O JORNAL PARA O
AMIGO
CAMINHONEIRO
Distribuição Gratuita www.chicodaboleia.com.br Ano 03 - Edição 31 - Julho de 2014
Orgulho de ser caminhoneiro
EDIÇÃO NACIONAL Transposul reúne especialistas do setor e representantes políticos em sua abertura A 16ª Feira e Congresso de Transporte e Logística, também conhecida como Transposul, aconteceu entre os dias 15 e 17 de julho, no Centro de Eventos da Fiergs, em Porto Alegre.
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Leandro Totti vence mais uma e já é campeão sul-americano
A quinta etapa do Campeonato Brasileiro de Fórmula Truck deste domingo (20) marcou a realização de metade de toda a temporada, iniciada em março deste ano.
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Flávio Benatti fala sobre a atual situação da Lei 12.619 Foto: Chico da Boleia
Caminhoneiros e caminhoneiras da vida real Confira o ensaio em homenagem ao Dia do Motorista e o depoimento de amigos do trecho
Chico da Boleia conversou com Flávio Benatti, presidente do Fetcesp (Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado de São Paulo), que falou sobre a Lei 12.619
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EDITORIAL
Enfim o fim da copa e já estamos no segundo semestre Por incrível que pareça aos olhos dos pessimistas a Copa do Mundo de Futebol realizada no Brasil foi um sucesso na organização, na alegria, na hospitalidade natural do nosso povo. Quem veio de fora gostou, aprovou e diz que vai voltar! Porém dentro do gramado deu a lógica em um esporte onde isso não vale muito. Eu disse na edição anterior que qualquer resultado que não fosse a eliminação já na fase de grupos seria um milagre, ou obra de muitos juízes japoneses. Não houve milagre muito menos juízes como no primeiro jogo. Passamos pela fase de grupos no sufoco, e assim foi até as quartas de final. No jogo contra a Colômbia parecia que tínhamos acordado, com exceção do Fred, que não fez nada, nada, nadica de nada durante os jogos que o técnico teve a infelicidade de escolhê-lo. Ledo engano! A falta criminosa em cima do pônei de circo (Neymar) e a expulsão do capitão do time por um ato infantil nos colocou de novo na realidade. Um time sem direção, sem estratégia, sem tática, só um amontoado de poucos talentos que ousamos chamar de “seleção. Veio a Alemanha e nos detonou, sim a nós torcedores, veio sacramentar aquilo que todos que apreciam ou acompanham um pou-
co do futebol do qual já fomos os melhores do mundo já sabíamos. Nem com todo choro do mundo ou a “pseudo raça” em cantar o Hino a pleno pulmões, sem técnica, sem jogo de equipe, sem fundamentos básicos não haveria como pleitear alguma coisa como titulo. Mas a esperança é a ultima que morre! Mesmo na disputa do terceiro e quarto lugar a torcida fez seu papel, apoiou, incentivou, porem não foi o suficiente. A Holanda colocou mais três gols no goleiro que pediu mais uma chance para mostrar que poderia ser diferente e foi, sai da copa como um dos mais vazados do torneio. Na minha opinião, o erro foi quando demitiram Mano Menezes e trouxeram Felipe Scolari, este sim foi o apagão da cartolagem. Perderam uma grande oportunidade de fazer algo serio, mas não, perderam o bonde da história. Parabéns a Alemanha pelo titulo merecido, parabéns a Argentina pela garra, pela fibra, parabéns para Holanda. E a nós, cabe reconhecer poucos talentos individuais no nosso time, que sabe-se lá porque jogaram fora de suas posições que os fizeram bons jogadores. E vamos ao mundo do tapete negro da estrada! Temos neste mês inúmeras festas homenageando nós caminhoneiros e carreteiros em função do dia do Motorista e do dia de São Cristovão. Acompanhamos tudo de perto e trouxemos muitas novidades para nossos leitores. Além disso, sintam-se todos homenageados por construírem a cada dia rodado, um pedaço da história do nosso país. Os debates sobre a Lei 12.619 também continuam. A legislação sofreu um grande gol-
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CHICO DA BOLEIA pe ao ser alterada no Senado Federal. No entanto, o projeto voltou para a Câmara dos Deputados que retornou o que eles tinham votado, e agora vai a Sanção Presidencial que pode vetar no todo ou parcialmente, isso quer dizer que a briga continua.
Expediente Sede: Rua José Ravetta, 07 - Itapira-SP, CEP 13977-150 Fone:(19) 3843-5778 Tiragem:
Companheiro Caminhoneiro e Carreteiro vamos ficar atentos ao que acontece, pois neste segundo semestre temos as eleições e a definição de como nossa legislação ficará.
50.000 exemplares Nacional, 10.000 exemplares Baixa Mogiana e 10.000 exemplares Grande Ribeirão Preto
Fique atento. Por hoje é só Boa leitura e até a próxima edição
Diretor Editorial: Chico da Boleia
Chico da Boleia sempre com Orgulho de ser Caminhoneiro.
Diretora-Presidente: Wanda Jacheta
Editor Responsável: Chico da Boleia Coordenação / Revisão / Fotógrafa Larissa J. Riberti Diagramação / Fotógrafa Pamela Souza Suporte Técnico / Fotógrafo Matheus A. Moraes Video Maker / Fotógrafo Murilo Abreu Conselho Editorial: Albino Castro (Jornalista) Dra. Virgínia Laira (Advogada e coordenadora do Departamento Jurídico da Fenacat) Roberto Videira (Presidente da APROCAM Brasil) José Araújo “China“ (Presidente da UNICAM Brasil) Responsabilidade social: ViraVida Ligue 100 Na mão certa
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PAPO DE BOLEIA
Irmãos Davoli apresenta novo pneu da Michelin
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CHICO DA BOLEIA çado o 295 que é um pneu tração pro eixo trativo, um pouco mais largo, com 10 mm de banda a mais que o modelo antigo. E seguindo esse mesmo desenho agora lançamos o 275, com o qual o cliente ganha em custo benefício, carga e estabilidade. Chico da Boleia: E como está a aceitação desse pneu no mercado? Michele: O 295 teve uma aceitação muito boa. O 275 foi lançado há dois meses e ainda estamos introduzindo o produto no mercado para termos uma resposta dos clientes. Mas os que já estão usando, estão elogiando muito. Chico da Boleia: E como é esse desafio de fazer um lançamento de pneu em dia de jogo do Brasil na Copa do Mundo?
Foto: Matheus Moraes
No dia 28 de junho, Chico da Boleia esteve na sede da Irmãos Davoli em Mogi-Mirim, uma das maiores e mais antigas concessionárias Mercedes-Benz do Brasil. Foi lá que aconteceu o evento de lançamento do pneu Michelin 275, linha Multi D, curiosamente no mesmo dia do jogo da seleção brasileira contra o Chile. Os convidados puderam conhecer o novo modelo e também acompanhar o jogo através de um telão monta-
do pela organização. Quem explicou tudo sobre a novidade foi Michele Cristina do Nascimento, supervisora de vendas de pneus da empresa. Confira! Chico da Boleia: Michele, conta um pouco sobre o que está sendo lançado aqui hoje. Michele: Na verdade estamos apresentando o 275 na linha Multi D. A Michelin tem desenvolvido novos pneus e já havia lan-
Michele: É um desafio mesmo. Foi uma proposta que aceitamos, tivemos uma boa aceitação, os clientes compareceram e foi muito positivo porque também pudemos interagir com eles a partir do evento. Foi um convite duplo: relacionar-nos mais proximamente com os clientes e apresentar o pneu.
rado para o evento e ainda temos algumas negociações já encaminhadas. Ficamos bastante satisfeitos. Irmãos Davoli
No mercado há quase 7 décadas, o Grupo Irmãos Davoli ganhou notoriedade e respeito entre as concessionárias de caminhões Mercedes-Benz no país, recebendo prêmios e certificações de qualidade e figurando como um das mais antigas concessionárias da marca no país. Atualmente, a empresa está em Mogi-Mirim, Porto Ferreira, Amparo e Jaú, totalizando uma área de abrangência de 50 municípios no interior paulista.
Pelo oitavo ano consecutivo a Irmãos Davoli teve seu trabalho reconhecido pela Mercedes-Benz que lhe concedeu mais um Prêmio Star Class Certificação Ouro de Qualidade. A certificação representa o índice máximo de qualificação dos serviços prestados aos clientes.
Chico da Boleia: E as vendas?
Em 2013 a Empresa também recebeu, pelo segundo ano consecutivo, a qualificação “Ouro” em veículos comerciais Sprinter. Mais uma demonstração de seu comprometimento com a satisfação dos clientes.
Michele: Nós vendemos o volume espe-
Redação Havaia Comunicação
Chico da Boleia responde Luiz: Chico, porque o dia do Caminhoneiro é comemorado no dia 25 de Julho? Não deveríamos ter uma data exclusiva só para celebrar a nossa profissão? Companheiro, dia 25 de Julho é Dia de São Cristóvão, padroeiro dos motoristas, por isso, neste dia também se comemora o dia do caminhoneiro. Mas também existem outras datas para comemorar o Dia do Caminhoneiro. Por exemplo no Estado de São Paulo, dia 16 de Setembro é o Dia Estadual do Caminhoneiro. Já no dia 30 de junho é o Dia Nacional do Caminhoneiro. Fora isso temos outras datas que companheiros festejam como dia do Caminhoneiro. Na cidade de Itabaiana, no Sergipe, considerada a capital nacional do caminhão, os companheiros do trecho comemoram seu dia em 13 de Junho por ser também dia de Santo Antônio. Há aqueles também que comemoram no dia de Nossa Senhora Aparecida e assim vai. O importante é que nós caminhoneiros, com o passar do tempo, sejamos cada vez mais reconhecidos pela importância da nossa atividade.
Se tiver alguma dúvida ou sugestão fale com a gente.
Nosso telefone é 019 3843 5778 ou 019 3843 6487, nos mande um e-mail chicodaboleia@chicodaboleia.com.br ou escreva em nosso site www.chicodaboleia.com.br Um abraço e ate a próxima edição
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Transposul reúne especialistas do setor e representantes políticos em sua abertura
A 16ª Feira e Congresso de Transporte e Logística, também conhecida como Transposul, aconteceu entre os dias 15 e 17 de julho, no Centro de Eventos da Fiergs, em ePorto Alegre. Realizado pelo Setcergs (Sindicato das Empresas de Transporte de Carogas e Logística no Estado do Rio Grande do Sul) e sob a coordenação do vice-presidente do Sindicato, Leandro Bortoncello, o aevento reuniu as principais marcas do setor como montadores, empresas de implemenatos e rastreadores.
O pontapé inicial das atividades da 16ª Transposul foi dado às 14 horas da terça-feira (15), com a cerimônia de abertura aque contou com a presença de especialismtas do setor, entidades sindicais e membros edo governo. Leandro Bortoncello abriu os discursos e falou para um público de aprosximadamente 300 pessoas.
“A Transposul é um grande evento anuoal de transporte e logística e nasceu há 16 oanos, em um pequeno hotel em Canela. .Hoje, somos um dos maiores eventos do país e continuamos crescendo a cada ano”, afirmou o coordenador. No ano passado, a Feira atingiu R$135 milhões em negócios, foram comercializados 479 caminhões, 25 implementos rodoviários, diversos insumos e equipamentos como sistemas de rastreamento, pneus, seguros, softwares de controle e gestão e equipamentos de segue rança.
No entanto, a Transposul vai muito além 9 do ambiente mercadológico, sendo um momento de troca de experiências e conhecia mentos. “Ela é uma oportunidade de apresentarmos o setor para a opinião pública e uma chance de mostrarmos seu potencial produtivo, bem como os avanços e desafios que temos pela frente tanto no Brasil quanto no Rio Grande do Sul”, expressou Bortoncello. Realizador e idealizador do evento, o Setcergs é atualmente presidido por Sérgio Neto, também presente durante a abertura do evento. Com 56 anos de história, o Sindicato contribui para a Feira com suas estratégias de negócios e com suas parcerias profissionais. “Essa Feira e Congresso tornaram-se um grande fórum de discussão dos problemas relacionados ao setor, momento de agregar valor às pessoas bem como uma oportunidade de congraçamento dos nossos fornecedores com os diretores e gestores das empresas e, por consequência, a porta de
dades de aprendizado para o setor. Fortunati ainda ressaltou que é preciso deixar para trás o péssimo corrente entre os brasileiros que acham que o país nunca conseguirá avançar na infraestrutura e ser capaz de realizar grandes feitos. “Estamos há menos de 48 horas do térmiAutoridades e especialistas durante a cerimônia de abertura. Foto: Larissa J. Riberti no de uma grande Copa realizações de grandes negócios para todos do Mundo que esse país realizou. É imposos que ali se encontram”, declarou anterior- sível não fazer uma referência a este evento mente. que durante muito tempo sofreu críticas. O pessimismo se abateu sobre o país, aleganDurante a cerimônia da abertura, Sérgio do que nossa estrutura não estaria pronta Neto também afirmou que a Transposul é o para receber nossos turistas. Contrariando local de renovação do compromisso que o isso, fizemos a Copa das Copas. É imporSindicato tem com o setor do transporte ro- tante nos lembrarmos disso, porque essa doviário de cargas. “A quantidade de pes- onde de pessimismo ainda está entre nós. soas neste auditório hoje mostra o quanto Essa infelizmente continua sendo uma teno nosso setor é importante para o desenvol- dência muito forte entre aqueles que olham vimento da logística e da economia deste para o Brasil desde dentro.”, afirmou o Prepaís”, concluiu. feito. O Presidente do Setcergs também agrade- Para Fortunati, esse pessimismo não se ceu a presença das inúmeras entidaenquadra, por exemplo, na reades sindicais. Para ele, este é lidade da Transposul que um sinal de união no setor. reúne empresas sólidas, “Construímos juntos competentes e que ao e com muito orgulongo da história " A Transposul é um dos eventos mais importantes do Brasil e, uma lho um Brasil mais tem demonstravez por ano, o Setcergs proporciona essa forte, mais digno, do competência, oportunidade tão esperada onde podemos transportando nas capacidade e trocar experiências, conhecer as grandes carrocerias dos ousadia em seu novidades do mercado do setor e também nossos caminhões trabalho. “Mas encontrar amigos nesta tão hospitaleira e ônibus muito n aturalmente, cidade de Porto Alegre " mais do que as pesvocês devem soas comem, bebem, conviver com pes- José Hélio Fernandes, vestem, medicam ou simistas que tentar Presidente da NTC & Logística sonham. Vocês exposiminimizar os feitos tores e participantes tamdesses anos todos. Esse bém fazem parte daqueles que trabalho qualificado realizado acreditam num Brasil maior.”, concluiu. por vocês deve ser ressaltado e reconhecido”, concluiu o Prefeito que ainda acrediEntre as autoridades que compareceram ao ta que a base para um sistema logístico de evento estavam o Governador do Estado qualidade está montada. do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), o Presidente da Assembleia Legislativa, De- O Governador Tarso Genro também feliciputado Estadual Gilmar Sossella (PDT) e tou a organização do evento pela dimensão o Prefeito da cidade de Porto Alegre, José que a Transposul adquiriu. De acordo com Fortunati (PDT). o representante executivo existem ainda muito desafios a serem enfrentados não só Durante seu discurso, o Prefeito de Porto a nível local como também nacional quanAlegre declarou imensa satisfação em ter do se trata de infraestrutura logística. um evento como a Transposul na cidade, já “Esse impasse que a sociedade brasileira que ele movimenta não apenas negócios, está vivendo em sua área logística, também mas trás consigo uma série de oportuni-
já foi enfrentado por outros países e foi superado em função de circunstâncias muito agudas que pressionaram essas transformações”, argumentou o governador que citou os casos da reforma logística estadunidense realizada após a grande crise de 1929 e as transformações na França com o Plano Marshall implementado no país após a Segunda Guerra Mundial.
Para Tarso Genro, que já foi Ministro da Educação, o Brasil pode superar seu impasse logístico e tem a vantagem de não viver nenhum momento crítico nem econômico e nem politicamente. “Para isso acontecer, no entanto, a política deve passar por uma renovação de ideias em seu Parlamento, principalmente quando se trata das parcerias público-privadas e da Lei de Concessões para que ambos os mecanismos funcionem em prol da sociedade”.
Quem também esteve na abertura do evento e falou ao público foi José Hélio Fernandes, Presidente da NTC & Logística. “A Transposul é um dos eventos mais importantes do Brasil e, uma vez por ano, o Setcergs proporciona essa oportunidade tão esperada onde podemos trocar experiências, conhecer as grandes novidades do mercado do setor e também encontrar amigos nesta tão hospitaleira cidade de Porto Alegre”, afirmou Fernandes.
O Presidente da NTC ainda ressaltou seu ponto de vista sobre as recentes alterações na Lei 12.619, conhecida como Lei do Motorista, aprovadas no Senado e que seguem em debate. “Vivemos um momento importante, onde a tão esperada regulamentação aconteceu. Agora temos o mínimo de segurança jurídica para transportar as riquezas deste país. As alterações aprovadas no Senado eram do interesse de muitos membros do setor e representam uma carta de alforria para as empresas que agora podem contar com uma legislação mais explícita e flexível”, afirmou.
Vale ressaltar que entre os expositores presentes, está a Sascar, um dos maiores nomes em rastreadores de veículos do Brasil e antiga parceira do Chico da Boleia. Recentemente, a Sascar foi adquirida pelo mesmo grupo que detém as ações da fabricante de pneus Michelin, e apresenta agora as novidades desse novo momento aos seus clientes. Em seu estande também foram distribuídos brindes e pequenas guloseimas para os visitantes.
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CHICO DA BOLEIA crise de autoridade, pois a população já não respeita aqueles que estão no poder. “Essa crise é recente, aguda e perigosa. Faz com que nós brasileiros percamos o respeito pelas nossas instituições e por aqueles que elegemos”.
Ciclo de palestras marca o segundo dia da Transposul
William Waak | Foto: Larissa J. Riberti
Na programação da 16a Feira e Congresso de Transporte e Logística (Transposul) de Porto Alegre também teve espaço para inúmeras discussões sobre o transporte rodoviário de cargas e outros assuntos pertinentes, como a situação economia atual no Brasil. Abrindo o segundo dia de atividades da Feira ocorrido na quinta-feira (16), o Painel “Cenário atual da economia brasileira” teve a participação do jornalista William Waak. De acordo com o debatedor, passamos por um momento em que a economia vive uma condição “medíocre”. Waak ainda apontou indicadores como a inflação, que contribuem para esse quadro, assim como o fato de que o Brasil é um país que poupa e investe pouco. “Este cenário não é caracterizado por algum oposicionista raivoso, nem por nenhuma pessoa que queira se opor ao governo, mas são números aceitos pelos economistas independentemente de sua posição política”, argumentou. Durante sua exposição, o jornalista também disse considerar fatores subjetivos como a confiança da população nas instituições que controlam a política. Para ele, a percepção que o consumidor brasileiro tem hoje sobre o mercado é negativa. De acordo com a opinião do jornalista, o Brasil não possui problemas econômicos e sim políticos. “Não entramos numa guerra que tornasse escassos nossos recursos, tampouco tivemos tragédias naturais para acabar com eles. Então como explicar que um país com tantos recursos naturais e pessoais, tenha números de economia tão ruins, pessimismo e receio em relação ao futuro?
Na minha opinião, é a política.”, expressou. Para Waak, os programas sociais atuais do governo brasileiro são concessões de benefício sem o ganho da contrapartida. “É óbvio que esse tipo de ajuda quando se torna um fim em si mesmo, passa a ser um problema e não uma solução. A desigualdade social no Brasil parou de diminuir”, alegou o jornalista que acredita que a expansão dos gastos com benefícios sociais e as políticas de aumento do poder de compra dos brasileiros “precedem o ano de 2003”. O jornalista ainda argumentou que o brasileiro tem a mania de acreditar que o tempo está a seu favor. “Acreditamos que o tempo é capaz de fazer cumprir nosso “Destino Manifesto” não nos preocupando com o cuidado com as instituições e com a política.”, expressou. Durante sua exposição, Waak perguntou aos presentes quem se lembrava dos candidatos nos quais votaram na última eleição. Diante da resposta pouco expressiva do público, que mostrou apenas algumas mãos levantadas, William defendeu seu ponto de vista de que esse tipo de “despolitização” – mesmo diante de um público formado pela “elite esclarecida”, segundo ele – demonstra uma crise de representatividade. “Isso tem a ver com o mau funcionamento do sistema político brasileiro, que é totalmente distorcido. Do jeito que está não conseguirá sanar essa crise de representatividade.” De acordo com Waak esses problemas já existiam e o atual governo conseguiu intensificar os pontos negativos dessa realidade. William também expos que vivemos uma
Essas duas crises – de representatividade e de autoridade – podem explicar, de acordo com o debatedor, o problema econômico atual. “Nós temos uma sociedade ao mesmo tempo desejosa que o poder público traga para ela os benefícios descritos na Constituição, mas ao mesmo tempo com um desprezo, uma desconfiança muito grande em relação ao poder público”, argumento. Ao final do seu discurso, o jornalista disse que as discussões políticas no Brasil precisam estar isentas de brigas político-partidárias. “Não fizemos nenhuma reforma política nos últimos vinte anos. Isso é ruim! Olhamos para o futuro como se fosse uma ilha da fantasia”. Chico da Boleia fez uma pergunta ao debatedor: “80% dos meios de comunicação estão na mão de cinco famílias, então como democratizar esse setor e acabar com a manipulação das informações? E qual linha política você faz parte?” Como resposta, Waak disse. “Eu acho que há uma crença, não baseada nos fatos, que atribuiu a eles (mídia) um poderio e uma capacidade de manipulação. Desde que entrei na televisão, ela é muito mais reativa aos conteúdos sociais e à atmosfera política do que a gente acha. A mídia não é capaz de impor conteúdos, formas de comportamento e opinião ao público. Todo mundo da minha área que adotou essa postura de que a mídia impõe comportamentos se deu mal. Não é possível impor comportamentos. Eu acho que a teledramaturgia faz isso muito mais do que o telejornalismo”, expressou. Sobre a democratização da mídia, o jornalista disse: “Acredito que esse termo é um palavrão de pessoas que pensam em censura. O que me importa é que exista imprensa livre, sem ser subordinada a nenhum interesse ideológico. Por quem ela é controlada, não me importa. Se o conteúdo fere a lei, será punido pela lei. Não pode haver nada que impeça a liberdade da mídia. A chamada democratização da mídia apenas disfarça, e muito mal, a intenção de grupos políticos de calar aqueles que querem expor seus maus feitos. É ridículo falar em democratização da mídia hoje quando, por outro lado, alguns grupos dizem que as redes sociais substituíram a mídia tradicional. Não sei então, porque estão tão preocupados”, respondeu o expositor que se diz seguidor
da linha política Social Democrata Alemã. Membro da nossa equipe, a historiadora Larissa Riberti, encaminhou a seguinte pergunta ao debatedor. “Você citou a crise da representatividade e de autoridade como fatores para a estagnação da economia brasileira, mas não citou, por exemplo, a opção dos governos anteriores pelo neoliberalismo que favoreceu a lógica externa à interna, a privatização dos serviços e o fato de que não fortalecemos, ao longo de nossa história, uma indústria que produzisse bens de valor agregado, tendo priorizado a exportação de commodities. O que você opina sobre esses fatores econômicos?”.
De acordo com o expositor, a palavra neoliberal é um sentimento anticapitalista e arcaico.
Além deste painel sobre a economia brasileira, o segundo dia de evento contou com a presença de especialistas que debateram outros assuntos como questões corporativas e procedimentos jurídicos de importação. O debatedor Adão de Castro Júnior falou sobre novas tecnologias no transporte e Lúcio Fernando Garcia falou sobre o comportamento ético do indivíduo no trânsito. A paz no trânsito e as atuais questões em torno da Lei 12.619 também foram temas de debate.
Desembargador João Pedro Silvestrin fala sobre a Lei 12.619
Durante o segundo dia de atividades da 16ª edição da Transposul em Porto Alegre, João Pedro Silvestrin falou sobre um dos temas mais importantes para o setor, a Lei 12.619. Vale lembrar que, recentemente, o Senado aprovou algumas alterações que pretendem flexibilizar a Lei aprovada em 2012. No entanto, o Projeto de Lei ainda precisa passar por todo o trâmite legislativo e ser sancionado pela presidência para vigorar.
Desembargador, Silvestrin atua no Tribunal Superior do Trabalho TST e no Tribunal Regional do Trabalho TRT 4a região e é membro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Segundo o jurista, algumas das questões presentes na lei precisam ser esclarecidas para os empregadores como a carga máxima de trabalho diário. “Sempre dou o alerta para que as pessoas deem mais atenção às questões trabalhistas tendo uma boa assessoria jurídica, suporte na área de recursos humanos”, explicou. Na visão do jurista, o principal marco da
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Lei é que a partir da sua vigência a joranada de trabalho dos motoristas passou a eser objeto de obrigatório controle por parte edos empregadores, o que determina maior oparticipação das partes nesta tarefa. Além adisso, o controle do tempo de direção tamabém se tornou um aspecto fundamental no exercício da profissão. à oSilvestrin ainda ressaltou aos empresários aque não se pode tratar a legislação trabalshista de uma maneira tão simplória, porque isso pode fechar as portas de uma empresa. Ou seja, é preciso se informar sobre os pontos da Lei e participar dos debates sobre ela. “Outro alerta que dou é que vocês devem registrar os fatos ocorridos, porque quando ese vai discutir em juízo, é preciso ter as provas para recuperar. Isso tudo dá segurança jurídica. Por exemplo, na última enchente que tivemos no Sul, muitos caminhoneiros mficaram presos em determinados locais. mIsso tem que ser registrado para mostrar que não houve descumprimento da Lei”, explicou.
Sobre a Lei 12.619, Silvestrin ainda disse que os vetos da presidência, na ocasião da .sanção, tornou a Lei de difícil compreensão para muitas pessoas. “Atualmente o sque vimos é que, uma vez posto o jogo na Lei cada um olha o que mais lhe interessa e não quer negociar. É um dos problemas desse projeto de Lei que tramita atualmente no legislativo, onde existe uma divisão das opiniões e não se chega a um acordo”, explicou.
Mais importante, no entanto, é que a Lei ªveio com a finalidade de dar um basta nos oacidentes, na mortalidade, e na visão de sque os caminhoneiros cometiam acidentes .porque trabalhavam muitas horas seguidas
sob o efeito de drogas, forçados por emmpregadores e para ganharem prêmios como a comissão, atualmente proibida pela Lei. rTal realidade não é contrariada por Silvestrin já que as estatísticas mostram que os acidentes acontecem quando o motorista já está no final da sua jornada.
Na visão do desembargador, no entanto, oos prêmios deveriam existir – e isso não eestá na legislação vigente – para aqueles sque reduzam o consumo de combustível, rconsigam diminuir a poluição ou atuem de
forma defensiva no trânsito. eSilvestrin ainda ressaltou que a atividade de smotorista é uma das que representam maior arisco para os profissionais. Para ele, nos caesos de acidente e danos é preciso, portanto, atribuir uma responsabilidade objetiva aos envolvidos.
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de roubo de veículos na maioria das unidades da federação também aumentaram nos últimos anos, tendo atingido um número de mais de 80 mil unidades roubadas em 2012. “No entanto, também podemos destacar um aumento das prisões, do cumprimento de mandados e da produtividade policial em estados como Amazonas, Espirito Santo, Pernambuco, Paraná, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e no Distrito Federal”, apontou.
Especialistas debatem a Lei 12.619 | Foto: Larissa J. Riberti
“Para mim, a responsabilidade social da Lei é proteger não só os profissionais, mas também toda a sociedade brasileira. Somente com o decorrer do tempo, e mediante analise de dados estatísticos é que poderemos saber se a Lei deu resultados objetivos”, concluiu. O desembargador ainda apresentou outras questões relativas à Lei, como os momentos de parada, o repouso semanal e as escalas de trabalho. É preciso que essas determinações sejam aplicadas as diferentes atividades dentro do setor, visto que nem todos os caminhoneiros rodam os mesmos trechos, carregam as mesmas cargas, nem viajam por períodos iguais. “A mesma coisa deve acontecer com a prestação de contas da hora extra que deve estar de acordo com o determinado pela Lei e não pode extrapolar o máximo permitido”, explicou. No final, Silvestrin alertou aos presentes que fiquem atentos em relação aos pontos da Lei. “Para aqueles empresários que ainda acham que a Lei não vai ser aplicada, eu recomendo que se informem porque a cada ano que passa, se houver descumprimento da Lei, haverá acumulo de prejuízos”, finalizou. Gelson de Azevedo, ex-Ministro do Tribunal Superior do Trabalho, também esteve presente e expressou suas impressões sobre a Lei. De acordo com o jurista a Lei do Motorista ainda carece de ajustes não só nos temas tratados, mas também em sua redação que possui imperfeições que podem gerar ambiguidades na hora de resolver possíveis conflitos.
Roubo de cargas: existe solução? Se existe uma coisa que tira o sossego dos donos de transportadores e de caminhonei-
ros são os roubos de cargas que frequentemente acontecem em diversos pontos do Brasil. Apesar das novas tecnologias como rastreadores, capazes de apontar a localização exata do veículo roubado, as cargas muitas vezes não conseguem ser interceptadas com a mesma eficácia. Tal realidade contribui para o aumento dos custos e da criminalidade. Esta foi a pauta do “Seminário de combate ao roubo de cargas na Região Centro-Sul”, que aconteceu no terceiro e último dia (17 de junho) da 16a Transposul, em Porto Alegre. Para conduzir os debates estiveram presentes Edval Novaes, Delegado de Polícia Federal e Subsecretário de Tecnologia da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro e Guilherme Yates Wondracek, Delegado Chefe da Polícia Civil Gaúcha, que atuou também como Diretor do DEIC e como Delegado titular da Delegacia de Roubo de Cargas no Rio Grande do Sul. Em sua explanação, o delegado Edval Novaes citou que o problema de roubos no Brasil não diz respeito somente às cargas, mas muitos outros itens, o que aflige os brasileiros diariamente. De acordo com os dados da NTC & Logística citados pelo debatedor, o roubo de cargas evoluiu no Brasil desde 2011 e eles estão concentrados na região sudeste, que possui 80% dos casos. Só em 2013 foram 15.200 ocorrências de roubos de carga em todo o país.
Quem também apresentou dados sobre essa questão foi Jerry Adriane Dias Rodrigues Superintendente Regional da Polícia Rodoviária Federal. A nível nacional, o responsável alegou que existem ações integradas entre a Polícia Civil e o DEIC, bem como outras instituições públicas para inibir os crimes que acontecem nas rodovias. De acordo com Dias, também são realizadas ações de rotina e ações educativas por meio de comandos. “Temos, por exemplo, o Cinema Rodoviário, no qual são exibidos vídeos. É uma oportunidade dos motoristas compartilharem suas dificuldades e interesses com a Polícia. Isso facilita nossa interação com o usuário da rodovia e faz crescer a confiança deles na atuação da polícia.”, explicou.
A PRF ainda está envolvida nas ações do Governo, como as do Ministério da Justiça e participações om organismos privados, para a troca de informações. “Nós temos também algumas ações específicas que tentam inibir o combate ao roubo organizado de cargas, que são planejadas e executadas por áreas de inteligência específicas”, explicou.
De acordo com o policial, existem alguns desafios a serem enfrentados para o combate a esses crimes. O primeiro deles é envolver a sociedade e ganhar a confiança da mesma. Também é preciso registrar efetivamente as ocorrências. “Temos estatísticas que mostram que muitas vezes os boletins de ocorrência não são feitos. Isso dificulta o nosso trabalho porque não temos os registros para analisar”, afirmou.
“No entanto, existe um número positivo de apreensões que são realizadas pelo amplo e constante trabalho realizado pela PRF. Em 2013 tivemos mais de 30 mil apreensões que se relacionam com os mais variados tipos de roubos.”, explicou o delegado.
É preciso também capacitar os envolvidos nas ações, bem como aqueles que fazem parte de entidades que trabalham em conjunto com a PRF. Os sistemas de informação também integram os desafios, já que atualmente os dados coletados pelos diferentes organismos não ficam unificados em um mesmo banco de dados, dificultando as ações da polícia e o rastreamento de roubos.
Segundo Edval, os registros de ocorrência
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O HOMEM FEITO DE ESTRADA João beirava os sessenta anos. Desde muito cedo na boleia, aprendeu a fazer das estradas o seu trabalho e do caminhão a sua casa. Aprendeu que nas rodovias nem sempre o caminho mais curto é o mais fácil e que atalhos podem esconder grandes riscos. De riso frouxo e fácil, João enrolava sossegadamente seu cigarro de palha em um posto na beira do seu caminho. Dormia sereno em sua boleia, único lugar onde se sentia realmente confortável. Mas não dispensava a hospitalidade dos amigos que fez ao longo de quase quarenta anos de profissão. Assim, João acumulava tantos “Tchaus. Vai com Deus” quantos “Seja bem vindo”. Casado, João tinha seis filhos. Dois deles seguiram sua profissão, mas só ele amava imensamente estar na estrada. Fazia das toneladas da carga o dinheiro para o sustento da família. A cada despedida, uma saudade. A cada retorno, um montão de abraços saiam daqueles braços firmes e das mãos calejadas, preparadas para afagar mais uma vez os cabelos negros da esposa que diariamente aprendera a conviver com a solidão e com a espera do retorno do marido. Ao vê-la depois de tantos dias longe de casa, o caminhoneiro lembrava-se imediatamente da música “Nervos de aço”, composta por Lupicínio Rodrigues. Aquele João, no entanto, de olhos claros marejados, sobrancelhas escuras e grossas e bigode aparado, possuía sangue nas veias e um coração continental. E quando via sua mulher mais uma vez, a loucura do amor o fazia entregar-se cansado naquele colo que, constantemente, lhe dava boas vindas mais uma vez.
João conhecia quase que o Brasil inteiro. Seu lugar preferido, no entanto, era o Maranhão. Lá, ele fez amizades, algum amor secreto, talvez. De lá ele trouxe recordações e mais um pedaço para formar seu coração. Em terras maranhenses ele conheceu a farra do boi e pode compreender melhor do que em qualquer aula de história, o encontro das nossas três raças.
é possível celebrar a vida onde quer que se esteja.
pedaram, lhe emprestaram dinheiro e lhe deram de comer.
Sua habilitação profissional era E. Para um caminhoneiro, a habilitação é como uma certidão de nascimento. Mas um caminhoneiro não é feito só de uma licença burocrática para cumprir seu trabalho. É preciso paixão pelo que se faz e serenidade para enfrentar todas as dificuldades que o dia a dia nas estradas impõe. Os caminhoneiros são uma mistura de motorista, mecânicos, engenheiros, administradore e professores de geografia. Desde o carregamento, passando pela escolha da rota, a administração do tempo, o conhecimento do local e, finalmente, a entrega, tudo é gerido apenas pelo caminhoneiro que, com sorte, pode encontrar alguém que o ajude.
Quando refletia sobre o que conseguira estando atrás de um volante, João desistia de desistir. Seguia em frente porque o que o motivava era a família em casa esperando pelo seu retorno, os amigos que visitava a cada viagem e o sorriso certo que saia da sua boca a cada nova empreitada.
Com tantas idas e vindas, o cansaço não dava trégua. Aquela angústia de ter de sair na estrada mais uma vez apareceu por muitas vezes. Junto com ela, a incerteza do retorno e a certeza de muitos dias longe de casa, da mulher e dos filhos. Longe também dos curiós, esses animaizinhos tão Ao nascer um caminhoneiro, nasce tampequenos, capazes de encantar qualquer bém uma boleia, espaço no qual um que os escute. Sim! João a maioria das memórias era apaixonado por eles! desse sujeito estarão “Uma vez quiseram me gravadas. É nela que dar uma camionete em um motorista de troca de um curió”, " Eu conheço quase que o caminhão passa dizia indignado. Brasil inteiro. Com meu trabalho grande parte de eu já formei um filho na faculdade sua vida. Às veMas João fez muizes carrega sua e os outros estão estudando " tos amigos por família, seus peressas andanças. tences, os poucos A cada carga e a - Manoel Barbosa Gomes, bens materiais que cada descarga, o possui além do cacaminhoneiro há 35 anos senhor de bigode com minhão. voz bonita e cigarro de palha na mão, conquistava cada canto por onde passava. Ia levando causos, desafios e aventuras. Certa vez, foi surpreendido com uma festa de aniversário na beira da estrada. Sanfoneiro de primeiro João logo transformou tudo em uma grande celebração entre amigos. Viraram a noite comemorando seu aniversário! A vida de caminhoneiro é assim! Nem sempre dá para planejar estar em casa nessas datas comemorativas como Natal, Ano Novo, aniversários, mas sempre
E João muitas vezes pensava em parar, por conta das dificuldades que enfrentava. Certa vez, não teve seu pagamento realizado, pois o recebedor alegou que o peso da carga era inferior a que havia solicitado. Depois de muita discussão, João foi ameaçado pelos seguranças da empresa e teve que se retirar. Felizmente, o bom coração dele havia conquistado muita simpatia por esse Brasil afora e naquele momento ruim ele pode contar com a ajuda de amigos que o hos-
João sempre dizia: “Eu sou feito destas estradas”, pois seu coração era uma colcha de retalhos nunca finalizada. Os pedaços que faltavam eram aqueles coletados em cada novo lugar, a cada nova viagem. A cada nova partida, um novo pedaço de chão constituía a malha humano da qual João era feito. João se foi, mas sua história permanece marcada no asfalto das estradas que cortam esse Brasil.
Esta, meu caro leitor e minha cara leitora, é a história de João, que cresceu e morreu trabalhando numa boleia. João era de verdade, pois esse ensaio foi inspirado nele. No entanto, poderíamos retratar a história do José, do Marcos, do Geraldo e da Antônia. Ela poderia ser a sua história, caminhoneiro e caminhoneira que roda por esse país afora levando sonhos, saudade, esperança e fé. Essa poderia ser a história de pessoas que já morreram e também de pessoas que ainda nem nasceram, de jovens, adultos ou idosos. Essa poderia ser a história de um país inteiro. João, assim como milhões de brasileiros, tinha a estrada como amiga e confidente. Nas horas difíceis da vida real, colocava a mão no terço pendurado no retrovisor ou então tirava do bolso a imagem de São Cristóvão. Nos momentos de perigo, pedia ajuda aos amigos, e, se estivesse sozinho, apelava para Deus. Existem incontáveis Joãos – e também Marias – que cortam as estradas e rodovias
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deste país todos os dias. São eles que ajudam a construir a nossa história. São eles que carregam as nossas necessidades. Eles agem em prol de uma nação inteira, conseguindo chegar até lugares nunca antes vistos e conhecidos. Obstinados, eles misturam o Norte ao Sul e o Leste ao Oeste.
são. Ainda que a passos lentos, a nova legislação vem modificando o dia a dia dos caminhoneiros e já surte alguns efeitos positivos, como a redução dos acidentes e o controle da jornada de trabalho.
Recentemente, algumas vozes contrárias a esse avanço conseguiram pressionar a Câmara e o Senado a aprovarem um Projeto de Lei que pretende flexibilizar a Lei, sob o argumento de que não há condições de cumprir as determinações de parada e de jornada de trabalho por falta de “infraestrutura”.
Caminhoneiros e caminhoneiras da vida real Desde que nasceu o projeto Chico da Boleia temos convivido com inúmeros caminhoneiros. Eles passam por nós o tempo todo, muitas vezes anônimos. Essa é a hora de dar voz àqueles que contribuem para a escrita da história deste país. Nenhuma data seria mais pertinente, portanto, do que o mês de julho, no qual motoristas de todo o Brasil são celebrados e homenageados. Essa é mais uma singela forma de lembrar àqueles que todos os dias alimentam, vestem, informam e medicam. Conhecemos Cristiano Teixeira na Feira do Carreteiro, em Aparecida do Norte. Coincidentemente, o jovem é de São Luís do Maranhão e está na profissão há três anos. Segundo conta, Cristiano viu na profissão a oportunidade de crescer na vida, já que na sua região tem uma grande oferta de fretes para todos os lugares do Brasil. “Gosto muito do que faço e não me vejo fora de uma boleia”, diz ele que é o primeiro da família a seguir essa carreira. Já Pedro Santiago Medeiros, nasceu em Sarapuí, uma pequena cidade localizada nas proximidades de Sorocaba, interior de São Paulo. Há oito anos nas estradas, Pedro sempre gostou de caminhão, desde pequeno. “Meu pai era caminhoneiro e eu cresci na boleia. Estar dentro de um caminhão é como estar em casa”, expressou com felicidade. Não é difícil encontrar pessoas como Pedro e Cristiano pelas estradas afora. Ainda que muitos caminhoneiros sigam a profissão de seus pais, avós ou parentes próximos, existem aqueles que ainda se interessam pelas estradas mesmo não tendo recebido nenhum legado. É como se elas lhes oferecesse ao mesmo uma profissão e uma oportunidade de descobrir os cantos mais escondidos do país. É por isso que, para nós, os caminhoneiros são como professores de geografia, pois conhecem cada relevo, cada atalho, cada caminho e absorvem um pouco de cada cultura. Cláudio Aparecido de Oliveira, de Santa Barbara do Tugurio, cruzou o nosso caminho no mesmo final de semana da Feira do Carreteiro. Entusiasmado com o evento, o
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caminhoneiro possui 20 anos de volante e a experiência só vai aumentando. “Eu gosto do que eu faço e não vejo fazendo outra coisa. Comecei novo junto com meu pai e nunca mais larguei o volante”, explicou. A história de Manoel Barbosa Gomes é muito parecida com a de Cláudio. Com 35 anos de profissão, o caminhoneiro comanda um Volvo 270. Através do caminhão, ele conseguiu construir sua vida, constituir uma família e formar os filhos. “Meu pai era caminhoneiro, mas dirigia caminhões só pelo Rio. Já eu conheço quase que o Brasil inteiro. Com meu trabalho eu já formei um filho na faculdade e os outros estão estudando”, disse orgulhoso.
todos os dias. Os dados não são exatos, mas de acordo com entidades sindicais, estima-se que atualmente existam mais de quatro milhões de caminhoneiros em todo o país, o que representa uma categoria trabalhista imensa. Só recentemente, em 2012 para sermos mais exato, é que os caminhoneiros ganharam um respaldo trabalhista de fato com a aprovação e sanção da Lei 12.619. Ela fala sobre pontos antes já tratados pela CLT e pelo Código de Trânsito Brasileiro, como a jornada de trabalho e a necessidade de momentos de parada. No entanto, até então, essas regras não eram respeitados pelos empregadores e por muitos autônomos. Tal realidade criou um estigma em torno da profissão, já que muitos caminhoneiros trabalham por horas a fio sem paradas e, muitas vezes, sob o efeito de drogas.
Ao lado de Manoel, estava Armando Vicente Moreira, também do estado do Rio de Janeiro e natural da cidade de São Vicente. Com 35 anos de profissão, o senhor de fala " Sempre quis me tornar mansa dirige um Ford 12000. “Comecei a motorista de caminhão e com ganhar minha vida alguém do lado é mais fácil" como caminhoneiro, formei dois filhos e estou aqui até hoje. - Francine Pereira Rebelo, Não pretendo parar tão 25 anos cedo”, explicou. Assim como eles, Jaime Pinheiro possui muitos anos dentro de uma boleia. O motorista de um Ford Cargo pipa d’água está na profissão há 15 anos e já passou por incontáveis experiências. De acordo com o morador de Campo Grande, Rio de Janeiro, tudo o que ele conseguiu na vida foi através do caminhão. No entanto, Jaime não gostaria que o filho seguisse sua profissão. “É muito desvalorizada”, diz o motorista que vive a realidade de muitos brasileiros que pegam as estradas
O que também contribuiu para essa depreciação da categoria foram os baixos fretes pagos pelas viagens e também o pagamento por comissão – atualmente proibido pela Lei – que permitia a entrega de “prêmios” aos motoristas que conseguissem cumprir com maior rapidez a entrega das mercadorias. De acordo com pesquisas realizadas, alguns caminhoneiros chegavam a dirigir por mais de 20 horas sem interrupção. Isso tudo levou a profissão de motorista a ser uma das mais perigosas do país, com altos índices de acidente envolvendo também terceiros. Após a Lei 12619 ser aprovada, porém, novos horizontes se abriram para a profis-
Sabemos, no entanto, que esses argumentos não são se comprovam e que a flexibilização da Lei só interessa ao agronegócio e ao empresariado. Por enquanto, nenhuma alteração foi, de fato, concluída. E da nossa parte esperamos que não seja, já que os maiores interessados nessa questão são os trabalhadores das estradas, que merecem mais dignidade, respeito e segurança no trabalho.
E a nossa esperança de um futuro mais próspero para a profissão se confirmou em uma casual conversa entre a nossa coordenadora e Francine Pereira Rebelo. A cientista social de apenas 25 anos já colaborou com o nosso jornal quando na Edição de março deste ano gentilmente nos concedeu uma entrevista sobre sua monografia intitulada “AS BATONETES: Uma etnografia de mulheres caminhoneiras no Brasil”.
Para realiza-la, Francine precisou se aproximar de caminhoneiras e fez junto de algumas viagens para destinos como Santa Catarina. A pesquisa de campo também rendeu a produção do artigo “Exclusão e formas de resistência: uma etnografia de mulheres caminhoneiras”, com o qual ganhou o Prêmio Claude Lévi-Strauss – Modalidade B, da Associação Brasileira de Antropologia. Nele, a autora conta as dificuldades de uma mulher seguir na profissão e os desafios do dia a dia.
No bate-papo com nossa coordenadora, Francine contou que tem planos de virar motorista no próximo ano. Seu contato com esse mundo foi tão intenso que a pesquisadora está prestes a entrar de cabeça nele. Como primeiro passo, ela pretende tirar a licença para conduzir caminhão em breve. Francine conta ainda com o apoio de Antônio Guerra, seu companheiro. Cientista politico, o jovem também possui mestrado e embarcou na ideia de cair na estrada no próximo ano. “Eu sempre quis ser motorista de caminhão, mas com alguém fica mais fácil”, conta Francine. E pra quem acha que o casal entrou nessa
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só por diversão, pode ir mudando o pensamento. Francine pesquisa essa realidade e possui as estradas no sangue. Em março, durante a entrevista que a pesquisadora nos concedeu, ela afirmou: “Meu avô foi motorista de caminhão durante toda sua vida, meu pai e meus tios também foram motoristas de caminhão, de ônibus, de kombi,
sempre no ramo dos transportes. Hoje em dia, meu pai tem uma transportadora e a família inteira continua envolvida nesse setor”. São essas memórias de quem viveu e vive, e os planos daqueles que ainda viverão nas estradas, que nos motivaram a escrever
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CHICO DA BOLEIA esse texto. Além disso, temos imensa admiração por aqueles e aquelas que todos os dias levantam cedo para cortar estradas de todos os cantos do país. Através de João, registramos no diário da vida a realidade de milhares de brasileiros dos quais nos orgulhamos. Assim, esperamos tocar e homenagear os caminhoneiros e caminhoneiras de
todo esse país. A todos vocês que transportam riquezas, sonhos, alegrias, tristezas e saudade, nosso muito obrigado do tamanho do Brasil inteiro.
Redação Chico da Boleia
PARABÉNS A TODOS OS MOTORISTAS! Uma homenagem da equipe Chico da Boleia a todos os motoristas
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Stand Sascar / 16ª Transposul| Foto: Larissa J. Riberti
Stand Scania / 16ª Transposul | Foto: Larissa J. Riberti
Stand Iveco / 16ªTransposul | Foto: Larissa J. Riberti
Stand Volvo / 16ª Transposul| Foto: Larissa J. Riberti
Stand Man Latin America / 16ª Transposul | Foto: Larissa J. Riberti
Stand Setcergs / 16ª Transposul | Foto: Larissa J. Riberti
Stand Iveco/ 16ª Transposul | Foto: Larissa J. Riberti
Coordenador Leandro Bortoncello falando ao público. | Foto: Larissa Riberti
Stand Scania / 16ª Transposul | Foto: Larissa J. Riberti
Régis Boessio na 16ª Transposul | Foto: Larissa J. Riberti
Stand Mercedes - Benz/ 16ª Transposul | Foto: Larissa J. Riberti
Stand Sascar/ 16ª Transposul | Foto: Larissa J. Riberti
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F-Truck. Leandro Totti vence mais uma e já é campeão sul-americano RM Competições e ABF Santos Team dominaram o pódio da etapa de Cascavel junto com eles. Isso deu um salto de qualidade para a equipe. Hoje durante a corrida, o arrefecimento dianteiro eu não liguei o suficiente para que resfriasse o motor e isso me causou problemas. Mas eu acho que foi um pega muito bacana, é sempre bom disputar com um piloto como o Totti”, frisou. André Marques, companheiro de equipe de Totti, também frisou o trabalho de engenharia da equipe e a liderança de Renato Martins. “Nossos caminhões estão ótimos e eu estava com saudade de um pódio. Tive várias oportunidades este ano, mas queimei radar duas vezes estando em posição de pódio. Estou muito feliz em estar de volta e esperamos fazer isso mais vezes”, afirmou.
Foto: Larissa Jacheta Riberti
A quinta etapa do Campeonato Brasileiro de Fórmula Truck deste domingo (20) marcou a realização de metade de toda a temporada, iniciada em março deste ano. Após 45 dias sem corrida, por causa da realização da Copa do Mundo, a categoria retomou suas atividades no Autódromo Internacional Ziumar Beux de Cascavel, Paraná. O público, sempre animado e participativo, compareceu em peso nas arquibancadas e também no acampamento do local. Líder absoluto, alguns já apostavam que Leandro Totti conquistaria sua quinta vitória consecutiva este ano. E as expectativas se confirmaram. O piloto da RM Competições largou em segundo, mas logo assumiu a liderança e confirmou sua fama de “Marvado”. Ao lado dele, estiveram os companheiros de equipe André Marques, o terceiro melhor, e Felipe Giaffone, o quinto
Foto: Larissa Jacheta Riberti
colocado. Assim, a RM Competições vai confirmando o favoritismo e o bom trabalho que vem desempenhando ao longo do ano. Durante a coletiva de imprensa, realizada após a prova, Totti agradeceu o trabalho dos mecânicos e de toda a equipe. “Saimos para o Warm-up hoje de manhã e o caminhão não correspondeu, mas todos trabalharam muito para colocar as coisas em ordem. A corrida aqui em Cascavel é muito difícil e o Cirino largou muito bem, mas por causa de um erro dele numa curva eu consegui assumir a liderança. Ainda assim eu percebi que ele a todo tempo tentava me ultrapassar. Acredito que daqui pra frente o campeonato será ainda mais disputado”, afirmou. Wellington Cirino, da ABF Santos Team, teve um bom rendimento neste final de semana, conquistando a pole position no sábado, durante a realização do Top Qualifying. “Estou muito contente com o desenvolvimento dos dois caminhões da nossa equie. Nós passamos dois anos difíceis e depois da etapa de São Paulo, quando o Presidente da Mercedes-Benz - Philipp Schiemer – visitou nosso box, nos aproximamos mais da fábrica e conseguimos desenvolver equipamentos
Na quarta colocação esteve Geraldo Piquet, também piloto da ABF Santos Team. O piloto brasiliense tem feito um campeonato bastante conciso. Ele largou em quinto, melhorou e conseguiu manter-se na quarta posição durante toda a corrida, o que mostra uma estabilidade em pista bastante importante. “Cometi um erro na classificação e larguei em quinto. E isso implica calma para conseguir manter o caminhão sem bater, principalmente na largada. O que eu tentei foi segurar a posição, somando a isso o fato de que o caminhão está muito bom este ano”, declarou. O pódio foi completado por Felipe Giaffone, também da RM Competições. O piloto frisou que o traçado de Cascavel, o mais rápido do Brasil, dificulta as ultrapassagens. “A verdade é que meu caminhão depois que esquentou não teve o mesmo rendimento. Mas o Geraldo não errou e se protegeu bem. Eu tentei ultrapassá-lo no final e não deu. Fiquei um pouco decepcionado porque eu sei que meu caminhão é melhor que isso, mas foi uma corrida muito bonita”. Além dos 152 pontos conquistados no Campeonato Brasileiro até agora, Leandro Totti já é Campeão Sul-Americano, temporada que será concluída em setembro, na etapa Argentina. Na tabela nacional, Felipe Giaffone segue em segundo com 89 pontos, seguido de Wellington Cirino, com 79. No entanto, na visão do piloto, ainda é cedo para falar em favoritismo. “Temos cinco corridas pela frente, tudo pode acontecer no Campeonato Brasileiro”, ponderou. Para esta etapa a novidade foi a estreia do catarinense Gustavo Magnabosco, de 22
anos, que substituindo Fabiano Brito na ABF Motorsport. Ele será o companheiro de equipe da paulista Michelle de Jesus, que também cumpre seu primeiro ano na categoria. Brito passou a comandar sua própria equipe, a Falsi Falsi.
Representante da cidade de Catanduvas, Magnabosco passa a ser o mais jovem piloto da Fórmula Truck. Na corrida este domingo, ele sentiu as dificuldades de comandar um truck e não conseguiu completar a prova. No entanto, espera-se que, com o tempo, o jovem piloto possa adquirir experiência e ter bons resultados.
A próxima etapa da Fórmula Truck está marcada para o dia 17 de agosto e será realizada no Autódromo de Santa Cruz, no Rio Grande do Sul. Redação Chico da Boleia
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Festa do Carreteiro comemora 35 anos de vida e promove eleição da Carreteira do evento Considerada
mos como a Carreteira da festa”, concluiu João Geraldo.
uma das mais tradicionais e esperadas festas do caminhoneiro, a Feira do Carreteiro chega à sua 35a edição neste ano. Realizada entre os dias 17 e 19 de Julho, a Feira reuniu milhares de amantes das estradas e profissionais do volante no pátio da Basílica de Nossa Senhora Aparecida. Chico da Boleia também esteve presente para conferir todas as novidades. Durante a visitação, Chico da Boleia teve a oportunidade de realizar uma entrevista exclusiva com João Geraldo, responsável pela Revista O Carreteiro. De acordo com ele, a Feira é sempre organizada para atrair pessoas de todo o Brasil. “Pensamos neste espaço para que eles possam vir com a família, fazer truck test, se atualizar e aprender mais sobre segurança e saúde nas estradas”, afirmou. No entanto, João Geraldo também disse que por causa do atual contexto de Copa do Mundo e queda no mercado nacional de caminhões, a Feira deu uma leve encolhida em relação ao ano passado. “Tivemos menos expositores esse ano porque muitas marcas já haviam comprometido seu orçamento anual com eventos relacionados à Copa. Alguns dos parceiros que geralmente compareciam ano a ano, não puderam vir. Mas mesmo assim nossa Feira está muito bonita e sabemos que o mercado é assim mesmo”, explicou. Dentre as principais atividades que divertem os presentes todos os anos estão o Truck Test e o Truck Service. O teste para conhecer os caminhões é feito em percurso de quatro quilômetros, dentro dos limites da Basílica, e contém todas as variáveis encontradas em subidas e descidas. A atividade é realizada nos dois primeiros dias do evento e, este ano, ampliou em duas horas o período dos testes, das 8h as 19h. De acordo com os números, no segundo dia de realização do evento foram mais de 300 Truck Tests realizados. Os carreteiros que tiveram a oportunidade de realizar os testes se surpreenderam com o conforto, segurança e eficácia dos modelos disponibilizados. É o caso de William Benites, 27 anos, cinco de profissão, de Cuiabá/MT, que trabalha como empregado e ficou satisfeito com as tecnologias encontradas no Mercedes-Benz 2646 automático que dirigiu. Ele definiu o veículo como “valente”, principalmente na subida e afirmou que o motor de 460 cv é bastante potente e confiável nas diversas situações encontradas no percurso. O conforto e a
A Sala do Motorista ainda foi preparada para toda a família dos caminhoneiros. Nela, todos tiveram, gratuitamente, café da manhã, vestiários masculino e feminino, chuveiros quentes, sanitários, lavatórios e área de descanso com TV, vídeo e cadeiras espreguiçadeiras. Além disso, o Salão da Criança ofereceu atividades para os pequenos.
Festa do Carreteiro | Foto: Chico da Boleia
posição dosbancos também foram itens destacados por ele como positivos no veículo. “Realmente é um caminhão excelente e com recursos que facilitam a direção e a vida do motorista”, afirmou. Em sua primeira participação na feira, Valdei Gomes Pereira, 42 anos, 10 de profissão, de Itaborai/RJ, aproveitou para dirigir os caminhões e conhecer as novas tecnologias. Um dos veículos testados por Valdei foi o Ford 2842. “Excelente. Muito bom o torque, o espaço interno da cabine, além de ser muito fácil de dirigir. Confesso que fiquei com vontade de ter um”, brincou. Valdei fez questão de dizer que sempre que tem oportunidade participa deste tipo de evento, pois acredita que hoje em dia é muito importante se manter atualizado. Maciel dos Santos Alves, 29 anos e cinco de profissão, de Roseira/SP, participa pela segunda vez da Feira do Carreteiro. Ele testou o Scania R620 e não poupou elogios ao desempenho do veículo. “Tudo funciona bem neste caminhão, é incrível. Nos trechos de subida o motor teve ótimo desempenho. O freio motor é sensacional e proporciona uma sensação de segurança”, destacou. Maciel ressaltou que o fato do caminhão ser equipado com caixa automatizada o motorista faz menos esforço o que resulta em maior conforto nas viagens. “Descansar? Com esse tipo de veículo não precisa nem dormir”, brincou. Dentre as atividades incluídas este ano, está o Salão da Mulher, um espaço exclusivo para todas as mulheres que ano a ano participam do evento, seja acompanhando os maridos e familiares caminhoneiros e carreteiros e também para as motoristas, já que esta realidade é crescente nas estradas
do Brasil todo. Neste ano também foi eleita a Carreteira da Feira. “Tem uma senhora muito bacana, do Pará que dirige uma carreta e transporta eletroeletrônicos, motocicletas, fazendo a rota de Manaus. É uma pessoa que conhece o setor e está toda feliz porque a escolhe-
Além das tradicionais atividades, os participantes puderam curtir shows musicais e conhecer as novidades do segmento através dos estandes das marcas participantes. As bandas Tchê Garotos e Trio Parada Dura fizeram shows e todas as apresentações foram gratuitas para os carreteiros e seus familiares credenciados na Feira. Ao todo, compareceram ao evento em torno de 50 mil pessoas. Fonte: www.feiradocarreteiro.com.br Redação Chico da Boleia
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ONDE ESTÁ O CHICO DA BOLEIA?
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Irmãos Davoli entrega lote de caminhões Mercedes-Benz para a LZN Logística qualquer estrada do Brasil. Os caminhões foram entregues por outra grande empresa, a Irmãos Davoli, que também possui uma empresa recém-instalada na cidade de Jaú. Uma das mais antigas concessionárias Mercedes-Benz do Brasil, a Irmãos Davoli possui uma parceria antiga, sólida e de muitos bons frutos com a LZN Logística.
Foto: Divulgação / Irmãos Davoli
Há mais de dez anos no mercado, a LZN
Logística oferece soluções em transporte com qualidade, transparência e respeito pelo cliente. Referência entre as empresas do oeste paulista, na LZN você encontra serviços como o dedicado, o Frete Expresso e a lotação. São mais de 150 veículos novos, totalmente equipados e operados por motoristas treinados, que transportam com eficiência e segurança, garantindo a entrega do produto. Recentemente foi inaugurada mais uma filial da empresa, em Bauru, e toda a equipe do Chico da Boleia esteve lá para conferir. E como crescimento é uma das palavras de ordem da empresa, no último dia 17 de julho foi entregue mais um lote de caminhões
Mercedes-Benz que ampliarão ainda mais a frota da LZN Logística. Os modelos Axor 2544 foram adquiridos por se aplicarem bem ao transporte rodoviário de cargas em médias e longas distâncias com baixo custo operacional, conforto e resistência. Os caminhões, que possuem as linhas Estradeiro e Multiuso, têm capacidade máxima de tração que pode variar de 50 a 80 toneladas dependendo da sua configuração. Além disso, o modelo vem equipado com trem-de-força Mercedes-Benz e o que diferencia as versões Estradeiro e Multiuso é a configuração do trem-de-força. O motor BlueTec 5 de 6 cilindros e 439 cv de potência é o mesmo para ambas versões e assegura ótimo desempenho para rodar em
Para os responsáveis pela empresa, a aquisição desses novos caminhões veio na hora certa para melhor atender aos clientes. Para eles, a renovação da frota é um dos preceitos fundamentais da empresa, já que é preciso atuar com eficiência e estar próximo das novas tecnologias que facilitam e melhoram os níveis de custo benefício do segmento. Com essa tríade formada por LZN Logística, Irmãos Davoli e caminhões da marca Mercedes-Benz, os clientes só tem a ganhar.
Conheça a LZN Logística e o Grupo Luizinho Fundada em 1978, por Luiz Carlos Altimari, na cidade de Dois Córregos, a Comercial Luizinho construiu uma longa história junto aos seus clientes e fornecedores. Sua principal especialidade sempre foi comercializar cal e cimento na região central do estado de São Paulo.
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Com o crescimento dos negócios, no entanto, a empresa passou a incorporar veículos de grande porte em sua frota. Em 1990, inaugurou novas instalações no Distrito industrial da cidade, em prédio próprio e com 8.000 m² de área. A empresa cresceu e, em decorrência da ociosidade dos veículos da Comercial Luizinho, foi criada em 2003, a Luizinho Transportes e Logística, hoje chamada de LZN Logística. O foco da empresa é transportar insumos e, com filiais em diversas cidades, inclusive na capital do estado de São Paulo, consegue atender a todas as regiões do país.
A Comercial Luizinho e a LZN Logística passaram a fazer parte do Grupo Luizinho. Com uma frota renovada, a LZN Logística possui caminhões que rodam em média 8000 quilômetros por mês. Além disso, entre os seus principais parceiros figuram empresas como Duratex, Unilever e Ambev.
A Comercial Luizinho possui unidades nas cidades paulistas de Dois Córregos, Botucatu, Itapeva, Tatuí e, agora, Bauru. Já a LZN Logística atua nas cidades de Dois Córregos, Itapevi, Indaiatuba, Tatuí, Botucatu, Agudos, Itapetininga e Uberaba em Minas Gerais. Quer saber mais sobre a Comercial Luizinho e a LZN Logística?
Acesse: http://www.luizinho.com/ ou então visite uma de suas unidades.
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DEBATENDO A LEI DO MOTORISTA ela sempre precisou de ajustes e isso nós defendemos desde o começo para que essa Lei pudesse efetivamente ser cumprida. Quando se começou a discutir a necessidade de existir uma legislação especifica para o caminhoneiro, foi em virtude daquelas ações que começaram no estado do Mato Grosso, com o pessoal que transporta grãos. Nós sempre colocamos que o transporte rodoviário de cargas tem uma característica muito diferente da forma como ele vinha sendo tratado, por exemplo, pela fiscalização. Porque não havia na CLT esse capítulo do TRC, nós precisávamos então, criar um capítulo que tratasse do motorista profissional. O Ministério Público do Trabalho tem uma visão através da Constituição, das normas de trabalho e não leva em consideração as realidades do país.
Flávio Benatti fala sobre a atual situação da Lei 12.619 Para Requião, a mudança “legitima o genocídio” nas estradas, faz dos motoristas potenciais suicidas e homicidas e mantém a sociedade refém de um trânsito inseguro. Ele também defende que a questão econômica não pode se sobrepor às vidas das pessoas.
O senador Jayme Campos (DEM-MT) discordou de Requião e ressalFlávio Benatti presidente do Fetcesp | Foto: Pamela Souza tou que um estudo não vale mais que a No mês passado, o Plenário do Senado experiência dos motoristas. Aplaudido por aprovou o projeto que flexibiliza o descan- representantes da categoria, que estavam so obrigatório dos motoristas profissionais. nas galerias, Jayme disse considerar que o O TRC é responsável pelo transporte de O PLC 41/2014 altera a Lei 12.619/2012 maior responsável pelos acidentes não é a quase 100% das riquezas do país. Quando para aumentar o tempo permitido de dire- sonolência, mas as más condições das es- a gente fala do transporte de grande massa, nós representamos quase 100%. E nosso ção contínua, ou seja, sem intervalos de tradas. país é continental! Quer dizer, não existe descanso. Tal ponto é considerado pelos defensores da Lei como um dos mais im- “O motorista tem responsabilidade sufi- oferta de outros modais. Claro que nós preportantes, pois protege a integridade do ciente para saber se ele aguenta dirigir por cisávamos de uma regra que não tratasse motorista e evita que ele trabalhe por mui- cinco horas, seis horas, sete horas. Estabe- o motorista de forma tão desumana como lecer duas horas de relógio após o almoço ele vinha sendo tratado. Nós temos casos tas horas sem nenhum controle. para descansar, nenhum motorista no Bra- retratados pela imprensa do motorista usar Já a jornada máxima de trabalho, que pelo sil quer, salvo os preguiçosos, os suga-san- drogas e dirigir mais de 18 horas por dia. Isso não pode acontecer! O problema é que projeto original da Câmara poderia chegar gue”, defendeu. a Lei criou uma forma de descanso muito a 12 horas, foi mantida em 10 horas, após acordo entre os senadores. De acordo com Ainda que aprovado no Senado, o Projeto inflexível – 11 horas ininterruptas. Por isso, o texto, a jornada diária do motorista pro- de Lei voltou para uma nova apreciação da depois da promulgação da Lei 12.619, veio fissional continua a ser de oito horas, com Câmara dos Deputados e ainda precisa ser a necessidade de algumas correções para possibilidade de duas horas extras, totali- sancionado pela Presidenta da República. que a lei pudesse ser efetivamente cumprizando o máximo de dez horas. O texto da Enquanto isso não acontece, vale lembrar da. Câmara permitia a extensão das horas ex- que a Lei 12.619 continua valenDepois da promulgação tras, se decidido em convenção ou acordo do como entrou em vigor em levamos praticamente coletivo, o que poderia levar a jornada de 2012. mais dois anos de"De acordo com o texto, 12 horas. batendo dentro do a jornada diária do motorista Fora do âmbito legisCongresso, mais profissional continua a ser de oito O tempo de direção contínua, sem inter- lativo, as opiniões de especificamente na horas, com possibilidade de duas horas valos, ficou como no texto enviado pela caminhoneiros e liCâmara dos Depuextras, totalizando o máximo de dez Câmara. A cada seis horas no volante, o deranças também estados. Chegou-se horas. O texto da Câmara permitia a motorista deverá descansar 30 minutos, tão divididas. Chico a um consenso e a extensão das horas extras, se decidido mas esse tempo poderá ser fracionado, as- da Boleia conversou votação aconteceu. em convenção ou acordo coletivo, sim como o de direção, desde que o tempo com Flávio Benatti, O Senado entendeu o que poderia levar a jornada dirigindo seja limitado ao máximo de 5,5 presidente do Fetcesp por bem fazer algumas de 12 horas. " horas contínuas. Atualmente, o tempo má- (Federação das Empresas correções nas alterações de Transporte de Cargas do ximo de direção é de 4 horas contínuas. propostas pela Câmara e Estado de São Paulo), que falou aprovou o Projeto de Lei. E o proA ampliação do tempo tolerado de direção sobre a situação. Confira a entrevista na cedimento é esse mesmo. E agora o PL volcontínua foi duramente criticada pelo se- íntegra. ta para a Câmara porque ele é oriundo desta nador Roberto Requião (PMDB-PR). Secasa legislativa. Então neste momento nós gundo ele, estudos mostram que o risco de Chico da Boleia: Flávio, como você vê estamos aguardando que a Câmara aproacidentes triplica com o aumento do tempo essa tentativa de alteração da Lei? ve ou ainda altere as propostas do Senado ininterrupto de direção de 4 horas para 5,5 horas. O senador também afirmou que a Flávio Benatti: Chico, na realidade, a Lei em relação à Lei. Uma coisa é certa: com sonolência ao volante causa 22 mortes por 12.619 foi resultado de uma série de tra- certeza esse novo texto da Lei 12.619 vem balhos realizados na sua construção, mas corrigir alguns aspectos que na realidade dia no país. ela está longe de ser perfeita. Obviamente traziam um sério problema para a aplica-
O JORNAL DO AMIGO CAMINHONEIRO
CHICO DA BOLEIA bilidade da mesma. E é isso que nós queremos, que a Lei seja cumprida e o motorista seja respeitado. Chico da Boleia: Nós que acompanhamos o dia a dia, sabemos que existe um embate muito grande em torno da Lei que envolve o agronegócio, as empresas e os cltistas. Foi criado o Fórum Nacional em Defesa da Lei 12619, por exemplo. Você acredita que, voltando para a Câmara é possível um consenso ou ainda haverá muita disputa em torno da Lei? Flávio Benatti: Eu acredito num consenso porque, na realidade, a criação do Fórum em Defesa da Lei 12.619 estava um tanto quanto inflexível, pois querem a Lei como ela foi criada em 2012. Como eu disse antes, isso é impossível, porque não se consegue aplicar essa norma. Eu acredito sempre num consenso. Os homens são inteligentes o suficiente para encontrar um ponto de equilíbrio. Até os noventa minutos e mais a prorrogação é sempre possível encontrar ajustes e entendimentos. Chico da Boleia: Falando agora do mercado. Nós começamos 2014 com o mercado aquecido, agora há certa queda nesse quadro e muita gente preocupada com o resto do ano. Você, com sua experiência, como avalia o segundo semestre deste ano para o TRC? Flávio Benatti: Na realidade o transporte vive exatamente um crescimento. O que nós estamos observando, lamentavelmente, é que há da parte do setor produtivo certa preocupação com o próprio andar da carruagem e com a política econômica. Essas incertezas fazer com que o setor empresarial recue em investimentos. E nós estamos terminando uma Copa do Mundo e entraremos numa disputa eleitoral, ao que parece, muito acirrada. Eu acho que esse ano é muito preocupante em matéria de crescimento no segundo semestre. Mas devemos manter os níveis e eles nos apontam um crescimento, se houver, muito baixo. Acho que é um momento de transição, de sermos um pouco mais “conservadores” em matéria de investimento e analisar com muita cautela os negócios que vamos fazer. Redação Chico da Boleia
SAÚDE NO TRECHO
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Saiba como cuidar bem do seu coração Estudos comprovam que cigarro, colesterol e álcool são os principais responsáveis pelas doenças cardíacas Por Instituto Lado a Lado pela Vida
Ter um coração saudável depende muito
mais de bons hábitos até do que a própria condição genética. Isso porque tabagismo, colesterol e alcoolismo são considerados as principais causas de doenças cardiovasculares e causam 17,5 milhões de mortes por ano no mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Os médicos afirmam que os fatores de risco se dividem em dois grupos: principais e contribuintes. Os principais são aqueles cujo efeito de aumentar danos cardiovasculares já foi amplamente comprovado: hipertensão arterial, colesterol elevado, diabetes, obesidade, tabagismo, sedentarismo, idade, predisposição genética e sexo (gênero). E os contribuintes que podem dar lugar a um risco cardiovascular maior, mas cujo papel exato na propensão às doenças cardíacas não foi definido ainda: estresse, hormônios sexuais, contraceptivos orais, café e álcool. Diante disso, os médicos fazem um alerta para alguns hábitos. "O cigarro, o álcool e o sedentarismo estão envolvidos no aumento das chances de ter um infarto. O cigarro é um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares e
também pode atuar de maneira isolada no desenvolvimento de infarto. O álcool e o sedentarismo também aumentam o risco cardiovascular, porém de maneira menos intensa que o cigarro. Estes últimos podem, juntamente com outros fatores de risco importantes, culminar em um infarto", explica o cardiologista Marcelo Ferraz Sampaio, que integra o board da Campanha Siga Seu Coração, promovida pelo Instituto Lado a Lado pela Vida. De acordo com os cardiologistas, no geral, homens têm mais chances que as mulheres de sofrerem um ataque no coração. Porém, a diferença é reduzida quando as mulheres entram na menopausa, porque o estrogênio (hormônio feminino ) ajuda a protegê-las contra doenças coronárias.
ENTENDA COMO OS FATORES DE RISCO MAIS COMUNS NO DIA A DIA AGEM CONTRA A SAÚDE DO CORAÇÃO: Cigarro: Pesquisas mostram que o tabagismo aumenta a frequência cardíaca, contrai as artérias e pode causar graves irregularidades nos batimentos cardíacos, aumentando a carga de trabalho do coração. Fumar também aumenta a pressão sanguínea, o que eleva o risco de acidente vascular cerebral em pessoas com hipertensão. Em linhas gerais, o cigarro agride as paredes vasculares, aumentando as chances de aterosclerose (doença que leva a formação de placas na parede das artérias), entre outros problemas graves. Colesterol: O colesterol elevado no sangue é um dos principais fatores de risco cardiovascular. Ao reduzir o nível de colesterol no sangue, reduz-se consideravelmente o risco de doenças no coração. O LDL se denomina mau colesterol porque acredita-se que níveis elevados desta substância contribuem para doença cardiovascular. O excesso de LDL no sangue dá lugar a uma acumulação de gordura capaz de formar placas nas paredes das artérias, iniciando-se, assim, o processo de arteriosclerose. Já as partículas de HDL transportam o colesterol das células novamente ao fígado, onde pode ser eliminado pelo organismo. Este colesterol é
conhecido como bom, porque acredita-se que níveis elevados desta substância reduzem o risco cardiovascular. Álcool: Beber muito álcool pode aumentar os níveis de algumas gorduras no sangue (triglicérides). O hábito também pode causar hipertensão arterial, insuficiência cardíaca e um aumento da ingestão de calorias, o que pode levar à obesidade e aumento do risco de diabetes. O consumo excessivo de álcool também pode ser um gatilho para acidente vascular cerebral, além de causar outros problemas, como cardiomiopatia (doença do músculo cardíaco), arritmia e morte súbita cardíaca.
Prevenção Para evitar doenças cardiovasculares, deve-se manter uma alimentação saudável e praticar exercícios físicos regularmente. Recomenda-se ao menos 30 minutos da atividade escolhida cinco vezes por semana, perder peso e não fumar. "Sobre a
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alimentação, deve-se reduzir a quantidade de sal (sódio) nos alimentos, reduzir a ingestão de álcool, evitar açúcares, frituras, leite integral e derivados, carnes vermelhas e gorduras, temperos prontos, alimentos industrializados e em conserva. Diminuir a carga de estresse e de ansiedade também podem contribuir para a redução do risco cardiovascular", alerta o cardiologista Marcelo Ferraz Sampaio.
Além disso, os exames de check-up para o coração devem ser iniciados por volta dos 35 anos de idade, tanto para homens quanto para mulheres. Os principais exames solicitados são: hemograma, glicemia, creatinina, ureia, colesterol (total e frações – LDL e HDL), triglicérides, ácido úrico, urina I, exame de fezes (chamado de protoparasitológico), eletrocardiograma, teste ergométrico e radiografia de tórax. "Além, claro, de consulta médica, com uma boa história clínica e um bom exame físico", ressalta o cardiologista.
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CULTURA E EDUCAÇÃO
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CHICO DA BOLEIA análise detalhada sobre 178 países que foi publicado em 2009 pela OMS - ferimentos causados por acidentes de trânsito permanecem um problema de saúde pública, principalmente nos países de média e baixa renda. Segundo a OMS, morrem no mundo cerca de 1,2 milhões de pessoas todos os anos por causa da violência do trânsito, enquanto 20 a 50 milhões ficam feridas.
Observatório Nacional de Segurança Viária promove educação e paz no trânsito Recentemente, a ação conhecida como Maio Amarelo pretendeu instruir os usuários das estradas e vias urbanas para maior atenção, cuidado e redução de acidentes. A iniciativa foi realizada por meio do Observatório Nacional de Segurança Viária, uma organização não governamental sem fins lucrativos. O organismo foi criado em 2013 a partir da iniciativa de profissionais de diferentes áreas (Educação, Fiscalização, Legislação, Veicular, Engenharia, etc.), que preocupados com os altos índices de acidentes no trânsito brasileiro, decidiram fundar uma organização que atue como agente catalisador da sociedade brasileira no que diz respeito ao desenvolvimento e à gestão de ações de segurança viária e veicular.
A motivação para esta iniciativa foi a necessidade de promover a educação e a segurança no trânsito, fatores essenciais para a redução dos acidentes e das mortes. Dados divulgados mundialmente pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em novembro de 2009, após uma reunião ministerial com centenas de países de todo mundo, realizada em Moscou, mostraram a situação de calamidade que vive o trânsito em quase todos os lugares do mundo. Na ocasião muitas recomendações foram feitas no sentido de reduzir o número de acidentes de trânsito no planeta. De acordo com o Relatório Global sobre a situação de Segurança Viária - primeira
ANS - Nº 310981
De acordo com seu Estatuto, mais que um órgão consultivo, o Observatório nasceu como órgão de inteligência, destinado a promover os subsídios técnicos necessários para o desenvolvimento seguro do trânsito em prol do cidadão, por meio da educação, pesquisa, planejamento e informação. A ideia é executar ações que gerem soluções
eficientes, necessárias ao convívio harmônico entre pessoas, veículos e vias. “O significado da palavra “Observatório” reflete a forma como atuamos junto à sociedade brasileira: "Observatório (s.m.) Local onde se: observa, examina, analisa, verifica, faz notar, pondera, replica, respeita, faz cumprir e obedecer.", explicam os responsáveis no Estatuto da organização.
MONITORAMENTO E LOCALIZAÇÃO
No referido relatório, a OMS ainda informa que, se continuarem nesse ritmo, as fatalidades passarão do nono lugar (2004) para o quinto lugar (2030) entre os maiores fatores de mortalidade no mundo, alcançando cerca de 2,4 milhões de mortos ao ano. A grave crise mundial na segurança viária e veicular levou a Organização das Nações Unidas (ONU) a proclamar nos próximos dez anos - 2011 a 2020 - Década de Ação pela Segurança no Trânsito, problema que se não for encarado com a devida seriedade, pode afetar o desenvolvimento sustentável de vários países. Seguindo essa péssima tendência global, o cenário do trânsito no Brasil a cada ano que passa se torna mais caótico. O número cres-
cente de veículos (automóveis, motocicletas, etc.), somado à má formação do condutor, o mau comportamento de grande parte dos condutores, à sinalização inadequada, vias com má conservação, etc., geram progressivamente um número de mortos e feridos absurdamente alto. Não se tem dúvida de que essa pandemia deva ser combatida, pois a violência no trânsito mata mais crianças entre 5 e 14 anos em todo mundo do que a AIDS ou Malária, além de ser a principal causa de morte de jovens entre 15 e 29 anos.
O Observatório Nacional de Segurança Viária tem como missão, “por meio de educação, estudos e pesquisas, dados e Informação, promover os subsídios técnicos necessários para o desenvolvimento seguro do trânsito em prol do cidadão”, facilitando sempre o convívio harmônico entre pessoas, veículos e vias. Para isso são realizadas ações como o Maio Amarelo, treinamentos e a divulgação de diversas informações pertinentes como materiais para educação de crianças sobre o trânsito, conscientizar ciclistas e motoristas sobre diversas situações de risco. Para mais informações, acesse: www.onsv.org.br
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onde verifica o funcionamento de itens importantes. ção dos ponteiros do relógio Confira abaixo, alguns cuimarcando 9 horas e 15 mi- dados básicos com postura nutos, para que seja possível enquanto dirige. enxergar o painel e acessar os comandos do veículo, - Deixar o banco com encosisso no caso de caminhões. to o mais reto que o conforto permita, o ideal é o banco e O cinto de segurança deve se encosto da cabeça a 90º com ajustar firmemente e passar relação ao assento;
Dica. Cuidados com a postura na hora de pegar a estrada Mesmo com muita experi- aumentar a segurança no ência no volante, existem motoristas que dão pouca atenção à maneira correta de sentar, conduzir o veículo e, consequentemente, não percebem o quanto esta atitude pode comprometer a saúde. Uma das vantagens em adotar a posição correta ao enfrentar uma rodovia é evitar o desgaste físico, situações de perigo e também
trânsito, conforme o Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN) através de sua apostila de Direção Defensiva e de Primeiros Socorros publicada para orientar condutores de veículos automotores.
sobre o peito, nunca sobre o Segundo o CONTRAN, é pescoço, posicionando-se de importante segurar o volante modo que possa visualizar com as duas mãos, na posi- as informações do painel,
- Os braços também não devem ficar muito estendidos, ligeiramente dobrados para diminuir as chances de lesões;
- Não distanciar muito o assento do volante para que os joelhos possam ficar ligeiramente flexionados, é importante que eles estejam - A coluna cervical deve es- sempre acima da linha do tar retificada e apoiada no quadril; encosto de cabeça, ou seja, - Manter os calcanhares coluna e cabeça alinhadas;
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apoiados no assoalho do veículo;
- Evitar apoiar os pés nos pedais quando não os estiver usado;
- Usar calçados bem fixos aos pés, para que os pedais sejam acionados rapidamente e com segurança. Fonte: http://pegapeso.com.br/
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