tuned out pretty quickly. Will was sitting next to me, again, as he had on the bus ride from the airport. When it was my turn to say my name, he nudged me to shake me out of my daydream. I couldn’t think of a motion that wouldn’t make me look ridiculous, so I just said I like to study Spanish. Instead of making a motion, I said, “Hola amigos!” Will rolled his eyes at that one, the first time I saw Mr. Positivity do something sort of negative. After everyone had said their name, Rachel said, “It is important that you get to know each other, but also the people from the neighborhood. They are waiting outside, eager to meet you. Afterwards, they’ll have dinner with us.” I headed outside, with Will trailing close behind. A Dominican guy introduced himself. “Hey, I’m Chino.” Wait, what? This Dominican guy was named Chino (which must mean Chinese, right?) and his English sounded perfect. I tried to hide my confusion with a smile. “Nice to meet you. I’m Lindsay. And this is Will.” I wasn’t doing this alone. “Oye, ¿qué onda?” Will said. Chino laughed. “You must be Mexican. ¿Qué onda, guey? Orale carnal.” “Yeah, my parents are from Mexico. You don’t say ¿qué onda? here, huh?” “Only when we’re making fun of Mexicans. Or imitating characters from telenovelas.” “What should I say then?” “Instead of ¿qué onda?, say ¿Qué lo que?” “What the what?,” Will said, incredulously.

110

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL


“Uh, yeah. I didn’t say it made sense, I just said that’s what we say,” Chino said. “And then you say back, Estoy bien?,” asked Will. “Maybe YOU would,” Chino was laughing so hard he held his face in his hands. Will muttered to me, “This guy just keeps laughing at me. Let’s talk to some other people.” But I wasn’t going anywhere. Chino was gorgeous. “I mean no harm. It’s just funny. You say back Manso if you’re a guy, or...” “Mansa if you’re a girl?” I cut in. I know enough Spanish to change o’s to a’s for masculine and feminine. And I was going to make sure Chino knew it. “Yeah,” Chino smiled, nodded and winked. Wow, that’s a killer combination. I don’t know what Will was complaining about. I wanted this guy to make fun of me a little. I had to find a way to keep the conversation going, and in my direction. “Is Chino really your name? Or are you pulling our legs?” He looked at me quizzically. “Chino is a nickname, but I am not pulling any of your legs.” Now it was my turn to laugh. Awesome. I tried to make my eyes twinkle extra and make my giggle as endearing as possible. I didn’t say I pulled it off, I just said I tried. “Pulling your leg is just a saying. It means messing with you,” I explained. He still looked confused. “Sorry, my English is not so good.” “No, it is, it is.” No! I was loosing him. “Like playing a joke on us. Making fun of us. Tricking us.” Forget it. “So, if Chino is your nickname, what’s your real name?” “Joscar. But only my grandmother says that, or my mom, when she is angry.” “That’s not a real name,” said Will. “That’s just Oscar with a J.” Chino/Joscar laughed again. “All names are real names. Last year, a girl on this trip was named Sunshine. What about Kanye West’s daughter? What is her name? North West?” Will relaxed a bit. “Yeah, I guess it doesn’t really matter. Better than everyone being named María, or José, or something else from the Bible.” “I know a girl here named Alkelis – her dad is Al-fredo, her mom is Ke-nia, her sister is Li-dia, and her brother is S-antiago. People think of names in lots of ways. But most people use their nicknames anyway. We call him Gordo,” he pointed to a heavy-set guy. “And that’s Rana.” He pointed to another guy with super thick glasses that made him look like a bullfrog. “And he is Negrito”. Wait, what? Please, tell me my Spanish is worthless. Otherwise, I was just introduced to Fatty, Froggy and Little Blackie. They call each other these names on the regular? And they consider each other friends? “But they introduced themselves as Carlos and Pablo,” I said. “They are Juan Carlos, Pedro and Antonio. But those names are just for when their girlfriends are screaming at them!” All I cared about was knowing that they were up for having girlfriends... and that Chino/ Joscar hadn’t yet mentioned having one himself. I’ll have to work that topic in somehow. “Aren’t those nicknames kind of mean?”, I asked. “Not at all! People just say it like it is,” Will chimed in. “Just like in Mexico. You know they have a chocolate Twinkie called Negrito? That would never, ever happen in the US. Hey, whatdya think you guys will call me?” Chino/Joscar eyes got huge as he tried to supress a smile. “I think I know. El Chavo!” Will smirked good naturedly. “Fair enough. That’s better than Frijolero or Wetback.” Wait, what? “Who’s El Chavo?” I asked.

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL

111


“The main character of a corny Mexican sitcom.” “It’s awesome!” said Chino/Joscar. “Chusma, chusma! No me simpatices! Eso, eso, eso!” he exclaimed, while appearing to clean Will’s face with an imaginary spray bottle. Will batted his hand away. I could tell he was kind of annoyed, so I tried to help take the pressure off with a question for my new favorite piece of eye candy. “I sort of understand the other nicknames, I guess. But Chino?” “It started when I was little. My sister said my eyes were sort of um, almendra, forma de almendra.” “Almond-shaped,” Will said. “Yes, that was it.” Now I could see it. I was so distracted by how green his eyes were, that I hadn’t though much about the almond shape. Another amazing combination. I was struggling to be in the conversation, but everything I wanted to say just seemed too stupid. “Well, it was really good to meet you guys. I work in the afternoon, but I’m always around in the mornings to help out at the worksite or whatever you guys need.” Oh, good. I will have a chance to redeem myself. And stare into those eyes as they stare back. And teach him more sayings while I learn Spanish from him. And ask intelligent questions that he’ll by dying to answer. And... Will nudged me. “Dude, stop drooling,” he whispered. My hand shot up to my mouth. Jerk. I wasn’t drooling. “Hasta la vista,” I said. Will laughed and waved goodbye. Chino/Joscar smiled and walked towards another group of kids. “What I said was right, right? Hasta la vista. Til next time, right?” I asked. “Sure, if you’re talking to the Terminator. All you were missing at the end was... baby,” he said in a sultry voice. “Oh, get off it Will,” I said, and hit him playfully on the arm. He pretended it really hurt. “You better be good to me. I can help you get to know Chino. And, well, you look like you could use some friends.” “Wait, what?” Did I just say that out loud? “I’m fine.” “Right. You weren’t about to cry your eyes out at the airport back there?” “Whatever.” So, he had noticed. “I see you only have eyes for Chino, so I’ll take you as a friend. And the best way to start off as friends, is to tell you one of my deepest darkest secrets,” Will made his voice super deep to seem mysterious. Hmmm, I like secrets. “Alright, let’s hear it.” “My real name is Guillermo. Will is kind of my nickname. My parents hate that I call myself Will, but they should have raised me in a country where people know how to pronounce Guillermo if they want me to use that name!” “Why is that a secret?” “I dunno. I guess I’m embarrassed to be Guillermo, but I’m also embarrassed that I’d prefer to be Will. I’m just embarrassed all around.” “Well, I’ll call you whatever you want. Will is way better than what they may call you here, like Ugly or Stank or Shrimp.” “Yeah or Beaner.”

112

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL


“What about ? Maybe here you can be an all new person. Not Guillermo or Will.” Will smiled. “That could be cool. None of you White kids will get the reference but it’s better than having you butcher Guillermo like you just did.” “You punk!” I bumped my shoulder against his. “Well, Chavo, let’s turn that frown upside down, and head in for some dinner.” “Now you sound like Rachel!”. I guess I did. Maybe that was how it was going to be. Maybe for this next month, I would Broaden My Horizons and Make New Friends. And Will would be the first. This TeenCorps madness just might be an ok thing. I was alright with that... as long as I never had to admit to Mom that she’d made a good decision. Wait, what? Did I just think that?

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL

113


Ê

S

O

UGU

Ê

RT

UGU

RT

UGU

Ê

S

RT

S

P

O

Pedro Henrique Aulicino Zagury

UGU

P

EL PODER CURATIVO DE UN BUEN AMIGO

O

S

RT

P

P

O

Ê

Cierto día, mucho tiempo atrás, un joven, de unos veintidós años, cuyo nombre era Felizardo, se despertó y tuvo un día que hizo todo lo que pudo para contrariar el nombre del pobre hombre. Bajó para desayunar, y se dio cuenta que estaba retrasado para la facultad, y por eso salió corriendo con la taza medio llena (o mejor dicho, medio vacía) de café en su mano, y el mal aliento particular de alguien que recién se despertó y no pudo cepillarse los dientes, o quizás de un oso particularmente asqueroso. No tardó para el resto del café salir de fuera de la taza a la camisa blanca de Felizardo, que, como todavía estaba afuera de sus pantalones, fluía con el viento, y llevó la mayor parte del golpe negro de la bebida. Distraído por la mancha, el pobre Fortunato no vio las piedras desiguales del piso, aunque pasaba allí todos los días: se cayó de frente en la calle, y se rompi su taza favorita. Después que la mayoría de las más lindas palabras que él conocía salieron de su boca en un discurso tan sucio que haría Miguel de Cervantes llorar, Felizardo llegó a su coche, y finalmente salió hasta la facultad, o mejor, habra salido si no hubiera un camión de perros calientes parado enfrente. Ya cansado, el joven salió del coche y, con una paciencia sacada de las más profundas reservas de su ser, pidió al hombre del camión que lo sacase, por favor. —¿Qué? —¿Usted podría por favor sacar su camión delante de mi coche, por favor? —¿Quién piensas que eres, me pidiendo para sacar mi camión? Quieres acabar con mi negocio, ¿no? Yo sé muy bien lo que quieres, pero nunca lo vas a lograr, mis perros calientes son mucho mejores que los tuyos, ¡Vete de aquí! Después de más una sesión de hacer que rolase en su tumba Cervantes, Felizardo decidió ir hacia la facultad en taxi, y cogió uno allí mismo. El conductor, un hombre de unos treinta años con la barba de alguién que nunca la hizo en cuarenta, no sabía dónde era, y, mismo con las direcciones de Felizardo, ellos llevaron una hora para hacer el trayecto de veinte minutos, lo que no fue muy bueno para la paciencia ya agotada del joven. No ayudó también que al hombre del taxi le gustaba mucho la filosofía, y así él pasó cincuenta minutos de ese tiempo haciendo preguntas sobre el sentido del conocimiento a Felizardo, sin contar las preguntas que él esperaba, como la temible: “¿qué hiciste con tu camisa?”, con que él tendría que acostumbrarse al largo del día, pero ahora se estaba controlando para no saltar del taxi en movimiento. En la facultad, decidió tomar un café para despertarse antes de entrar en la clase, sabiendo en el fondo de su mente que eso no acabaría en cosa buena. Entró en la sala con cien personas, y una vez más no vio la desigualdad del piso: el bigote blanco del profesor temblaba con las gotitas de café, y su camisa rosa, bien, no era rosa más. Felizardo no supo lo que hacer: corrió de la sala, y no miró atrás hasta llegar afuera. En el baño de la facultad él si lavó y sentó en el asiento, intentando recuperar el aire que había perdido huyendo del monstruo que había creado cuando derrumbó el café en el pobre profesor. Casi lloró, pero logró controlarse, y luego relajó un poco en el asiento, y ¡qué sueño tenía! Sus ojos fueron cerrando, su cuerpo relajando, su cabeza iba cayendo… —¡AYYYYYY! Él jovén se despertó violentamente con la descarga ruidosa que le halaba abajo, y con mucho esfuerzo logró levantarse, pero con la dignidad dañada y los pantalones llenos de agua, solamente agua, él dijo a sí mismo. Por alguna fuerza milagrosa Felizardo atendió el resto de sus clases sin incidente, pero eso

114

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL


podría ser porque llegó a cada una, se escondió al fondo y ni llegó cerca del café. Agradeciendo esa fuerza, él salió de la facultad, donde encontró una amiga que esperaba invitar a un café, pero cuando se acerc hacia ella: —¿Qué hiciste con tu camisa? —Lo mismo que hice con la del profesor de la primera clase Y salió, preguntando a sí mismo si habría sido rudo con la chica, y se qued más y más rojo. Fue en esa hora que percibió que tenía el hambre del oso que inspiraba su aliento: tuvo miedo de arriesgarse con esa mala suerte que tuvo hasta ahora, pero decidió comer un sanguche, que prontamente vomitó su mostaza lo que restaba blanco de su camisa, pero esa vez él no hizo el discurso sucio, estaba muy cansado. Decidió andar hasta su casa para no arriesgar un taxi y otro filósofo, y, predeciblemente, llovió. En el camino, cayó no una, pero dos veces, y el agua sucia del piso se misturó con el agua de la lluvia, la mostaza y el café, pero ahora él ni lo percibía más. Ya en casa, Felizardo, cansado, sucio, mojado, y enojado, contó de su mala suerte para su madre, lamentándose sentado en la silla de la cocina mientras ella se ocupaba con algo adentro de la casa. Antes que se diera cuenta, él contó sobre su día, dejando salir la historia como la corriente impetuosa de una cascata, y casi se cansó de contarla. Recuperando su aliento, él esperaba el conforto que solamente una madre podía darle, pero: —¿Qué hiciste con tu camisa ninõ? La rompiste de nuevo, ¡ Dios Feli, como eres irresponsable! Y los pantalones, ai ai, ai, ni te lo digo. ¿Haces eso porque no eres quien las lava toda semana? —Mamá, por favor, ahora no, por favor —¿Sabes que tu hermano nunca deja así sucias sus camisas? Y ni empiezo a hablar sobre las luces, no las apaga nunca, porque no pagas la cuenta de electricidad, pero la próxima vez que dejas encendida la luz, ¡voy a echar la lampada en tu cabeza! Felizardo no iba a resistir, ya estaba rojo y sus manos temblaban de rabia, entonces él salió con prisas de casa para no explotar. Afuera, el frío viento de la calle no hizo nada para mejorar el calor pulsando dentro de él, y Feli resolvió andar un poco para distraerse, pero ahora con la precaución de mirar todas las piedritas de la calle, lo que obviamente hizo con que el chocase su cara en un árbol, cosa que él pensaba que solamente ocurría con personas en dibujos animados. Más adelante, él vió un pequeño café, y para su sorpresa, la chica con quien había sido grueso, o quizás no había, pero el amor por ella hacía con que Feli la mirase como una flor frágil, y él mismo, un animal salvaje. —Bien, ya pasó todo de mal que podría pasar hasta ahora, ¿qué sería más un poco? — pensó el joven, y fue hablar con ella. Pidió un té(su experiencia con café le convenció a cambiar por hora) y se acercó de la mesa de ella. — ¡Hola! Mira, perdón por hoy, me ocurre que es posible que haya sido grueso contigo. — ¡No te preocupes, no pasa nada Feli, siéntate aquí conmigo! — él chico no creyó las palabras, que fueron como un beso en su alma, y el rojo de su rostro a causa de su madre fue reemplazado por un otro rojo, pero él logró controlarse, y sentó. —Bien, es que yo tuve un día horrible hoy, una mala suerte que ni imaginé ser posible. Desde el momento que me levanté me parece que el universo quiso hacer ese el peor da de mi vida- y de nuevo, contó del hombre del camión, del profesor, de la calle, del café, del baño (la vergüenza de haberlo contado a la chica vino muy tarde) y hasta de su madre.

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL

115


— ¡Pobrecito!, pero mira, ¿cuál es tu signo? Sabes que hoy Venus estaba muy malo, es de eso que vino la mala suerte, dejame ver tu mano y te lo digo si todavía no hay más problemas. O quizás es el Diablo, que te posee y hace con que no tengas cuidado, ¿ya pensaste en ir a una iglesia? Conozco un padre muy bueno con esas cosas de diablos y todo eso. Quizás es bueno examinar tu karma también, hay una energía negativa por aquí, pero eso lo hará mi Gurú, ¿quieres que yo lo llame? Felizardo quería llorar, pero no lo hizo con miedo de que ella lo explicase como sus chacras estaban fuera de equilibrio, o quizás sus humores aristotélicos. No era que él no creía en ciertas cosas, pero no necesitaba que alguien le explicase nada, él solamente había tenido un da malo, pero nunca que él iba a decir que no le gustaron sus explicaciones, entonces el joven dio una disculpa cualquier y salió, pero claro que no antes de derribar el té. Andó un poco más en la calle, mientras la herida de su día continuaba fresca, y, con sus pensamientos ocupados por todo menos la calle, tropezó más una vez, y cayó frente a un mendigo. Levantándose, Felizardo oyó otra vez la pregunta, salida de adentro de las profundezas de la barba sucia del mendigo: —¿Qué hiciste con tu camisa? Y, controlado por una fuerza de adentro de su alma, nuestro héroe le contó toda la história del día, dejando salir sus más profundas emociones a ese completo extraño, por alguna razón ininteligible, la misma razón por la cual esperaba una respuesta profunda y amigable, pero oyó sólo un: —¿Por qué me dices eso? No me importa. Seguido de un eructo que haría hasta un rinoceronte huir, y así continuó el hoyo en el alma del pobre jóven, pero este decidió volver a casa, derrotado por el día, mientras lágrimas silenciosas salían de sus ojos. Andando hacia casa, él pasaba por las calles de cabeza baja, sin ver nadie o dejar que vean su rostro, hasta que topó con un jóven cualquier, casi cayendo en la calle de nuevo. Levantó el rostro para embarazar a Cervantes una vez más, pero quedó sin palabras al reconocer su mejor amigo, que sonrió y dijo con la risa calurosa de un buen chiste entre amigos: —Si miras hacia el piso mientras andas, caes al piso mientras andas, pero mira, estás horrible Feli, ¿que pasa? —Ni te lo cuento amigo, ese fue el peor día de mi vida, del cominzo al fin, me parece que la vida me quiso enojar. Y una vez más contó el cont que fue su día, sin dejar fuera ningún detalle sórdido ni emoción vergonzosa, pero de esa vez Felizardo no tuve la ansiedad de oír la respuesta del amigo, solamente el cansancio de haber vivido “uno de aquellos días”. —¡Qué malo eh Feli! Lo siento mi amigo. Fue solo eso, nada más, ninguna justificativa, punición ni cobranza, solamente un “te entiendo y lo siento”, de un buen amigo, solamente una pequeña frase que ya decía mucho, y el hoyo dentro de nuestro héroe mejoró inmediatamente, frente a un semejante que verdaderamente lo entendía, ¡qué poderosa es una buena amistad!

116

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL


A CONEXÃO REAL DA AMIZADE Augusta Machado

Em um universo de redes sociais, tem-se na palma da mão a possiblidade de ver a carinha do amigo a todo e qualquer momento. É possível, mesmo à distância, verificar se ele curtiu ou não; se compartilhou ou não o post. É possível, também, por meio dos emojis ver se o amigo está triste, feliz, surpreso, irritado, envergonhado, apaixonado, sarcástico; se está chorando, rindo, gargalhando; sério.... Quando se está distante, muito distante, as carinhas dos emojis, então, adquirem uma importância enorme! Várias vezes por dia o celular é checado, e ao encontrar uma mensagem com uma dessas carinhas, a comunicação que envolve o conhecimento mútuo é estabelecida. Quando a saudade aperta, tem-se: o FaceTime, o Skype, o Google Duo, o WhatsApp que possibilitam olhar e ver a carinha real do amigo. Ufa, como essas ferramentas ajudam! Nesses momentos não há mais os emojis, mas sim a carinha real do amigo, logo vê-se o sorriso, a lágrima, a expressão facial de alegria ou tristeza; de angústia ou paz... pode-se até ouvir essas emoções. Quantas vezes lágrimas, gargalhadas, gritos de surpresas boas ou negativas são ouvidos assim como o barulho do suspiro profundo que revela, muitas vezes, a dor da saudade! Mas, tudo isso, por meio de uma tela! É preciso algo mais! A amizade verdadeira grita por outro recurso, pois chega o momento em que todas as ferramentas virtuais são tão virtuais que perdem o poder de conectar. Não há mais vontade de enviar e nem de receber os emojis; não há mais vontade nenhuma de usar uma das ferramentas virtuais para ver o amigo, pois o virtual já está virtual demais! Existe sim um desejo enorme e gritante de correr para receber o abraço, o toque do amigo! Existe um desejo enorme do olho no olho durante um café, um almoço... existe a necessidade de uma conexão real! A amizade verdadeira sempre tem uma vontade urgente, enorme de não mais precisar das ferramentas virtuais, pois há uma necessidade diária de estar perto da carinha realmente real do amigo para que o abraço apertado seja mútuo assim como o rir, o chorar, o gargalhar... Nenhuma ferramenta virtual dá conta de expressar a necessidade que um amigo tem pelo outro! Apenas as conexões reais possuem o poder de estabelecer vínculos concretos e duradouros.

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL

117


AMIGO OCULTO Gabriela Galdino Fazoli

Como construir uma amizade com alguém que nunca vi, ouvi ou conheci pessoalmente? Alguém que não tem como mostrar sua personalidade? Alguém que só posso imaginar como é? No plano das conjecturas tudo fica possível, todos os caminhos são válidos e plausíveis, e é nele que essa amizade nasce e florece. No plano dos sonhos, das esperanças de felicidade vindoura, do encontro que finalmente vai dar início à amizade real pautada em conhecimento gradual e mútuo. A apresentação cara a cara que vai mostrar quais sonhos, planos e devaneios estavam mais precisos e quais eram mais absurdos: talvez nadador olímpico dê certo e astronauta não, talvez seja o inverso, talvez não seja nada disso. E muito provavelmente perceberemos juntos que nenhum desses sonhos pode superar o desejo, este sim real, de acompanhá-lo na jornada que é a vida, e ajudá-lo a encontrar os seus próprio sonhos. Essa amizade construída, assim, paulatinamente, vai abrindo caminho dentro do peito, criando laços que se fortalessem sem esforço, naturamente. E como não poderiam? São laços de afeto e expectativa que se moldam a cada desejo, a cada vislumbre do que está por vir. Como não construir uma amizade com alguém que está sempre presente? Com alguém por quem torço, vibro e percebo constantemente? Como não ser sua amiga, meu filho?

118

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL


O FIM DE UMA AMIZADE Rodrigo Santos Pinto Silva

Chorar. Era a única coisa que eu queria fazer naquele dia que eu tinha fé de que nunca chegaria. Ninguém sabia o drama pelo qual eu já tinha passado antes de chegar na escola, o medo, a raiva, a tristeza, parecia que todos os sentimentos negativos se reuniram em uma tempestade de ansiedade que recheava a minha imaginação, ou será que realmente era imaginação? Mesmo assim, prometi a mim mesmo que nao iria chorar. Me tiraram de sala de aula, nem me lembro mais o porquê, acho que tudo o de ruim que aconteceu naquele dia, eu apaguei das minhas memórias, mas conforme escrevo isto, as minhas batidas cardíacas já parecem flutuar, quase como se fosse o meu coração tentando me explicar que algumas coisas não se esquecem jamais. Quando voltei para a sala de aula, todo mundo veio me abraçar, era uma festa de despedida, e eu apenas me segurava, me segurava para não abrir aquele clássico berreiro. Eu estava indo embora, embora para sempre. Óbvio que você deve estar pensando que “para sempre” é algo muito relativo, hoje em dia já aprendi que estas palavras não existem, mas para um garoto de dez anos de idade, se mudar de país, deixar tudo que você mais ama para trás sem prazo para rever é sim um sentimento que parece ser eterno, completamente sublime. Mas o que mais doía não era deixar para trás minha casa, minha escola, minha cidade, nada disso me importava, mas toda vez que via o rosto dos meus amigos, eu era lembrado de que teria de deixá-os. Depois da festa, meus pais já tinham estacionado o carro paralelo ao muro da escola, eu fui andando, cruzando aquele campo de areia no meu passo tímido, queria congelar aquele momento e estar perto da galera para sempre. Mesmo nas maiores crises, aliás nesses momentos mais que nunca, os amigos sempre têm aquele tom humorístico para tentar alegrá-lo - “Beija a Maya”, eles diziam. Faziam piadas, relembravam histórias e falavam de como eu ia fazer falta; naquela caminhada de uns 20 metros que deu para conversar sobre umas 200 mil coisas, nada adiantava, afinal, no fundo, o sentimento que eu sentia era apenos transportado a eles pela nossa proximidade. Eu não sabia como reagir, minhas mãos frias como estão agora. Pode parecer frescura, mas deixar o grupo para trás era um completo pesadelo. Quando cheguei no carro, abracei a todos eles novamente, algo reservado para família na Espanha, mas nós éramos família, não é? A memória da cena dos meus amigos acenando para mim está encravada no meu cérebro como uma foto até hoje, pois os amigos de verdade ninguém se esquece. Adria, com aqueles óculos verde e camiseta listrada de branco com laranja. Leyre, com aquele cabelo preto e preso, amarrado como sempre, Albert, com aqueles braços esqueléticos, Liam, Maya, Martin, Raz, Victor, Jonathan, Joon Ho, Bernardo, Alex, posso descrever cada um ao mínimo detalhe, como se estivessem aqui agora, neste exato momento. Não deu nem tempo de o carro virar a esquina e eu já estava fazendo exatamente o que eu tinha me prometido não fazer, chorar. Chorei no carro, no aeroporto, no avião, e até hoje tento me segurar para não soltar lágrimas quando penso neles. Tanto sofrimento né? Mas eu lhe digo, não me arrependo em nada de ter chorado, porque o fruto daquelas lágrimas não era a tristeza, mas sim todas as incríveis memórias que compartilhamos. O pulo do muro no “caminho secreto do Raz”, os lanchinhos de terça na casa da Leyre, os bate-papos com a Maya, a competitividade com o Joon Ho, e mais um milhão de coisas pela quais passamos. Hoje em dia eu já aprendi que amizades não acabam quando a gente se muda, pode até ser que fiquem mais distantes, mas uma mudança não é nada mais que isso, uma mudança. Hoje,

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL

119


a situação se reverteu, tenho amigos que moram fora do país, mas quando eles vêm e nós nos encontramos, continuamos a conversar como se tudo fosse igual, como se nada tivesse mudado. A distância pode parecer um contratempo, mas a amizade nunca será medida em quilômetros, em países ou qualquer unidade, ela é uma força que nem a física consegue explicar, apenas o nosso amigo a entende.

120

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL


O PRESENTE DE MAGI Ruby Abigail Sheets

Prefácio Quando eu soube do tema do III Encontro Literário, O poder da amizade, logo pensei no conto The Gift of the Magi, escrito por William Sydney Porter, no início do século vinte. É a história de um jovem casal, durante o Natal, em Nova Iorque, minha cidade. O autor, melhor conhecido como O. Henry, é um dos meus favoritos. Escreveu este conto no Pete’s Tavern, situado num bairro movimentado e vibrante em Manhattan. Gosto de frequentar o local, sentar no mesmo lugar onde ele escreveu o conto e imaginar as ideais fluindo-lhe à mente, enquanto tomava forma a cena que ele tinha diante dos seus olhos. The Gift of the Magi dá a dimensão do poder do amor. E o que é o amor, senão a melhor versão da amizade? Muitos casais consideram seus parceiros seu melhor amigo. Com essa ideia em mente, decidi reescrevê-lo, transpondo-o para uma nova versão. Aqui temos a história de um casal também, mas celebrando seus 25 anos de união no Brasil dos dias de hoje. Noventa e oito reais. Era tudo. Moedas economizadas pouco a pouco, pechinchadas com insistência na feira de cada domingo. Em dois dias, Dolores festejaria suas Bodas de Prata e ainda não tinha nenhum presente para seu marido, Felipe... seu melhor amigo na vida. A dona de casa deu uma olhada no seu apartamento de um cômodo no Bom Retiro. Como as coisas mudaram em seis meses! Antigamente, Felipe tinha um salário suficiente para manter uma cobertura em Moema com mais banheiros que pessoas habitando. Por causa da crise econômica e política do país, sua empresa demitiu inúmeros funcionários. Entre eles, Felipe. A familia foi obrigada a mudar de padrão de vida. O mais difícil para Dolores foi ver seus filhos deixarem de estudar no estrangeiro e voltar ao país para procurar emprego, abandonando seus estudos até que a situação melhorasse. Só de pensar nisso, ela lutava contra a vontade de chorar. No processo de vender tudo, o casal prometeu que jamais se desfaria de dois pertences que tinham um valor sentimental para cada um deles. Para Felipe era sua coleção de copos das Olimpíadas 2016. Ele sempre esteve presente às Olimpíadas onde quer que fossem, desde adolescente. Para esta ocasião, a Skol lançou uma linha de quarenta e dois copos, um para cada modalidade esportiva. Depois de muito encher a cara, ele voltou para casa com a coleção inteira, menos o copo da ginástica rítmica. Para Dolores, eram seus cabelos. Eles nunca tinham sido tingidos ou tratados quimicamente. Mantiveram-se assim, naturais, fortes, brilhantes e longos, com sua cor original. Ela sentia-se orgulhosa de ter o mesmo estilo de cabelo desde o dia que conheceu Felipe. Era sua marca registrada. Prometeram também comemorar suas Bodas de Prata, apesar das dificuldades. Seria somente uma cerimônia simples na igreja, sem festa nem novos anéis. Trocariam presentes singelos, que representassem a força desse amor que perdurava vinte cinco anos. *** Ela ficou feliz da vida quando encontrou na Amazon um jovem emprendedor de Las Vegas desfazendo-se do copo da ginástica rítmica! Só custou 90 reais, frete incluído. O problema era a alfândega, ou como dizem nos Correios, o Imposto de Importação e a Taxa para Despacho Postal. Como o pacote vinha dos Estados Unidos, Dolores teve que pagar 254 reais só para liberar o copo das mãos dos fiscais. Ela via a ironia da situação: fazer tanto esforço só para trazer de volta ao país um copo de plástico. Mas, o amor é cego. Ela colocou em ação um plano para conseguir os 246 reais que faltavam

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL

121


Dolores tomou o metrô até a Rua Augusta. Subiu as escadas para chegar ao local onde se lia “Dona Peruca e Tatuagens.” — Quero vender meu cabelo – falou Dolores. — Ah, sim? — a senhora mediu Dolores de cima a baixo com um olhar de pouco caso. E disse — 300 reais. Instantes depois, Dolores saiu apressada, com um chapéu que comprou com os 50 reais restantes. Correu para chegar ao Correio antes do fechamento. Chegou, pagou, recebeu seu pacote e voltou para casa tranquila e feliz. Não ia ver Felipe até chegar à igreja no domingo, como combinaram, para fazer do mesmo jeito que foi feito no dia do seu casamento. Preparou uma mala para dormir na casa da sua amiga. Ao que parece, eles não planejaram bem o domingo e acabaram se encontrando fora da igreja. Dolores estava apreensiva porque, sem o cabelo, ela não parecia a mulher com quem ele se casou. Ela sorriu para seu marido. Seus olhos estavam fixados nela com uma expressão estranha. Ele perguntou: — Você cortou seus cabelos? — Cortei e vendi — disse Dolores. — Eu sou a mesma sem meus cabelos, não é? Felipe pareceu acordar de repente de seu transe e abraçou sua amada. Retirou um envelope do bolso de seu casaco, dizendo: — Desembrulhe este envelope e entenderá por que eu reagi assim. O fato de ter cortado os cabelos não muda nada. Dedos trêmulos abriram o envelope. Então ouviu-se um grito de imensa alegria, que rapidamente se transformou em lágrimas. Lá estava um vale-presente para fazer tereré na loja mais chic da Galeria do Rock, onde Dolores ia muito no passado. Enfim, ela conseguiu levantar os olhos molhados e dizer: — Nossa! Quanto tempo que eu não faço um tereré. Meus cabelos vão crescer logo, Felipe. Você vai ver. Agora, o seu turno. Ela lhe entregou seu presente, ansiosa. — Não é uma maravilha, meu bem? Já tem seu jogo completo. Felipe sorriu com um misto de carinho e emoção. — Dolores — disse ele — guardemos nossos presentes por algum tempo e desfrutemos nosso dia. — Tá bom, tá bom. Mas tenho mais uma surpresa para você. Saindo daqui, vamos ao Lago do Parque Ibirapuera, onde nos conhecemos. Lá estarão nossos filhos com 38 velhos amigos nossos, para brindarmos com sua coleção de copos! — Seria maravilhoso, mas impossível, meu amor — ele lhe dá um beijo afetuoso na testa e levanta seu queixo para olhar dentro dos seus olhos — com o dinheiro da coleção, comprei o seu presente.

122

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL


QUERIDA AMIGA Cristina Paolucci El Dib Maesano

Querida amiga, Estava lembrando da época que nos conhecemos. Você era assistente de sala e eu prestes a sair de licença maternidade. Eu, com aquele barrigão imenso, caminhava pelos corredores da escola subindo e descendo as escadas, pedindo para que o calor do verão me desse uma trégua. Você, cuidadosa com os alunos e comigo, pedia para que eu parasse para descansar e tomar água, eu, teimosa como todo professor, continuava, e cantando, seguia com a turma. Passaram–se mais de 12 anos, muita coisa aconteceu, todo o cenário mudou, acrescido de personagens novos. Mas nossa amizade segue forte e especial. Obrigada! Obrigada por cada conversa interminável, sempre regada a chás, cerveja ou vinho, muitas vezes interrompida pelas crianças ou maridos, mas enriquecida pelo aroma de café e risadas das crianças. Obrigada por cada pensamento bom, por cada palavra de conforto, por me ouvir e me apoiar. Obrigada por confiar em mim, por nunca me julgar e sempre me acalentar. Obrigada por compartilhar momentos de muita alegria junto à nossa família. Obrigada por secar minhas lágrimas. Lágrimas muitas vezes de emoção ou tristeza. Ou simplesmente lágrimas. Você é a minha irmã do coração. Minha querida amiga que posso contar, mesmo que seja somente com um pensamento bom ou uma palavra de carinho. Tenho certeza de que daqui alguns anos estaremos sentadas ao redor da mesa da cozinha, esperando o café ficar pronto, batendo papo sobre os nossos filhos já crescidos e relembrando momentos especiais de agora. Talvez fazendo tricô ou desenhando, lendo ou fazendo bolinhos, talvez nada disso, não sei… Mas tenho certeza de que nossas conversas serão ainda agradáveis e intermináveis como são hoje. Conte comigo sempre! Obrigada! KIKI

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL

123


UM DOS MELHORES LEGADOS DA VIDA: A AMIZADE Letícia Oliveira Santos

As amizades que criamos ao longo da vida vão se modificando, algumas se desfazem e outras permanecem. Algumas duram para sempre e outras o tempo suficiente. As que permanecem se tornam nosso porto seguro, aquela pessoa que independente do lugar traz uma paz apenas por estar ao seu lado. O ser humano é capaz de dar zelo e carinho há centenas de pessoas, mas sempre selecionando aqueles que andarão ao seu redor e tornarão parte da sua vida. Com o passar do tempo perceberemos o quão seletivos somos, positivamente falando, apenas olhando ao redor notaremos isso. Somos capazes de criar vínculos com pessoas diferentes de nós. Elas que são, na grande parte, responsáveis por quem somos e por quem tentaremos ser. Porque, no final, sabemos que pessoas mudam pessoas. E olhando para trás, cairá a ficha de quem realmente podemos chamar de amigo, lembraremos também que a vida junta as pessoas por algum motivo. Não esquecendo que um dos melhores legados da vida é a amizade.

124

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL


VOU ESTAR SEMPRE AO SEU LADO André do Rego Barros D’Arriaga Schmidt

Eu nunca fui o mais popular da minha série, nunca tive muitos amigos mesmo com tanto tempo de escola. Mas as poucas amizades que tive foram amizades que eu tive há muito tempo, e que eu sou muito grato a isso. Um desses amigos é uma pessoa que considero muito. Já o visitei tantas vezes que já tenho a casa dele decorada. Já fui ver filmes com um grupo de amigos que ele também estava junto. Mas o que eu vou mais me lembrar é quando a gente foi para o Rock in Rio. Foi uma viagem inesquecível, que eu não me arrependi de fazer e que eu quero fazer de novo, mas não posso fazer só, eu preciso do meu companheiro nesta jornada novamente. Outro amigo meu é de uma amizade de mais tempo, uma de mais de 10 anos. Eu já conheço a família inteira dele e quase sou um membro dela. Ele está sempre ao meu lado, tendo o jeito diferente dele sendo uma pessoa que admiro muito. E eu lembro do dia em que fomos em um evento famoso em São Paulo foi um dia sensacional, conheci pessoas famosas na web que nós dois gostávamos. Esse menino é uma pessoa para a vida. Este terceiro amigo é outro que eu tenho há muito tempo. A gente não sai muito junto e nem nos falamos muito porque perdemos a intimidade por causa do tempo. Mas eu me lembro deque quando estou passando por momentos ruins, momentos tristes, ele está lá, e apoiando. Ele sempre esteve ao meu lado, mesmo eu sendo um amigo “ruim” e não sendo muito próximo. Mas a corrida de kart que fizemos há muito tempo foi um momento único. Mas este grupo de amigos que eu tenho é um pouco diferente, estes eu falo todo dia, mas a maior parte do tempo só falo com eles, não os vejo. Estou sempre jogando com eles e sempre me divertindo eles atrás da tela do computador sem pensar duas vezes. Esse grupo é um grupo pequeno e forte que vou levar para a vida e que eu sempre amei de o ter. Por causa de um jogo, hoje eles são pessoas que eu não imagino não os ter na minha vida. Eu só tenho de falar que essas amizades foram feitas na escola e eu não me arrependo de tê-las. Essas pessoas estiveram ao meu lado até agora e só quero falar para elas obrigado.

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL

125


Numa estrada que não se anda sozinho, sozinha decidi andar. Todos os dias, quanto mais podia, só decidi continuar. Meus segredos escondi, com medo daqueles que os poderiam roubar. Minhas fraquezas disfarcei para que ninguém as pudesse notar. As marcas do passado ajudam nesse só caminhar. Elas lhe dizem que essa é a melhor maneira de andar. Mas, numa estrada que não se anda sozinho, quando sozinhos decidimos ficar, o caminho não chega no destino, nos leva a outro lugar. Neste lugar cabem todas as metáforas de desespero que conseguirmos encontrar. Como um escuro sem fim ou estar prestes a se afogar. A Vida é uma estrada que não se anda sozinha, e quando assim decidimos ficar, uma certa companhia, chamada solidão, escolhe conosco andar. No outro está o salvar. A solidão só vai embora quando decido colocar alguém em seu lugar. Ao olhar a solidão, percebi que ela não poderia mais ali estar. Estava sugando minhas forças e me impedindo de ao meu destino chegar. Então, a amizade chega, para luz ao caminho dar. Ela é o fôlego de renovo, ao estarmos prestes a nos afogar. A luz que mostra para onde a estrada, sem a solidão, pode nos levar. A amizade salva. A amizade nos faz enxergar que até quem não é amigo, pode estar na estrada para nos ensinar. A Vida é uma estrada que não se anda sozinho; é erro tentar assim continuar.

126

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL

RT

UGU

Ê

Ê

S

O

UGU

RT

UGU

RT

UGU

Ê

S

S S

O

RT

P

Vitoria Rebeca Fernandes Paulino

P

MEUS SUSPIROS

O

P

P

O

Ê


A amizade é a companhia, que a vida nos dá para iluminar o caminho, para ser o suspiro, para nos ajudar a enxergar que ao destino que a Vida nos dá conseguiremos chegar.

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL

127


Full eyebrows, fair skin, Kind smile, expressive face. Loud voice, louder laugh, An adoration for all things bright and beautiful. Dramatic and passive-aggressive. The perfect pisces: hopeless romantic, Absolute dreamer, incredibly emotional. The boldest person I’ve ever met. Loves period dramas, cats, Disney movies, Shakespeare’s plays Lipstick, dancing, 80’s music And the dead queens of Europe. Hates Taylor Swift, cold weather, Thorns in flowers, “Finding Nemo”, Silence, being woken up, And her nails. She is taller than me (Although I am the oldest). I’m her cat’s godmother (Although I’m allergic to it). The Veronica Lodge to Betty Cooper, The Marina Diamandis to my Lana Del Rey,

128

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL

UGU

RT

UGU

Ê

Ê

S

RT

Ê

RT

UGU

RT

UGU

RT

UGU

Ê

S

UGU

Ê

S

S S

O

RT

P

“Can I help you?” She smiled warmly. Not a soft voice: demanding, thunderous. “Yes.” I sighed.

P

I was a nerve-wreck the day we met: Hair too long for a girl that short, Scared out of my wits, Standing, like an idiot, at the door.

O

O

S

O

P

It was the dark brown eyes and hair, Always long and tied in a ponytail With bright scrunchies, That caught my attention.

O

P

Julia Bustamante Tolda

P

O

P

A PORTRAIT OF MY BEST FRIEND

Ê


The Blair Waldorf to my Serena van der Woodsen. The best friend I had dreamed of. We share secrets, stories, Song recommendations and a blog. We’ve become part of each other over the years, Forever forged.

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL

129


COMO JÁ DIZIAM Arthur Duvivier Ortenblad Villaça Carvalho

Já se sabe que viver é caminho de pedra, caminho de tristeza, agonia e perda. Mas que embora pareça um tanto impossível, a felicidade o torna um pouco mais vivível. Como já dizia Riobaldo, viver é muito perigoso. Mas no desenvolver de seu fardo, seu caminho sinuoso se estende uma epopeia, uma luta sem fim, eis que surge para sua felicidade, o amigo Diadorim. Como já dizia Chico Buarque, a coisa aqui tá preta. O correio andou arisco, e os amigos… sumidos. Mas em meio a todo esse medo, tumúlto, censura, arriscou uma mensagem de amizade em meio à ditadura. Como já dizia Paulinho da Viola, na Dança da Solidão, que, com seus dentes de chumbo, lava correndo, a solidão é desilusão, e então resta-me crer que a amizade é a alegria que preciso pro viver. Até o grande Vinícius de Moraes se curvou à amizade. Tanto escreveu, tanto cantou sobre o sofrimento, tanto tocou, dedilhou, em seus chôros, mas mudou quando no amigo Pixinguinha se inspirou, e o choro samba virou. Inconcebível então, um viver sem a amizade, sem sua felicidade, por mais simples e humilde que seja, pois creio que são através destes breves instantes que vale a pena sermos, pelo menos nesta vida, viajantes

130

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL


ODE TO BLOOD SISTER Iqra Fatima

My head caught flame not long ago. Still, our talks of dreams by the swings tango, Soothing my mind of chaos, where alone Sits rotten heat molded into firm stone. While I was lost, you helped me find home. Despite the odds, you made life less monochrome. Drifting in vacuum, I had lost all my vocation. Wondering where had gone all my ambition. But you restored meaning into my burnout candle. Life’s walking shadow was more than I could handle. I sat with you through all the turbulence and storms. You sat with me through all the uncertainty and reform. Blood sister, you have no blood that I share, Yet miles apart we shall be, stars will stay clear, Drawing up images in the night sky for times we feel fear. I am no chameleon: I promise no lies, I swear. I am loud, you are quiet. I am impulsive, you are wise. I am hyperbole, you’re understatement. I am everchanging fire, you’re rock solid cement. But we are one and same halves of a fallen yin And yang, blood sister: you are but kin. I promise to cherish you to find a glimpse Of happiness in a fading timeline’s dim.

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL

131


UMA AMIZADE VERDADEIRA Américo Marques Ferreira

A AMIZADE É UMA JOIA RARA. É IMPORTANTE SABER DISTINGUIR ENTRE UMA JOIA E UMA BIJUTERIA, NESTE SENTIDO, SEGUEM ALGUMAS REFLEXÕES COMPARANDO: UMA AMIZADE VERDADEIRA e UMA AMIZADE FALSA Uma amizade verdadeira é como uma semente: começa pequena, cresce, fica forte e dá frutos. Amizade falsa é como uma terra árida: não adianta plantar que não vai frutificar. Amigo de verdade é aquele que deseja seu sucesso e lhe dá apoio quando você fracassa. Amigo falso é aquele que sente ciúmes de seu sucesso e vibra quando você fracassa. Amigo verdadeiro é aquele que o aceita como você é. Amigo falso é aquele que exige que você mude para que ele o aceite. Amigo verdadeiro é aquele que não hesita em puxar a sua orelha, quando necessário. Amigo falso é aquele que, na hora do aperto, faz de conta que não o conhece. Amigo verdadeiro está sempre disposto a lhe escutar. Os falsos amigos praticam o “diálogo de surdos” ou o “monólogo coletivo”. Quem tem amigos verdadeiros jamais sofrerá de solidão. Um amigo falso faz você se sentir sozinho mesmo no meio da multidão. O amigo verdadeiro é mais chegado que um irmão. O amigo falso diz ser seu irmão, mas só da boca para fora. O amigo verdadeiro é aquele que ajuda a ressaltar suas qualidades positivas. O amigo falso é aquele que está sempre dando ênfase em seus defeitos. Com um amigo verdadeiro, você se sente à vontade para falar sobre qualquer assunto. Amigo falso é aquele com quem você tem receio de tratar assuntos delicados. Amigo verdadeiro é aquele que nunca fala mal de você pelas costas. Amigo falso é aquele que faz fofoca sobre você, mas não admite isso na sua frente. A verdadeira amizade é como a saúde: muitos só reconhecem seu valor quando a perdem. A falsa amizade é como uma doença silencios: quando você a descobre já é tarde demais.

132

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL


Amigos verdadeiros conjugam o verbo SER. Estão juntos independente da situação. Amigos falsos conjugam o verbo TER. Só ficam por perto enquanto o outro tiver posses. A verdadeira amizade é um amor que nunca morre. A falsa amizade tem vida curta por falta de amor. Os verdadeiros amigos são poucos e precisam ser cultivados como joias raras. Quem não conhece a verdadeira amizade se contenta com os “muitos amigos” do Facebook

IIIENCONTROLITERÁRIOCHAPEL

133



04

05

06

07

08

09

10

11



Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.